sábado, 24 de junho de 2017

Jardins flutuantes ajudam a produzir plantas e despoluir canal em NY



 
 
 
 
O sistema funciona como uma esponja de poluição, limpando a água, ao mesmo tempo em que oferece espaço para cultivo.

 
 
O canal de Gowanus é um dos mais poluídos de Nova York. Para mudar esta situação, um movimento tem trabalhado em ações que envolvem a comunidade em iniciativas de conscientização e novas tecnologias. Como parceiro neste trabalho, o escritório de design urbano Balmori Associados criou jardins flutuantes que ajudam a reter a poluição do recurso hídrico.
 
 
 
O projeto, apelidado de GrowOnUs age como uma esponja de poluição, limpando a água, ao mesmo tempo em que proporciona espaço para abrigar espécies selvagens nos arredores da cidade.
 
 
 
A estrutura é feita a partir de um tubo de metal, transformados em pequenos jardins. De acordo com o escritório, estes tubos utilizados são os mesmos que transportam o esgoto que vai parar no canal. A diferença é que, neste caso, ele transporta a solução, ao invés do problema.
 
 
 
Ao todo são usados 54 tubos, que recebem diferentes tipos de plantas (foram selecionadas mais de 30 espécies para esse projeto) que ajudam a melhorar a qualidade da água naturalmente. Além disso, eles são equipados com diversos materiais flutuantes e que também auxiliam no processo de limpeza hídrica, como fibras de coco, bambu, micélio e fibras de plástico reciclado.
 
 
A rega das plantas também é um experimento, em alguns tubos elas são alimentadas com a própria água do canal, em outros pelo aproveitamento da água da chuva e também por um sistema de evaporação que ajuda a dessalinizar a água salobra do canal. O projeto está funcionando como um teste, para que seu desempenho seja avaliado e sua eficiência estudada para que no futuro essas estruturas também sirvam como opções para a produção de alimentos.
 
 
Fonte: Ciclo Vivo

Plantio coletivo neste domingo terá atrações especiais para a criançada

quarta-feira, 21 de junho de 2017


Além do plantio de 300 árvores, o evento contará com oficinas e atividades para toda a família.






Todo mundo sabe da necessidade urgente de termos mais verde nas nossas cidades. São Paulo, principalmente, sofre bastante o impacto da impermeabilização de seu solo e da falta de árvores em ruas, praças e parques. Pensando nisso, diversos defensores do verde se uniram para recriar um novo reduto da Mata Atlântica.





O evento contará com atividades especiais para as crianças que terão a oportunidade de se sujarem, botarem a mão na terra e ainda ajudarem a transformar o local em uma futura floresta.





Serão plantadas pelo menos 300 árvores em um plantio coletivo que será realizado no próximo domingo (25/06). O plantio será realizado no Parque Cândido Portinari (ao lado do Parque Villa-Lobos) e qualquer um pode participar, quanto mais apoio melhor.





O evento foi organizado pelo coletivo Novas Árvores por Aí, pelo ambientalista Sergio Reis e conta com o apoio do botânico Ricardo Cardim, que desenvolveu o sistema “Floresta de Bolso” no Brasil.





Durante o plantio, serão realizadas diversas oficinas e atividades sobre educação ambiental, principalmente para as crianças, entre as atrações estão:





– Oficina para a construção de pequenos guardiões da floresta em argila que serão colocados próximos entre as árvores, como símbolo de proteção;




– Oficina de bombas de sementes para as crianças. As crianças irão ajudar a preparar as bombas com sementes e argilas e depois irão jogá-las em meio à nova floresta;



– Oficina de plaquinhas, onde as crianças irão escrever mensagens, seus nomes ou fazer um desenho para espalhar pela floresta;



– Plantio de flores e sementes, já inserindo a criança no cuidado e importância com a terra;



– Oficina de brinquedos feitos com materiais recicláveis.



– Oficina de desenvolvimento de proteção anti-anelamento de árvores com garrafas PET.



– Exposição e bate-papo sobre os ODS, Objetivos do Desenvolvimento Sustentável criado pela ONU para que possamos viver em um mundo melhor e mais justo.



Um dos parceiros do plantio é a iniciativa Árvore Generosa, cujo objetivo é plantar uma árvore para cada criança que nasce na cidade de São Paulo.



Serviço:



Plantio – Floresta de Bolso Parque Cândido Portinari


Local: Parque Candido Portinari – Av. Queiroz Filho, 114, São Paulo – SP
Data: 25/06/2017
Horário: 10h – 14h



Para saber mais acesse a página do evento no Facebook (veja aqui).



Fonte: Ciclo Vivo

Regeneração natural é estratégia para a restauração florestal de baixo custo




segunda-feira, 12 de junho de 2017


Estudos da Agroicone mostram que proprietários de terras com alto e médio potencial de regeneração podem se valer desta alternativa




A agenda de restauração florestal vem ganhando força no Brasil, especialmente por conta da nova lei florestal brasileira – que completa cinco anos em 2017– e que traz um grande desafio aos produtores rurais: manter a sua atividade agrícola combinada com a conservação ou restauração de vegetação nativa em Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais (RLs).




Essa incumbência, que não resulta apenas no cumprimento do Código, mas caminha lado a lado com os objetivos globais em prol do controle da mudança do clima, pode contar com alternativas de baixo custo extremamente efetivas.




De acordo com o estudo Restauração Florestal em Cadeias Agropecuárias para Adequação ao Código Florestal da Agroicone, as áreas podem ser recompostas pelo plantio de mudas, semeadura direta e regeneração natural, ativa e passiva. “Além de plantar mudas de espécies nativas, o produtor poderá escolher outras formas de restauração, considerando o diagnóstico da área e os recursos disponíveis.  Nosso estudo apresenta os custos das diferentes técnicas, em diferentes condições e regiões do País. São informações-chave para desenhar estratégias de fomento a restauração florestal”, afirma Laura Antoniazzi, coordenadora do trabalho.


A regeneração natural, ativa e passiva, são técnicas de baixo custo que podem ser aplicadas somente em áreas com alto e médio potencial de regeneração, ou seja, nos locais com quantidade e riqueza de espécies nativas. “A regeneração natural passiva, que não possui nenhuma intervenção humana, apresenta custo zero. Basta que o produtor realize o cercamento da área, no caso de haver animais ou outros agentes de degradação, e espere a ação da natureza. Já a ativa necessita de investimentos para a contenção de plantas invasoras que impedem o crescimento das espécies que cresceriam naturalmente”, destaca.


É importante ressaltar que o estudo realizou o levantamento de custos de restauração florestal em quatro regiões do País – Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Bacia dos Tapajós, Matopiba e São Paulo. Nesta última, por exemplo, os valores envolvidos na regeneração natura ativa, semeadura direta e plantio de mudas foi, respectivamente, de R$ 902, R$ 3.585 e R$ 8.349 por hectare, em condições planas.



Em linhas gerais, o estudo aponta que em comparação com as demais técnicas disponibilizadas para a restauração florestal, a regeneração ativa (em áreas de médio potencial de regeneração) possui um custo médio até quatro vezes menor do que a semeadura direta e até dez vezes menor que o plantio de mudas.



Como complemento à análise, tendo em vista melhor informar todos os interessados na cadeia agropecuária de restauração, a Agroicone lança o Guia de Plantas da Regeneração Natural do Cerrado e da Mata Atlântica. “A ideia deste guia é despertar o olhar de produtores rurais, técnicos e restauradores de campo para a regeneração natural como mais uma técnica de restauração”, relata o autor Paolo Sartorelli.




A publicação apresenta 102 espécies nativas, entre árvores, arvoretas, arbustos, subarbustos e palmeiras, que crescem espontaneamente ao nosso redor. “Pelo menos 12 milhões de hectares precisam ser reflorestados no País. Por isso, análises de custos de restauração florestal e guias de espécies nativas, destacando suas ocorrências e principais características, são contribuições não apenas para ações privadas, mas, principalmente, para o embasamento de políticas públicas”, finaliza Laura.



Os estudos estão disponíveis para download gratuito no site do INPUT (Iniciativa para o Uso da Terra). Para mais informações, acesse:

Sobre a Agroicone



Fundada em 2013, pela união de um grupo de especialistas do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (ICONE) que, desde 2003, produz estudos e pesquisas aplicadas e promove debates qualificados em temas do agronegócio brasileiro e mundial. A Agroicone atua nas áreas de economia agrícola, bioenergia, conservação ambiental, comércio e negociações internacionais, trabalhando junto ao setor privado brasileiro e com diversas organizações internacionais de pesquisa e de políticas públicas.



Mais informações: www.agroicone.com.br

Fonte: Envolverde

Documentário: O plástico está cobrindo e destruindo nosso planeta

sexta-feira, 16 de junho de 2017


Plástico é uma invenção maravilhosa porque dura bastante – e uma invenção terrível pelo mesmo motivo. Mais de 300 milhões de toneladas serão produzidas este ano.
 
 
A maioria nunca é reciclada e permanece em nossa terra e nos nossos mares para sempre. Os detalhes nesse documentário.


 
Fonte: EcoDebate

Como as telas sensíveis ao toque ficarão melhores


Novo material para telas sensíveis ao toque
Além de ser mecanicamente flexível, o novo material apresentou propriedades antirreflexo excepcionais. [Imagem: IFCO]
Óxido de índio-estanho
Parece que finalmente surgiu um material capaz de não apenas rivalizar, mas eventualmente desbancar, as películas condutoras transparentes responsáveis pelo funcionamento das telas sensíveis ao toque.
A tecnologia responsável por viabilizar os smartphones, tablets e vários outros aparelhos sem teclados físicos é conhecida como ITO, sigla de óxido de índio-estanho (Indium Tin Oxide), o material usado para fazer as películas que permitem que as telas detectem os toques que controlam os aparelhos.
Por mais eficiente que seja, o semicondutor ITO tem suas desvantagens: ele é caro e tem pouca flexibilidade mecânica, o que exige que ele seja processado sob altas temperaturas, encarecendo também o processo produtivo.
Por isso tem havido uma corrida para desenvolver alternativas, corrida esta impulsionada por um prêmio nada desprezível: encomendas de uma indústria que movimenta centenas de bilhões de dólares.


Antirreflexo
Rinu Maniyara, trabalhando no Instituto de Ciências Fotônicas (ICFO), na Espanha, assumiu a dianteira apostando nos filmes metálicos ultrafinos, ou UTMFs (UltraThin Metal Films) - outros competidores estão trabalhando com AZO (óxido de zinco dopado com alumínio), nanotubos de carbono, nanofios metálicos, polímeros condutores e grafeno, entre outros.
Maniyara desenvolveu um processo que opera a temperatura ambiente para produzir filmes metálicos transparentes de múltiplas camadas, o que permite obter todas as funcionalidades apresentadas pelo ITO.
Como ganhos extras, além de ser mecanicamente flexível, facilitando sua fabricação e montagem nos aparelhos, o novo material apresentou propriedades antirreflexo excepcionais.


Quatro vezes melhor que ITO
O material é formado por três camadas: um filme de prata condutor, uma camada de óxido de zinco dopado com alumínio e uma camada de revestimento de dióxido de titânio, cada uma com espessuras precisamente calculadas.

Usando interferência destrutiva, os pesquisadores mostraram que a estrutura multicamada apresenta uma perda óptica de aproximadamente 1,6% e uma transmissão óptica maior do que 98% no visível - o que é nada menos do que quatro vezes melhor do que o ITO.


Devidamente patenteado, o processo agora entra na fila de análise da indústria rumo à sua adoção.

Bibliografia:

An antireflection transparent conductor with ultralow optical loss (<2 %) and electrical resistance
Rinu Abraham Maniyara, Vahagn K. Mkhitaryan, Tong Lai Chen, Dhriti Sundar Ghosh, Valerio Pruneri
Nature Communications
Vol.: 7, Article number: 13771
DOI: 10.1038/ncomms13771

Lâmpada derivada de mineral natural brilha como o Sol


Lâmpada derivada de mineral natural brilha como a luz do Sol
A hackmanita sintética tem um espectro de emissão similar ao da luz do Sol. [Imagem: University of Turku]
Hackmanita
Químicos sintetizaram um material, baseado em um mineral natural chamado hackmanita, que não apenas produz luz branca de largo espectro - luz de melhor qualidade do que a emitida pelas lâmpadas e LEDs atuais -, como também pode continuar brilhando depois que a energia for desligada.


Quem está por trás desse avanço é o brasileiro José Carvalho, atualmente desenvolvendo pesquisas na Finlândia por meio de um convênio entre a Universidade de Turku, a USP e o CNPq.


A hackmanita natural é uma variedade da pedra semipreciosa sodalita, um silicato de sódio e alumínio com cloro (Na4Al3(SiO4)3Cl). Ela possui uma característica conhecida como tenebrescência, ou fotocromismo reversível, a capacidade de mudar de cor quando exposta ao Sol, retornando à cor original quando volta para o escuro.


Já a hackmanita sintética produzida por Carvalho e seus colegas é um material de baixo custo, contendo apenas materiais abundantes e não-tóxicos, que emite uma luminescência mais próxima da luz solar do que a dos lantanídeos atualmente utilizados em lâmpadas.
"O menor custo do material também é uma grande vantagem em aplicações para diagnósticos [médicos], já que os lantanídeos atualmente utilizados são caros. Por causa de sua luminescência persistente, a hackmanita não exige espectrômetros temporizados caros para medir a luminescência," disse o professor Mika Lastusaari, coordenador do trabalho.


Lâmpada de brilho persistente
O grande sonho de todas as lâmpadas é imitar a luz solar. Atualmente, tanto as lâmpadas fluorescentes quanto os LEDs produzem luz branca com materiais luminescentes à base de lantanídeos, um grupo de elementos químicos do grupo 6 da tabela periódica.


Contudo, o uso de lantanídeos é problemático. Por um lado, eles são caros e seu preço pode variar muito; por outro lado, eles não produzem o mesmo amplo espectro da luz do Sol. Por isso a luz branca é produzida com lantanídeos misturando três cores primárias de espectro estreito, ou seja, vermelho, verde e azul.


"A hackmanita que desenvolvemos pode ser usada em lâmpadas comuns, como um fósforo de componente único para produzir luz branca natural. Como bônus, as lâmpadas de hackmanita continuam a brilhar mesmo depois de uma falha de energia, sendo assim adequadas para sinais de saída e emergência," disse Lastusaari.


Para um produto comercial, será necessário ser criativo com esse efeito de "brilho retardado" - uma lâmpada que se apague suavemente teria um apelo mercadológico, mas outra que fique teimosamente brilhando muito tempo depois que você desligou o interruptor provavelmente não faria muito sucesso.

Bibliografia:

Lanthanide and Heavy Metal Free Long White Persistent Luminescence from Ti Doped Li–Hackmanite: A Versatile, Low-Cost Material
 
Isabella Norrbo, José M. Carvalho, Pekka Laukkanen, Jaakko Mäkelä, Fikret Mamedov, Markus Peurla, Hanna Helminen, Sari Pihlasalo, Harri Härmä, Jari Sinkkonen, Mika Lastusaari

Advanced Functional Materials
Vol.: 27, Issue 17
DOI: 10.1002/adfm.201606547
10.1002/adfm.201606547

Planeta Dez: Dados indicam mais um planeta no Sistema Solar


Planeta 10
Visualização artística do gelado Planeta Dez, que ainda deverá ser observado diretamente. [Imagem: Heather Roper/LPL]
Quintal desconhecido
Depois dos indícios da existência de um nono planeta no Sistema Solar - o ardentemente procurado Planeta Nove - agora novos dados indicam que o Sistema Solar pode ser ainda mais populoso do que se pensava.

Kathryn Volk e Renu Malhotra, da Universidade do Arizona, nos EUA, acabam de encontrar indícios da existência de um décimo planeta em nosso sistema - o Planeta Dez.
Os indícios surgiram quando as duas astrônomas rastreavam as regiões além de Netuno, no chamado Cinturão de Kuiper, que começa a partir das 55 unidades astronômicas (ua) - ou seja, 55 vezes mais longe do que a distância do Sol à Terra. Foi uma onda de descobrimento de um grande número de corpos celestes poucos brilhantes nessa região que ajudou a desclassificar Plutão como planeta.


Planeta Dez
Volk e Malhotra rastrearam vários objetos nessa região e verificaram que vários deles descrevem órbitas anômalas, com uma inclinação orbital de oito graus em média. Os efeitos observados, segundo elas, só podem ser explicados pela presença de um outro corpo celeste de grandes dimensões - um planeta.

"Não é o que esperaríamos se os únicos planetas do Sistema Solar fossem aqueles que já conhecemos. Isto significa adicionar um novo planeta - o Planeta Dez, assumindo que o Planeta Nove exista," disse Volk.

A técnica é a mesma usada para identificar o Planeta Nove, só que este deve estar a 700 ua e ter 10 vezes a massa da Terra. O Planeta Dez estaria bem mais perto, a 50 ua, e deve ser bem menor, mais ou menos do tamanho de Marte.

Planeta 10
O Planeta 10 estaria em uma órbita inclinada em relação ao Sol e aos planetas conhecidos. [Imagem: Heather Roper/LPL]
 
Fácil de ver
Ocorre que um planeta do tamanho de Marte localizado pouco depois de Netuno deve ser muito mais fácil de ser observado do que o distante Planeta Nove.

Na verdade, outros astrônomos, ao comentarem os resultados da pesquisa, afirmam ser difícil de acreditar que exista algo deste tamanho e tão próximo e que não tenha sido observado até hoje, embora o eventual planeta possa ser obscurecido por galáxias de fundo.

Os dados deverão ser confirmados - ou corrigidos - com a adição de novas observações de corpos do Cinturão de Kuiper. Esses dados poderão ser fornecidos pelo projeto OSSOS (Outer Solar System Origins Survey), que está rastreando milhares de objetos nessa região.

"Teria que ser um acaso muito grande para que este não seja um efeito real. Acreditamos que há um sinal real lá e isso implica um planeta adicional," disse Volk.

Bibliografia:

The curiously warped mean plane of the Kuiper belt
Kathryn Volk, Renu Malhotra
The Astronomical Journal
Vol.: Accepted paper
https://arxiv.org/abs/1704.02444