sexta-feira, 26 de maio de 2017

Educação Ambiental, por um fotógrafo


Trilha Em busca das galhas, Parque Estadual Serra Verde Foto: Moisés Lima
Trilha educativa “Em busca das galhas” no Parque Estadual Serra Verde Foto: Moisés Lima

Não é de hoje que ouvimos falar em secas, agrotóxicos, desmatamento, reservatórios naturais abaixo do nível mínimo, e outros problemas ambientais. A lista é grande e  são anos de problemas acumulados. Uma solução certamente não virá da noite para o dia. Porém, novas estratégias têm surgido para enfrentá-los e uma das mais poderosas é a Educação Ambiental. Com ela, engajamos pessoas na preservação e na conservação.


Muitos parques desenvolvem trabalhos de educação ambiental, que alcançam uma nova geração, de jovens e adultos, que tem desfrutado das suas atrações e aprendido sobre sua fauna e flora. Isto graças a dedicação dos gestores em educar através de  atividades os visitantes.
Crianças visitando a lagoa Dom Helvécio, Parque Estadual do Rio Doce. Foto: Moisés Lima
Crianças visitando a lagoa Dom Helvécio, Parque Estadual do Rio Doce. Foto: Moisés Lima

Muitas vezes as pessoas moram perto de algum parque ou área verde protegida, mas desconhecem a biodiversidade do local. Se as comunidades vizinhas não souberem das atividades desenvolvidas, automaticamente estarão sendo excluídos dos processos de desenvolvimento sustentável da sua região, o que seria como dizem por aí: “um tiro no pé”, afinal o incendiário, o caçador e o que extrai madeira irregular,  em sua grande maioria são as pessoas que moram na região e não reconheceram a importância daquela área protegida.


Por isso, é fundamental inseri-las nos processos de conservação.  Um dos pontos chave para a gestão saudável de um parque é transmitir de maneira lúdica o conhecimento científico adquirido ao longo do tempo.
Trilha voltada para a divulgação da fauna. Foto: Moisés Lima
Trilha voltada para a divulgação da fauna. Foto: Moisés Lima

Isso estimula não só os moradores do entorno, mas também  educadores e professores que vêem a possibilidade de usar essas áreas verdes como uma poderosa ferramenta de complemento para atividades da sala de aula, incentivando os alunos a, inclusive, espalhar o aprendizado com os familiares e amigos.


É importante, além disso, haver uma parceria entre os parques e as escolas que estão inseridas no entorno, como estratégia essencial de curto prazo ou longo prazo: esses alunos serão os futuros cidadãos que conheceram o parque e saberão apreciar sua importância.


Outro aspecto importante da educação ambiental é a quebra de preconceitos contra animais como, por exemplo, as serpentes e as aranhas, constantes vítimas da falta de conhecimento. Animais que podem sim, conviver com os seres humanos pacificamente. Exemplares criados com autorização e utilizados em atividades educacionais servem para aprendizado e quebra de paradigmas. Entender o comportamento dos animais e jamais tentar manuseá-los animais silvestres sem conhecimento.
Trilha dos bichos, Parque Estadual Serra Verde. Foto: Moisés Lima
Trilha dos bichos, Parque Estadual Serra Verde. Foto: Moisés Lima

Não podemos deixar de citar a importância da fotografia nos registros dos atividades de educação ambiental. Por meio das fotos podemos divulgar e estimular as pessoas a participar das atividades que muitas vezes acontecem bem próximo delas.
Hoje temos a oportunidade de alcançar várias pessoas de diversas partes do mundo, de trocar informações e experiências e, juntos, implementar e melhorar as atividades realizadas ao ar livre.
Lembrem-se :  nada melhor que uma trilha cheia de informação e aprendizado.
Caminhada ecológica. Foto: Moisés Lima
Caminhada ecológica. Foto: Moisés Lima

MMA defende vetos contra MPs que recortam áreas protegidas na Amazônia


Por Sabrina Rodrigues
Ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, recomenda veto às Medidas Provisórias 756 e 758. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado.
Ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, recomenda veto às Medidas Provisórias 756 e 758. 

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado.


Nesta quarta-feira (24), o Ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, enviará recomendação de veto às Medidas Provisórias 756 e 758, que foram aprovadas pelo Senado Federal nesta terça-feira (23). As MPs reduzem ou flexibilizam a proteção de mais de 600 mil hectares na Amazônia.



Em nota, o Ministro ressalta que o seu posicionamento é baseado em estudos e pareceres técnicos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Secretaria de Biodiversidade. O Ministro afirma ainda que o texto aprovado descaracteriza o propósito original das MPs, “ao sinalizar contrariamente aos esforços do Governo Federal em conter o desmatamento na Amazônia, cujos índices voltaram a subir nos dois anos anteriores à sua gestão, tendo atingido, em 2016, a marca de 7.989 km2, e também altera o Parque Nacional de São Joaquim, em Santa Catarina”.


A nota afirma também que os textos aprovados prejudicam a implantação das políticas de governo adequadas ao combate aos conflitos fundiários, grilagem e ausência de regramento ambiental existentes nas áreas afetadas na região da Floresta Nacional de Jamanxim (PA), por exemplo.



Leia a nota na íntegra.

Em carta aberta, grupo Coalizão Brasil pede veto presidencial às MPs 756 e 758

Por Duda Menegassi
Foto: Ascom/IBAMA.
Foto: Ascom/IBAMA.


Nesta quinta-feira (25), o movimento Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura publicou uma carta aberta direcionada ao presidente Michel Temer na qual solicita o seu veto às Medidas Provisórias  756/2016 e 758/2016. O documento vem somar na pilha de manifestações públicas contrárias às propostas que vulnerabilizam mais de 600 mil hectares de áreas protegidas. Ontem, o próprio Ministério do Meio Ambiente divulgou em nota oficial a solicitação pelo veto presidencial.




De acordo com a carta, “a aprovação dessas MPs vai na direção contrária à proteção do meio ambiente e ao combate ao desmatamento crescente nos biomas brasileiros e compromete a credibilidade das necessárias iniciativas de desenvolvimento econômico no País”. No texto do documento, o grupo, que é formado por representantes da sociedade civil, da academia e mais de 150 empresas, reforça ainda que esta é uma decisão que beneficiará “alguns poucos indivíduos em detrimento do interesse nacional” (leia na íntegra).


As MPs reduzem a área de três UCs: a Floresta Nacional do Jamanxim e o Parque Nacional do Jamanxim, ambas no Pará, e o Parque Nacional de São Joaquim, em Santa Catarina. Além disso, criam duas novas Áreas de Proteção Ambiental (APA): Jamanxim e Rio Branco. APAs são as unidades de conservação de categoria mais permissiva prevista pelo SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação), que permitem tanto a presença de propriedades privadas quanto a exploração econômica.


No texto da carta, o movimento pontua ainda que, caso sejam sancionadas, as MPs promoverão “a retirada da proteção de 588,5 mil hectares de florestas na Amazônia e a redução em 20% do Parna de São Joaquim, um dos principais refúgios da biodiversidade da Mata Atlântica”. E ainda que essas “desafetações, recategorizações e alterações de limites de unidades de conservação em curso no governo descumprem claramente um compromisso brasileiro” pela conservação e proteção dos recursos feito, inclusive, em nível internacional.


As MPs foram aprovadas pelo Senado nesta terça (23) e agora dependem apenas da sanção presidencial para serem instituídas. Além de afetar a proteção de mais de 600 mil hectares na Amazônia, as propostas diminuem em 10 mil hectares o Parque Nacional de São Joaquim, um dos mais antigos do Brasil. O gestor do parque, Paulo Santi, explicou que a redução proposta provocaria a “exclusão de áreas importantíssimas para a biodiversidade, como a região dos Alagados e de grande beleza cênica, como o cânion do funil”. Além disso, Paulo declarou que a iniciativa de fragilizar o instrumento normativo que cria o parque é “temerária, porque este método pode abrir precedente a outras UCs”.

Unidades de conservação sofrem com vandalismo em Minas Gerais

Por Sabrina Rodrigues
Floresta Estadual do Uaimií - Foto: Amda/Facebook.
Floresta Estadual do Uaimií - Foto: Amda/Facebook.


Duas unidades de conservação de Minas Gerais foram alvo de depredação e de vandalismo. A Floresta Estadual do Uaimií e o Parque Estadual do Itacolomi, ambos localizados em Ouro Preto, tiveram problemas com danificações de suas portarias e outros estragos.


A primeira unidade a sofrer ataques foi a Floresta Estadual do Uaimií, que, em março deste ano, teve a sua portaria, que fica no distrito de Brás Gomes, danificada. A porta principal foi arrombada, os vidros das janelas foram completamente quebrados, banheiros sujos e entupidos e até um vaso sanitário foi roubado. Isso sem falar do entorno que estava repleto de sacolas plásticas, latas, garrafas de sucos e refrigerantes.


Já o Parque Estadual do Itacolomi teve a portaria arrombada, mas nada foi levado. O fato ocorreu no final de abril.
Floresta Estadual do Uaimií - Vidros das janelas quebrados - Foto: Amda/Facebook.
Floresta Estadual do Uaimií - Vidros das janelas quebrados - Foto: Amda/Facebook.


A Associação Mineira do Meio Ambiente (Amda) levou os casos ao Ministério Público. "O Estado teria de ter tomado medidas para proteger os parques antes de romper o contrato com as empresas Verso e Cristal. Achávamos que no governo anterior a situação das unidades de conservação era péssima. O atual conseguiu piorar ainda mais, decretando seu abandono 'oficial'. Alguém tem de ser responsabilizado por isto", afirma a superintendente da Amda, Dalce Ricas.


Ausência de funcionários
Além das duas unidades de conservação terem sido alvos de vandalismo, ambas sofrem também com a ausência de funcionários. Na época do ocorrido na Floresta Estadual do Uaimií, a unidade contava apenas com três funcionários. O Parque Estadual do Itacolomi, por sua vez, sofreu uma baixa de aproximadamente 30 funcionários em função do encerramento dos contratos entre o Estado de Minas e as empresas terceirizadas responsáveis pelos guardas-parques.


Floresta Estadual do Uaimií - Vidros das janelas quebrados. Foto: Amda/Facebook.
Floresta Estadual do Uaimií - Vidros das janelas quebrados. Foto: Amda/Facebook.


O encerramento do contrato entre o governo de Minas Gerais e as empresas terceirizadas sem a reposição do corpo funcional contribuiu não só para que os ocorridos em Ouro Preto acontecessem, mas também, para que outras unidades de conservação fechassem seus espaços para a visitação pública.


Concurso Público
Com os fins dos contratos das empresas terceirizadas, os novos contratos foram assumidos pela Minas Gerais Administração e Serviços S/A (MGS), empresa pública que, por meio de concurso público, mantém parte do quadro de funcionários do Estado. O concurso para preencher a vaga dos guardas-parques foi marcado para o dia 5 de março, fato que causou controvérsia, pois vários guardas-parques com anos de atuação nas unidades teriam que prestar concurso público para continuar a exercer a função que desempenham há tantos anos. Concurso público com provas não condizentes com a realidade do dia-a-dia dos guardas e que podem deixar profissionais experientes fora do trabalho.


O diretor-geral do IEF, João Paulo Sarmento, informou que as ações de vandalismo nas unidades de conservação estão sendo investigados e disse ainda que os concursados serão chamados ainda essa semana.
Floresta Estadual do Uaimií - Janelas quebradas. Foto: Amda/Facebook.
Floresta Estadual do Uaimií - Janelas quebradas. Foto: Amda/Facebook.
Floresta Estadual do Uaimií - Sacos plásticos, garrafas de refrigerantes, caixas de sucos espalhados. Foto: Amda/Facebook.
Floresta Estadual do Uaimií - Sacos plásticos, garrafas de refrigerantes, caixas de sucos
espalhados.
 Foto: Amda/Facebook.

A Reforma Agrária Marinha é um fracasso para o ecossistema

Por José Truda
A “reforma agrária marinha, no Brasil, fracassou”, afirma José Truda. O projeto das reservas extrativistas não deu certo, já que a população continua agindo de forma predatória, sem nenhum tipo de sustentabilidade e sem respeitar a necessidade de resiliência das espécies, contando com os olhos fechados do ICMBio e dos pesquisadores nas áreas e com a fiscalização ineficaz por parte dos órgãos responsáveis. Confira o tema no segundo post de seu videoblog sobre conservação marinha, aqui, em ((o))eco.

 https://youtu.be/t03o_Peiq-E


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http://www.oeco.org.br/colunas/jose-truda/29032-ministerio-da-sobre-pesca-e-do-sumico-das-estatisticas/