quarta-feira, 15 de julho de 2015

No TO, 1º Encontro de Jovens Apinajé reflete conjuntura e reafirma luta pela terra tradicional




Inserido por: Administrador em 14/07/2015.

 
De 10 a 12 de julho foi realizado o 1º Encontro de Jovens Apinajé, na aldeia Mariazinha, Terra Indígena Apinajé. A conjuntura política, econômica e social do Brasil foi debatida por meio de Aluísio Leal, da Universidade Federal do Pará (UFPA) e Sebastião Moreira, missionário do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) GO/TO.

A destruição dos biomas brasileiros, decorrente da ofensiva do agronegócio, assim como a construção de megaempreendimentos em nome do “desenvolvimento” do país, situações que prejudicam povos indígenas e populações tradicionais, foram veementemente repudiadas pelos jovens por meio do documento final do encontro, que abordou ainda as proposições legislativas anti-indígenas, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215/2000.

Também foi repudiada a proposta de implantação do MATOPIBA, declarada pelo governo a “nova fronteira agrícola” do país, que prevê o uso da região do Cerrado que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia para o plantio intensivo da soja, cana e eucalipto.  Os jovens manifestaram-se contrários à criação, pelo Ministério da Saúde, do Instituto Nacional de Saúde Indígena (INSI), que “aponta para privatização do atendimento à saúde indígena”.

Leia o documento na íntegra:

Documento final do Encontro de Jovens Apinajé

O 1º Encontro de Jovens Apinajé foi realizado no período de 10 a 12 de julho de 2015 na aldeia Mariazinha na terra Apinajé, no município de Tocantinópolis, norte do estado do Tocantins. O Encontro teve a assessoria do Professor Aluísio Lins Leal, da Universidade Federal do Pará (UFPA) e Sebastião Moreira, missionário do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) GO/TO.

No início do Encontro o professor Aluísio Lins Leal da UFPA discorreu sobre a conjuntura política, econômica e social do Brasil. O Professor enfatizou que o comportamento da sociedade contemporânea é orientado por um sistema político e econômico cada vez mais perverso e competitivo, que consequentemente estimula a exploração dos recursos naturais de forma predatória, suscita a corrupção política e econômica e provoca graves violações de direitos humanos.

Por outro lado, os órgãos do Estado brasileiro responsáveis pela efetivação das políticas públicas de Saúde, Educação, Moradias, Demarcação e Proteção de Terras Indígenas nunca funcionam adequadamente para atender as demandas das populações mais empobrecidas e exploradas do País.  Como se não bastasse, temos verificado inúmeras tentativas de anular conquistas e desconstruir direitos dos povos.

Atualmente existem inúmeras propostas legislativas que tendem suprimir direitos sociais já conquistados. A PEC 215/2000 é a mais conhecida e propõe transferir do Poder Executivo para o Poder Legislativo (Congresso Nacional) as prerrogativas de demarcar e garantir as terras indígenas, quilombolas e das populações tradicionais.

Dessa forma, essa proposta legislativa representa um grave retrocesso e o mais pervertido golpe contra os Direitos Humanos após a Constituição de 1988. A exemplo do Código Florestal, a PEC 215/2000 também foi forjada para atender os interesses das bancadas ruralista e evangélica.

Preocupados com esses retrocessos e as graves violações de Direitos Humanos que estão ocorrendo no Brasil nas últimas décadas, onde as populações indígenas, os quilombolas e populações tradicionais encontram se encurraladas e pressionadas pelas grandes empresas. Sendo que por falta de demarcação de terras muitos povos estão sendo literalmente empurrados para miséria absoluta, pobreza extrema e vítimas das doenças, da fome, da intolerância racial e da violência dos ruralistas.

Em 2014, especialmente no Mato Grosso do Sul, Bahia, Rio Grande do Sul e Maranhão, lideranças indígenas foram covardemente assassinadas ou sofreram terríveis humilhações e perseguições por causa da luta para garantir suas terras. Pelo mesmo motivo, no resto do país, muitas lideranças estão sendo presas, criminalizadas e assassinadas pela Polícia e jagunços a mando de madeireiros e fazendeiros.

Nestes termos, repudiamos com veemência o “Estado” de terror instituído por políticos e setores vinculados ao agronegócio, as madeireiras e as mineradoras, que em nome da farsa do “desenvolvimento” e do lucro imediato estão acelerando o desmatamento e a destruição de importantes biomas brasileiros, especialmente o Cerrado e a Amazônia, situação que vem agravando os incêndios florestais, as secas prolongadas e as crises hídricas em todas as regiões do Brasil.

Dessa forma, rejeitamos também a construção de “grandes projetos de desenvolvimento” como a Hidrovia Araguaia – Tocantins, as hidrelétricas de Santa Isabel no Rio Araguaia, Marabá e Serra Quebrada no Rio Tocantins. Não concordamos que esses empreendimentos sejam construídos em nossos rios, cujas bacias hidrográficas estão sendo fortemente atingidas e alteradas por construção de hidrelétricas, agrotóxicos e o desmatamento do Cerrado e da Amazônia.

Denunciamos a proposta de implantação do MATOPIBA nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia que prevê uso dessa região de Cerrado para plantio intensivo da soja, cana e eucaliptos.  É inaceitável que essas práticas do agronegócio, baseadas na violência, truculência, degradação ambiental e escravidão continuem expulsando as populações indígenas, os quilombolas e os ribeirinhos para margens das rodovias e favelas dos centros urbanos do País, com conivência e apoio desse governo. O estado do Mato Grosso do Sul é um retrato fiel dessa situação.

Consideramos absurda a proposta do Ministério da Saúde (MS) de criação do Instituto Nacional de Saúde Indígena (INSI), que aponta para privatização do atendimento à saúde indígena, contrariando os preceitos constitucionais que diz que a “Saúde é um Direito de Todos e um Dever do Estado”.

Declaramos nosso total apoio e solidariedade aos povos Avá Canoeiro do Estado de Tocantins e Guarani Kaiowá de Mato Grosso do Sul, que atualmente estão sendo condenados e forçados a viver fora de seus territórios tradicionais em situação de abandono e violência por falta terra demarcada para construir suas aldeias, plantar e viver em paz. Lamentamos que por falta de terra esses povos não têm sequer onde sepultar seus parentes de forma digna, contrariando suas culturas, costumes e tradições.

Na manhã do dia 12/07/15, após avaliação, os jovens e adolescentes participantes sugeriram que sejam realizados mais encontros como esse para articulação do Movimento Indígena e a continuidade desse processo de aprendizado e formação. O 1º Encontro dos Jovens Apinajé foi encerrado ao meio dia com almoço
                                                                          Aldeia Mariazinha, 13 de julho de 2015
Associação União das Aldeias Apinajé -PEMPXÀ

Nota Pública do Povo Apinajé sobre apreensão de trator em área reivindicada O empreendimento está destruindo locais sagrados, provocando a fuga de animais e ameaçando nascentesCompanhia de Polícia Ambiental do Tocantins notifica desmatamento e carvoaria irregular no entorno da TI Apinajé Equipe flagrou trabalhadores cortando árvores nativas do cerrado, suprimidas para o plantio de eucaliptos.MPF busca anulação de licenças irregulares para desmatamento no entorno da TI Apinajé A Associação União das Aldeias Apinajé divulgou carta nessa terça-feira sobre as medidas adotadas pelo MPF no Tocantins para providenciar o embargo do empreendimento em curso nas proximidades da TI...Povo Apinajé manifesta-se contra o desmatamento do cerrado e a monocultura de eucaliptos Estamos decididos confrontar com não-índios para impedir esses desmatamentos e/ou qualquer outro empreendimento que ameace nosso território e vidasCarta da Plataforma dos Movimentos Sociais do Estado do Tocantins Pela demarcação imediata das terras indígenas e titularidade e regularização das terras quilombola

Para secretário, greve no DF 'decretou morte das cooperativas' de ônibus


15/07/2015 18h44 - Atualizado em 15/07/2015 19h30


Paralisação no DF agrava crise e renovação de frota, diz Carlos Tomé.


GDF prevê 'assunção' de rotas por empresas; rodoviários pedem reajuste.

Mateus Rodrigues G1
Secretário de Mobilidade do DF, Carlos Henrique Tomé, em entrevista nesta quarta (15) (Foto: Mateus Rodrigues/G1)Secretário de Mobilidade do DF, Carlos Henrique Tomé, em entrevista nesta quarta (15) (Foto: Mateus Rodrigues/G1)
 
 
O secretário de Mobilidade do Distrito Federal, Carlos Henrique Tomé, afirmou nesta quarta-feira (15) que a greve de funcionários das cooperativas de ônibus iniciada na última segunda (13) "decretou a morte das cooperativas". Segundo ele, a crise financeira enfrentada pelos grupos tende a se agravar com a paralisação, impossibitando a renovação da frota ao fim do ano.


Todas as cooperativas têm contrato a ser encerrado até 2018. No fim de 2015, o que vencem são as frotas. Em função dessa crise, é muito pouco provável que elas consigam renovar as frotas, e a tendência é que elas saiam gradualmente do sistema. A gente pode inferir disso que a greve das cooperativas decretou a morte [delas]"
Carlos Henrique Tomé,

secretário de Mobilidade do DF
 
"Todas as cooperativas têm contrato a ser encerrado até 2018. No fim de 2015, o que vencem são as frotas. Em função dessa crise, é muito pouco provável que elas consigam renovar as frotas, e a tendência é que elas saiam gradualmente do sistema. A gente pode inferir disso que a greve das cooperativas decretou a morte [delas]", declarou Tomé.


Segundo o secretário, um plano emergencial começou a ser implantado nesta quarta em parceria com as grandes empresas que operam nas regiões. Por contrato, elas são responsáveis pela "manutenção das bacias" em casos como este. A partir desta quinta (16), Tomé diz que a maior parte dos passageiros das cooperativas vão conseguir ser atendidos pelos ônibus convencionais.


"O que temos são muitas linhas de cooperativas e de empresas que são sobrepostas. Cerca de 60% [da demanda das cooperativas] é absorvida pelas empresas. Acreditamos que a população não vai sofrer grandes percalços", diz o chefe da pasta.


 

Assunção
Segundo Tomé, as linhas operadas por cooperativas em Sobradinho e Planaltina devem ser assumidas pelo transporte convencional, "em breve". "A conclusão a que chegamos é que as cooperativas enfrentam uma grave crise que se arrasta por dez anos. Elas começaram a quebrar no dia em que começaram a operar", diz.


As duas regiões citadas por Tomé ficam na bacia de transporte operada pela Piracicabana, que roda com 417 ônibus em 10 regiões da capital. O G1 não conseguiu contato com as cooperativas locais e com a empresa até a publicação desta reportagem.


Com a eventual saída de cena das cooperativas, as empresas assumem as linhas "abandonadas". Se houver necessidade de investimentos para garantir o atendimento, segundo Tomé, o contrato prevê repasses do GDF para "reforçar" a tarifa técnica.


"Se sai uma cooperativa pequena, que opera com dez ônibus, uma empresa grande pode absorver isso. Para absorver [as linhas] de uma cooperativa maior, a eventual compra de ônibus pode ser repassada à tarifa. Estamos fazendo de tudo para reduzir o custo do sistema", diz Tomé.
Rodoviários durante protesto por reajuste no terminal do Plano Piloto, em Brasília (Foto: Gustavo Schuabb/G1)Rodoviários durante protesto por reajuste no terminal do Plano Piloto, em Brasília (Foto: Gustavo Schuabb/G1)
Protesto


No momento das declarações do secretário, por volta das 17h, trabalhadores das cooperativas e da empresa pública de transporte TCB bloqueavam entradas e saídas da rodoviária do Plano Piloto, a três quilômetros do Palácio do Buriti.


Os funcionários das cooperativas protestam por equiparação salarial com categorias de ônibus convencionais. Eles reivindicam também aumento do tíquete-alimentação e da cesta básica e diminuição em 40 minutos da carga horária.


Por volta das 17h, todos os acessos das plataformas inferior e superior do terminal estavam fechados. Próximo ao Teatro Nacional, duas pistas eram ocupadas por ônibus. Segundo a Polícia Militar, 500 pessoas participam da manifestação.

Eu pensei que árvores servissem para dar sombra aos pedestres. Árvores cortadas desse jeito não sei para que servem.Só se for para lenha!


13/07/2015 20h15 - Atualizado em 13/07/2015 20h25

Moradores do DF pedem à Novacap laudos sobre podas de árvores

Eles dizem que os cortes são excessivos e querem acesso a documento.
Laudo pode ser pedido por telefone, diz empresa; 15 equipes atuam na área.

Do G1 DF
Moradores questionam as podas de árvores no Distrito Federal. Eles pedem para que a Novacap apresente laudos técnicos antes dos cortes. A empresa recebe 10 mil pedidos de poda por ano. Ao todo, 15 equipes trabalham neste tipo de serviço.


A Novacap informou que disponibiliza o telefone 3403-2626 para receber solicitações de podas. O número também pode ser usado para pedir acesso aos laudos, diz a empresa.
Na 708/709  Sul, sete árvores foram cortadas de uma vez há cerca de uma semana. Só restaram os troncos e poucos galhos. A mesma situação é ocorreu com outras árvores na 405 sul. Moradora da quadra há 17 anos, a aposentada Neila Rosaura diz achar que os cortes feitos há 15 dias foram radicais.


“Aqui tinha uma árvore lindíssima, uma sombra maravilhosa e você encontra um esqueleto”, afirma. “A poda a gente sabe que tem que acontecer, só que em vez de fazer uma poda, eles fazem isso. Eles tiram tudo, deixam um poste e lá em cima meia dúzia de folhinhas.”


“Nós queremos que antes de qualquer poda, a Novacap se comprometa com a população a entregar [o laudo] porque entristece qualquer um ver eles chegarem com aquelas serras e derrubarem as árvores, sem comunicação nenhuma”, diz a assistente social Solange Madeira.


Os pedidos de poda acontecem porque os galhos estão no meio da rede elétrica ou porque a própria árvore tem risco de queda e pode prejudicar a população. Na 302 Norte, o arquiteto Paulo Oliveira diz que fez a solicitação porque a planta ao lado da escola estava muito alta e com galhos acima do prédio.


"Essa aqui por exemplo tinha uma podridão muito grande na base, porderia correr o risco de cair e causar problemas, matar alguém, causar danos materiais. Então é melhor a gente tomar essa medida preventiva", diz Oliveira.


Ao receber os pedidos, a Novacap envia um engenheiro florestal ou um técnico para analisar a situação. Na 302 norte, havia árvores com uma praga, que poderia deixar o tronco oco. Para prevenir acidentes, elas foram cortadas.

"Normalmente é feito uma poda por questão de segurança do morador, por questão de iluminação ou porque às vezes a árvore começa a atingir os edifícios, a estrutura do edifício, em redes aéreas ou redes subterrâneas", afirma o chefe do Departamento de Parques e Jardins da Novacap, Rômulo Ervilha.


Comentário

Será que essas arvores vão sobreviver?

Anonimo

Gente boa, com boas iniciativas: Jabuti que recebeu casco novo após incêndio florestal se recupera no DF. "A gente espera que isso se torne um hábito, conseguir aliar a tecnologia ao tratamento dos animais.",

13/07/2015 20h33 - Atualizado em 13/07/2015 20h33

Fred voltou ao DF após implante em Santos; equipe estuda novo casco.


Carapaça foi feita com impressora 3D e plástico de milho, com baixo custo.

Do G1 DFFacebook
Após sobreviver a um incêndio e receber um casco novo, feito em impressora 3D, a jabuti fêmea Fred segue em fase de recuperação em um abrigo de Planaltina, no Distrito Federal. O implante foi considerado um sucesso, mas os médicos veterinários ainda estudam a resistência da prótese.

Segundo a equipe responsável, o procedimento é inédito no mundo e usou um polímero derivado do milho, de baixo custo. "Um quilo desse material custa R$ 136, é muito barato. [Usamos] uma impressora 3D fabricada no Brasil, de baixo custo também. E um software livre, que você pode fazer download de graça", diz o veterinário Rodrigo Rabello, um dos responsáveis pelo projeto.

Um dentista e um designer gráfico ajudaram a elaborar o casco de plástico, em um processo que levou três meses para sair do papel. Fred retornou ao DF depois de se submeter ao implante em Santos (SP).

Há um ano, a jabuti foi vítima de um incêndio florestal próximo ao setor Altiplano Leste. O animal chegou às mãos de Rabello muito debilitado. O veterinário diz que chegou a sacrificar o bicho. "Um quadro bastante crítico, praticamente em óbito, mal se movia. Um quadro gravíssimo", diz.


O nome Fred surgiu em "homenagem" ao personagem Freddy Kruger, dos filmes de terror. Segundo Rabello, o aspecto de desgaste do casco queimado tinha semelhança com o rosto deformado do vilão dos filmes "A hora do pesadelo".


Mais estudos
Enquanto recebia os primeiros cuidados, Fred teve duas pneumonias e ficou sem comer por 45 dias, mas resistiu e se recuperou. Mesmo com o novo casco, a jabuti não tem condições de voltar ao cerrado porque ainda precisa de cuidados. A carapaça será alvo de novos estudos para avaliar a resistência a médio e longo prazo.
"A gente espera que isso se torne um hábito, conseguir aliar a tecnologia ao tratamento dos animais", afirma o estudante de veterinária Mateus Rabello, que também participou do projeto.

A história de Fred foi contada em uma reportagem do Fantástico neste domingo (12), que também mostrou atos de solidariedade com o tucano Zequinha, que quebrou o bico, e com um flamingo que precisou amputar a perna ferida (veja vídeo). Os três animais receberam próteses de alta tecnologia.

Depois da reportagem, artistas de todo o Brasil se ofereceram para pintar o casco de Fred, que saiu branco da impressora 3D. Segundo o veterinário, a mudança ainda deve demorar porque é preciso encontrar uma tinta apropriada, que não desgaste a carapaça e não cause danos à saúde da jabuti.

Excesso de barulho nas grandes cidades é um dos grandes vilões da audição .Barulho proveniente das Casas de Festas durante a noite então é causa de depresão, de fatiga e de irritabilidade devido à falta de sono.

Surdez precoce pode ser consequência dos ruídos diários a que estamos expostos, nas ruas, no trabalho e até em casa

O barulho diário dos aviões que pousam e decolam de Congonhas, em São Paulo, atinge diretamente cerca de 31 mil pessoas que moram  em "zonas de ruído com níveis inaceitáveis", impróprias para habitação, no entorno do aeroporto, segundo um mapeamento feito pela Anac - Agência Nacional de Aviação Civil.


São moradores de 9.951 casas dos bairros de Moema, Jabaquara e Itaim, além de 30 "receptores críticos", como escolas e hospitais.


A fonoaudióloga Isabela Carvalho, da Telex Soluções Auditivas, alerta que não só perto de aeroportos, mas em muitos locais nos grandes centros urbanos, medições de ruído mostram alarmantes 90 decibéis. O nível máximo de conforto é de 55 decibéis no período diurno e de 50 decibéis no período noturno. "Nessa intensidade de 90 decibéis, após quatro horas diárias de exposição, o indivíduo terá sua acuidade auditiva afetada".



Embora haja protestos de moradores de bairros próximos a aeroportos, no cotidiano as pessoas parecem estar a cada dia mais resignadas ao barulho em excesso, dentro e fora de casa. Resultado: estão aumentando os casos de surdez e a perda auditiva está acontecendo mais cedo e não só na velhice, como tempos atrás. Devido ao estresse causado pelo local barulhento, o indivíduo pode sentir também dores de cabeça, problemas estomacais, insônia e aumento da pressão arterial.



“No caso de perda auditiva, como existem pessoas mais suscetíveis aos altos ruídos do que outras, o ideal é consultar um médico otorrinolaringologista, fazer um exame chamado audiometria para detectar se já existe algum grau de perda auditiva e obter as orientações necessárias para prevenir ou impedir o agravamento do problema”, orienta a fonoaudióloga.


Os casos de surdez vêm crescendo vertiginosamente por causa da poluição sonora. Quem mora em grandes cidades percebe o quanto incomoda o barulho do trânsito, de uma buzina, de uma obra. O pior é que, dentro de casa, muitas vezes, o som alto das TVs, rádios e outros aparelhos é prática corriqueira, que também pode afetar a audição. As lesões no sistema auditivo podem ocorrer após uma exposição rápida ou prolongada ao ruído. Isso vai depender da predisposição do indivíduo, do tipo e da intensidade do som.


Na maioria das vezes, o uso de aparelho auditivo devolve a capacidade de ouvir. Mas quando a indicação é o uso de prótese para audição, alguns pacientes se sentem punidos por isso. "Em muitos casos, quando a pessoa procura tratamento, o caso já está mais grave. A perda de audição acontece de maneira lenta e progressiva e, com o decorrer dos anos, a deficiência atinge um estágio mais avançado", explica Isabela Carvalho.



Cabe ao fonoaudiólogo indicar qual tipo e modelo de aparelho é indicado para atender às necessidades do deficiente auditivo. O aparelho será então regulado para tornar os sons audíveis e confortáveis para o paciente.



A fonoaudióloga conclui com um alerta importante. "A perda auditiva induzida por ruído é cumulativa. Qualquer dano à audição vai se somando ao longo do tempo. Os efeitos podem não ser sentidos de imediato e a percepção do problema auditivo pode vir tarde demais. A exposição frequente ao barulho pode levar, com o tempo, à perda permanente e irreversível da audição”.



Fonte Sonora
Nível em Decibéis
Vento balançando folhas suavemente
10 dB
Jardim Silencioso
20 dB
   
   
Quarto Silencioso
30 dB
Violino tocando muito baixo
30 dB
Música tocando baixo
40 dB
Conversa em tom normal
60 dB
Aparelho de Ar Condicionado a 6 metros
60 dB
Voz Humana a 1 metro
70 dB
Campainha do telefone
70 dB
Aspirador de Pó
80 dB
Caminhão Pesado a 15 metros
90 dB
Sirene de polícia
90 dB
Caminhão de coleta de lixo
100 dB
Serra Circular
100 dB
Bate estacas
110 dB
Banda de Rock, Discoteca
120 dB
Buzina de carro
120 dB
Jato na decolagem
140 dB
Limiar da Dor
140 dB

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

Rollemberg sempre levantou a bandeira contra ocupações irregulares e ele reafirmou isso durante a campanha. Porém, a Agefis e Seops admitem não ter pessoal para fazer operações macro. Como se combate o problema tendo a questão de pessoal em falta?

Após habilitação em massa, governo afirma que maioria não será atendida a curto prazo

Todas as gestões do Distrito Federal disseram que enfrentariam ou resolveriam alguma dessas questões no início do mandato
Eric Zambon
eric.zambon@jornaldebrasilia.com.br


Os problemas enfrentados pela pasta de Habitação (atuante com diferentes nomes ao longo da história) são os mesmos há bastante tempo: déficit de moradias, grilagem, regularização e ocupação irregular.




Todas as gestões do Distrito Federal disseram que enfrentariam ou resolveriam alguma dessas questões no início do mandato. O problema persiste e “prospera” como nunca.


A bola agora está com Thiago de Andrade, titular da  Secretaria  de Gestão do Território e Habitação (Segeth).



Logo no início, já havia um grande problema: a fila do Morar Bem, que ultrapassou as 350 mil pessoas após convocações em massa no fim da gestão passada. “Não concordamos com o procedimento instaurado”, reclamou ele, que afirma ter sanado a fila e não temer desapontar os cidadãos iludidos. “Não é função do governo criar falsas expectativas”, disse.



Ele diz que a sua gestão tem a meta de reduzir o déficit habitacional do DF em 60 mil casas, entregar 20 mil escrituras ainda em 2015, incluindo em São Sebastião e Sol Nascente,   e criar um novo modelo de combate a ocupações irregulares: a Governança de Território.



O Morar Bem entregou menos de 15 mil moradias nos últimos   anos, sendo que havia  meta de 100 mil. Qual o objetivo do atual governo e o que esperam cumprir a curto prazo?
Já entregamos entre 1,2 e 1,3 mil (moradias) e, até o final do ano, a gente espera entregar mais cerca de oito mil. Temos perspectiva de, nestes quatro anos, trabalhar com cerca de 40 mil moradias novas entregues e 20 mil requalificações, que são (parte de) um programa de assistência técnica dentro de um programa de reassentamento. Então, nossa meta é reconfigurar e baixar o déficit habitacional em 60 mil unidades.



Todas as secretarias fizeram auditorias para saber por onde o dinheiro escapava. Havia gargalo na sua pasta?
Minha secretaria tem pouca execução orçamentária e pouco contrato. Então, ali, realmente, eu posso afirmar que não havia gargalos, havia orçamentos que não temos mais: licitações que, embora corretas, previam um gasto maior do que  (o dinheiro) disponível e  não serão executadas.



Por exemplo...
Eventos para entrega de escrituras. Embora haja contrato em vigor e orçamento, não temos dinheiro em caixa para fazer.



Então só de reduzir a pompa dos eventos   já se economizou dinheiro?
Muito. O evento é cobrado por unidade (entregue).



Sabe quantificar isso?
Não, porque ainda temos um contrato vigente e estamos usando quantitativos desse (documento). Agora, o que podemos afirmar é que há um processo de saneamento da fila da Codhab.



A fila da Codhab ficou enorme porque foram convocadas milhares de  pessoas, mas elas, até hoje, não tiveram acesso ao que foi prometido. Estão atentos a essa questão?
Não concordamos com o procedimento instaurado em relação à fila na gestão passada. Por isso, abrimos a fila da Codhab na internet e estamos em processo de saneamento e diálogo com as entidades para todas as pessoas que, de fato, têm direito de serem colocadas em seus devidos lugares na fila. Muitos cidadãos começaram o cadastro e entenderam que estariam próximos de receber uma habitação, mas isso nem sempre é verdade, porque há critérios estabelecidos por lei. O que a gente quer agora é dar publicidade, sanear essa fila, deixar muito claro para os habilitados qual os status deles, em que lugar da fila eles estão e quão próximos eles estão de receberem o imóvel.



Mas, na prática, muitas pessoas podem ficar desapontadas. Podem ter achado que estavam prestes a receber uma moradia e não vão receber.
Não é função do governo criar falsas expectativas, isso é terrível para a população, um desserviço. Temos como missão deixar bastante clara a comunicação entre governo e população, sociedade e cidadãos para que a gente não nutra de falsas esperanças as pessoas que, de fato, não têm condições legais de receber um apartamento.



Existe alguma coisa concreta a respeito da regularização de áreas como Vicente Pires?
Em Vicente Pires, estamos trabalhando junto à Secretaria de Patrimônio da União (SPU) para resolver as questões fundiárias. Estamos em diálogo muito produtivo e franco com o Ministério Público para a regularização das Áreas de Regularização de Interesse Específico (Arines), vulgo condomínios. Havia uma série de impugnações do MPDFT no processo destes condomínios por uma série de falhas no processo...



Ainda há, não?
Estamos saneando isso para conseguirmos registrar (as escrituras) sem impugnações. Criamos um grupo de  trabalho com o MPDFT, com uma reunião mensal para alinhar questões para esse processo chegar ao fim com tranquilidade. Já estamos em vias de encaminhar para registro os condomínios Solar de Brasília e Ville de Montagne. Depois (de ser aprovado pelo conselho) do Conplan, existe um processo de ajuste burocrático e documental para que a Terracap possa fazer a venda direta aos moradores. Em São Sebastião, isso já foi feito. Nós já temos, hoje, registradas em cartório cerca de sete mil escrituras, que começarão a ser entregues ainda este ano. Nossa missão é entregar 20 mil escrituras este ano (no DF).



Rollemberg sempre levantou a bandeira contra ocupações irregulares e ele reafirmou isso durante a campanha. Porém, a Agefis e Seops admitem não ter pessoal para fazer operações macro. Como se combate o problema tendo a questão de pessoal em falta?
São várias camadas. O problema de pessoal e de equipamento e condições é um problema real. A gente está criando um instrumento chamado Governança do Território, que é uma instância de decisão estratégica de formulação de políticas e indicadores para ações específicas e bem sérias. Aí, você articula não só a Seops e a Agefis, mas também a PMDF, Polícia Civil etc.



Tem que ter uma política de longo prazo de assistência social para as pessoas que, de fato, estejam enquadradas em (situação de) vulnerabilidade social e isso não pode ser tarefa de um único ente ou agente do governo.



A Governança do Território será um grande instrumento para que isso ocorra de forma coordenada. Na última segunda-feira (da semana passada), foram presos 11 grileiros, três em um lugar e oito no outro. Ainda estou esperando levantamento da Polícia Civil, mas este ano prendemos vários grileiros. Pelas minhas contas, mais de 25. É uma ação efetiva para sinalizar que a impunidade não ocorrerá.



Existe preocupação de envolver mais a polícia e tratar o problema também como uma questão social?
Este ano inteiro, Polícia Civil fez diversas prisões, efetuou   investigações e conseguiu coibir vários níveis dessa grilagem. Mas não é só a grilagem tradicional, existe também fraudes em programas de governo e já há resultados nessa área. Não existe RA ou canto do DF em que isso não ocorra ou não tenha ocorrido, porque, historicamente, você tem grilagem dentro da própria área tombada.




Isso é um processo universal no DF, uma coisa que precisa ser estancada radicalmente. A Polícia Civil tem prioridades, algumas  investigações mais avançadas do que outras e, por isso, não dá para acontecer em todo o território de uma vez só. Mas é isso: quando você prende uma quadrilha, sinaliza para outras tantas que a coisa está funcionando.



Existe uma morosidade da Terracap em relação ao Noroeste. Existe alguma coisa no sentido de cobrança ou isso foge à responsabilidade da Segeth?
Podemos recomendar uma série de questões, mas o contrato é exclusivamente dela. Então, é só a Terracap (que toma decisões). É claro que, na apresentação de um novo projeto de parque, passará pelo Ibram e por nós. Na medida que (uma obra) mexe no sistema viário, também passa por nós. Agora, essas informações de execução não passam. Eu sou conselheiro da Terracap e nós aprovamos agora uma determinação, um processo para licitar essa parte de urbanização e ajardinamento.



O senhor concorda que existe especulação imobiliária em Brasília?
Em qualquer lugar do mundo. Existem instrumentos no Estatuto das Cidades que nós queremos regulamentar para acabar ou diminuir essa questão. Às vezes, a pessoa tem uma terra central em que ela pode construir algo de 20 mil m2  e ela faz um lava jato de 25 m2 . Isso é especulação imobiliária também.



Fora isso, existe a grande especulação imobiliária clássica, que é criar núcleos ligeiramente espaçados e terras vazias entre eles. Você  abastece de infraestrutura esse terreno do meio e ele passa a ser altamente valorizado.   O problema da especulação é quando ela está aliada a interesses privados e escusos.



E que instrumentos do Estatuto das Cidades vocês vão resgatar?
O principal e mais simples deles é o IPTU progressivo, culminando, quando a dívida ficar muito grande, na recuperação do imóvel para o Estado.


O próprio nome já diz: enquanto você não edificar e cumprir a função social da propriedade, que está na Constituição e no Estatuto da Cidade, você tem aumento do IPTU até o momento que ele se torne mais deficitário do que o próprio valor (do imóvel) e o Estado o recupere. É um instrumento normatizado no Estatuto da Cidade, mas que precisa ser criado por lei distrital e nós trabalhamos com estudos de viabilidade sobre isso e provavelmente no ano que vem a gente deve e quer debater isso com a sociedade.



Outro tipo de especulação que é muito ruim, porque esvazia  o centro da cidade e diminui a densidade (demográfica) de cidades já projetadas e com infraestrutura, é o número de imóveis obsoletos, não ocupados. Você pode criar mecanismos para estimular que eles sejam alugados, colocados no mercado, por que isso é muito ruim.



Por exemplo, em muitos casos, mais de 50% do déficit habitacional tem correspondente em imóveis vazios. De repente, faltam 100 mil imóveis em um lugar e você tem 50 mil vazios. O DF, se não me engano, está em torno de 60%. Depende da área.




Enquanto senador, Rollemberg criticou muito o PPCub. Ele dizia que muita coisa não havia sido esclarecida. Como tanto PPCub quanto Luos não saíram de pauta...
O PPCub já saiu da pauta da Câmara...



Mas não da pauta da cidade...
Não, nós temos a obrigação legal de fazer.



Como isso está sendo pensado para ser feito nos moldes que o governador acha corretos?
O governador me deu a atribuição de (fazer) um bom debate com a sociedade e (estabelecer) transparência total, principalmente no fornecimento de todos os dados, de forma didática e clara, sobre o que é e como o PPCub e Luos mexem no território. Isso significa colocar mapas comparativos,  tabelas, deixar claro quais são as intenções e  o que é o PPCub, como funciona e aonde queremos chegar como visão de futuro.


A gente quer debater e construir o instrumento a partir do zero para chegar até o fim do ano com  ele finalizado e para, no ano que vem, encaminhar isso para a Câmara Legislativa.



O PPCub sempre foi difícil de entender até para quem lida com ele. Como passar isso para um leigo?
É um trabalho que temos de fazer com o pessoal da comunicação A gente quer reconfigurar as audiências públicas para que elas sejam participativas e não simplesmente um muro de lamentações. É um trabalho grande de esclarecimento de ir aos jornais, ir à mídia, responder perguntas, estar aberto e chamar as entidades que servem como grandes interlocutores, porque eles fazem a ponte entre o linguajar mais técnico e o linguajar dos seus associados e da sociedade.



Não tenho dúvida de que é um trabalho de enfrentamento, de questionamentos das contradições, porque a cidade carrega múltiplas visões. Isso não é só Brasília, qualquer cidade carrega múltiplas visões.


Qualquer ato de governo vai gerar antagonistas. Temos que ter firmes o que queremos e quais são nossos pilares e deixar claro isso para a sociedade para que haja segurança no debate público.



E esses pilares estão sólidos internamente ou têm que ser discutidos?
Já (estão definidos). Temos acordo de cooperação técnica com o Iphan que versa sobre a área tombada e a área de Entorno para fazer uma gestão compartilhada. Esses pilares estão pactuados entre Iphan e Governo de Brasília.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

Fundo destina R$ 8,2 milhões para projetos ambientais em Brasília

As hortas urbanas, o Plano de Controle de Poluente Veicular e a Virada Sustentável estão entre as iniciativas aprovadas


 
Neto de agricultores do interior de São Paulo, André Acácio estava afastado do cultivo de alimentos desde que chegou a Brasília, em 1992.



Há dois meses, o cirurgião-dentista corria no Parque Urbano Bosque do Sudoeste, próximo de casa, quando se deparou com uma pequena horta. Parou, conversou com o idealizador, Osvaldo Dalvi, e virou voluntário e consumidor do espaço. Para temperar a macarronada do domingo, André foi até lá colher um pouco do cheiro-verde que ele mesmo plantou.


“Sempre aparece um ou outro querendo plantar algo mais”, fala sobre o trabalho colaborativo. André se animou ao saber dos R$ 300 mil destinados pelo Fundo Único do Meio Ambiente do Distrito Federal (Funam) ao desenvolvimento de hortas urbanas em Brasília, e já pensa em melhorias para o local. “Essa ajuda é positiva demais, além de reconhecer uma iniciativa popular.”



O valor é apenas uma parte do que vai ser investido pelo fundo no financiamento de projetos sustentáveis no Distrito Federal. Seis iniciativas receberão um total de R$ 8,242 milhões, conforme o orçamento do fundo de 2015, aprovado em 10 de julho. Enquanto algumas das ações estão mais avançadas, outras, como as hortas, ainda têm pontos indefinidos e passarão por ajustes antes da liberação dos recursos.



Apenas duas já têm projetos estruturados e aprovados pelo próprio Funam, como determinam as regras do fundo. Uma delas é o trabalho de apoio e orientação aos produtores rurais para a inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) — obrigatória e prevista no novo Código Florestal. A ação será bancada com R$ 1,3 milhões do fundo.



Dúvidas
Outros R$ 500 mil vão financiar atividades da Virada Sustentável, evento que faz parte da programação da Semana do Cerrado, entre 11 e 13 de setembro. Os interessados devem apresentar propostas de oficinas, palestras e exposições, sempre relacionadas à sustentabilidade. A Secretaria do Meio Ambiente promoveu um workshop para tirar dúvidas e orientar a elaboração de projetos para o edital de chamada pública lançado em 6 de julho.



A medida que receberá o maior investimento do Funam é o Plano de Controle de Poluente Veicular. Os R$ 4 milhões disponíveis devem tirá-lo do papel. Instrumento estabelecido pela Política Nacional do Meio Ambiente, ele tem o objetivo de controlar a qualidade do ar mediante a fiscalização das emissões veiculares.


O desenvolvimento da energia solar também deverá ser fomentado pelos recursos, com R$300 mil. A previsão é que o montante financie a instalação de painéis fotovoltaicos em uma escola da rede pública, em iniciativa piloto do projeto Brasília Solar.


Adaptação
Serão investidos R$155,5 mil no processo de produção de modelos regionais em alta resolução das mudanças climáticas. A iniciativa de adaptar análises e perspectivas mundiais à realidade de Brasília é uma parceria entre a Secretaria do Meio Ambiente e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).


O Fundo Único do Meio Ambiente do DF é composto por representantes da secretaria, do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), de universidades e de outras instituições representativas da sociedade civil brasiliense.


Fonte: Agência Brasília Jornal de Brasilia

Tadinhos dos corruptos.Estão ficando estressados!!Que peninha não é mesmo?Enquanto eles reclamam de um "atroz constrangimento", nós reclamamos de roubalheira gigantesca que deixou o povo brasileiro passando fome, sem escolas e sem hospitais.Qual reclamação é pior?

Collor diz que PF ‘extrapolou’ todos os limites da legalidade



O presidente do Senado, Renan Calheiros, também criticou a ação e afirmou que se tratou de uma “violência” à democracia 

Após a apreensão de três carros e da busca em seus imóveis, o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL) afirmou, nesta terça-feira (14), no plenário do Senado, que a Operação Politeia “extrapolou todos os limites do estado democrático de direito e da legalidade”.

A ação cumpriu 53 mandados de busca em imóveis e apreensão de bens dos envolvidos em casos de corrupção da Petrobras, deflagrados pela Operação Lava Jato. Com mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal esteve no apartamento funcional de Collor, que é de propriedade do Senado. "[A Operação Politeia] extrapolou todos os limites do estado democrático de direito e da legalidade. Sem apresentar um mandado da Justiça, confrontando e invadindo. Os agentes sob as ordens de Janot arrombaram o apartamento de meu uso funcional como senador da República e recolheram equipamentos e papéis desconexos”, afirmou o Collor em referência às investigações do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.



 Segundo afirmou o G1, o ex-presidente afirmou que a operação tinha interesse de atrair divulgação da mídia, já que os bens foram declarados e adquiridos antes da investigação da Lava Jato. "O argumento da operação [Politeia] foi o de evitar a destruição de provas. Depois de dois anos evitar a destruição de provas, como se lá houvesse algum tipo de prova? E, por acaso, um veículo é um documento? Qual seria o objetivo senão constranger?", disse na tribuna do Senado.

Collor afirmou que repudia a operação, que causou um “desgaste emocional” a ele e sua família. “Hoje eu fui submetido a um atroz constrangimento junto com minha família. Fui humilhado. Depois de tudo que passei, eu tive que enfrentar uma situação jamais por mim experimentada. Sofri um extremo desgaste emocional e mental com minha mulher e minhas filhas de nove anos. Podem me humilhar! Fui humilhado. Mas podem ter certeza: intimidado, jamais”, disse.



“Invasão”
Segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a ação utilizou de métodos que “beiram a intimidação” e foram uma violência à democracia. Para ele, ação deveria ter sido acompanhada pela Polícia Legislativa, já que se tratava de uma ação em propriedade da Casa. “Buscas e apreensões sem a exibição da ordem judicial e sem os limites das autoridades que a estão cumprindo, não é busca e apreensão. É invasão”, afirmou em nota, lida no plenário do Senado.

A Polícia Federal afirmou, de acordo com a Folha de S.Paulo, que a Polícia Legislativa não tem legitimidade para receber mandados determinados pelo STF, mas mesmo assim, eles foram apresentados.


Fonte: Revista Época

BLOG PRONTIDÃO TOTAL

Os inocentes úteis e inúteis que saem em defesa da truculência da PF e do MP estão é no movimento “Fica Dilma!”





A Operação Lava Jato se transformou num “work in progress”. As versões de depoentes e delatores vão mudando ao sabor dos ventos e de acordo com as mais variadas conveniências. Imagino a trabalheira dos advogados de defesa, não? Nunca se sabe qual é a nova história do dia. Uma coisa é certa: há, como se diz em Dois Córregos, gente de butuca lá no Palácio do Planalto.

[Uma pergunta dos editores do Blog Prontidão Total: como andam as investigações sobre o governador e consultor-fantasma Fernando Pimentel?] 

O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, sabe que está na mira. Dez entre dez governistas empedernidos vivem hoje à espera do grande momento: quando é que uma ação espetacular da Polícia Federal vai invadir o seu gabinete ou arregaçar sua casa em Brasília e seu apartamento no Rio? Alguns bobos estão convictos de que isso poria fim à crise política.

Na entrevista que concedeu na segunda passada ao programa “Os Pingos nos Is”, que ancoro na Jovem Pan, afirmou o deputado sobre o fato de ser um dos investigados da Operação Lava Jato: “Não descarto que ainda possam existir desdobramentos políticos. Até porque, a gente está no meio da eleição do Ministério Público, e querem me usar nesse processo. Inclusive, o meu advogado, que é o ex-procurador-geral da República, que fez a denúncia do mensalão, o doutor Antonio Fernando, me recomendou que não falasse de público no assunto até a eleição do Ministério Público. Ele mesmo quer falar”.

Vamos ver. O doleiro Alberto Youssef acusou Cunha se ser beneficiário do pagamento de propina no aluguel de navios-sonda para a Petrobras em 2006. Que evidência ele tem? Afirmou que isso lhe fora relatado em 2011 pelo empresário Júlio Camargo, da Toyo Setal. Camargo fez acordo de delação premiada — logo, para obter um benefício, tem de falar a verdade, certo? Pois bem, em depoimento, ele negou ter pagado propina ao agora presidente da Câmara. Ocorre que estamos diante da chamada “obra aberta”, e uma versão sempre pode ser corrigida por outra. Chegou a Cunha a informação de que Camargo teria mudado de ideia e agora o acusa de ter recebido propina. Pergunta: ele vai receber o prêmio por ter negado ou por ter confirmado o pagamento de propina?

Cunha está convencido, embora se negue a tratar publicamente do assunto, de que José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, e Rodrigo Janot, procurador-geral da República, atuam para torná-lo réu da Operação Lava Jato. Nessa lógica, ao mandar o presidente da Câmara para a fogueira, o agora procurador-geral estaria prestando um favor ao Planalto, que, por sua vez, o recompensaria não criando dificuldades para reconduzi-lo ao cargo.

A operação espetaculosa desta terça contra os senadores que, insista-se, não começaram a ser investigados ontem teria soado como um sinal de advertência: ninguém está a salvo. Afinal, PF e MP estão dispostos a demonstrar que se vai fazer justiça “erga omnes” (para todos) e que o Brasil vai virar “A República”, de Platão… Para quem se conformou com o latim mal aplicado e para quem não conhece “A República” de Platão, a coisa parece bem arranjada.

Mas ainda falta a peça que completa o quebra-cabeça. É importante alvejar Cunha só porque o governo perde todas no embate com ele? Não exatamente. É que, na possibilidade de haver uma denúncia à Câmara contra Dilma, o que é melhor para o Planalto? Um presidente com o controle de boa parte da Casa ou obrigado a se explicar?

Não se trata de uma hipótese conspiratória, mas apenas da natureza do jogo. Alguns tontos que atuam como animadores de torcida do pega-pra-capar da PF e do MP, confundindo a defesa do estado de direito com a defesa da impunidade, mal sabem será que não sabem mesmo? que estão é atuando como linhas auxiliares do Palácio do Planalto e do “Fica Dilma”.

Querem ficar chocados? Pois não! A PF e o MP exageraram, sim, apesar dos carrões de Collor. O Estado de Direito é coisa mais séria do que isso



Nada a perder senão os grilhões, não é mesmo? Fernando Collor de Mello já me processou, contei aqui. Perdeu. Meu advogado foi o brilhante e nunca suficientemente elogiado Manuel Alceu Affonso Ferreira. O que penso sobre esse político? Recorram ao arquivo. Mas o façam também para saber o que eu disse quando achei que havia exageros da Polícia Federal e do Ministério Público contra Eliana Tranchesi, Celso Pitta, Paulo Maluf e, ora vejam, José Dirceu, entre outros. Eu tenho princípios. Não penso isso ou aquilo a depender da ideologia do objeto da minha análise.

Eu me espanto com o sucesso empresarial de Collor? Ah, eu me espanto. O jornal “Gazeta de Alagoas” deve ser o mais lucrativo do mundo. Na Casa da Dinda, foram apreendidos um Porsche avaliado em R$ 400 mil; uma Ferrari, de R$ 1,5 milhão, e um Lamborghini, de R$ 2,5 milhões. É claro que tudo gera, vamos dizer, certa estupefação, não é? Especialmente para quem acabou se dando mal por causa de uma Fiat Elba.


Sim, a operação de busca e apreensão foi autorizada pelo STF, eu sei. O que me incomoda é a ação espetaculosa. Desculpem-me o conservadorismo, mas, na democracia — QUE É O CONTRÁRIO DA REPÚBLICA DE PLATÃO NA MAIORIA DOS ASPECTOS —, é preciso tomar mais cuidado, muito especialmente com quem detém a representação popular.

Acho Collor uma figura política desprezível, mas, na sua reação, ele aponta uma questão absolutamente correta: ele não foi nem mesmo ouvido. “Ora”, dirá alguém, “isso não é preciso. Pode-se deflagrar uma operação, com intervenções dessa natureza, antes de qualquer depoimento. Assim, impede-se que a pessoa possa destruir provas.”

Concordo. Com a devida autorização judicial, não há nada de ilegal nisso. Mas esperem aí. A Operação Lava Jato, de que a Politeia é desdobramento, é de março do ano passado. Sabendo-se investigado e tomo Collor como um caso emblemático porque é a mais midiática das figuras —, se quisesse destruir provas, convenham, ele já o teria feito, não é mesmo?

Eu me pergunto se a operação desta terça foi deflagrada, de fato, em benefício da investigação ou para ser exemplar. Dada a lógica, parece-me difícil que estejamos diante do primeiro caso. Na democracia, o estado é um exemplo, mas não atua para exibir cabeças como exemplo, mesmo quando a personagem é Collor, que igualmente deve desprezar o que penso. No dia 14 de julho, no aniversário da Queda da Bastilha, é um alívio poder escrever isso.

As ações da Polícia Federal e do Ministério Público têm despertado a preocupação em muita gente responsável. Rodrigo Janot está em campanha eleitoral para ser reconduzido à Procuradoria-Geral da República. Collor e seus carrões de luxo servem como uma luva ao descaminho do estado de direito.  Estou no jornalismo desde 1986. Há 29 anos torno público o que penso por intermédio de textos na imprensa. Ao longo desse tempo, mudei, sim, de ideia algumas vezes. Mas nunca condescendi com um estado que não dá bola para os limites legais.

Nem Collor me faz abrir mão dos meus princípios. Quem está a fim de textos hidrófobos certamente encontrará a página do seu agrado. Eu me oponho ao petralhismo, e sou muito antigo nisso, porque não confiro a nenhum ente o poder de agir acima da lei e da razoabilidade.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo - Revista Veja

Blog Prontidão
 

Finalmente temos algo para nos orgulhar.A atuação da PF e do MP!! Temendo a prisão, Lula diz que "as coisas vão piorar". Está furioso com a PF, que cumpre suas obrigações legais.

Temendo a prisão, Lula diz que "as coisas vão piorar". Está furioso com a PF, que cumpre suas obrigações legais.

Leia Mais:http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,crise-atual-ainda-vai-piorar--avalia-lula---imp-,1725378
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No encontro com Dilma, ministros e representantes da etnia petista, Lula sapateou e esbravejou. Puxou as orelhas da presidente e dos ministros, chamando todos para a rua - sem perceber que a rua não é mais do PT, mas do antipetismo. Esperneie, tiranete, esperneie contra a democracia:


Preocupado com os efeitos da Operação Lava Jato sobre o governo, que já enfrenta grave crise política, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu ontem com a presidente Dilma Rousseff e ministros, no Palácio da Alvorada, para montar a estratégia de reação. No diagnóstico de Lula, o estrago foi grande com as buscas e apreensões realizadas em casas de políticos da base aliada, como o senador Fernando Collor (PTB-AL), e o cenário previsto é de mais dificuldades.


"Preparem-se porque as coisas vão ficar piores", afirmou o ex-presidente, segundo relatos obtidos pelo Estado. O encontro começou por volta de meio-dia, com um almoço, e terminou às 16h30. Lula estava furioso com a forma como a Polícia Federal vem agindo e disse a Dilma que ela precisa sair logo dessa agenda negativa.


"Você não tem que ficar falando de Lava Jato", esbravejou Lula, de acordo com dois participantes da reunião no Alvorada. "Você tem que governar, ir para a rua, conversar com o povo, divulgar os seus programas. Não pode ficar só nessa agenda de Lava Jato e ajuste fiscal."


Antes de se reunir com Dilma, Lula esteve com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Pediu a ele que insista em divulgar as medidas para a etapa seguinte ao ajuste porque, na sua avaliação, o governo deve "vender" esperança. Para o ex-presidente, a aprovação de Dilma e mesmo a dele desmoronaram muito mais por problemas na economia do que por denúncias de corrupção na Petrobrás.


Lula disse a Levy que o governo ainda erra na comunicação. "O ajuste fiscal não pode ser apresentado como um fim em si mesmo", insistiu. "O que nós temos que mostrar para as pessoas é onde queremos chegar."


A conversa entre os dois foi cordial. Tanto que, no Alvorada, Lula afirmou que as divergências entre Levy e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, sobre a redução da meta fiscal precisam ser contornadas. O ex-presidente cobrou unidade no governo e chegou a elogiar o vice Michel Temer, que comanda o PMDB e é articulador político do Planalto.

Dilma concordou com o padrinho, mas não escondeu a insatisfação com as últimas críticas feitas por ele. Afirmou, ainda, nada poder fazer em relação às investigações da PF. Nos bastidores, políticos dizem que os próximos alvos são os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).


Quebrando o gelo. Lula não conversava com Dilma havia quase um mês, desde que criticou a estratégia do Planalto para sair da crise. Num encontro com religiosos, o ex-presidente disse que ele e a sucessora estavam no "volume morto".

O receio do governo é que o novo movimento da PF provoque ainda mais tensão no relacionamento com a base, no momento em que Dilma que sofre ameaças de impeachment. Há quem avalie, porém, que, se Cunha e Renan forem denunciados, o discurso pró-saída de Dilma perde consistência no Congresso.

Além de Lula, participaram da reunião no Alvorada os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Edinho Silva (Comunicação Social), Jaques Wagner (Defesa), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), o governador de Minas, Fernando Pimentel, e o presidente do PT, Rui Falcão. Pimentel é alvo de operação da PF que apura arrecadação ilegal de dinheiro em suas campanhas. (Estadão).