Uma terapia
genética inédita conseguiu reverter o câncer de uma menina de um ano, a
primeira pessoa do mundo submetida ao tratamento, de acordo com médicos
de um hospital em Londres.
Cinco meses atrás, a menina Layla
Richards, de um ano, tinha um tipo de leucemia extremamente agressivo e
classificado como incurável.
Mas médicos do Great Ormond Street
usaram células imunológicas com DNA "editado" em laboratório para
combater o câncer. Eles dizem que sua melhora foi "quase um milagre".
É muito cedo para saber se a menina está curada, mas seu progresso já representa um grande avanço no campo.
Layla tinha três meses de idade quando foi diagnosticada com a doença.
Ela passou por quimioterapia e transplante de medula, mas, como é comum em bebês muito novos, os tratamentos não tiveram efeito.
Fim da linha
Depois
disso, os médicos disseram que não havia mais nada a fazer. Na véspera
do aniversário de um ano da menina, sua família foi aconselhada a
colocá-la sob cuidados paliativos.
Mas o pai de Layla, Ashleigh,
não desistiu. "Preferia tentar algo novo e fiz essa aposta. E hoje ela
está aqui rindo e feliz. Ela estava tão fraca antes desse tratamento,
era horrível.
Estamos gratos por esse momento."
A equipe do banco, em conjunto com a empresa de
biotecnologia Cellectis, conseguiu rapidamente permissão para tentar uma
terapia experimental que havia sido testada apenas uma vez em
camundongos.
O
tratamento, chamado "designer immune cells", algo como células
imunológicas projetadas, representa tecnologia de ponta em edição de
genoma (um tipo de engenharia genética).
O tratamento é inovador
porque, enquanto as terapias já existentes tentam adicionar novos genes
para corrigir problemas, esta "edita" os genes que existem.
Tesouras moleculares
Tesouras microscópicas, conhecidas como Talens, foram usadas para alterar o DNA dentro das células imunológicas de um doador.
As
células foram alteradas para procurar e matar apenas células com
leucemia e para que fossem "invisíveis" para as fortes drogas dadas aos
pacientes.
As células modificadas foram então injetadas em Layla.
Ela também precisou passar por um segundo transplante de medula para
restaurar seu sistema imunológico.
Agora, meses após a
família ouvir que seu câncer era incurável, Layla não apenas está viva
como não tem traços de leucemia em seu corpo.
Paul
Veys, do hospital Great Ormond Street, disse que a transformação foi
uma das coisas mais marcantes que ele viu em 20 anos: "Estamos em um
ponto maravilhoso comparado a cinco meses atrás, mas isso não significa
cura."
"Só vamos saber se ela está curada daqui a um ou dois anos, mas ter chegado tão longe já é um passo enorme."
Ele disse que a situação foi "quase um milagre".
A história de Layla foi apresentada na Sociedade Americana de Hematologia.
"É
a primeira vez que células humanas modificadas desta forma em
particular são colocadas em um paciente e isso foi um grande avanço",
disse Waseem Qasim, do Great Ormond Street.
A tecnologia em si tem
grande potencial para corrigir outras condições em que células são
modificadas e implantadas em pacientes ou para dar novas propriedades a
células para permitir que sejam usadas de forma que, no momento, só
podemos imaginar."
O Circuito Tela Verde,
ou simplesmente, CTV, é uma iniciativa do Departamento de Educação
Ambiental, DEA, da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania
Ambiental - SAIC do Ministério do Meio Ambiente - MMA, realizada em
parceria com a Secretaria do Audiovisual - SAv do Ministério da Cultura,
com o propósito de reunir vídeos realizados por instituições e pessoas interessadas nos temas meio ambiente e sociedade, com o intuito de promover reflexões a favor da construção de um país sustentável.
Os vídeos podem ser observados no canal do Circuito Tela Verde no Youtubee são vários visto que neste ano de 2015, o Circuito Tela Verde chega a sua sétima Mostra Nacional de Produção Audiovisual Independente.
Os vídeos possuem conteúdo interativo e leve, sendo que muitos deles são extremamente apropriados para crianças também, sem deixar de lado a importante mensagem sobre o meio ambiente que deve ser passada todos.
Confira a descrição de alguns vídeos:
Cineclube de Recantos das Emas
Um exemplo perfeito de vídeo feito para crianças. Começa com desenhos feitos por elas com carros e muita sujeira espalhada pelas ruas para falar sobre poluição.
Em seguida há uma alusão futurista
sobre as consequências da poluição, que forçaram o homem a abandonar o
planeta Terra e a ir morar, e poluir, outros planetas pelo espaço
sideral. O restante do vídeo fala sobre o que é e o que faz o Recanto da Emas, instituição com o objetivo de atender ao programa de assentamento do governo do Distrito Federal.
“Os Sustentáveis” é uma linda história em animação mostrando os inimigos implacáveis dos ecossistemas, nós!
Para ilustrar melhor a situação,
vilões foram criados. São eles o “Lixeiro Louco”, os cataclísmicos
gêmeos, “El Niño” e “La Niña” e o terrível “Cocozilla”.
Claro que toda boa história com
vilões também possui seus heróis, que não protegem “apenas” o meio
ambiente, mas também a humanidade ao salvar o planeta.
São eles: “Recíclope” um herói com
uma visão de raio reciclador, “Eólica”, dotada de poder sobre as
energias renováveis, e o alienígena “Vegano”, que cresce e ganha
superforça ao comer alimentos de orgânicos. Juntos eles formam a ONG de
super-heróis conhecida como “Os Sustentáveis”!
Entretanto, mesmo eles não são
páreos para o maior de todos os inimigos, o cidadão sem noção. Eles
fazem o que podem ficando de olho em quem abusa de embalagens plásticas,
sobre pessoas que não economizam energia, e os sem noção que
desperdiçam água.
Trata-se de uma animação musical sobre
um rei de um reinado distante que resolveu construir seu castelo
gastando todos os recursos naturais da região.
Devastando florestas, desviando o
curso de rios para criar um chafariz, matando todos os peixes que ali
moravam. Construiu seu castelo com tijolos feitos dos recursos naturais e
acabou com a moradia de animais e plantas.
Quando terminou o castelo, não havia
mais nada ao seu redor. A degradação era total e o rei, percebendo o
que fez, sentiu-se envergonhado com suas ações. Arrependido, corrigiu
seus erros e recuperou a floresta local.
Um belo exemplo que deveria ser seguido por todos nós.
No canal do Circuito Tela Verde, você encontrará outros vídeos. Entre eles: A Escalada, Desabrigados, Bio Consume, Antes que seja tarde e muitos outros.
Assista e compartilhe estes vídeos com suas mensagens educacionais para os adultos e para as crianças.
“When the wood go, wildlife goes”. Ou seja, quanto mais se retira do habitat onde vivem os animais, através do desmatamento,
mais os próprios animais são forçados a se retirarem.
O conceito é
impecável, mas parece que ainda não foi totalmente compreendido por
tantos. As florestas, se preservadas e geridas de forma sustentável,
poderiam contribuir não só para a conservação da biodiversidade, mas também para o crescimento econômico, para a redução da pobreza, para a garantia da segurança alimentar e para resistência à mudança climática.
Foi pensando nisso que o diretor de arte Ganesh Prasad Acharya, juntamente com a copywriter Kaushik Roy Katty, criou uma forte campanha para o Sanctuary Asia, uma das primeiras revistas ambientais na Índia, mostrando como a vida das florestas tropicais está intimamente ligada com a de seus animais.
Imagens horríveis e brutais, mas que devem ser mostradas para que as vítimas do desmatamento sejam conhecidas,
pois, muitas vezes passam por invisíveis em florestas do mundo inteiro.
As florestas tropicais possuem até 80% da biodiversidade do mundo, pelo
que a sua rápida destruição na América do Sul e na Ásia, é um problema global que não pode subestimado.
Não há tempo para pensar e muito menos para se discutir: as autoridades têm que colocar em ação a agenda para o desmatamento zero em 2030,
prazo já considerado tarde para muitos ambientalistas. Não apenas é
possível, como é necessário partir, por exemplo, movimentando-se rumo à
meta 2030, começando pelo cumprimento das leis de conservação das florestas e pelo combate à corrupção, além de modificar quadros normativos aqui e ali que não estejam de acordo com o objetivo mundial.
Tudo faz crer que estamos enfrentando algo muito mais grave que uma circunstancial crise econômica, política ou ética.
Não se faz necessário desfiar e historiar exemplos, que estão aí de
roldão, seja nas decorrências políticas e sociais da crise econômica
global, seja nos horrores das guerras locais e suas associadas ondas de
vítimas e refugiados, seja na radicalização ideológica das disputas
políticas internas, seja, incrível, no próprio retorno do risco de uma
guerra global
Fato real é que em termos de valores civilizatórios o mundo vem
temerariamente retrocedendo à época em que a violência, sob todos seus
matizes, se oferecia como o instrumento natural para a solução de
conflitos de qualquer ordem.
A sociedade brasileira é hoje um exemplo claro dessa tragédia civilizatória.
Os valores humanistas e iluministas que marcaram a recuperação da
democracia ao final do século XX, representando um alentado avanço
cultural civilizatório na história brasileira, perderam grande parte de
seu sentido, sendo hoje até motivos de chacotas.
A maquiavélica indústria do consumismo produziu uma massa que busca
compulsivamente a demonstração dos valores materiais/sociais de sucesso
que lhe enfiaram mente a dentro, o egoísmo e o sentido de tirar-se
vantagem de qualquer circunstância prevalecem nas relações humanas, a
gentileza entre cidadãos tornou-se um acontecimento raro e estranho,
crescem em poder e selvageria o banditismo marginal e sua contrapartida
nos sistemas públicos de segurança, dezenas de milhões entregam-se
bovinamente às pregações obtusas e intolerantes da malandragem
neopentecostal, os impulsos de intolerância, ódio e exclusão dão a nota
no trato das diferenças, legitimam-se os posicionamentos fascistoides,
encontrando ampla guarida e repercussão em vários segmentos da
sociedade, as lutas políticas e ideológicas transformaram-se em guerras
de extermínio e exclusão de adversários
Os fatores causais desse terrível fenômeno são vários e complexos.
Mas não se pode, no caso brasileiro, apequenar a responsabilidade do
PSDB e do PT por estarmos, após 30 anos de reconquista da democracia, em
um estágio civilizatório nitidamente mais atrasado.
Se tivéssemos à mão um indicador numérico de civilidade humana, sem
dúvida o brasileiro médio hoje estaria muitos pontos abaixo do
brasileiro médio de 1985.
Indesculpável o total descaso dos governos
democráticos que se sucederam após 85 com a formação do caráter cívico
do povo brasileiro, tanto por falta de ações diretas de uma educação
emuladora dos valores humanistas e de ações conscientizadoras de uma
verdadeira cidadania, como pelos maus exemplos éticos oferecidos pelos
administradores públicos que, ao contrário, teriam como obrigação
proporcionarem-se como referências sociais de abnegação e conduta,
especialmente para nossa juventude.
É difícil prever-se o que, a curto e médio prazos, poderá acontecer
na sociedade brasileira. Uma coisa é certa, não será boa coisa.
A recuperação, o cultivo e o fortalecimento de valores humanistas de
cidadania talvez constituam a transformação de qualidade de mais
dificultosa realização dentro de uma sociedade. Ainda assim, talvez se
apresente como a tarefa cotidiana de maior importância para aqueles que
“sobreviveram” e tem consciência de sua essencialidade.
Álvaro Rodrigues dos Santos (santosalvaro@uol.com.br)
Geólogo formado pela Universidade de São Paulo; ex-diretor de
Planejamento e Gestão do IPT; autor dos livros “Geologia de Engenharia:
Conceitos, Método e Prática”, “A Grande Barreira da Serra do Mar”,
“Cubatão” e “Diálogos Geológicos” e “Enchentes e Deslizamentos: Causas e
Soluções”, “Manual Básico para Elaboração e Uso da Carta Geotécnica”,
consultor em Geologia de Engenharia, Geotecnia e Meio Ambiente. É
Colaborador e Articulista do Portal EcoDebate.
Artigo enviado pelo Autor e originalmente publicado em Viomundo
Se você é uma daquelas pessoas que simplesmente não vê propósito em
fazer a cama todas as manhãs, a ciência acaba de encontrar uma desculpa
perfeita para te ajudar. Uma pesquisa realizada pela Universidade de
Kingston em Londres, na Inglaterra, mostra que fazer a cama pode fazer
mal para a sua saúde.
O estudo mostra que uma cama bem arrumada, por ser quente, úmida e um pouco escura (entre os lençóis), apresenta as condições perfeitas para o desenvolvimento e procriação de ácaros. Estima-se
que existam pelo menos 1,5 milhão deles vivendo na sua cama. Os bichos
vivem na poeira e são responsáveis por causar a alergia de muita gente.
Tosses, espirros e garganta coçando são apenas alguns dos sintomas que
podem ser despertados nesse processo.
Os pesquisadores fizeram
vários testes para descobrir as condições perfeitas para a proliferação
dos ácaros. Eles observaram que a circunstância ideal para os bichos se
desenvolverem é quando as pessoas estão na cama, a deixando úmida e
quente por meio da transpiração. Mas os números podem diminuir durante o
dia, caso a pessoa deixe a cama desarrumada, tendo um tempinho para “respirar”.
“Nós
sabemos que os ácaros só conseguem sobreviver pegando água da atmosfera
usando pequenas glândulas de seu corpo”, diz Stephen Pretlove, condutor
da pesquisa. “Às vezes, simplesmente deixar a cama desarrumada durante o
dia pode ajudar a remover a umidade dos lençóis e do colchão, de forma
que os ácaros fiquem desidratados e morram.”
Não que fosse preciso um estudo,
mas mesmo assim, alguém foi pago para descobrir isso. Uma pesquisa
norte-americana na área da psicologia humana revelou que pessoas que
usam alguns palavrões na sua linguagem podem ser mais honestas e de
confiança.
Um dos responsáveis pelo estudo afirma que “dizer
palavrões pode ser usado para transmitir uma série de emoções, tais como
raiva, frustração, mas também alegria, surpresa.” Apesar disso, dizer
palavrões ainda é socialmente associado a um lado não tão positivo.
Contudo,
de acordo com a pesquisa, dizer palavrões permite às pessoas expressar
sentimentos que de outra forma seriam guardados para elas mesmas ou
camuflados com palavras mais “corretas”, mas que não correspondem
verdadeiramente à realidade que está a ser sentida.
Se
vc postar uma foto com uma arma mesmo de brinquedo na mão no seu face, a
policia vem te buscar em casa, a lei diz que somente militares ou
policiais podem usar armas, então pergunto porque esse grupo MST portam armas militares?
Cadê a policia, cadê os delegados bravos que cumprem a lei ? Se fossem
pessoas comuns como "eu e vc" seriamos presos, mas como essa milícia
"outro crime" a constituição federal "nossa carta magna" diz que é
proibido manter dentro do nosso território grupos paramilitares, e ai o
PT pode ??
Delegados, policiais, prendam esse pessoal do MST ou vocês
estão com medinho do Lula e da Dilma??
A Indonésia aprovou uma lei que pune com açoitamento pessoas homossexuais vistas tendo relação íntima.
A punição colocará os infratores em público para serem açoitados por 100 vezes.
A cidade de Banda Aceh introduziu a regulamentação no ano passado,
mas as autoridades só permitiram que ela fosse implantada agora,
aguardando para que a população pudesse se educar sobre isso.
Além das 100 chicotadas, as pessoas punidas terão que pagar uma multa
de um quilo de ouro, algo equivalente a R$ 143 mil, e podem pegar 100
meses de prisão.
Parte
de Indonésia aprovou uma lei que pune com açoitamento pessoas
homossexuais vistas tendo relação íntima. Eles ainda podem ser presos e
ter que pagar multa.
As 100 chicotadas também são dadas às pessoas que cometerem adultério, mas estas não ficam sujeitas à multa ou prisão.
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Aceh é considerada uma região mais religiosa do que outras áreas da Indonésia, de maioria muçulmana.
A lei se aplica a todos os muçulmanos. Os não-muçulmanos, que
representam cerca de 1% da população da província, podem escolher se
desejam seguir a lei de Aceh ou o código penal nacional.
Ele diz não temer ser preso, mas articula sua 'blindagem'
Lula desafiou que alguém denuncie conversas impróprias com empresários, mas isso já foi feito. (Foto: Ricardo Stuckert)
O ex-presidente Lula afirmou nesta quinta-feira
(5), durante entrevista ao telejornal "SBT Brasil", que não teme ser
preso, mas teme ser investigado: há semanas tem feito apelos dramáticos
ao governo e a políticos aliados para que ele e sua família sejam
“blindados” de exposição em CPIs.
Na entrevista o jornalista Kennedy Alencar – da qual não participou a
apresentadora do próprio telejornal “SBT Brasil”, Raquel Sherazade,
crítica dos governos petistas – Lula disse que nunca foi “avisado” que
havia corruptos na Petrobras.
“Não temo ser preso porque eu duvido que
tenha alguém neste país, do pior inimigo meu ao melhor amigo meu,
qualquer empresário pequeno ou grande, que diga que um dia teve conversa
ilícita comigo”, disse ele, ignorando as várias revelações já feitas
nesse sentido.
A mais recente foi do lobista Fernando Soares, o Baiano,
que confessou entendimentos ilícitos com o ex-presidente, com a
participação do empresário José Carlos Bumlai, amigo pessoal do
ex-pressidente.
“É preciso cuidar para não criar uma imagem negativa de uma pessoa.
Estamos vivendo a república da suspeição”, disse ele, que, quando esteve
na oposição, não tinha essa preocupação.
A
Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB) registra com muita
satisfação o pronunciamento feito pelo Senador Lasier Martins (PDT-RS),
no plenário do Senado Federal, em 5 de novembro de 2015.
O pronunciamento
reconhece que os desafios enfrentados atualmente pela carreira
diplomática colocam em risco não apenas a qualidade e excelência que
sempre caracterizaram essa função do Estado brasileiro, mas a
própria imagem do País.
A ADB
continuará a trabalhar com os nossos parlamentares a fim de sensibilizar
para a importância de garantir que a carreira diplomática seja dotada
de meios que permitam adequadamente defender os interesses
do Brasil no mundo.
****
Texto da intervenção
Senhor Presidente,
Senhoras Senadoras e Senhores Senadores,
Muito
temos falado aqui desta tribuna sobre as profundas crises que vive o
País, onde prepondera a crise econômica com todos seus reflexos
negativos. Entretanto, não podemos pensar que o Brasil vai acabar, mas,
isto sim, superar seus atuais infortúnios e lá adiante retomar seu
caminho desenvolvimentista.
Pensando
assim é que quero, senhores e senhoras senadores, projetar nossas
futuras Relações Internacionais, das quais vamos precisar de novo, para
nossos acordos comerciais, educacionais e culturais. Por isso,
falo do descaso atual do governo com nossa diplomacia.
Dentre
as funções essenciais do Estado, as Relações Exteriores possuem lugar
de destaque na história do Brasil. Desde o Império, a diplomacia tem
ocupado posição essencial, ao lado das pastas principais, como
Fazenda e Justiça. Não foi por acaso que os construtores de Brasília,
Niemayer e Lúcio Costa, colocaram em posição privilegiada na Esplanada,
próximos dos Três Poderes, com arquitetura diferenciada, os ministérios
das Relações Exteriores e de Justiça, exatamente
por sua importância institucional.
Nossos diplomatas sempre foram motivo de orgulho para o
Brasil. Diante dos desafios que se impunham no campo das Relações
Exteriores, nosso país, 70 anos atrás, decidiu fundar um instituto
responsável pela seleção
e treinamento dos diplomatas de carreira de nossa nação. Assim foi
constituído o Instituto Rio Branco, criado em 1945 como parte da
comemoração do centenário do nascimento de José Maria da Silva Paranhos
Júnior, o Barão do Rio Branco, patrono da diplomacia
brasileira.
Desde então, o Itamaraty posicionou-se como a mais
importante reserva intelectual de nossa nação. Dos seus quadros surgiram
nomes que assumiram postos de relevância, não somente nas Relações
Exteriores, mas
nos diversos campos de nossa administração pública. Em momentos
ímpares, sempre foram buscados em nosso corpo diplomático nomes de alta
qualidade com brilhante capacidade intelectual, articulação política e
espírito público para conduzir os negócios de Estado.
Pelo comando do Itamaraty passaram muitos gaúchos,
entre eles os chanceleres João Neves da Fontoura e Osvaldo Aranha,
figuras seminais na condução
dos negócios estrangeiros do Brasil, culminando com a presidência deste
na Assembleia Geral das Nações Unidas que resultou na criação do Estado
de Israel.
A diplomacia é assunto fundamental na agenda do Estado e deve servir aos interesses do Brasil. Assim, o Itamaraty sempre se caracterizou como formulador
e executor da política internacional brasileira, afastando-se de paixões ou ideologias, mantendo sua identidade e ponderação.
Entretanto, recentemente, levado a
executar a política externa de um grupo político, vimos nossa diplomacia
se distanciando de seus princípios norteadores, afastando-se de seu
tradicional viés delineador
de política de Estado, longe de seus princípios tradicionais. Como
lembrou o Embaixador Rubens Barbosa, “O Ministério de Relações
Exteriores deixou de ser o principal formulador e coordenador das
propostas e temas que têm como finalidade a projeção internacional
do País. Nos últimos 12 anos, o Brasil assumiu uma agenda que não é a
nossa e a ação do Itamaraty tornou-se passiva e reativa”.
Diante disso, os desafios do Itamaraty hoje são enormes.
Além de ter sido usado como instrumento de uma agenda partidária, sofre
atualmente com o
desprestígio dentro da Esplanada.
Seu orçamento atual revela sua real
escala de importância para este governo. Hoje sua dotação é de cerca de
0,15% dos recursos dentre os ministérios, o que evidencia total ausência
de gestão eficiente por parte do governo
federal, que dentre mais de duas dúzias de pastas não prioriza aquelas
que são realmente essenciais. A Lei Orçamentária 2015 - LOA –
estabeleceu para o Itamaraty o limite orçamentário para custeio (sem
benefícios) de R$ 1,049 bilhão.
Esse valor representa
apenas 0,09% do Orçamento Geral da União. Estima-se que ao câmbio de R$
4,00, o Itamaraty necessitará de orçamento de R$ 2,3 bilhões para
cumprir sua missão institucional e cobrir despesas fixas, legais e
contratuais, ao longo de 2016. Isto coloca hoje o Ministério
de Relações Exteriores em situação de grave déficit para execução de
suas funções.
Em decorrência disto, em muitas representações brasileiras no exterior a situação é dramática e constrangedora.
Embaixadas não conseguem pagar contas,
diplomatas atrasam aluguéis, organismos internacionais não recebem
pagamentos devidos. Conforme noticiado pela imprensa, o país tem uma
dívida de R$ 1,1 bilhão com Banco Mundial, Unesco, Unicef e OEA, entre
outros. Diante disso, o Brasil pode passar pela humilhação
de perder direito a voto em órgãos como o Tribunal Penal Internacional e
a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Para quem queria
fazer parte do Conselho de segurança da ONU, um verdadeiro vexame.
Além
de possuir um orçamento tímido e sofrer com a inadimplência nos
organismos internacionais, a desvalorização do Real feriu o planejamento
financeiro de nossas Embaixadas e Consulados. Cerca de 90% do orçamento
do Ministério é executado no exterior, em moeda estrangeira. Assim, desde 2011, diante do derretimento do Real, as perdas no orçamento
de custeio são graves, chegando hoje (ao câmbio a R$ 4,00) a 56% a menos, em dólares, do que dispunha o Ministério em 2010.
A dramática situação orçamentária do Itamaraty afeta a
imagem e a presença do Brasil no mundo, assim como o desempenho de
funções importantes do Ministério.
Os reflexos são sentidos pelos brasileiros que estão no exterior e
necessitam de nossos serviços consulares, além de afetar nossas ações de
promoção comercial, cooperação internacional, assistência humanitária e
promoção cultural. Todas essas áreas reduziram
drasticamente suas atividades, em alguns casos em mais de 50% em
relação aos anos anteriores.
As
ações do Itamaraty são mais densas e importantes do que se imagina.
Como lembra a Embaixadora Vitoria Cleaver “A imagem distorcida dos
punhos de renda demonstra desconhecimento do trabalho real do diplomata,
que atua também ao ar livre em situações de terremotos, catástrofes
naturais e crises políticas e dialoga com todos os interlocutores
necessários para defender os interesses do país e do cidadão brasileiro,
em várias línguas, culturas e regiões”.
O meu Rio Grande do Sul, em particular e por exemplo, orgulha-se das ações de nossa diplomacia, responsável pela negociação do condomínio sobre o
Rio Jaguarão e a Lagoa Mirim com o Uruguai, definindo os limites territoriais brasileiros em nosso estado. Também pela
abertura de
mercados internacionais – visitas de delegações empresariais, feiras
internacionais, atração de investimentos, que beneficiaram
diversas empresas gaúchas, cuja vocação exportadora é destaque
nacional. Os gaúchos também atuaram sempre em convergência com o
Itamaraty, com presença efetiva em missões de paz da ONU, muitos
oriundos de nossa Brigada Militar. Hoje, o General Carlos Alberto
Santos Cruz, que comandou a missão de paz no Haiti, atualmente é o
Comandante da Força Militar da MONUSCO (na República Democrática do
Congo). Nascido na cidade de Rio Grande, orgulha nosso Estado e nosso
país no exercício de suas funções.
Neste momento, discute-se neste Congresso a real
necessidade da abertura de tantas novas Embaixadas do Brasil nos últimos
anos. Em tempo de economia e corte de custos, esta é uma ação que deve
ser discutida
e revista. As ações de nossa diplomacia devem observar sempre os
princípios da pertinência e eficácia. Assim poderíamos direcionar
recursos de modo mais efetivo, desafogando o sistema, aliviando a
situação de embaixadas que enfrentam dificuldade financeira.
Pelas mãos de nossos diplomatas passam assuntos da
mais alta relevância nacional, como negociações políticas, acordos
comerciais, com amplos impactos em nossa economia, além de assuntos
culturais e de natureza
consular.
Portanto,
torna-se importante que esta Casa se posicione em favor do Itamaraty,
em favor de nossa diplomacia, na defesa de seus interesses
institucionais, que são também os interesses de nossa nação.
Entretanto é preciso ir além e encontrar mecanismos
que protejam nossas instituições de ingerências políticas, humores
partidários e cortes orçamentários
que
colocam em risco um dos órgãos que mais nos enchem de orgulho, celeiro
de grandes nomes que catapultaram o Brasil para novos patamares na
esfera internacional, que defendem nossos interesses no
exterior, que servem de amparo aos brasileiros que estão fora de nossos
limites territoriais e que quando chamados atuam com competência em
setores estratégicos da política nacional.
Era o que tinha a dizer. Muito obrigado.
Comentario A carreira diplomática é como a militar.Os diplomatas são soldddos que têm de obedecer as ordens dos generais.Mesmo quando esses generais tem uma agenda com a qual os diplomatas não concordam.
Eis que surge a tão esperada manifestação da Universidade Federal
do Rio de Janeiro a respeito das declarações preocupantes e igualmente
perturbadoras de um de seus docentes, o professor Mauro Luis Iasi,
quando este declarou no 2º Congresso Nacional da CSP – Conlutas, que com
a DIREITA CONSERVADORA NÃO HAVERIA DIÁLOGO, pior, pregou o fuzilamento
dos conservadores ao citar um “poeminha” de Bertolt Brecht.
O douto defensor da democracia, que após uma análise conjuntural da
atual política brasileira, se valeu de um “poeminha” para dar o seu
verdadeiro recado “democrático” a toda uma sociedade, que em sua grande
maioria é sim conservadora: “…
NÓS SABEMOS QUE VOCÊ É NOSSO INIMIGO, MAS
CONSIDERANDO QUE VOCÊ, COMO AFIRMA É UMA BOA PESSOA, NÓS ESTAMOS
DISPOSTO A OFERECER A VOCÊ O SEGUINTE: UM BOM PAREDÃO, ONDE VAMOS
COLOCÁ-LO NA FRENTE DE UMA BOA ESPINGARDA, COM UMA BOA BALA, E VAMOS
OFERECER DEPOIS DE UMA BOA PÁ, UMA BOA COVA!”, complementa
magistralmente: “COM A DIREITA E O CONSERVADORISMO NENHUM DIÁLOGO,
LUTA!”
A princípio fazem parecer crer tratar-se de um discurso político,
daqueles que se ouve apreciando um belo vinho acompanhado de um saboroso
canapés, mas o grande final, a saideira em um lindo poema ilustrativo
se mostra um ato ultrajante só visto nos discursos fervorosos de Adolf
Hitler. Ademais, não esqueçamos da história recente e a quem este
“professor” está ligado. Candidato à Presidência da República nas
eleições passadas pelo Partido Comunista Brasileiro, professor em uma
Universidade Federal que tem um alcance nacional a diversas pessoas.
Não! Não há qualquer normalidade em seu discurso e sabemos,
percebemos isso, entretanto, após uma pressão fortíssima da sociedade,
que se sentiu atingida pelo discurso de ódio e de guerra de classes
proferido pelo douto guerreiro defensor da “democracia”, eis que a
Universidade Federal do Rio de Janeiro se viu obrigada a emitir uma nota
oficial acerca das declarações e da atual “conjuntura” poética de seu
membro docente.
Sim, uma manifestação de uma Universidade Federal, de seu Reitor, um
alívio – pensa o cidadão defensor de uma sociedade democrática – tendo
em vista que a declaração fere não só a Constituição Federal do Brasil
em seu Art. 5º, XLI, bem como facilmente o nobre orador pode ser
enquadrado no Art. 286 do Código Penal – Incitar, publicamente, a
prática de crime.
Pois não se sinta traído, desacreditado caro patriota, brasileiro
horrorizado com a atual “conjuntura” política, pois a guerra contra os
tiranos, os mesmos que na história recente foram responsáveis por mais
de 100 milhões de mortes – condenados sumariamente pelo “crime” de
pensar diferente! – está apenas começando.
Nele o editor do Cristalvox relata fatos sobre os bastidores da
Zelotes até então desconhecidos do grande público e “crava” que operação
está se esvaindo diante de mentiras, vaidades e pressões políticas. De
novo, como no MENSALÃO, emerge das sobras a figura do Deputado Paulo
Pimenta PT/RS. Ele teria recebido informações privilegiadas do
Procurador da República Frederico Paiva, segundo o Juiz Ricardo Augusto
Soares de Leite.
Hoje, Cláudio Humberto no Diário do Poder dá mais detalhes, dizendo: O
juiz substituto Ricardo Augusto Soares de Leite, que atua na 10ª Vara
Federal, em Brasília, pediu à Justiça a quebra do sigilo de e-mails e
dos dados telefônicos do procurador da República Frederico Paiva, que
atua na Operação Zelotes. Numa queixa-crime oferecida ao Tribunal
Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), o magistrado justifica que as
medidas são necessárias para provar que o investigador atuou
supostamente “em conluio” com um deputado do PT e blogs ligados ao
partido para difamá-lo.
A ação é mais um capítulo da batalha de bastidores entre o juiz e
integrantes do Ministério Público Federal na Zelotes, que inclui
acusações de conduta irregular de parte a parte. O MPF ajuizou ação de
suspeição contra Leite, na qual pede que ele não atue mais no caso,
quando chamado a trabalhar como substituto.
O argumento é de que o magistrado teria demonstrado parcialidade e
prejudicado as investigações ao negar escutas, mandados de prisão e de
busca e apreensão. Ao avaliar alguns pedidos, no dia 7 de outubro, Leite
propôs algumas diligências. Para o MPF, com isso, assumiu,
indevidamente, o papel de investigador.
O juiz titular da vara, Vallisney de Souza Oliveira, pediu ontem que
Leite se pronuncie a respeito e, depois, enviará o pedido para
julgamento no TRF-1. Oliveira reassumiu a vara nesta semana, após outra
juíza substituta, Célia Regina Ody Bernardes, atuar temporariamente em
seu lugar. Ela foi responsável por autorizar a última fase da Zelotes,
que incluiu buscas no escritório de um dos filhos do ex-presidente Lula.
Difamação
Na queixa-crime, apresentada em setembro, o juiz substituto sustenta
que, em ao menos 30 ocasiões, Paiva usou o deputado petista Paulo
Pimenta (RS) e blogueiros simpáticos ao PT para difamá-lo, com a
intenção de afastá-lo da Zelotes.
Na peça, o magistrado sustenta que o procurador deu declarações
públicas, vazou informações e combinou com pessoas “interpostas” a
divulgação de notícias sugerindo que ele foi parcial, obstruiu a Justiça
e atuou de forma desidiosa (esquivando-se do dever funcional). Ele
lembra que Paiva trabalhou em 2004 como assessor do então ministro do
Trabalho, Ricardo Berzoini (PT-SP).
Ainda não houve decisão sobre a quebra dos sigilos. A desembargadora
Neusa Alves, relatora do caso, mandou intimar o MPF para se pronunciar
sobre os pedidos.
Procuradores estão passando um pente fino em contratos de distribuição farta de dinheiro público pelo governo petista. Foto: Diário do Poder
Nem
só de Mensalão e Lava Jato vive a corrupção no governo. Criaram também
“mensalinho”. A Procuradoria-Geral da República tem reunido procuradores
para analisar centenas de processos que investigam a distribuição de
dinheiro direto da União para prefeituras e ONGs amigas do governo, por
meio de convênios, nos governos Lula e Dilma. A maioria envolve pequenos
valores, mas há também quantias vultosas.
Esta
semana, quatro procuradores e respectivas equipes passaram a limpo mais
de duzentos processos, um deles no valor de R$22 milhões.
A suspeita é que o “mensalinho” em pequenos valores foi uma tentativa de não chamar a atenção dos órgãos de controle.
A
distribuição suspeita de recursos públicos beneficia só as prefeituras e
entidades controladas pelo PT ou por aliados fiéis ao governo.
No
mais recente mutirão, na PGR, procuradores passaram o pente fino em
cerca de 800 contratos de distribuição farta de dinheiro público.
Acusado pela Procuradoria-Geral da República de ter recebido pelo menos
US$ 5 milhões em propina do esquema de corrupção na Petrobrás, o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vai alegar em sua defesa
no Conselho de Ética da Casa que desconhecia a origem do depósito de 1,3
milhão de francos suíços feitos em 2011 em um fundo que o deputado
mantém na Suíça.
Em linhas gerais, a defesa de Cunha tentará provar que ele nunca recebeu
dinheiro público. O deputado reconhecerá, entretanto, que não declarou
seus recursos. Segundo sua defesa, todo o recurso no exterior é fruto
de atividade de comércio exterior e operações financeiras feitas nos
anos 80 e no início da década de 90, quando ele vendia carne moída para a
África, e que suas aplicações estavam em dois “trusts” (administrações
de terceiros), e não em contas bancárias.
Ele tem afirmado reservadamente, conforme apurou o Estado, que “não
reconhece” como seu o dinheiro e que o montante teria sido depositado à
sua revelia pelo lobista João Henriques, que era ligado ao PMDB e foi
preso na Operação Lava Jato. Segundo a versão do deputado, o pagamento
não tem relação com corrupção na estatal e seria fruto do pagamento de
um empréstimo feito por ele ao ex-deputado Fernando Diniz, do PMDB, que
morreu em 2009.
Em depoimento à Polícia Federal, Henriques disse que fez o depósito a
pedido do economista Felipe Diniz, filho do ex-deputado, e que não sabia
quem era o beneficiário. Ainda segundo Henriques, somente depois ele
veio a saber que a conta pertencia a Cunha. O deputado relatou a
interlocutores que Fernando Diniz devia dinheiro a ele, Cunha, e que
essa dívida pode ter motivado o depósito.
### NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É
curioso que na hora da verdade surjam empréstimos vultosos e antigos,
dos quais as pessoas nem se lembravam direito, que redundam em
surpreendentes depósitos feitos em contas bancárias daqui e d’além mar.
Foi o caso, por exemplo, do empresário José Carlos Bumlai, que diz ter
pedido empréstimo de R$ 1,5 milhão ao lobista Fernando Baiano, para
pagar empregados. E agora surge Cunha com a história do empréstimo ao
então deputado Fernando Diniz, que o filho fez questão de honrar,
através do lobista João Henriques, depositando numa conta na Suíça. O
mais interessante é que não há documentação alguma, tipo promissórias ou
contratos de mútuo. Como dizia o filósofo Bussunda: “Fala sério!”(C.N.)
Nesta
edição de Pronto Falei, o comentarista político Reinaldo Azevedo fala
sobre a decisão da CPI do Carf no Senado de ter rejeitado os
requerimentos de convocação de Luís Cláudio, filho de Lula, e dos
ex-ministros Gilberto Carvalho e Erenice Guerra. Reinaldo também comenta
a articulação da base aliada
Presidente da CPI reclamou que só havia governistas na sessão
Com
presença em peso na CPI que investiga fraudes no Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) nesta quinta-feira, senadores
da base governista rejeitaram por unanimidade a convocação do
ex-ministros Erenice Guerra e Gilberto Carvalho, além do filho do
ex-presidente Lula, Luís Cláudio.
Os
requerimentos, de autoria do senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), foram
anunciados após a deflagração da terceira fase da Operação Zelotes, da
Polícia Federal, no fim de outubro, que apontou possível ligação dos
requisitados na CPI com um suposto esquema de compra de medidas
provisórias.
“Rejeitados
mais uma vez por unanimidade. Mas só tem governista aqui, fazer o
quê?”, assinalou o presidente da CPI, se referindo ao fato de a sessão
desta quinta ter sido realizada apenas com a presença de senadores da
base de apoio ao governo. A frase de Ataídes causou estresse aos membros
na reunião, que pediram que o senador voltasse a presidir a sessão de
forma imparcial. “O senhor não pode tomar parte nas decisões e tentar
induzir o voto dos demais”, afirmou Otto Alencar (PSD-BA), pedindo
respeito.
Como
apontou o Estado, lideranças do governo afirmaram nesta semana que
iriam “mobilizar forças” para impedir as convocações. Senadores pouco
assíduos na CPI, como Acir Gurgacz (PDT-RO), vice-líder do bloco de
apoio ao governo, marcaram presença na audiência desta quinta. O líder
do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), que não faz parte da CPI,
chegou cedo à reunião, conversou diretamente com os demais
parlamentares presentes e permaneceu até a rejeição de todos as
convocações.
Ex-gestores utilizaram de meios ilegais para reforma do autódromo
Publicado: 05 de novembro de 2015 às 12:07 - Atualizado às 23:38
Foto: Pedro Ventura
Segundo o Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios (MPDFT) os ex-presidentes da Novacap, Nilson Martorelli, e a
ex-presidente da Terracap, Mariska Lima de Souzo Holanda, utilizaram de
meios ilegais na reforma do Autódromo Internacional Nelson Piquet.
Em junho de 2013, a Terracap assinou contrato com a empresa Apex
Circuit Design Ltda. no valor de € 305 mil (cerca de R$ 1,2 milhão) para
a elaboração de estudos técnicos e de viabilidade para a reforma e a
adequação do Autódromo Internacional Nelson Piquet às normas
internacionais de segurança para eventos automobilísticos.
Em setembro
de 2014, novo contrato foi firmado, no valor de R$ 7 milhões, para
serviços técnicos de consultoria especializada com a empresa Rígido
Engenharia Ltda, e outro de R$ 37 milhões com a Emissora Band para a
realização da Fórmula Indy em Brasília.
No mesmo mês, foi celebrado convênio para a alocação de recursos da
Terracap à Novacap e para execução da obra de reforma e adequação do
autódromo no valor estimado de R$ 312 milhões. Em razão disso, em
outubro de 2014, a Novacap lançou edital de concorrência para a execução
da reforma.
Entretanto, o TCDF apontou um sobrepreço de mais de R$ 30
milhões e suspendeu o certame (Decisão nº 5528/2014 – Processo TCDF nº
28628/2014). Para os promotores de Justiça do MPDFT, os gestores agiram
de forma a burlar a decisão do TCDF, pois o contrato de recapeamento de
vias públicas foi estendido para reformar o autódromo. Além disso, houve
nova tentativa de descumprir a decisão do TCDF, ao dividir o objeto da
concorrência por meio de pregão, que também foi suspenso.
Após constatar o início das obras, em dezembro de 2014, o MPDFT
recomendou ao governo a sua suspensão, o que foi atendido.
A execução
irregular da reforma gerou gastos de mais de R$ 7 milhões. Desse valor,
R$ 1 milhão já foi repassado à empresa. “Essas despesas foram geradas em
razão da conduta delitiva dos acusados. A importância deverá ser
ressarcida, bem como eventuais valores despendidos posteriormente, o que
será objeto de futura ação de civil pública de improbidade
administrativa”, afirmam os promotores de Justiça na ação.
No
entendimento do MPDFT, a conduta dos acusados gerou grave prejuízo,
porque a execução da obra ficou inacabada e o bem público ainda
encontra-se em situação de depreciação, pois a empresa Basevi iniciou os
serviços no local, inclusive com a demolição da antiga estrutura.