sábado, 7 de janeiro de 2017

O medo de cada um, só mede quem sente

PLANETA ANIMAL - RICARDO LUIZ CAPUANO


27 de dezembro de 2016 às 15:00

“Numa noite eu cheguei a ouvir uma bomba lançada perto da minha casa. Nós estávamos apavorados – minha família, meus irmão, minhas irmãs. Sentia pânico e medo de morrer.”Tahiri Zohra– Professora Afegã.


“Olá; sofro de síndrome do pânico já tem uns 10 meses , as sensações são horríveis, sensação de estar fora da realidade, mãos frias e suadas , falta de ar , sensação de sufocamento, pensamentos rápidos , sempre acho que vou morrer , já não aguento essas sensações ruins. Parece que a morte vai ocorrer a qualquer minuto, o medo é uma coisa terrível. ”Tatiana – 12 anos


 Pânico; uma sensação horrível que leva a dor e ao desespero. O corpo reagindo sem controle levando a sensações ruins que o cérebro relaciona com o perigo real de morte, sendo a causa verdadeiramente letal; como em guerras e assaltos, ou uma causa aparente e inofensiva, como no caso da “Síndrome do Pânico” a sensação do perigo de morte é vivida sem diferença alguma.


Mesmo que nós, ditos “seres racionais” tenhamos a certeza de que o perigo não existe, nosso corpo, por vezes, reage de forma instintiva levando-nos a enfrentar a morte e causando sensações horríveis.  Isso em nós, humanos, que nos consideramos “racionais” e donos de um entendimento grande de nossas próprias vidas e emoções, agora imaginem o que ocorre com nossos irmãos animais.


Você está dormindo e desperta com um estrondo enorme, que faz os vidros de sua janela tremer. O susto é grande, você passa em instantes de uma situação de relaxamento a uma de estresse supremo, sua adrenalina sobe, você sente que sua vida está em perigo, mas mais que isso, seu corpo sente o perigo e começa a trabalhar para tentar reagir a essa agressão. Seu coração dispara, o estômago revira, a respiração fica ofegante, mas o pior e que os estrondos não param. Começam barulhos estranhos como assovios grossos e finos, barulhos que nunca ouvimos se espalham no ar, parecem alienígenas invadindo a Terra. Ao longe se houve gritos, risadas e buzinas tocando. Uma zoeira infernal invade os ouvidos sem parar.


O corpo cada vez mais reagindo ao medo e ao desespero a sensação de sufocamento vai aumentando, o coração se acelera cada vez mais e uma vontade incrível de fugir e sair correndo escapando desse barulho que invade todo ser.


Tudo isso pode parecer uma cena de filme de guerra, mas nada mais é do que como se sentem vários animais na época das festas de final de ano.


Todo ano muitos animais se machucam na tentativa de “fugir” desse “barulho infernal” causado pelos fogos, outros escapam e são atropelados ou nunca mais retornam ao lar. Muitos outros se tornam agressivos e atacam outros animais ou seus tutores. E ainda existem aqueles que no desespero acabam tendo problemas cardíacos como infartos ou circulatórios como derrames ou AVC.


Comemorar é uma coisa boa, mas não podemos esquecer de nossos mascotes nessas festas de final de ano.


Quando chegar perto da hora dos fogos, e da maior algazarra, procure ficar com seu animal no colo para que ele se sinta protegido e cubra suas orelhas com uma toalha embrulhada na cabeça para diminuir o som.


O certo é ficar com seu mascote nessas horas para lhe passar segurança, mas se você tiver de deixa-lo sozinho procure ligar a televisão com o som alto para disfarçar o barulho e retire do ambiente tudo o que possa machuca-lo. Verifique também se não existe nenhuma maneira dele fugir.


Você pode ainda procurar um veterinário para lhe

receitar um calmante para que seja dado algum tempo antes da queima de fogos.
gatos-fogos
Os animais não são humanos, mas são membros importantes de nossa família e merecem também ter um : “FELIZ NATAL!” e um “PROSPERO ANO NOVO!”

Pesquisa usa 115 milhões de animais por ano no mundo, diz ativista


Debate ganhou força no Brasil após caso envolvendo cães da raça beagle. Só na Europa estima-se que 3 milhões de bichos morrem anualmente em testes científicos, mas ONG alerta que números podem ser ainda maiores

21 out 2013 18h09
 
atualizado às 18h09 
 
Todos os anos, 115 milhões de animais são usados em pesquisa em todo o mundo. Embora não existam dados oficiais – muitos países não mantêm registros –, a estimativa foi feita pela diretora de ciências da Coligação Europeia para o Fim das Experiências em Animais, Katy Taylor, com base em modelos matemáticos.
Segundo relatos, ao menos de 200 cães foram retirados do instituto e páginas na internet foram criadas para adoção
Segundo relatos, ao menos de 200 cães foram retirados do instituto e páginas na internet foram criadas para adoção
Foto: Edison Temoteo / Futura Press
Na União Europeia, a burocracia para pesquisa com animais é extensa e, por isso, segundo a ativista, os números refletem melhor a situação. Por ano, 12 milhões de animais – especialmente ratos e outros de pequeno porte – são usados em pesquisas na Europa.



A ONG Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (PeTA) estima que, desse total, 3 milhões acabam mortos por ano. Mas o consultor da entidade na Alemanha, Edmund Haferbeck, estima que os registros podem não ser tão precisos e que esse total pode ser ainda maior. 


O debate ganhou força no Brasil nesta semana, depois que grupos de defesa dos animais invadiram o Instituto de Pesquisa Royal e resgataram cachorros da raça beagle usados em testes. O site do instituto saiu do ar, mas a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) publicou uma nota criticando a ação dos ativistas e destacando "a importância da utilização de animais para o desenvolvimento de novos medicamentos e tratamentos para o ser humano bem como de outras espécies animais". 



A nota não especifica se os animais eram usados para a pesquisa cosmética, mas menciona a produção de "produtos farmacêuticos, produtos para a saúde, dispositivos médicos, agrotóxicos, produtos químicos e veterinários, aditivos para rações e alimentos, entre outros". Em casos semelhantes, a legislação europeia recomenda o uso de um número mínimo de animais, e prevê um controle rígido das condições em que vivem. 



Europa proibiu testes para cosméticos
A venda de cosméticos testados em animais foi proibida na Europa em março deste ano. Taylor explica que existem alternativas bastante eficazes para esse tipo de experimento, como o uso de tecido humano descartado em cirurgias plásticas. Além disso, de acordo com a pesquisadora, esse tipo de material oferece resultados muito mais precisos do que testes em animais, que têm anatomia e fisiologia distintas. 


Com a nova regra, não podem ser vendidos nos países europeus cosméticos que tenham elementos testados em animais. Antes da proibição, um extenso relatório foi encomendado pela Comissão Europeia. Representantes de diferentes áreas do setor trabalharam no documento e apresentaram alternativas viáveis para suspensão dos testes com animais, passiveis de implementação em um prazo de cinco a sete anos. 



Além dos testes em si, que ambientalistas rotulam como crueldade, a própria manutenção dos animais em ambiente laboratorial motiva resistências. Taylor explica que, para que os resultados possam ser aferidos, os animais permanecem em isolamento, e muitos nunca chegam a ver a luz do dia. Para ela, pesquisas psicológicas – que testam a reação de animais a diferentes situações de estresse ou privações – podem ser ainda mais prejudiciais do que testes químicos. 



Apesar da proibição para uso cosméticos, a PeTA aponta que na pesquisa de medicamentos não existem alternativas. No entanto, dados publicados pelo órgão regulador de medicamentos dos Estados Unidos (FDA) dão conta que 92% de todas as drogas aprovadas em testes clínicos realizados com animais falharam em testes clínicos. 



"Mas vai levar ainda muito tempo para que sejam proibidos também os testes em pequenos animais como primatas e ainda mais tempo para que não se usem mais camundongos", afirma Taylor. 


Deutsche Welle Deutsche Welle

Estudo aponta que galinhas são mais complexas e inteligentes do que se imagina

CONTEÚDO ANDA


07 de janeiro de 2017 às 6:40

Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Foto: Shutterstock
Foto: Shutterstock


As galinhas não são desinteressantes ou tolas como a maioria das pessoas acredita, de acordo com Lori Marino, cientista sênior do Someone Project- um esforço de pesquisa focado na psicologia, comportamento e emoções de animais criados em fazendas.
Em seu novo estudo, publicado nesta semana na revista Animal Cognition, Marino argumenta que as aves são mais inteligentes e complexas do que se imagina.


“Elas não possuem a maioria das características psicológicas que reconhecemos em outros animais inteligentes e normalmente são vistas como se tivessem um baixo nível de inteligência em comparação com outros animais. A ideia de psicologia das galinhas é estranha para a maior parte das pessoas”, disse Marino em um comunicado para a imprensa.


Uma pesquisa da literatura científica revelou uma série de descobertas surpreendentes relacionadas com as capacidades mentais e emocionais das aves.


Pintinhos de apenas cinco dias podem diferenciar entre quantidades menores e maiores. As galinhas percebem períodos de tempo, antecipam o futuro, mostram sinais de autoconsciência, e uma compreensão de seu lugar na ordem social, além de também exibirem autodomínio.


Estudos também mostraram que galinhas possuem personalidades distintas e expressam uma variedade de emoções, incluindo medo, ansiedade e níveis básicos de empatia, segundo informações da UPI.


“Uma mudança na forma como fazemos perguntas sobre psicologia e comportamento de galinhas, sem dúvida, levará a dados ainda mais precisos e mais ricos e uma compreensão mais autêntica de quem elas realmente são”, acrescentou Marino.