domingo, 21 de dezembro de 2014
PT, o partido dos escândalos, quer lavar a cara com propaganda.
Editorial do
Estadão vai ao ponto: os petistas insistirão na propaganda como forma
de construção da realidade. Convém lembrar que, para essa gente, não há
fatos, não existe realidade, mas apenas construção social do real. E
tome relativismo! Tudo para tentar emplacar o nefasto Lula em 2018:
O Partido dos Trabalhadores (PT), envolvido nos maiores escândalos de
corrupção do Brasil na última década, está preocupado com sua imagem.
Conforme dirigentes do partido discutiram em recente reunião da corrente
majoritária da legenda "Partido que Muda o Brasil", o PT precisa agir
para resgatar a aura "ética" que criou e cultivou nos primeiros anos de
sua existência. Mais uma vez, os petistas apostam tudo na propaganda
como forma de construção da realidade. No entanto, está cada vez mais
claro que a imagem de partido que abriga corruptos não está associada ao
PT à toa - e será preciso muito mais do que golpes de marketing para
alterar essa percepção.
"É preciso passar o PT a limpo", disse Jorge
Coelho, um dos vice-presidentes do partido, durante o encontro. A
recomendação é pertinente, mas é difícil de acreditar que haverá
qualquer esforço autêntico para que essa limpeza seja realmente
realizada. Não se trata de ceticismo, mas de constatação: basta lembrar
que os principais dirigentes do partido envolvidos no escândalo do
mensalão, por exemplo, foram tratados pela militância e pelos líderes
petistas como "presos políticos" e "guerreiros do povo brasileiro".
Agora, com a roubalheira na Petrobrás sendo
exposta em detalhes sórdidos, para dar a impressão de que não tolera
corrupção, o PT aprovou uma resolução segundo a qual os filiados
envolvidos em falcatruas serão expulsos. Tal disposição para lidar com
os malfeitores como se deve, dizem os dirigentes petistas, ficou
comprovada pela posição adotada pelo partido no processo contra o
deputado André Vargas na Câmara. A bancada do PT foi orientada a votar a
favor da cassação do ex-petista, denunciado por sua ligação com o
doleiro Alberto Youssef, pivô do escândalo da Petrobrás. "Quando o PT
pede a cassação do André, dá um exemplo concreto", disse o presidente
nacional do partido, Rui Falcão.
A singela narrativa petista, contudo, tem falhas de roteiro. A
principal é que Vargas estava havia mais de 20 anos no partido, sendo
uma de suas principais lideranças. Por essa razão, é preciso muito
esforço para crer que, na cúpula petista, ninguém soubesse de suas
traquinagens. O fato é que Vargas perdeu apoio no PT somente quando o
escândalo que o envolvia começou a ameaçar os planos eleitorais do
partido - e então ele foi pressionado a abandonar a legenda à qual
prestou tantos serviços, entre os quais desqualificar os ministros do
Supremo Tribunal Federal que condenaram os caciques petistas à prisão no
caso do mensalão.
Como o resgate da imagem "ética" do PT não pode ter contradições como
essa, o partido decidiu criar uma TV na internet para dar a sua versão
dos fatos. O projeto se alinha à tese segundo a qual foi a imprensa que
criou o mito da corrupção petista e que é necessário mostrar ao País
que, ao contrário do que sugere o noticiário diário, o PT não é
conivente com as fraudes e os desvios de dinheiro público. A esse
propósito - e fica aqui a sugestão de pauta para a TV petista -, seria
interessante conhecer a versão do partido para a manutenção de João
Vaccari Neto como seu tesoureiro, a despeito das inúmeras denúncias de
seu envolvimento com o escândalo da Petrobrás.
Toda essa mobilização marqueteira tem um único propósito: salvar a
candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência em 2018. O
recurso à nostalgia petista em relação a seu passado imaginário, no qual
o partido se apresentava como uma forma de ruptura em relação a "tudo o
que está aí", é articulado diretamente pelo ex-presidente. No 5.º
Congresso do PT, por exemplo, Lula disse que os que não têm "compromisso
ético" devem sair do partido.
Na mesma ocasião, o ex-presidente reconheceu que o PT "comete erros",
mas isso é resultado de seu gigantismo, pois, segundo suas palavras,
"não existe no mundo nenhuma experiência política mais bem-sucedida do
que o PT". Foi esse portento, segundo o ex-presidente, que criou os
instrumentos para acabar com a roubalheira no Brasil - até a delação
premiada, que está na legislação desde 1990, foi citada por ele como
obra petista. É assim, com esse nível de mistificação, que Lula e seus
correligionários querem fazer o País acreditar que o PT, ao contrário
das evidências, é um campeão da luta contra a corrupção.
Menosprezados no ministério, gafanhotos petistas querem monopolizar cargos de confiança. É o aparelhamento absoluto do Estado.
Iconoclástico, anti-ideológico e politicamente incorreto.
Para
completar o aparelhamento do Estado, o stalinista Rui Falcão,
presidente do Partido Totalitário, está fazendo um mapa dos cargos
federais nos Estados. O objetivo é aboletar militantes nessas
"boquinhas". Como os petistas, em geral, não conseguem ser aprovados em
concursos públicos rigorosos (universidades à parte), o jeito é entrar
pela janela. É o que eles têm feito nos últimos 12 anos - para desgraça
do país, vítima dos incompetentes:
Conformado
com a perda de espaço no ministério do segundo governo Dilma Rousseff, o
PT prepara um avanço sobre os cargos de confiança do governo federal
nos Estados e em grandes municípios como forma de reverter pelo menos em
parte o prejuízo. A ideia é fazer uma espécie de “recall” dos cerca de
15 mil postos federais fora de Brasília identificando indicações
"politicamente obsoletas" e ocupando os espaços.
“Estamos fazendo um mapa dos cargos federais nos Estados para saber
quem é quem, quem indicou, qual a avaliação que a gente tem disso, e
fazer uma proposta (de nomes à presidente)”, disse o presidente nacional
do PT, Rui Falcão.
A última vez que o partido mapeou os cargos federais espalhados pelo
Brasil foi em 2003, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
assumiu o Planalto. Na época, o encarregado do inventário foi o então
secretário nacional de Organização do PT, Sílvio Pereira, que chegou a
ter uma sala para trabalhar no Palácio do Planalto.
Dois anos depois, no auge do escândalo do mensalão, Silvinho, como é
conhecido, pediu desfiliação do PT sob acusação de ter ganho um Land
Rover de presente de uma empreiteira que tinha negócios com o governo
federal. O ex-dirigente petista agia sob o comando do então ministro da
Casa Civil José Dirceu, que cumpre prisão domiciliar pela condenação no
mensalão.
Desta vez, o PT optou por um caminho diferente. Em vez de fazer o
levantamento a partir de Brasília, a Secretaria Nacional de Organização
do partido foi incumbida de elaborar um mapeamento minucioso, Estado por
Estado, com base em informações repassadas pelos diretórios regionais
da sigla.
Indicações ‘caducas’. O
objetivo é identificar as vagas cujas indicações “caducaram”
politicamente, seja porque os padrinhos perderam prestígio, seja em
função do realinhamento de partidos que apoiaram o governo Lula e hoje
fazem oposição à gestão Dilma Rousseff.
“A ideia é melhorar a representatividade. Às vezes, tem gente lá que
não representa mais as forças que compõem a base do governo”, disse o
atual secretário nacional de Organização do PT, Florisvaldo Souza.
Segundo ele, existe ainda uma terceira categoria de ocupantes destes
postos federais que são os técnicos de carreira alçados a postos de
confiança automaticamente depois que os indicados políticos deixaram as
vagas. Eles também estão na mira do PT.
“Tem lugares em que a pessoa indicada saiu e acabou ficando algum
técnico de carreira, sem qualquer compromisso político”, disse o
dirigente petista.
Baixo clero. Segundo
fontes do partido, os principais objetivos do levantamento são acomodar
o chamado baixo clero petista e manter uma margem de manobra para
negociar a composição da base de apoio ao segundo mandato de Dilma na
Câmara.
Entre os alvos estão indicações feitas pelo PSB, hoje na oposição,
que sobreviveram ao desembarque do partido do governo, em 2013,
apadrinhados por ex-senadores e ex-governadores hoje aposentados - a
exemplo de José Sarney (PMDB) - e até petistas que perderam o poder ou
se envolveram em escândalos.
Novo Congresso. Embora
Dilma tente contemplar todos os partidos aliados na montagem do governo
com cargos no primeiro e segundo escalões, o PT não tem segurança sobre
como será o comportamento do Congresso com a pulverização de
parlamentares nos 28 partidos, seis deles representados na Câmara pela
primeira vez. Segundo petistas, o fenômeno só poderá ser compreendido
depois do início da nova legislatura e os cargos de confiança nos
Estados podem ser usados para negociações com parlamentares no varejo.
De acordo com o Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do
Planejamento, existem quase 23 mil cargos de confiança em todo o governo
federal. Os salários vão de R$ 2,1 mil a R$ 12,9 mil. O ministério não
soube informar quantos destes cargos estão fora da capital federal, mas o
PT estima em dois terços desse contingente.
Cerca de 75% das vagas, no entanto, são reservadas a funcionários de
carreira, sobrando pouco menos de 6 mil postos em todo o País para livre
nomeação (mais informações no texto abaixo). Os números não levam em
conta cargos em estatais e autarquias, que também estão na mira do PT.
De acordo com o secretário de Organização, o partido ainda não tem um
número fechado.
Apesar de reivindicar a prioridade para preencher estes postos, o PT
toma cuidados para não pisar nos calos de aliados no Congresso e,
principalmente, dos governadores - parte importante do modelo de
governabilidade do segundo mandato. (Estadão).
Opinião: Lima – decepcionante, mas nada surpreendente
Meio Ambiente
A Conferência do Clima no Peru não teve os grandes resultados esperados
por alguns. Mas não se deve atribuir muita importância a essas
conferências anuais, opina a jornalista da DW Irene Quaile.
Já virou rotina a prorrogação da conferência anual do clima e a luta
até o último minuto por um consenso, na maioria das vezes,
insatisfatório. Há tempos era claro que nesta rodada grandes anúncios
não eram esperados. Não foi à toa que Estados Unidos e China sinalizaram
antecipadamente sua prontidão em contribuir com a proteção climática.
Isso foi bom para os ânimos gerais, sem que se precisasse anunciar objetivos ambiciosos. Que nem China, nem Estados Unidos queiram permitir que seus dados e progressos sejam fiscalizados externamente, também não surpreenderia ninguém.
Os países têm tempo até maio próximo para apresentar números e objetivos concretos para o novo acordo global do clima, que deve ser assinado no final de 2015, em Paris. Seria ingenuidade esperar que eles se permitiriam ser pressionados para fazer isso já agora em Lima.
O apelo do secretário de Estado dos EUA durante a rodada foi um acontecimento. Não surpreende, porém, que países em desenvolvimento e emergentes não tenham tomado com entusiasmo a advertência americana de que deveriam reduzir suas emissões de CO2. Kerry pode até estar certo, mas ouvir isso de um representante de um país que no passado foi o maior contribuinte para o aquecimento global é difícil de digerir.
Proteção climática não pode mais ser adiada
O que é preciso fazer ficou definitivamente claro desde o último relatório do conselho do clima mundial deste ano. Para que as mudanças climáticas permaneçam em um nível mais ou menos tolerável, a emissão de gases do efeito estufa só pode aumentar até 2020, no máximo.
Até 2050, a maioria da demanda de energia no mundo precisa ser suprida a partir de fontes renováveis. Até 2100, a eliminação da economia fóssil deve estar praticamente concluída. E, para alcançar essas diretrizes, todos os Estados precisam contribuir.
É compreensível que os países em desenvolvimento e emergentes desejem ser tratados de maneira diferente, perante o fato de que os "antigos" países industrializados até agora foram os principais causadores das mudanças climáticas.
É de se estranhar, no entanto, que um país como a China, que se tornou um dos maiores emissores de CO2, ainda deseje ser tratado com um país em desenvolvimento. Também não pode ser ignorado que o boom do carvão na Índia será um problema enorme para o clima global.
Todo ano o mesmo espetáculo
É uma pena que a encenação anual, com a prorrogação das conversas no fim de semana e a apresentação de uma resolução bastante enfraquecida ao final, desvie os progressos ocorridos em Lima e em meses anteriores. O Fundo Verde do Clima já arrecadou mais de 10 bilhões de dólares. E os grandes poluidores China e EUA reconheceram a necessidade urgente de se implementar medidas de proteção ao clima.
É claro que palavras precisam ser seguidas de ações. Em Lima, essa regulamentação ainda não foi possível. O aumento de fenômenos climáticos extremos nos dois países e o enorme problema causado pela poluição do ar na China, porém, são a melhor garantia de que os dois países realmente irão se mexer nos próximos anos.
As medidas até agora não são, nem de longe, suficientes para proteger o mundo de um perigoso aumento na temperatura além da meta de 2°C. Com relação a isso, o encontro em Lima não alterou nada. Quem tinha muitas expectativas, só se decepcionou. No entanto, cresce internacionalmente o reconhecimento de que não há alternativas à proteção climática.
Conferências não podem salvar o mundo
Conferências do clima são importantes, pois o mundo precisa de um acordo climático vinculativo. No entanto, elas não conseguem salvar o mundo do risco do aquecimento global. Esforços para a proteção do clima não podem fazer pausa de um ano para outro. A mudança precisa acontecer na política cotidiana. A transição para fontes de energia renováveis e um modelo econômico "verde" são as chaves para o sucesso.
A decepção com a conferência no Peru está no fato de que Lima deveria ser um passo importante no caminho a Paris. O passo foi, porém, menor do que o esperado por muitos.
Se as conferências anuais do clima forem consideradas referência, aumenta a pressão e, com isso, o risco de fracassar. Muitas decisões desagradáveis foram adiadas para o próximo ano. Paris terá que regular tudo. Se as expectativas nesses eventos de duas semanas forem muito altas, eles estarão condenados ao fracasso.
Os governos do mundo precisam fazer suas lições de casa. Para que Paris possa ser um sucesso, o caminho para isso precisa ser preparado anteriormente – e não somente durante as negociações da ONU.
Isso foi bom para os ânimos gerais, sem que se precisasse anunciar objetivos ambiciosos. Que nem China, nem Estados Unidos queiram permitir que seus dados e progressos sejam fiscalizados externamente, também não surpreenderia ninguém.
Os países têm tempo até maio próximo para apresentar números e objetivos concretos para o novo acordo global do clima, que deve ser assinado no final de 2015, em Paris. Seria ingenuidade esperar que eles se permitiriam ser pressionados para fazer isso já agora em Lima.
O apelo do secretário de Estado dos EUA durante a rodada foi um acontecimento. Não surpreende, porém, que países em desenvolvimento e emergentes não tenham tomado com entusiasmo a advertência americana de que deveriam reduzir suas emissões de CO2. Kerry pode até estar certo, mas ouvir isso de um representante de um país que no passado foi o maior contribuinte para o aquecimento global é difícil de digerir.
Proteção climática não pode mais ser adiada
O que é preciso fazer ficou definitivamente claro desde o último relatório do conselho do clima mundial deste ano. Para que as mudanças climáticas permaneçam em um nível mais ou menos tolerável, a emissão de gases do efeito estufa só pode aumentar até 2020, no máximo.
Até 2050, a maioria da demanda de energia no mundo precisa ser suprida a partir de fontes renováveis. Até 2100, a eliminação da economia fóssil deve estar praticamente concluída. E, para alcançar essas diretrizes, todos os Estados precisam contribuir.
É compreensível que os países em desenvolvimento e emergentes desejem ser tratados de maneira diferente, perante o fato de que os "antigos" países industrializados até agora foram os principais causadores das mudanças climáticas.
É de se estranhar, no entanto, que um país como a China, que se tornou um dos maiores emissores de CO2, ainda deseje ser tratado com um país em desenvolvimento. Também não pode ser ignorado que o boom do carvão na Índia será um problema enorme para o clima global.
Todo ano o mesmo espetáculo
É uma pena que a encenação anual, com a prorrogação das conversas no fim de semana e a apresentação de uma resolução bastante enfraquecida ao final, desvie os progressos ocorridos em Lima e em meses anteriores. O Fundo Verde do Clima já arrecadou mais de 10 bilhões de dólares. E os grandes poluidores China e EUA reconheceram a necessidade urgente de se implementar medidas de proteção ao clima.
É claro que palavras precisam ser seguidas de ações. Em Lima, essa regulamentação ainda não foi possível. O aumento de fenômenos climáticos extremos nos dois países e o enorme problema causado pela poluição do ar na China, porém, são a melhor garantia de que os dois países realmente irão se mexer nos próximos anos.
As medidas até agora não são, nem de longe, suficientes para proteger o mundo de um perigoso aumento na temperatura além da meta de 2°C. Com relação a isso, o encontro em Lima não alterou nada. Quem tinha muitas expectativas, só se decepcionou. No entanto, cresce internacionalmente o reconhecimento de que não há alternativas à proteção climática.
Conferências não podem salvar o mundo
Conferências do clima são importantes, pois o mundo precisa de um acordo climático vinculativo. No entanto, elas não conseguem salvar o mundo do risco do aquecimento global. Esforços para a proteção do clima não podem fazer pausa de um ano para outro. A mudança precisa acontecer na política cotidiana. A transição para fontes de energia renováveis e um modelo econômico "verde" são as chaves para o sucesso.
A decepção com a conferência no Peru está no fato de que Lima deveria ser um passo importante no caminho a Paris. O passo foi, porém, menor do que o esperado por muitos.
Se as conferências anuais do clima forem consideradas referência, aumenta a pressão e, com isso, o risco de fracassar. Muitas decisões desagradáveis foram adiadas para o próximo ano. Paris terá que regular tudo. Se as expectativas nesses eventos de duas semanas forem muito altas, eles estarão condenados ao fracasso.
Os governos do mundo precisam fazer suas lições de casa. Para que Paris possa ser um sucesso, o caminho para isso precisa ser preparado anteriormente – e não somente durante as negociações da ONU.
Mais sobre este assunto
Dilma e a mentira contada mil vezes...
AVISO AOS NAVEGANTES!
De
22 de dezembro a 6 de janeiro, estaremos em férias. O Blog não vai
parar, mas vai rodar sem aquele compromisso de atualização diária. Feliz
Natal e feliz Ano Novo para todos. E muito obrigado.
domingo, 21 de dezembro de 2014
"Eu mesma despedi, três anos antes das investigações, o diretor que
confessou para a Justiça a existência de um esquema de desvio de
dinheiro na Petrobras".
Esta declaração, fartamente desmentida no Brasil, foi dada
por Dilma Rousseff ao jornal El Mercúrio, do Chile. Foi comprovado que
Paulo Roberto Costa pediu demissão, em renúncia aceita pelo Conselho de
Administração da Petrobras, com menções elogiosas feitas por Guido
Mantega, seu presidente, pelos relevantes serviços prestados.
Eis o texto da ata assinada por Guido Mantega, que comprova a mentira internacional de Dilma:
“O presidente do Conselho de Administração, Guido Mantega, em face da
renúncia do diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, submeteu o
nome do senhor José Carlos Cosenza, indicado pela presidente da
Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, para substituí-lo...
Outrossim, determinou o registro dos agradecimentos do colegiado ao
diretor que deixa o cargo, pelos relevantes serviços prestados à
companhia no desempenho de suas funções”.
Tapa o sol com peneira Dilma: Brasil não vive crise de corrupção e não há intocáveis (rs...)
Presidenta diz que esquema pode existir há décadas antes do governo PT
Publicado: 21 de dezembro de 2014 às 18:06
“Minha indignação com as denúncias que envolvem a Petrobras é a mesma
que sentem os brasileiros. E quero, como todos eles, que os culpados
sejam punidos”, afirmou Dilma ao jornal. “O Brasil não vive uma crise de
corrupção, como afirmam alguns. Nos últimos anos começamos a por fim a
um largo período de impunidade. É um grande avanço para a democracia
brasileira”, disse.
“No Brasil não há intocáveis. Qualquer um que não trate o dinheiro público com seriedade e honestidade deve pagar por isso. É um compromisso do meu governo”, salientou a presidente.
“Essas investigações têm levado ao desmantelamento de um esquema que é suspeito de ter décadas de existência, antes dos governos do PT”, disse a presidente ao voltar a destacar que sua gestão tem liderado o processo contra a impunidade no País. “Eu mesma despedi, três anos antes das investigações, o diretor que confessou para a Justiça a existência de um esquema de desvio de dinheiro na Petrobras”, finalizou. (Ricardo Chapola/AE)
“No Brasil não há intocáveis. Qualquer um que não trate o dinheiro público com seriedade e honestidade deve pagar por isso. É um compromisso do meu governo”, salientou a presidente.
COMENTARIOS
Joao Felipe Araruna Junior ·
Inacreditável. Mesmo com um mundo de evidências do envolvimento do PT e de figurões da base aliada, a soberana tem a coragem de insinuar que seu governo e seus asseclas são os guardiões da moral, criadores da liga anti corrupção, e ainda insinuam que ladrões são somente os governos anteriores. Mas, até agora, os fatos não mostram nada do que ela insinua.
Heriberto F. Araújo Araújo ·
Essa praga não sei por que já não foi para o inferno, mentir é o lema destes bandidos travestido de moralistas, inclusive ela Dilma Rousseff, é a moda nazista mentir, mentir, mentir.... e torna verdade, não vamos nos dispersar o Brasil e seu povo merece coisa melhor, temos que fazer comparação dos governos passando junto a Petrobras, o dos tempo dos militares, Sarney, Itamar, Collor, FHC, e tirar isto a limpo, buscar todos os balanços e contratos e desmascarar essa bandida de primeira classe. A PF, MPF, PGR, RF, deve ficar alerta, eles PT estão querendo melar e deixar a opinião pública achando que a corrupção é parte da cultura brasileira, mil vezes não, e o STF como vai se comportar, vai achar que o que a presidenta Dilma acha é o que eles também acham e assim vai deixar todos rindo e indo para casa, como foram os do mensalão. Que vergonha estamos passando diante da opinião internacional.
Art Nativa ·
É INACREDITAVEL QUE ESSA MULHER VEM DIZER ,VCS DO PT SAO OS RESPONSAVEIS POR TER TANTA ROUBALHEIRA NUNCA VISTA ANTES NESTE PAIS,VCS SAO IMCOMPETENTES PRA GOVERNAR MAS PRA ROUBAR SAO IMBATIVEIS SAO ESPECIALISTAS,NAO HA MAL QUE SEMPRE DURE QUE A JUSTIÇA SEJA FEITA E QUE VCS VAO FAZER PARTE DE PRESOS,DEUS É JUSTO É SO AGUARDAR SEUS PILANTRAS.
Odair Medeiros ·
Ainda que já existisse, os PTralhas aperfeiçoaram a corrupção na PeTrobrás. Ela exige prova para demitir funcionário corrupto. Vcs já viram ladrão dar recibo?- arthur.latache (entrou usando yahoo)
E zé dirceu? Por acaso não foi tratado como vítima de uma ditadura de Justiça? Não se disse que o Brasil era uma ditadura na sua prisão? Ditador só pode ser o chefe do Executivo: dilmá, portanto.
Não me venha com esta palhaçada de dizer que é você que combate a corrupção, especialmente cometendo a corrupção de comprar a melação de CPI com cargo no TCU.
Despediu chamando o cara de querido e amado, mandando fazer anexos apenas para armazenar os elogios que mandou incluir no histórico do então amigo e agora corrupto, mas principalmente denunciante. NÃO ME ENGANA, QUE NÃO GOSTO.,
Joao Paganeli · Quem mais comentou · Etel Técnica de Eletrônica Escola
Boa noite, esta entrevista cabe uma representação de impechmant , a presidenta não pode mentir, quando ela afirma a soberba....EU MESMA DESPEDI, O DELATOR PEDIU DEMISSÃO, quando ela afirma de um esquema antes das gestões, ela tem que provar, caso contrario se ela sabe e não tomou as providencias ela foi OMISSA, caberia aqui se tiverem peito o PSDB questiona-la,,,,,por ultimo falar o que , ela acredita que todos estes fatos é obra de ficção, prestem atenção eles tinham certeza que ia se reeleger, conseguira, a hora que chegar no STF, adeus lava
jato.
“Essas investigações têm levado ao desmantelamento de um esquema que é suspeito de ter décadas de existência, antes dos governos do PT”, disse a presidente ao voltar a destacar que sua gestão tem liderado o processo contra a impunidade no País. “Eu mesma despedi, três anos antes das investigações, o diretor que confessou para a Justiça a existência de um esquema de desvio de dinheiro na Petrobras”, finalizou. (Ricardo Chapola/AE)
O setor automotivo representa cerca de 50% do comércio com o Brasil e ele foi um dos mais afetados este ano, seja pela caída na economia dos dois países ou pelas barreiras argentinas que dificultam o acabamento dos produtos.
Barreiras comerciais
Argentina: automóveis incompletos por falta de peças
O problema do controle excessivo às importações, que vem afetando sobretudo a produção de carros, acentua-se cada vez mais. De acordo com a Câmara, os estacionamentos das montadoras de Córdoba têm “12.000 carros parados, sem terminar” porque faltam peças que vêm de outros países.
"Tem carros já vendidos que estão parados nas montadoras de Córdoba", disse Miguel Ponce, gerente da Câmara, para quem essa situação se deve "à baixa qualidade de gerenciamento do comércio exterior".
Em declarações a rádios, ele disse que "existe um gerenciamento inercial" na política comercial internacional do governo argentino.
O dado surge em meio a especulações de que o governo elevaria a faixa de preços para os carros zero quilômetro que são alcançados pelas alíquotas de 30% e 50% de impostos internos, em uma medida destinada a frear a queda das vendas.
Assessores dos ministérios da Economia e da Indústria estão trabalhando em uma resolução para modificar a categoria de valores que vai de 170.000 pesos a 210.000 pesos.
Apesar de não terem dado precisões sobre quando o anúncio ocorrerá, é provável que a medida entre em vigor no começo de 2015. Fontes das montadoras vazaram que os valores subiriam entre 20% e 25%.
A aplicação de uma alíquota de 30% para os carros cujo valor está entre 170.000 pesos e 210.000 e de 50% para os que superam esse preço entrou em vigor neste ano.
Fonte: Agência DyN
Bilateral "Querida amiga, Cristina"
El Clarin
Marcia Carmo
O que Dilma e Cristina não falaram abertamente em seus discursos, mas que inquieta o Brasil
(Presidentes durante encontro do Mercosul, neste mês. Último liderado por Cristina como presidente já que ela passará a faixa presidencial em dezembro próximo)
No último encontro que tiveram este ano, durante a reunião do Mercosul, na cidade argentina de Paraná, na província de Entre Rios, a presidente brasileira voltou a se referir a colega argentina como sempre faz. “Minha querida amiga Cristina Kirchner”.
"Querida" é palavra dita também pela presidente quando abordada por alguma jornalista. Antes, ela dizia "minha filha" e o tom costumava ser criticado nos bastidores por repórteres e auxiliares.
No encontro desta semana, na pacata Paraná, as duas presidentes ainda foram flagradas pelos repórteres brasileiros quando conversavam provavelmente sem saber que os microfones estavam abertos. Cristina quis saber quando sairia a reforma ministerial no Brasil, e Dilma respondeu: “Está difícil, não está fácil”.
Na relação bilateral, o que mais preocupa autoridades brasileiras é a retração de cerca de 27% no comércio entre os dois países nos onze meses deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado.
"A Argentina é o destino essencial para os produtos industriais brasileiro e se algo funciona mal nesse comércio bilateral pode afetar também setores do emprego no Brasil", admitiu um negociador brasileiro, falando de Brasília.
Assessores do governo brasileiro atribuem a queda neste comércio bilateral a “recessão na economia argentina e as barreiras comerciais impostas pela Argentina aos produtos do Brasil”, como comentou um deles.
Outro motivo de preocupação é o atraso nos pagamentos aos exportadores brasileiros.
Neste caso, assessores brasileiros preferem não arriscar o valor exato desta divida que foi sendo acumulada principalmente ao longo deste ano a partir das restrições determinadas em 2011 pelo governo argentino ao dólar – o que dificulta o pagamento do que importadores argentinos compram do exterior.
"Melhor falar com os importadores argentinos ou com os exportadores brasileiros", dizem.
Até setembro deste ano, importadores argentinos acumulavam cerca de US$ 2 bilhões (R$ 4,4 bilhões) em pagamentos atrasados a fornecedores brasileiros, de acordo com Miguel Ponce, presidente da Câmara de Importadores da República Argentina (Cira).
E segundo fontes do governo brasileiro pouco ou nada teria mudado desde aquela época.
(Setor automotivo responde por 50% do comércio bilateral e tem sido afetdo pelas barreiras argentinas - "tiro no pé", admite negociador brasileiro)
Na visão de interlocutores brasileiros a responsabilidade pela queda no comércio é totalmente da Argentina e não do Brasil – que tem merecido atenção de investidores e de economistas após a desaceleração da economia brasileira este ano e com forte expectativa para as medidas da nova equipe econômica, liderada por Joaquim Levy.
Brinquedos
“Nós achamos que as cadeias produtivas darão maior impulso ao Mercosul. A principal delas agora é a de produção de brinquedos no bloco. Mas o governo argentino defendeu que o produto final seja somente com produtos nossos. É difícil. Alguns insumos são importados de fora do Mercosul. Não tem jeito, é assim mesmo”, disse um negociador brasileiro.
Eles acabaram chegando a um entendimento e agora espera-se que esta iniciativa ganhe força durante a presidência temporária do Brasil no Mercosul – seis meses, como é de praxe.
Na pratica, ao fabricar brinquedos com selo Mercosul, os cinco países do bloco (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela) querem enfrentar a concorrência de produtos da China – país que para o presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, deve ser reconhecido por sua forte presença na região. Mujica sugeriu que não adianta simplesmente combater a concorrência, é preciso admitir que a China está aí e é melhor se aproximar deste tigre com produtos presentes em vários setores tanto no Brasil como na Argentina e em outros países da região.
No mesmo encontro na cidade de Paraná, a presidente Dilma pediu maior transparência e fluidez no comércio bilateral – uma forma elegante de dizer à “querida amiga, Cristina” que a relação bilateral precisa ser feita com maior confiança e mais comércio.
“Desde a criação do bloco, o comércio entre nossos países cresceu mais de doze vezes. Saltamos de US$ 4,5 bilhões, no nosso início, para aproximadamente US$ 60 bilhões no ano passado. Esse crescimento é superior à evolução do comércio mundial como um todo. Isso nos coloca em uma situação não de conforto, mas de desafio. Nós vamos ter de, nos próximos anos, tomar todas as providências no sentido de ampliar essa nossa relação”, disse Dilma.
Com um discurso baseado em números, Dilma disse que o Mercosul continua sendo o principal receptor de Investimento Estrangeiro Direto na América do Sul como um todo, tendo sido destino de 62% dos investimentos externos diretos do continente em 2013.
Mas o comércio dentro do bloco – ou seja, principalmente entre Brasil e Argentina, os dois maiores sócios, é o que mais inquieta autoridades e empresários brasileiros, como sugeriu a presidente em um trecho de seu discurso, sem dizer especificamente o nome do país vizinho.
“Nós temos de trabalhar ativamente para recuperar a fluidez do comércio intrabloco, buscando soluções conjuntas que permitam que nós retomemos a trajetória ascendente de nossas trocas, em um ambiente com regras claras, assentadas nas disciplinas comerciais do bloco e no seu aprofundamento”, disse Dilma, em seu discurso na cidade de Paraná.
(A AFIP - a Receita Federal argentina -quem responde pelo controle das barreiras burocráticas que atrasam fluidez do comércio)
O que mais tem gerado até certo cansaço entre autoridades e empresários brasileiros são as barreiras comerciais – chamadas de DJAs (Declaração Jurada Antecipada de Importação). As autoridades brasileiras e os empresários brasileiros entendem que a Argentina tem dado “um tiro no pé” com a medida.
“Muitas vezes a Argentina está barrando também insumos que ela precisa para completar a produção, principalmente no setor automotivo onde nossa cadeia de produção é complementar”, disse um negociador brasileiro.
Para negociadores brasileiros, a Argentina é hoje "muito mais fechada" economicamente do que o Brasil e a atitude da nova equipe econômica frente às medidas do vizinho - neste caso, na área de comércio exterior, também deve fazer parte da agenda de 2015.
Não existem números exatos que indiquem quanto estas barreiras afetam o comércio bilateral, de acordo com auxiliares do governo da presidente Dilma.
O fato é que o comércio bilateral encolheu este ano. Seja pelo menor crescimento ou recessão técnica no Brasil, pela recessão argentina ou pelas DJAs.
E os investimentos brasileiros na Argentina ta,bém diminuíram nos últimos tempos, segundo levantamento do economista Mauricio Claveri, da consutoria Abeceb, de Buenos Aires.
"Os investimentos se destinam mais a economias mais dinâmicas, como México, Colômbia e Peru", disse. Em 2006, o Brasil, por sua vez, investia US$ 1,3 bilhão na Argentina. Em 2013, foram US$ 446 milhões e no primeiro semestre deste ano, ainda segundo a mesma consultoria econômica baseada em números oficiais, US$ 64 milhões.
A expectativa agora é com o que ocorrerá no Ano Novo – novo governo de Dilma, com os novos ministros, e último ano do governo da "querida amiga" Cristina Kirchner.
Mas para alguns empresários brasileiros, segundo disseram dois deles, pedindo anonimato, "o Ano Novo em termos de investimentos brasileiros na Argentina pode começar em 2016".
Família vive momentos de terror no Park Way
De acordo com uma moradora da casa, situada no Conjunto 2, os criminosos "surgiram de repente"
Uma família passou 40 minutos em poder de cinco assaltantes na
Quadra 13 do Park Way na tarde deste sábado (20). O assalto ocorreu
perto da residência do governador eleito do Distrito Federal, Rodrigo
Rollemberg.
De acordo com uma moradora da casa, situada no Conjunto 2, os criminosos “surgiram de repente”. Armados, eles mandaram as vítimas de deitarem no chão, entre elas, uma mulher grávida. No momento, havia 15 pessoas na residência.
“Eles sumiram”
Enquanto isso, o bando recolhia tudo o que encontrava pela frente: televisores, bicicleta e até garrafas de bebida. “Tinha um muito nervoso. Pensei que fosse atirar na gente”, relata.
Os cinco fugiram em dois carros que estavam na casa, mas não chegaram a ir longe devido à presença da polícia. Desesperado, o grupo abandonou os veículos perto da quadra. “Eles sumiram em direção ao córrego”, disse o sargento Coelho, da PM.
De acordo com uma moradora da casa, situada no Conjunto 2, os criminosos “surgiram de repente”. Armados, eles mandaram as vítimas de deitarem no chão, entre elas, uma mulher grávida. No momento, havia 15 pessoas na residência.
“Eles sumiram”
Enquanto isso, o bando recolhia tudo o que encontrava pela frente: televisores, bicicleta e até garrafas de bebida. “Tinha um muito nervoso. Pensei que fosse atirar na gente”, relata.
Os cinco fugiram em dois carros que estavam na casa, mas não chegaram a ir longe devido à presença da polícia. Desesperado, o grupo abandonou os veículos perto da quadra. “Eles sumiram em direção ao córrego”, disse o sargento Coelho, da PM.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
Agnelo diz que deixará o governo de cabeça erguida e critica Rollemberg
Em fim de mandato, o atual governador diz que o senador do PSB não vai conseguir fazer tudo o que prometeu durante a campanha
Pela primeira vez desde as crises vividas na cidade nas últimas semanas, com manifestações de servidores e terceirizados insatisfeitos pelos salários atrasados, alagamentos e mato alto, o governador Agnelo Queiroz (PT) se pronunciou e fez um balanço dos quatro anos à frente do Palácio do Buriti. Sem sequer mencionar o nome de Rodrigo Rollemberg (PSB) durante duas as horas de entrevista, o petista se mostrou indignado com as declarações da equipe de transição e rebateu os números apresentados pela futura composição do GDF. O petista garantiu que entregará o governo na normalidade e atacou o sucessor.
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Sentado no sofá da Residência oficial de Águas Claras, ele recebeu a reportagem do Correio na sexta-feira. O clima na mansão era de mudança. Os quadros pessoais de Agnelo começaram a ser retirados das paredes e estão sendo levados para a casa do governador, no Lago Sul. Já na primeira manifestação, Agnelo foi contundente ao falar do sucessor: “Será o maior estelionato eleitoral que a cidade já viu”. Em relação às atitudes de Rollemberg, afirmou que “ele apresenta um viés autoritário e antidemocrático”.
Sobre o novo secretariado, o atual governador criticou a extinção da pasta de Transparência. Médico por formação, desejou um bom trabalho a Ivan Castelli, o próximo secretário de Saúde, colega de residência dos tempos de faculdade e antigo auxiliar como subsecretário na Saúde. Ele acredita que é momento de o próximo chefe do Executivo “calçar a sandália da humildade”, parar de criticar e trabalhar para sanar os problemas dos brasilienses.
Desmentindo com veemência os números da equipe de transição, o petista afirmou que os socialistas têm usado dados “mentirosos para jogar uma cortina de fumaça e não cumprir o prometido na campanha”. Ele garante que vai entregar o DF em uma situação muito melhor do que recebeu, em 2011.
Sem ter conseguido passar para o segundo turno, não guarda ressentimento e nem se sente traído. “Muitos aliados, ideologicamente fracos, se intimidaram pela situação. Alguns acabaram pensando apenas em si mesmos, não no projeto coletivo. Mas tudo faz parte de uma conjuntura.”
Como o senhor avalia todo esse panorama que o governador eleito está mostrando de deficit e as reclamações sobre a sua gestão?
Esse deficit de R$ 3,8 bilhões é uma ficção, uma mentira, uma desonestidade absoluta. Eu o desafio a mostrar onde está esse rombo. Nessa atitude, percebo claramente um objetivo de jogar uma cortina de fumaça por quem sabe que não tem como cumprir as promessas de campanha. Depois, ele vai dizer que pegou esse deficit para justificar as medidas impopulares que pretende tomar. O povo vai ver o maior estelionato eleitoral da história da nossa cidade. Querem, desde já, justificar as medidas de arrocho de amanhã, de não cumprir acordos que prometeu com as categorias profissionais e aumentar impostos, como secretários já anunciam. Praticam um estelionato antes mesmo de tomar posse.
Sobre o secretariado e as primeiras medidas anunciadas por Rollemberg, considera que são positivos?
Ele acabou com a pasta da Transparência, que criamos e é a mais bem equipada do país. A ausência do tema mostra o tom das prioridades do seu governo. Acabar com a pasta é acabar com o enfrentamento ao crime organizado. Por não ter status de secretaria, o chefe dessa futura controladoria-geral não vai poder tratar em igualdade com os outros órgãos. Por ter diminuído a força política do assunto, a população vai sentir um golpe violento na transparência das contas públicas. Ele também diz que irá criar um conselho de transparência. Mas isso nós fizemos.
O senhor esperava arrecadar recursos por meio da lei de criação do Fundo Especial da Dívida Ativa (Fedat), mas o Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios considerou a medida inconstitucional. Atrapalha os seus planos de recuperar o equilíbrio financeiro?
Atrapalha, mas quem mais sai perdendo é a gestão futura. O governador eleito fez de tudo para barrar o projeto, mas ele acabou sendo aprovado na Câmara Legislativa. Temos passado por uma sabotagem permanente. O que considero antiético e mesquinho é ele ter se esforçado ao máximo para barrar o Fedat, que daria mais dinheiro para o DF. O governo só merece respeito se também respeitar os outros.
E como o senhor viu a disputa para aprovar o projeto na Casa?
O governador eleito foi autoritário e antidemocrático. Ligou para todos os distritais, fez ameaças, perguntou aos parlamentes se iam trocar um mês pelos próximos quatro anos. Na última sessão do ano, na quinta-feira última, tentou aprovar um projeto absurdo no apagar das luzes. Obviamente, não conseguiu. A equipe de transição dele faz um estardalhaço em público, mas quando veem nossas realizações se dizem impressionados. Esses dias, visitaram o Centro de Comando e Controle da Segurança Pública e falaram que não tinham ideia do poder de vigilância que conquistamos. O mesmo aconteceu em um escritório de gestão montado por nós. Foram até lá e não se cansaram de elogiar a nossa iniciativa.
O governador eleito, Rodrigo Rollemberg, afirmou que nunca houve um desequilíbrio financeiro tão grande no Distrito Federal. É isso mesmo?
Não vivemos em uma ilha de fantasia. Todo o Brasil está com dificuldade. Inclusive, boa parte dos estados que mais estão endividados são governados pelo partido do governador eleito. A minha diferença é que provo com dados. Quando entrei, só de reconhecimento de dívidas que o Estado não tinha quitado, era R$ 1,8 bilhão. Eram dívidas que vinham desde 2007. Só da Polícia Militar, por exemplo, eu paguei R$ 153 milhões.
Qual é a expectativa para os próximos quatro anos de gestão no DF?
Conquistei empréstimos milionários que levarão muitos recursos ao caixa do GDF. Do BNDES, trouxe R$ 300 milhões e gastamos apenas R$ 165 milhões; o restante ele poderá investir. Do Banco do Brasil, são R$ 500 milhões disponíveis. Sem falar do Banco Internacional de Desenvolvimento (BID), que ajudou com US$ 220 milhões, US$ 50 milhões para o saneamento básico e US$ 170 milhões para mobilidade. Tudo isso a ser pago em muitos anos, em parcelas cômodas para o caixa e com condições de financiamento ótimas. Portanto, vou deixar a cidade em estado de total equilíbrio, funcionando normalmente. Além dos R$ 4,3 bilhões em investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em obras já em andamento.
O que destacaria do seu mandato?
Fiz mais de 5,3 mil obras, mais do que qualquer outro governador na história do DF. O Expresso DF Norte, por exemplo, beneficiará muita gente. Construí seis Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Elas, juntas, atendem 3 mil pessoas diariamente, o que ajuda a desafogar as emergências. Criamos as creches em tempo integral, reformamos todas as escolas e o espaço físico da maior parte dos hospitais. Hoje, atendemos 100% das matrículas. Não tem uma criança ou adolescente que não consiga vaga nas escolas. O próximo governo pode entrar e se dedicar à área pedagógica, pois a estrutura está toda montada. Não entendo quando a equipe de transição afirma que faltam professores na rede pública. Fizemos concursos e contratamos servidores.
A equipe de transição detectou vários riscos de descontinuidade e desabastecimento...
Eles incluíram como risco até o fim de contrato com 500 médicos. Mas qual é o risco? Eles vão assumir o governo e basta renovar o contrato ou chamar aqueles que passaram no último concurso. Então, há duas opções viáveis. Não há perigo algum nessa questão. No DF, a condição de trabalho que oferecemos é tão boa que mais de 6 mil médicos se inscreveram para concorrer a 1,5 mil vagas. Existem concursos para a mesma categoria no país que sequer conseguem ter o número mínimo de inscritos. Todo mundo, quando chega na campanha, fala que saúde e segurança são prioridades. Durante a eleição, (Rollemberg) prometeu fazer o plano de carreira das polícias. Agora, alega existir deficit para não cumprir o que honrou. Por isso, digo que o estelionato eleitoral está em curso.
Como o senhor avalia essas primeiras ações do próximo governo?
Acho que essa fase em que ele se meteu na nossa administração não foi correta, porque constituiu a transição por um decreto. Os meus secretários ficaram horas conversando com esse pessoal na maior boa vontade. A coordenação deu tudo o que pediram. Depois, pegaram as informações e, de posse delas, chamaram a imprensa e deram números mentirosos, irresponsáveis, falsos, e alegaram que pegaram informações com fontes extraoficiais. Isso me deixou extremamente chateado.
Como o senhor tem lidado com a transição?
O que estou fazendo é o oposto que os colegas de partido dele fazem Brasil afora. No Amapá, o governador eleito teve que entrar na Justiça para conseguir informação porque o socialista que deixou o cargo não o deixa ter acesso. O meu povo aqui, com toda a dificuldade do fim do ano, está trabalhando alucinadamente. Tudo isso para eles chegarem e darem números mentirosos.
Está claro que houve um elevado aumento de gastos com pessoal, reajustes de salários e contratações. O senhor errou na medida?
Não. É uma questão de prioridade. Aumentamos o quadro porque atendemos a demanda. Priorizamos as áreas de saúde, segurança e educação. Contratamos 15 mil servidores vinculados à saúde, 8 mil à educação e 6 mil à segurança e ainda demos acréscimos aos vencimentos dessas categorias. Meu plano era vencer o governo e buscar recursos para custear essa diferença. Não entendo ser criticado por ter dado bons salários e aumentado o número de funcionários.
A que o senhor atribui a derrota nas urnas?
São múltiplos fatores. O ambiente político prejudicou. Fui perseguido como poucos governadores no país. Terminou que a população não fez julgamento da gestão em si. Mas ainda vai ter tempo para fazer, para comparar outras gestões. Nosso mandato é de muita realização. A população tem capacidade de discernimento dos nossos feitos. Verão que deixo o governo com a menor taxa de desemprego e o menor nível de desigualdade da história. Esses são os parâmetros importantes que a população vai ver depois. A massa salarial é maior, nosso crescimento da economia foi muito acima da média nacional. E a cidade nunca se projetou para o mundo inteiro como agora. Essas questões não foram examinadas na plenitude. Tenho essa convicção.
O senhor sente que foi traído?
Não. Os aliados se intimidaram pelo quadro político. E alguns, que são ideologicamente mais fracos, pensaram apenas em si mesmos, não no projeto coletivo. Mas faz parte de uma conjuntura.
O senhor foi colega de residência do próximo secretário de Saúde, Ivan Castelli. O que achou da escolha?
É um bom profissional. Mas, para fazer um bom trabalho, precisará do total apoio do chefe do Executivo.
E como o senhor avalia a saúde pública do DF, quatro anos depois de assumir o governo?
Meu maior desafio era concluir o projeto da saúde e esperava fazer isso no segundo mandato. Reconheço que houve falha na emergência, mas temos um problema, que é atender pacientes do Brasil todo — e os tratamos sem distinção. Por outro lado, hoje, somos referência numa série de áreas, que vão desde a prevenção ao câncer de mama até os mais variados transplantes. Quando assumimos, as macas dos hospitais estavam enferrujadas. Agora, são modernas e elétricas. Criticam a situação da rede pública, mas nunca vi um sistema ruim com a nossa eficiência em realizar transplantes. Infelizmente, tive dificuldades e sofri com a resistência de órgãos de controle externo.
O senhor vai acompanhar o trabalho do seu sucessor em 2015?
Vou deixar quem foi eleito governar. Espero que cumpra o que prometeu. Ninguém é perfeito e governar uma cidade é complexo. Não tem essa história de que não estamos ajudando. Abrimos todas as contas, os chefes das pastas deram toda a atenção possível. Nós, inclusive, contratamos oficialmente a equipe de transição. Estamos pagando os salários e tudo foi publicado no Diário Oficial do DF. Quando fiz a transição, foi tudo voluntário, sem remuneração. Não tivemos essa regalia.
Aliados históricos, o senhor e Rollemberg andaram lado a lado em várias eleições. Depois das últimas trocas de acusações, como fica a
relação pessoal entre vocês?
O meu interesse é com a cidade. É olhar para a frente com maturidade. Agora, estou dedicado e fazendo o oposto do que recebi do hoje aliado dele, Rogério Rosso (PSD). Não temos conversado, mas, se for solicitado, posso recebê-lo quantas vezes ele quiser.
Se pudesse dar uma dica ao socialista, qual seria?
Ele tem de calçar as sandálias da humildade, trabalhar — porque governador trabalha até 18 horas por dia — e ter uma equipe competente.
O senhor vai participar da transmissão de cargos e entregar a faixa de governador?
Se ele merecer, eu vou.
E o réveillon? Como fica a virada, sem uma festa?
A tentativa de impedir a realização da festa é política. Quem tenta impedir certamente não passará a virada do ano em Brasília. Estamos fazendo uma festa modesta, mas atrativa. Um evento bacana, para a família. Não acho correto impedirem isso. A cidade está dentro da normalidade e temos condições de fazer a festividade sem prejudicar qualquer outra área.
Não vai faltar dinheiro para pessoal ou questões emergenciais?
Não. Nós temos condição de cumprir os compromissos e fazer a festa, até porque são rubricas diferentes.
Em relação ao estrago causado pelas chuvas na última semana, a que se deve isso? Faltaram investimentos em drenagem pluvial?
Em mais de 30 anos morando em Brasília, nunca vi cair a chuva prevista para o mês todo em apenas três horas, como aconteceu. Para impedir que esses alagamentos acontecessem, investimos muito em drenagem e pavimentação. Mas, na Asa Norte, as obras foram interrompidas por problemas na Justiça.
O Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha foi o mais caro do Brasil. Apesar de ter ficado bonito, isso pode ter pegado mal durante a eleição? E qual é a melhor forma para gerir a arena?
O preço do estádio foi superado pelo eleitor. Isso não está mais em discussão, pois a arena colocou Brasília no circuito de grandes eventos nacionais e internacionais. Temos uma comissão que está avaliando essa questão internamente. Há vários modelos de gestão a serem considerados. Esse tema do preço está superado. Nem os adversários criticam.
Como o senhor termina o mandato? Sai com a cabeça erguida?
Deixo o governo com a consciência tranquila e a cabeça erguida. Claro que poderia ter feito mais, por isso me candidatei à reeleição. Poderia ter tido a preocupação de dar mais publicidade ao que fiz desde o início do mandato. De qualquer forma, deixo mais de 5 mil obras e fiz mais do que qualquer outro governador em todas as áreas. Desafio o próximo governador a fazer tantas obras.
A máquina está realmente inchada, como afirmam os socialistas? É viável reduzir em 60% o número de cargos comissionados?
Vou entregar o governo com 4 mil comissionados a menos do que recebi. Dá para reduzir em 60%? Dá sim! Mas aí será um governo que não resolverá os problemas da população. Vou esperar o corte dos comissionados.
Como o senhor avalia a construção do novo centro administrativo, erguido em Taguatinga?
O centro é um modelo de PPP (Parceria Público-Privada), uma forma criativa de realizar mais por menos. Não gastamos um real. Começaremos a pagar assim que recebermos, em parcelas cômodas para os cofres públicos. Vamos reduzir aluguéis, movimentar o metrô e racionalizar a gestão do DF. Hoje, ela é descentralizada e o futuro governo terá oportunidade de despachar com todos os secretários no mesmo prédio, o que vai melhorar a comunicação interna.
O senhor pretende voltar em 2018?
Acho que não. É um sacrifício muito grande. Você abre mão da família, da saúde. E Brasília tem uma característica peculiar. Aqui, o chefe do Executivo local é governador e prefeito ao mesmo tempo. Então, temos que resolver desde os pequenos problemas do cotidiano até as grandes questões. O telefone toca de madrugada. Para fazer tudo isso, tem de gostar muito. E eu gosto. Mas, por enquanto, não penso em voltar.
Fonte: Correio Braziliense, por Ana Maria Campos,
Kelly Almeida e Matheus Teixeira. Daniel Ferreira/CB/D.A Press -
21/12/2014 - - 08:51:04
BLOG DO SOMBRA
Comentario
O cara rouba, destrói o meio ambiente e iria acabar com Brasilia implementando um PPCUB e uma LUOS destruidoras do meio ambiente, em parceria com o Magela, os dois malucos queriam construir outra cidade com um milhão de habitantes perto de Tororó para dar dinheiro para o Luiz Estevão, deu não sei quantas dezenas de milhões de dólares para uma empresa de Cingapura para modificar o DF enfim é corrupto até não poder mais e ainda quer dar uma de bonzinho? As cidades satélites foram abandonadas o EXPRESSO DF não deu certo mas está causando mil problemas ambientais no Park Way, e ainda quer que votemos nele?Somos idiotas mas não tanto!
Anônimo
BOMBA NA PETROBRAS. ESTADOS UNIDOS PODE PENHORAR TUDO.
O Rio de Janeiro Merece Respeito.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
VAI ENCARAR?
O MAIOR ESCÂNDALO E PREJUÍZO FINANCEIRO DA HISTÓRIA DO MUNDO TROUXE PARA O CENTRO DA BRIGA, INVESTIDORES E OPINIÃO PÚBLICA NORTE AMERICANA. SOBRE A LISTA VAZADA RECENTEMENTE DOS POLÍTICOS? O OBAMA JÁ TEM ELA A MAIS TEMPO QUE A POLÍCIA FEDERAL DAQUI, E AINDA MAIS COMPLETA.
AS NOTÍCIAS SÃO ESTARRECEDORAS E POR ENQUANTO A MÍDIA NACIONAL NÃO DIVULGA, MAS LÁ FORA CANAIS DE NOTÍCIA COMO CNN E FOX NÃO PARAM DE FALAR SOBRE ESSE ASSUNTO.
O PATRIMÔNIO (REAL E LÍQUIDO) DA PETROBRAS NÃO COBRE AS AÇÕES INDENISATÓRIAS DAQUELE PAÍS, E PODEMOS CORRER O RISCO DE TER BENS FEDERAIS CONGELADOS NO EXTERIOR!
E NÃO ESQUEÇA O QUE ACONTECEU NO MAIOR ESCÂNDALO FINANCEIRO AMERICANO (ENRON) QUE É "TROCO DE PÃO" "PINTO" PERTO DOS VALORES ENVOLVIDOS NO CASO PETROBRAS. LÁ A EMPRESA FOI LIQUIDADA PARA PAGAR PARTE DAS MULTAS E INDENIZAÇÕES.
INVESTIMENTOS? ESQUEÇA, NADA MAIS ACONTECERÁ ANTES DA EXECUÇÃO DAS PENAS!
Abaixo a materia na integra pelo Jornal o Globo.
RIO — As investigações abertas sobre a Petrobras no Departamento de
Justiça dos EUA e na Securities and Exchange Comission (SEC), órgão
regulador do mercado de capitais americano, não devem se restringir à
estatal. Em entrevista ao GLOBO, o advogado Richard Craig Smith,
ex-procurador do Departamento de Justiça, diz que a natureza do caso
indica que as autoridades de seu país levantarão informações de várias
empresas que têm negócios com a Petrobras. Smith tem experiência em
investigações do tipo. Na divisão de fraudes do departamento,
supervisionou casos envolvendo crimes financeiros e corrupção, como o da
petroleira Enron, que pediu concordata em 2001.
Atualmente, Smith chefia a área de regulação e investigações
governamentais do escritório de advocacia britânico NortonRose
Fulbright, que atua em 50 países. Baseado em Washington, tornou-se
especialista na lei anticorrupção americana, que alcança crimes
cometidos fora dos EUA por empresas com ações em bolsas americanas ou
que atuam no país, como é a Petrobras, ou por seus fornecedores e
parceiros. Ele explica que mesmo empresas brasileiras sem qualquer
ligação com os EUA podem ter informações requisitadas pelos americanos
pelo simples fato de terem firmado contratos substanciais com a
Petrobras ou serem citadas por outras investigadas.
— Nesse tipo de investigação, muitas companhias, fornecedoras ou com
algum tipo de sociedade com a empresa listada, têm informações
requisitadas ou executivos ouvidos como testemunhas. Na medida em que
citam outras, aumenta a rede de empresas que terão que dar informações.
Se forem encontrados indícios suficientes, também podem virar alvo da
investigação — afirmou Smith, falando em tese.
O mesmo se aplica às multinacionais que têm filiais no Brasil para
prestar serviços ou fornecer equipamentos à Petrobras. Embora a Operação
Lava-Jato tenha ficado restrita, até agora, ao cartel de construtoras
brasileiras que subornava funcionários da estatal, a revelação dessas
práticas também pode levantar dúvidas sobre os contratos da Petrobras
com multinacionais. Várias são americanas ou controladas por matrizes de
outros países que, a exemplo da Petrobras, têm ações negociadas na
bolsa de Nova York. Isso as torna vulneráveis à ação da SEC:
— Não só a empresa listada na Bolsa de Nova York ou Nasdaq está sujeita à
Justiça americana. Todas as empresas relacionadas a ela que
participaram ou acobertaram a corrupção violaram a lei americana.
Empresas denunciadas pela SEC e pelo departamento podem ser condenadas a
multas pesadas. Em 2008, a Siemens admitiu ter corrompido agentes
públicos em vários países, incluindo o Brasil. As multas chegaram a US$
800 milhões.
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