Após ato, sem-teto esperam votação do Plano Diretor antes da Copa
Grupo se reuniu com vereadores após caminhada por ruas do Centro.
Movimento quer destinar terreno ocupado na Zona Leste para moradia.
Integrantes do MTST protestam em frente à Câmara de São Paulo.
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Na Câmara, os sem-teto afirmam que ouviram dos vereadores o compromisso
de que a votação final deve ocorrer até o dia 11 de junho. Além disso,
afirmam que houve a sinalização de que o terreno da ocupação "Copa do
Povo", na Zona Leste, deve ser incluído entre as Zonas Especiais de
Interesse Social (Zeis). A mudança no zoneamento vai permitir que ele
seja usado em programas habitacionais.- Protesto pacífico do MTST reúne 15 mil em São Paulo, diz PM
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A comissão de sem-teto se reuniu com o líder do governo, Arselino Tatto, o presidente da Câmara, José Américo, e o relator do Plano Diretor, Nabil Bonduki. "Saímos mais tranquilos", disse Boulos após o encontro.
Sobre a inclusão do terreno de Itaquera entre as Zeis, o vereador Nabil Bonduki (PT) disse que a proposta está sendo analisada. "Há uma intenção geral nossa de ampliar o número de Zeis na cidade, problema da habitação popular é um problema serio, mas que esse caso esta sendo analisado e até terça-feira, quando nós faremos uma audiência pública e deveremos ter já o texto substitutivo, poderá ser acolhida desde que haja um entendimento do conjunto de vereadores com o governo e todos aqueles envolvidos no processo de decisão", afirmou Nabil Bonduki ao final da reunião com os sem-teto.
Um dos líderes do movimento, Guilherme Boulos chegou a dizer que esta quarta-feira era o último dia para adicionar emendas ao texto do Plano Diretor. Entretanto, no regimento, não há prazos limites para a inclusão de emendas e substitutivos. Eles podem ser feitos até mesmo durante a votação do Plano Diretor.
Pressão popular
Em 26 de março, após receber na frente da Prefeitura um protesto de sem-teto, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse que pretende revogar o decreto que destina a um parque a área da ocupação batizada de "Nova Palestina". O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) afirma que o assentamento no terrreno da Zona Sul de São Paulo reúne 8 mil famílias.
Entretanto, Haddad condicionou a revogação à aprovação das novas Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis) na cidade. As Zeis são zonas onde é possível construir unidades habitacionais. As novas zeis ficarão definidas no projeto do novo Plano Diretor da cidade.
Protesto do MTST fecha vias do Centro de SP.