FGV: Nível de emprego
Classe de renda mais baixa não reportava preocupação e agora fala nisso
Publicado: 10 de setembro de 2014 às 14:10
Rio - A percepção de que as condições do
mercado de trabalho estão piores se disseminou entre todas as faixas de
renda no mês de agosto, afirmou nesta quarta-feira, 10, o economista
Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador do Instituto Brasileiro
de Economia
da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). “Até mesmo a faixa de renda mais
baixa, que não reportava piora na condição, agora fala nisso. Antes,
era só o pessoal das faixas de cima”, observou.
Em agosto, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 5,8% na
comparação com julho, a maior variação desde julho de 2013 (7,1%),
indicando deterioração no mercado de trabalho. Já o Indicador
Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 1,2%, sinalizando a continuidade
da baixa geração de vagas.
“Todo mundo revisou a situação atual do emprego para baixo. Talvez a eleição contribua para difundir informações sobre a situação da economia, talvez o PIB (do 2º trimestre) tenha contaminado, já que saiu o resultado em recessão. Não sabemos se esse pessoal de fato já está sentindo na pele ou se é porque espera notícias ruins”, disse Barbosa Filho.
O economista ressaltou, contudo, que a percepção de piora está espalhada não apenas entre os consumidores segundo suas faixas de renda, mas também entre as classes empresariais, tanto da indústria quanto de comércio e serviços. “Esse sentimento está disseminado na economia como um todo”, afirmou.
Segundo Barbosa Filho, alguns sinais já são vistos na prática, como a baixa geração de vagas apontada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar disso, a taxa de desemprego continua baixa, de acordo com ele, devido à contínua queda na População Economicamente Ativa (PEA). (Idiana Tomazelli/Agência Estado)
“Todo mundo revisou a situação atual do emprego para baixo. Talvez a eleição contribua para difundir informações sobre a situação da economia, talvez o PIB (do 2º trimestre) tenha contaminado, já que saiu o resultado em recessão. Não sabemos se esse pessoal de fato já está sentindo na pele ou se é porque espera notícias ruins”, disse Barbosa Filho.
O economista ressaltou, contudo, que a percepção de piora está espalhada não apenas entre os consumidores segundo suas faixas de renda, mas também entre as classes empresariais, tanto da indústria quanto de comércio e serviços. “Esse sentimento está disseminado na economia como um todo”, afirmou.
Segundo Barbosa Filho, alguns sinais já são vistos na prática, como a baixa geração de vagas apontada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar disso, a taxa de desemprego continua baixa, de acordo com ele, devido à contínua queda na População Economicamente Ativa (PEA). (Idiana Tomazelli/Agência Estado)