Escrito por Klauber Cristofen Pires e os Pais Católicos
| 01 Abril 2014
Doutrinação
ideológica escolar, anti-catolicismo ou anti-cristianismo, educação
sexual, pluralismo religioso, vacinação HPV e em breve, ideologia de
gênero, são temas que estão se tornando comuns nas escolas brasileiras,
entre as quais as próprias escolas católicas.
Percebendo
tais inovações metodológicas e curriculares, vários pais em Belém estão
se unindo com a finalidade de resgatar a fé cristã católica nas escolas
católicas: São os "Pais Católicos."
Em
uma de suas deliberações, estes pais decidiram denunciar ao Arcebispo
de Belém todas as deturpações e relativismos com que têm visto seus
filhos serem atacados, e redigiram um documento que transcrevo abaixo,
para que todos os pais cristãos e católicos do Brasil façam o mesmo.
Por favor, quem criar este grupo em sua cidade, entre em contato comigo (
klauber.pires@gmail.comEste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
), para que possamos trocar experiências e suporte.
*****
À V. Rev.mª Dom Alberto Taveira Corrêa,
Arcebispo de Belém,
CARTA DOS PAIS CATÓLICOS
Somos
um grupo de pais católicos devotados à educação integral de nossos
filhos e das crianças e jovens em geral à luz da doutrina e dos
ensinamentos da Igreja.
Nos
últimos anos, temos nos deparado com algumas inovações metodológicas e
curriculares que têm sido apresentadas e ensinadas nas escolas católicas
em que nossos filhos estudam e que têm nos preocupado severamente.
Entre
tais mudanças, temos percebido um progressivo relativismo da fé
católica, em várias disciplinas como ciências, história, geografia e
filosofia, que têm se pautado por intensa doutrinação ideológica de
corte marxista, com a finalidade muito evidente de influenciar os jovens
para que se transformem em futuros militantes.
Nos cursos de história,
os santos padres que se empenharam na missão de levar a Palavra de Deus
aos mais inóspitos rincões, muitas vezes com sério risco de morte, são
retratados sob a ótica da teoria marxista da “estrutura e
superestrutura” e da luta de classes, no afã de prepararem os índios
para a invasão pelo homem branco e para serem tornados escravos.
Nas
aulas de ciências Galileu Galilei é representado como um herói da
ciência contra as trevas da Igreja Católica. Quanto a este fato em
particular, fortemente impregnado no imaginário escolar, recomendamos a
lição brilhante do Professor da Thomas Woods Jr, que em seu livro
intitulado “Como a Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental”,
revela que a teoria de Galileu Galilei era derivada da teoria de
Copérnico, tendo sido na época acolhida como uma teoria, por faltas de
provas mais convincentes.
Na
disciplina intitulada “Ensino religioso”, que mais propriamente se
encaixa como uma “sociologia das religiões”, o Cristianismo, quando não é
substituído totalmente por aulas sobre islamismo, hinduísmo, budismo,
umbanda, candomblé e ainda outras, é retratado como uma variante
cultural humana, isto é, por uma opção a mais entre todas as outras, que
passam a equivaler-se entre si. Sob tal abordagem, Jesus Cristo deixa
de ser o Deus encarnado para ser apresentado como um mero “líder
religioso”, e os milagres são desacreditados com supostas explicações
alegadamente científicas ou antropológicas.
As
aulas de educação sexual têm sido ministradas sob forte incentivo do
atual governo em promover a sexualidade precoce, o sexismo divorciado de
amor e compromisso, o homossexualismo e a promiscuidade. Uma mãe nos
relatou que meninos e meninas de apenas dez anos assistiram recentemente
a um vídeo apresentando nada menos que um parto natural! Crianças em
tenra idade, as mais das vezes com menos de treze anos, são ensinadas em
aulas práticas a vestirem bananas com preservativos.
Tal atividade de
classe vai em rumo de colisão contra nossas convicções morais e
religiosas de valorização da abstinência sexual até o casamento, da
fidelidade conjugal e contra o uso de preservativos, que oportunamente,
salientamos ser sabido hoje que possui um índice de falibilidade
altíssimo, de cerca de 30%, seja porque não protege contra as partes não
cobertas ou porque os vírus – entre os quais o HPV – possuem um tamanho
aproximadamente 10.000 vezes menor que os microporos do látex.
Com
o relaxamento da fé católica, as escolas católicas têm sido se tornado
docilmente receptivas à campanha da vacinação contra o vírus HPV, uma
Doença Sexualmente Transmissível - DST. Em recente palestra promovida
pela Sesma – Secretaria Municipal de Saúde no Colégio Nazaré, um dos
slides referia-se a meninas de 9 e 10 a 12 anos como “adolescentes”, um
termo que observamos ter sido usado deliberadamente com a finalidade de
desarmar as prevenções dos pais.
Ainda
com relação à campanha contra o vírus HPV, temos evidências bastante
contundentes de que o contágio não se produz com os carinhos típicos dos
jovens em idade de paqueras, isto é por beijos e abraços, sendo
desconhecidos os casos de transmissão por este meio, assim como temos
descoberto testemunhos de médicos que afirmam ser esta vacina de
eficácia duvidosa e potencialmente arriscada, com relatos de até
paralisia e morte!
Com relação a este fato, a empresa Glaxo-Smith-Klyne
foi multada em 3 bilhões de dólares nos EUA, por produzir informações
sobre suas vacinas e remédios com o objetivo de conseguir contratos
bilionários de vacinações e vendas de remédios para diferentes
governos.
Todavia,
o que nos salta aos olhos foi descobrir que há relatos de vacinações em
massa praticadas por outros países nas quais foram encontrados agentes
abortivos e esterilizantes, estando uma organização internacional
voltada para a prática de abortos e esterilizações por meio de vacinas –
a PlannedParenthood – envolvida, e que o Laboratório Merck doou
recentemente dinheiro para esta instituição.
Ora, não é no mínimo muito
suspeito que um fabricante de remédios e vacinas faça doações vultosas
para uma entidade aborteira e que adota como estratégia de esterilização
as vacinações em massa?
Querido
Dom Alberto Taveira, as ameaças contra a família católica não acabam
por aí! Nesta próxima quarta-feira, será votado o Plano Nacional de
Educação, que incluirá a “ideologia de Gênero”, pela qual os professores
das redes públicas e privadas passarão a promover o combate às
diferenciações naturais entre meninos e meninas, acusando-as como fruto
de preconceitos machistas. Segundo o Professor Hermes Rodrigues Nery:
A
revolução em curso, de premissas anarcofeministas, posta em movimento
pelas mulheres empoderadas por Dilma Rousseff em seu governo,
principalmente na Secretaria de Políticas para as Mulheres, sabe que
precisa instrumentalizar toda a rede de ensino para seus fins de
perversão, fazendo dos professores escravos de uma ideologia, obrigados a
ensinar e doutrinar as crianças, desde a mais tenra idade, de que a
identidade sexual não pode estar condicionada a um determinismo
biológico, pois que seria uma construção sócio-cultural, e não pode
haver diferenças também nesta dimensão relacional, pois – para elas – as
diferenças acentuam lógicas de dominação e poder.
Os
professores serão obrigados a concordar com uma ideologia eivada de
equívocos, e de efeitos sociais danosos, mas terão de repetir a cartilha
igualitária do MEC se quiserem sobreviver. E as escolas particulares
que questionarem o conteúdo ideológico imposto, sofrerão sanções. A
forma de fechar o cerco e acuar todos na redoma será criar e consolidar o
Sistema Único de Educação, para garantir a uniformização do pensamento
na rede de ensino. Não se admitirá quem destoe do discurso oficial. E o
governo do PT continuará dizendo que tudo isso é democracia.
Do
exposto, viemos nos apresentar para a defesa da Tradição Católica,
mormente nas escolas católicas, conforme o magistério da Igreja,
evidenciando nossa intenção de responder concretamente a tais
posicionamentos anticatólicos, buscando apoio e orientações da Igreja,
que é Mãe e Mestra;
Para
tal mister, faz-se necessário conhecer qual a influência que a Igreja
Local teria sobre a autonomia das escolas católicas particulares, bem
como há alguma movimentação da Arquidiocese neste sentido, como por
exemplo, se há algum padre designado para tratar o assunto, senão o que
oferecemos tal medida como sugestão. Também gostaríamos de sugerir
semanas e jornadas católicas e em defesa da família, nas igrejas e
escolas católicas.
Querido
Arcebispo! Devido ao que tão resumidamente expusemos aqui, alguns pais
do nosso grupo vêm solicitando a dispensa de seus filhos das aulas de
ensino religioso, e isto nos causa uma tristeza tão pungente que um dos
pais relembrou que em sua época de estudante, eram os judeus e
protestantes a sair da sala de aula de ensino religioso, em respeito às
suas respectivas convicções religiosas por parte das instituições de
ensino católicas, enquanto que agora são seus filhos - católicos (!) –
que saem das aulas de religião em um colégio – católico(!)
Em anexo, encaminhamos os seguintes documentos
1 – Requerimento de dispensa das aulas de ensino religioso;
2 – Carta à diretora do Colégio Nazaré;
3 – Artigo: O que você precisa saber sobre a vacina contra o vírus HPV e o governo omite
4- Artigo: Votação do PNE será em 2 de abril (de 2014), quarta-feira.
5- Livro: Como a Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental, acompanhado de DVD com os respectivos capítulos gravados.
Respeitosamente, pedimos vossa bênção e rogamos avaliar as nossas preocupações.
Belém, 31 de março de 2014.
(Assinam os pais)