quinta-feira, 7 de abril de 2016

Nesta prisão, detentos cuidam de animais abandonados e ambos ganham uma nova chance

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No Centro de Detenção de Monroe, na Florida, EUA, eles não só acreditam em novas chances, como resolveram tratar essa oportunidade de se reabilitar e voltar para a sociedade de uma outra forma.

Eles uniram presos com animais que sofreram maus tratos e foram abandonados.
E engana-se quem pensa que essa ideia é de agora. Os primeiros animais chegaram há 21 anos. Inicialmente, eram apenas alguns patos. Hoje, são 150 animais de todas as espécies, como preguiças, alpacas, cavalos, entre outros. Uma verdadeira fazenda, chamada Monroe County Sheriff’s Office Animal Farm.


“Achei que seriam apenas alguns porcos”, diz Mike Smith, um dos detentos.”Eu não sabia que iam ter cobras, lagartos, jacarés e tudo mais.”
Eles ficam em um espaço ao lado do presídio e quem os traz é uma instituição de rede de resgate de animais.
Leia também: Detentos diminuem pena estudando e trabalhando fora do presídio
Juntos, especialistas e prisioneiros, cuidam diariamente destes animais, e cerca de três vezes por semana é aberto para visitas e chega a receber 200 pessoas por dia.
“Eles me mantiveram concentrado”, explica Smith. “Espiritualmente, eles me ajudaram muito. Eu definitivamente não vou esquecê-los, isso é certo.”


Smith finaliza: “Fazer alguma coisa boa quando eu realmente estava em uma situação muito ruim me deu paz”.
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Fonte: Hypeness e Narratively

Apenas uma ponte.

Universo azul,Japão.


Todo homem deveria ter sua própria caverna



Angelo Mastropetro, de 37 anos, um bem-sucedido gerente de uma empresa de Recursos Humanos, foi um dia diagnosticado com esclerose múltipla. Este fato deu impulso para a realização de um sonho. Ele saiu do emprego, pegou uma picareta e uma pá, e começou a entalhar uma casa em uma caverna do condado de Worcestershire (Grã-Bretanha).

Depois de haver gastado milhares de horas de trabalho e muito dinheiro, ele hoje aproveita a tranquilidade, calma, assoalho quentinho e até Wi-Fi.


Incrível.club convida você a conhecer este projeto extraordinário do designer inglês. Será que servirá de exemplo para você algum dia?

A caverna


Angelo descobriu a caverna durante um passeio de bicicleta com os amigos, quando procurava um lugar para se abrigar da chuva. Após algum tempo, comprou este pedaço de terra e começou os trabalhos de construção.

A caverna antes da remodelagem


Estudiosos estimaram em 250 milhões de anos a idade da caverna. Há aproximadamente 300 anos, ela foi usada como residência.

A construção


Angelo Mastropetro admitiu que, curiosamente, seu sobrenome em italiano significa algo como ’mestre das pedras’; logo mexer com rochas está em seu DNA. Para realizar seu sonho, o designer teve que trabalhar com mais de 70 toneladas delas.

O futuro banheiro


Inicialmente, Angelo planejava fazer uma banheira, mas logo precisou mudar de ideia. Ele se deu conta de que nem sempre poderia esquentar uma quantidade tão grande de água. Agora, a casa do ’homem da caverna’ conta apenas com um chuveiro.

A sala


Todas as paredes da casa foram pintadas de branco, e o ’estilo da caverna’ é destacado com os objetos no seu interior.

A sala de jantar


O dono da caverna reformada queria que seu lar tivesse muita luz natural, e para isso ele apostou em um grande número de portas transparentes e janelas grandes.

O banheiro


O chuveiro é assim: como uma cascata tropical!

O interior


Para se aproximar ao máximo do estilo ’homem de pedra’, Angelo usou materiais naturais, como uma pia de madeira. Ele preservou a textura natural da pedra e as linhas das curvas da caverna.

A cozinha


Tem tudo o que permite cozinhar em condições confortáveis: água quente, forno e uma coifa.

O quarto


O autor do projeto diz que o lugar onde a casa fica situada é muito relaxante. Fisicamente, fica a um quilômetro de um supermercado, mas provoca a sensação de uma viagem ao passado.

O dono da casa


Em uma entrevista, Angelo Mastropetro disse que sonhava com um lugar onde pudesse viver de modo tranquilo, saudável e feliz. Parece que ele conseguiu.


Fonte: dailymail
Tradução e adaptação: Incrível.club
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10 Imagens que não têm explicação




Não importa o tamanho da platéia ...mas sim o tamanho do amor que dedicamos a tudo

A vida é simples, são as pessoas que complicam tudo...

Diga NÃO ao preconceito!

Belo Monte: maior parte da compensação ambiental não beneficia região da usina

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UHE de Belo Monte Foto: divulgação PAC/maio de 2014.
UHE de Belo Monte Foto: divulgação PAC/maio de 2014.


A lei do SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação) determina que os empreendimentos de grande impacto ambiental sejam obrigados a destinar recursos para criação e manutenção de unidades de conservação de proteção integral. Chamam isso de compensação ambiental. 


A usina hidrelétrica de Belo Monte, cuja obra está sendo finalizada no Pará, se enquadra nesse tipo de obra causadora de grande impacto e foi obrigada a destinar 126 milhões de reais para mitigar seus impactos no meio ambiente. Mas o Ministério Público Federal e o governo do Pará estão questionando na Justiça sobre o por quê do Comitê de Compensação Ambiental Federal da empresa ter destinado 72% desses recursos [ou 92 milhões de reais]  para o Parque Nacional do Juruena, no estado do Mato Grosso, que está a 800 quilômetros do local de impacto da usina.


Segundo a Ação Civil Pública impetrada nesta terça-feira (05) pelo Ministério Público Federal (MPF) e a Procuradoria Geral do Estado do Pará (PGE), a soma é desproporcional e sobra pouco para as 11 unidades de conservação localizadas na bacia do Xingu que foram afetadas diretamente pela construção da usina. A ação foi proposta na Justiça Federal de Altamira e pede a anulação da divisão dos recursos.


“O fato de o PARNA Juruena ter sido escolhido para ser contemplado com tamanha monta de recursos por ter quase 20 mil km² de extensão não o torna mais especial ou relevante do que o conjunto de unidades de conservação que está a apenas 143 km de distância do empreendimento”, argumentam as procuradoras que assinam a ação. Ainda segundo o texto, a própria Estação Ecológica Terra do Meio possui mais de 30 mil km² de extensão, é refúgio de espécies ameaçadas e vive constantemente pressionada, “não apenas pelo desmatamento e exploração ilegal de madeira, mas pelas novas frentes de desmatamentos criadas a reboque da construção da UHE Belo Monte”.


Assinada pela procuradora da República Thais Santi e pela procuradora do estado do Pará Cristina Magrin Madalena, além da suspensão da compensação, a ação pede que um novo plano para destinação dos recursos deverá elaborado e apresentado pelo Ibama, o Instituto Chico Mendes e o consórcio Norte Energia. A destinação dos recursos “deverá, em respeito às normas legais aplicáveis e ao princípio da razoabilidade, priorizar a região impactada pela hidrelétrica e a bacia hidrográfica do rio Xingu”, determina a peça.


Saiba Mais
Processo nº 466-95.2016.401.3903 - Íntegra da ação

Oportunidade: Seja um brigadista do Parque Nacional do Caparaó

Parque Nacional do Caparaó. Foto: Rodrigo Carrara
Parque Nacional do Caparaó. Foto: Rodrigo Carrara

O Parque Nacional do Caparaó (MG) divulgou nesta segunda-feira (04/04) o edital para o Curso de Formação de Brigadistas e Chefes de Esquadrão para Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do ICMBio. De 05 a 12/04 estão abertas as inscrições para as 24 vagas do curso. Estão destinadas 04 vagas para Chefes de Esquadrão e outras 20 para Brigadistas.

O processo de seleção se dará em 02 fases. A primeira, a Pré-Seleção, avalia as capacidade física e habilidade dos candidatos. Somente aqueles aprovados participarão da segunda etapa, que consiste no Curso propriamente dito. Os aprovados estarão aptos a atuar nas brigadas temporárias da unidade de conservação, em períodos não superiores a seis meses.

As inscrições são feitas na sede da UC. Confira o edital aqui.

DOIS CAVALOS MORTOS POR DIA

 


GRANDE IMPRENSA 



Segundo levantamento do SLU, 62 equinos são enterrados por mês no DF. Defensores querem que veto do governador a Projeto de Lei que proíbe exploração desses animais em área urbana seja derrubado




Enquanto não dispõe de uma legislação sobre a atuação de carroceiros, a exploração da atividade no DF revela uma estatística cruel: no período de um mês, pelo menos 62 cavalos são enterrados na capital. A média — que equivale a pelo menos dois equinos mortos por dia — corresponde ao ano de 2015, quando 753 deles foram recolhidos pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU). Expostas a trabalhos pesados, como o transporte de material de construção, entulhos e coleta de resíduos recicláveis, a maioria é abandonada pelos próprios donos. 

Embora entidades de proteção animal se mobilizem contra esse tipo de atividade no DF, a iniciativa mais recente sobre o tema — o Projeto de Lei nº 1.804/2014, de autoria do distrital Joe Valle (PDT) — está parada na Câmara Legislativa. O veto integral do Executivo, em fevereiro de 2015, apontou inconstitucionalidade na proposição. A medida, entretanto, é considerada um retrocesso pelos defensores do PL. 

Treze meses depois do veto, contudo, o objetivo dos envolvidos é trazer a proposta a uma nova discussão. “A decisão foi uma questão de interpretação jurídica. Entendemos que há dois caminhos. O primeiro é trabalhar pela derrubada do veto. A segunda alternativa é que o GDF, por meio de decreto, tire a proposição do papel, já que, juridicamente, entende que o Legislativo não tem competência para tanto”, critica Simone Lima, presidente da Sociedade Protetora dos Animais (ProAnima).

Incentivo

Mentor do PL, Valle defende celeridade no processo. “A mortalidade de animais utilizados em veículos de tração é alarmante”, ressalta. “Ainda não temos uma data definida para a votação de derrubada do veto, mas, sem dúvida, é importante trabalharmos nesse sentido.Também é preciso destacar que é preciso garantir incentivos aos carroceiros em atuação para que adquiram outro tipo de veículo”, reitera o parlamentar, hoje lotado como secretário de Trabalho, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. O distrital estima que, atualmente, existam 3 mil carroceiros em atuação no DF.

“É preciso oferecer alternativas, dado o complexo problema de ordem social que o assunto envolve. As pessoas que exploram esse tipo de atividade, em geral, vivem em situação degradante. Muitas têm problemas com alcoolismo e uso de outras drogas. Há também a questão do trabalho infantil. É uma questão socialmente complexa”, acrescenta.

O Correio tentou ouvir a Associação dos Carroceiros da Estrutural, por meio daadministração regional da cidade — região que concentra centenas de pessoas nessa atividade —, mas o número de telefone informado não existe.

Lucílio Antonio Ribeiro, subsecretário de Defesa Agropecuária da Secretaria daAgricultura do DF (Seagri), afirma que a maior parte dos animais resgatados pela equipe de fiscalização da pasta chega à unidade em estado degradante. “Eles são encontrados com fraturas nas patas, feridos, desnutridos e desidratados. A depender da gravidade dos ferimentos, são atendidos no Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (UnB. Depois, são encaminhados para o espaço da Seagri, onde recebem tratamento sanitário e ficam à disposição para adoção”, detalha.

Para a auditora da área de fiscalização do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Luiza Brasileiro, apesar de outros animais de grande porte serem usados pelos carroceiros, os cavalos são os mais explorados pelos carroceiros no DF. “A atividade a que eles são submetidos é totalmente incompatível com o bem-estar do animal. O cavalo é bastante sensível e requer muito cuidado, e os carroceiros não têm condições de assumir essa responsabilidade. Para se ter uma dimensão, eles precisam passar 16 horas se alimentando e outras 4 dormindo”, diz. De acordo com Luiza, os animais são vendidos por valores entre R$ 150 e R$ 250.

“A legislação precisa avançar em relação à preservação da vida desses bichos. Se um animal abandonado for apreendido, o dono aparecer e pagar a multa, a lei diz que ele pode ser liberado, independentemente das condições de maus-tratos em que foi encontrado. Por isso, o ideal mesmo seria a proibição”, acrescenta.



Controle de três órgãos

 AS atribuições sobre a atividade de carroceiro estão divididas entre três órgãos do GDF. Ao Detran cabe vistoriar e emitir autorização para a condução de veículos de tração animal, bem como a definição das vias em que a sua circulação é proibida. O Instituto Brasília Ambiental (Ibram), por sua vez, responsável pela fiscalização e pela apuração de denúncias de maus-tratos e abandono. As multas, nesses casos, variam entre R$ 200 e R$ 2.250. Já a Secretaria de Cultura e Desenvolvimento Rural (Seagri) abriga os animais apreendidos. Atualmente, a unidade tem 32 equinos albergados.



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Tecnologia intensifica controle de uso e ocupação do solo


Terça, 29 Março 2016

 



Notícias
Da Agência Brasília
Cinco medidas de combate à invasão de terras foram apresentadas nesta terça-feira (29) durante abertura de seminário. Rodrigo Rollemberg participou da cerimônia no Memorial JK


O combate à grilagem, ao parcelamento irregular e a qualquer outro tipo de ocupação ilegal de áreas públicas no Distrito Federal ganha reforço. Na manhã desta terça-feira (29), o Comitê de Governança do Território do DF anunciou cinco medidas que servirão de ferramenta para coibir a cultura de invasão de terras na capital do País. O colegiado foi criado em 2015 e tem a participação de vários órgãos do governo local.


O conjunto de ações foi apresentado durante o 1º Seminário de Combate à Grilagem de Terras Públicas no DF, organizado para que o impacto do crime de grilagem seja discutido nos aspectos político, econômico, ambiental e social. A iniciativa foi da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) e teve o apoio do Comitê de Governança do Território do DF. A intenção é que o evento que ocorre hoje até as 17 horas seja realizado com frequência para acompanhar os avanços e os possíveis retrocessos na área de controle do território. "O maior desvio que temos na cidade é o de terra", atestou a diretora-presidente da Agefis, Bruna Pinheiro, responsável pela apresentação das medidas aos participantes do evento no Memorial JK.

O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, participou da cerimônia de abertura do seminário, quando foram anunciadas as medidas que envolvem acompanhamento das áreas por imagens de satélites e criação de aplicativo para celulares e tablets que facilitarão a denúncia de invasão de terras públicas. Ele agradeceu aos envolvidos e disse que as ações expressam o compromisso da gestão com a cidade e com as próximas gerações. "Não faremos vista grossa. Seremos rigorosos no cumprimento das leis e no controle da ocupação do solo", garantiu.
Seminário
Até o fim da tarde desta terça-feira, autoridades, servidores e membros da sociedade inscritos no seminário promovido pela Agefis debatem o uso e a ocupação do solo no DF. Na programação, há seis palestras temáticas ministradas por titulares de órgãos do governo de Brasília.
O presidente da Terracap, Júlio César de Azevedo Reis, apresenta o panorama histórico da ocupação desordenada do solo no DF e a projeção para os próximos 30 anos. O comprometimento da segurança hídrica da unidade da Federação será debatido pelo secretário do Meio Ambiente, André Lima. A pasta da Segurança Pública e da Paz Social traz o olhar sobre a situação de risco social associada ao fenômeno da grilagem por meio de palestra da secretária Márcia de Alencar Araújo. 

O diretor-geral da Polícia Civil, Eric Seba, discorre sobre a atuação da corporação na investigação de crimes relacionados ao tema. Já o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcos Antônio Nunes de Oliveira, explica a relação entre os índices de criminalidade e a ocupação irregular do solo. Fecha a programação a palestra Grilagem de Terras: uma Questão de Demanda Social ou Especulação Imobiliária?, ministrada pelo secretário de Gestão do Território e Habitação, Thiago de Andrade.
ComitêCriado pelo Decreto nº 36.694, de 25 de agosto de 2015, o Comitê de Governança do Território do DF é formado por representantes da Casa Civil, da Polícia Militar, da Terracap, da Agefis, do Ibram, da Procuradoria-Geral do DF e das Secretarias de Gestão do Território e Habitação, da Segurança Pública e da Paz Social, da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e do Meio Ambiente.
Conheça as ações que reforçarão o combate ao uso irregular do solo:  
  • Garantir acesso à informaçãoMapas digitais foram desenvolvidos pela equipe da Agefis e estão disponíveis no site da autarquia a partir de hoje. Neles, estão sinalizadas nas imagens das áreas prioritárias as poligonais de regularização do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) e aquelas alvo de grileiros — geralmente terrenos públicos próximos a terras em processo ou passíveis de regularização.
    Para diretora-presidente da Agefis, Bruna Pinheiro, a medida é fundamental para democratizar as informações e evitar que a população seja enganada pela ação de criminosos. "A invasão de área pública é um problema de todos, não apenas de quem compra ou vende lotes irregulares", disse. "Queremos frear o crescimento desordenado da ocupação irregular do solo com transparência e informação."
  • Definir critériosA Agefis elaborou um documento técnico com padrões de atuação dos fiscais. Definida por Bruna como um dos maiores legados da gestão para a autarquia, a Matriz Multicriterial de Impacto Territorial define os critérios para ações em áreas específicas. São considerados aspectos urbanísticos (áreas rural ou urbana), ambientais (proximidade a mananciais ou a parques urbanos), fundiários (terrenos particular ou privado) e sociais (locais de vulnerabilidade).
    "A matriz elimina o caráter discricionário das operações e isenta os órgãos envolvidos de referências equivocadas, o que é fundamental para garantir a credibilidade do trabalho", afirmou Bruna. Além disso, ela destacou que o documento será enviado à Controladoria-Geral do DF, que ficará responsável por auditar a autarquia e garantir o cumprimento dos padrões.
  • Facilitar as denúnciasCinco desenvolvedores da área de tecnologia da informação (três da Casa Civil e dois da Agefis) criaram um aplicativo que permitirá ao público denunciar em tempo real irregularidades referentes à ocupação do solo. Por meio de formulário simples, o cidadão poderá passar informações como o tipo da área em questão (comercial ou residencial), a quantidade de construções em fase inicial e a existência de ruas abertas para acesso. Também será possível enviar fotos e salvar denúncias para envio posterior, pois o aplicativo só funciona se a plataforma estiver conectada à internet.
    A ferramenta estará disponível para os integrantes do Comitê de Governança do Território do DF em abril. Em maio, todos os órgãos, empresas e autarquias da administração pública terão acesso ao utilitário. A previsão é que ele seja liberado para uso da população em celulares e tablets a partir de junho.
  • Monitorar por imagens de satéliteEm parceria com a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), a Agefis terá acesso a imagens de satélite atualizadas a cada 15 dias. O produto permite que o monitoramento de áreas sob risco de grilagem e a identificação de qualquer mudança, como a construção de edificações e desmatamento, seja intensificado. "Isso representa menos operações em larga escala e, consequentemente, menos impacto político e social", reforça a diretora-presidente da Agefis.
    contrato para aquisição das imagens foi assinado entre a Terracap e a empresa francesa Hipparkhos Geotecnologia, Sistemas e Aerolevantamentos Ltda. em 5 de fevereiro no valor anual de R$ 994.406,40. Desde então, a companhia tem acesso a imagens óticas orbitais programadas e dimensionadas em quilômetros quadrados com a cobertura total e parcial do DF e do Entorno.
    Como a Terracap e a Agefis haviam assinado termo de cooperação técnica em 11 de novembro de 2015 para reforçar ações de prevenção e de erradicação de invasões, a agência de fiscalização poderá usar as informações obtidas por satélite.
  • Aumentar integração entre equipesPara garantir a investigação das denúncias e a eficácia da divulgação dos mapas e das informações dos satélites, há uma maior integração entre as equipes da Agefis, do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e da Polícia Militar. Segundo Bruna Pinheiro, a comunicação entre os órgãos está mais eficaz, e a agenda de operações está constante e integrada.

Leia também:

Sema aponta ações contra risco ambiental frente à grilagem

 

Notícias

Cerrado já perdeu mais de 60% da sua área original. Secretário de Meio Ambiente comemora combate integrado à grilagem de terras


(Brasília, 30/3/2016) – O cerrado no Distrito Federal já perdeu mais de 60% da área original. Apesar disso, os incêndios criminosos (em áreas de loteamentos) e acidentais por queima de lixos em locais irregulares vêm aumentando. Intensifica-se, ainda, o assoreamento e a contaminação de lagos e rios e a impermeabilização do solo.


O quadro foi apresentado nessa terça-feira (29) pelo secretário de Meio Ambiente, André Lima, no 1º Seminário de Combate à Grilagem de Terras Públicas no DF. Segundo ele, essa situação só piora com as ações da grilagem.


O secretário afirmou que a ocupação de áreas de risco ambiental e o aquecimento climático também são prejudiciais para o desenvolvimento sustentável. A Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF) trabalha para desenvolver soluções para esses desafios.
Ao informar que a Sema coordena o desenvolvimento do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) no governo, salientou que esse programa garante que medidas e diretrizes de proteção e uso sustentável dos recursos naturais, específicas para cada unidade territorial, sejam estabelecidas com clareza para a gestão do território. 


O Sistema de Informações Ambientais - em fase de desenvolvimento - será base para a revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) e fortalecerá o processo de licenciamento ambiental, informou. A lei prevê que os indicadores ambientais estabelecidos pelo sistema orientarão as políticas setoriais, em especial as de uso e ocupação de solo, as ambientais, as econômicas, as sanitárias, as habitacionais e as educacionais.


André apontou também a ação da secretaria com os órgãos do governo de Brasília para o cumprimento das metas no Cadastro Ambiental Rural (CAR), obrigatório para todos os imóveis rurais. Com ele, é possível preparar uma base de dados para o controle, monitoramento e combate ao desmatamento, além do planejamento ambiental e econômico dos imóveis rurais no DF.


A implantação e consolidação das estruturas dos parques e unidades de conservação, com o programa Brasília nos Parques, pretende levar ações de órgãos do Executivo e promover a participação das comunidades nessas áreas, apontou o secretário. Lima mencionou ainda a articulação da Sema no Comitê de Governança Territorial do DF, criado em 2015 e que garante a ocupação ordenada e o desenvolvimento planejado do território.


Integração
A grilagem deve ser combatida de forma integrada, defendeu o secretário. “Esse problema é da sociedade como um todo, do governo como um todo”, assinalou. A ocupação irregular do solo de Brasília causa danos nas áreas ambientais, sociais, econômicas, políticas, culturais, éticas e estéticas, alertou.

A diretora-presidente da Agência de Fiscalização (Agefis), Bruna Pinheiro, anunciou a decisão do Comitê de Governança do Território de adotar cinco medidas para coibir a invasão de terras na capital.  “As cinco medidas demonstram a coordenação dentro do governo com vários órgãos responsáveis por ações integradas para estancar a grilagem de terras em Brasília”, avaliou o secretário do Meio Ambiente.

“As medidas são inovadoras e ousadas e demonstram a coragem e a vontade do governo de enfrentar a grilagem de terras porque isso é uma prioridade para melhorar a qualidade de vida da população”, afirmou o secretário. "As medidas", complementou, "transcendem as ações de mera demolição e colocam as denúncias de grilagem ao alcance do cidadão".


Conheça as ações que reforçarão o combate à ocupação irregular do solo:

Garantir acesso à informação:

Mapas digitais foram desenvolvidos pela equipe da Agefis e estão disponíveis no site da autarquia desde ontem. Neles, estão sinalizadas nas imagens das áreas prioritárias as poligonais de regularização do (PDOT) e aquelas alvo de grileiros — geralmente terrenos públicos próximos a terras em processo ou passíveis de regularização.

Definir critérios:
A Agefis elaborou um documento técnico com padrões de atuação dos fiscais. A Matriz Multicriterial de Impacto Territorial define os critérios para ações em áreas específicas. São considerados aspectos urbanísticos (áreas rural ou urbana), ambientais (proximidade a mananciais ou a parques urbanos), fundiários (terrenos particular ou privado) e sociais (locais de vulnerabilidade).

Facilitar as denúncias:
Um aplicativo permitirá ao público denunciar em tempo real irregularidades na ocupação do solo. Por meio de formulário, o cidadão poderá passar informações como o tipo da área (comercial ou residencial), a quantidade de construções em fase inicial e a existência de ruas abertas para acesso. Também será possível enviar fotos e salvar denúncias para envio posterior, pois o aplicativo só funciona com internet. A previsão é que ele seja liberado para uso da população em celulares e tablets a partir de junho.

Monitorar por imagens de satélite:
Em parceria com a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), a Agefis terá acesso a imagens de satélite atualizadas a cada 15 dias. O produto permite que o monitoramento de áreas sob risco de grilagem e a identificação de qualquer mudança, como a construção de edificações e desmatamento, seja intensificado. "Isso representa menos operações em larga escala e, consequentemente, menos impacto político e social", reforça a diretora-presidente da Agefis.


Aumentar integração entre equipes:
Para garantir a investigação das denúncias e a eficácia da divulgação dos mapas e das informações dos satélites, há uma maior integração entre as equipes da Agefis, do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e da Polícia Militar. Segundo Bruna Pinheiro, a comunicação entre os órgãos está mais eficaz, e a agenda de operações está constante e integrada.


Com informações da Agência Brasília


Leia também: 

Foto: Marcos Ramalho (Sema-DF)
 

CIPDA quer veto a lei de criação de pássaros

Quarta, 06 Abril 2016

 

Notícias
Projeto de lei propõe legalizar atividade, mas parecer do Ibram vê benefício a traficantes de animais silvestres e ameaça à fauna passeriforme nativa. E distorce a finalidade de conservação ao transformar a atividade em comércio


(Brasília, 6/4/2016) – O Comitê Interinstitucional da Política Distrital para Animais (CIPDA) decidiu recomendar ao governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, o veto total ao Projeto de Lei 153/2015, que prevê legalizar a criação amadora e comercial de passeriformes da fauna nativa. A decisão foi encaminhada à Casa Civil pelo secretário de Meio Ambiente e presidente do CIPDA, André Lima.

O CIPDA decidiu em março passado aprovar o parecer técnico do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), contrário ao projeto de lei. A Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema-DF) também havia manifestado posição contrária ao tema durante audiência pública no plenário da Câmara Legislativa, em 2015.

Membros do CIPDA realizaram três reuniões com as assessorias do autor do projeto, Wellington Luiz, e com o presidente da Comissão de Meio Ambiente, Cristiano Araújo. Alertaram sobre as inconsistências e incoerências do texto.

O CIPDA é composto por 14 membros de órgãos de governo (distrital e federal), da sociedade civil e entidades de pesquisa. 

O Ibram destacou em seu parecer que o projeto de lei propicia a criação de espécies híbridas, causando um grande risco ao meio ambiente. Além disso, permite ações que camuflem a caça predatória na natureza e distorce a finalidade de conservação de passeriformes ao transformar a atividade em comércio.

O texto legislativo permite ainda, segundo o Ibram, a atividade comercial sem nenhum controle fazendário, sem arrecadação de imposto, causando competição ilegal, além de permitir sonegação de impostos. E mais: exclui punição pela declaração falsa de nascimento, principal forma de “esquentamento” de aves oriundas do tráfico de animais silvestres. E, finalmente, impossibilita a atuação da Fiscalização Ambiental do Ibram no combate ao tráfico de animais silvestres.

“Além de prestar um verdadeiro desserviço ao meio ambiente, é uma afronta às instituições públicas e aos servidores públicos que lutam há muitos anos para garantir o meio ambiente equilibrado para as futuras gerações”, afirma o parecer. O instituto destaca que “é de extrema importância a regulamentação da atividade de criação de passeriformes no Distrito Federal para garantir aos reais criadores amadores de fauna o direito de exercerem suas atividades de lazer de forma distinta da atuação daqueles interessados somente a obtenção de lucro, sem o devido pagamento de tributos, ou ainda de reais traficantes de animais silvestres camuflados de criadores amadores”.

O PL 153/2015 não favorece os reais criadores amadores, conclui o parecer. É “apenas um projeto para atender as vontades econômicas de uma parcela dos cadastrados no Gestão de Criadores de Passeriformes Silvestres (Sispass) e coloca em risco o meio ambiente ao impedir a fiscalização ambiental de atuar no combate do tráfico de animais silvestres no Distrito Federal”.

Mais informações:


Telefone: (61) 3214 - 5611
Curió, como é conhecido popularmente. Para os biólogos, a espécie é conhecida como Sporophila Angolensis. Foto: Google

Desmatamento do Cerrado para expansão do agronegócio afeta chuvas



 

Você deve saber

Do
Estadão

Segundo estudo americano, áreas plantadas reciclam menos água que vegetação natural do bioma: avanço rápido da agricultura sobre o cerrado pode reduzir precipitação também na Amazônia

O rápido avanço da expansão agrícola sobre o cerrado na última década pode estar alterando o ciclo de águas e reduzindo as chuvas não só no bioma, mas na Amazônia, de acordo com um novo estudo realizado por cientistas americanos.

A pesquisa, liderada por especialistas da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, mostra que a expansão da fronteira agrícola, que anteriormente se concentrava na Amazônia, passou a predominar no cerrado na última década, quando as plantações rapidamente substituíram a vegetação nativa.

Os autores da pesquisa, publicada na revista Global Change Biology, usaram dados de satélites dos últimos dez anos para estudar as mudanças no uso do solo em uma região de cerrado que se estende por 45 milhões de hectares, no Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia - onde predominam plantações de soja, milho e algodão. 


Com base nesses dados, os pesquisadores usaram modelos matemáticos para estimar a quantidade de água que é reciclada do solo e das plantas para a atmosfera, em um processo conhecido como evapotranspiração. Eles concluíram que as grandes plantações reciclam menos água que as áreas cobertas por vegetação nativa, segundo a autora principal do estudo, Stephanie Spera, da Universidade Brown, nos Estados Unidos.


"A medida que a agricultura se expande, a mudança de uso do solo pode afetar o regime de chuvas que mantém tanto a vegetação natural como a própria produção agrícola, não apenas no cerrado, mas também na Amazônia", disse Stephanie ao Estado.


Segundo ela, os ventos que prevalecem nessas regiões de cerrado levam as massas de ar para o oeste, na direção da Floresta Amazônica. Essa umidade proveniente do cerrado contribui então para as chuvas na Amazônia. "Metade das chuvas da Amazônia é água reciclada por evapotranspiração. Por isso, uma redução da umidade dessas massas de ar pode causar uma queda das chuvas por lá também", afirmou Stephanie.


Desequilíbrio:
De acordo com a pesquisadora, o avanço contínuo da fronteira agrícola no cerrado, promovido por políticas do governo brasileiro, desequilibra o ciclo de águas, especialmente durante a estação seca. A consequência é a redução das precipitações ou o retardamento das estações chuvosas nos dois biomas.


"Na estação das chuvas, as plantações reciclam a mesma quantidade de água que a vegetação nativa. No entanto, durante a estação seca, as áreas agrícolas reciclam 60% menos água do que as plantas originais do cerrado", afirmou.


Na área estudada nos quatro estados, a quantidade de terra dedicada a plantações praticamente dobrou, segundo Stephanie, passando de 1, 3 milhões de hectares em 2003 para 2, 5 milhões de hectares em 2013. "Cerca de três quartos dessa expansão ocorreram sobre a vegetação do cerrado", disse.


Cultivo duplo:
Embora a expansão agrícola no cerrado possa ameaçar as chuvas na região, segundo o estudo, o problema pode ser amenizado, de acordo com os cientistas, com o uso da técnica de cultivo duplo - quando duas culturas diferentes são plantadas na mesma área na mesma estação.


"Em termos de evapotranspiração, a água que é reciclada pelo solo e pelas plantas, voltando à atmosfera, as áreas com cultivo duplo se comportam de uma maneira mais parecida com a da vegetação nativa", disse um dos autores do estudo, Gillian Galford, da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos. "O cultivo duplo amplia o período em que a evapotranspiração das plantações é equivalente a da vegetação nativa", afirmou o pesquisador.


Segundo ele, o uso de cultivo duplo na região estudada do cerrado aumentou de 2% das áreas agrícolas em 2003 para mais de 26% em 2013. "Sem esse crescimento do cultivo duplo, a redução da reciclagem de água nas plantações teria sido 25% pior naquela década, afirmou Galford. "Políticas que estimulem o cultivo duplo podem ser uma saída para mitigar o efeito nocivo da expansão agrícola sobre o ciclo de água do cerrado, disse.

Foto: Estadão


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