sábado, 11 de janeiro de 2014

Agnelo promete....

Agnelo promete: "2014 será um ano maravilhoso no DF"

Governador garante que, em seis meses, suas realizações superarão qualquer outro mandato da história de Brasília
 
Da Redação
redacao@jornaldebrasilia.com.br


No segundo semestre de 2014, antes de completar quatro anos de mandato, o governador Agnelo Queiroz garante: poderá comparar seu governo com qualquer outro mandato da história local. Para isso pesará um movimento de transformação empreendido desde que assumiu um governo financeiramente falido, que vivia uma crise institucional gravíssima, ameaçado até de perder a autonomia. Agnelo lembra: “nós pegamos 157 obras inacabadas e estamos concluindo agora as duas ultimas delas”. As agruras estavam previstas no planejamento do governador, que enfrentou a crise no início do mandato, sobreviveu a uma forte ofensiva política, colocou ordem na casa e agora intensifica os investimentos. “Sei de cada ação de secretarias e administrações. Sei do total do orçamento, quanto foi empenhado, quanto foi executado, tudo detalhadamente”, diz Agnelo. para ele, este  será o ano da realização, com a colheita dos frutos desse trabalho, o término de obras estruturantes e a melhoria da qualidade de vida do povo. “Posso garantir”, avisa o governador, “2014 será um ano maravilhoso para o povo do DF”.

Governador, após ter assumido em meio à maior crise institucional na história do Distrito Federal, nota-se que há muitos candidatos à sua sucessão.  Ficou viável administrar o DF?

Eu peguei uma situação muito ruim e uma crise institucional gravíssima. Não podemos esquecer que Brasília quase perde sua autonomia política. Assumimos e  enfrentamos dívidas  brutais que conseguimos honrar. Pegamos 157 obras inacabadas e estamos concluindo agora as duas ultimas delas. Este é um governo que valoriza o dinheiro do povo. Isso significa que as obras têm que ser entregues. Não é porque se começou na gestão passada que não vai ser finalizada. Dou exemplos: no final da W3 Sul, em um canteiro de obras abandonadas, onde só havia viga de cimento, agora está sendo acabado o  viaduto que fará parte do Expresso DF Oeste. Outro exemplo:  o Centro Olímpico de Planaltina. O governo não mede esforços e não esmorece diante dos obstáculos. Das gestões passadas herdamos inadimplência. Até o CNPJ do GDF estava cadastrado como inadimplente, além de todas as secretarias. Hoje, no GDF, não há inadimplência nenhuma. Ajustamos a execução orçamentária do DF de tal maneira que este ano ultrapassamos R$ 2,3 bilhões em  investimento, o maior da história. Por isso temos obras espalhadas no DF. E crescemos: em 2014 já foram R$ 5 bilhões de investimentos aprovado no orçamento. Vamos revolucionar a  mobilidade urbana,  inaugurar dez Unidades de Pronto-Atendimento, construir muitas habitações populares e tudo com a casa arrumada e credibilidade. Claro que isso atrai antigos e novos aventureiros.

Qual o principal  problema do DF e o que está fazendo para enfrentá-lo?

O principal problema hoje é a Saúde Pública, porque eu peguei uma terra arrasada. Decretei estado de emergência, diante do desabastecimento e da estrutura física deteriorada ao extremo. O centro cirúrgico do Hospital Regional de Ceilândia estava fechado por contaminação de piolho de pombo. Chovia dentro do centro cirúrgico do Hospital Regional do Gama. Imagine uma pessoa que está operada dentro de uma sala e, ao lado dela, no corredor, esteja pingando água da chuva? Mesmo com um investimento gigantesco que estamos fazendo pela saúde do DF, ainda há muito por fazer, pois esse é um serviço essencial e fundamental para nosso povo. Aquilo que se faz aqui é reconhecido e muita gente de fora é atendido pela saúde do DF. Metade dos nossos pacientes são de fora do DF, são nossos irmãos que não têm atendimento nos estados de origem e procuram o DF. Será que não vamos atender população de fora? Mas mais melhorias vão vir. Eu inaugurei o hospital da Criança há dois anos e a previsão de atendimento era de duas mil crianças por mês. Hoje, o hospital atende cinco mil crianças mensais. O grau de satisfação dos que utilizam o hospital da criança e classificam o serviço como sendo ótimo  é de 98% . O que procuro é um grau de excelência para toda a rede. Temos êxitos espetaculares com os mutirões, transplante de coração, rim, córnea, medula óssea. Criamos um centro de referência de transplante com muita dignidade e qualidade. Toda a população vai ter uma UPA próximo de casa para casos de menor gravidade.

O DF terá seu maior investimento da história. Como foi possível alavancar os recursos e quais as estratégias para aplicação?

Esse é um sinal de credibilidade porque se não houvesse confiança não se teria crédito. Temos a melhor organização para execução orçamentária. Tenho controle de toda a execução orçamentária. De meu gabinete, acompanho de forma eletrônica o andamento de obra por obra, as construções prioritárias, ações por ações de todas as secretarias e administrações. Existe um controle, eficiência e competência para executar, com legalidade, e fazer serviço de boa qualidade. Não admito porcaria porque os equipamentos se destinam à nosso povo.

A vitrine do atual governo foi a mobilidade urbana, como a construção do Expresso DF, mas há críticas da população,  que hoje sofre com inevitáveis transtornos com obras desse porte. O governador assegura a entrega dentro do prazo previsto?

As obras vão cumprir os prazos. A primeira grande obra do Expresso DF Sul, que liga Santa Maria ao Plano Piloto, deve estar sendo entregue em meados de fevereiro. Em janeiro, já começam a rodar os ônibus para a fase de testes. Vamos fazer outras obras ainda maiores do que essa, como o Plano BR-Norte, com 60 quilômetros, ligando Planaltina e Sobradinho ao Plano Piloto. Ou o  BR-Oeste, 49 quilômetros de obras que ligarão Ceilândia ao Plano Piloto, além da construção do túnel sob o centro de Taguatinga e vários outros viadutos, atendendo áreas de grande densidade demográfica. É certeza que vamos conseguir fazer essas obras, além de outras, como a ampliação de seis quilômetros do metrô e 300 quilômetros de ciclovia cortando o DF. Também estamos fazendo as vias exclusivas, além da  substituição da frota de ônibus velha por coletivos novos e instalando  a central de controle de operações. São muitos investimentos e uma política nova de transporte público.


O senhor esperava tanta resistência e probemas na licitação?

Esperava, porque já eram 50 anos sem fazer licitação, com um serviço péssimo, uma verdadeira humilhação ao nosso povo. Todos os dias eram vários carros quebrados, deixando o povo no meio da rua,  além do risco da própria vida por circular em veículos sem manutenção, com freios prejudicados e pneus carecas. Tinha ônibus rodando há 17 anos. Isso era um desrespeito absoluto. Modificar uma estrutura cronica e deformada a esse ponto não seria moleza. Estamos vencendo mais de 183 ações liminares, judiciais e administrativas e fazemos isso mantendo o emprego e os direitos dos trabalhadores, pois uma mudança dessas não pode afetar o emprego de 12 mil famílias.

Houve muitas críticas ao novo Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. O senhor mudaria alguma coisa no projeto?

O projeto é esse e nem há mais críticas. Elas até aconteciam, não por maldade ou oposição, mas porque as pessoas não sabiam como ia funcionar e não tinham conhecimento do significado desse estádio para o tamanho da capital do Brasil, para a economia futura e o potencial de atração de visitantes  com o funcionamento do espaço no fim de semana. Mas acham que foi muito? Também vou reformar o autódromo, estimular as iniciativas privadas a fazerem centros de convenções com mais estruturas para eventos de fim de semana e potencializar o Lago Paranoá para esportes náuticos. Em pouco tempo, a cidade provou a importância dessa política. O Estádio Nacional recebeu mais de 600 mil pessoas  em apenas cinco meses, antes mesmo da realização do evento para o qual foi destinado prioritariamente,  pois o novo Mané Garrincha foi construído para a Copa do Mundo. Esse número é maior que a quantidade de pessoas que foram ao antigo Mané  em toda a existência do estádio velho. Além disso, a arena  coloca a cidade no circuito internacional de atrações culturais, podendo ser  palco de shows maravilhosos como já estamos vendo. Sem falar da quantidade de eventos de recepções e jantares que estão sendo feitos no local  e que a própria cidade estava pedindo, como o aniversário do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) ou a recepção dos Parlamentares das Américas. Fizemos uma arena que é também um monumento compatível com a grandeza da cidade, com sua arquitetura e beleza. Foi um investimento permanente que vai  trazer dinheiro com tudo o que deve ocorrer no Mane Garrincha daqui pra frente. É está mostrando sua viabilidade econômica com atividades no fim de semana que sempre atraem eventos dentro de escala nacional e internacional.

O que se pode esperar de um dos maiores projetos do DF, os Centros Olímpicos?

Oito centros olímpicos já foram entregues. Observe que  quando o nosso governo começou só existiam três. Ainda vou fazer um na região de Planaltina, ou seja,  serão, ao todo, nesta gestão, nove centros. Hoje, eles atendem cerca de 40 mil atletas entre jovens, idosos que fazem hidroginástica e, inclusive, pessoas com deficiência.

Na Câmara Legislativa do DF há uma base enorme e variada que pode trazer vantagens e problemas. O Buriti vai cobrar mais participação efetiva da base em defesa do governo para 2014?

Não só em razão do ano eleitoral, mas a cobrança deve acontecer permanentemente. No fim do ano, a base teve atitude bem correta, votou projetos importantes, fundamentais para cidade. A oposição queria impedir que a gente realizasse as tarefas. É a visão miúda da política, que tira da  população o acesso a seus direitos, para depois se  colocar criticando e disputar o poder. É a política pequena, mesquinha, mas a nossa base foi para  o debate, argumentou, votou projetos importantes e garantiu à população o  acesso a esses direitos. Devo destacar o apoio do vice-governador, com quem trabalho junto, exercendo  tarefas de gestão em harmonia.  Temos um governo mais unido, com mais eficiência, execução e mais resultados para a população. Isso repercute na Câmara Legislativa, em nossa base. Estou confiante que em 2014 manteremos esse grau de unidade.


As creches seriam outra prioridade para este ano? 

Mais, as creches são minha paixão. Vou entregar até o fim do meu mandato 115 creches. Mesmo com todas as dificuldades, já entreguei até agora seis. Agora o processo deslancha. Vão ser locais maravilhosos, em que as crianças poderão ficar  em tempo integral com cinco refeições.

O que a população pode esperar deste ano?

2014 será um ano maravilhoso para povo do DF. No balanço de fim do ano de 2012 eu disse que 2013  seria o ano da gestão. Pouca gente observou, porque não é habitual, mas falei isso em balanço de fim de ano. Acompanho toda a gestão do DF. Sei de cada ação de secretarias e administrações. Isso representa mais eficiência para poder executar e entregar obras muito mais rapidamente. 2014 será o ano da entrega. Vão ser muitas obras para melhorar os serviços públicos.  Queremos apresentar Brasília ao mundo. A capital é uma cidade jovem, pouco visitada diante do seu potencial, e, se não for conhecida  mundialmente, não será destino  para visitar ou investir. Queremos que as imagens daqui possam encher corações e a mentes de pessoas que venham conhecer e investir aqui. Preparamos o desenvolvimento não apenas nos serviços públicos, mas para atrair os investimentos privados. Tudo isso reduz a desigualdade e melhora a qualidade de vida.  A cidade tomou outro rumo e ritmo. E o povo começa a reconhecer isso. Que somos  uma administração mais focada em fazer do que falar que fez. Diante disso,  no final de  2014, dúvido que qualquer outro mandato na história do DF tenha mais realizações que o meu.

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília



Comentários

Esdras

É sujeito vais ver o tamanho do ferro nas eleiçoes ano que vem. Brasilia nunca teve um governador tao inoperante como tu. Só asnos desvairados votaram nesse tal de pt. Ka....Ka.....Ka....Enquanto esperas a paulada nas urnas ano que vem, que tal demitir esse sec. de segurança? E transformar esse cubículos da pm em banheiros públicos ?Só assim ,seriam mais úteis a população.
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Silva

Observando o primeiro parágrafo ele diz ?esse será um ano de colhermos os frutos de um trabalho maravilhoso que fizemos? será de qual fruto ele se refere os que hão de vir ou os que caíram por falta de ?fertilizante?, compromisso.
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AndreBsB

Agnulo é o retrato do PT (Partido dos Traidores). Usa barba para demonstrar alguma seriedade mas age da forma mais irresponsável possível. Minha consciência está excelente. Se não votei em você antes, agora só vou poder rir da sua cara quando sair pela porta dos fundos e não voltar mais. Lamentável ir embora com as malas e bolsos cheios. Em 2104 perceberá que a maioria tem senso crítico. Já pensou em virar humorista? Que tal inscrever-se no BBB? Como político já era e como médico acho que ninguém confiaria no senhor, hein?
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Thea Alanis

Reparem o depoimento..."Mais, as creches são minha paixão. Vou entregar até o fim do meu mandato 115 creches. Mesmo com todas as dificuldades, já entreguei até agora seis." ahahahaheheheheheheh em QUATRO ANOS ele construiu SEIS CRECHES... EM ALGUNS MESES... o Agnelo vai construir 115 CRECHES???? pira...pira...piradinho!!!! Essa historinha vai causar inveja no Pinóquio! Agnelo vai receber o troféu MALA do ano.
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Carlitos

Foram 17 mortes em 7 dias; nesta segunda, quatro pessoas morreram. Planaltina, Ceilândia, Samambaia, Recanto das Emas e Gama lideram mortes. Em 10 anos o número de homicídios aumentou 52% no Brasil!!!! O PT está estava no poder neste tempo!!!! PT é o partido mais vagabundo que já houve no Brasil!
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Felix
Essa é a melhor piada que ouvi hoje... rê rê rê Governador vi sua entrevista domingo de manhã em uma emissora e a leitura que o senhor nos deixou foi de uma péssima administração pública. Lembra quando o Senhor sozinho, na QNL 07, fazia campanha com uma bandeira nos ombros e chegamos a conversar, naquela época via uma pessoa vislumbrada... Votei no senhor e como me arrependi. Nossa cidade que escolhemos para morar não merece o que está acontecendo com as áreas prioritárias.
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Carlos
SÓ PODE SER BRINCADEIRA DESSE SENHOR SERA QUE ELE NÃO VE OU PASSARAM A ELE UMA COLA ERRADA? CADE A SEGURANÇA PORQUE O PT SE LIXA PELA SEGURANÇA DA POPULAÇÃO QUANTO VALE SUA VIDA A ESTA CORJA? PENSE BEM ANTES DE VOTAR ESTE ANO,PORQUE PODE SER SEU ULTIMO VOTO OU O MEU.
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Índia Do Brasil
Piedade! o afogado está esperneando, se debatendo, enrolando e mentindo para salvar-se. O "milagroso" quer realizar o que não fez em quatro anos, em 6 meses, ou seja, nas vésperas das eleições. Agora, vai ser pau para toda obra hein governador? O governo de Agnelo, tem a segunda pior avaliação entre todas as unidades da federação e ainda acredita que pode reverter o quadro da sua calamitosa gestão. Quanto otimismo! Vá arrumando as suas malas Agnelo, para uma viagem sem volta.
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Gil Costa
Hoje vi uma reportagem no hospital de base, pessoas na espera de uma cirurgia que não podia ser realizada por falta de agulhas que custam R$ 7.000,00 cada, uma dessas pessoas já estavam perdendo o movimento das mãos e pernas, outra ficando cega pois é cirurgia de tumor no cérebro "VERGONHA DEMAISSSS" aí vem esse Governador dizendo que vai ser melhor o que??????? dinheiro pra pagar um show de cantor ou coisa de outro tipo tem demais né.
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Carlitos
Maravilhoso vai ser em 2014 na época da copa quando a população revoltada estiver na frente do congresso e a PM estiver apoiando a população na Operação Tartaruga!!!! Fora PT!!! O pior governador da história do DF. Conseguiu ter mais rejeição do que o Roriz!!!
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Silva
Fizeram as contas erradas não incluíram nessas obras as três estações do metrô embaixo do eixo que estão abandonadas e o viaduto entre SAMAMBAIA e a QNL a erosão está destruindo as laterais porque não tiveram a coragem nem de plantar a grama.
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Caras Pintadas
Esse com certeza é o pior governador que Brasília já teve. Ele consegue ser pior do que o ARRUDA.
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Sandra Lucas
E enquanto isso nós usuários do transporte público estamos sem condução para ir ao trabalho, moro na M. Norte - Taguatinga/Ceilândia e utilizo a linha 377 que faz o trajeto M. Norte/W3 Norte e há vários dias não tem ônibus, e os que têm estão descumprindo os horários tanto na parte da manha no trajeto e ida como o de volta para esse destino. E ai fica tanto o Sr. Governador e o Diretor do DFTRANS sem resolver nada só nessa ladainha, do que adianta dizer que tem ônibus novos se não tem nem motorista e nem cobrador para fazer a viagem. Pois os que trabalhavam foram demitidos e transferidos para outras empresas e não tem quem faça a viagem. Hoje mesmo como em vários outros dias nos moradores temos que pagar duas passagens uma sendo do nosso bolso, pois as empresas para que trabalhos não dão o vale circular, informam que no site do DFTRANS tem ônibus disponível nos horários que temos utilizar e no fundo isso não é verdade. Então através deste solicito que esse meio de comunicação vá até o terminal da referida cidade para realizar um levantamento com a nossa população para verificar a veracidade deste comunicado. Não só neste trecho, mas em todos que fazem a ligação para o Plano Piloto. Obrigado e até a próxima manifestação.
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Calebe
Realmente 2014 será um ano maravilhoso para o DF, depois do governo do PT sair do GDF.
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Anaximandro
QUE REALIZAÇÕES? QUANDO PARENTES DE POLICIAS CIVIS E MILITARES E BOMBEIROS VÃO TENTAR CONSEGUIR TIRAR GUIAS DE EXAMES MÉDICOS E O SISTEMA ESTÁ FORA DO AR POR CAUSA DA INTERNETE DESDE SEXTA-FEIRA 03/01 E AS BARREIRAS ELETRÔNICAS DO EIXO SUL DESLIGADAS, CERTAMENTE A MANUTENÇÃO É FEITA POR UMA EMPRESA DE ALGUM AMIGUINHO SEU,OU A REALIZAÇÃO DE TIRAR O NOME DE ESTÁDIO MANÉ GARRINCHA NUMA ATITUDE INFELIZ, CERTAMENTE VOCÊ QUERIA COLOCAR O NOME DA ARENA COMO ARENA JOSÉ DIRCEU. VOCÊ CONSEGUIU UMA PROEZA QUE NINGUÉM IMAGINAVA QUE FOSSE CONSEGUIR:
SENTIREM SAUDADES DO RORIZ!
Anaximandro

Será maravilhoso sim, pois a população vai expulsar você do GDF para sempre.
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CANA .40
"Desgovernador", acreditar no que VOCÊ diz é acreditar em Papai Noel, Mula-Sem-Cabeça, Mulher de Branco, Saci-Pererê, Coelhinho da Páscoa. Deixa de firula! VOCÊ somente ganhou a eleição numa situação totalmente atípica no DF. Qualquer outro que tivesse concorrido no seu lugar, àquela época, teria sido eleito também. Até sua forma de falar em público não leva segurança ou credibilidade para as pessoas. Para de mentir e tentar iludir a população do DF. Chega!
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Rafael
O meu começou maravilhoso, fico esperando por um W3 Norte na Hélio Prates de 06:50 da manhã até às 08:40, e na hora de voltar para casa espero das 18:00 atés às 19:30 - pois nenhum ônibus para de tão lotado que está! Os ônibus são novos, mas os problemas são antigos: SUPERLOTAÇÃO ou melhor ULTRALOTAÇÃO! Obrigado governador por este ano maravilhoso!!!!
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"Não dá para curar a febre quebrando o termômetro."

Oposição vê inflação como ameaça à reeleição de Dilma


Na avaliação de parlamentares da oposição, o resultado do IPCA de 2013 indica que o arsenal de medidas econômicas para debelar a inflação "se exauriu". Enquanto os presidenciáveis Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB) não se pronunciaram sobre o indicador, líderes da oposição não pouparam críticas à gestão petista e disseram que o desempenho da economia pode pesar contra a reeleição de Dilma Rousseff.
Para o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), a alta da inflação oficial ocorreu por razões de ordem estrutural, mesmo o governo tendo elevado a taxa básica de juros na tentativa de diminuir a pressão sobre o índice. "O arsenal de medidas do governo, de medidas que você possa tomar com efeito colateral suportável, já se exauriu", comentou.

Ele lembrou que a inflação gerou uma diminuição das vendas do Natal e inibiu investimentos no País. "O governo não está atuando nas estruturas, está fazendo apenas medidas tópicas. Não dá para curar a febre quebrando o termômetro." 

O vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), afirmou que é inevitável que o impacto da inflação pese nas eleições. "É o que elege ou derrota os governos. Portanto, a menos que a oposição facilite muito, a reeleição da Dilma será colocada em dúvida", afirmou. As informações são do jornal  O Estado de S. Paulo.

Fonte: Agencia Estado


"Discurso de político é como o canto dos passarinhos mas no final, todos nós sabemos como ela vai forrar o seu ninho!"

Campos volta a atacar o PT de forma velada em PE

Governador afirmou que tem muito político que só gosta de falar e que as pessoas precisam aprender também a ouvir
 
O governador de Pernambuco e possível candidato à Presidência, Eduardo Campos (PSB), voltou a atacar de forma velada o PT nesta sexta-feira, 10, em Escada (a 63 km de Recife), ao afirmar que "tem muito político que só gosta de falar" e que as pessoas precisam aprender também a ouvir. "Não é à toa que Deus nos deu dois ouvidos e uma boca só", disse ele. "Tem gente que fala dois tantos do que escuta. Eu prefiro ouvir dois tantos do que falo para aprender todo dia", declarou ele.

Chamado de "tolo" e "playboy mimado" esta semana em texto apócrifo publicado na página oficial do PT no Facebook, Campos exaltou o desempenho do Estado na sua administração e disse que só não faz o mesmo "aqueles que não sabem colocar a vela do barco na direção do vento que sopra". Segundo o governador, "não tem vento bom para quem não sabe para onde quer ir, para aqueles que têm preguiça de trabalhar, para aqueles que cuidam mais da futrica política do que da vida do povo".
Ainda sem citar nomes, Campos voltou a se defender das críticas petistas afirmando que nunca atacou ninguém. "Ninguém nunca me viu aqui, na rádio em Escada, na rádio em Palmares, ou na televisão, falando mal de quem quer que seja, mas todos me viram aqui somando forças, unindo as pessoas,", afirmou. "O povo não quer ver briga, baixaria, o povo quer ver realização, trabalho, serviço, oportunidade."

Aplaudido diversas vezes durante seu discurso, o governador disse que é preciso "traduzir palavras que muitos sabem dizer em ações que nem todos sabem fazer" e que "fazer a palavra virar mudança na vida dos que mais precisam é a arte da boa política". E reforçando o seu bordão de pré-campanha, afirmou que todos devem "olhar para o futuro" para "seguir melhorando", porque não quer "andar para trás", voltar para o "tempo em que as coisas estavam sendo desmanchadas".

Em Escada, onde assinou ordem de serviço para a construção de uma unidade de saúde, Campos disse também que a população precisa entender que "não se faz as coisas com promessas, no joguete político que muitas vezes atrapalha o município".

"Eu já vi muito município que por conta de briga política, de arenga velha, besta, que não leva a lugar nenhum (...), termina atrapalhando tudo, termina fazendo com que as coisas não cheguem ao povo", afirmou. "Chegam os votos para o político, que fica dando uma de herói na frente do povo, mas não chega para o povo nada. E a gente tem que saber fazer as coisas lutando pelo nossos direitos", declarou o governador, mais uma vez sob aplausos.

Após a solenidade, em entrevista, Campos, que também é presidente nacional do PSB, não comentou a possível decisão da bancada do seu partido no Congresso de adotar uma postura de oposição sistemática ao governo federal, como forma de retaliação aos ataques desferidos pelo PT. "Sobre a bancada, fala o líder, eu não falo sobre isso", disse ele.


Fonte: Agencia Estado

3 Comentários
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j.diass

Ouvir discurso de políticos é como ouvir o canto da sereia. Você é atraido e quando percebe, já caiu na armadilha. Discurso de político é como o canto dos passarinhos mas no final, todos nós sabemos como ela vai forrar o seu ninho!
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MURILO TIMO JUNIOR

Temos mais é que tirar estes comunistas ladrões do poder! Eles só roubam fazem promessas e dão ao povão esmolas em troca de votos.
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Chacall Originall

É Eduardo, pessoalmente ñ o conheço, mas sei que esteve do lado dos deles e conhece suas tramoias. Nem todos, mas você sabe que são capazes, falam muito e atacam as pessoas tipo tática de guerrilhas. A política faliu, perdeu a credibilidade, precisamos de presidentes probos com mentalidade de um país democrático transparente e justiça social. Ai de nós se ñ fosse o Joaquim no STF, o exército morreu, estamos a beira de um golpe comunista.
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Agnelo: Um novo Governo e uma nova postura.

Por Ricardo Callado -  O governador Agnelo Queiroz reassume esta semana o Palácio do Buriti. As férias duraram mais ou menos 20 dias. Na volta, muitos problemas a resolver. Desde ao desligamento dos pardais eletrônicos ao pagamento atrasado de fornecedores. Desgastes desnecessários.

Um descanso sempre é bom para reflexão do ano que se encerrou. E planejar o que se inicia. Consertar erros e garantir acertos. Principalmente quando se aproxima eleições. Agnelo terá ainda que recompor o seu governo. Pelo menos 24 auxiliares diretos são candidatos. É o que dar montar um governo com políticos, em detrimento aos técnicos. Muitos não farão falta. Nem suas ausências serão sentidas.

Um novo governo e uma nova postura. Esse será o desafio de Agnelo. O governador aposta que em seis meses vai convencer a população que nenhum outro fez mais pelo Distrito Federal do que ele. Pretende entregar uma quantidade de obras que, teoricamente, vão lhe garantir mais quatro anos à frente do Palácio do Buriti.

Agnelo pretende contrariar todas as máximas da política. Uma delas diz que uma campanha a reeleição começa no dia um do primeiro mandato. Ficou tudo para a última hora. Quer fazer tudo em alguns meses. E de costas para os aliados. A população numa campanha não debate fatos. Debate significados.

A mudança de secretários, diretores de autarquias e administradores regionais pode dar a Agnelo a oportunidade de formar um grupo homogêneo. E mais técnico. Pode fugir do Princípio de Peter. Ou da sua negação.

O Princípio de Peter define que num sistema hierárquico, todo o funcionário tende a ser promovido até ao seu nível de incompetência. Parte do governo Agnelo traz a negação do Princípio de Peter. Os incompetentes vão além do seu próprio nível de incompetência.

Para ficar mais claro, exemplos práticos indicados por Peter relaciona figuras reais e fictícias: Macbeth foi um eficaz chefe militar, mas um rei incompetente; Adolf Hitler por sua vez foi um competente político, mas encontrou seu nível de incompetência como general; Sócrates foi excepcional filósofo, mas péssimo advogado de defesa.

Agnelo deve despachar aqueles que mais atrapalham do que ajudam a governar. Acabam tornando funções essenciais, em inúteis. E as funções inúteis são puro desperdício. Desperdício de voto e popularidade.

A reeleição de Agnelo deve pautar as ações de governo daqui pra frente. Inclusive nas relações com aliados. Essa é a necessidade. E a necessidade precisa produzir algum bom senso.

A economia da cidade está sufocada. Brasília, infelizmente, ainda é dependente da máquina pública. A presença direta do Estado na economia é complementada com uma máquina burocrática. Por exemplo: critérios administrativos não podem ter prioridade sobre o atendimento ao doente. Nem seu acesso a qualquer medicamento.

Dito isso, há um entendimento geral de que os atuais políticos de Brasília são suicidas. Jogam suas carreiras fora por capricho, birra, arrogância ou ganância. Ou burrice. Foi assim com Joaquim Roriz e José Roberto Arruda. Agnelo precisa enxergar o seu governo de dentro pra fora.

Não será apenas com entregas de dezenas de obras e muito dinheiro em campanha que se ganha uma eleição. É preciso aliados. E repito: a população numa campanha não debate fatos. Debate significados. E Agnelo precisa assumir compromisso e dar um significado ao seu governo.


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Resposta da comunidade à entrevista do governador Agnelo Queiroz

Sexta-feira, 10 de janeiro de 2014 | 15:26



 
Por Artur Benevides 

Ave, Ave  todos aqueles que “por ignorância e má-fé” lutam para defender a cidade de um mal maior. A eles todo o meu respeito e admiração. 
 A  entrevista do governador Agnelo Queiróz, exibida na televisão, em 05/01/2014 nos trouxe dados e acusações lamentáveis, especialmente se considerarmos a figura de homem público e de autoridade que representa. Dentre os vários assuntos tratados,  o governador afirmou que todos aqueles que criticam o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília – PPCUB, arquitetos, urbanistas e grande parte da sociedade, agem por “ignorância ou por má-fé”.  

Como assim, governador? 

Má-fé é omitir as propostas do PPCUB, enganando a população! Todas as Audiências Públicas primaram pela superficialidade na análise dessa caixa-preta. Mais grave se considerarmos que novas propostas foram colocadas na versão encaminhada à Câmara Legislativa para aprovação que sequer foram levadas às Audiências Públicas.

E nós é que agimos de má-fé? 
Como membro do Conselho Comunitário da Asa Sul, sinto-me honrada por estar lado a lado de tantas outras instituições e entidades como o Instituto dos Arquitetos/DF, Conselho de Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de Arquitetura da UnB, Faculdade de Arquitetura da Universidade Católica de Brasília, Instituto Histórico e Geográfico/DF, Urbanistas por Brasília, Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios – ICOMOS, Sindicato dos Arquitetos do DF, Centro Acadêmico da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo -FAU, Associação Civil Rodas da Paz, Movimento Amigos da Paz, Prefeitura do Setor de Diversões Sul – Conic, Conselho Comunitário da Asa Norte, Conselho Comunitário do Sudoeste e  Associação Parque Ecológico das Sucupiras. 

Ter ajudado a abortar a intenção do GDF em ver o PPCUB aprovado pela Câmara Legislativa, a toque de caixa, em dezembro passado foi a nossa contribuição a uma cidade cuja gestão tem sido temerária. Seria um golpe sem precedentes entregar milhares de metros quadrados de áreas públicas para a livre especulação imobiliária. Nunca ninguém ousou tanto. 
 
O governador afirma agora que há SOMENTE 5 pontos divergentes  no PPCUB e que eles serão NEGOCIADOS. Depois de se comprometer a “Retirar os pontos polêmicos“, agora afirma que serão negociados? Como assim, governador? 

Enganar de novo a sociedade é mais uma atitude de má-fé! Com quem seria essa negociação? É bom lembrar que os problemas do PPCUB vão muito além dos tais 5 pontos divergentes, pontos estes, vale ressaltar, que  consideramos INEGOCIÁVEIS. 
Se após vários anos sendo elaborado, o PPCUB ainda apresenta tantas propostas divergentes e polêmicas, algo está errado. Faltou discussão? Pressões da especulação imobiliária? Ou apostaram na falta de informação da população para aprovar as propostas? 

Certamente, o governador não analisou os mais de 200 artigos e 70 planilhas constantes do PL e jamais poderia imaginar que alguém se dispusesse a fazê-lo. Falhou na imaginação. Revela que a cidade nunca teve um plano de preservação e mostra-se orgulhoso pois seu governo o faz exatamente para impedir o adensamento desenfreado, desordenado, a anarquia, a ilegalidade. 

Acho que ele desconhece que muitas das propostas ferem frontalmente o plano urbanístico de Lucio Costa, o tombamento e as recomendações da UNESCO  e, ainda, que trarão o adensamento, o que ele afirma querer evitar, só que agora com o aval do GDF e de quem mais vier a aprová-las. Será mais uma marca negativa do seu governo nessa cidade.  
 
Afirma também que não há quem mais deseje preservar essa cidade do que ele, visto que“INAUGUROU” o Catetinho, o Panteão da Pátria, o Cine Brasília, o Planetário, e vai inaugurar o Teatro Nacional. Ah, inaugurou também a Torre Digital. É verdade. Mas o teria feito não fosse o apelo pessoal e contundente do arquiteto Oscar Niemeyer, para que não deixasse inacabada a obra iniciada pelo governo Arruda?  Acho que o governador precisa  se informar também sobre a diferença entre o inaugurar e o reinaugurar após reformas. 
Com relação aos outros assuntos, disse o governador que agora começa a colher os resultados dos “investimentos gigantescos” na  saúde, transporte, ciclovias, meio-ambiente, obras, segurança, policiamento inteligente, monitoramento 24 hs nas cidades, já em implantação, e integração das polícias.  

Que em 50 anos não conseguiram resolver todos esses problemas e ele está fazendo isso. Fez ainda muitas promessas a serem concretizadas até o final de seu governo. Resumindo, acredita que está salvando Brasília do caos em que se encontrava. 
Diante de tudo que vi e ouvi,ficou patente na entrevista que o governador desconhece a realidade dos fatos e parece viver em outra cidade que não a nossa. O olhar de espanto do entrevistador deixava transparecer, em alguns momentos, esse mesmo sentimento.   Heliete Bastos

O deboche de sonsos poderosos que dão desculpa esfarrapada e nos tratam como otários.


Você está “nervosinho”?

Na construção de um Brasil mais justo, consciente e ético, há críticos de todas as colorações

RUTH DE AQUINO
10/01/2014 19h57
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O ano de eleição e Copa começa com um aquecimento brutal dos ânimos e das temperaturas. O nervosismo nada tem a ver com ideologia, mas com o contínuo desrespeito à cidadania e aos direitos humanos. E com o assalto impune aos cofres públicos. Tem a ver com o deboche de sonsos poderosos que dão desculpa esfarrapada e nos tratam como otários. Erra quem insiste em rotular esse debate de um confronto entre direita e esquerda. Na construção de um Brasil mais justo, mais consciente e mais ético, há críticos de todas as colorações. À exceção do alvissareiro desemprego a apenas 4,6%, eis três motivos para ficar nervosinho na virada de ano.


1. O IOF sobre compras no exterior em cartão pré-pago. O governo meteu escandalosamente a mão no bolso do turista. Com essa conversa fiada de “equiparar imposto do cartão de débito ao de crédito” em compras no exterior, começa a “argentinização” de nosso consumo. É perigoso. Os argentinos fazem de tudo para driblar o cerco fiscal de Cristina Kirchner a seu direito sagrado de lazer e se livrar do dólar paralelo. Eles precisam comprovar renda e ter nas mãos o bilhete de viagem para comprar dólar oficial – e, mesmo assim, o governo limita. No Brasil, a alta do IOF de 0,38% para 6,38% nos cartões pré-pagos pune sobretudo a nova classe média. E provoca uma procura recorde por dinheiro vivo para viajar. Resultado: o dólar turismo chegou, no Rio, a R$ 2,52, na quinta-feira. E por que tudo isso? O ministro calminho Guido Mantega explica: “Os gastos com cartão de turistas brasileiros estavam muito elevados lá fora”. É de lascar. Antigamente, comprava-se pouco no exterior porque tudo era mais caro lá. Podíamos ser nacionalistas no consumo. Hoje, compra-se mais no exterior porque nossos preços estão absurdamente altos e com qualidade bem mais baixa. O ministro Mantega agora promete: “Não vamos estender o IOF para compra de moeda estrangeira”. Deixou todo mundo nervosinho com essa declaração. O mercado e os consumidores.


2. O Maranhão do clã Sarney. Sabemos que Roseana teve uma grande escola em casa. Mas criticar a divulgação do vídeo com a barbárie no presídio de Pedrinhas e dizer que a violência nas ruas de São Luís se deve ao aumento da população porque o “Estado está mais rico”... É demais. Será que a governadora acha que o índice de analfabetismo funcional no resto do país é o mesmo do Estado que ela governa, sempre na rabeira do IDH nos quesitos sociais? “O Maranhão está indo muito bem”, diz Roseana, seguindo fielmente as aulas do pai José Sarney. “Nosso sistema de saúde é muito bom para os presos.” Para os decapitados, os mutilados ou os que fazem suas necessidades uns sobre os outros? Roseana detesta que se fale em clã. “Não existe família. Eu sou a governadora. Quem manda aqui não é a família, sou eu.” Que se decrete então uma intervenção exemplar no Maranhão de Roseana. Não só nos presídios horrendos, mas nas escolas que condenam as novas gerações à inaptidão. Uma apuração rigorosa das contas de Roseana também seria útil, para saber onde toda essa riqueza do Maranhão foi investida. A governadora suspendeu, por enquanto, a licitação para as geladeiras oficiais. Seu cardápio incluía 80 quilos de lagosta fresca, 2 toneladas e meia de camarões frescos grandes com cabeça, 120 quilos de bacalhau do Porto, quase 1 tonelada de sorvete em oito sabores... E por aí vai. Roseana deixa os maranhenses nervosinhos.

3. O amadorismo do Brasil em planejamento, prazos, fiscalização e punição. Esse amadorismo leva cidadãos, contribuintes e eleitores a descrer do sistema e a imitar péssimos exemplos. Ser o país que mais atrasou uma Copa do Mundo... não ter chegado sequer à metade das obras nos estádios das cidades sedes... não ter conseguido melhorar a maioria dos aeroportos... o vexame deixa todo mundo nervosinho. Enfrentar falta de luz e de água num verão escaldante deixa o brasileiro nervosinho. Ver a Baía de Guanabara, as praias e as lagoas com manchas imensas de poluição e cheiro insuportável de esgoto, num Estado que investiu em saneamento apenas 16,8% dos recursos em 2013, deixa os cariocas nervosinhos. Ver em São Paulo a deterioração dos serviços públicos e a proliferação de acampamentos de sem-teto, como o Nova Palestina, na Zona Sul da capital, com 8 mil famílias e lista de espera, deixa os paulistanos nervosinhos. Ver um presidente do Senado pegar um jatinho da FAB para implantar cabelo... e depois achar que resolve tudo devolvendo parte do dinheiro, sem pedir desculpas e fingindo-se de desinformado, deixa o eleitor bem mais do que nervosinho. A descompostura e a impunidade de Renan Calheiros deixam o eleitor irado. Entra ano, sai ano, e o herdeiro político de Sarney não aprende.

Ou é a gente que não aprende? 

Reféns do medo, moradores do Plano adotam hábitos para evitar criminosos

Reféns do medo, moradores do Plano adotam hábitos para evitar criminosos Os crimes contra o patrimônio estão entre as maiores preocupações no Plano Piloto


Mara Puljiz
Publicação: 11/01/2014 07:30 Atualização:

 

Na banca de jornal da 107 Sul, o dono colocou três câmeras após movimentação maior de estranhos e usuários de drogas na quadra (Antonio Cunha/Esp. CB/D.A Press)
Na banca de jornal da 107 Sul, o dono colocou três câmeras após movimentação maior de estranhos e usuários de drogas na quadra


Dar uma volta ao redor de casa, observar bem se há algum estranho por perto e ficar atento ao descer do carro. Nada de falar ao celular dentro do veículo estacionado ou caminhar distraído por aí. Diante da insegurança na capital federal em razão dos pontos de tráfico de drogas e dos constantes assaltos e sequestros, a população muda os hábitos em uma tentativa de diminuir as chances de abordagem criminosa.

Os crimes contra o patrimônio estão entre as maiores preocupações no Plano Piloto. No último dia 3, o militar João Carlos Franco de Souza, 66 anos, foi vítima de um latrocínio (roubo com morte) na 112 Sul ao chegar ao estacionamento do Bloco J, onde morava. Os bandidos queriam levar o carro dele, um i30. Na quadra, os moradores ficaram amendrontados. “Quem não fica assustado com uma gratuidade dessas?”, questiona a arquiteta Patrícia Montenegro. “A legislação favorece os bandidos e deixa as pessoas vulneráveis. A polícia parada lá fora não me tranquiliza.”

Recém-chegada a Brasília, a dona de casa Andrea Passini, 42 anos, diz não se sentir segura na capital federal, apesar de ter morado em São Paulo e em Salvador. “Aqui, eu notei a falta de policiamento nas ruas. Em Salvador, pelo menos, a gente via policiais circulando a pé. Aqui, não tem isso”, compara. Diante da criminalidade, ela sai de casa sem nenhum tipo de adereço ou joias. “Infelizmente, a gente trabalha e conquista as coisas, mas não pode usufruir”, lamenta.

Apesar de muitos se preocuparem com os riscos, há ainda aqueles mais displicentes. Na 407/408 Sul, diversas pessoas saíam de um supermercado falando ao celular e mandando mensagem sem olhar para os lados. Houve quem demorasse mais do que o necessário no veículo. Foi o caso de uma mulher que, ao fazer as compras, ficou dentro do automóvel por alguns instantes com a porta aberta e a bolsa à mostra. Mais adiante, uma senhora com um carrinho de compras guarda tranquilamente as sacolas no banco traseiro. Não reparou que era fotografada pela reportagem.

Colaborou Thalita Lins

Nada vai mudar a permanecer esse conformismo. Mudança de estruturas só acontecem quando a inconformidade coletiva se manifesta de forma consistente e persistente.

Mestre em Sociologia pela UnB, PhD em Ciência Política pela Universidade de Cornell e Professor Visitante do Instituto Coppead de Administração, UFRJ.

A barbárie do Maranhão
Sérgio Abranches* - 10/01/14



Um amigo muito inteligente e engajado perguntou-me uma vez se não era alienação minha tentar salvar umas poucas centenas de macacos da extinção, quando milhões de crianças morriam de fome no mundo. Falávamos de matéria que fiz sobre os muriquis.

A resposta estava pronta: há uma relação direta entre miséria e destruição ambiental. São sintomas do mau funcionamento da ordem social e do regime de governança. 

Continuo sendo analista social, cultural e político. Mas a questão ambiental e, principalmente, climática, tornou-se indissociável das demais. Lembro esse diálogo a propósito da barbárie rotineira nos presídios brasileiros, que teve seu episódio recente mais hediondo nas cenas de decapitação de prisioneiros no Maranhão.
onde não há respeito pelo ser humano, dificilmente haverá cuidados com a natureza e o meio ambiente
Essa relação é verdadeira, mas a causalidade tem direção: onde não há respeito pelo ser humano, dificilmente haverá cuidados com a natureza e o meio ambiente.

Que a destruição da natureza é previsível quando há desprezo pela vida humana foi a conclusão a que chegou Warren Dean ao estudar a destruição da Mata Atlântica no Brasil, que começou na colonização.

Em um país que escravizava negros sequestrados da África e indígenas capturados nas matas, imaginar que preservariam as florestas e os animais seria ingenuidade.

Reparei que o filme que Glauber Rocha fez da posse de José Sarney no governo do Maranhão está presente em numerosos posts de protesto contra a violência do Maranhão nas redes sociais.

Ele merece mesmo ser relembrado. Em agosto de 2009, postei neste blog um curto texto com o título “Se Glauber Rocha pudesse falar de Sarney… Ele já falou e disse.”, a propósito desse filme, que havia sido mencionado por Pedro Dória em seu blog.

O documentário mostra o início de uma oligarquia que domina o estado desde 1965, quando Sarney foi eleito, em de 3 de outubro. Foram as últimas eleições diretas permitidas pela ditadura militar para os executivos estaduais. Sarney se elegeu pelo partido que era o braço civil da ditadura.

A oligarquia inaugurada nesta posse, magistralmente registrada por Glauber, teve muitos aliados, em todo o país, nesses quase 50 anos. Ganhou força renovada recentemente, por causa da relação política que parece inquebrantável entre Sarney e o ex-presidente Lula, apoiada pela tendência que ele comanda no PT.

O documentário, realizado por uma trinca de gênios do Cinema Novo, foi encomendado por Sarney e por razões que ficam evidentes ao vê-lo, não foi aceito. Virou uma reportagem independente assinada por Glauber Rocha, Fernando Duarte e Eduardo Escorel. E que reportagem! Melhor impossível.

Ela registra o discurso de posse, com som direto impecável de Escorel, direção nervosa e crítica de Glauber e fotografia testemunhal de Fernando Duarte, como uma encenação bem estruturada. O patriarca da oligarquia maranhense falava o tempo todo de liberdade, para defender a tese de que a ditadura estaria implantando um regime autêntico de liberdades no país e fazendo uma revolução social.

A insinceridade do discurso é o verdadeiro tema da reportagem. Ela passeia seus olhos-câmera pela praça onde se deu a posse, toda arrumadinha e ensaiada, e pelas ruas miseráveis e cadeias repletas do Maranhão, onde seu povo vivia sua dura vida real.

Coisa de gênio. Ao contrário do que disse Lampedusa em seu O Leopardo, no Maranhão nada precisou mudar para as coisas ficarem as mesmas.
É de se esperar oposição à ação legítima do Estado contra invasores de terras públicas demarcadas para uso indígena, nas quais mantêm atividades ilegais.

Reportagem recente de Míriam Leitão e Sebastião Salgado para O Globo, sobre a terra Awá, flagrou desrespeito aos índios, desmatamento ilegal, fazendas e serrarias clandestinas. Uma estrutura de banditismo e violência – armas pesadas sempre à vista – consolidada como se fosse legal.

Certamente estabelecida com a omissão complacente das autoridades. Agora, está começando a retirada dos não-indígenas dessas terras e começará o desmantelamento da estrutura criminosa. Já houve protesto da presidente da CNA. É de se esperar oposição à ação legítima do Estado contra invasores de terras públicas demarcadas para uso indígena, nas quais mantêm atividades ilegais.

É alta a probabilidade de que haja resposta violenta à ação das autoridades. É desse “sistemão oligárquico”, ao qual se atrela o patriciado industrial e agrário, que nasce toda a desgovernança que assistimos.

Como disse Eliane Cantanhede, “morreu um, morreram dois, morreram 15, morreram 30, morreram 50. Muitos sob tortura. Mas ninguém viu, ninguém ouviu, ninguém sabia de nada, nem no Maranhão nem fora do Estado.” 

Se fosse no Rio ou São Paulo, diz, teríamos acordado antes talvez. É verdade. Mas é um acordar entorpecido pela tolerância continuada.

O Brasil tem demonstrado complacência com relação a esse quadro. Não prega o uso da força e a pena de morte, mas silencia quase todo o tempo sobre a violência endêmica em nosso cotidiano.

Houve mais reação aos quebra-quebras nas manifestações de rua, do que há em relação à mortandade que mancha diariamente as ruas e os presídios do país. 

A sociedade só mostra sua indignação episodicamente, quando um evento particular se torna muito visível e escandaliza a todos, ou quando ocorre algo tão inominável como essas mortes no Maranhão.

Basta lembrar as barbaridades costumeiras nos morros do Rio, com execuções cruéis como a do jornalista Tim Lopes – para lembrar apenas um caso particular – ou a recorrente descoberta de “fornos de micro-ondas”, locais onde se queimam os cadáveres.

São exemplos que me ocorrem sem precisar pesquisar arquivos ou buscar muito fundo na memória. Tive assistentes que não podiam visitar a casa de familiares de primeira linha por décadas, porque moravam em áreas controladas por facções diferentes do crime organizado, que ocupou – e ainda ocupa em parte – as favelas cariocas. 

 Eram zonas controladas por grupos armados, onde o Estado não entrava e as pessoas não tinham direito de ir e vir.

O banditismo tirânico, como escrevi em análise sobre a alienação da autoridade há tempos, tem seu próprio sistema de justiça, no qual a pena de morte é banalizada.

A truculência policial, que produziu tragédias como a de Vigário Geral – para lembrar outro caso em particular – revela numerosas situações de aplicação, de fato e ilegítima, da pena de morte por agentes do Estado, embora ela não seja legalmente reconhecida.

São fatos rotineiros, com os quais convivemos em silêncio. Até que um ato de barbárie se torne mais visível, escandalize e cause revolta efêmera e infrutífera, porque não gera nunca a quantidade de pressão social suficiente para levar à mudança e à punição dos agentes políticos, policiais e administrativos responsáveis por omissão, inépcia ou conivência.

Paulo Sérgio Pinheiro, em ótimo artigo na Folha de São Paulo hoje, diz que: a “maioria das prisões no Brasil é um atentado à dignidade humana. Meio século depois do golpe de Estado de 1964 e 25 anos depois do retorno à constitucionalidade democrática, não há mais como adiar o enfrentamento desse legado autoritário”.

Ele está certo. Argumenta, também, que todo o sistema de Justiça do país é responsável por essa barbárie. Está certo novamente. Acho, todavia, indispensável acrescentar nossa tolerância social com o intolerável como parte da síndrome de disfunções sistêmicas que causa toda essa violência.

A tolerância que se expressa no “não-ver” a sucessão cotidiana de abusos dos direitos humanos e no apontar um ou outro para ser sacrificado e apaziguar nossas consciências. Se a sociedade não impõe um basta aos políticos, às oligarquias, às instituições apodrecidas que produzem esse estado de coisas, a omissão continuará. 

Os palácios continuarão sendo usados para fruição particular dos governantes, não para simbolizar a autoridade legitimamente constituída e efetivamente exercida.

Essa inércia ... permite o desrespeito continuado dos direitos humanos nas cidades, a matança de indígenas nas fronteiras de expansão, as práticas de trabalho escravo em todo o país, o desmatamento e a extinção de espécies.
É claro que a oligarquia quase cinquentenária do Maranhão tem parcela específica e relevante de culpa pelos descalabros que acontecem no estado. Mas descalabros estão acontecendo Brasil afora, diariamente.

O conjunto rotineiro de erros, omissões, violência, brutalidade tem raízes no sistema político e de justiça, no eterno adiamento de reformas reais que melhorem a qualidade de nossa democracia, de nossa Justiça e de nossa polícia.

 Essa inércia que vai solapando as bases do estado de direito democrático tem outra raiz na complacência social. Ela permite o desrespeito continuado dos direitos humanos nas cidades, a matança de indígenas nas fronteiras de expansão, as práticas de trabalho escravo em todo o país, o desmatamento e a extinção de espécies.

Ela impede a modernização e descarbonização de nossa economia.

Ela está presente nas desculpas, por simpatia política e ideológica de atos condenáveis de autoridades municipais, estaduais e federais. Está no “não-ver” por comodismo.

Está na espera de que alguém com “vontade política” mude tudo isso que está aí, sem que precisemos nos envolver.

Está na opção dos empresários na indústria e no agronegócio que adotam boas práticas, mas não se manifestam contrariamente à voz arcaica do patriciado empresarial, que fala em nome de todos.

Nada vai mudar a permanecer esse conformismo. Mudança de estruturas só acontecem quando a inconformidade coletiva se manifesta de forma consistente e persistente.

*Este artigo foi cedido pelo autor e publicado originalmente no site Ecopolítica.




É para mostrar isso que estamos sediando uma Copa do Mundo???







Blog do Chico Santanna 8/01/2014

Parabens Juiz Paulo Ricardo de Souza Cruz!Conseguiu frear a ganancia da Terracap!!

Sexta-feira, 10 de janeiro de 2014 10:29 am

crônica da cidade

Conceição de Freitas-  Correio Braziliense


O Noroeste dos índios

Pouco antes do fim de 2013, o juiz federal Paulo Ricardo de Souza Cruz reconheceu como legítima a terra indígena Fulni-ô/Tapuya, o Santuário dos Pajés, tão truculentamente invadido pelo Setor Noroeste. Em síntese, foram seis as condenações: a Funai, ironicamente, está entre elas. A fundação destinada a defender a causa indígena terá de instituir, no prazo de 90 dias, um grupo técnico para delimitar a terra indígena incrustrada no Plano Piloto. Ao mesmo tempo,  terá de “manifestar-se de modo preciso e definitivo (…) no processo de licenciamento do Setor Habitacional Noroeste.”

O juiz Souza Cruz condenou o Ibram (Instituto Brasília Ambiental) a cassar uma licença de instalação “bem como a abster-se de conceder quaisquer outras licenças até que haja solução definitiva da questão e posicionamento conclusivo da Funai, baseado em estudos técnicos suficientes”. O Ibram também foi condenado a “impedir que se realizem quaisquer obras tendentes a impactar a área reivindicada pelos indígenas do Bananal”. E mais: fica o Ibram condenado “a exigir as alterações nos projetos referentes ao Setor Habitacional Noroeste, para compatibilizá-los com os direitos da Comunidade Indígena do Bananal (…).”

Pela sentença do juiz, a Terracap está proibida de “alterar, reduzir, impactar, transferir ou restringir o modo de ocupação e a área reivindicada pela Comunidade Indígena do Bananal”, incluindo atos de transferência de registro imobiliário. Fica proibida também  “de alienar lotes que interfiram na área indígena pretendida e de promover quaisquer atos que possam intimidar ou ameaçar os membros da comunidade indígena até final solução da questão.”

Ocupada há mais de 30 anos por grupos indígenas, a área foi diversas vezes invadida pelas construtoras do Noroeste, o que provocou a instalação de uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal. “A necessidade de solução da controvérsia com a pacificação social da questão se torna bastante evidente pelos inúmeros conflitos, inclusive judiciais, travados entre a comunidade indígena ocupante da área, de um lado, e a Terracap e os empreiteiros a quem foram alienados os terrenos na localidade para a implantação do Setor Habitacional Noroeste, de outro.”

O juiz Souza Cruz sustentou a sentença na Constituição da República, capítulo VIII, título VIII, referente à Ordem Social. Diz o parágrafo 1°: “São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.”

O parágrafo 5º veda a remoção dos grupos indígenas de suas terras salvo em caso de catástrofe ou epidemias que ponham em risco sua população ou no interesse da soberania do país. Decisão que será tomada em deliberação do Congresso Nacional.
Fica o dito e o sentenciado.

Será esse o futuro de Vargem Bonita?



Urbanismo

Perigo em Vicente Pires

09:01:26

 

 

Região tem 155 áreas de risco, mas não há previsão para que obras de infraestrutura sejam realizadas. Administração promete remover as famílias mais ameaçadas. Na cidade, crateras são recorrentes

Francisca e Lucas são vizinhos na Rua 19 da Vila São José, uma das áreas mais atingidas pelas enxurradas: uso do trator é medida paliativa
Sem regularização e, consequentemente, sem obras de captação pluvial, Vicente Pires tem 155 áreas de risco. 

Nesses locais, construções podem desabar por conta, principalmente, de enxurradas. Segundo levantamento da administração regional e da Defesa Civil do Distrito Federal, grande parte desses assentamentos fica em pontos mais baixos e mais carentes da cidade, nos bairros Vila São José e Colônia Agrícola Samambaia. 

As áreas mais nobres da região administrativa também sofrem com as chuvas. 

A cada tempestade, a fina camada de asfalto das ruas 3, 8, 10 e 12 se descola e provoca crateras por todo o trajeto. Segundo o administrador de Vicente Pires, Glênio José da Silva, obras significativas para mudar a situação da região só acontecerão em 2015. ...
Na Rua 8, Delmísia construiu uma barreira na porta do comércio

Raíssa e a buraqueira na Rua 10: difícil passar de carro pela rua


Os moradores conquistaram, em abril do ano passado, a licença ambiental e o projeto urbanístico da região, que prevê um sistema de captação de águas pluviais. 

A verba destinada para as obras é de cerca de R$ 420 milhões. 

Porém, de acordo com uma nota divulgada pela Secretaria de Obras do DF, a licitação que escolherá a empresa para executar os trabalhos só acontecerá após uma assinatura do contrato de financiamento com o Ministério das Cidades, ainda sem data marcada. 

E a empreiteira que vencer o certame só poderá trabalhar no período de seca.

Glênio pede paciência. Enquanto a licitação não acontecer, ele garante que a administração continuará recapeando as vias. “O problema é que somos uma cidade feita de trás para frente. Construímos sem autorização, e fica muito mais difícil regularizar uma região erguida dessa maneira. Por enquanto, tomaremos medidas paliativas para minimizar os transtornos da população. Quanto às áreas de risco, estamos estudando um local para assentar as famílias que necessitarem”, garante.


Casos de alagamento

Vivendo em um barraco com cinco filhos, um genro e uma neta, Francisca Valentina de Oliveira, 39 anos, enfrenta o risco de desabamento a cada tempestade. 

Ela mora em uma das últimas casas da Rua 19 da Vila São José. Somente este ano, Francisca já viu a água invadir o barraco que ocupa pelo menos três vezes. Vizinhos da mulher tiveram a casa derrubada durante tempestades em anos anteriores. 

“Quando chove, molha tudo dentro de casa. Mas não tenho para onde ir”, reclama. Algumas residências acima, Lucas Carmélio, 23, e Francisca Dourado, 28, relatam que, quando chove, não há como transitar pela rua.

 “Meu cunhado não tem como sair de moto, por conta dos buracos. A administração passa a máquina na rua após as chuvas, mas a enxurrada seguinte destrói tudo”, lamenta Lucas.


Na Rua 8, a comerciante Delmísia Oliveira de Sousa, 42 anos, conta uma história parecida com a de Francisca Valentina. Dona de um pequeno mercado, ela construiu uma barreira de concreto, na porta do estabelecimento, para frear a água da chuva. Mas nem sempre o obstáculo é suficiente. 

“Só não perdi nada ainda porque, todas as vezes que isso aconteceu, eu estava aqui. Precisamos de canalização de águas pluviais. Só assim, o asfalto vai parar de rachar. Mas é uma obra que sempre prometem e nunca cumprem”, afirma. 

Raíssa Fernandes, que trabalha como secretária em uma pequena loja na Rua 10, se queixa da buraqueira. “Vou para casa, normalmente, de carona. Quando está seco, enfrentamos os buracos e, quando chove, a água chega até o joelho”, conta.

Será esse o futuro de Vargem Bonita?

Mudança

A Colônia Agrícola Vicente Pires foi criada logo depois da inauguração de Brasília. As chácaras, com área mínima de dois hectares, eram destinadas à produção de legumes, verduras e hortaliças. A ideia era distribuir essa produção na cidade, para reduzir a dependência externa. Mas, nos últimos 20 anos, os lotes rurais foram fracionados em centenas de terrenos urbanos.

Pelo menos a politica externa vai bem.

A diplomacia da boa vizinhança


Autor(es): JORGE FONTOURA
Correio Braziliense - 10/01/2014

 Se 2014 promete ser febricitante na política interna, espere só para ver o que será o ano da política externa. Para além da escalada de conflitos comerciais que se pronuncia, há em perspectiva uma avalanche de problemas de todos os matizes e em todos os cenários, a demandar crescente atuação do Brasil, com respostas incontinentes do Itamaraty. Foi de resto o que ocorreu na recente reação ao escândalo de espionagem norte-americana que vazou ao mundo. No episódio, a par da insólita infidelidade da arapongagem de lá, também ficou patente que a reação brasileira foi o que todos o gostariam de ter feito e dito aos Estados Unidos. Mesmo a Inglaterra, aliada incondicional, versada sempre na complacência sem limites do silencioso mas eficiente pacto atlântico.

São atuações como essa, por todos reconhecida e enaltecida, acompanhadas de crescente participação em distintos organismos e instituições, a par de abertura de novas embaixadas e consulados sem intenções de proveito mercantil, na África, em particular, que promovem constante e crescente atenção por parte da comunidade internacional. Como raro protagonista da cena mundial a manter relações diplomáticas com todos os países do mundo, o Brasil está fadado a constituir-se interlocutor privilegiado e mediador eficaz para graves ameaças à segurança coletiva e à manutenção da paz, a independer de latitudes e de longitudes.

No plano regional, a mudança de atitude que o país tem revelado, mais atencioso em relação a vizinhos, em contraste com sua tradicional aura de isolamento e mesmo de indiferença, retrata desde logo a realidade política do velho ator em busca de novas falas e enredos. Como traço herdado da diplomacia portuguesa, com sua convicção inabalável de que "de Espanha, nem bons ventos nem bons casamentos", o Brasil foi do Império à República ausente contumaz em seu próprio meio. Aislado pelo particularismo lusitano de língua e de cultura, mais ainda pela caprichosa geografia de distâncias continentais, de vastidões platinas e amazônicas, o país cresceu atlântico e litorâneo. Foi o que levou o poeta e diplomata Guimarães Rosas a cunhar a expressão "vizinhos invizinhos", em alusão à ambivalência que decerto prevaleceu ao largo de nossa história.

Mais recentemente, no entanto, com os efeitos benfazejos da Constituição de 1988, viu-se a inerência sul-americana da nação elevada a princípio de política externa, com a adoção de precedência da relação regional, a privilegiar agendas de cooperação e de integração latino americana. Com o abandono do isolacionismo ancestral, o Brasil passou a investir cultural, política e economicamente na boa vizinhança, onde nem sempre a leitura simplista de vantagens imediatas pode predominar.

A boa vizinhança é árdua consecução, a demandar paciência estratégia e prudência, pelo que tanto decantada em discurso quanto pouco lograda na prática. No entanto, uma vez auferida, a harmonia regional tem seu preço, como insuperável valor agregado, patrimônio de riqueza que transcende à pecúnia. Nesse sentido, se comparado aos demais países do Brics — da Índia, em paz de terror atômico com o Paquistão; da China, que disputa com mão de ferro rochedos inexpressivos contra o Japão; da Rússia, circundada por seculares desafetos, ademais de ódios explosivos ao redor da armada África do Sul — o Brasil se diferencia. Destaca-se e refulge virtuosamente em seu entorno pacífico, estimado e respeitado por vizinhos, sem territórios contestados ou revanches sublimadas.

Na realidade continental permeada por desafetos profundos, fadados ao convívio eterno de fronteiras consolidadas, com a recente proposta de fabuloso bloco trans-pacífico, da América à Ásia — que tanto seduz aos desavisados de sempre — ressurge a velha e falida ideia de também comprar a paz pelo comércio. Sem falso entusiasmo, seria, por fim, apropriado ouvir o que mexicanos têm a dizer sobre essa sempre tão amável e recorrente intenção.