quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Vídeo: Mensagem da APWR para os amigos de todo o mundo!

https://www.facebook.com/brightside/videos/799607336834678/


 Razilya King Hold my hand
There are many ways to do it right
Hold my hand
Turn around and see what we've left behind
Hold my hand my friend
We can save the good spirit of me and you
For another chance
And lets pray for the beautiful world
The beautiful world I share with you

BOICOTE FRIBOI!

https://www.facebook.com/julio.martinsalves/videos/725296967571011/



Vejam o que GRUPO FRIBOI faz com o rio Araguaia, um dos maiores e mais importantes rios do Brasil. Favor, compartilhem, denunciem e não comprem produtos de indústrias que destroem dessa maneira descarada o meio ambiente. BOICOTE FRIBOI!

Cidade do RN será abastecida com água do mar a partir de 2016

Em


Governo garantiu orçamento de R$ 25 milhões, através de negociações como Banco Mundial para compra dos equipamentos


Por Saulo de Castro
Projeto do RN é inspirado em modelo utilizado em Israel (Foto: Divulgação)
Projeto do RN é inspirado em modelo utilizado em Israel (Foto: Divulgação)
O RN começará a fazer uso da água do mar para abastecimento até o final do ano de 2016. A informação foi confirmada pelo secretário de Recursos Hídricos, Mairton França, nesta terça-feira (15). Segundo ele, o governo garantiu o investimento de R$ 25 milhões por meio de negociações com o Banco Mundial para compra dos equipamentos.


De acordo com Mairton França, a ideia inicial é implantar o projeto piloto de dessalinização de água do mar, sob execução da Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) no município de Macau, na região salineira do estado.


A captação da água será feita através de grandes tubos, com três quilômetros de extensão, que bombeiam a água até a usina responsável por toda a etapa de processamento de dessalinização da água.


“A grande vantagem é que essa usina é móvel e pode ser transportada para qualquer lugar de acordo com a necessidade”, explicou.


O secretário acrescenta que a escolha de Macau como município piloto para a implantação da tecnologia foi devido ao rejeito resultante do processo, formado por uma grande concentração salina.
Segundo ele, após passar pelo processo 50% da água do mar resulta em água doce pronta para o consumo e os outros 50% em concentrado salino.


“Vamos estudar junto com o Idema a maneira mais adequada para o descarte dessa rejeito. Ou vamos descartar para uma salina, para que seja reaproveitado na produção do sal ou diretamente nos canais onde as águas são descartadas no mar”, adiantou.


Projeto
A ideia do projeto veio de uma visita recente feita pelo secretário a Israel para conhecer as experiências na área hídrica utilizadas naquele país. De acordo com Mairton, o RN possui uma extensa faixa litorânea, o que viabiliza esse tipo de tecnologia.


Tendo convivido com períodos severos de seca extrema, Israel se utiliza, atualmente, da água do mar para quase todo tipo de atividade e consumo no seu território. Lá, a obtenção é feita através de cinco grandes usinas responsáveis por toda a etapa de processamento de dessalinização da água.
Secretário explicou como deverá funcionar tecnologia (Foto: Assessoria)
Secretário explicou como deverá funcionar tecnologia (Foto: Assessoria)
A estimativa é de que juntas, essas usinas produzam um total de mais de 130 bilhões de galões de água potável por ano, com uma meta de 200 bilhões de galões até 2020.


O secretário conta que ficou impressionado com a capacidade do país de investir em tecnologia e produção de água potável. “Eles simplesmente viraram o jogo. Israel vem de um histórico de escassez, revertido através de planejamento e estudo”, declarou.


Seca
O secretário observa que o uso desse tipo de tecnologia no estado seria mais uma forma de combater a seca que atinge vários municípios. Segundo ele, atualmente, 12 cidades do RN estão e colapso no abastecimento de água e 42% dos reservatórios estão em estado crítico.


Mairton França disse também que o governo tem investido na construção de adutoras no interior do estado. Até o final de dezembro deste ano, a adutora Currais Novos/Armando Ribeira deverá estar em funcionamento. Além disso, a obra da adutora do Alto Oeste, que estava parada desde 2013, foi retomada.


Atualizado em 15 de dezembro às 17:24

Notícias relacionadas


Governo estuda dessalinizar água do mar para garantir abastecimento no RN

Vídeo: Minha casca, minha vida!

https://www.facebook.com/NoticiasHOY/videos/840835435970077/

Cientistas da Austrália se surpreenderam ao flagrar um polvo usando cascas de coco como abrigo. Em um artigo na revista científica Current Biology, os especialistas do Museu Victoria, de Melbourne, afirmam que este é o primeiro exemplo do uso de ferramentas por um animal invertebrado. A equipe filmou um polvo agarrando metades de cascas de coco debaixo d água e levando-as para outro lugar para usá-las depois como abrigo. 

 https://youtu.be/UdY-VJYBliw


Comentário:

Maylin Cruz Vega Me reafirma lo ignorantes y estúpidos que somos los seres "humanos" al seguir negando la inteligencia de los demás animales. El pulpo y el calamar son muy inteligentes, como bien lo vieron. No es posible que por un simple "gusto" al paladar sigamos arrasando con nuestros mares, y matando a los animales para comérnoslos, teniendo tantísimas otras fuentes y recursos para hacerlo.



Yancy Solís
Yancy Solís Veis que no solo los humanos somos inteligentes, ellos tambien piensan, disfrutan, sufren y sienten como nosotros. Sigo pensando que estan aqui en el planeta para compartirlo con nosotros no para nosotros.

Distrito Federal ou Detrito Federal?

Detrito Federal. Lixo luxuoso transforma Brasília numa horripilante loja de departamentos a céu aberto





    No meio do caminho, havia uma televisão, um carro, algumas cadeiras de escritório, uma pia de louça, dezenas de sofás e todo tipo de eletroeletrônico. 


    Nos últimos dois meses, circulei por Brasília e pelas cidades do DF para registrar uma paisagem que machuca. Violenta não só os olhos, mas, sobretudo, o meio ambiente e a sustentabilidade das comunidades.
    Sérgio Maggio/Metrópoles
    Carro abandonado em Samambaia Norte: risco de doenças


    Se não bastasse ter o maior lixão a céu aberto da América Latina, a 15 quilômetros do Palácio do Planalto, na carente cidade Estrutural, o Distrito Federal produz um perigoso lixo luxuoso, cheio de cavidades para o aninhamento e a proliferação do mosquito Aëdes aegypt.

    O que está descartado nas ruas da capital não se trata de um lixo qualquer. Representa o que foi vencido pela tecnologia, pela baixa qualidade da fabricação em série e pela política do descarte, atrelada ao consumo desenfreado que movimentou o Brasil nos últimos 12 anos.
    Sérgio Maggio/metrópoles
    Tanquinho largado em Samambaia

    Natal gordo
    Lembra-se daquela imagem de um Natal de fartura, no qual as pessoas, com cara de felicidade, carregavam os eletrodomésticos tirados diretamente da loja? A cena é recente e faz parte de um imaginário de crescimento econômico fulgurante e atrelado ao desejo salutar de ter tudo do bom e do melhor em casa.


    O problema é que esse “tudo”, por vezes, tornou-se redundante e não foi planejado. Compra-se por comprar, porque está fácil e dividido em parcelas a perder de vista. Quer um exemplo? A corrida para equipar a cozinha com  o espremedor, o liquidificador, o mixer e o superprocessador. Juntos, todos unidos na missão de produzir um suco de frutas.
    Sérgio Maggio?Metrópoles
    Sofás no Guará
    Ás vezes, resolve-se ligar todos os equipamentos durante o dia e, a taxa de consumo de energia elétrica eleva-se a uma das maiores do mundo. O que não se esperava era a falta de chuva, a seca dos reservatórios e a crise enérgica. A tarifa na conta de luz ficou com a bandeira vermelha. A solução: guardar o pool de eletrodomésticos naquele armário de ex-novidades.

    Aparelhos de tevê condenados
    O que vai acontecer com os aparelhos de tevê analógicos em abril de 2016?A partir desta data, no DF, não haverá mais sinal analógico. Será que as pessoas vão se conformar em comprar o conversor e manter o caixote, símbolo de uma tecnologia vencida? Ou vamos jogar o antido espelho mágico ao deus-dará e correr para adquirir a tela plana dos sonhos?
    Sérgio Maggio/Metrópoles
    Aparelho de DVD em lixeira da Asa Sul

    Neste Natal das lembrancinhas, sem subvenção de impostos para trocar a máquina de lavar e a geladeira que ainda funcionam, o lixo luxuoso que ocupa as ruas do DF narra a melancólica história deste Brasil da gastança sem freios.
    Sérgio Maggio/Metrópoles
    Mini system em lixeira do Sudoeste

    Da festa que fizemos nos últimos anos à busca desenfreada por produtos que quebram com pouco mais de um ano de funcionamento. Não é à toa que as lojas oferecem a garantia estendida, porque o liquidificador de R$ 39,90 só vai durar exatos 365 dias se o consumidor pagar o valor da oferta. Consertá-lo talvez não valha a pena. Então, o lixo parece ser o caminho inevitável. Porém não há descarte planejado.
    Sérgio Maggio/Metrópoles
    Pia depositada em Ceilândia

    Ainda não somos educados o suficiente para separar o nosso lixo seletivamente. Assim, transformamos o DF numa horripilante loja de departamentos a céu aberto.
    Sérgio Maggio/Metrópoles
    Cadeiras de escritório em Taguatinga


    Para refletir. Confira o premiado curta-metragem “Ilha das Flores”, de Jorge Furtado

    Pesquisas da Escola de Engenharia transformam rejeito de minério em cimento, areia e pigmentos

    Acervo de pesquisa
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    quarta-feira, 16 de dezembro de 2015, às 5h59

    O Brasil conheceu, de forma assustadora, no deslizamento de barragem em Mariana, o potencial de destruição do acúmulo do rejeito de minério de ferro. Poucos sabem também que esse rejeito pode ser reciclado. Pesquisadores da Escola de Engenharia da UFMG detêm a tecnologia para transformar rejeitos e estéreis de minerações de ferro, bauxita, fosfato e calcário em produtos como cimento – para construção de blocos, vigas, passeios, estradas –, areia – que pode alimentar a indústria de vidros e de chips de computador – e pigmentos, para a produção de tintas, por exemplo.

    Diversas pesquisas são realizadas no Laboratório de Geotecnologias e Geomateriais do Centro de Produção Sustentável da UFMG, em Pedro Leopoldo (MG), em conjunto com empresas brasileiras, universidades federais, instituições internacionais e com apoio da Fapemig e do BDMG. A unidade conta com planta-piloto de calcinação flash (queima controlada), automatizada, com capacidade de produção de 200 kg/hora. A calcinação flash (CF) é tecnologia de ponta que possibilita calcinar microparticulados, o que é impossível nos fornos convencionais. Essa propriedade da CF possibilita transformar alguns compostos mineralógicos das matérias-primas como rochas estéreis e rejeitos de tratamento em ligantes de alta resistência que geram, por exemplo, ecocimento.

    “Da mesma forma que os antigos aproveitavam a propriedade pozolânica [de reagir com outras substâncias para gerar um ligante] das cinzas vulcânicas e da argila, é possível submeter estéreis de mina e lama de barragens à calcinação ultrarrápida para obter cimentos e outros derivados”, afirma o professor Evandro Moraes da Gama, do Departamento de Engenharia de Minas. Ele coordena o Laboratório de Geotecnologias e Geomateriais, ao lado do professor Abdias Magalhães Gomes, do Departamento de Engenharia de Materiais de Construção.

    Evandro da Gama salienta que é possível aglomerar o rejeito em forma de pelotas – como se faz com o próprio minério –, em pilhas, com 100% de segurança, dispensando a utilização da água e eliminando a estocagem de rejeitos em barragens. “Essas pilhas seriam verdadeiros estoques de matéria-prima para os ecoprodutos”, ele diz.

    O pesquisador explica que os solos do Hemisfério Sul – lateríticos e cauliníticos – são mais fáceis de serem encontrados. “Aqui o tratamento do solo gera produto final mais rico em propriedades pozolânicas. As rochas alteradas e intemperizadas são pulverulentas, e a granulometria natural é favorável à calcinação flash. Como as partículas são muito finas e próximas de sua forma cristalográfica, são transformadas após a calcinação em metasssubstâncias minerais, que criam superfícies específicas muito grandes. Dessa forma, podem ‘agarrar’ com mais facilidade outras partículas minerais. Isso gera o cimento.”


    Estéril e rejeito
    O estéril de mina é formado por rochas que não contêm o minério de ferro, mas que precisam ser retiradas junto com o itabirito, por exemplo, para fazer a chamada cava de mina e possibilitar a atividade da mineração. “Esse estéril é reunido em depósitos controlados que não levam água e que representam importante passivo ambiental. Quando a água passa por esses depósitos, são gerados produtos indesejáveis com impacto sobre rios e florestas”, comenta Evandro da Gama.


    O rejeito, por sua vez, é formado pela concentração do ferro no tratamento e tem natureza argilosa e arenosa. A utilização de água no tratamento forma a lama. “A lama e o rejeito arenoso são levados para barragens, que são obras geotécnicas de terra, feitas com técnicas da década de 1960. São obras frágeis e de risco”, diz o professor. Ele ressalta que, até por volta do ano 2000, as barragens tinham até 50 ou 60 metros de altura e hoje chegam a 200 metros, o que demonstra “falta de bom senso”.


    Política nacional
    Nos anos 1990, no Brasil e em outros países, segundo Evandro da Gama, começou a se perceber o aumento exponencial de rejeito e estéril de mina. As pesquisas na UFMG visando ao aproveitamento do rejeito de minério de ferro começaram há cerca de dez anos, com apoio de empresas e órgãos de fomento do governo.

    O professor defende que pesquisas e produção sejam estimuladas por políticas nacionais de desenvolvimento, incluindo isenção de impostos e ações de valorização dos produtos ecológicos. “Países como a França, a China e o Canadá produzem derivados em larga escala. A França, por exemplo, já extinguiu a atividade mineradora”, destaca Evandro da Gama. “No Brasil, é preciso aproximar a indústria de transformação da indústria da mineração. Parte significativa do passivo ambiental pode ser transformado em matéria-prima para a construção da infraestrutura do país. ”


    O rejeito arenoso pode ser reaproveitado, por exemplo, como brita para base e sub-base de estradas. Segundo Evandro da Gama, o volume da barragem que rompeu – cerca de 63 milhões de metros cúbicos – poderia ser transformado em base e sub-base para uma estrada com 3.500 quilômetros ou na construção de 120 vilas com 200 casas de 46 m2 de área total, ou seja, 120 cidades como Bento Rodrigues, o subdistrito arrasado pelo rompimento das barragens da Samarco.

    Evandro da Gama e Abdias Gomes construíram uma casa de 46 m2 com rejeitos e estéreis de mineração de ferro. “A casa, que está em exposição no Laboratório de Pedro Leopoldo, tem custo 30% menor na comparação com materiais e metodologia de construção convencionais. E é extremamente confortável”, afirma Evandro da Gama. “Tem-se falado na reconstrução de Bento Rodrigues. Por que não lançar mão do próprio rejeito para erguer as casas e pavimentar as vias?”, questiona o professor.
    (Itamar Rigueira Jr.)

    O que deve ser reduzido em 2016?

    COP-21: Quando Pequenas Vitórias são Apenas Pequenas Vitórias


    Nessas últimas duas semanas, o mundo focou sua atenção novamente para Paris. Dessa vez, não por conta de uma tragédia, mas, sim, com um quê de esperança. Após cerca de três anos discutindo, os Estados definiriam um acordo, uma estratégia a ser implementada após o término do Protocolo de Quioto, em 2020.

    Cop21 - Paris 2015
      
    Vou sair aqui da retórica fácil que muitos veículos internacionais utilizaram, falando que os encontros climáticos anuais parecem o famoso filme “Feitiço do Tempo” (Groundhog Day), estrelado por Bill Murray, onde um homem acorda todo dia preso no mesmo dia e repete seu cotidiano de novo, de novo e de novo. De fato, podemos ver uma lógica nessa argumentação, pois os avanços são pequenos, quase imperceptíveis. E desses que falarei aqui hoje: das pequenas vitórias.

    Escrevo esse texto com uma hora do lançamento do acordo final da conferência. Não houve nem mesmo sua votação final ainda – ou seja, é possível que você, leitor, nem mesmo venha a ler essas palavras dado que elas perderão o sentido no caso do acordo não ser aprovado. Mas ao ler esse texto final, é impressionante como o conceito de pequenas vitórias fica explícito: comparando os acordos desde 2009, em Copenhague (e falamos, aqui, portanto, de 6 anos de discussões), as únicas coisas realmente novas que foram introduzidas em Paris foram:

    • Uma ambição aprimorada, focando em um limite máximo de aumento de temperatura média global de 1,5°C (comparada a anterior, definida em 2010, de 2°C);
    • Que os INDC (os compromissos voluntários que cada um dos países começou a fazer a partir do ano passado para reduzir suas emissões) sejam revistos a cada 5 anos, a partir de 2018;
    • E que haja um novo órgão que monitore o sucesso dos INDC vis-a-vis o que o IPCC fala; ou seja, que bata os números que os países estão atingindo com o que os cientistas dizem que precisa ser feito.
    (para ampliar a imagem: clique aqui)
    Isso é ruim? Não. São de fato pequenas vitórias. Uma ambição de teto de temperatura de 1,5°C é muito melhor do que o cenário anterior, de 2°C, se formos comparar as previsões de alterações sócio-ambientais decorrentes desse aumento. Ela não pode, de forma alguma, não ser louvada. Um órgão para monitorar e centralizar as informações dos INDC, além de sua revisão periódica, é muito interessante, pois irá pressionar pelo aumento de ambição voluntária individual desses países. Muito interessante.

    Mas, infelizmente, não basta. O início deste dezembro em Paris mostrou claramente quando pequenas vitórias são apenas pequenas vitórias. Em uma análise emitida nessa semana, cientistas europeus afirmam que o atingimento de 1,5°C como limite máximo de aumento significa transformar o planeta Terra em carbono-neutro em 35 anos. Emissão líquida zero. Outras análises, no seio da conferência, é que o valor total de investimento para que atinjamos um número assim não está na ordem dos bilhões, mas sim dos trilhões de dólares.

    Sobre isso, inclusive, o texto final reforça a necessidade de um investimento de US$ 100 bi/ano para que atinjamos esse objetivo. Esse número, também, não é novo. Foi primeiramente acordado em 2012, em Doha. Desde sua institucionalização em dezembro de 2013, ele já levantou US$ 10,3 bi – uma quantia razoável, mas cerca de 5% do que deveria ter captado nesse período.
    As pequenas vitórias são mais “pequenas” do que “vitórias” não pela falta de capacidade, arrojo ou mesmo vontade dos negociadores. Não se esperava um processo fácil, pelo contrário. Estamos falando sobre algo (quase) inédito na história da civilização humana, a necessidade de se estabelecer um consenso em escala planetária sobre um tema que afeta diretamente a forma como nós vivemos e produzimos em sociedade. A solução certamente não “cairia no colo” automaticamente.

    Mas, a despeito disso, a boa ambição desse ano está descolada de um mapa claro de como atingi-la. Os INDC foram uma alternativa interessante pensada no ano passado para que os países viessem a se comprometer aos poucos, ao longo desse ano, mostrando suas cartas. A partir do INDC, tivemos o interessante acordo sino-americano no início de 2015, a corajosa meta brasileira e até a recente mudança de postura da delegação canadense, que viria a incentivar o novo teto de 1,5°C. Logo, o INDC deve ser louvado como uma boa ideia que rendeu frutos.

      
    Mas louvá-lo não é perpetuá-lo, substituí-lo pela necessidade de um acordo vinculante global. O INDC continua sendo voluntário. E é uma comunicação de intenção, não da ação em si. Se o Brasil “mudar de ideia” e não quiser seguir sua meta de 43% de redução até 2030, ok, é isso aí. Além disso, como bem explorado antes da reunião, mesmo que os compromissos voluntários enviados para essa conferência sejam integralmente atingidos, ainda assim ficaríamos aquém da meta de 2°C – quiçá de 1,5°C.
    Paris mostrou que pequenas vitórias são, por vezes, apenas pequenas vitórias porque há situações, momentos específicos de nossa história, que precisamos da disrupção. Os últimos 6 anos, viúvos ainda do desastre de Copenhague, mostraram claramente a tímida postura da média dos delegados globais, de tentar jogar para a opinião pública internacional sua preocupação e seus avanços, mas em uma velocidade, escala e efetividade ainda bastante aquém do que é necessário.
    Estaria sendo leigo, quase leviano, ao tentar definir aqui, nessas poucas linhas, qual seria, então, o “mapa” para atingir essa nova boa ambição. Mais uma vez, o processo é, sim, complexo, demanda consenso e conta com uma quantidade de atores impressionante. Acompanhando a repercussão, hoje, em um grande portal de notícia, vi um comentário de um internauta (sob o olhar entre a comicidade e incredulidade que tais comentários geralmente despertam): “O modelo técnico-político de tomada de decisões sobre o clima precisa mudar”.
    A pergunta, sem resposta ainda, é: qual a alternativa?

    Clique aqui para ler mais artigos de Fernando Malta

    Fundação abre inscrições para curso prático de sustentabilidade na Amazônia

    Cidadania

    O projeto visa promover a sustentabilidade na prática e buscar soluções aos desafios da atualidade.
    21 de dezembro de 2015 • Atualizado às 14 : 37
    Fundação abre inscrições para curso prático de sustentabilidade na Amazônia
    Os participantes terão contato com comunidades locais e tradicionais da Amazônia. | Foto: Luciana Macêdo/Fotos Públicas


     
    A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e a rede SDSN-Amazônia abriram as inscrições para a segunda edição da Escola de Verão da Amazônia (Amazon Summer School). O objetivo do projeto é proporcionar uma experiência de aprendizagem sobre sustentabilidade, educando líderes para mudança. Os participantes vão ter a chance de aplicar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para solucionar desafios reais.

    As inscrições vão até o dia 1º de março de 2016 e podem ser feitas pelo site www.amazonsummerschool.com. A viagem acontecerá entre os dias 12 de julho e 1º de agosto de 2016. Todos os inscritos passarão por entrevistas com os coordenadores do projeto.


    Os interessados devem ter mais de 18 anos e podem ser de qualquer área de atuação. O projeto busca uma turma multidisciplinar interessada em aprender e contribuir com as comunidades. A maior parte da viagem acontecerá na comunidade Tumbira, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Negro.


    Durante duas semanas, profissionais de sustentabilidade, líderes de diferentes setores e a comunidade local irão compartilhar histórias, aprendizados, práticas e conceitos para enriquecer o conhecimento do participante e sua compreensão sobre seu papel no desafio da sustentabilidade. O projeto conta com o apoio de facilitadores treinados em liderança participativa, que irão inspirar os participantes à ação por um projeto voluntário, de acordo sua expertise, que consiste em deixar um legado para a comunidade.


    “Neste projeto queremos pessoas engajadas e interessadas em apoiar o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Além disso, os participantes terão a oportunidade de se conectar com a natureza, com as pessoas que vivem nela e se inspirar com o que a floresta pode oferecer. É uma grande troca”, afirma Virgílio Viana, superintendente geral da Fundação Amazonas Sustentável (FAS).


    O projeto visa promover a sustentabilidade na prática por meio da aplicação de conceitos, como os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), e assim buscar soluções a desafios da atualidade. Outros temas abordados são: uso da terra, história, geografia e biodiversidade da Amazônia, mudanças climáticas, entre outros. Entre outras atividades, estão estudos de caso e desenvolvimento de projetos práticos, além de atividades de lazer, como nado com golfinhos, caminhadas em trilhas e observação de aves.


    “Criamos este projeto por acreditar que o nosso conhecimento acumulado sobre desenvolvimento sustentável na Amazônia pode ser compartilhado e replicado em outras partes do mundo. Além disso, é da natureza dos ribeirinhos aplicar a sustentabilidade. Com a união desses aspectos, acreditamos ser possível mostrar como os ODS podem funcionar na prática”, vislumbra Raquel Luna, coordenadora da Escola de Verão.


    Como funciona
    O programa é dividido em quatro módulos: ‘Amor à natureza’, em que participantes irão visitar organizações e centros de pesquisa da Amazônia; ‘Cuidado com as pessoas’, que visa à troca direta com as comunidades locais; ‘Saber-Como’, aulas com profissionais e líderes de diferentes setores; e ‘Coragem’, quando os participantes serão convidados a colocar o aprendizado em prática. O curso ainda contará com desafios reais que terão como objetivo colocar os participantes ainda mais próximos da realidade vivida na Amazônia. O projeto ainda contará com o módulo ‘Conheça a si mesmo’, quando haverá o estímulo ao auto-conhecimento e à identificação do papel de cada um na sociedade.


    Entre os especialistas já confirmados estão Thomas Lovejoy, membro sênior da Fundação das Nações Unidas e professor universitário no departamento de Ciências Ambientais e Política da Universidade George Mason; e Raquel Rosenberg, co-fundadora da Engajamundo, organização focada no empoderamento de jovens brasileiros para entender e influenciar no processo político internacional.
    Entre os professores das comunidades locais ribeirinhos estará Roberto Mendonça, líder da comunidade Tumbira, localizada na Reserva do Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Negro.



    Ele, que também esteve presente na primeira edição, contará sua história com passado relacionado à extração de madeira que, a medida de se eu envolvimento com o trabalho de educação e sensibilização da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), atua com uma lógica de negócio sustentável.

    Piscinas biológicas substituem cloro por plantas

    Arquitetura & Design

    Piscinas biológicas substituem cloro por plantas

    A alternativa é totalmente natural, saudável e não requer o uso de químicos.
    14 de dezembro de 2015 • Atualizado às 11 : 44
    Piscinas biológicas substituem cloro por plantas
    As piscinas biológicas se integram melhor à paisagem. | Foto: Biopiscinas

    O que são piscinas biológicas?

    Piscinas biológicas
    Num tempo em que as preocupações ecológicas têm cada vez mais relevância, também as piscinas podem ser mais amigas do ambiente: chamam-se piscinas biológicas e a sua manutenção fica inteiramente a cargo de plantas aquáticas que asseguram mergulhos 100% verdes e sempre refrescantes…

    O que são piscinas biológicas?

     

    As piscinas biológicas podem ser descritas como sendo lagos artificiais que são escavados no terreno onde a piscina será instalada e que são protegidos com uma tela impermeável de elevada qualidade. Qual é, então, a principal diferença entre uma piscina biológica e uma piscina tradicional? As piscinas biológicas não requerem cloro nem filtros, mas subsistem graças às plantas aquáticas colocadas numa das áreas da mesma e que garantem a limpeza e a manutenção da própria piscina biológica. Como? Através da libertação de oxigénio que caracteriza o processo de fotossíntese. Uma piscina amiga do ambiente, sem dúvida…

     

    Como se constrói uma piscina biológica?

     

    A construção de uma piscina biológica requer um terreno plano com uma área com pelo menos 10 x 15 metros. Após a habitual escavação, o buraco é impermeabilizado com uma tela que é solidamente afixada no local e a piscina é dividida em dois espaços distintos – a zona de lazer e natação e a zona das plantas aquáticas, as responsáveis pela manutenção da piscina biológica. O buraco é depois enchido e a tela impermeável fica completamente invisível. Graças à presença das plantas aquáticas, o resultado final é uma piscina com um ar muito natural, muito semelhante a um lago.

    Que tipo de plantas são utilizadas e qual o seu papel?

     

    As plantas aquáticas utilizadas nas piscinas biológicas são criadas em viveiros, especificamente para este efeito e são fornecidas por uma empresa especializada na construção deste tipo de piscinas. Estrategicamente plantadas numa zona da piscina biológica, estas plantas aquáticas têm um papel crucial porque são inteiramente responsáveis pela limpeza e saúde da própria.

    Como é que isto se processa na prática? As plantas aquáticas purificam a água sempre que libertam oxigénio, o que ocorre durante o típico processo de fotossíntese que caracteriza a flora. Uma vez que a água da piscina biológica estará constantemente a ser oxigenada, o risco da produção de microrganismos e bactérias é praticamente inexistente.


    De uma forma 100% natural e extremamente saudável, as plantas aquáticas substituem, na perfeição, os filtros e químicos habitualmente associados à limpeza das piscinas convencionais. As plantas são subsistentes e regeneram-se continuamente, por isso, não necessitam de qualquer tipo de tratamento específico. Por parte do proprietário, requer-se apenas que se retire as folhas ou outro lixo que pode surgir na superfície da piscina biológica e que se aspire o fundo 1 a 2 vezes por mês para evitar a formação excessiva de calcário.

     

    Quanto custa uma piscina biológica?

     

    Dependendo do tamanho da piscina biológica a construir e dos materiais utilizados na sua construção (um acabamento em betão é mais caro do que o revestimento com uma tela impermeabilizada), os custos finais rondam os €125 | R$295 por metro quadrado. Por norma, este valor não cobre o custo associado à água do primeiro enchimento.

     

    Principais vantagens e desvantagens das piscinas biológicas


    Como qualquer tipo de piscina, também as piscinas biológicas apresentam vantagens e desvantagens – avalie cada um dos pontos antes de decidir se uma piscina biológica é a escolha acertada para a sua casa.

     

    Vantagens

     

    • Um ambiente 100% natural, ecológico e saudável, que não requer o uso de químicos ou cloro.
    • Custos de manutenção reduzidos.
    • Tempo de manutenção reduzido.
    • Como a piscina biológica não requer equipamentos elétricos, não existem custos energéticos.
    • Em termos estéticos, surge como uma zona tranquila e visualmente apelativa no exterior da casa.
    • Mais-valia em termos imobiliários.
    • As piscinas biológicas ajudam a equilibrar o ecossistema, eliminando a presença de insetos indesejados.
    • Perfeitas para quem adora estar em contacto com e observar a natureza, promoção da biodiversidade (fauna e flora).
    • Apesar do seu aspeto natural e da existência de plantas aquáticas, as piscinas biológicas não atraem mosquitos.
    • Mesmo depois de um inverno rigoroso, em que a piscina fica hibernada, as plantas voltam sempre a florescer na primavera e não necessitam de ser substituídas.
    • A tela impermeabilizada é mais barata do que o acabamento em betão e tem uma maior longevidade.
    • Pode criar uma borda em torno da piscina biológica tal e qual os modelos mais convencionais ou deixá-la com um aspeto mais natural.

     

    Desvantagens

     

    • Custo inicial elevado.
    • Requer que a construção seja feita por parte de uma empresa especializada em piscinas biológicas. Não existem muitas e as deslocações das mesmas podem aumentar o custo final.
    • Existência de animais anfíbios na zona das plantas aquáticas e que podem ocasionalmente surgir na zona de banhos.
    • Necessita de adquirir um aspirador para piscinas.

    Brasília ganha projeto para se tornar “Capital do Ipê”



    Meio Ambiente


    O primeiro plantio simbólico foi realizado no final de semana, com 35 mudas de ipês-amarelos.


    21 de dezembro de 2015 • Atualizado às 16 : 15
    Brasília ganha projeto para se tornar “Capital do Ipê”
    O plano é construir quatro praças em diferentes regiões administrativas de Brasília. | Foto: Agência Brasília

    Foi lançado, no último sábado (19), o “Brasília Capital do Ipê”, projeto que pretende recuperar o bioma cerrado na capital nacional. O plano é construir quatro praças em diferentes regiões administrativas de Brasília e espalhar mudas da espécie por outras áreas do estado.

    O projeto é uma iniciativa do jornal Correio Braziliense, da Rede Globo e da Digital Group, juntamente com o apoio do governo de Brasília. O primeiro plantio simbólico foi realizado no final de semana, com 35 mudas de ipês-amarelos.

    A Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) já doou 300 ipês-amarelos e cederá funcionários para realizarem o plantio na nova Praça da Cidadania. Outras estruturas da praça ficarão por conta da mesma empresa e a área terá como tema a paz no trânsito.

    O governador Rodrigo Rollemberg participou do primeiro plantio e destacou a importância da recuperação ambiental para a preservação dos recursos hídricos. “O Cerrado é uma das regiões de maior biodiversidade do mundo e é nele onde nascem bacias importantes, como a do Tocantins, a do Rio São Francisco e a do Paraná”, lembrou o político. Ele ainda ressaltou a necessidade de conscientizar a população sobre a relação entre a cidade e a água.


    Redação CicloVivo

    Tá calor, né?

    Video: Porque todos los animales, humanos y no humanos, queremos vivir en libertad, sin ser explotados ni asesinados. Un mundo mejor es posible, pero está en tus manos.

    https://www.facebook.com/SantuarioGaia/videos/893502100700327/

     

    Mais vale uma imagem do que um discurso do Lula.

    Vídeo. Um país com ZERO de corrupção (Adivinha aonde?)

    https://www.facebook.com/marcosresendeautor/videos/10200835507165341/


     

    Direita versus esquerda


    Nelson Barbosa e a "síndrome do Titanic"

    Nelson Barbosa assumiu o papel de maestro da orquestra do Titanic, enquanto a água invade o convés:


    "Hoje, houve uma mudança da avaliação de risco, por parte de uma agência, mas isso não muda a nossa trajetória, a nossa trajetória de recuperação da economia brasileira, de construção de um reequilíbrio fiscal. E mais importante: o governo brasileiro continua a honrar todos os seus compromissos, continua a honrar todos os seus contratos."


    "As pessoas podem ficar tranquilas que isso é apenas a avaliação de uma agência de risco, que é importante, nós trabalhamos para ter sempre e melhor avaliação por parte do mercado e também por parte de todos os agentes da economia."


    "Nós estamos numa fase de transição, numa fase de travessia, num momento de dificuldade econômica. Momento de dificuldade econômica já ocorreu no Brasil no passado, momento de dificuldade econômica que outros países já atravessaram. E nós vamos nos recuperar desse momento. Eu tenho certeza que essa avaliação que foi feita hoje será revertida na medida que as condições econômicas melhorem."


    O Antagonista avisa que não há botes para todos

    Quanto custou Dilma em 2015



    A Folha pediu à economista Zeida Latif, da XP Investimentos, que calculasse em dinheiro quanto o Brasil perdeu em 2015, por causa da recessão...

    Foram 240 bilhões de reais, quando se leva em conta a previsão de queda de 3,7% do PIB. O jornal traduz em miúdos: "São bens agrícolas e industriais que deixaram de ser produzidos e serviços que não foram prestados. Ou seja, uma grande quantidade de carros, máquinas, calçados, roupas etc. não foi feita, e muitas consultas médicas, idas ao salão de beleza e trocas bancárias não ocorreram".

    Dilma Rousseff, portanto, custou ao Brasil 240 bilhões de reais em 2015, sem incluir a corrupção que grassa no seu governo.

    O seu "renascimento" vai custar muito mais.

    "Exceto se houvesse um grave surto de amnésia"



    Um editorial do Estadão desmonta em um parágrafo a chance de Dilma Rousseff "renascer" pelas mãos de Nelson Barbosa:

    "Com uma longa folha corrida, repleta de palpites infelizes sobre política econômica, o economista Nelson Barbosa assume o Ministério da Fazenda sem carência para testar sua capacidade e seus propósitos. O período de graça concedido, com frequência, a novos ministros é incompatível com seus antecedentes. De alguma forma ele parece reconhecer essa desvantagem. Desde sua confirmação para o novo posto, na sexta-feira, ele se empenha em refazer a própria imagem, na busca de uma confiança há muito perdida. Não deu certo, nem poderia dar, exceto se houvesse um grave surto de amnésia. A partir de setembro, duas agências de avaliação de risco, a Standard & Poor’s (S&P) e a Fitch, rebaixaram o crédito do País ao grau especulativo. As decisões foram anunciadas, nas duas ocasiões, depois de trapalhadas orçamentárias cometidas pela presidente com apoio do ministro do Planejamento e contra a opinião do ministro da Fazenda."

    O Antagonista gostou especialmente da frase "Não deu certo, nem poderia dar, exceto se houvesse um grave surto de amnésia".

    Como disse Ivan Lessa, "de quinze em quinze anos, o Brasil esquece o que aconteceu nos últimos quinze". Mas o mercado não esquece, não.


     
    Verdade .Tiraram milhões de reais que deveriam ter sido utilizados para aliviar a pobreza dos brasileiros.E ficaram com tudo para eles.Enquanto eles tem triplex, jatos, mansões, contas na Suiça, os brasileiros não tem escolas e nem hospitais decentes.

    O desembarque do PMDB


    Carlos Chagas


    Tudo indica estar o PMDB a um passo do desembarque. Com ou sem impeachment, mais provavelmente sem, a verdade é que Michel Temer prepara sua candidatura para 2018, certo de que com o PT não dá mais liga, quer dizer, os companheiros se desgastaram, perderam o apoio popular e estão esgotados.


    O governo Dilma carece da condição de dar a volta por cima e recuperar a economia. O Próprio Lula, mesmo se candidatando, dificilmente voltará ao Palácio do Planalto.


    Ainda que sem peso eleitoral, o PMDB conta com razoável estrutura e vai para o que der e vier. Senão para a oposição, ao menos para a independência. Estará mais perto de Aécio Neves do que do Lula, desde que, é claro, PT e PSDB cheguem ao segundo turno.


    Vale mais perder sete ministérios, agora, para ganhar outros, depois das eleições. Os tucanos tem consciência da necessidade de uma aliança com o PMDB para poder governar e manter maioria dos Estados, isolando o PT na oposição.


    Assim está armado o tabuleiro para daqui a três anos, obviamente que sujeito ao imponderável. Mas Marina Silva, Ciro Gomes, Ronaldo Caiado, Jair Bolsonaro e outros nem certeza têm de chegar na reta final.


    SEPARAÇÃO
    A separação vem sendo anunciada desde que se iniciou a novela do impeachment e ganhou força desde que Madame começou a desconfiar de Temer, até como alguma razão depois da histriônica carta do vice para a titular. Trata-se de uma questão de tempo. agora cada vez mais curto. Ainda há gente, no PMDB, achando que é cedo demais, que deveriam aproveitar o poder por período maior.


    O problema é que o desgaste da parceria com o PT supera a vantagem de algumas nomeações e poucos negócios. Basta atender para as recentes pesquisas. Milagres vão acontecer, fica evidente serem pequenas chances de Michel Temer eleger-se presidente, mas, acoplado a Aécio Neves, poderá tornar-se o tijolo de sustentação da ponte para o futuro.

    A convenção peemedebista está marcada para março. Existem sinais de que tanto a presidente Dilma quanto o PT não apostam um centavo na permanência da  aliança. Pelo contrário, fornecem argumento permanentes para o rompimento.

    Antiterrorismo no Brasil é apenas uma imbecialidade


    Mauro Santayana

    Na abertura de um recente – e bizarro – “Seminário Internacional de Enfrentamento ao Terrorismo no Brasil”, o Ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, afirmou que “não existem limites para a preocupação com o terrorismo nas Olimpíadas” e defendeu que o país “aceite a cooperação de órgãos de inteligência internacionais” para diminuir o risco nesse sentido.

    No momento em que a Câmara recebe, de volta do Senado, uma “lei antiterrorista”, cabe discutir com cautela essa questão, sob a ótica da política exterior brasileira e da nossa relação com outras culturas e países no atual contexto geopolítico mundial.

    Tem o Brasil, alguma razão para “combater” o terrorismo, para além da condenação moral – não apenas nas ruas de Paris, mas também de Bagdá, Damasco, Trípoli – de ataques contra a vida e da prestação de homenagem e solidariedade às suas vítimas?

    A Rússia, nosso sócio no BRICS, foi levada a atacar o Estado Islâmico por questões geopolíticas, e agora transformou-se em vítima, com a explosão, no ar, de um avião carregado de seus cidadãos, no Egito. A Síria é um país onde ela possui portos e bases militares, e notáveis ligações históricas, no qual tenta manter seu aliado, Bashar Al Assad no poder, defendendo-o dos terroristas do Estado Islâmico, que foram armados pelos próprios EUA e o “Ocidente” para derrubar o regime sírio, e que, como um Frankenstein louco e sangrento, fugiu ao controle de seus criadores.


    PAGANDO O ERRO…
    Os EUA e a França estão pagando pelo erro de tentar agir como potências coloniais no Oriente Médio e no Norte da África, derrubando governos estáveis, como o de Saddam Hussein e o de Muammar Khadaffi, e de se meter em assuntos alheios.

    Tem o Brasil interesses geopolíticos no Oriente Médio, região onde atua no Comando das Forças Navais da ONU no Líbano? Não, a não ser – assim como faz no Haiti – como cumpridor de um mandato das Nações Unidas.

    O Brasil já se meteu, alguma vez, em assuntos alheios, invadindo ou bombardeando países no Oriente Médio ou no Norte da África? Não, porque, pelo menos até agora, protegidos pela sábia doutrina de não intervenção consubstanciada no texto da Constituição Federal, como macacos velhos que somos – ou éramos, ao que está parecendo – não metemos a mão em cumbuca, a não ser que sejamos atacados primeiro, como o fomos na Segunda Guerra Mundial.

    Quanto à segurança interna, a diferença entre terrorismo, assassinato ou tentativa de homicídio é puramente semântica.

    NÃO FAZ DIFERENÇA
    Para quem morre, não tem a menor diferença a motivação de quem o está atingindo. Já existe legislação penal, no Brasil, de proteção à vida. O resto é “lero-lero”, para emular potências estrangeiras e se submeter aos gringos. Um perigosíssimo “lero-lero”, do qual toma parte a realização, em território brasileiro, de “seminários” como esse, que nos obrigam a situarmo-nos de um determinado lado da linha. 

    E, também, naturalmente, a crescente “cooperação” com forças policiais estrangeiras, que pode ser feita, normalmente, para segurança de eventos internacionais desse tipo, sem a conotação política, “antiterrorista”, que estão tentando impingir-nos.

    Uma coisa é dizer que vamos reforçar a segurança nas Olimpíadas. Nada mais natural, considerando-se que teremos multidões reunidas em estádios – coisa que acontece rotineiramente em grandes jogos de futebol, por exemplo – e que estaremos recebendo visitantes estrangeiros. Outra, muito diferente, é afirmar que estaremos tomando “medidas antiterroristas” e adotar um discurso, e uma atitude, que nunca adotamos antes, nesse contexto.


    POSTURA TRADICIONAL
    Querem mudar uma postura tradicional – compartilhada por governos de diferentes matizes ideológicos – que não nos trouxe, muito pelo contrário, nenhuma consequência negativa, até agora.


    Quem fala muito acaba dando bom dia a cavalo. De tanto se referir ao “antiterrorismo”, e ficar cutucando com essa bobagem quem está quieto, algum grupo de terroristas, pode, sim – mesmo sem ter visto o Brasil como inimigo até este momento – vir a se sentir tentado a testar a eficácia das medidas de “segurança” às quais estamos nos referindo a todo instante, com relação às Olimpíadas.


    E isso, principalmente, se nessas “medidas” dermos muito espaço para equipes de segurança estrangeiras – de países considerados alvos – para agirem em nosso território como se estivessem no deles.


    Ou se adotarmos – cão que muito ladra não morde – uma atitude “antiterrorista” que seja arrogante e ostensiva contra cidadãos de alguns países, árabes, por exemplo, na chegada aos nossos aeroportos, ou em nossas ruas, como já o estamos fazendo.


    SOMOS SUBSERVIENTES
    No mundo, há poucos países tão subservientes em sua vontade de copiar os estrangeiros. No Rio de Janeiro, o site da Sociedade Beneficente Muçulmana tem sido atacado por fascistas – alimentados pelo mesmo discurso “antiterrorista” do governo – que acusam “esquerdopatas” de estarem “trazendo o Estado Islâmico” para o Brasil, ao abrir as portas para os refugiados árabes.


    E, no sul do Brasil, refugiadas sírias declararam ter sido discriminadas e agredidas, após os atentados de Paris – como se a população síria não sofresse todos os dias dezenas de atentados semelhantes por parte de terroristas que, como mostra o caso do Estado Islâmico, foram originalmente armados pelos EUA e por países europeus, para tentar derrubar o governo de Damasco – dando início à guerra civil naquele país, e à onda de refugiados que atingiu a Europa como um tsunami humano.


    UM TIRO NO PÉ
    Guardadas as devidas proporções, o que o ministro Ricardo Berzoini está cometendo, com as suas declarações, e o próprio governo – ao promover esse tipo de encontro – é um tiro no pé ideológico e um tremendo atentado ao bom-senso.


    Se o país está preocupado com o “terrorismo”, a melhor medida a tomar é não ficar anunciando isso para todo o mundo e a toda hora, e usar com inteligência estratégica a legislação vigente.

    O primeiro passo para se transformar em alvo do “terrorismo” e ser vítima de um ataque terrorista é começar – sem nenhum inimigo aparente – a se declarar contra ele – a adotar uma doutrina “antiterrorista” e leis “antiterroristas”, que, no final das contas, como demonstram os casos dos EUA e da França, por exemplo, não servem de absolutamente nada para evitar ataques rápidos, covardes e mortíferos, de uma meia dúzia de suicidas determinados, quando eles decidem fazê-los.

    Nelson Barbosa começa mal, querendo mudar aposentadoria


    Barbosa nem assumiu e já começa a levar pancada


    Deu em O Tempo
    Após o ministro Nelson Barbosa (Fazenda) dizer a investidores que o governo deve enviar ao Congresso no início de 2016 uma proposta de reforma de Previdência, a Força Sindical já se posicionou contrária a uma regra que impõe limites de idade mínima para a aposentadoria.


    Miguel Torres, presidente da central, defende que seja feito um “raio X completo” de todos os problemas e deficiências da Previdência antes de discutir qualquer mudança para adaptar os limites de idade para a aposentadoria à evolução demográfica da população brasileira.


    O ministro Barbosa afirmou que o governo trabalha atualmente com duas propostas de reforma, durante uma conferência por telefone nesta segunda-feira (21) com investidores nacionais e estrangeiros.

    Uma das ideais é tornar o fator 85/95 “móvel”, o que simularia uma movimentação na idade mínima para a aposentadoria. Ainda não há detalhes de como isso funcionaria.


    AJUSTES PERIÓDICOS  
    A outra alternativa, segundo o ministro, é determinar uma idade mínima e ajustá-la periodicamente, de acordo com as mudanças na demografia.


    “Não houve reunião alguma, nem nos bastidores, nem oficialmente para discutir mudanças na Previdência. Nem com o Levy [ex-ministro Joaquim Levy], nem com o Barbosa [que assumiu a cadeira de Levy], nem com o Rossetto [Miguel Rossetto, ministro da Previdência Social e Trabalho]. É estranho dizer que há um projeto de reforma sem discutir com a sociedade e com as centrais”, afirmou Torres.


    Segundo o sindicalista, na semana passada, quando as centrais e entidades empresariais entregaram documento pedindo a retomada do crescimento, a presidente Dilma Rousseff pediu apoio “somente para aprovar a CPMF”.


    “A presidente nem tocou no assunto da reforma. Pediu apoio abertamente para a CPMF. A resposta para isso também é ‘nem a pau, juvenal’. Não apoiamos”, disse Torres, em alusão a um slogan de uma propaganda recente de televisão.


    “É consenso entre as centrais fazer um mapeamento completo dos gargalos, erros, deficiências da Previdência antes de adotar qualquer medida.” (da FolhaPress)

    Governo precisa morrer para país renascer

    Jaques Wagner, a quem falta o "c" de cinismo no nome de origem francesa, disse que o governo Dilma Rousseff experimenta um "renascimento", depois da decisão do STF de interromper o processo de impeachment em andamento na Câmara.


    O "renascimento" significa apenas que o governo saiu da UTI para a unidade semi-intensiva -- e que o país fez o caminho contrário, voltando para a UTI, com todos os sinais vitais em franca piora: valor do dólar, índice Bovespa, inflação, crescimento, desemprego e renda.
    Esse governo precisa morrer, para o país renascer.

    Uma vitória importante de Michel Temer


    Mais cedo, publicamos que o deputado Arnaldo Jordy consultou o MP de Contas junto ao TCU sobre se Michel Temer seria responsável pelos decretos de liberação de crédito suplementar, sem autorização do Congresso, que assinou -- decretos irregulares como os que podem levar Dilma Rousseff ao impeachment.


    A resposta do procurador Júlio Marcelo de Oliveira foi:

    “A responsabilidade pelos atos assinados por outras autoridades no exercício eventual da presidência da República é de competência de Dilma, até porque a presidente da República pode e deve corrigir imediatamente qualquer ato incorreto porventura praticado na sua ausência, uma vez que ela é quem dirige a administração pública’”.


    Renan Calheiros queria emparedar Michel Temer, acusando-o de ter cometido crimes idênticos aos de Dilma Rousseff e, assim, evitar o impeachment. Com esse parecer do procurador responsável pela investigação das pedaladas fiscais, o estratagema de Renan Calheiros foi praticamente anulado.


    É uma vitória importante de Michel Temer sobre o seu maior inimigo dentro do PMDB -- e, por tabela, sobre Dilma Rousseff, que também terá de arcar com mais acusações.