O sistema utiliza uma técnica conhecida como lógica nebulosa genética.
[Imagem: Nicholas Ernest et al. - 10.4172/2167-0374.1000144]
Briga automatizada
Um sistema de inteligência artificial para pilotagem de caças derrotou dois pilotos humanos em uma simulação de combate.
O piloto robótico, batizado de Alpha, usou quatro jatos virtuais para
defender uma área litorânea dos dois caças e não sofreu perdas.
Desenvolvido por uma equipe de pesquisadores da Universidade de
Cincinnati, nos Estados Unidos, o sistema também venceu um instrutor de
pilotos da Força Aérea Norte-Americana reconhecido por sua experiência.
Na simulação, os dois jatos que atacavam o litoral - chamada de
equipe azul - tinham um sistema de armas mais poderoso que os jatos
usados pelo Alpha, chamados de equipe vermelha.
Apesar da desvantagem, o sistema criado por inteligência artificial
conseguiu se livrar dos inimigos depois de realizar uma série de
manobras evasivas.
Lógica nebulosa
O sistema usa uma forma de inteligência artificial baseada no conceito de lógica nebulosa - também conhecida como difusa, ou fuzzy, com o programa analisando uma série ampla de opções antes de tomar a decisão.
Devido ao fato de um caça virtual produzir uma quantidade grande de
dados para serem interpretados, nem sempre fica óbvio quais as manobras
são mais vantajosas ou mesmo em que momento uma arma deve ser disparada.
Sistemas que usam a lógica nebulosa podem pesar a importância desses
dados individuais antes de tomar uma decisão mais ampla.
Bibliografia:
Genetic Fuzzy based Artificial Intelligence for Unmanned Combat Aerial Vehicle Control in Simulated Air Combat Missions
Nicholas Ernest, David Carroll, Corey Schumacher, Matthew Clark, Kelly Cohen, Gene Lee
Journal of Defense Management
DOI: 10.4172/2167-0374.1000144
Pet shops serão obrigados a instalar câmeras (Foto: Reprodução Internet)Foi
aprovado em segundo turno o Projeto de Lei nº 801, de 2015, de autoria
do deputado Julio César, que torna obrigatória a instalação de sistemas
de monitoramento de áudio e vídeo em estabelecimentos comerciais
destinados à exibição, tratamento, higiene e estética de animais
domésticos, como pet shops, clínicas veterinárias e similares.
As câmeras deverão ser instaladas no local específico para
tratamento, higiene e estética dos animais. Segundo a proposição, que
agora segue para a sanção do governador Rodrigo Rollemberg, o sistema de
monitoramento será acessado por meio de senha pessoal e intransferível
entregue ao responsável pelo animal e ao órgão de fiscalizador de defesa
de animais caso seja solicitada a senha.
As imagens e os áudios deverão
ficar arquivados por pelo menos 15 dias. Os estabelecimentos que não se
adaptarem a nova regra estarão sujeitos à notificação, multa entre R$ 1
mil e R$ 10 mil, interdição parcial ou total do estabelecimento,
cassação de licença e alvará de funcionamento, entre outras penalidades.
O prazo para a instalação das câmeras é de 90 dias a partir da
publicação da lei.
Na justificativa do projeto, o autor argumenta que a medida vai
ajudar as autoridades a punir casos de maus-tratos, agressões,
mutilações e outras formas de violência que ocorrem, inclusive, dentro
dos estabelecimentos. Além disso, vai permitir observar a estrutura dos
lugares que, muitas vezes, estão longe do ideal para o tratamento dos
animais, levando-os a situações de estresse.
Por Berenice Seara Zoológico do Rio (Foto: Rafael Moraes/ Extra)
A Prefeitura do Rio lançou licitação para a escolha da empresa que vai gerir o velho e bom Jardim Zoológico.
O processo foi preparado pela Cataratas do Iguaçu S.A., contratada
pela administração municipal para preparar os estudos, o projeto e o
edital.
Turismo
Segundo o edital, a empresa não precisa ter qualquer experiência em
manejo de animais — mas em “gestão de uma única operação e/ou
empreendimento de Jardim Zoológico, pontos turísticos, parques ou
assemelhados, que possuam controle de acesso e visitação igual ou
superior a 300.000 visitantes por ano”.
Basta ter administrado um parque de diversões...
Mas terá de provar, também, que irá contratar, caso vença a
licitação, um “profissional de formação superior na área de Ciências
Biológicas ou Medicina Veterinária ... que comprove a experiência de
três anos na atividade de manejo de animais selvagens em cativeiro”.
Ou seja, não precisa saber nada do assunto, desde que indique um
profissional (um só!), e garanta que vá contratá-lo no futuro, quando
ganhar a disputa.
Nota do Olhar Animal: Este é
mais um fato para expor o pouco caso com a vida dos animais explorados
em zoológicos. Não bastasse privá-los da liberdade e mantê-los em
condições degradantes, querem submetê-los aos "cuidados" de pessoas sem
experiência alguma na lida com os bichos.
Por Jessica Sarter / Tradução de Alda Lima Foto: The Last Pig
“Como um criador de porcos, vivo uma vida antiética, envolta nas
armadilhas justificatórias de aceitação social. Há mais ainda do que
simples aceitação. Há realmente a celebração da maneira com que crio os
porcos. Porque dou aos porcos vidas tão próximas do natural quanto
possível em um sistema não-natural, sou honrado, sou justo, sou humano —
enquanto o tempo todo, atrás do manto, sou um senhor de escravos e um
assassino”.
Estas palavras poderosas vêm de uma coleção de blogs que Bob Comis,
um criador de porcos em Upstate New York, que começou a escrever para
narrar sua vida como um agricultor de carne “humanitário” e sua
crescente dúvida quanto a tal coisa existir mesmo.
Suas palavras foram
destaque no The Huffington Post e atraiu o interesse de muitos leitores
por sua descrição honesta da turbulência interna com a qual ele lidou
enquanto tentava entrar em acordo com a vida que estava vivendo em meio a
um conjunto de mudança de crenças morais. Os pensamentos de Comis
quanto à criação de suínos não eram do agricultor médio, pelo menos não
aquele que cria porcos pela sua carne, seu objetivo sempre foi criar
porcos o mais humanamente possível.
Na verdade, ele começou a criação por ficar tão horrorizado depois de
descobrir mais sobre a fazenda industrial, que quis tentar ser uma
pessoa melhor, oferecendo uma solução mais amável. E, pelo que se sabe,
as vidas que seus porcos levam foram as mais ideais que você poderia
imaginar. Eles tinham muito espaço para se movimentar, tinham talos de
milho para comer, abrigos quentes onde dormir e a oportunidade de
desfrutar das relações sociais complexas que todos os suínos constroem
quando lhes é dada a oportunidade. “Vi porcos mostrarem empatia,
alegria, depressão e uma gama de emoções”, ele disse. “Eles às vezes
brincavam de dar susto um nos outros. A experiência dos porcos parecia
cada vez mais com a minha”.
Olhando os porcos de maneira diferente
Comis viu o que qualquer um que já passou algum tempo com porcos já
sabe. Ele descobriu que os porcos são animais individuais muito
inteligentes, brincalhões, e também começou a sentir que suas vidas
importavam muito, levando-o a questionar seu direito de tomar suas
vidas. Por um tempo, ele tentou continuar com a sua criação, pois seu
negócio estava indo muito bem.
Ele também continuou a comer carne
enquanto os leitores o viam perguntando a si mesmo e ao mundo se era
certo para qualquer um de nós fazê-lo. Felizmente, havia pessoas lá fora
que não apenas ofereciam suporte, como também não julgavam. Ele
explicou em uma entrevista: “Os comentários mais poderosos que recebi, e
foi o que me ajudou a parar em última análise, foram, e de várias
formas os que diziam ‘Se der um passo para trás e olhar para as coisas
que está dizendo e olhar para as coisas que está pensando, verá que já
tomou a decisão de parar, então apenas dê o próximo passo e pare’. E,
assim, a ideia ressoou em mim, e dei o passo para trás e pensei: ‘Estas
pessoas são legais’, e então decidi parar de criar porcos completamente,
me tornei vegetariano, e depois vegano”.
O último porco
A representação honesta da busca da alma de Comis chamou a atenção da
premiada cineasta Emmy Allison Argo. Depois de ler um de seus blogs
“Happy Pigs Make Happy Meat”, (ou “Porcos felizes dão carne feliz”), ela
quis contar sua história. Argo produziu muitos filmes sobre animais
como Parrot Confidential e The Urban Elephant, e tem dedicado sua vida a
ensinar as pessoas sobre os males de animais em cativeiro e em risco
nas mãos de seres humanos.
Mas esta história era diferente. Esta não era
uma outra história de abuso ou negligência, este era um lugar onde os
animais foram bem tratados até o dia final. Esta história, como o
próprio Bob Comis colocou, era uma questão de, se aquelas vidas eram
significativas o suficiente para serem cuidadas e alimentadas, por que
era aceitável acabar com elas para consumo humano? E quanto à ética
daqueles momentos finais?
O consumidor que compra o mito da humanidade
neste processo está fechando os olhos para o último dia, os momentos
finais. Como Comis disse à revista Modern Farmer a respeito de sua
experiência num matadouro, “Não é a visão do sangue que me incomoda, e
sim a violência do processo da morte. A ciência nos asseguraria de que
estas convulsões são um sinal de insensibilidade dos porcos, mas, como
testemunha, é quase impossível acreditar que os porcos não estão se
debatendo porque estão com dor.
E então aquela súbita falta de vida do
corpo enquanto ele é mecanicamente içado no ar, algemado por uma única
perna. Acho que nada poderia ser feito para tornar a morte dos porcos
menos pesada para mim”.
Esperança de mudança
Mudar nem sempre é fácil, especialmente quando não são
apenas seus hábitos alimentares, mas seu sustento financeiro também.
“The Last Pig” segue Comis em seu último ano levando porcos para o abate
(ele tinha mais de 200 que não tinha onde colocar) e dizer adeus aos
oito que conseguiu realocar em santuários. Hoje ele Comanda a In Line
Farming, uma fazenda vegana em homenagem à sua nova maneira de colocar
suas ações “em linha” com suas crenças.
E para provar ainda mais que as
ações positivas de uma pessoa podem levar a outras, Argo virou vegana
durante o processo de filmagem, depois de anos sendo vegetariana. Por
mais que Bob Comis possa ser apenas uma pessoa, sua história pode
inspirar milhares de outras. Tudo o que precisamos é apenas dar um passo
para trás, um momento para questionar a forma como as coisas são, para
fazer a diferença em nossas escolhas pessoais e impactar positivamente
tantas outras vidas.
Todos nós poderíamos aprender uma lição de
compaixão deste homem amável. “The Last Pig” está em fase final de
edição. A produção deste filme foi financiada através de doações e
continua precisando de apoio. Para doar, saber mais sobre o filme, e ver
como você pode ajudar, visite o site The Last Pig e acompanhe seu progresso no Facebook.
A Holanda se tornou o primeiro país sem
animais abandonados. Um dado considerável nesta notícia é o de que isso
aconteceu sem a necessidade de sacrificar quaisquer animais ou
colocá-los em um canil.
Resumidamente, isso ocorreu porque as leis holandesas são muito duras com as pessoas que abandonam cães.
Multas por abandono atingem a casa dos
milhares de euros. Assim, as pessoas pensam duas vezes antes de
abandonarem um cão nas ruas.
Embora houvesse campanhas de sensibilização
para a causa e multas aplicáveis, as ruas da Holanda estavam cheias de
cães. Isso se devia em grande parte ao fato de que as pessoas preferiam
comprar cães de raça pura a adotarem um animal. Portanto, era necessário
impedir que os cães que viviam nas ruas continuassem a se reproduzir.
A
Holanda se tornou o primeiro país sem animais abandonados. Isso
aconteceu sem a necessidade de sacrificar quaisquer animais ou
colocá-los em um canil.
Foto: labioguia
O governo assumiu o custo de esterilização e
organizou campanhas maciças para fazer isso aos animais de rua, e assim
os proprietários de cães de estimação poderiam esterilizá-los
gratuitamente, caso quisessem.