quinta-feira, 28 de julho de 2016

Parque de Brasília promove 1ª Caminhada da Saúde

Publicado: Terça, 26 de Julho de 2016, 16h21 
 
Evento está marcado para este domingo (31), às 8h, e tem o objetivo de celebrar o Dia Mundial dos Guarda-Parques. Número de participantes é limitado. Veja como fazer a sua inscrição


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Brasília (26/07/2016) – O Parque Nacional de Brasília promove neste domingo (31), às 8h, a 1ª Caminhada da Saúde. O evento tem o objetivo de comemorar o Dia Mundial dos Guardas-Parques, celebrado em 31 de julho. Veja abaixo como se inscrever.

“Durante a caminhada, vamos fazer uma homenagem aos guardas-parques, trabalhadores de áreas protegidas que, com sacrifício pessoal, arriscam suas vidas diariamente para assegurar o patrimônio ambiental e cultural para uso e beneficio das presentes e futuras gerações”, disse a chefe do parque, Juliana Alves.

O Dia Mundial dos Guardas-Parques é comemorado desde 2007 em várias partes do planeta. Tem o apoio de personalidades e instituições de destaque, como a primatologista Jane Goodall, o príncipe de Gales e a União Internacional paras a Conservação da Natureza (UICN).

Em Brasília, além da direção do parque nacional, o evento tem o apoio dos brigadistas do parque e da Reserva Biológica da Contagem, da Associação Brasileira de Guarda-Parques (ABG) e do Grupo Ambientalista do Torto (GAT).

O ponto de encontro da caminhada é no início da trilha Cristal-Água, no interior do parque. O percurso é de aproximadamente 7 quilômetros. Recomenda-se que as pessoas usem roupas leves, tênis e bonés ou chapéus para se proteger do sol. Estão abertas inscrições para 80 pessoas.

Serviço:

Para fazer a inscrição na 1ª Caminhada da Saúde, clique aqui.

Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280

Programa ‘Revitalização de Nascentes’ tem novo estudo em São José dos Campos, SP.

quarta-feira, 27 de julho de 2016


Uma série de ações desenvolvidas por universitários busca reposicionar o programa revitalização de nascentes, coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente (Semea), de São José dos Campos.


O programa, que ocorre há duas décadas em várias partes do município, foi utilizado como principal campo de pesquisa para estudantes de Engenharia Ambiental da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de São José dos Campos. Os alunos desenvolveram trabalhos baseados no programa para duas disciplinas.



Na Educação Ambiental, 20 alunos buscaram transformar a cartilha de nascentes do Programa de Revitalização, criada pela Semea, em conteúdo digital interativo, para ser utilizada pelo programa Escola Interativa, uma iniciativa que visa unir a tecnologia e a pedagogia dentro das salas de aula da rede municipal de ensino.

Já na disciplina voltada para a Proteção Ambiental, 26 estudantes realizaram um diagnóstico de cinco nascentes adotadas pelo município nos bairros Vista Verde, Altos de Santana, Pousada do Vale, Campo do Alemães e Pararangaba, todas áreas de grande degradação ambiental, que passam pelo processo de revitalização.

O Programa está revitalizando, desde 2006, 33 nascentes degradadas em áreas urbanas do município, com o plantio de mudas de árvores nativas da nossa região, recompondo a vegetação e mata ciliar nas Áreas de Preservação Permanente (APP).

O programa é voltado à preservação das nascentes que contribuem para a formação do Rio Paraíba do Sul, responsável pelo abastecimento de aproximadamente 15 milhões de habitantes. Suas águas são distribuídas por 180 cidades situadas ao longo do Vale do Paraíba, nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, incluindo o abastecimento da Região Metropolitana da cidade do Rio de Janeiro.

Para o educador ambiental Luciano Rodolfo de Moura Machado, da Semea, o trabalho conjunto dos estudantes trará mais informações sobre o programa.

“Esta parceria com a Universidade é fundamental para que possamos avançar na continuidade do Programa Revitalização de Nascentes. É uma ótima oportunidade para todos os envolvidos, pois a Prefeitura poderá utilizar os resultados dos trabalhos, e os alunos aprendem a partir de um projeto concreto, não apenas teórico”, comentou.

A professora da Unesp Fabiana Fiore, explicou a existência de um ganho positivo tanto para universidade, aos estudantes, quanto para o poder público. Numa parceria que precisa ser intensificada.

“O nosso ganho foi à parceria com a Secretaria de Meio Ambiente, que é fantástica e nos deu uma receptividade e um apoio muito grande. Tudo isso é um ganho muito significativo para a formação dos alunos. Eu acho que é uma parceria muito feliz, porque o município fica com os dados, mas os alunos ganham conhecimento”, explicou a acadêmica.

Em breve, os estudantes da Unesp farão uma análise de qualidade de água nas 33 nascentes do município. O conceito que norteia o trabalho é o que ‘revitalizar nascentes é garantir a água potável em quantidade e qualidade para muita gente’. Empresas e organizações podem realizar a adoção de uma nascente do programa, se responsabilizando pelo plantio e consequente conservação das áreas.


* Júlio Ottoboni é jornalista diplomado, pós graduado em jornalismo científico. Tem 30 anos de profissão, atuou na AE, Estadão, GZM, JB entre outros veículos. Tem diversos cursos na área de meio ambiente, tema ao qual se dedica atualmente.

Fonte: Envolverde

Desmatamento amazônico cresce 97% e preocupa especialistas

terça-feira, 26 de julho de 2016


A região de Altamira, onde a usina de Belo Monte está sendo construída, apresentou as maiores taxas de desmatamento.

Um estudo feito pelo Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), divulgado na última sexta-feira (22), traz dados preocupantes em relação ao desmatamento na floresta Amazônica. Segundo o órgão, a região perdeu 972 km2 de áreas florestadas apenas em junho de 2016.

Esse número representa um aumento de 97% em relação ao desmatamento registrado no mesmo período de 2015. No entanto, o cenário só não é pior porque os especialistas explicaram que por meses a região esteva coberta por nuvens, o que dificultou a precisão nos dados, já que as estatísticas do Imazon são feitas por imagens de satélite. Como em junho o céu estava limpo, o monitoramento foi muito mais preciso.

A região de Altamira, onde a hidrelétrica de Belo Monte está sendo construída, apresentou as maiores taxas de desmatamento, colaborando para que o estado do Pará fosse, sozinho, responsável por 50% do total de desmatamento. Amazonas, Mato Grosso e Rondônia são os outros três estados que concentraram altos níveis de destruição das florestas.

Uma das maiores preocupações dos especialistas é com o El Niño. Em entrevista à Época o pesquisador do Imazon e um dos autores do estudo, Adalberto Veríssimo, falou sobre o assunto. “Já tivemos aumentos maiores no passado recente. É preocupante, mas não é estratosférico. O que preocupa é o fato de estarmos vivendo um El Niño muito forte na região e, portanto, o desmatamento poderá aumentar muito nos próximos meses. Há muitas florestas degradadas que ficam vulneráveis ao fogo nessa época do ano”, explicou.

Segundo o especialista, o auge do problema pode ocorrer entre os meses de agosto e outubro. Quando a região está muito quente, seca e, assim, mais suscetível ao fogo.

Fonte: Ciclo Vivo

Custos econômicos da poluição e degradação ambiental no Brasil,

quinta-feira, 28 de julho de 2016

artigo de José Galizia Tundisi


Há uma permanente e inexorável degradação ambiental no Brasil, resultante de décadas de má administração na área ambiental, descaso de autoridades municipais e de muitos estados relativamente à poluição, e o avanço permanente de urbanização e de infraestrutura que alteram os ambientes naturais e contribuem para um crescimento dos problemas de poluição e contaminação.

A expansão de fronteira agrícola com o aumento do desmatamento; o uso intensivo do solo e das bacias hidrográficas, com práticas agrícolas defasadas, aplicações exageradas de fertilizantes e defensivos agrícolas; a crescente urbanização que trata somente 40% dos esgotos domésticos do Brasil; os inúmeros problemas resultantes da disposição de resíduos sólidos, que contribuem para uma poluição difusa persistente, do solo, da água e do ar; e um aumento da toxicidade em geral do solo, água e ar, que seguramente afetam a saúde humana, o funcionamento dos ecossistemas, reduzem a biodiversidade e comprometem os recursos naturais são todos causas efetivas.

A mineração é uma das atividades que mais causam problemas na deterioração da qualidade das águas superficiais e subterrâneas, na paisagem e na biodiversidade terrestre e aquática. Além dos acidentes, como o caso da Samarco no Vale do Rio Doce, que causam enormes impactos e grandes prejuízos em pouco tempo.

As áreas costeiras também são afetadas por estuários contaminados e com alto grau de poluentes, e por degradação gerada por sedimentos em suspensão e deterioração das regiões costeiras.

Dentre os principais problemas de contaminação e poluição do Brasil, está o da deterioração das águas superficiais e subterrâneas. Muitas reservas de águas doces que abastecem cidades e condomínios estão contaminadas, o que demanda um enorme investimento para o tratamento da água a fim de torná-la potável. Há poucas regiões do Brasil atualmente com águas naturais pristinas e sem contaminação.

Todo este conjunto de problemas, que resulta da intensificação das atividades humanas-urbanização, produção de alimentos, produção de energia, resulta em um impacto econômico certamente de grandes proporções ainda não mensurado adequadamente, mas certamente muito significativo (Tundisi et al., 2015).

Por exemplo, o tratamento de água para produção de água potável é extremamente dispendioso. São precisos de R$ 200,00 a R$ 300,00 reais para a produção de 1.000 m3 de água potável a partir de fontes degradadas. O custo para tratar águas pristinas e não contaminadas pode chegar, no máximo, a R$ 10,00 reais (Tundisi & Matsumura-Tundisi, 2010).


Este é um exemplo. Há outros custos não contabilizados: internações por doenças de veiculação hídrica; número de horas de trabalho perdidas por ausência devido a doenças com origem nas águas contaminadas; número de horas perdidas nas escolas por ausência devido a doenças de veiculação hídrica; intoxicações por substâncias tóxicas – não custa repetir.

Sobre este conjunto complexo deve-se ainda considerar o impacto das mudanças climáticas e o acúmulo dos POPs (Poluentes Orgânicos Persistentes) nas águas superficiais e subterrâneas
Há, portanto, um enorme conjunto de danos à saúde pública, não contabilizados ou dimensionados, resultantes da poluição e contaminação. Em áreas metropolitanas a baixa qualidade do ar pode produzir inúmeras doenças respiratórias cujo impacto econômico deve ser mensurado.


A degradação ambiental no Brasil decorre de um quadro cada vez mais difícil de controlar: as leis existentes são adequadas, já a fiscalização é, no entanto, ineficiente e o treinamento e capacitação de agentes públicos são precários ou reduzidos. O monitoramento é pouco efetivo em escala nacional. Esta deveria prover um banco de dados competente e útil para promover políticas de recuperação e conservação.

Quanto custa a poluição no Brasil? Com a palavra os economistas, para apresentarem os estudos com as ferramentas de que dispõem

Um dos problemas que mais afetam a população está relacionado com a qualidade das águas. Recreação, turismo, abastecimento público ficam ameaçados pela eutrofização, que representa o impacto de nitrogênio e fósforo por esgotos não tratados. Sobre esse conjunto complexo deve-se ainda considerar o impacto das mudanças climáticas e o acúmulo dos POPs (Poluentes Orgânicos Persistentes) nas águas superficiais e subterrâneas.

Tais poluentes, uma inexorável e permanente contaminação, são resultado da adição de medicamentos, cosméticos, antibióticos, hormônios dissolvidos nas águas de rios, represas e águas subterrâneas e constituem a mais recente ameaça à saúde humana, à biodiversidade e ao funcionamento dos ecossistemas (Young et al., 2015).

O Brasil muito se beneficiaria se o custo agregado deste conjunto todo de degradações fosse contabilizado. Deve-se ainda considerar o investimento na recuperação de sistemas degradados, o que amplia a necessidade de investimentos nessa área. Quanto custa a poluição no Brasil? Com a palavra, os economistas para apresentarem os estudos com as ferramentas de que dispõem.

Investir em saneamento básico no Brasil para colocá-lo em um lugar mais privilegiado juntamente com os países desenvolvidos deve ser uma política de Estado de longa e permanente duração.

Para tanto, é necessário calcular e dimensionar quanto se deve investir ao longo dos próximos 20 anos. O País progrediu em modernização. O País não progrediu em desenvolvimento. Este é o dilema que precisa ser resolvido para ingressar o Brasil definitivamente no século 21. Ainda estamos longe. Existem tecnologia, conhecimento, informação. A execução é, no entanto, precária. (Tundisi & Matsumura-Tundisi, 2016).


Bibliografia
Tundisi, J.G. & Matsumura-Tundisi, T., 2010. Impactos potenciais das alterações do Código Florestal nos recursos hídricos. Biota Neotrop. 10 (4), pp 67-76, 2010. http://www.biotaneotropica.org.br/v10n4/pt/abstract?article+bn01110042010, ISSN 1676-0603.

Tundisi, J.G., Matsumura-Tundisi, T., Ciminelli, V.S., Barbosa, F.A.R., 2015a. Water availability, water quality water governance. In: Cudennec, C. et al. (Eds). Hydrological Sciences and Water Security: Past, Present and Future, vol. 366. PIAHS, pp. 75-79.

Tundisi, J.G. & Matsumura-Tundisi, T. Integrating ecohydrology, water management and watershed economy: case studies from Brazil. Ecohydrology & Hydrobiology. vol. 16, pp. 83-91, 2016.

Young, G., Demuth S., Mishra, A. & CUDENNEC C. Hydrological Sciences and Water Security: and overview. In: CUDENNEC, C. et al. (Editors). Hydrological Sciences and Water Security. Past, Present, Future. IAHS Publ. 366, pp. 1-6, 2015.

José Galizia Tundisi é professor titular aposentado da Escola de Engenharia de São Carlos da USP, professor titular da Universidade Feevale (RS) e membro titular da Academia Brasileira de Ciências
Fonte: EcoDebate

Animais morrem de fome em zoológico na Venezuela

quinta-feira, 28 de julho de 2016


Maior zoológico de Caracas registrou a morte de cerca de 50 animais.
País passa por uma crise econômica generalizada.

Em meio à crise econômica na Venezuela, o maior zoológico de Caracas sofre com a escassez de alimentos e já contabilizou a morte de cerca de 50 animais nos últimos seis meses. Outros estabelecimentos também enfrentam dificuldades no país.

Os animais do zoológico público de Caricuao, o maior de Caracas, estão sofrendo por inanição, denunciaram trabalhadores do instituto governamental que supervisiona parques e zoológicos públicos do país. Já foram registradas mortes de porcos vietnamitas, antas, coelhos e aves.

"Eles passaram quase 15 dias sem comer, o que foi deteriorando a saúde deles", disse à agência de notícias Reuters Marlene Sifontes, representante do sindicato do Instituto Nacional de Parques (Inparques).

O que acontece com os animais "é a metáfora do sofrimento dos venezuelanos", acrescentou Sifontes, referindo-se a escassez de alimentos enfrentada pela população.

Leões e tigres vêm sendo alimentados com manga e abóbora para compensar as quantidades reduzidas de carne disponíveis. Um elefante come frutas tropicais em vez de sua dieta usual de feno, afirma a representante do sindicato.

A direção do zoológico Caricuao não quis comentar o assunto. Uma investigação foi aberta sobre a morte de várias espécies abrigadas no local, assim como um inquérito sobre o recente roubo de um cavalo que foi morto para comerem sua carne.

Escassez generalizada
A Venezuela vive uma das piores crises econômicas de sua história recente, agravada pela queda dos preços do petróleo e que resultou numa inflação de três dígitos, recessão e escassez.

A maioria dos zoológicos da Venezuela tem entrada gratuita e são administrados pelo governo, dependendo de verbas públicas para funcionar. A situação é ainda mais difícil em locais fora da capital.

Os administradores de zoológicos como o de La Laguna, no estado de Táchira, no sudoeste do país, pediram a colaboração de agricultores e comerciantes para conseguir frutas, verduras e carne para alimentar os animais.

O zoológico de Paraguaná, no centro do país, reportou em maio a morte de três animais, um indício de que o parque sofre com a falta de recursos econômicos, alimentares e medicinais para dar assistência a quase 300 animais. Entre os afetados estão seis ursos, que em condições normais consomem 16 quilos de comida por dia, mas que atualmente recebem apenas oito.

Fonte: G1

ONGs em prol da conservação marinha no MONA Arquipélago das Ilhas Cagarras

Monumento Natural do Arquipélago das Ilhas Cagarras. Foto: Marinelson Almeida
Monumento Natural do Arquipélago das Ilhas Cagarras. Foto: Marinelson Almeida
O WWF-Brasil, o Instituto Mar Adentro e a Fundação SOS Mata Atlântica se uniram para concretizar o projeto de Monitoramento e Levantamento de Cetáceos do Monumento Natural do Arquipélago das Ilhas Cagarras (RJ) e de suas áreas adjacentes, cujo objetivo é coletar dados que subsidiem a criação de medidas de conservação e gestão de cetáceos (golfinhos e baleias).


Até 2010, a região das Cagarras era utilizada por golfinhos-flíper como local de cria e socialização, seguindo um padrão sazonal. Já em 2011, não foram avistados indivíduos na área. Quatro anos mais tarde, sete animais foram registrados (quatro indivíduos foram reavistados e três novos identificados). “As baleias e golfinhos são animais com alta mobilidade.


Tipicamente, se deslocam por extensas áreas e o seu ciclo vital ocorre inteiramente no mar. Esses fatores e as dificuldades inerentes para a coleta de dados em campo explicam por que a distribuição geográfica desses animais ainda é pouco conhecida, quando comparada, por exemplo, com os mamíferos terrestres”, ressalta Liliane Lodi, coordenadora do projeto pelo Instituto Mar Adentro.


Os esforços para planejamento de conservação requerem informações detalhadas sobre a distribuição da biodiversidade no espaço e no tempo. As informações obtidas no levantamento de dados e monitoramento irão auxiliar a determinação de áreas prioritárias para a conservação dessas espécies. É de extrema importância a manutenção contínua do trabalho, atividade cara e dependente de financiamento.


Entre dezembro de 2015 e julho de 2016 o monitoramento de cetáceos realizado pelo Instituto ficou sem financiamento e teve que interromper suas atividades. Ao retomá-las, as primeiras viagens de campo revelaram surpresas como a presença de baleias-de-bryde nas proximidades da entrada da Baía de Guanabara durante o inverno; uma grande quantidade de baleias-jubarte próximas à costa sudeste e a aparição de uma espécie ameaçada de albatroz nunca antes registrada na área costeira da cidade do Rio de Janeiro.

*Com informações da WWF Brasil

Pesquisador garante: O mundo caminha para a era ‘pós-antibiótica’ em que infecções comuns podem matar


O médico e pesquisador britânico Manica Balasegaram, diretor da organização Médicos Sem Fronteiras afirmou em seu discurso de posse em um novo programa da OMS que o mundo caminha para uma crise de infecções partindo de bactérias comuns, já conhecidas. Ele chamou essa “fase” de “era pós-antibiótica”.

Segundo ele, doenças e infecções que sempre foram tratadas de maneira eficiente com antibióticos voltarão a ser letais. Um relatório da OMS O exibe dados de 129 países indicando que essa resistência tem crescido no mundo todo, principalmente por causa do uso excessivo de antibióticos na agricultura e em hospitais, que está criando bactérias super-resistentes através da seleção natural.


O que acontece é que para combater a infecção, o antibiótico age nas bactérias sensíveis a ele, matando-as. As sobreviventes, que dispõe de mutações resistentes ao medicamento, transmitem essa imunidade a seus descendentes, até que todas se tornam mais fortes que o remédio. Para combatê-las será necessário um novo antibiótico, ou uma nova classe deles, como dizem os especialistas.
Segundo trecho publicado na Veja Online, Caetano Antunes, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, e um dos maiores especialistas no Brasil no estudo de antibióticos afirma que atingimos um ponto em que não há tratamento para bactérias tão resistentes.


Todas as drogas disponíveis não funcionam e, se alguém estiver infectado com uma delas, vai morrer. “Vamos voltar à Idade Média, quando tratávamos doenças de pele com amputações”, completa.


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Atualmente, os microbiologistas já têm motivos para estarem bastante preocupados. Uma bactéria conhecida como KPC (Klebsiella pneumoniae Carbapenemase) foi modificada geneticamente no ambiente hospitalar e é altamente resistente aos antibióticos e, por causa disso é chamada de ‘superbactéria’. Depois de ter sofrido uma mutação genética passou a ter resistência a múltiplos antibióticos (aos carbapenêmicos, especialmente). Essa característica pode estar diretamente relacionada com o uso indiscriminado ou incorreto de antibióticos.

Nos resta apenas torcer para que os avanços nas pesquisas de todo o mundo permita desenvolver o quanto uma nova classe de antibióticos capaz de destruir bactérias super-resistentes.

Fonte:opiniaoenoticiaveja/  bacteriakpc 
 Imagens: Reprodução/



Em busca de privacidade, rãs escolheram a terra para acasalar

Por Vandré Fonseca
Scinax alcatraz, espécies deposita ovos em água acumulada em bromélias. Fugir do curso principal de água pode ser uma estratégia para evitar a concorrência de outros machos. Crédito: Kelly R. Zamudio, Cornell University.
Scinax alcatraz, espécies deposita ovos em água acumulada em bromélias. 
Fugir do curso principal de água pode ser uma estratégia para evitar a concorrência
 de outros machos. Crédito: Kelly R. Zamudio, Cornell University.


Manaus, AM -- Fugir da água para acasalar é bem mais seguro, como já imaginavam os biólogos. O que eles ainda não tinham se dado conta é que os antepassados de anfíbios que vivem hoje fugiam dos principais cursos d'água também para escapar da concorrência de outros machos e garantir que os descendentes carregassem o seu DNA. A descoberta foi publicada na revista The American Naturalist, por pesquisadores brasileiros e americanos, esta semana (26 de julho).
 
 
“Além de evitar predadores aquáticos, o benefício de depositar seus ovos na terra longe do corpo principal de água -- se você é um sapo macho -- é que você mantém a fêmea longe do frenesi reprodutivo onde há centenas de outros machos, todos competindo por acesso às fêmeas”, afirma a bolsista de pós-doutorado Rayna Camille Bell, da universidade UC Berkeley, uma das autoras do artigo.


A conclusão veio depois dos pesquisadores analisarem o tamanho dos testículos de espécie tropicais de rãs de dois grupos diferentes, Hylidae e Leptodactylidae. Eles imaginaram, e depois confirmaram, que machos sujeitos a uma concorrência mais feroz devem ter testículos maiores e de tamanhos mais variáveis, a exemplo do que acontece com outros animais cujos machos enfrentam grande disputa para encontrar uma companheira.


Algumas espécies de rãs, por exemplo, acasalam na água guardada em folhas de bromélias. Há casos até em que machos constroem ninhos de barro, em forma de vulcão. Rayna Bell e colaboradores acreditavam que, se a busca por segurança de ovos e girinos era o principal fator de evolução para a reprodução terrestre, eles deveriam encontrar também outras estratégias para proteger os futuros filhotes. Ele descobriram que não essa isso o que acontecia.

Conforme as pesquisas demonstraram, a maior parte da diversidade de estratégias de reprodução envolve a fase de ovo, que mesmo em terra estão susceptíveis a predadores. Além disso, os girinos rapidamente buscam águas perigosas. Esse padrão, na visão dos responsáveis pelo artigo, indica que a seleção natural age de forma diferente quando se trata de proteger os ovos ou os girinos.

"Os trópicos têm a maior diversidade de espécies de anfíbios, bem como a maior diversidade e complexidade nos modos reprodutivos das rãs", destaca Rayna Bell, "Mas nós sabemos o mínimo sobre a biologia, comportamento e diversidade destas espécies tropicais, embora muitas estejam ameaçados e só agora algumas estejam sendo descobertas”, completa.

A pesquisa foi financiada por doações e bolsas da National Science Foundation, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e Universidade da Califórnia.

Saiba Mais
Artigo: Polyandry, Predation, and the Evolution of Frog Reproductive Modes. Kelly R. Zamudio, Rayna C. Bell, Renato C. Nali, Célio F. B. Haddad, Cynthia P. A. Prado, and Symposium.

Nunca coma alimentos com formigas. Elas podem carregar mais doenças do que as baratas



As formigas são himenópteros da família Formicidae, com cerca de 12.585 espécies descritas. Tiveram um sucesso muito grande na adaptação, sendo que elas compõem cerda de 15% a 20% de toda a biomassa animal terrestre. Acredita-se que essas criaturas simpáticas habitam a terra há mais de 100 milhões de anos, enquanto o homem habita há 195 mil anos. Há uma estimativa de que existam 10.000.000.000.000.000 (dez quatrilhões) de formigas no planeta.

Poderíamos ficar aqui dando diversas informações sobre esses insetos incríveis, porém o foco não é esse. Então vamos ao que interessa.

Quem nunca foi comer um biscoitinho e viu uma formiguinha andando no pote de biscoitos? Ou então tirou o papel de uma bala e viu que tinha uma formiguinha lá? Enfim, diversas situações do cotidiano encontramos com esses insetos. Qualquer migalha deixada para trás, elas estarão lá para aproveitar, e até o que não foi deixado também, como um bolo ou biscoitos que comeríamos depois. Fazendo com que muitas vezes a gente diga: “Ahh!! É só uma formiguinha!”, e ignoramos muitas coisas importantes acerca desses insetos.

As formigas passam por diversos lugares nada legais. Como fezes, feridas, animais em decomposição e lixo. Ignorar a presença delas no alimento é perigoso. Como elas andam nesses locais, carregam micro-organismos patogênicos, como vírus, bactérias e fungos. Uma formiguinha pode causar doenças, como gripe, tuberculose, verminoses e até lepra, além de intoxicações alimentares, vômito e diarreia. A formiga é um grande vetor de doenças infecciosas.

Um estudo pulicado na Revista de Saúde e Biologia (SaBios) argumenta que as formigas são insetos de grande mobilidade, percorrem até três centímetros por segundo, podendo carrear uma variedade de bactérias em suas patas. O estudo buscou bactérias nas patas destes insetos em ambientes hospitalares e encontrou sete diferentes tipos de patógenos: “Foram identificadas as bactérias Enterobacter sp., Acinetobacter sp., Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus coagulase negativo (SCoN), Shigella sp, Serratia sp. e Klebsiela sp. em todos os setores investigados”.


Outro estudo de 2010 publicado na Neotropical Entomology, diz que além das bactérias que estes insetos carregam, nos hospitais, elas podem estar associadas a vários tipos de incômodos como rejeição psicológica, irritações e lesões na pele, podendo, ainda, falsear resultados laboratoriais por passarem de uma placa de Petri a outra, resultando em diagnósticos equivocados.


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Dificilmente alguém come um alimento que sabe que passou uma barata e quando o assunto é formiga, a maioria das pessoas ignora. Porém as formigas trazem um risco igual ou até maior que as baratas, uma vez que quando uma barata morre, quem faz o trabalho de recolher os restos mortais dela, são as formigas. Uma dissertação de Mestrado da USP mostrou em seus resultados que a presença de Salmonella aureus e de enterobactérias provenientes de amostras de formigas sugerem que estes insetos podem ser importantes vetores de microrganismos de relevância e que interfiram na higidez dos alimentos.


Com o aumento da temperatura e a chegada da primavera, a reprodução chega ao seu patamar perfeito, fazendo com que entrem em nossas casas buscando alimento. Caso a infestação não seja de grande proporção, algumas medidas já são suficientes para amenizar os problemas, como proteger os alimentos, limpar bem o ambiente sem deixar migalhas e vestígios de alimento, aplicar detergente e sabão nos buraquinhos que elas transitam. Se a infestação for de grande proporção é melhor chamar um especialista.

Sites: brasilescola/ revistagalileu/ revistagalileu2 / gazetaonline
Artigo:  Disseminação de Bactérias... &  Formigas como vetores...  &  
Microrganismos patogênicos...
Imagens: Reprodução/ sitebarra/ gizmodo

O ser humano é naturalmente herbívoro, carnívoro ou onívoro? Leia os argumentos e decida você mesmo!


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Muita gente tem dúvida se o ser humano não está indo contra natureza comendo carnes. Algumas pessoas adeptas ao vegetarianismo até dizem que nosso corpo não precisa da proteína das carnes para viver com saúde.

De acordo com Richard Corliss em um texto publicado na Revista Time Americana, para milhões de vegetarianos, carne significa morte; vitela invoca visões de infanticídio. Muitas crianças, que cresceram assistindo sucessos como “Babe -O Porquinho Atrapalhado” e “Fuga das Galinhas”, evitam comer seus heróis cinematográficos e adotam o que os detratores da carne chamam de “dieta não-violenta”. O vegetarianismo resolve uma guerra interior da pessoa consciente, fornecendo um complexo comestível de boa ação: ser vegetariano é ser mais humano.


Mas se formos deixar os argumentos de lado, nos vimos à frente de uma realidade: ainda há muito o que decidir sobre qual dessas categorias o ser humano melhor se adequa.

O ser humano é herbívoro?

Comparando a anatomia de carnívoros com a nossa própria anatomia, fica mais do que claro que nós não fomos feitos para comer carne. Dentes, unhas e estrutura da mandíbula indicam que a natureza desejou que os seres humanos se alimentassem de uma dieta baseada em plantas. Os humanos têm unhas muito menores e menos agressivas do que os animais carnívoros e dentes “caninos” insignificantes. Em contraste, os carnívoros compartilham de garras afiadas e dentes caninos grandes capazes de cortar carne.


Além disso, as mandíbulas dos carnívoros movem-se somente de baixo para cima, o que faz com que eles cortem grandes pedaços de carne de sua presa e a engulam por inteiro. Humanos, assim como os animais herbívoros conseguem mover suas mandíbulas para cima e para baixo e também de um lado para o outro, um movimento que os permite a mastigação de comidas fibrosas e plantas.


Evidências de nossa natureza herbívora também é encontrada no tamanho de nossos intestinos. Carnívoros têm um sistema intestinal e cólon que permitem a passagem da carne de forma relativamente rápida, antes que a carne tenha alguma chance de apodrecer e causar doenças.


Humanos, por outro lado, têm sistema intestinal muito mais longo que dos carnívoros. Assim como outros herbívoros, intestinos longos permitem que o corpo leve mais tempo para “quebrar” fibras e absorver os nutrientes de uma dieta de um não carnívoro. O longo sistema intestinal humano na verdade é um fato de alto risco para aqueles que comem carne.


Comparando a nossa anatomia fica ilustrado o fato de que o corpo humano foi construído para se basear em uma dieta vegetariana. Humanos não têm absolutamente nenhuma das características distintas anatômicas que os carnívoros ou até mesmo onívoros naturais têm.


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O ser humano é carnívoro?

Anatomicamente, o ser humano não possui as características definitivas presentes em animais carnívoros.  No entanto, há quem defenda que nossa dentição está sim preparada para preparar a carne para digestão, como a presença de caninos que atuam juntamente com os incisivos para rasgar a carne. Além disso, há um forte argumento de que o organismo humano é incapaz de digerir celulose e por isso, jamais poderia exercer uma alimentação exclusivamente herbívora.


Por esta razão, a celulose passa pelo sistema digestivo sem ser digerida nem absorvida. As vacas, e outros ruminantes, também não podem sintetizar celulase, no entanto, eles contam com a ajuda de bactérias, protozoários e fungos presentes nos pré-estômagos, com quem vivem numa relação de simbiose. Então, se não temos o rúmen, não há como digerir celulose, mesmo!


No passado, os seres humanos se alimentavam como chimpanzés que, além de plantas, cata insetos, lagartos e roedores. Mas há 2,5 milhões de anos nossa dieta mudou. Começamos a fabricar instrumentos de pedra e as novas armas permitiram que incluíssemos no cardápio a carne de grandes mamíferos. Assim, nossa ingestão de proteína animal aumentou demais. O aumento súbito de proteína na dieta permitiu que nosso corpo investisse mais recursos no sistema nervoso. Hoje, de 30% a 40% de tudo o que comemos vira combustível para fazer o cérebro funcionar. Sem o aumento na ingestão de carne, segundo especialistas, isso jamais seria possível.



Cegah-Kolesterol-Hindari-Makanan-Berbahaya-Ini

O ser humano é onívoro?

Atualmente, o ser humano tem sido classificado como onívoro. Os onívoros possuem capacidade para metabolização de diferentes classes de alimentos, tendo assim uma dieta alimentar menos restrita que a dos carnívoros ou herbívoros. Os seres humanos, assim como os onívoros comprovados, têm dentes caninos menos desenvolvidos que os carnívoros e os incisivos e molares menos complexos que os herbívoros. Utilizam mecanismos diferentes para as funções de absorção e digestão, sendo na sua maioria oportunistas capazes de consumir — e consomem — produtos de origem animal e vegetal, assegurando assim uma boa saúde a longo prazo, assim como boa fertilidade.


Uma PESQUISA  realizada na Universidade Washington em Saint Louis liderada pelo pesquisador Jeffrey I. Gordon indicou que a prova de que somos onívoros está na nossa flora intestinal. Ele comparou a flora intestinal típica dos seres humanos com a de 60 outras espécies de mamíferos.  O que os cientistas descobriram é que a variedade de micróbios no nosso intestino, mesmo em pessoas que são totalmente vegetarianas, continua muito parecida com a de animais que comem de tudo, inclusive proteína animal. Ele argumenta que ao longo de milhões de anos, cada espécie foi adquirindo o conjunto de microrganismos (principalmente bactérias) que mais se adapta à sua dieta-padrão. Tanto é que outros animais que alteraram há pouco tempo a sua alimentação também parecem carregar a “bagagem” de sua flora intestinal mais antiga.


Sites: mindfullybliss/ ciencia/ nutritienda/ bodybuilding
Artigo: Evolution of Mammals and Their Gut Microbes
Imagens: Reprodução/animalsw/ twinpinesequine/ bestofpicture/ 

Pesquisadores da USP inventam dispositivo capaz de detectar se a comida está estragada


Além do prazo de validade, não há como identificar com certeza de um alimento perecível está ou não estragado. O produto pode apresentar microorganismos danosos à saúde sem mudar de aparência imediatamente. Assim, nem sempre é possível saber se o que alimento que você tem em casa ou está levando do supermercado já apresenta indícios de perda.

Pensando nisso, a aluna de doutorado Lígia Bueno do Instituto de Química da USP desenvolveu sob supervisão do orientador um dispositivo de detecção desses microorganismos que é incorporado em embalagens plásticas e que pode mostrar seus resultados diretamente no smartphone do consumidor.  Lígia conta que ao colonizarem o alimento, os microorganismos emitem compostos orgânicos voláteis. “Isso é característico para cada microorganismo, é meio que uma ‘impressão digital’ dele”, explica.

A cientista idealizou um dispositivo composto de cinco membranas em formato redondo feitas de acetato de celulose. Cada uma das “bolinhas” recebe um corante diferente, que vão reagir de formas diferentes de acordo com o composto volátil liberado pelos microorganismos. Esse dispositivo, já que é compatível com o material que embala o alimento, seria colocado no canto da embalagem. Depois do contato com o corante, os compostos voláteis irão reagir emitindo uma determinada coloração. Um aplicativo para smartphone, irá detectar dentro do padrão RGB (do inglês red (vemelho), green (verde), blue (azul)) a quantidade de cada cor presente nas “bolinhas”.

A princípio, o dispositivo foi pensado com o foco na embalagem de carnes. Mas, o projeto vai além disso. A doutoranda explica que será possível usar o dispositivo de uma outra maneira até na parte de produção, porque nela você tem os alimentos in natura então dá para fazer esse controle e evitar que o alimento chegue estragado nas prateleiras. O projeto recebe auxílio da FAPESP.
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Japoneses tiveram ideia parecida

Um ano depois da divulgação do estudo da USP, cientistas japoneses também divulgaram um “material inteligente” que consegue detectar o estado de conservação de produtos como a carne ou o peixe. O sensor é capaz de detectar a histamina, uma substância gerada quando as bactérias começam a decompor os aminoácidos dos alimentos, e que é responsável por sintomas de intoxicação alimentar, mesmo em pequenas quantidades.


Diferente do projeto do Brasil, os japoneses utilizam um microcircuito (tinha que ter um “robozinho” no meio, não é?) impresso num material semicondutor em película aderente e, no futuro, poderá ser instalado em embalagens de modo a fornecer informação automática sobre o estado de conservação dos alimentos. A leitura também utilizará um aplicativo para smatphones.