terça-feira, 28 de julho de 2015

Brincando de índio na vida real! Bairro ganha floresta comestível onde moradores podem colher alimentos de graça



Bairro ganha floresta comestível onde moradores podem colher alimentos de graça
23 jul 2015
 
Poder colher, a poucos quarteirões de casa, alimentos fresquinhos (e de graça!) para se alimentar é o sonho de muitas pessoas. Mas, para os moradores do bairro de Beacon Hill, em Seattle, nos EUA, o sonho virou realidade.


A fada madrinha? Margarett Harrison! A paisagista e arquiteta apresentou ao governo local o projeto Beacon Food Forest, que propunha a construção de uma floresta urbana comestível bem no meio do bairro, onde os moradores pudessem colher gratuitamente alimentos frescos da estação.


A ideia recebeu carta branca do governo e a Beacon Food Forest ganhou vida: sediada em uma área de 20 mil m², a floresta comestível já possui vários tipos de árvores – entre elas, de noz, castanha, maçã, pera, goiaba e caqui, além de ervas e arbustos de mirtilo e framboesa. A ideia fez tanto sucesso entre os moradores que já há planos de ampliá-la para uma área de 70 mil m². Não é legal?


Bacana também é ver a consciência de toda a população: apesar dos alimentos serem gratuitos, a organização da Beacon Food Forest garante que as pessoas não abusam e colhem apenas o que realmente precisam. Assim todos moradores podem usufruir da floresta urbana comestível e não falta alimentos fresquinhos para ninguém!



Ia curtir uma iniciativa assim no seu bairro?

Foto: Jonathan H. Lee/Reprodução/Facebook

Ecletismo político: Grupos de Dilma, Aécio e Sarney dão as cartas no governo Rollemberg



Pegue uma lata vazia, de tamanho grande. Depois derrame dentro dela tintas de cores vermelha, branca, verde, amarela e azul. Qual será o resultado das cores? Confuso. Não vai dar para identificar uma cor que conhecemos. O governo Rodrigo Rollemberg está assim, sem ainda ter uma identidade definida. Não era para menos.


Ao tentar embarcar no navio toda a sorte de partidos políticos – mesmo erro de Agnelo –, Rollemberg vem governando com a “ajuda” de todos, incluindo a presidente Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves e o ex-senador José Sarney. Por que os petistas ainda continuam no governo Rollemberg? Porque ele tem como conselheiros gente ligada à presidente. Rollemberg teme demitir os petistas e gerar um mal estar com o Palácio do Planalto, justo agora que precisa mais do que nunca de recursos federais para sanar a dívida deixada por eles, petistas.


Sérgio Sampaio, o chefe da Casa Civil, foi indicação de Aécio e do PSDB. Agora vejam que estranho: o competente Sérgio, muito ligado aos tucanos, vai ter que trabalhar com os… petistas de Agnelo e Dilma. Querem mais esquisitice? O petista Fábio Gondim, novo secretário de Saúde, foi indicação do clã Sarney e do PT.


Ao colocar no mesmo barco aliado e adversário político, Rollemberg, desesperado em busca de apoio, tem que acolher indicações que vão de extremos opostos (PT e PSDB) e de centro (PMDB). Estamos falando do governo mais eclético da história do DF até agora. E do governo que conseguiu uma proeza como nenhum antes: colocou para trabalhar juntos adversários históricos. Vai dar certo? Claro que não. Aguardem o resultado…


Da Redação

No desespero, Dilma mobiliza tropa para barrar impeachment. Quanto custarão os aliados?

28/07/2015 às 3:39 \ Brasil, Cultura


dilma medoO desespero de Dilma Rousseff também aumenta cada vez mais.

O Estadão informa que a petista “cobrou de 12 ministros que mobilizem as bancadas de seus partidos para impedir que propostas pedindo o seu afastamento do cargo contaminem a pauta do Congresso a partir da próxima semana, quando terminar o recesso parlamentar”.

1) Dilma teme que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), admita a tramitação dos pedidos de impeachment antes mesmo dos protestos de rua marcados para 16 de agosto. “Vamos tratar tudo e todos de forma técnica e jurídica”, disse Cunha na segunda-feira. “Havendo fundamento, o processo será analisado.”

2) Dilma teme, também, os próprios protestos de rua em todo o país, que ganharam o apoio formal do PSDB na segunda. Segundo o senador Aécio Neves (PSDB-MG), os tucanos vão utilizar inserções partidárias de TV na próxima semana para convocar a população a participar dos atos pró-impeachment: “Aqueles que estiverem indignados ou até mesmo arrependidos mas, principalmente, cansados, devem sim se movimentar, ir às ruas.”

3) Dilma teme ainda a votação da chamada “pauta-bomba”, que aumenta as despesas e coloca sob risco o ajuste fiscal.

Dilma, em suma, teme o agravamento, em agosto, da crise que ela mesma causou.

Só faltou informar por quanto vai comprar a base aliada para não cair.

Tic-tac, tic-tac, tic-tac…

PT e PSB: o “rompimento” é só de fachada; três exemplos claros disso

Por Fred Lima


Com a morte do saudoso ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, em agosto passado e também com a derrota de Marina Silva, o PSB passou a se juntar informalmente e de forma silenciosa ao PT. Engana-se quem pensa que o partido de Miguel Arraes saiu do governo e passou para a oposição. O apoio ao PSDB na eleição de 2014 foi por insistência de Marina e Beto Albuquerque. Roberto Amaral, ex-presidente do partido, nunca escondeu seus laços amarrados com nó cego pelo PT, inclusive sendo contra o apoio do PSB a Aécio Neves, rachando o partido.



A coisa funciona mais ou menos assim: o partido de Campos não assume que apoia o PT. Pelo contrário, diz que permanece independente ou opositor ao governo Dilma. No entanto, debaixo dos panos, a história é outra. Os socialistas, em boa parte, não perderam o ar esquerdopata e de teses que se assemelham ou são até mais radicais das que o PT defende. Como se juntar a partido como o PSDB, que começou na esquerda mas com o tempo foi caminhando para o centro e, em alguns momentos, até flertou com a direita quando esteve no poder?



Vocês acham, por exemplo, que se o presidente fosse Lula, Eduardo Campos teria sequer saído candidato? Claro que não! Entendam uma coisa: a birra do PSB com o PT é por causa de Dilma, não de Lula. Eduardo rasgava elogios a Lula, o considerando “o melhor presidente que o Brasil já teve”. Recentemente, o filho do falecido Campos, em inauguração da fábrica Itaipava, que contou com a presença de Lula, elogiou o ex-presidente na presença dos convidados, ao lembrar do legado de seu pai em Pernambuco: “São dois homens públicos que sabem fazer política e os resultados são os melhores possíveis. Fizeram o Estado crescer e o povo crescer junto”.


DF
Assim como aconteceu no plano federal, o PT e o PSB caminharam em lados opostos na última eleição no DF, apesar de sempre terem andado juntos desde a eleição de 1994. O então candidato Rodrigo Rollemberg fez críticas ao governador Agnelo Queiroz apenas durante o primeiro turno, mas no segundo o adversário era outro. A maioria dos votos de Agnelo migraram para Rollemberg.

Apesar da tão lembrada herança maldita do governo passado, Rollemberg manteve petistas influentes no segundo e terceiro escalão, nomeando dias atrás um petista importado do Maranhão, que assumiu a Secretaria de Saúde por indicação do clã Sarney.


Mesmo sendo criticado, Rollemberg nem pensa em se livrar dos petistas que estão no GDF, até porque sempre andou de mãos dadas com a sigla em Brasília.


Entorno
O PT tem apenas uma prefeitura nas cidades goianas do entorno do DF. Valparaíso de Goiás é governado pela prefeita Lucimar Nascimento (PT), que exonerou ontem (27) seu secretário de Governo, Antônio Reis, presidente do PSB local, que saiu para disputar a prefeitura do município no ano que vem, com o aval do governador do DF. Como podem perceber, petistas e socialistas só rompem um ano antes da eleição. Por que não fizeram isso antes?


O engraçado disso tudo é que o PSB/Valparaíso quer se apresentar como a terceira via durante a eleição. Como? Tendo participado e defendido o fracassado governo Lucimar com unhas e dentes? Está mais para braço auxiliar do que terceira opção.


Conclusão
Desculpem a franqueza, mas o “rompimento” do PSB com o PT não passa de oportunismo político, nada relacionado a diferenças ideológicas. É tipo aquele filho que começa a crescer e quer sair da aba do pai. Tudo não passa de uma busca de hegemonia partidária e só. Logo, logo deve retornar, como o filho pródigo. Já diz o ditado que “o bom filho à casa torna”.



Da Redação

Aécio diz que PSDB apoia protesto do dia 16 e vai convidar população a participar. É o certo!

27/07/2015
às 20:18


O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou que seu partido vai apoiar o protesto contra o governo Dilma, marcado para o dia 16 de agosto, e que vai aproveitar inserções no rádio e na TV para convidar a população a se manifestar.


Aécio voltou a afirmar, no que está certo, que o partido não pode ser protagonista do protesto, mas que não pode se omitir.


É isto! Não é protagonista nem tem de ser. Os movimentos que hoje têm capacidade para levar milhares de pessoas às ruas são e devem continuar a ser independentes de partidos. Em parte, e só em parte, eles devem funcionar para as legendas de oposição como os movimentos sociais funcionam para o PT e para as esquerdas: ser frentes mais avançadas.


Mas insisto: só em parte deve ser assim. Os ditos movimentos sociais são franjas orgânicas do PT e de outros partidos de esquerda, de que dependem até financeiramente. Mais: seus dirigentes são também quadros partidários, e sua agenda, no fim das contas, acaba sempre se subordinando à legenda.


Não é o que acontece com os movimentos que hoje protestam contra o governo. A sua relação com os partidos de oposição, às vezes, chega a ser difícil porque suas convicções podem ser mais puristas do que permite a política. Mas isso não é mau, não! Ao contrário: é bom!


Quanto a apoiar os protestos, é evidente que o PSDB faz a coisa certa. A questão é lógica, é elementar. Só existem manifestações contra o governo, num clima de paz, sem violência, nas democracias. Logo, acusar os protestos de golpistas corresponde a desrespeitar a própria democracia.



Quase dois terços da população, segundo as pesquisas, gostariam que Dilma fosse impichada. 


Obviamente, a possibilidade não existe apenas porque o povo quer. Existe também porque está ancorada nas leis e na Constituição. Logo, quando o PSDB expressa o seu apoio ao protesto, nada mais faz do que, também, endossar o ordenamento jurídico do país.


O resto é terrorismo político e retórica mixuruca.


Por Reinaldo Azevedo

Quem é contra Sergio Moro

O Antagonista





O juiz Sergio Moro quer que o executivo Elton Negrão, da Andrade Gutierrez, preso na 14a fase da Lava Jato, permaneça preso. Ele disse em ofício ao Tribunal Regional Federal da 4a Região que os indícios de pagamento de propina em Angra 3 e na hidrelétrica de Belo Monte reforçam essa necessidade.

Dilma Rousseff é contra Sergio Moro. Lula é contra Sergio Moro. Eduardo Cunha é contra Sergio Moro. Os empreiteiros são contra Sergio Moro. Reinaldo Azevedo é contra Sergio Moro.
E você?

Comentario

A favor do Sergio Moro, da PF e do MPDFT!

Anônimo

Censos dos últimos 50 anos mostram que avanços no acesso a educação e renda não diminuem disparidade racial no Brasil

 


Estudos baseados nos últimos seis censos do IBGE constatam diminuição da desigualdade social e desequilíbrios persistentes entre pessoas brancas e não brancas (pretas e pardas); fator racial se manifesta como freio da ascensão social
 


Vestibulandos no segundo dia de provas da segunda fase da Fuvest em junho de 2015: "negros são os que mais tardiamente se beneficiam de qualquer expansão da escolaridade"



O Brasil passou por um importante processo de redução de desigualdade entre 1960 e a primeira década deste século, com ganhos no acesso à educação, à renda e à maioria dos serviços públicos, entre eles a eletricidade e a coleta de lixo. No entanto, algumas desigualdades persistem expressivamente, como a cobertura de redes de esgotos, muito restrita às regiões mais ricas, a diferença de remuneração entre homens e mulheres e, principalmente, o acesso à renda e à educação entre brancos e não brancos (pretos e pardos).


Essas informações são parte de um retrato rico e complexo das mudanças pelas quais o Brasil passou no período mencionado, feito com base nos dados dos últimos seis censos demográficos produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


O trabalho está reunido no livro “Trajetórias das desigualdades – Como o Brasil mudou nos últimos 50 anos” (editora Unesp).



O plural do título indica um importante aspecto do estudo: a preocupação em não restringir a análise da desigualdade à dimensão das diferenças de renda. O grupo de pesquisadores ampliou a abordagem englobando outros parâmetros de desigualdades, como as existentes entre regiões do país ou entre gêneros, desdobradas em diversos aspectos da vida social – da religião à estrutura familiar, da migração à participação política.


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“A desigualdade é um fenômeno multidimensional”, diz a organizadora do livro, Marta Arretche, professora de Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) e diretora do Centro de Estudos da Metrópole (CEM) – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) apoiados pela FAPESP –, local onde nasceu a iniciativa do estudo desses censos.


A pluralidade de dimensões pôde ser explorada graças à diversidade dos dados colhidos de 10 em 10 anos pelo IBGE, analisados agora com as tecnologias avançadas de tratamento de grandes volumes de informações. “Há nisso uma novidade importante: descrever uma combinação, no tempo, de processos que têm histórias diferentes”, diz Marta. Ela e outros 24 pesquisadores assinam 14 ensaios reunidos em cinco eixos centrais – participação política; educação e renda; políticas públicas; demografia; e mercado de trabalho.


Na extensa análise dos pesquisadores, fica clara uma forte queda de desigualdades no período estudado. Segundo Marta Arretche, isso contraria a avaliação surgida nos anos 1990 de que a democratização havia falhado em seu papel de trazer as soluções sociais esperadas. “Na introdução a um clássico das ciências sociais brasileiras, ‘Cidadania no Brasil’ [2001], José Murilo de Carvalho sintetizou interpretação compartilhada à época por diversos cientistas sociais”, escreveu ela. “Segundo Carvalho, o entusiasmo com a democracia revelara-se ingênuo. As conquistas no plano político – eleição direta em todos os níveis, liberdade de reunião e de expressão, sufrágio universal – não haviam se traduzido em resolução de problemas centrais de nossa sociedade.”



O estudo da grande massa de dados dos censos mostrou, ao mesmo tempo, que fatores de diminuição de desigualdades como a democracia e o acesso à educação não são suficientes para explicar desequilíbrios persistentes como o existente entre cidadãos brancos e não brancos. “A democracia é um instrumento importante de vocalização das desigualdades, mas não uma condição suficiente para saná-las”, diz Marta. Isso tem sido comprovado nas últimas décadas também na Europa, com o esgarçamento do padrão europeu de igualdade na classe média, apesar da continuidade dos regimes democráticos, antes vista quase consensualmente como garantidora de bem-estar para a totalidade da população.


Acesso à educação
No Brasil, embora as políticas públicas do período democrático tenham começado logo de início a “pagar a dívida social”, os números do Censo de 1990 mostram que o auge da desigualdade de renda se deu também no primeiro governo civil, do presidente José Sarney. Já os dados do Censo de 1960 revelavam baixa desigualdade, ainda que provocada pela homogeneidade da pobreza, num país rural em que apenas 20% dos jovens abaixo dos 15 anos estudavam até quatro anos.


As análises do capítulo sobre as desigualdades raciais, que se concentrou no acesso à educação de brancos e não brancos, precisaram refinar os dados em sucessivas abordagens para chegar a um quadro mais preciso da situação de pretos e pardos quanto à escolaridade – e em que sentido isso pode significar ou não oportunidades de ascensão social. “Um dos indicadores de que o ganho educacional é um fator limitado para explicar a diminuição da desigualdade racial é que, de modo constante, os negros são os que mais tardiamente se beneficiam de qualquer expansão da escolaridade”, diz Márcia Lima, professora do Departamento de Sociologia da FFLCH-USP e autora do capítulo em parceria com Ian Prates, doutorando no mesmo departamento.

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Fernando Frazão/ Agência Brasil

Manifestantes durante ato no dia da Consciência Negra de 2014 no Rio de Janeiro

O fenômeno que se verifica no acesso à educação é chamado tecnicamente de “saturação” e se manifesta por um mecanismo em camadas pelo qual os negros e pardos só alcançam igualdade com os brancos num determinado nível educacional quando o acesso se torna praticamente universal, o que aconteceu com o ensino fundamental na virada do século 20 (Censo de 2000). Os dados relativos ao ensino médio e ao ensino superior seguem a mesma tendência.



“O que ocorre é menos uma diminuição de desigualdades entre brancos e não brancos e mais uma expansão do ensino para todos os grupos, que também representa menor desigualdade”, diz a pesquisadora. Para ela, há uma tendência em desconsiderar o critério racial como fator explicativo das desigualdades a ponto de se deixar de coletar esta informação no Censo de 1970. Por isso, e pela constatação de que o acesso de negros ao ensino superior era praticamente nulo em 1960, os dados trabalhados pelos autores desse capítulo começaram pelo Censo de 1980.


Segundo uma projeção feita na primeira década deste século pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), citada no artigo por Márcia Lima e Ian Prates, se for mantido o mesmo ritmo de diminuição das desigualdades raciais de renda verificado entre 2001 e 2007, seriam necessárias três décadas para que os grupos branco e não branco tivessem, em média, a mesma renda. Mesmo assim, há fatores que podem atrasar esse futuro já longínquo, como crises econômicas duradouras e aumento de desemprego.


Outras análises de dados dos dois sociólogos mostram como a situação é sensível a variáveis relacionadas a prestígio social e estruturas resistentes. Quanto mais os estudos se aproximam do topo da pirâmide social, mais o fator racial se manifesta como freio da ascensão. Uma das abordagens da pesquisa adotou como critério de comparação dois grupos de formação acadêmica-profissional, um deles composto pelas “profissões imperiais”, aquelas com as maiores médias salariais em 1980: medicina, direito e engenharias.


Outro grupo reuniu as três menores médias salariais no mesmo ano: letras, história e ciências da educação. Os dados colhidos confirmaram que, além de menos negros ingressantes no primeiro conjunto, há diferenças salariais entre negros e brancos com o mesmo diploma e no mesmo grupo ocupacional. Outra abordagem revelou mais um aspecto da desigualdade racial: os filhos de pais negros com diploma superior têm menos chance de ingressar na universidade do que os filhos de brancos na mesma condição.


Herança social
Márcia Lima e Ian Prates se filiam à linha de interpretação teórica que “questiona se a explicação da herança social é suficiente para dar conta das diferenças sociais entre negros e brancos no Brasil”. Modelos teóricos tradicionais consideravam a expansão de acesso à renda e à escolaridade os únicos meios necessários para terminar com a disparidade racial.


Para os pesquisadores, no entanto, é preciso levar em conta a discriminação, um fator pouco mensurável por pesquisas quantitativas como as dos censos. Existem pesquisas qualitativas relevantes, segundo Márcia Lima, mas que fogem ao âmbito das informações coletadas pelos recenseamentos.


Mesmo assim, segundo a socióloga, há números que apontam claramente para a discriminação, como o fato de que há menos negros empregados no setor privado do que no serviço público, cuja seleção de ingresso costuma ser feita por concurso (isto é, “às cegas”). “Embora a discriminação racial seja proibida por lei, os critérios de aprovação por meio de entrevista de emprego têm uma carga subjetiva muito maior”, observa a pesquisadora.

Matéria original publicada na revista Pesquisa FAPESP.

Mata Atlântica: não existem mudas suficientes para recuperar a floresta: “Existem vários fragmentos da Mata Atlântica isolados uns dos outros e esse isolamento pode levar a floresta à extinção”

Entrevista com Jaeder Lopes Vieira

Publicado em julho 28, 2015 por


“Existem vários fragmentos da Mata Atlântica isolados uns dos outros e esse isolamento pode levar a floresta à extinção”, adverte o engenheiro agrônomo.
Foto: brasilescola.com.br 
Os desafios para recuperar 85% da Mata Atlântica, percentual que já foi degradado ao longo dos anos, são enormes, a começar pelas dificuldades técnicas, visto que hoje não existem “mudas suficientes para fazer a recuperação da Mata Atlântica.



Mesmo se tivéssemos dinheiro, há um limite em relação à quantidade de viveiros suficientes para a empreitada que temos pela frente”, informa Jaeder Lopes Vieira, na entrevista a seguir, concedida à IHU On-Line por telefone.



Vieira explica que a regeneração da Mata Atlântica não depende somente do plantio de novas mudas de árvores, mas é necessário recuperar a biodiversidade de modo geral. “A floresta não é só árvore; a floresta que só tem árvore não é floresta. Floresta tem toda uma biodiversidade de animais e de plantas interagindo com o ambiente, ou seja, em intensa interação com o solo e com a atmosfera, reciclando nutrientes e fazendo com que esses nutrientes se convertam ora em matéria orgânica, ora em matéria inorgânica. Então, a floresta é muito mais do que a vegetação em si e que as árvores propriamente ditas; existem outros elementos não arbustivos que fazem parte da floresta e que são fundamentais para manutenção dela”, esclarece.



Entre os investimentos possíveis para reflorestar a Mata Atlântica, o engenheiro agrônomo frisa a necessidade de pôr em prática as determinações do Código Florestal, a exemplo do pagamento aos produtores rurais para reflorestarem as áreas degradadas. “Em primeiro lugar precisamos de uma política pública de incentivo aos proprietários rurais, ou seja, é preciso retirar do papel o pagamento dos serviços ambientais, porque a recuperação dessas áreas irá gerar benefícios aos homens”.



Segundo ele, também é fundamental preservar os outros biomas brasileiros, como a Caatinga e o Cerrado, e investir na recuperação das áreas já degradadas pela agricultura e pela agropecuária ao invés de abrir novas áreas para plantio. Contudo, “infelizmente”, pontua, “ao invés de ocupar uma área da Mata Atlântica que já está degradada, as pessoas seguem para novas fronteiras que têm floresta, onde o solo ainda tem uma matéria orgânica fértil. Aí as pessoas retiram a floresta, implantam uma produção agrícola que, inclusive, na Amazônia não passa de três ciclos (três anos)”.



Jaeder Lopes Vieira é graduado em Engenharia Agrônoma pela Universidade Federal de Lavras e em Biologia pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase – UGB. Atualmente é engenheiro agrônomo do Instituto Terra, uma associação civil, sem fins lucrativos, que promove a recuperação da Mata Atlântica no Vale do Rio Doce há 16 anos.


Confira a entrevista.
Imagem: estudopratico.com.br 
IHU On-Line – Qual é a situação da Mata Atlântica hoje no Brasil? Que percentual dela ainda está preservado?
Jaeder Lopes Vieira – O percentual preservado gira em torno de 8,5% do remanescente, mas o problema é que esse remanescente está isolado, ou seja, existem vários fragmentos da Mata Atlântica isolados uns dos outros e esse isolamento pode levar a floresta à extinção.


A degradação da floresta leva à degradação de vários serviços ambientais que essa floresta proporciona ao homem, ou que naturalmente proporcionaria se estivesse preservada. Por exemplo, a limpeza dos rios, que hoje é necessária, seria feita se houvesse mais áreas de florestas preservadas próximo aos rios, mas muitos serviços ambientais estão deixando de ser realizados por conta de estarmos ocupando essas áreas.


IHU On-Line – Em que regiões do país ainda há maior concentração de Mata Atlântica?
Jaeder Lopes Vieira – A Mata Atlântica vai do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte e os fragmentos continuam espalhados nessas regiões, em alguns lugares mais e em outro menos. Mas o importante é tentarmos conectar esses fragmentos; esse é o nosso grande desafio para o futuro. Já temos várias iniciativas, e o Código Florestal vem ao encontro de buscar essa solução, mas falta, na prática, realizarmos mais ações para recuperar as florestas.


IHU On-Line – Quais são os desafios em torno de regenerar a Mata Atlântica? O que significa refazer a biodiversidade da floresta?
Jaeder Lopes Vieira – Na verdade existem iniciativas de governo e de organizações não governamentais, como a doInstituto Terra, e há iniciativas também do setor privado, tanto de empresas quanto de pessoas. Quando pensamos na extensão da Mata Atlântica e imaginamos que tem mais de 85% de área a recuperar, percebemos que o desafio é enorme, ou seja, não há só um desafio técnico, mas também um desafio financeiro e de mobilização da sociedade, porque grande parte dessas áreas está nas mãos de proprietários rurais.


Esses proprietários rurais, no passado, foram incentivados a retirar a mata, e hoje temos que pensar que a sociedade tem de ajudá-los a recuperar a Mata Atlântica, porque os custos da recuperação não são baixos. Evidentemente, há várias técnicas que podem ser aplicadas, as quais podem diminuir ou aumentar o custo do reflorestamento, mas, de toda sorte, pelo tamanho da área, os recursos não são baixos.


Então, em primeiro lugar precisamos de uma política pública de incentivo aos proprietários rurais, ou seja, é preciso retirar do papel o pagamento dos serviços ambientais, porque a recuperação dessas áreas irá gerar benefícios aos homens. Por isso, os proprietários rurais deveriam receber um valor para recuperar e conservar essas áreas. Assim, o primeiro desafio é não aumentar o desmatamento, ou seja, preservar os fragmentos que aí estão; o segundo é remunerar o produtor para que ele possa fazer a recuperação das outras áreas que não foram reflorestadas.


Há um desafio também técnico no sentido de que hoje, por exemplo, nós não temos nem mudas suficientes para fazer a recuperação da Mata Atlântica. Mesmo se tivéssemos dinheiro, há um limite em relação à quantidade de viveiros suficientes para empreitada que temos pela frente. Depois, precisamos mapear essas áreas que precisam ser reflorestadas e protegê-las dos fatores de degradação. A maior parte desses fragmentos, que seriam possíveis de se regenerar naturalmente, não está se regenerando por causa pisoteio do gado e pela entrada de fogo; esses são dois fatores importantes que temos de combater.

“O caminho para solucionar a crise hídrica é começar a recuperar e conservar as nascentes”


IHU On-Line – Em que consiste refazer a biodiversidade? O senhor sempre insiste que não basta plantar árvores. Pode nos explicar melhor em que consiste essa concepção?
Jaeder Lopes Vieira – A floresta não é só árvore; a floresta que só tem árvore não é floresta. Floresta tem toda uma biodiversidade de animais e de plantas interagindo com o ambiente, ou seja, em intensa interação com o solo e com a atmosfera, reciclando nutrientes e fazendo com que esses nutrientes se convertam ora em matéria orgânica, ora em matéria inorgânica. Então, a floresta é muito mais do que a vegetação em si e que as árvores propriamente ditas; existem outros elementos não arbustivos que fazem parte da floresta e que são fundamentais para manutenção dela.


Mas é lógico que, num primeiro momento, quem faz essa conversão da matéria inorgânica em matéria orgânica são os vegetais; eles são os únicos capazes de fazer isso, através da fotossíntese. Por isso, o primeiro passo é aumentar aproteção da mata para o solo, ou seja, quando se tem árvores, se consegue, através dessas árvores, diminuir a primeira degradação da gota da chuva direta no solo, arrastando esse solo para os cursos d’água e, com isso, é possível diminuir o assoreamento dos cursos d’água. Desse modo, é preciso aumentar a cobertura vegetal para proteger o solo e, evidentemente, devemos ter a maior diversidade de vegetação possível, porque isso permite a entrada da fauna na floresta. Ou seja, nós temos que realmente fazer reflorestamento visando uma maior diversidade possível para que a fauna possa ter alimento suficiente ao longo de todo o ano. Plantar é fundamental, mas é preciso plantar visando um aumento da diversidade da vegetação.


IHU On-Line – Diversas empresas de celulose mantêm projetos florestais. É possível chamar essas plantações de florestas? Como o senhor vê esse debate entre as florestas plantadas com espécies nativas e exóticas?
Jaeder Lopes Vieira – Creio que toda a iniciativa é importante. Acredito que a monocultura de qualquer coisa que seja, é impactante, independente de ser pinus, eucalipto, seringueira, inclusive. As empresas de celulose, hoje, têm uma responsabilidade socioambiental muito grande, até porque elas trabalham com commodities. Assim, há a preocupação hoje de não levar o plantio de eucalipto até, por exemplo, as nascentes e até os cursos d’água. Para eles é fundamental, inclusive, a preservação dos fragmentos de floresta. Há uma preocupação muito grande de preservar os fragmentos e não entrar nas áreas que são mais sensíveis ambientalmente, que são as áreas que o Código Florestalidentifica como passíveis de conservação.


IHU On-Line – Como é feita, no Brasil, a reestruturação ecológica de áreas florestais degradadas? O país tem uma preocupação em restaurar essas terras? Existe alguma política pública nesse sentido?
Jaeder Lopes Vieira – Existe um instrumento no Código Florestal, que é o Pagamento por Serviços Ambientais – PSA. Conheço duas iniciativas nesse sentido: uma em Vitória, no Espírito Santo, do governo do estado, e outra dogoverno de Minas Gerais. Nesses casos, o estado paga por floresta em pé — florestas e fragmentos já existentes — e também pela restauração e conversão de áreas não florestais em áreas florestais, com floresta de Mata Atlântica. Trata-se de uma iniciativa de pagar o produtor para que ele possa converter essas áreas ou então para mantê-las em pé.


Evidentemente que esse valor nunca será maior do que o custo de oportunidade que o produtor tem na produção dele, mas essas são áreas que, segundo o Código Florestal, deveriam estar em conservação. Assim, essas são iniciativas que incentivam o produtor a converter essas áreas. Essas duas iniciativas são leis estaduais que têm gerado um resultado positivo. Creio que deveria ser ampliado para o governo federal também e até para os municípios.

“Plantar é fundamental, mas é preciso plantar visando um aumento da diversidade da vegetação”


IHU On-Line – Alguns ambientalistas chamam atenção para a degradação do cerrado, da caatinga, alertando para o fato de que essas áreas podem chegar a uma situação de degradação igual a da Mata Atlântica no futuro. O senhor identifica alguma relação entre a degradação do cerrado, caatinga e outros biomas com a degradação da Mata Atlântica?
Jaeder Lopes Vieira – Sim. Quando vemos essas aberturas de novas áreas, não vemos sentido nisso, porque há áreas na Mata Atlântica com produtividade muito baixa. A área de pecuária, por exemplo, é baixíssima, com número de 0,6 cabeças de gado por hectare, porque o ambiente foi tão degradado que ele já não dá respostas produtivas. Então, ao invés de abrir novas áreas, é preciso recuperar essas áreas que já estão abertas e desflorestadas. Infelizmente, ao invés de ocupar uma área da Mata Atlântica que já está degradada, as pessoas seguem para novas fronteiras que têm floresta, onde o solo ainda tem uma matéria orgânica fértil. Aí as pessoas retiram a floresta, implantam uma produção agrícola que, inclusive, na Amazônia não passa de três ciclos (três anos).


Por conta dessa baixa produtividade nas áreas desflorestadas, o agronegócio está buscando novas fronteiras. Entretanto, é possível recuperar essas áreas tranquilamente, pois já existem tecnologias da Embrapa e de outros órgãos de pesquisa, as quais viabilizam a recuperação dessas áreas degradadas para produção.


IHU On-Line – E existem relações entre a crise hídrica e a degradação da Mata Atlântica?
Jaeder Lopes Vieira – Essa relação é direta; não tenho nenhuma dúvida disso. O que mantém os rios perenes? São as nascentes; se elas forem perenes, os rios serão perenes. Se protegermos as matas ciliares e não deixarmos o arrasto do material ir para dentro do rio, evitamos que o rio se torne assoreado e ele será perene também. Então, a relação é direta, e o caminho para solucionar a crise hídrica é começar a recuperar e conservar as nascentes. Este é o caminho que temos que trilhar o mais rápido possível.


IHU On-Line – Quais as ações do Instituto Terra para reflorestar a Mata Atlântica?
Jaeder Lopes Vieira – Nós temos duas grandes linhas de trabalho: uma é a restauração de áreas degradadas — e a nossa fazenda funciona como laboratório e como sede da nossa organização —, e a outra é a recuperação de nascentes fora da fazenda. Atingimos o número de mil nascentes e temos um projeto ambicioso para o Vale do Rio Doce, que é um Vale com uma superfície do tamanho de Portugal, de 85.000 km². Estimamos que haja 375 mil nascentes no Vale do Rio Doce, que está localizado entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, e nós estamos apresentando à sociedade um projeto para recuperar essas 375 mil nascentes ao longo dos próximos 30 anos.



Por Patrícia Fachin
(EcoDebate, 28/07/2015) publicado pela IHU On-line, parceira editorial da revista eletrônica EcoDebate na socialização da informação.


[IHU On-line é publicada pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em São Leopoldo, RS.]

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Presidente recorre a especialista para corrigir postura em bicicleta. E os brasileiros que precisam de assistência médica - que o seu governo acabou com a que, apesar de precária, existia-- vão reclamar a quem?




Na tarde da última quinta-feira, dia 23, o profissional de educação física Marcelo Rocha se preparou para receber uma visita ilustre. Por volta de 16h30, a presidente Dilma Rousseff chegou a seu estúdio, no Lago Norte de Brasília, acompanhada de seu técnico, Edilberto Santos Barros, e por apenas mais um assessor palaciano. O objetivo do encontro, não informado pelo Palácio do Planalto, era ajustar a bicicleta Starliner de Dilma e corrigir sua postura. 
 
Há alguns meses, a presidente tornou-se uma aficionada pelo ciclismo e mantém o hábito de pedalar pelas manhãs nos arredores da residência oficial. Aos 37 anos, Marcelo Rocha especializou-se em um serviço conhecido por bike fit, que se concentra no ajuste do posicionamento do ciclista. Ele fora contatado pela assessoria do Planalto cerca de duas semanas antes sobre o interesse de Dilma em lhe fazer uma visita.
  Eis a causa de todos os males do Brasil e dos brasileiros. Atenção: não estamos falando da bicicleta
 

A presidente vinha reclamando, conta Rocha, de dores nas mãos, nos punhos e nos ombros enquanto rodava com sua magrela. [presidente: essas dores não da idade, são normais e o que nos conforta em relação aos seus sintomas é que eles vão piorar.
Afinal, para a senhora que tem o cinismo de dizer que foi torturada por dias e dias, tais dores devem ser insignificantes.
 
 
Piores, bem piores, são as dores dos brasileiros que precisam de assistência médica - que o seu governo acabou com a que,  apesar de precária, existia.] Ela relatou ainda que, durante as pedaladas, frequentemente se sentia desconfortável e precisava se reacomodar no selim.

Rocha explica que o incômodo era causado pelo posicionamento equivocado do selim da Starliner, modelo que é anunciado na internet por cerca de R$ 2.700. Desnivelado e sem a altura e o recuo necessários, ele projetava o corpo da presidente para frente e sobrecarregava seus braços.  “As falhas do posicionamento dela estavam mais na parte detrás (da bicicleta)”, disse o especialista, em conversa com a EXPRESSO.

Outra dica dada por Rocha foi sobre a forma como Dilma vinha apoiando os pés no pedal. Ela foi aconselhada a usar mais a base dos dedos para impulsionar a bicicleta. “A gente colocou no ponto certo”, conta Rocha, que revela que a presidente ainda se sente insegura para usar sapatilhas especializadas.

O condicionamento de Dilma
A presidente permaneceu no estúdio de Rocha por pouco mais de uma hora. De roupa de ginástica, ela fez a “análise biomecânica” do ciclista. A bicicleta é instalada sobre um pequeno simulador e a pessoa executa ações orientadas pelo profissional. Eletrodos jogam em uma tela os detalhes sobre o posicionamento do ciclista e ajudam a indicar pequenas modificações que podem melhorar o desempenho ou diminuir incômodos. O mapeamento da performance de Dilma, assim como as imagens realizadas durante a sessão, ficaram com os auxiliares da presidente.

Rocha diz que Dilma estava descontraída, mas lhe fez apenas perguntas sobre ciclismo. O que mais impressionou o profissional de educação física foi o preparo da presidente, que tem 67 anos. “Ela está com a parte física muito boa, com a flexibilidade muito boa e bem apta para a atividade física que pretende”, conta. “Ela está bem preparada para isso. Com a lombar forte, com o abdômen preparado, está com uma flexibilidade boa.” [a depender desse 'especialista' Dilma está preparada para qualquer prova de ciclismo,  de 24 horas; ou até mesmo para uma competição de triathlon.]   As crises política e econômica pelas quais o Brasil atravessa parecem estar longe de tirar o entusiasmo de Dilma pelo esporte. Tanto que ela disse a Rocha que em breve quer trocar sua bicicleta por um modelo mais sofisticado. [Dilma... atenção para o velho ditado: formiga quando quer ... .]

Fonte: Revista Época 

Percurso ciclístico, sob medida para a tragédia que Dilma representa
 
 Crédito da imagem: O Estado
 
 
 
Não resisti em publicar esta foto (acima) publicada no jornal Estadão , ela é o próprio retrato da administração da presidente Dilma, em estado terminal. Segundo o jornal a presidente Dilma voltou a pedalar em sua (sic) bicicleta na área externa do Palácio do Alvorada. Ainda segundo o jornal, ela realizou o percurso nas proximidades da Vila Planalto, área residencial próxima ao Palácio presidencial.

O repórter fotográfico do Estado foi muito feliz em fotografar a Dilma, visivelmente magra, quase esquelética, cujo fundo da imagem aparece placa acintosamente exposto, proposital ou não, "Lava Jato Planalto". Nunca uma imagem representou tão bem a situação política do País. Uma presidente da República definhando por conta sobretudo da Operação Lava Jato sendo fotografada com dizeres que marcam a sua passagem pela administração pública. 


PF deflagra Operação Radioatividade para investigar falcatruas de R$ 4 bilhões em Angra 3.



 
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira, 28, a 16ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Radioatividade. Cerca de 180 agentes cumprem 30 mandados judiciais em Brasília, Rio de Janeiro, Niterói, São Paulo e Barueri. O foco das investigações são contratos firmados por empresas como a Eletronuclear, uma subsidiária da Eletrobrás. O TCU já detectou que a obra está R$ 4 bilhões acima do inicial.

A operação investiga formações de cartel e ajuste prévio de licitações nas obras da usina de Angra 3, além de pagamento de propinas a funcionários da estatal. Dos 30 mandados judiciais, 23 são de busca e apreensão, 2 de prisão temporária e 5 de condução coercitiva. Os dois presos serão levados  para a superintendência da Polícia Federal em Curitiba.


Apenas para "ilustrar", o Consórcios Angra 3 é formado por Queiroz Galvão, Empresa Brasileira de Engenharia (EBE) e Techint Engenharia, e Una 3, composto por Andrade Gutierrez, Norberto Odebrecht, Camargo Correa e UTC Engenharia. 

É isso aí, Mainardi!!!


Cunha na ofensiva contra o governo.




(Folha) O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tratou publicamente como favas contadas que o TCU (Tribunal de Contas da União) rejeitará, em parecer, as contas de 2014 de Dilma Rousseff.A análise das "pedaladas fiscais" é uma das apostas da oposição para sustentar um pedido de impeachment da presidente no Congresso. 
 
Cunha falou sobre o assunto em palestra a empresários, nesta segunda-feira (27), em São Paulo. Começou de forma didática: "O TCU vai proferir um parecer pela aprovação ou pela rejeição das contas. Caberá ao Congresso votar esse parecer". 
 
Na sequência, fez sua previsão. "Se a Comissão Mista de Orçamento acolher o parecer do tribunal, faz uma proposta de decreto legislativo pela rejeição." Ele disse ser importante explicar que a palavra final é do Congresso para evitar "frustrações". 
 
A fala foi repleta de críticas ao PT e à presidente Dilma. Ele disse que a sigla está abaixo do volume morto e é mais impopular do que a petista. Afirmou ainda que os pedidos de impeachment serão analisados sob ótica jurídica. Acusado por um dos delatores da Lava Jato de ter recebido US$ 5 milhões em propina, disse ver as "digitais" do governo no caso e que o Planalto não o "engole e, de certa forma, teme a continuidade" do seu trabalho. 
 
Cunha ainda rebateu os que defendem sua saída da chefia da Câmara. "Se pedem em relação a mim, deviam começar pedindo o afastamento de ministros e, talvez, discutindo o da presidente." 
 
 
Durante todo o evento, deu sinais de que permanecerá na ofensiva. "A história não reserva espaço a covardes." 
 
 

........A MENOS QUE CONTE TUDO O QUE SABE SOBRE A ROUBALHEIRA POR MEIO DE DELAÇÃO PREMIADA.


'JUS SPERNIANDI' NÃO SALVARÁ MARCELO ODEBRECHT DE CONDENAÇÃO NO PROCESSO DO PETROLÃO. A MENOS QUE CONTE TUDO O QUE SABE SOBRE A ROUBALHEIRA POR MEIO DE DELAÇÃO PREMIADA.

Este blog republica esta foto do Marcelo Odebrecht confraternizando com a Dilma e o tiranete assassino cubano Raúl Castro, em Cuba. Se o Brasil fosse realmente um país sério Dilma e Marcelo Odebrecht seriam condenados à prisão perpétua. Quanto foi mesmo a grana do BNDES que financiou o Porto de Mariel? 
A defesa do empreiteiro Marcelo Odebrecht decidiu atacar nesta segunda-feira o juiz Sergio Moro, integrantes do Ministério Público e a Polícia Federal em petição enviada à Justiça Federal em Curitiba (PR). 
 
 
 Os advogados se recusaram a explicar as mensagens cifradas encontradas no telefone celular do empreiteiro e as referências a siglas que, segundo os investigadores, podem estar relacionadas a políticos como o ex-presidente Lula, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), o senador José Serra (PSDB) e o governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT). Terminava hoje o prazo para que os defensores explicassem o contexto de cada mensagem apreendida.
 
 
Relatório da Polícia Federal com base em mensagens extraídas do celular de Marcelo revela o amplo leque de políticos com os quais ele tinha contato e seu esforço para utilizar siglas e mensagens codificadas para anotar as ações. De acordo com o documento, ele lançou mão de uma estratégia de confrontar as investigações da Lava Jato que contaria com "policiais federais dissidentes", dupla postura perante a opinião pública, apoio estratégico de integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ataques às apurações internas da Petrobras. A PF avalia que o empreiteiro buscava criar "obstáculos" e "cortinas de fumaça" contra a operação Lava Jato.
 
 
 
Em manifestação entregue a Moro, a defesa de Odebrecht classificou a atuação do MP como "intolerável" por ter utilizado "documentos velhos de autenticidade duvidosíssima" e uma "artificiosa correlação entre telefonemas" para incriminar o empreiteiro. Depois de identificar 135 telefonemas entre o diretor da Odebrecht Rogério Araújo e o operador de propinas da empreiteira Bernardo Freiburghaus, a Lava Jato também mapeou que o executivo da construtora manteve conversas com o presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, poucas horas depois de ter falado com Freiburghaus. 
 
 
De dezessete conversas telefônicas ou mensagens de texto entre Araújo e Odebrecht, quatro delas aconteceram em dias nos quais o executivo também havia conversado com Freiburghaus. Para os investigadores do petrolão, a coincidência entre os telefonemas e mensagens indica que Marcelo Odebrecht tinha amplo conhecimento e atuação na negociação de propinas pagas pela empreiteira.
 
 
O juiz Sergio Moro também é alvo das críticas por ter decretado nova prisão preventiva do executivo e por ter utilizado as mensagens do celular do empresário no decreto que determinou sua nova detenção. Para ler sobre a choradeira dos advogados de Marcelinho clique AQUI
 
 
 

Essa gente NÃO me representa.Nem a mim nem a minha familia!


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LEMBREM-SE: DIA 16 DE AGOSTO PRÓXIMO JUNTE-SE AOS MILHARES DE BRASILEIROS QUE IRÃO NAS RUAS CONTRA CONTRA OS COMUNISTAS DO PT


LEMBREM-SE: DIA 16 DE AGOSTO PRÓXIMO JUNTE-SE AOS MILHARES DE BRASILEIROS QUE IRÃO NAS RUAS CONTRA CONTRA OS COMUNISTAS DO PT QUE DESEJAM ESCRAVIZAR O POVO BRASILEIRO, IMPONDO INCLUSIVE A ESCASSEZ DE ALIMENTOS COMO OCORRE AGORA MESMO NA VENEZUELA! NÃO VAMOS DAR A CORDA PARA ELES ENFORCAREM O POVO BRASILEIRO! NÃO PAGAREMOS A CONTA DO PT!

Todo dia é um novo escândalo. O PT está em todas as frentes de corrupção.Desta vez, é na Eletronuclear.

República podre do lulopetismo: corrupção "nuclear".

Angra 3: outra frente de corrupção.
Todo dia é um novo escândalo. As empreiteiras do lulopetismo - a exemplo das "boliburguesas" da ditadura chavista - estão em todas as frentes de corrupção. Desta vez, é a Eletronuclear. É só procurar que sempre se encontrarão pegadas dos petistas onde houver maracutaias:



O procurador da República Athayde Ribeiro Costa afirmou nesta terça-feira, 28, que o presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, recebeu R$ 4,5 milhões de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato. Ele foi preso temporariamente na 16ª fase da operação, batizada de Radioatividade.


A empresa de Otthon da Silva, a Aratec Engenharia, ‘recebeu pagamentos vultuosos’ também de empresas que compõe o Consórcio Angramon. A Aratec recebeu no mesmo período pagamento das empreiteiras Andrade Gutierrez e Engevix, ambas com contratos com a Eletronuclear, por meio de empresas intermediárias, CG Consultoria, JNobre Engenharia, Link Projetos e Participações Ltda., e a Deutschebras Comercial e Engenharia Ltda., ‘algumas com características de serem de fachada’.


“No caso mais claro, foi constatado que a empresa CG Consultoria, Construções e Representação Comercial Eireli recebeu entre 2009 e 2012 R$ 2.930.000,00 da Construtora Andrade Gutierrez e transferiu, entre 2009 a 2014, R$ 2.699.730,00 para a Aratec. A CG Consultoria não tem qualquer empregado e na prática, descontados os custos tributários, repassou o recebido pela Andrade Gutierrez à Aratec, empresa controlada por Othon Luiz”, apontou o juiz federal Sérgio Moro, que determinou a prisão temporária do presidente licenciado da Eletronuclear.


“A JNobre Engenharia e Consultoria Ltda., que tem o mesmo endereço que a CG Consultoria, depositou R$ 792.500,00 nos anos de 2012 a 2013 na conta da Aratec Engenharia. Nestes mesmos anos, recebeu R$ 1.400.000,00 da Andrade Gutierrez. A aparente utilização dessas empresas como intermediárias de repasses também é evidenciado pela análise dos pagamentos individualizados. A título de exemplo, a CG Consultoria recebeu da Andrade Gutierrez, em 03/2012 e 06/2012, R$ 300.000,00 em cada um desses meses, e repassou R$ 220.000,00 em cada um desses mesmos meses à Aratec Engenharia (evento 25, out12 e out13). Em 08/2011, a CG recebeu também R$ 300.000,00 da Andrade Gutierrez e repassou em 09/2011 R$ 220.000,00 a Aratec.”


Segundo despacho do magistrado, em Abril de 2009, tendo recebido da Andrade R$ 300 mil e repassado R$ 250 mil a Aratec em maio de 2009. A Deustchebras recebeu, em novembro de 2014, R$ 330 mil da Andrade Gutierrez e, em dezembro de 2014, repassou R$ 252.300 para a Aratec.


Alvos dos mandados de condução coercitiva são os executivos Renato Ribeiro Abreu, da MPE Participações, Fábio Adriani Gandolfo, da Odebrecht, Petrônio Braz Júnior, da Queiroz Galvão,  Ricardo Ouriques Marques, da Techint Engenharia, Clóvis Renato Peixoto Primoi, da Andrade Gutierrez.

COM A PALAVRA, A ANDRADE GUTIERREZ


A Andrade Gutierrez está acompanhando a 16ª fase da Operação Lava Jato e destaca que sempre esteve à disposição da Justiça. Seus advogados estão analisando os termos desta ação da Polícia Federal para se pronunciar. (Estadão).

Do FACE BOOK: Lembrete diário.

Enquanto o PT gasta bilhões ( o ultimo orçamento foi de 37, 7 bilhões) com as Olimpíadas o Hospital de Ceilândia recusa atendimentos por estar lotado

A dona de casa Aline Rocha, 18 anos, estava em trabalho de parto e sentia contrações desde a noite anterior, mas não foi atendida

 
Jurana Lopes
Especial para o Jornal de Brasília
A falta de pediatras na rede pública  é um problema antigo, mas  a situação se agravou no Hospital Regional de Ceilândia (HRC).


Por conta da superlotação e do déficit de pediatras, os bebês não   recebem alta com rapidez. Ou seja, ocupam o leito por mais tempo do que o necessário, o que impede a entrada de mais gestantes  na maternidade.


Somente os casos mais graves são atendidos e até mulheres em trabalho de parto foram orientadas a procurar outros hospitais. O JBr.  flagrou uma servidora da triagem explicando que a maternidade e o centro obstétrico estavam lotados porque faltam pediatras para dar alta aos recém-nascidos. “Tem bebê  há mais de seis dias esperando somente pela alta”, comunicou.


A dona de casa Aline Rocha, 18 anos, estava em trabalho de parto e sentia contrações desde a noite anterior, mas não foi atendida. “Estou com medo de acontecer alguma coisa com o  bebê”, afirmou. Ao tentar saber sobre quando seria chamada, Aline foi informada de que deveria ir a outro hospital o quanto antes porque, caso contrário, o bebê poderia morrer. Apavorada com a situação, ela e a mãe foram para outra unidade.


Situação semelhante era a de Karoline Freitas, 21, dona de casa. A bolsa   estourou  e ela foi ao hospital sentindo  fortes dores e    contrações. “Até me chamaram para entrar, mas o obstetra  não chegou. Não fizeram nem o toque para saber como está a dilatação”, relatou a gestante, que preferiu tentar outro hospital.


Mesmo com a informação de que só grávidas de alto risco seriam atendidas, Simone Alves, 23, auxiliar de açougue, insistiu. A gestação  dela completou 40 semanas.  “Pretendo  sair daqui com a cesariana marcada, porque o máximo que se pode esperar são 41 semanas. Não quero que o bebê tenha a saúde comprometida por passar da hora de nascer”, disse.
Mães "fogem" com os filhos
Por causa da falta de pediatras para dar alta aos recém- nascidos, muitas mães estão levando os filhos para casa sem o consentimento do profissional. Foi o caso da neta da aposentada Nadir de Oliveira,   65 anos.  Jéssica de Oliveira, 24 anos, deu à luz na última sexta-feira, mas, como não havia médicos, ela resolveu ir embora e deixar os documentos retidos no HRC.

“Se quiser sair, precisa deixar o documento   e buscar depois. Preferimos assim  porque nem previsão de alta a neném tinha, já que nem os exames   foram feitos. Então, vamos levá-la  a uma clínica particular. Depois, trago o resultado”, garantiu.

A esposa do marceneiro Francisco Sousa, 45 anos, também deu à luz na última sexta, e a criança  não passou por avaliação. “Minha mulher recebeu alta, mas a bebê, não. Como não tem previsão de quando um pediatra vai atender,   acho que vou assumir o risco e levá-las para casa. Depois, fazemos os exames, mas é melhor ir para casa do que ficar correndo risco de pegar uma infecção aqui. A situação está muito crítica, é revoltante”, afirmou.

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília


  Comentário 

ESSE TIPO DE ACONTECIMENTO DESMORALIZA TODA UMA SOCIEDADE, JÁ QUE TODO ESSE SERVIÇO FOI PAGO ANTECIPADAMENTE ATRAVÉS DOS IMPOSTOS. ISSO TEM NOME: FALTA DE GESTÃO EFICIENTE, MORALIDADE COM DINHEIRO PÚBLICO E FALTA DE VERGONHA NA CARA DOS GOVERNANTES.

Brasília, espelho do PT: Uma cidade sem lei e sem ordem.Onde qualquer um, a qualquer hora, em qualquer lugar, está sujeito a ser roubado e até morto.Parabéns PT!

Bandidos explodem caixa eletrônico em posto de combustíveis

Os criminosos arrombaram a loja de conveniência e explodiram o terminal de autoatendimento. Eles levaram o dispositivo onde as cédulas ficam acondicionadas
 
Douver Barros
douver.barros@jornaldebrasilia.com.br



A explosão a caixas eletrônicos já se tornou fato corriqueiro no Distrito Federal. Desta vez, bandidos explodiram um terminal em uma loja de conveniência de um posto de combustíveis, no Setor de Postos e Motéis da Candangolândia. O crime ocorreu por volta das 3h40 desta terça (28).


Segundo a Polícia Civil, um frentista do posto trabalhava sozinho quando um veículo de cor escura chegou ao local. O carro era ocupado por quatro indivíduos. Um deles, encapuzado e armado, determinou que o  frentista deitasse no chão. Enquanto isso, os outros três suspeitos arrombaram a loja e explodiram o caixa de autoatendimento. Os bandidos levaram o dispositivo onde as cédulas ficam acondicionadas.


A Polícia Civil não informou sobre a quantia levada. A 11º Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante) investiga o caso.

*Aguarde mais informações 

As habilidades (ou inabilidades) de Dilma - EDITORIAL O ESTADÃO


O ESTADO DE S. PAULO - 27/07

É preciso acabar de uma vez por todas com a lenda segundo a qual a presidente Dilma Rousseff enfrenta imensas dificuldades políticas porque não é afeita ao varejo das negociações com o Congresso e porque ela tampouco se anima a se expor aos eleitores em busca de popularidade. O desastre de sua presidência não resulta dessas características, e sim de sua incontestável incapacidade de diagnosticar os problemas do País e de ministrar-lhes os remédios adequados. A esta altura, a maioria absoluta dos brasileiros, de todas as classes sociais, já se deu conta de que o problema de Dilma não é sua reclusão ou sua ojeriza aos políticos, mas simplesmente sua incompetência. Prometeram-lhes uma “gerentona” e lhes entregaram uma estagiária.

Portanto, tende a ser inútil a mais nova ofensiva de comunicação planejada pela assessoria da presidente com o objetivo de reverter o mau humor do País em relação ao governo petista. Inútil porque, enquanto se tenta mostrar uma Dilma mais “humana”, que é o que pretendem os marqueteiros do Planalto, conforme revelado em recente reportagem do Estado, os problemas concretos que resultam de sua má gestão continuarão a assombrar os brasileiros na vida real, especialmente o desemprego, a queda da renda e a inflação.

A mudança na comunicação de Dilma é tratada como questão de urgência urgentíssima, pois a pressão sobre a presidente é intensa. Estão programadas para o dia 16 de agosto manifestações que, a julgar pela pronunciada queda de popularidade da presidente, devem ter grande afluência e visibilidade. Além disso, crescem as suspeitas de que as falcatruas constatadas pela Operação Lava Jato podem ter ajudado a irrigar as campanhas eleitorais petistas, inclusive a de Dilma. E há também a percepção de que a irresponsabilidade fiscal da presidente ao longo de seu primeiro mandato, maquiada por truques contábeis, pode resultar em um processo que comprometa de vez o seu mandato. Tudo isso se dá em meio à certeza de que sua base no Congresso é apenas nominal, não representando nenhuma garantia de sustentação, especialmente em meio ao azedume da opinião pública nacional com o espantoso escândalo de corrupção na Petrobrás e com o desastre na economia.

Anuncia-se que o novo arsenal de comunicação de Dilma incluirá a participação da presidente em programas populares de TV e também a criação de um site chamado Dialoga Brasil, em que ministros responderão a dúvidas, sugestões e críticas dos internautas sobre programas do governo. Além disso, Dilma pretende fazer um giro por cidades do Nordeste com a difícil missão de tentar demonstrar que ainda tem popularidade – ela teve expressiva votação na região na eleição de 2014, mas mesmo lá, segundo as últimas pesquisas, a desaprovação a seu governo disparou.

As recentes tentativas de Dilma para melhorar sua imagem foram feitas a partir de iniciativas pessoais, com resultados embaraçosos – ela chegou a saudar a mandioca e a elogiar a “mulher sapiens” em um discurso. Além disso, ao dizer que defenderia seu mandato “com unhas e dentes”, Dilma trouxe o tema do impeachment definitivamente para a pauta política. Até os áulicos da presidente consideraram essas manifestações desastrosas.

Agora, porém, a mobilização do Planalto parece se dar de acordo com as diretrizes de seu padrinho, o ex-presidente Lula, que várias vezes cobrou de Dilma que viajasse mais pelo País e encostasse “a cabeça no ombro do povo” para ouvir suas queixas. Lula também pretende viajar pelo Nordeste e convencer os movimentos sociais a se mobilizar na defesa de sua afilhada. A estratégia para “vender” um governo ativo, com uma “agenda positiva”, foi combinada por Lula com Dilma em um encontro no Alvorada na semana passada, segundo o jornal O Globo.

Dilma, Lula e os petistas agarram-se assim à crença de que basta melhorar a comunicação com os eleitores para que esse combalido governo comece a respirar e a dar a volta por cima. De fato, a atividade política é baseada em imagem, marketing e slogans, mas, como mostram as agruras de Dilma, só isso não é suficiente: se a embalagem do produto vendido estiver vazia, o consumidor se sentirá enganado e não tornará a comprá-lo.