As
propagandas sub- reptícias sobre comércio já começaram! O Governo, os
especuladores imobiliários, alguns poucos habitantes mal intencionados,
querem convencer a população a implantar comercio no Park Way a tempo de
incluir na Lei de Uso e Ocupação do Solo- LUOS.
Além
disso, daqui a 2 anos será época de revisão do PDOT- Plano de
Desenvolvimento Territorial e eu soube-- por fonte segura-- que o
Governo quer separar as quadras de 01 a 05 do Park Way e transformar o local em Águas Claras. Ou em Arniqueira. Parece até que as plantas de prédios de 22 andares já estão sendo elaboradas! Para tanto precisa de votos, mas, como morador dificilmente vai votar pela construção de prédios e pelo conseqüente adensamento populacional do Park Way, precisa do voto dos comerciantes.
A propaganda é sub-reptícia.
Fotos
de vovós boazinhas, meigas, que afirmam à imprensa que adoram o Park
Way, mas que gostariam de poder contar com um comerciozinho pequeno,
básico, pertinho da casa delas, onde elas pudessem ir a pé comprar o
leitinho dos netinhos, o lanchinho das criancinhas (vocês conhecem o
engodo, a ladainha), já começaram a circular.
Um pãozinho, fresco, uma padaria pequena, limpinha, que mal pode fazer?
Se
vocês procurarem na memória vão se recordar que as grandes destruições
feitas pelo Governo começaram assim. No diminutivo.No eufemismo: um
pedacinho da Amazônia, um cantinho da Floresta Atlântica, um matinho do
Cerrado, um prediozinho de poucos andares no Guará, ou em Águas Claras,
uma invasãozinha apenas de catadores de lixo no Parque Nacional...
Comerciozinho,
leitinho, lanchinho para as criancinhas, invasãozinha, e assim o
monstro começa a ser gerado. A padaria se multiplica, seus donos querem
mais lucro para tanto precisam de mais clientes, mas como fazer? As
frações são poucas, os lotes gigantescos mas pouco habitados em nome da
preservação ambiental.Mas comerciante não quer saber de preservação ambiental e pleiteiam, junto ao Governo, o adensamento populacional do Park Way!
Votam,
com a ajuda do Sindicato da categoria, na Conferencia das
Cidades, a SEDHAB conforme o hábito, ajuda a manipular o resultado das
votações permitindo que tragam ônibus cheios de representantes da
classe para votar, para burlar os moradores, fraudar as eleições,
superando, em número, os votos dos moradores contrários ao adensamento
populacional, à construção de prédios, à licitação das areas verdes.
Denunciados pelos moradores escandalizados com o engodo, os comerciantes
se fazem de vítimas, justificam a fraude sob a alegação de que precisam sustentar suas famílias, reclamam
para o Governador..."afinal pagamos impostos!"
E
não adianta querer “amarrar”, controlar o comercio. Moradores ingênuos,
mal informados, ludibriados por aqueles que querem obter vantagens
econômicas à custa da qualidade de vida no Park Way, insistem que o
problema poderá ser resolvido através da imposição de normas,
regulamentos, restrições, proibindo a mudança de destinação, proibindo a
futura padaria de virar Casa de Chope, a farmácia de virar motel ou
proibindo a construção de quitinetes sobre a futura pet shop.
Ora,
o Lago Sul não conseguiu controlar o comercio, nem o Lago Norte.
Tampouco o Plano Piloto, apesar de ter sua área tombada pela UNESCO.
Vejam a briga pelas pousadas nas 700!!
Ouvi
recentemente na CBN que a presidente da Associação Comercial-DF
apresentou um projeto na CL-DF apontando, como sugestão de
estacionamentos, as áreas verdes das 100, 200 300 e 400, desocupadas
para facilitar o acesso aos usuários do comércio local. Já imaginaram a
Ilha de Calor que essa iniciativa irá gerar?
Não existe no DF atualmente comercio controlado!Que obedeça aos regulamentos!. Sem
Plano Diretor Local que o Governo Arruda nos tirou. Com a falta de
fiscalização que existe. Sem participação ativa da sociedade no processo
de governança. Sem haver um conselho da APA Gama Cabeça-de-Veado que
seja deliberativo e não consultivo, quem de fato acredita em Comércio Organizado???
Parece até o termo usado pelo GDF quando fez o PDOT de 1997 e criou a
pérola de "área prioritária para monitoramento". Como se apenas aquelas
áreas precisassem ser monitoradas. Sabe o que ocorreu??? As áreas
monitoradas são, hoje, ...os condomínios do Colorado!!!
Todos vocês estão cientes, as leis, as restrições, as normas, no Brasil, só servem para serem descumpridas.
Violadas. E o exemplo é dado pelo próprio Governo, através de sua
grileira oficial, a TERRACAP, que desmatou a área verde do conjunto 01,
da quadra 14, apesar de decisão contraria do MP e do TJDFT.
Se
leis, determinações, regulamentos no Brasil fossem levados a sério,
fossem obedecidos, aquele boteco que vende bebida alcoólica para menores
de idade, localizado ao lado da feirinha da Quadra 14, já teria sido
retirado. As invasões já teriam sido expulsas, o Setor Noroeste não
existiria, na 901 não seriam construídos hotéis e os corruptos do
Governo já teriam perdido o mandato. Mas não é isso que acontece, não é?
Infelizmente
existem também os moradores mal intencionados, aqueles que querem
lucrar com um eventual adensamento do Park Way, como os especuladores
imobiliários que compraram vários lotes no Park Way não para morar, mas
para especular, os proprietários de Casas de Festas e; --essa é a parte
mais triste-- alguns arquitetos- urbanistas que gostariam de vender
projetos arquitetônicos de centros comerciais à SEDHAB:” projetos arquitetônicos para realizar intervenções de infraestrutura na dinâmica urbana do Park Way”. Fui
abordada por um deles durante a Conferencia das Cidades.Esses são, em
minha opinião, os mais cruéis pois, como urbanistas, sabem que a
implantação de comercio significa o fim da qualidade de vida no Park
Way, o fim do Park Way como conhecemos agora, mas insistem na
implantação de um “comercio pequeno, fácil de ser controlado”, como se
isso fosse possível, simplesmente por estarem interessados no lucro da
venda de seus projetos ao Governo.
Amigos,
A
SEDHAB está querendo adensar o Park Way, incluir nossa RA no seu Plano
de Desenvolvimento de Habitações Populares. Seus representantes ficam
com água na boca quando pensam nos milhares de casas populares que
poderão implantar nas nossas enormes e perfeitas áreas verdes que, mesmo
sendo queimadas anualmente, conseguem se recuperar.
E
comércio, então? Quantas centenas de lojinhas estilo W3 não poderão ser
construídas aqui? Quanto imposto para enriquecer o governo e os
governantes não poderá ser recolhido?
E
quando tudo isso acontecer será que algum morador do Park Way ficará
feliz? O que aconteceu com a vovó que queria uma padaria pertinho de
casa para comprar leitinho para os netinhos?
Ela não sai mais de casa porque ficou muito perigoso sair sozinha pelo Park Way. Sobretudo a pé. Afinal a média de assaltos a estabelecimentos comerciais no DF aumentou em 25%, agora é de 20 por dia!
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2012/04/28/i,300053/medo-ronda-os-comercios-de-todo-o-df-apos-aumento-de-roubos-e-furtos.shtml
Assim, no final, quem saiu ganhando?O Governo.
Quem saiu perdendo? Os moradores. Nós!
Pensem nisso!
Flavia Ribeiro da Luz
Presidente da Associação Park Way Residencial