domingo, 16 de novembro de 2014

Um governo que fura poços fundos - VINICIUS TORRES FREIRE




FOLHA DE SP - 16/11


Além do desastre político que virá com o Petrolão, saque da Petrobras cria mais custos econômicos


POUCO ANTES do segundo turno da eleição, o jornalista trabalhava com a TV ligada na Bloomberg, canal americano de notícias financeiras. De repente, ouve "Brazil", "Rússeff", "Nieves". Jim Chanos, um financista, falava sobre a Petrobras.

"A situação econômica da empresa é tão ruim que dizemos que Petrobras é um embuste, não uma ação [a scheme, not a stock']."

Uma repórter pergunta se a empresa enganou os investidores no IPO de 2010 (IPO: a empresa vende novas ações no mercado). Chanos diz que a empresa insiste na conversa otimista de que vai render, embora não faça dinheiro bastante nem para pagar seu plano de investimentos e juros, sendo obrigada a se endividar demais.

Chanos dirige um "hedge fund" chamado "Kynikos" ("cínico"). Fez alguma faminha apostando na baixa de ações que julgava podres. Andou perdendo dinheiro grosso neste ano, conta o "Wall Street Journal". E daí que o "kynikos" Chanos escarneça da Petrobras? Não é só ele.

A gente dá de ombros sobre os efeitos do descalabro corrupto-econômico da Petrobras sobre o mercado de ações e outros, ainda mais quando leva em conta o tamanho do desastre político que virá em 2015, os desdobramentos do Petrolão.

Enfim, o comum dos brasileiros em geral não tem ações, da Petrobras ou outras. Não tem nem deve se animar a ter. Os "ricos" daqui ou investidores de alhures vão olhar com mais desconfiança o mercado brasileiro. Não é um problema de "imagem". Isso custa caro.

A maior empresa do país foi saqueada por políticos, diretores e empreiteiras. É gerida à matroca pelo governo e chegou ao cúmulo da degradação de não conseguir publicar nem balanço, que seus auditores temem ser fajuto, dada a corrupção. Isto fizeram da Petrobras, maior que a maioria das economias latino-americanas, quase do tamanho do Peru, empresa que paga mais de R$ 100 bilhões de impostos, com um patrimônio enorme de conhecimento.

Em 2010, a Petrobras fez o maior IPO da história. O ano foi ruim para as ações, por causa de eleição, da politicagem crescente do negócio e do próprio IPO. A empresa vendeu R$ 120 bilhões em ações (vale agora menos do que isso no mercado). A União comprou R$ 80 bilhões em ações, aumentou a participação estatal no capital e, pois, desvalorizou o investimento, a renda esperada de dividendos, dos acionistas minoritários.

Desde o IPO, o preço das ações caiu quase 50%, sem contar a inflação. Além do estrago direto na empresa, obrigada a engolir superfaturamentos legais e ilegais de obras e insumos, o governo emperrou a exploração de petróleo nos últimos cinco anos. Bulir com o mercado desse jeito inepto é contraproducente, tem efeitos difusos de longa duração: descrédito. Desconfiança eleva os custos de financiamento de empresas no mercado (juros sobem, preço de ações cai etc.).

O ano que vem será de tumulto político sério. A presidente abre ou expande frentes de problemas econômicos. O emprego míngua inequivocamente, vide os números tristes da indústria e do emprego formal. Dilma Rousseff precisa defender algum lado, tapar alguma das feridas que abriu e, como previsto, sangram muito agora. Tensão política, apatia econômica e frustração social é uma combinação que não vai prestar.


Um programa fiscal confiável - SUELY CALDAS O ESTADO DE S.PAULO - 16/11



Passada a fase do País fantasia da campanha eleitoral, a presidente reeleita começa a enfrentar a hora da verdade. Seu governo esperou garantir a vitória para abrir a panela de pressão que comprimiu e escondeu a realidade - e estilhaços começaram a explodir. 
 
O Banco Central aumentou os juros e esperou a eleição para cobrar do governo ajuste fiscal; a auditoria PricewaterhouseCoopers (PwC) se negou a assinar balanço da Petrobrás enquanto não forem apuradas denúncias de corrupção; a meta de superávit fiscal virou déficit e o governo quer mudar a lei para mascará-lo; os Estados reclamam de atrasos nos repasses do governo federal que já somam R$ 2,026 bilhões; o caos no setor elétrico piora e empresas temem racionamento em 2015; isenções fiscais não garantiram empregos e nos últimos 12 meses as montadoras de automóveis demitiram 12.637 trabalhadores (IBGE); o desmatamento voltou a crescer; e a miséria também (Ipea). E os estilhaços da panela de pressão só começaram.

Fechadas as urnas, Dilma Rousseff veio a público pregar diálogo com a oposição, que saiu da eleição ferida e com 51 milhões de brasileiros a apoiá-la. Diálogo foi o que Dilma não encontrou em dois de seus ministros do PT: Gilberto Carvalho diz ter sido "um milagre" sua eleição, diante da onda anti-PT no País; e Marta Suplicy demitiu-se com duras críticas à sua gestão. Se até entre amigos ela não tem apoio, o que esperar da oposição? Mas Aécio Neves não fechou portas e condicionou o diálogo a propostas concretas, ao que Dilma respondeu: "Não tem diálogo genérico, será com base em propostas".

Aí veio a primeira proposta: maquiar o déficit fiscal primário, mudar a lei para transformá-lo em superávit e violar a Lei de Responsabilidade Fiscal. É dessa forma que Dilma pretende recuperar a confiança dos brasileiros e de investidores? É deplorável para quem, no final de 2013, jurou que em 2014 seria diferente e não recorreria a artifícios e a maquiagens que minaram a confiança em seu governo.

Ainda na linha de transgredir leis, a Petrobrás paga multa diária à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), desde sexta-feira, por não cumprir o prazo para divulgar seu balanço trimestral - adiado para 12 de dezembro porque a auditoria PwC condicionou a aprovação dos números à apuração dos prejuízos da estatal com corrupção na compra da Refinaria de Pasadena, nos EUA, e em diversas obras no Brasil.

Como aceitar um diálogo que propõe descumprir as leis do País? A presidente não está diante de um impasse intransponível, como quis convencer o ministro Aloizio Mercadante ao comparar o caso do déficit fiscal com o pedido de Barack Obama ao Congresso para aumentar o teto da dívida dos EUA. Lá os pagamentos do governo foram suspensos, salários atrasaram e o calote seria inevitável se o Congresso não aprovasse o pedido de Obama. Aqui as regras não são rígidas como lá.

Dilma agiria com honestidade e transparência se pedisse desculpa aos brasileiros por gastar mais do que deles recebe em impostos, reconhecesse seu erro e apresentasse ao País um plano de corte de despesas e aumento gradual do superávit primário para os próximos quatro anos. Um programa de ajuste fiscal verdadeiro, com definição de metas anuais e firme compromisso de cumpri-las sem recorrer a truques e falsificações que marcaram sua primeira gestão e contribuíram para afugentar investimentos privados, essenciais para a economia voltar a crescer.

Tal programa produziria muitas vantagens no segundo mandato: a inflação tenderia a recuar, os juros também, a confiança seria recuperada, novos investimentos dinamizariam a economia e, sobretudo, seria afastado o fantasma que Dilma mais teme, o rebaixamento do Brasil e a perda do grau de investimento pelas agências de risco.

É claro que o primeiro ano seria difícil, como foi 2003 para Lula, mas a trajetória seguiria um curso virtuoso. O que não pode é Dilma seguir gastando sem freios, como nos últimos quatro anos: o equivalente ao valor gasto no segundo mandato de FHC e nos oito anos de Lula, segundo calculou o especialista em área fiscal Mansueto Almeida.
 

Começou a mudar? - FERREIRA GULLAR


FOLHA DE SP - 16/11


O descontentamento que se manifestou em junho de 2013 parece ter ganho definição, objetivo e uma liderança


Não posso adivinhar qual será o desfecho desta história que começou com a morte surpreendente de Eduardo Campos, desdobrou-se na ascensão de Marina Silva, depois com o crescimento da candidatura de Aécio Neves e concluiu com a vitória de Dilma Rousseff sobre ele, pela diferença de apenas 3 milhões de votos.

Será que esse é o final do processo ou, na realidade, o começo de uma nova etapa da história política brasileira? Não sei, não tenho opinião formada sobre este momento; não obstante, tudo indica que esta não foi uma eleição como as outras e que, por isso mesmo, pode trazer consequências decisivas para o país, daqui em diante. Não resta dúvida de que estes 12 anos de governo petista tiveram consequências importantes na vida social e política do país. Não apenas o primeiro governo Lula se destacou no atendimento amplo do setor mais necessitado da população e fez crescer o salário mínimo, como também se valeu dessas conquistas para se manter no poder o mais tempo que puder.

Foi precisamente esse projeto que esteve em risco durante as últimas eleições, como demonstrou o resultado delas. O PT ganhou de novo, mas ganhou por pouco e as forças que se mobilizaram contra o partido não parecem dispostas a cruzar os braços e deixar o barco correr, como tem acontecido até aqui.

O temor de perder as eleições levou o PT --consequentemente sua candidata-- a subir o tom do discurso e radicalizar na tentativa de derrotar o adversário que, por sua vez, respondeu no mesmo diapasão. Nada disso ocorreu por acaso e, sim, como consequência da conjuntura política que se formou durante o governo de Dilma Rousseff.

A verdade é que esse quadro político se definiu, de um lado pelo desgaste do governo petista, que não pode esconder o agravamento dos problemas tanto no plano econômico e social, com a estagnação da economia e o crescimento da inflação, e, por outro lado, no plano político com o crescente escândalo que envolve a Petrobras e altas figuras do partido governante e seus aliados. Tudo isso, naturalmente, desgastou o governo e fez crescer o número de pessoas que passaram a desejar uma mudança drástica na realidade política e social do país. O resultado das últimas eleições reflete isso.

No entanto, é necessário constatar que todos esses fatores geraram uma nova configuração do quadro político nacional. É que, ao contrário do que vinha ocorrendo nestes 12 anos de governo petista, os que perderam estas últimas eleições --e que somam cerca de 51 milhões de eleitores-- não voltaram para casa como das outras vezes: vieram para as ruas e para as redes sociais manifestando o desejo de mudança.

Ao que tudo indica, se a campanha eleitoral terminou, a luta pela mudança radical da situação nacional continua. O descontentamento que se manifestou em junho do ano passado parece ter ganho, agora, definição e objetivo, e mais que isso, uma liderança.

De fato, o que ocorreu em junho de 2013 foi a expressão espontânea de parte da classe média contra o lamentável quadro político do país. Os sucessivos escândalos e a sombra da impunidade sempre presente resultaram nas manifestações de protesto que, sem liderança definida, não teriam maiores consequências.

Não obstante, assustou a classe política e, particularmente, os petistas, o que levou Dilma, extemporaneamente, a propor um plebiscito para uma nova Constituinte.

Um ano se passou, e chegaram as eleições. A campanha eleitoral contribuiu para que aquele descontentamento se definisse e ganhasse rumo: tirar o lulapetismo do poder já seria um passo adiante no rumo das mudanças que se fazem necessárias. Nessa conjuntura, o papel desempenhado por Aécio Neves, como candidato da oposição ao governo petista, fez dele o intérprete desse descontentamento e, possivelmente, o líder da luta pela mudança.

Claro que a mudança que se faz necessária tem que contar com o apoio não apenas da opinião pública --que é decisiva-- mas de forças políticas consideráveis, que ainda estão ligadas ao governo. De qualquer modo, não se trata de buscar soluções antidemocráticas mas, sim, ao que tudo indica, mudar para preservar a democracia.
 

Os companheiros privatizaram a verdade - GUILHERME FIUZA

domingo, novembro 16, 2014


REVISTA ÉPOCA 

A EDUCAÇÃO BRASILEIRA ESTÁ EMPESTEADA DO VÍRUS IDEOLÓGICO QUE PROSTITUI A VERDADE


Teste de história para o 3" ano do ensino médio, numa escola particular do Rio de Janeiro bem colocada no ranking acadêmico:

"O presidente eleito (FHC) governou o Brasil por dois mandatos, iniciando a consolidação da política neoliberal no país, principiada pelos presidentes Collor e Itamar Franco. Sobre os dois mandatos (1995-2002), pode-se afirmar que se caracterizam:

e) pelo limitado crescimento econômico; privatização das empresas estatais; diminuição do tamanho do Estado; e apagão energético, que levou ao racionamento e ao aumento do custo da energia.

A alternativa "e", acima, é a resposta correta, segundo o professor que aplicou o teste. As quatro alternativas erradas são recheadas de bondades sociais, naturalmente identificadas pelos isentos elaboradores do teste com os governos do PT - muito distantes das maldades neoliberais de FHC. É muito grave o que acontece no Brasil. Um arrastão que mistura má-fé e credulidade empreende uma lavagem cerebral no país.

Vamos repetir o termo, para destacá-lo da frase anterior, que ficou um pouco longa: lavagem cerebral.

O exemplo acima é um retrato triste, vergonhoso, do que se passa nas bases da civilização brasileira. A transmissão do conhecimento no Brasil está empesteada pelo vírus ideológico - aquele que sabota a cultura e prostitui a verdade. Nada, absolutamente nada, pode ser mais grave para uma civilização. A quebra da confiança no saber destrói uma sociedade. Quando os monstros nazistas e comunistas foram pegos na mentira, o flagelo social já estava consumado - com a complacência da coletividade.

O PT caminha para 16 anos no poder. Engana-se quem vê inflação e recessão como os piores produtos de uma gestão desonesta. O pior produto é o envenenamento das instituições - gradual, sorrateiro, letal. O brasileiro, esse ser dócil, acha que o julgamento do mensalão foi um filme de época. Recusa-se a perceber que aquele golpe (submeter o patrimônio público a interesses partidários) se aprofunda há 12 anos. O PT montou uma diretoria na Petrobras para a sucção bilionária do dinheiro do contribuinte. Qual é o grande escudo para mais esse assalto?

É a lavagem cerebral. O Brasil engole o assalto petista porque está embriagado dos clichês de bondade, associados aos heróis da vagabundagem. Eles são administrativamente desastrosos e contam com grande elenco de pilantras condenados, mas pelo menos não são "neoliberais de direita". É esse o truque tosco do teste escolar aqui citado.

O que é uma "política neoliberal", prezados mestres da panfletagem? Por acaso vocês se referem à abertura econômica do país, com o avanço de prosperidade dela advindo? Claro que não. Vocês citaram "neoliberal" como um palavrão, cuspido pelo filho do Brasil num desses palanques em que ele mora. Vocês não têm nem uma pontinha de vergonha de resumir os anos FHC a um "limitado crescimento econômico" - tendo sido esse o governo que deu ao Brasil uma moeda de verdade?

Não, Ok. Vocês não têm vergonha de nada. Nem de escrever que, nesse período, se deu "a privatização das empresas estatais". Como assim? Todas? Acrescentem ao menos: com exceção de empresas como Petrobras, Correios e Banco do Brasil, que permaneceram públicas para que os companheiros pudessem fazer nelas seus negócios privados. Vocês também poderiam, prezados mestres da educação brasileira, escrever que FHC privatizou a telefonia agonizante e, assim, melhorou a vida dos pobres. Não, desculpem: os pobres pertencem a vocês, e a seus patrões petistas. "Privatização das empresas estatais" - mais um palavrão ideológico, cuspido nos ouvidos de estudantes adolescentes. Prezados professores: vocês são uns covardes.

Nem merece retificação a referência ao "apagão" - que só aconteceu nas suas mentes obscuras. O que vocês devem admirar é a mentira progressista das tarifas de energia e gasolina, que finge dar ao consumidor o que rouba do contribuinte. Ou os truques da contabilidade criativa e do adestramento de dados no Ipea e no IBGE.

O país é hoje comido por dentro. Só passará no vestibular se responder a uma questão, antes de qualquer outra: Dilma sabia ou não sabia do petrolão? Tapem os ouvidos, prezados lavadores de cérebros. 
 

Dilma usa a mesma tática do ladrão pego roubando e dizendo “Pega ladrão!”

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Conforme vemos no G1, Dilma já está dando uma de espertinha ao falar da Operação Lava Jato:
Em sua primeira manifestação pública sobre a nova etapa da Operação Lava Jato – que resultou, até agora, na prisão de 23 pessoas, entre as quais presidentes de empreiteiras e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque –, a presidente Dilma Rousseff afirmou que as investigações do escândalo de corrupção podem “mudar o Brasil para sempre”. A chefe do Executivo comentou a sétima fase da operação policial em coletiva de imprensa concedida, em Brisbane, na Austrália, pouco antes do encerramento do encontro de cúpula do G20.


“Eu acho que isso [investigações da Lava Jato] pode mudar, de fato, o Brasil para sempre. Em que sentido? No sentido de que vai se acabar com a impunidade. Nem todos, aliás, a maioria absoluta dos membros da Petrobras, os funcionários, não é corrupta. Agora, têm pessoas que praticaram atos de corrupção dentro da Petrobras”, disse a presidente da República.


Durante a entrevista em Brisbane, Dilma ressaltou que, na visão dela, é necessário tomar cuidado para não “condenar” a Petrobras pelos atos de corrupção cometidos por alguns funcionários da estatal. A petista destacou ainda que o fato de a Lava Jato ter colocado atrás das grades “corruptos e corruptores” é uma questão “simbólica” para o país.


“Não se pode pegar a Petrobras e condenar a empresa. O que nós temos de condenar são pessoas. Pessoas dos dois lados: os corruptos e os corruptores. Eu acredito que a questão da Petrobras é simbólica para o Brasil. É a primeira investigação efetiva sobre corrupção no Brasil que envolve segmentos privados e públicos”, ponderou Dilma.
A presidente reeleita informou que os contratos firmados entre a Petrobras e as empresas investigadas na Lava Jato, operação que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões, estão sendo revistos. Ela, no entanto, advertiu que não haverá revisão dos contratos envolvendo outras empresas públicas.
Bem fez o Ronaldo Caiado, que identificou o modus operandi da presidente:
A estratégia da presidente Dilma nesse escândalo bilionário não difere em nada daquele sujeito que é flagrado batendo carteira na rua e grita “pega ladrão”. Só que, nesse caso, sabemos a face, o DNA, as digitais e o endereço do grupo liderado pelo PT que destruiu a Petrobras. Não tem escapatória, Dilma.
Dilma é sempre assim. Se finge de investigadora enquanto é investigada. Depois de Dilma, a expressão cinismo deverá ser redefinida.

Empreiteiros bilionários e corruptos tentam habeas corpus. Até agora Justiça negou 11 pedidos.

domingo, 16 de novembro de 2014


A Justiça Federal rejeitou neste domingo mais seis pedidos de liberdade para os executivos presos na sétima etapa da Operação Lava Jato. No sábado, outros cinco pedidos de habeas corpus haviam sido indeferidos. A decisão é da desembargadora plantonista Maria de Fátima Freitas Labarrère, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região de Porto Alegre.


Os investigados que tiveram o pedido de liminar rejeitados foram o presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho; o diretor financeiro da OAS Mateus Coutinho de Sá Oliveira; o advogado da OAS Alexandre Portela Barbosa; o vice-presidente da Engevix, Gerson de Mello Almada; e os diretores técnicos da Engevix Carlos Eduardo Strauch Albero e Milton Prado Júnior. Ontem, os habeas corpus analisados e indeferidos foram do diretor vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Hermelino Leite; do presidente da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini; do presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa, João Ricardo Auler; do diretor presidente da área de internacional da construtora OAS, Agenor Medeiros; e do funcionário da OAS José Ricardo Nogueira Breghirolli.

Na decisão, a desembargadora manteve o argumento da Justiça Federal de que as detenções foram necessárias para impedir que os acusados atrapalhassem a investigação da Polícia Federal.

Neste domingo, os 23 presos na Superintedência da Polícia Federal em Curitiba passaram por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal na capital paranense. Depois do procedimento, os acusados voltaram para o cárcere e aguardam ser chamados para prestar depoimentos. Eles estão encarcerados em um espaço onde ficam as duas celas do prédio. Alguns tiveram que dormir em colchões no chão e comeram a comida fornecida pela polícia. Advogados dos presos, que chegaram a reclamar da falta de acesso imediato aos clientes, afirmaram que apesar do espaço pequeno para tanto preso, não houve reclamações por parte deles quanto às condições do local. (veja)
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Dilma e a eterna transferência de culpa: a culpa do déficit externo do Brasil é “dos países ricos”

dilma
Dilma continua sendo Dilma e, independentemente do juízo final se abatendo sobre o partido com as prisões da Operação Lava Jato (e com muito mais pessoas fazendo delações premiadas), sua vida continua fácil.

Dla segue muito hábil em executar truques de transferência de responsabilidade pela crise, como vemos na matéria Dilma culpa países riscos pelo déficit externo do Brasil, do Estadão:
A presidente Dilma Rousseff usou a abertura da reunião dos Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – para culpar países desenvolvidos pela piora das contas externas brasileiras. Em discurso, defendeu que a falta de força das economias ricas não gera demanda para estimular países emergentes. Ao mesmo tempo, Dilma defendeu que o esforço monetário e a ação para alavancar exportações nos desenvolvidos têm derrubado o preço das commodities, o que pode comprometer a renda e o crescimento dos emergentes.

“Desde nossa última reunião em Fortaleza, a situação da economia mundial, infelizmente, pouco avançou. Os países avançados não conseguiram uma recuperação consistente e o comércio internacional não cresce o suficiente para estimular os países emergentes”, disse Dilma, conforme trecho do discurso distribuído pela assessoria de imprensa do Palácio do Planalto.


A reunião dos Brics aconteceu na manhã de sábado em Brisbane, na Austrália, antes da abertura do encontro de cúpula das 20 maiores economias do mundo, o G-20.

A principal linha de raciocínio da presidente brasileira apontou para a falta de tração da economia global e as consequências para as economias em desenvolvimento. Entre os problemas mencionados, Dilma destacou especialmente a tendência negativa do preço das commodities. “A queda de preços sinaliza o enfraquecimento da economia internacional e vai comprometer a renda e o crescimento de alguns emergentes”, defendeu. Entre os Brics, Brasil, Rússia e África do Sul são grandes exportadores de commodities. A China, ao contrário, é compradora.

Além da economia mais lenta nos países ricos, a queda de preço das commodities é ainda influenciada pela política monetária dos Estados Unidos. “Isso reflete também uma reacomodação da economia mundial às perspectivas de elevação futura do dólar americano”, disse Dilma. No trecho distribuído pelo Planalto, não há qualquer menção à desaceleração da economia chinesa como fator de influência.

Economistas, porém, dizem que o menor crescimento da China é a principal fonte recente da acomodação dos preços de produtos básicos como petróleo, minério de ferro, metais e alimentos.

Diante do diagnóstico, Dilma cobrou ação dos países ricos no discurso feito aos Brics. “É preciso que os países avançados recomponham sua demanda interna aos níveis pré-crise ao invés de tentar resolver seus problemas com o aumento das exportações”, defendeu. “Essa situação provocou um déficit de transações correntes no Brasil de 3,7% do PIB”, completou Dilma.

O discurso reforça a defesa de que “o Brasil está fazendo sua parte” para a recuperação da economia global. A contribuição brasileira, na avaliação do Palácio do Planalto, é explicada pelo déficit em transações correntes. Esse resultado negativo mostra que o País demanda mais que produz e, assim, está “importando crescimento” de outras nações, o que ajuda na recuperação internacional. As economias ricas, ao contrário, têm superávit ou déficit externo decrescente. Isso, na avaliação do governo brasileiro, mostra que “não ajudam” na recuperação global.
Já é a lógica kirchnerista: para que trabalhar se podemos descansar e curtir a vida, enquanto se transfere a culpa para os outros?

A lepra da intervenção política: indesejados e indignos

manifestacao
As manifestações de ontem, 15 de novembro, foram belíssimas expressões da democracia. Mas ainda tivemos problemas. É deles que falarei agora.


Às vezes é preciso “mandar a real”, e falar sobre as coisas como elas são. Já usei o termo lepra política para me definir em relação à presença de pessoas pedindo “intervenção militar” e “separatismo” nas manifestações. Mas acho que não fui suficientemente claro.

Não havia dúvidas de que essa gente apareceria para atrapalhar.
Há alguns dias vi a seguinte mensagem no Facebook:
AVISO AOS INTERVENCIONISTAS QUE SOFREREM QUALQUER TIPO DE CENSURA
Qualquer um que por ventura for impedido de expor suas faixas de intervenção militar em qualquer movimento de rua registre com vídeo o momento em que houver obstrução da liberdade de expressão para posterior identificação do infrator e vá a uma autoridade policial mais próxima denunciar o crime de censura fazendo o registro do BO (Boletim de Ocorrência).

Posteriormente abra uma denuncia no Ministério Público por crime de censura. Impedimento do direito constitucional de liberdade de expressão. Artigo quinto da Constituição de 1988: “É livre a manifestação de pensamento, e a Reunião pacífica e a Liberdade de Expressão”

IMPORTANTE: Coloque os registros de censura nas redes sociais, para que mais intervencionistas possam ajudar a tomar providências sobre a ocorrência.

Observações: O movimento promovido por pessoas que pedem a Intervenção Militar é apartidário, descentralizado, legitimo e feito por brasileiros livres cumpridores de todas as suas obrigações legais. E neste sentido, não podemos em hipótese nenhuma aceitar sermos caluniados, ou difamados, ou injuriados, pois caracteriza-se-a igualmente Crime, sujeito a prisão e indenização por reparação de danos morais.
Sempre pelo Brasil.
Um bom texto de Robson A. D. Silva no site Revista Sociedade Militar já deixava bem claro o quanto essas pessoas eram indesejadas, até mesmo pelas Forças Armadas:
Em momentos de crise, grande comoção, ou politizaçao da sociedade, ha sempre o risco de que surjam radicais. Radicalismo gera mais radicalismo. Ja ouviram falar em Malta? Resumidamente falando, é um grupo de maria-vai-com-as-outras que se junta e age de forma irresponsável e covarde se escorando na multidão que age igual.

 Quem trata muito bem desse assunto é Elias Canetti, teórico que todo ativista devia ler.

Como o ativismo político no Brasil até bem recentemente era propriedade da esquerda, os loucos e extremistas radicais, como o que cuspiu em idosos em frente ao clube militar, eram quase sempre sua exclusividade.  Contudo, vivemos novos tempos, a sociedade esclarecida chegou ao limite de sua paciência e aos poucos sai de dentro de casa. A maioria se atém a protestos racionais, são apologetas da mudança por meios democráticos e racionais.


Mas, ha uns poucos que nos mostram que já ha necessidade de auto-policiamento. Se isso não for feito rapidamente, ha sério risco de que ponha-se tudo a perder, e até que essas pessoas acabem gerando situações lamentáveis.

Como se não bastasse o árduo papel de orientadores nessa árdua jornada para a construção de uma oposição verdadeiramente fundamentada, os teóricos que constroem a oposição literalmente lutam agora, curiosamente, para aplacar os ânimos desses mais exaltados.

Por incrível que pareça, ha gente que fala abertamente em matar, guerra e “liberdade ou norte”. Destilam o ódio como se o país vivesse uma situação fora de controle. Estes acabam por fornecer combustível para ataques mortais da esquerda.

Nenhum grupo, nenhum partido, de direita, centro ou esquerda, legalizado ou em formação, pode compactuar ou permitir a presença de pessoas com esse tipo de comportamento.


 “Gerentes” de manifestações, que geralmente discursam em cima dos carros de som, também têm que se apressar em acabar com isso. Esse talvez seja o lado obscuro e mais perigoso da nova oposição em formação, onde alguns fazem incitação ao crime, à reação armada e imposição de uma idéia que não é e nunca será majoritária entre aqueles que se opõem ao atual re-governo.

Para esse tipo de extremista qualquer um que prefira a via democrática, é um covarde, fraco, desinformado etc.
Sim, somos contra os desmandos, a corrupção e o desgoverno. Mas nunca compactuaremos com qualquer incitação a violência e formação de grupos paramilitares. Lembremos sempre que Verdade e honestidade são princípios inegociáveis. Acreditamos que qualquer um pode pedir qualquer coisa. A presença do povo nas ruas é sim importante. Peçam ajuda aos militares caso achem que a soberania foi aviltada, peçam que General Heleno seja presidente, peçam que Bolsonaro seja ministro da defesa, peçam julgamento/Impeachment se acham que houve crime, peçam devassa no TSE e o que mais qualquer um achar necessário. Mas que isso seja feito por vias pacíficas, democráticas e dentro do que prescreve a LEI.
Feito logo após as manifestações, o ótimo texto Canalha minoritária e golpista macula protesto legítimo e democrático contra desmandos do governo petista, mas ficou claro: trata-se de uma minoria repudiada por todos, inclusive pelas Forças Armadas de Reinaldo Azevedo complementa bem o assunto.
Ele diz:
Os imbecis conseguiram.
Os idiotas chegaram lá.
Os zumbis se impuseram sobre os vivos.
Os estúpidos ganharam a ribalta.
A escória da democracia mostrou a fuça.
Reinaldo lembra que no mínimo 10 mil pessoas participaram dos protestos contra Dilma em São Paulo.

Mas eis que surgem várias matérias em sites:
  • “Pedido de ação militar racha protesto contra Dilma na Paulista” (Folha Online)
  • “Pedido de intervenção militar racha protesto anti-Dilma na Paulista” (Estadão Online)
  • “Defensores de intervenção militar dividem ato contra Dilma” (Globo Online)
  • “Lobão abandona ato após pedido de ação militar” (UOL)
Reinaldo prossegue:
As democracias não podem proibir a estupidez, ou democracias não seriam. As pessoas têm o direito de ser ignorantes. Mas eu também tenho o direito de repudiar a sua burrice. Se um único cartaz bastou para enviesar a cobertura jornalística do ato anterior, é evidente que um carro de som ganharia ainda maior saliência. Desta vez, ao menos, informa-se a coisa correta: o pedido de intervenção militar era coisa de uma minoria, que acabou marchando sozinha, por sua própria conta, até o Comando Militar do Sudeste.

Quem vai bater à porta de quartel é carpideira ou gente com vontade de lamber botas. Falaram para ninguém. Conheço generais da ativa que tratam essa gente por aquilo que é: um bando de trouxas, de oportunistas, que se aproveitam da justa indignação de pessoas decentes para lançar seu ridículo grito de guerra.

Por que esses celerados não dão ao menos um exemplo contemporâneo de governo militar que seja democrático e decente? Existem ditaduras militares no continente americano hoje? Sim.

Qualquer pessoa informada sabe que a Venezuela, na prática, é uma Cuba também. As fachadas socialista e comunista só escondem a real natureza do regime: são camarilhas militares que garantem a opressão.

Apanhei durante a ditadura. Fui perseguido com meros 16 anos. Repudio de modo absoluto esses asquerosos, que não sabem o que é democracia; que acabam, porque burros, legitimando o regime corrupto e de desmandos em curso. Se querem pedir ditadura, que marquem suas próprias manifestações.
Essa gente me dá nojo!
Sendo que já compilei a mensagem de um intervencionista indesejado, de um cientista político da Revista Sociedade Militar e de Reinaldo Azevedo, preciso fazer um apanhado da situação.

É fato que nem todos os adeptos da intervenção militar estão representados nesses energúmenos que apareceram nas manifestações. Aqui eu vou me referir a esses últimos.

Como podemos definir pessoas que não respeitam o direito de um grupo social definir as regras para este grupo social? Vamos dar alguns exemplos?


Ativistas LGBT que vão se beijar em Igrejas. Por que fazem isso? Se as regras da igreja não permitem esse comportamento, por que eles precisam entrar lá para ofender os demais? 


Se a torcida do Corinthians não admite palmeirenses (e vice-versa) por que você priorizaria ir lá vestindo uma camisa do Palmeiras?
É claro que estamos diante de comportamentos antissociais, a partir dos quais a vida em sociedade torna-se inviável. São normas básicas de respeito a regras de grupo que essas pessoas se recusam a assimilar. Pessoas assim chegam no mais baixo estágio da indignidade humana.


Quem é indesejado em um grupo social (o qual se estabelece pela via não coercitiva) deveria procurar os grupos sociais que o aceitem. A rejeição a isso configura-se em autoritarismo.


A partir do momento em que intervencionistas foram definidos como indesejados nas manifestações, a única posição aceitável seria de que não participassem. Ou que fizessem uma manifestação em qualquer outro lugar.
Mas alguns deles não conseguiram, e, agindo de forma tão indigna quanto os petistas mais desonrados, resolveram aparecer por lá, demonstrando arrogância extrema e desrespeito total aos objetivos da organização.


O que eles conseguiram com isso? Como sempre, conseguiram atrapalhar mais uma manifestação legítima, sempre gerando capital político para o PT.


Ora, se eles são indesejados no grupo e se a participação deles só serve para ajudar aos petistas, é melhor tachá-los de petistas infiltrados mesmo, ou então de malucos indignos. Ao menos estes que apareceram nas manifestações.
Em relação a estes intervencionistas, estamos em pólos opostos em várias questões como:
  • fornecimento de capitalização política gratuita pelo PT (eles são a favor, nós somos contra)
  • luta somente pelas vias democráticas (eles são contra, nós somos a favor)
  • respeito às organizações sociais (eles são contra, nós somos a favor)
  • busca do realismo político (eles são contra, nós somos a favor)
Quer dizer que nós temos inimigos à nossa frente. Eles são tanto os bolivarianos, como os militaristas.


E, exatamente por isso, este blog a partir de agora estabelecerá uma regra: nenhuma postagem a favor de intervenção militar será permitida por aqui.

Eu até respeito pessoas que acreditem nessas coisas por questão de perda de fé nas instituições.

Tenho divergência dialética com essas pessoas em minha discordância profunda com qualquer pedido por intervenção militar.

Mas a partir do momento em que uma parte desses intervencionistas se recusa a aceitar regras sociais e decide partir para sabotar manifestações democráticas, novas regras precisam ser estabelecidas.

Como a mídia deturpa notícias sobre as manifestações.

Como a mídia deturpa notícias sobre as manifestações. Ou: como mostrar manifestações de extrema-esquerda de forma positiva enquanto se demoniza manifestações democráticas dos republicanos

protesto
Que tal avaliarmos criticamente como a mídia noticiou a manifestação da extrema-esquerda na quinta-feira, dia 13 de novembro?
Leia a matéria do Estadão: Marcha da CUT e dos Sem Teto reúne 7 mil contra a direita:
São Paulo – A chuva que caiu no final da tarde desta quinta-feira, 13, em São Paulo não espantou os cerca de 7 mil manifestantes, segundo estimativas da Polícia Militar, que marcharam pelas ruas da região central da capital com o lema “Contra a direita e por mais direitos”. O ato de militantes ligados ao Movimento dos trabalhadores Sem Teto (MTST) e à Central Única dos Trabalhadores (CUT) foi uma reação à manifestação realizada há duas semanas, que pedia o impeachment da presidente Dilma Roussef.

De acordo com os organizadores, a marcha tinha por objetivo também cobrar o comprometimento da presidente com reformas populares no seu segundo mandato. “Estamos aqui para mostrar que enquanto eles reúnem mil pessoas para defender causas caras ao povo brasileiro, como a volta da ditadura e o ódio a nordestinos, nós reunimos cinco vezes mais por causas como reformas política e tributária”, disse o coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos.

No ato contra Dilma algumas pessoas levaram cartazes e defenderam a volta de uma intervenção militar no País.

A manifestação desta quinta se concentrou em frente ao vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e, com faixas, cartazes e dois carros de som, ocupou uma pista da Avenida Paulista. Depois, os manifestantes seguiram por ruas do Jardins, bairro nobre da capital paulistana. O trajeto foi encerrado na Praça Roosevelt, também no centro.

Enquanto passava pelas rua Augusta e a Alameda Jaú, nos Jardins, o carro de som tocou músicas de Luiz Gonzaga e Zé Ramalho, dois ícones da cultura nordestina. Manifestantes carregavam pás e enxadas e dançaram forró.

“A playboyzada ficou revoltada porque o titio Aécio perdeu a eleição. Vamos mostrar que intervenção não é militar, é popular”, disse Boulos do alto do carro de som. Em um recado à presidente Dilma, o líder do MTST afirmou que, no segundo mandato, os movimentos sociais estarão nas ruas mantendo as cobranças por suas causas.

“Não aceitaremos que não ela governe para os trabalhadores. (Dilma) Foi eleita para fazer essas mudanças e vamos estar na rua cobrando essas mudanças do nosso jeito, com ocupação e com pressão”, afirmou.

“Queremos reforma agrária, queremos redução da jornada, queremos todas as reformas que o País precisa.”


‘Acabou a eleição’. O presidente da CUT, Vagner Freitas, foi na mesma linha. Segundo ele, a marcha teve como objetivo mostrar “que não são só os reacionários que vão para a rua”. “Esse ato é para dizer que acabou a eleição.” Ao direcionar seu discurso para o governo, Freitas disse que o “povo não votou para ter banqueiro como presidente do Banco Central nem como ministro da Fazenda.

“Queremos que o governo olhe para a gente, queremos a diminuição da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário.”

A marcha foi acompanhada por 300 homens do Batalhão da Polícia Militar. Até a conclusão desta edição não haviam sido registrados incidentes.


Nas páginas dos eventos são divulgados ainda textos pedindo aos manifestantes para não levarem cartazes em favor do regime militar. No ato de primeiro de novembro que pedia o impeachment de Dilma na Av. Paulista foram registrados vários manifestantes pedindo intervenção militar, o que causou grande repercussão negativa.


Impeachment. A iniciativa desta quinta ocorreu às vésperas de uma nova manifestação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff marcada para o próximo sábado, 15, também no vão livre do Masp. Ao menos três eventos organizados por diferentes grupos foram agendados na rede social.

Nas páginas dos eventos são divulgados ainda textos pedindo aos manifestantes para não levarem cartazes em favor do regime militar. No ato de primeiro de novembro que pedia o impeachment de Dilma na Av. Paulista foram registrados vários manifestantes pedindo intervenção militar, o que causou grande repercussão negativa.
Veja trechos da máteria Movimentos sociais fazem ato contra a direita e cobram reformas populares, do Globo:
De acordo com o MTST, o ato é “em resposta aos ataques da elite paulistana aos movimentos organizados e ao povo nordestino” verificados após o encerramento do segundo turno das eleições.
A ex-candidata do PSOL à Presidência, Luciana Genro, também participou do ato na Paulista.


“Vamos enfrentar a direita nas ruas, mas vamos enfrentar o governo se ele quiser fazer ajuste”, afirmou.
Momentos antes, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) também havia dito que a central não vai aceitar “banqueiro” no Banco Central.

O coordenador do MTST, Guilherme Boulos, disse que a manifestação é resposta à “playboyzada dos Jardins”. “Teve uma turma aqui na Paulista dizendo que o povo devia ser reprimido por uma intervenção militar. Era uma meia dúzia, uma playboyzada dos Jardins, que, porque o titio Aécio perdeu a eleição, ficaram bravinhos”, disse.


O presidente da CUT, Vagner Freitas, foi na mesma linha: “não venham os coxinhas querer o terceiro turno”. Os organizadores também cobram da presidente Dilma as reformas populares que prometeu, entre elas a reforma politica, a reforma tributária e a reforma agrária.

Pauta ampla

A coordenadora nacional do MTST (foto abaixo) Ana Paula Ribeiro diz que os outros movimentos compareceram porque a pauta é extensa.
“Estamos reivindicando reformas estruturais de base: reformas política, agrária, urbana, tributária e das comunicações”, disse Ana Paula.
O evento estava previsto para começar às 17h, mas o grupo adiou o início da caminhada por causa da chuva forte que caía na região da Avenida Paulista.

Grupo rebate ato contra Dilma

Um dos objetivos dos movimentos sociais é rebater a manifestação realizada no sábado (1º) que reuniu cerca de 2,5 mil pessoas na Avenida Paulista contra o resultado das eleições e pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O cantor Lobão, que tinha prometido deixar o país em caso de vitória do PT, esteve no evento.
Não é uma beleza?

Nas duas matérias só vemos frames positivos dados aos governistas e frames negativos às manifestações “da direita”:
  • “em nome do povo”
  • “conselhos populares”
  • “contra a playboyzada dor Jardins”
  • “pelas reformas populares”
  • “contra a elite”
  • “contra a intervenção militar”
  • “luta contra quem odeia os nordestinos”
É claro que a mídia anda coagida e, com exceção da Veja, está distorcendo informações.


Mas vejamos o tipo de panfleto que as manifestações da extrema-esquerda traziam, direto do site Coletivo Lenin:
A crise de 2008, debilitou o domínio do imperialismo dos EUA e Europa sobre países como o Brasil, e favoreceu a influência das burguesias chinesa e russa. Os conflitos na Síria, Ucrânia e as últimas eleições estiveram marcados por essa nova disputa.
Durante e após as eleições setores da classe média manipulados pelo imperialismo foram as ruas com todo o seu ódio, preconceitos e violência contra nós trabalhadores, defendendo a qualquer custo a derrota do PT.
Derrotados nas urnas, querem agora derrubar o governo Dilma, agitando por uma nova ditadura militar para facilitar a aceitação de um golpe parlamentar como imposto em Honduras, Paraguai e Ucrânia.
Toda essa onda reacionária acontece porque eles têm medo de perder seus privilégios, de que o PT, pressionado por manifestações e greves, seja obrigado a fazer as reformas necessárias a melhoria vida dos trabalhadores. No entanto, o PT não fará essas reformas, porque mesmo depois de quase tomar um pé-na-bunda dos empresários e banqueiros, e quase perder a presidência num golpe eleitoral-midiático, o PT mais uma vez deixa de lado os movimentos sociais e os trabalhadores para negociar a sua “governabilidade” com a direita.
Só reformas populares poderiam melhorar as condições de vida da nossa classe. A reforma agrária contra o agronegócio daria terra ao trabalhador do campo. A reforma urbana acabaria com a especulação imobiliária e daria moradia digna a todos que necessitam.
Os transportes, a saúde, a educação e a mídia precisam ser estatizados e passar ao controle da população trabalhadora, assim como as grandes indústrias e as multinacionais. Também é preciso pôr fim a polícia assassina e as prisões em massa de nosso povo pobre e negro.
Todas essas reformas só serão possíveis com uma verdadeira Revolução Socialista, onde conquistemos o poder de decisão e a organização da produção nas indústrias e empresas, no campo e nas cidades, para atender às necessidades de toda a nossa classe. É disso que a direita e o imperialismo têm medo, de uma nova e grande Cuba na América Latina.
Mais do que derrotar a ofensiva imperialista e golpista no Brasil, temos que ir além, fazer um governo dos conselhos dos trabalhadores da cidade e do campo. Uma revolução no Brasil colocaria imediatamente o imenso proletariado brasileiro na vanguarda da revolução continental, não poderia ser contida por bloqueios imperialistas nem se submeteria aos limites estabelecidos por uma burocracia. Mas para isso não podemos nutrir qualquer ilusão no PT que governa para os empresários e banqueiros. Somente nós, trabalhadores, podemos fazer o nosso futuro.
Por sua vez, se não avançamos nesta luta, seremos esmagados pela perspectiva contrária, de uma nova onda golpista reacionária, que nos imporá o desemprego, a falta de moradia, o arrocho salarial, as drogas, a prostituição, a mendicância, o trabalho escravo, e uma repressão policial ainda mais bárbara do que a que já sofremos. Mais do que nunca, hoje, está colocado para os trabalhadores brasileiros socialismo ou barbárie!
E, obviamente, você não verá nenhuma menção à esse panfleto em qualquer notícia na grande mídia. Sabe por que? Por que estão todos com o c… na mão com medo de perder dinheiro de anúncio estatal.
Segue o panfleto:
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Paulo Roberto Martins falou sobre a crise de liberdade de imprensa que hoje vive o Brasil:
O governo petista vai aumentar a perseguição aos veículos de comunicação independente que denunciam a roubalheira que eles praticam país afora. A Petrobras é apenas um caso que veio à tona. Por que eles deixariam de fazer em outros órgãos públicos? Por bondade? Não! Mas um dia o Brasil vai saber. A casa do PT vai cair!
O panfleto escondido pela mídia, junto com o uso de frames positivos para a manifestação de extrema-esquerda (frames definidos praticamente como uma pauta fechada, pois as matérias do Globo e do Estadão são exatamente iguais, assim como as matérias da Folha e de outros órgãos de mídia foram), junto com o uso de gatos pingados (e indesejados) pedindo impeachment nas manifestações republicadas, mas tomados como se fossem “a manifestação em si”, comprovam que estamos em uma fase onde precisamos urgentemente trabalhar pela liberdade de imprensa.


Com exceção da Veja (que teve verbas estatais cortadas e tocou o “foda-se”), o resto da imprensa se divide entre amedrontada com medo de perder verbas estatais e aliada do governo desde o início.


O controle da mídia, que permitirá maior abrangência do governo nesse controle de conteúdo (hoje já claramente favorável ao governo), é a Jerusalem da guerra política atual do Brasil.


Jornais que sofrem de miopia seletiva não conseguem enxergar a manifestação nas ruas de São Paulo que aparece no vídeo


16/11/2014
às 2:44 \ Direto ao Ponto

A manifestação de protesto promovida em São Paulo será comentada num post de bom tamanho. Antecipo a divulgação do vídeo de 7min37 para que todos os leitores vejam o que vi — e que não será visto neste domingo nos jornais que sofrem de miopia seletiva. A julgar pelo que apareceu nas versões digitais, fotos e textos vão reduzir o volume da multidão de indignados. E, claro, ampliar as dimensões da minoria de cretinos fundamentais que reivindicam uma “intervenção militar”.


O vídeo desmoraliza as duas espertezas. Só não enxergaram bem mais que 10 mil manifestantes — o que já seria de muito bom tamanho — repórteres que contam gente com a mesma seriedade exibida por Guido Mantega quando calcula o pibinho do trimestre ou a inflação mensal. E tanto as inscrições nas faixas ou cartazes quanto o conteúdo das palavras de ordem escancaram a ampla hegemonia dos democratas.


A segunda mobilização antipetista em 15 dias confirma que São Paulo compreendeu que é preciso deter o avanço da seita fora-da-lei.


Surrada nas urnas, a companheirada começou a acumular derrotas também nas ruas. Sanduíches de mortadela e tubaína ajudam, mas não fazem milagre.


Mesmo reforçado com duplas sertanejas, o kit-comício será incapaz de evitar a agonia eleitoral do bando.


O PT e seus comparsas foram longe demais ao tentarem revogar a fronteira que separa coisas da política e casos de polícia. Lula e Dilma, que sempre souberam de tudo, talvez ainda não saibam disso. Logo saberão.

"LIBERDADE, LIBERDADE, ABRE AS ASAS SOBRE NÓS!"


sábado, novembro 15, 2014


"LIBERDADE, LIBERDADE, ABRE AS ASAS SOBRE NÓS!"


Hoje, 15 de novembro, comemoramos da Proclamação da República. Vale portanto esta postagem deste vídeo com o Hino da Proclamação da República. Vale a pena escutar e acompanhar. Para os que estão esquecidos da letra, faço a postagem aqui, justamente neste sábado que será marcado, a partir das 14 horas, por manifestações e passeatas em diversas capitais e cidades brasileiras em defesa da Democracia, do Estado de Direito Democrático e, sobretudo, da liberdade seriamente ameaçada pelo PT e Foro de São Paulo, a organIzação comunista transnacional fundada por Lula e Fidel Castro que tem por objetivo transformar o Brasil numa república comunista bolivariana e fazer de toda a América Latina uma extensão da ditadura comunista cubana.

O refrão "Liberdade, Liberdade, abre as asas sobre nós", não poderia ser mais eloquente neste momento, quando o povo brasileiro, agora desperto depois de quase uma década de torpor político, volta às ruas disposto a defender a democracia e a liberdade mais uma vez ameaçadas.

Escutem o hino e acompanhem com a letra que segue. Logo abaixo, um glossário com as palavras pouco usadas na atualidade  contidas nos versos. [Musica: Leopoldo Miguez (1850/1902) Letra: Medeiros e Albuquerque (1867/1934) São Paulo Symphony Orchestra & Choir Cond.: John Neschling]


HINO DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA

Seja um pálio de luz desdobrado,
Sob a larga amplidão destes céus.
Este canto rebel, que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
De esperanças de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós,
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz
Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, ovante, da Pátria no altar !
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós,
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz

Se é mister que de peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou neste audaz pavilhão!
Mensageiro de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder,
Mas da guerra, nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós,

Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz
Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

--------------------
Vocabulário
Audaz: corajoso
Augusto: majestoso
Aurora: nascer do sol
Brado: grito
Estandarte: bandeira
Hostis: inimigos
Labéus: desonras
Lampejo: clarão
Louçãos: vistosos
Louros: glórias
Mister: necessário
Outrora: em outro tempo
Ovante: vitoriante
Pálio: manto
Pendão: bandeira
Porvir: tempo futuro
Púrpuras: vermelhos-escuros
Rebel: revoltoso
Régias: reais
Remir: redimir
Rubro: vermelho
Soberbo: orgulhoso
Tiranos: governantes cruéis
Torpes: repugnantes
Transes supremos: momentos decisivos

2 comentários:

Verluci Almeida disse...
Nunca dantes como agora a letra
do HINO DA INDEPENDÊNCIA do Brasil,
soou música aos meus ouvidos, cansados
de ouvirem sobre coisas e fatos que
não estão corretos neste nosso Governo
corrupto. Atentem para a MARAVILHA
que é o nosso HINO DA INDEPENDÊNCIA!!!

HINO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

autor: Evaristo Ferreira da Veiga
música: D. Pedro I

Já podeis da Pátria filhos
Ver contente a mãe gentil
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil
Já raiou a liberdade
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil

Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil

Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil
Houver mão mais poderosa
Zombou deles o Brasil
Houver mão mais poderosa
Houver mão mais poderosa
Zombou deles o Brasil

Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil
OU FICAR A PÁTRIA LIVRE
OU MORRER PELO BRASIL!

Não temais ímpias falanges
Que apresentam face hostil
Vossos p eitos, vossos braços
São muralhas do Brasil
Vossos p eitos, vossos braços
Vossos p eitos, vossos braços
São muralhas do Brasil

Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil
OU FICAR A PÁTRIA LIVRE
OU MORRER PELO BRASIL!

Parabéns, ó brasileiros!
Já, com garbo varonil
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil
Do universo entre as nações
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil

Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil
OU FICAR A PÁTRIA LIVRE
OU MORRER PELO BRASIL!

(VÍDEO) A EXTRAORDINÁRIA MARCHA ANTI-PT QUE ACONTECEU EM SÃO PAULO.


BLOG DO ALUIZIO AMORIMdomingo, novembro 16, 2014


UM VÍDEO DE 6 MINUTOS COMPROVA A EXTRAORDINÁRIA MARCHA ANTI-PT QUE ACONTECEU EM SÃO PAULO. REDES SOCIAIS E BLOGS INDEPENDENTES JÁ FAZEM UM APRECIÁVEL CONTRAPONTO COM A GRANDE MÍDIA.


Este vídeo tem a duração de 6 minutos e ainda está longe de abarcar o tamanho da Manifestação Contra o PT que ocorreu neste sábado, 15 de Novembro, em São Paulo. 

O que se pode notar é que além de protestar contra o turbilhão de roubalheiras promovidas pelo governo do PT, os manifestantes demonstraram alto nível de politização, centrando-se no repúdio ao PT pela ameaça que representa esse partido comunista bolivariano à democracia e à liberdade.

Trata-se como se pode constatar que foi uma manifestação grandiosa, pacífica e ordeira. Além disso não contou com apoio de partidos políticos, não há por trás da iniciativa nenhum "movimento social" com financiamento público, como ocorre no âmbito do PT que controla uma miríade de movimentos e ONGs, todos eles mamando nas tetas governamentais.

Outro dado importe refere-se ao fato de que essa mega-manifestação foi convocada exclusivamente por meio das redes sociais e de alguns blogs independentes que não estão alojados em nenhum portal da grande mídia. 

Aliás, os jornalões e grandes redes de televisão quando não ignoraram a convocação que corria célere pelas redes sociais, tentaram minimizá-la reduzindo o noticiário para, como se diz no jargão de redação, ao rodapé. Aliás, fizeram de tudo para diminuir a primeira manifestação que aconteceu no dia 1º deste mês. As exceções são mínimas. Aliás, na passeata do dia 1º, os jornalões como a Folha de S. Paulo arranjaram no mesmo dia uma diminuta manifestação petista para poder dividir a manchete. 

É verdade que a grande imprensa reúne os veículos de mídia que formam a opinião pública por meio do jornalismo profissional e adequada estrutura para cobertura bem como importante investimento econômico. Tanto é que dentre as faixas erguidas pelos manifestas estava uma consagrada à defesa da liberdade de imprensa, ao denunciar a tentativa do governo do PT e "controlar a mídia". 

Todavia, a maioria das redações dos grandes veículos de comunicação continua sob o controle de jornalistas esquerdistas de todos os matizes e sobretudo militantes do próprio PT. Exemplo mais bem acabado disso se reflete na linha editorial da Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e os veículos de mídia da Rede Globo, para citar os mais importantes. Escapa a revista Veja. Por isso mesmo o prédio do Grupo Abril que abriga a redação da revista, foi atacado por um bando de vândalos comunistas na véspera do pleito eleitoral do segundo turno.

Entretanto, o fato dessa extraordinária manifestação que ocorreu em São Paulo e em outras capitais e cidades do Brasil neste sábado no mesmo horário, refletem uma nova realidade no mundo da comunicação de massa imposta pela internet, sobretudo as redes sociais e o jornalismo profissional independente por meio dos blogs, como este modesto espaço de análises e notícias.

Isto não quer dizer que a internet, as redes sociais e pequenos blogs podem substituir os grandes veículos de comunicação. Não podem. Todavia já conseguem fazer um contraponto importante e levar milhares de pessoas às ruas em mega-manifestações, ao mesmo tempo em que influem de forma importante no contexto analítico dos fatos ao fornecer aos leitores uma visão contraposta ao domínio da visão marxista predominante no conjunto dos grandes veículos de comunicação.

Pode-se, assim, tipificar as redes sociais e blogs de jornalistas profissionais independentes como uma espécie de "imprensa alternativa", porém comprometida com a democracia e a liberdade, sobretudo a liberdade individual que o esquerdismo extra-radical do século XXI deseja imolar no altar diabólico daquilo que é designado como "nova ordem mundial".

Oxalá os grandes jornais e redes de televisão dedicassem a esse movimento pacífico e democrático que se agiganta no Brasil e em toda a América Latina o generoso espaço que dispensaram à "chamada primavera árabe", que desejava e ainda deseja, transformar todos os países do Oriente Médio em ditaduras islâmicas. Ou ainda, concedessem à luta democrática e libertária que se levanta no Brasil agora o mesmo espaço que rendem à degola de inocentes pelos tarados islâmicos. Sim, porque o noticiário e análises formuladas pelo jornalismo 'companheiro' é incapaz de emitir qualquer tipo de censura aos psicopatas de turbante. E, por fim, oxalá que os jornalistas da nossa grande mídia conferissem às manifestações que neste sábado sacudiram o Brasil o mesmo espaço que abriram aos black blocs mascarados do PT e seus satélites ou ainda aos criminosos invasores da propriedade privada liderados por um colunista da Folha de S. Paulo.

Apesar dos pesares as coisas começaram a acontecer. E as coisas são boas, porque são civilizadas, dentro da lei e da ordem. Quanto mais a grande mídia tentar desfazer e minimizar esses fatos mais pessoas deixarão de comprar jornais e ligar suas televisões. Aliás isto está acontecendo de norte a sul do Brasil. O comportamento dos jornalistas desses veículos é algo surrealista, haja vista que essas manifestações anti-PT têm entre as suas bandeiras justamente a liberdade de imprensa que o PT deseja sepultar, sob o eufemismo de "controle social da mídia!"

Um comentário:

Anônimo disse...
Excelente texto! excelente comentário! Vamos tentando abrir os olhos do Brasil e o boicote a essa imprensa comprada e vendida cresce à cada dia. Hora há de chegar que o dinheiro que recebem do PT não irá equivaler ao dinheiro que o público dá para ver suas notícias. E outros patrocinadores irão sentir a decadência nas sua suas vendas e também retirarão seus patrocínios. É assim que se comportam os países civilizados e é assim que estamos nos comportando. BOICOTE À MÍDIA CHAPA BRANCA se não nos dão o produto que seria digno de consumirmos e já que não há PROCON para veículos de comunicação que sonegam informação, nos resta mostrarmos nossa força. Afinal... petista não sabe nem ler jornal e é a oposição ao governo que lê. Estão fritos, assim como frito está Chico Buarque com seu novo livro que irá mofar nas prateleiras, excetuando um ou outro exemplar que alguém que quererá parecer inteligente, irá comprar para dar de presente.

Eu vi a manifestação LIMPA e ORDEIRA, de pelo menos 50 mil pessoas, entre as quais, muitas, certamente a maioria, que recém acordaram para real situação política do país e que parecem DETERMINADAS a não se calarem.


BLOG DO ALUIZIO AMORIMdomingo, novembro 16, 2014

DEPOIMENTO: "O QUE EU VI HOJE, 15 DE NOVEMBRO DE 2014, NA AVENIDA PAULISTA EM SÃO PAULO".


O texto que segue o vídeo acima são de autoria de Fábio Pegrucci, 48 anos de idade, um microempresário paulistano que segue este blog pelo Twitter. Trata-se de um relato do que ele viu na av. Paulista neste sábado e que está postado na sua página do Facebook. Fábio me autorizou a postar aqui no blog. Leiam que vale a pena:

 

O que eu vi hoje, 15 de Novembro de 2014, na Avenida Paulista:

vi que, no momento de maior concentração, as duas pistas da Avenida Paulista, do MASP até o prédio da Gazeta estavam totalmente tomadas;
vi e acompanhei grande parte dessa multidão descendo a Av. Brigadeiro Luís Antônio, sentido Centro, crescendo ao longo do percurso e tomando pelo menos quatro quadras;
vi inúmeros idosos (inclusive cadeirantes e gente usando bengala), muitos casais (inclusive gays), famílias com crianças, carrinhos de bebê;
vi o comércio todo ABERTO, sem nenhum receio (lojas, farmácias, bancas de jornal, bares e restaurantes), como fosse um sábado qualquer;
vi policiais em grande número acompanhando todo percurso (PMs a pé, motos da Rocam, viaturas da Força Tática), numa tranquilidade inenarrável: os PMs caminhavam sorrindo e conversando entre eles;
vi vários cartazes pedindo IMPRENSA LIVRE, muitos fazendo referência ao Foro de São Paulo, uma faixa enorme com os dizeres "Menos Estado, Mais Cidadania" e inúmeros mencionando a corrupção no governo e a possível fraude nas eleições.
O clima no evento era de PASSEIO. Não havia tensão alguma. Todo mundo RIA. As pessoas dos prédios aplaudiam.
Dos coros, o mais popular e repetido foi "Lula, cachaceiro, devolve o meu dinheiro".
Uma pessoa (só UMA) desfraldou uma bandeirinha vermelha do PT de uma janela: foi obviamente vaiada, ridicularizada e ouviu um corinho em sua homenagem (foi o momento mais hilário da tarde).
Não vi NENHUM cartaz ou faixa pedindo intervenção militar ou algo do gênero: dizem que havia, eu não vi.
Também não vi ou ouvi NENHUMA manifestação em FAVOR de políticos, nem mesmo ao senador Aécio Neves. Só vi dois políticos presentes ao ato: o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro (PSC) e o senador por São Paulo, Aloysio Nunes (PSDB), aliás, uma grata surpresa.
Não vi nenhuma bandeira, faixa ou camiseta na cor vermelha; mas vi um MAR de verde, amarelo e azul.
Não presenciei nenhuma briga ou mero desentendimento que fosse. Nada foi quebrado, pichado, vandalizado; NADA. Quando voltei à Paulista, pouco mais de uma hora depois, após ter descido parte da Brigadeiro, nada indicava que uma multidão passara por ali: estava tudo de volta à normalidade, o trânsito fluindo, as calçadas limpas.
Eu vi a manifestação LIMPA e ORDEIRA, de pelo menos 50 mil pessoas, entre as quais, muitas, certamente a maioria, que recém acordaram para real situação política do país e que parecem DETERMINADAS a não se calarem.
Poderia ter sido melhor, mais organizado? Óbvio que sim. Mas, em se tratando de uma manifestação sem apoio de nenhum partido político e de nenhuma instituição, que sequer tinha uma liderança definida, o que presenciei foi extraordinário.
Agora, você, que não teve a oportunidade de estar lá, por favor, compare esta narrativa com as matérias publicadas nos principais portais de internet.
Você é inteligente.
Saberá tirar suas conclusões.


(E, se julgarem que este relato é honesto, por favor, compartilhem)