O desejo de trair pode ser hereditário, segundo indica um estudo de pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália.
Os
pesquisadores concluíram que variações genéticas podem fazer com que
tanto homens quanto mulheres tenham maior propensão a cometer adultétio.
O estudo, publicado na revista científica Evolution & Human Behaviour,
analisou o comportamento de mais de 7 mil pares de gêmeos na Finlândia,
com idades de 18 a 49 anos, todos em relacionamentos estáveis.
Os
pesquisadores compararam as diferenças de comportamento entre casais de
gêmeos: os idênticos, que compartilham todos os genes, e os fraternos,
que apresentam diferenças.
Cerca de 10% dos homens e 6,4% das mulheres tinham pulado a cerca no ano anterior.
Os resultados sugerem que 63% do comportamento infiel nos homens e 40% nas mulheres podem ser atribuídos à herança genética.
No caso das mulheres, os cientistas detectaram que variações em um gene chamado AVPRIA estava associado ao comportamento infiel.
Este
gene é associado à produção da arginina vasopressina, um hormônio
envolvido na regulação do comportamento social e que mostrou ter
influência em testes com roedores.
"Nossa pesquisa mostra que a
genética influencia a possibilidade de pessoas fazerem sexo com
parceiros fora de seu relacionamento", explica Brendan Zietsch,
coordenador do estudo.
Origens da infidelidade
A
infidelidade é um assunto que provoca mistério na comunidade
científica, que tradicionalmente busca explicações na biologia
evolucionária. Para homens, a poligamia seria explicada pela necessidade
da preservação da espécie: mais sexo resultaria em mais filhos.
No
caso das mulheres, porém, há divergências. Trair costuma ser visto como
um tipo de "efeito colateral" provocado pelo comportamento masculino;
ou então como resultado de uma ação mais instintiva: em tempos mais
primitivos, ter filhos com vários parceiros reduziria a possibilidade de
infanticídio.
Este debate fez com que os pesquisadores de
Queensland examinassem também o comportamento de gêmeos de sexo
diferentes. Pelo menos na amostra estudada, eles não identificaram
nenhuma correlação significativa de promiscuidade de influência social.
O
condomínio Bosco Verticale (Bosque Vertical) localizado próximo ao
centro histórico de Milão, no norte da Itália, venceu o International
Highrise Award - considerado o "prêmio Nobel" da arquitetura dedicada
aos arranha-céus.
Suas duas torres, com 80 e 112 metros de altura,
se assemelham a gigantescos troncos de árvores. E seus apartamentos
surgem como "raízes" para os ramos e os galhos, em um projeto que vem
sendo elogiado por proporcionar uma espécie de simbiose entre o homem e a
natureza, num ambiente hostil ao verde, ou seja, as metrópoles.
O
Bosco Verticale venceu 800 concorrentes de 17 países diferentes na
premiação, que é concedida pelo Museu de Arquitetura de Frankfurt, na
Alemanha.
A premiação leva em conta critérios como inovação,
sustentabilidade, fachada, qualidades internas e aspectos sociais
ligados ao contexto urbano e à criação de um design pioneiro.
"Este
é um projeto maravilhoso que confirma a grande necessidade do homem de
ter o verde ao seu redor", afirmou o relator do prêmio e vencedor da
edição passada, Christoph Ingehoven, aos ganhadores Stefano Boeri,
Gianandrea Barreca e Giovanni la Varra.
A
construção das torres chama atenção no horizonte milanês, marcada por
um novo skyline, com arranha-céus espelhados na zona de Porta Nuova, que
foi recentemente reurbanizada.
A expectative é a de que o condomínio represente uma espécie de abre-alas de uma nova tendência arquitetônica.
"A
ideia nasceu em Dubai, em 2007. Percebi como uma ‘explosão’, a presença
de 30, 40 torres de vidro temperado, diante do meu grupo de estudantes.
Começamos a imaginar, a raciocinar sobre a possibilidade de revestir
tudo com plantas, ao invés de vidro. Mas não apenas com plantas
ornamentais. Mas com árvores verdadeiras, de 3, 5, 6, 9 metros de
altura. Este projeto é uma casa de árvores onde moram os humanos", disse
o arquiteto Stefano Boeri para a BBC Brasil.
Os dois edifícios-protótipos
levaram cinco anos para sair da planta. Foi necessária uma complexa e
cara pesquisa para criar um sistema de irrigação – com a água do lençol
freático- e, principalmente, ancorar bem as árvores e evitar que as
fortes correntes de vento, naquela altura, provocassem maiores riscos.
"O
morador não tem que regar as plantas. Uma central computadorizada se
encarrega desta tarefa quando for preciso. As árvores foram presas numa
espécie de rede de ferro saldada na estrutura. Elas são um bem comum e
pertencem a todos", afirma Stefano Boeri.
Na
realidade, as árvores fazem parte da estrutura do prédio, devido ao
peso e ao posicionamento. E para a sua distribuição pelas quatro
fachadas de cada torre, dentro de tanques especiais, foram feitos testes
em duas galerias do vento: uma em Miami, nos Estados Unidos, e outra no
Politécnico de Milão, onde o arquiteto Stefano Boeri é também
professor.
Elas são o carro-chefe de uma flora composta de 800
árvores, 5.000 arbustos, 11.00 plantas menores, de uma simples camélia a
uma magnólia passando pela oliveira, jasmim e acácia, entre outras. Tem
lugar até para as trepadeiras. De noite, a iluminação projeta ,nos
tetos das varandas e dos terraços, as sombras dos galhos e das folhas e
garante um belo efeito visual.
Todas as mudas foram escolhidas na
primavera de 2010 e cultivadas nos viveiros até o momento da
"transferência" na nova casa. "Acho que este é um ponto fundamental do
projeto: a biodiversidade. Cerca de cem espécies foram plantadas nos
prédios", Stefano Boeri. Juntas elas cobrem uma área de dois hectares,
equivalente a dois campos de futebol.
Esta
cortina verde proporciona uma diminuição de 2 a 3 graus centígrados
durante o verão. E isto significa a economia de energia. Durante o
inverno, quando as folhas caem, o bosque vertical vai receber maior
quantidade de luz. Com o apoio de duas agrônomas, Laura Gatti e
Emmanuela Borio, as plantas foram escolhidas a dedo para evitar alergias
e resistir às novas condições meteorológicas.
Além disso, a cobertura
vegetal, vertical, acompanha as cores das estações. Durante o outono, a
fachada das torres vai ganhar os tons de amarelo e vermelho e laranja.
Na primavera, as flores irão colorir o condomínio. O edifício se torna
um organismo vivo, literalmente. Os próximos dois anos irão ser
fundamentais para a adaptação do bosque vertical.
Além do morador,
humano, espera-se a chegada de novos vizinhos como as joaninhas e
outros inofensivos insetos e aves, algumas migratórias, como as
andorinhas. " Sei que um casal de falcão já fez um ninho numa árvore que
foi plantada dois andares abaixo da copa. Fazia muito tempo que não se
via um falcão por aqui", afirma Boeri.
Mas ainda é cedo para
avaliar a emoção provocada no homem. Foram vendidos 60% dos 113
apartamentos, a um valor médio equivalente a R$ 24 mil o metro quadrado)
e ainda há poucas famílias vivendo no local, onda a taxa mensal de
condomínio custa o equivalente a R$ 10 mil.
No
entanto, o modelo do Bosco Verticale pode ser adaptado às construções
antigas e mais baratas. "Este projeto pode ser usado na reforma de
outros prédios, a pesquisa e as soluções já foram feitas, e estamos
trabalhando em complexos residencias sociais", diz Boeri.
Ele
espera que este tecnologia possa servir de impulso para que as novas
construções sejam menos envidraçadas e mais esverdeadas.
O
arquiteto defende a verticalização das cidades em contextos urbanos já
desenvolvidos. "A ocupação de novas terras implica em maiores gastos com
a infraestrutura de serviços. Temos que crescer em altura mas com
equilíbrio. Prédios entre 80 e 200 metros, no máximo, com muito verde. O
fluxo de pessoas nas cidades é potente, penso no Rio de Janeiro, em São
Paulo. O Bosco Verticale é uma contribuição a um novo "relacionamento"
entre a natureza e a arquitetura e o homem", diz Boeri.
O
Brasil deve ultrapassar o Japão e se tornar, neste ano, o quarto país
com a maior população de usuários de Internet do mundo, segundo cálculos
da consultoria de tecnologia eMarketer.
Até o final deste ano, serão 107,7 milhões de internautas no país, contra 99,2 milhões no ano passado.
Já
em 2015 o mundo deve atingir pela primeira vez a marca de 3 bilhões de
pessoas conectadas à Internet, o equivalente a 42,4% da população
mundial. Até 2018, quase a metade do mundo vai acessar a web pelo menos
uma vez ao mês, acrescenta a consultoria.
O forte crescimento foi
impulsionado por dispositivos móveis mais baratos e mais conexões via
banda larga, opina Monica Peart, analista-sênior do eMarketer.
"Enquanto
mercados altamente desenvolvidos (de internet) estão quase saturados em
termos de usuários de internet, há um espaço significativo de
crescimento em países emergentes", afirma. "Tanto a Índia quanto a
Indonésia devem ter crescimentos (percentuais) de dois dígitos
anualmente até 2018."
A
China deve se manter - com folga - como o país com o maior número de
internautas do mundo: 643,6 milhões até o final deste ano, seguida pelos
Estados Unidos, com 252,9 milhões, e da Índia, com 215 milhões
.
Mas a grande população indiana deve fazer com que o país supere os Estados Unidos em número de internautas em 2016.
Indicadores
A pesquisa foi feita com base em estimativas de 41 países, a partir de indicadores econômicos, tecnológicos e demográficos.
O
Brasil deve se manter como o quarto maior usuário da web ao menos até
2018 (último ano da análise do eMarketer), quando deverá ter 125,9
milhões de internautas, seguido de perto pela Indonésia, com cerca de 3
milhões de internautas a menos.
Pesquisas anteriores já indicavam o
potencial do mercado de tecnologia e internet no Brasil: a proporção de
domicílios brasileiros com computador passou de 25% em 2008 para 49% em
2013, segundo o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da
Sociedade da Informação (Cetic.br).
Mas ainda há muita gente sem
acesso à rede: o Cetic concluiu, com base em dados da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, que 24,2 milhões de lares de
renda de até 2 salários mínimos (em torno de R$ 1,4 mil) não estão
conectados à Internet. O mesmo vale para 7,5 milhões de lares na área
rural do país.
Dois procuradores do Ministério Público Federal (MPF), responsáveis
pelas investigações da Operação Lava-Jato, embarcaram nesta
segunda-feira para a Suíça para tentar localizar o dinheiro que pode ter
sido desviado da Petrobras para contas no país. O Ministério Público
suíço localizou e deve entregar extratos de uma conta do ex-diretor de
Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, acusado de participar do
esquema de cobrança de propina, informou o “Jornal Nacional”, da Rede
Globo. A conta do ex-executivo da Petrobras tem saldo de cerca de US$ 27
milhões.
A força-tarefa do MPF tentará descobrir a origem do dinheiro e
procurar se foram feitas transferências para outros envolvidos no
esquema. Os procuradores também vão procurar provas de que outros
envolvidos na Operação Lava -Jato tenham movimentado dinheiro no
exterior. Entre eles, está outro ex-diretor da Petrobras, Renato Duque,
que está preso em Curitiba, e o lobista Fernando Soares, conhecido como
Fernando Baiano. Conforme Paulo Roberto Costa, eles também participavam
do esquema, sendo que Baiano seria operador do PMDB nos desvios de
dinheiro da Petrobras.
A informação foi corroborada por outro executivo, da empresa Toyo
Setal, chamado Júlio Camargo. Em um depoimento à Polícia Federal, ele
garantiu ter feito depósitos no valor de R$ 6 milhões. A quantia,
afirmou, era para a diretoria de Serviços, comandada por Duque. A maior
parte foi depositada no banco Credit Suisse, em contas indicadas por
Duque e pelo subordinado dele, o gerente de Serviços da estatal, Pedro
Barusco.
Júlio Camargo também disse que repassou entre R$ 12,5 milhões e R$ 15
milhões para Fernando Baiano. Segundo o executivo da Toyo Setal, esse
dinheiro foi levado para um banco no Uruguai e para várias contas
indicadas pelo lobista no exterior. Com a identificação de todas essas contas e movimentações, o MPF
pretende, o mais rápido possível, iniciar os processos para repatriar o
dinheiro. (O Globo)
Primeiro dos executivos presos na Operação Lava-Jato a admitir que
pagou propina no esquema da Petrobras, Erton Medeiros Fonseca, da Galvão
Engenharia, trouxe à tona um novo nome a ser investigado. Trata-se do
empresário Shinko Nakandakari, que, segundo o executivo, atuava como
operador do esquema de corrupção na Diretoria de Serviços da Petrobras,
comandada por Renato Duque, ao lado de Pedro Barusco, ex-gerente
executivo da área de Engenharia da estatal que se dispôs a contar o que
sabe ao Ministério Público Federal e devolver US$ 97 milhões. Os
advogados de Fonseca entregaram nesta segunda-feira à Justiça Federal do
Paraná várias notas fiscais relativas à propina. Elas foram emitidas a
favor da LFSN Consultoria e Engenharia, no valor de R$ 8,863 milhões, e
teriam como finalidade pagar a propina a políticos.
A LFSN Consultoria pertence a Shinko, a Luís Fernando Sendai
Nakandakari, que seria filho dele, e a Juliana Sendai Nakandakari. O
endereço informado à Receita Federal é um apartamento num prédio
residencial no bairro do Brooklin, na Zona Sul de São Paulo, que está em
nome de Luís Fernando. Os pagamentos da Galvão foram feitos por meio de
transferências eletrônicas a Luís Fernando e Juliana. Nas notas,
aparece que o pagamento foi feito por serviços prestados.
As notas fiscais — várias delas com o valor de R$ 660 mil — foram
emitidas entre 2010 e 2014. Segundo a planilha de pagamentos apresentada
à Justiça pela Galvão Engenharia, o primeiro pagamento ocorreu em
novembro de 2010 e o mais recente é de 25 de junho de 2014 — cerca de
dois meses depois de a Operação Lava-Jato ter sido deflagrada pela
Polícia Federal. As notas têm valores entre R$ 115 mil e R$ 750 mil.
Fonseca se dispôs a fazer acareação com o ex-diretor de Abastecimento
da Petrobras Paulo Roberto Costa e com o doleiro Alberto Youssef, na
tentativa de provar à Justiça que, ao contrário da acusação que lhe é
imputada, ele não fazia parte da organização do cartel de empreiteiras,
mas foi vítima de extorsão. É o mesmo argumento apresentado em
depoimento pelo vice-presidente executivo da Mendes Júnior, Sérgio Cunha
Mendes, que pagou R$ 8 milhões ao doleiro.
Em depoimento à Justiça, Fonseca afirmou que cedeu à pressão de
Shinko porque a Galvão Engenharia vinha sendo sucessivamente preterida, e
o nome da empresa havia sido excluído da lista das “convidadas” a
participar da licitação. Disse ainda que o dinheiro era destinado ao
caixa do PP.
Shinko Nakandakari é um dos denunciados num processo de improbidade
administrativa envolvendo a construtora Talude, contratada pela Infraero
para obras no aeroporto de Viracopos, em Campinas.
O valor inicial do
contrato, assinado em 2000, foi de R$ 13,892 milhões. Seis meses depois
da assinatura, foi feito um aditivo de R$ 1,904 milhão. O segundo
aditivo, de R$ 1.540.352,97, ocorreu em 2011. Para o Ministério Público
Federal, não havia razões para firmar os aditivos, que tornaram a obra
mais cara. O caso está na Justiça.
Fonseca cumpre prisão preventiva na carceragem da Polícia Federal em
Curitiba. Ao pedir pela liberdade dele, os advogados argumentam que a
Galvão Engenharia pertencia ao “grupo A”, a elite de fornecedores da
Petrobras, mas havia deixado de receber os convites da estatal para
disputar licitações. Inconformada, a construtora teria encaminhado pelo
menos 20 requerimentos à Petrobras, entre 2006 e 2014, relembrando aos
executivos da estatal o padrão de excelência de seus serviços e pedindo
que fosse incluída em certames em curso.
Os
advogados dizem ainda que, se estivesse participando de um “conluio”
com outras empreiteiras, a Galvão Engenharia não precisaria pedir à
Petrobras que a convidasse para as licitações. Os depoimentos de Paulo
Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef incriminam Fonseca. Costa
afirmou que ele participava do esquema de cartel, e Youssef diz ter
tratado com ele o fechamento de contratos entre a Galvão Engenharia e
suas empresas de fachada, como forma de viabilizar o pagamento das
propinas. Foram apreendidos pela PF contratos da Galvão Engenharia com
empresas que eram usadas pelo doleiro para movimentar recursos ilícitos.
A empresa depositou pelo menos R$ 4,179 milhões na conta da MO
Consultoria, uma dessas firmas de fachada.
A Galvão informa ter participado de 59 licitações na Petrobras. Os
contratos individuais da empresa com a estatal, entre 2009 e 2013,
somaram R$ 3,474 milhões. A Galvão atuou também em consórcios. Na semana
passada, o advogado de Fonseca, José Luis Lima, disse que a empresa
obteve contratos com a Petrobras “de forma lícita”, mas depois passou a
ser vítima de extorsão. ( O Globo )
O blog está atualizado. Por motivo de viagem, a liberação de comentários estará prejudicada. Obrigado.
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Mobilizada depois do "cochilo" da semana passada que rendeu uma
amarga derrotada para a presidente Dilma Rousseff, a base aliada do
governo conseguiu aprovar há pouco, na Comissão de Orçamento (CMO), o
projeto de lei que flexibiliza a meta do superávit primário. Numa sessão que foi marcada por novos bate-bocas e acusações de que
o Palácio do Planalto está gastando mais do que arrecada e pedindo uma
"anistia" para Dilma, a oposição se disse vítima de um "tratoraço" da
base.
Agora, o projeto segue para o Plenário do Congresso Nacional,
último passo antes de Dilma receber o aval para abater integralmente os
gastos com o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e as
desonerações de impostos da economia mínima para o pagamento dos juros
da dívida pública.
Embora petistas digam em tom otimista que o objetivo é liquidar a
futura na sessão do Congresso marcada para hoje à tarde, integrantes da
própria base admitem que ainda há muito chão para despachar o tema para a
sanção de Dilma. Há quase 40 vetos presidenciais na fila de votação e a
oposição promete fazer uma "oposição selvagem" no Plenário do
Congresso.
Com um resultado negativo de mais de R$ 20 bilhões nas contas
públicas e diante da impossibilidade de alcançar o resultado mínimo de
R$ 49 bilhões previsto na lei em vigor, o governo enviou na semana
retrasada uma proposta que eliminou o teto de desconto permitido com
despesas do PAC e com renúncia tributária da meta do superávit primário.
A meta atual para o governo central é de R$ 116 bilhões e o texto
abre brecha para que o determinado pela legislação seja dado como
respeitado mesmo em caso de déficit. Se na reunião parlamentares
petistas e da oposição se digladiaram em torno do projeto, do lado de
fora do plenário um pequeno grupo de manifestantes gritou durante toda
discussão palavras de ordem como "fora PT" e "estão metendo a mão".
O deputado Ronaldo Caiado (DEM), eleito senador por Goiás em
outubro, disse que o governo "omitiu da população o não cumprimento da
meta". "Agora apresentam um projeto para tentar transferir para o
Congresso Nacional essa responsabilidade. É de uma gravidade ímpar",
disparou. Já o deputado Izalci (PSDB-DF) acusou o governo de estar
ameaçando governadores com a interrupção do repasse de verbas para que
eles pressionem suas bancadas a votar a matéria.
O relatório proposto pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR) não fixa
qualquer
meta mínima a ser perseguida pela equipe econômica. Mesmo ciente da
inviabilidade de alcançar a economia mínima
prevista em lei, o Ministério do Planejamento informou na última
sexta-feira (21) uma elevação de R$ 10 bilhões nos gastos públicos. Em
certo momento, o deputado Caiado ironizou Romero Jucá, afirmando que ele
estava criando duas grandes inovações na contabilidade: o superavit
negativo e a meta de resultados. A Oposição convocou a militância para
tomar o plenário e protestar contra o governo hoje a partir de 15 horas.
(Com informações do Estadão)
4 comentários:
Walmor
disse...
Coronel, não quero acreditar que essa "gente" que nos representa, vai
assinar embaixo dessa farsa. Parece que estão de joelhos diante da
incompetência do governo do PT.
http://noticias.portalvox.com/politica/2014/11/justica-sequestra-bens-da-petrobras-para-pagar-funcionarios-de-complexo-naval.html Coronel, não vai demorar muito vão querer a cabeça da juíza que pediu o sequestro de bens da Petrobras e Iesa.
agora a oposição vai para o Superior Tribunal? Tem algum outro passo a seguir antes? Ainda tem algum outro tipo de votação para fazer? Estou perdida.. É muita coisa... Alguém pode me explicar?
O blog está atualizado. Por motivo de viagem, a liberação de comentários estará prejudicada. Obrigado.
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Dilma inaugurando o Canal do Sertão Alagoano, junto com Fernando
Collor de Mello: ela sabia que a obra tinha um superfaturamento de R$ 37
milhões, segundo relatório do TCU. Obra foi feita pela Queiroz Galvão,
envolvida até o pescoço na Operação Lava Jato.
O Tribunal de Contas da União (TCU) deve pressionar o governo a
"devolver" obras públicas nas quais foram detectadas irregularidades
graves. A estratégia para tentar reaver parte do gigantesco rombo
causado por serviços mal executados e superfaturados prevê uma
recomendação para que sejam anulados os "termos de recebimento
definitivo" das obras, documento pelo qual o governo atesta que os
empreendimentos foram devidamente entregues pelas construtoras.
O plano de invalidar o recebimento já é avaliado para alguns
processos referentes à Ferrovia Norte-Sul, uma das principais obras do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na qual o TCU identificou
até agora R$ 538 milhões em sobrepreço. Desse montante, quase R$ 185
milhões vieram de contratos com as empreiteiras envolvidas na Operação
Lava-Jato. Apesar das várias irregularidades previamente apontadas,
vários trechos da estrada de ferro já foram concluídos e entregues ao
governo.
Uma lista de empreendimentos fiscalizados pelo TCU aponta que não se
restringe à Petrobras o roteiro de irregularidades em contratos
bilionários entre o governo e as principais construtoras do país. Obras
rodoviárias, de abastecimento de água, metrô e até a construção de uma
universidade entraram no rol dos negócios sobre os quais pairam indícios
sérios de malfeitos graves.
Um dos mais emblemáticos é a Norte-Sul. Segundo o TCU, o governo não
observou as normas legais e contratuais relativas à responsabilização
das construtoras pela deficiência de qualidade da obra do trecho que
liga os municípios de Ouro Verde e Jaraguá, em Goiás. Os problemas
resultaram em um dano de R$ 14 milhões ao erário, o que levou o tribunal
a solicitar - sem sucesso - que a empreiteira Constran arcasse com o
prejuízo.
"Diante de tais não conformidades, a comissão sugeriu à Valec
retenção, estorno e glosa dos valores apontados, bem como a aplicação de
sanções. No entanto, a Valec não comprovou o saneamento dessas não
conformidades, nem a responsabilização das contratadas", diz o
documento. De acordo com o TCU, a Valec emitiu termo de recebimento
definitivo (TRD) da obra "sem constar nenhuma pendência".
Diante de tal cenário, uma saída analisada no tribunal é solicitar a
anulação do ato pelo qual a obra foi entregue. Isso só pode acontecer,
entretanto, após esgotadas as oitivas com as empreiteiras, que estão em
andamento. Se os argumentos para o sobrepreço não convencerem, a área
técnica do TCU poderá recomendar a algum ministro que submeta ao
plenário a anulação do TRD - que protege juridicamente as empreiteiras
contra qualquer questionamento. A anulação desse documento é inédita no
tribunal e, caso venha a ser aprovada, tende a gerar uma batalha
judicial com as empreiteiras.
O lote citado pelo TCU foi entregue em março de 2013 pela Constran. Ao Valor,
a empresa informou que sempre prestou esclarecimentos ao TCU e que
ainda não há decisão final sobre o caso apontado. O tribunal de contas
viu indícios de sobrepreço em vários outros trechos da Norte-Sul tocados
por empreiteiras envolvidas na Lava Jato. Há irregularidades, por
exemplo, em contratos com Queiroz Galvão e Camargo Correa.
A Queiroz Galvão aparece em pelo menos outras quatro grandes obras
com sobrepreço identificado pelo TCU. A empreiteira liderou o consórcio
responsável pela construção de dois lotes da Vertente Litorânea, adutora
de 112 km que levará água do rio São Francisco para 13 municípios da
Paraíba. Foi detectado um sobrepreço de pelo menos R$ 33 milhões nas
obras.
Outro projeto hídrico com as digitais das empreiteiras citadas na
Lava Jato é o Canal do Sertão Alagoano. A construção do primeiro trecho,
de 45 km, foi firmada mediante um contrato de R$ 240,8 milhões entre a
Queiroz Galvão e a Secretaria de Infraestrutura de Alagoas. Sete
aditivos foram acordados. No último, houve acréscimo de 45,7% no valor
contratual. O sobrepreço apurado é de R$ 37 milhões.
Ainda na região Nordeste, a Queiroz Galvão liderou o consórcio
construtor da linha sul do metrô de Fortaleza. O TCU recomendou retenção
dos repasses para a obra, que tem sobrepreço estimado em R$ 44 milhões.
Entre as justificativas dadas pelo consórcio para os valores, chegou a
ser mencionado o trânsito caótico da capital cearense, que teria
diminuído sensivelmente a velocidade média dos caminhões que abasteciam
de insumos os canteiros de obras.
A empresa ainda aparece ao lado da OAS na implantação e pavimentação
da rodovia BR-448, no Rio Grande do Sul, onde o TCU identificou
superfaturamento de R$ 56 milhões. Questionada, a Queiroz Galvão
reiterou apenas que todos os seus contratos seguem a legislação vigente.
A assessoria de imprensa da OAS não respondeu.
Outra obra rodoviária contestada pelo tribunal é a duplicação BR-381,
em Minas Gerais, que tem a Engevix como sócia. De acordo com a
fiscalização, o consórcio alterou premissas do projeto básico e entregou
um traçado mais sinuoso e ondulado do que o previsto. A empresa não se
manifestou. Não bastassem as obras de infraestrutura, até a Universidade Federal
de Integração Latino-Americana surge no radar dos contratos suspeitos. O
TCU viu riscos de prejuízo de R$ 14 milhões e "atrasos injustificáveis"
na construção do campus de Foz do Iguaçu (PR). Responsável pela obra, a
construtora Mendes Júnior não respondeu. (Valor Econômico)
Uma gaivota está vivendo com um dardo atravessado no pescoço em um
parque na cidade agrícola de Wenatchee, no estado de Washington, nos
Estados Unidos.
A Sociedade Humanitária do Vale de Wenatchee tem recebido ligações
sobre o pássaro, que vive no Parque Walla Walla Point, há dois meses.
De acordo com o jornal "Wenatchee World", a gaivota consegue voar
normalmente. Tentativas de capturá-la para retirar o dardo fracassaram
até o momento.
O dardo tem cerca de 10 cm e sai para os dois lados do pescoço do pássaro.
Moradores da região têm visto o pássaro ferido há dois meses
Um gênio! Só assim pode ser definida em uma palavra Maria Montessori, psiquiatra, pedagoga, filósofa, pesquisadora, educadora e voluntária italiana, nascida em 1870 cujo método por ela criado transformou a pedagogia no mundo inteiro.
Se na escolinha do teu filho existem
mesinhas, cadeirinhas e pias baixinhas, Maria Montessori esteve ali.
Esteve e está presente em mais de 20.000 escolas de todos os continentes que seguem o seu método de ensino.
Já as mesinhas, ou seja, a adaptação do mundo adulto à criança fora uma
ideia por ela criada e seguida praticamente por TODAS as escolas.
Tudo começou com uma sua constatação
básica da vida: a criança é um ser completo, totalmente capaz e
criativo. Apenas precisam de liberdade para desenvolver as atividades
que matem a sua sede por conhecimento, atividades estas que lhes desenvolvem a concentração e consequentemente a disciplina. Um indivíduo disciplinado é capaz de se guiar sozinho quando tiver que enfrentar e seguir as regras da vida.
Mas para que tudo isso ocorra, é necessário dar às crianças a liberdade de escolha para que cada uma delas possa explorar o que quiser, e assim, desenvolver o interesse que a levará à concentração.
A palavra trabalho foi colocada
entre aspas no título pois, a um leitor apressado pode lhe vir a ideia
de que se trate de trabalho infantil. Não se trata disso. A palavra
trabalhar poderia ser trocada por brincar, mas o método montessoriano
usa mesmo trabalhar pois para Maria Montessori a criança se torna pessoa através do trabalho.
A educadora foi a primeira mulher a se formar médica na Universidade Sapienza em Roma
e começou a trabalhar com crianças com problemas mentais. Aquelas que
todos viam como "coitadas", “incapacitadas ou menos capazes” Maria,
diferentemente, via como capazes e passou a tratar estas crianças como
tais, ajudando-as em seus desenvolvimentos. “Ajuda-me a fazer sozinho” poderia ser a frase que resume todo o seu ponto de vista sobre a necessidade infantil em explorar o mundo.
Poderíamos falar horas sobre este
gênio que desenvolveu um método ainda hoje tão inovador, que depois de
mais de 100 anos passados, será adaptado às novas tecnologias em aplicações para celular e tablets como materiais didáticos interativos (uma das fortes características montessoriana).
Mas não precisaria necessariamente ter acesso aos materiais didáticos para aplicar o método montessoriano na educação do teu filho. Bastaria não vê-lo como incapaz ou muito pequeno para desenvolver determinadas atividades que os pais geralmente acham, por exemplo, perigosas.
As crianças são curiosas por natureza e deixá-las explorar o mundo como
elas quiserem (dentro obviamente de um limite imposto) é colocar em prática o pensamento montessoriano.
Como fazer isso?
Simples, deixe a criança te ajudar em casa nas tarefas diárias. Quanto a idade e as tarefas sugeridas abaixo, inclusive, temos que falar de outra característica do método montessoriano: individualizar a criança, ou seja, cada um é cada um, um gosta muito de matemática, outro menos. Com dois anos a criança pode fazer as atividades aqui sugeridas ou não, cada um é cada um. Veja algumas sugestões e observe teu filho.
Com um ano e meio, dois anos, a criança já pode te ajudar a descascar a mexerica, a banana, o amendoim, o pistache…Você pode supervisionar mas não fique me cima, deixe a criança fazer no tempo dela e deixe que ela descubra sozinha como fazer melhor.
A partir dos dois anos
ela pode te ajudar a espremer laranja e a colocar o suco do espremedor
no copo, a cortar a maçã, obviamente com uma faca não afiada, assim como
a cenoura e outras verduras cozidas. Inclusive, esta tarefa pode fazer
com que se interessem mais em comer o alimento que cortaram, facilitando
a tarefa de mãe em dar alimento saudável ao filho.
Nessa mesma idade, ou até antes, deixe-as te ajudarem a preparar a comida, por exemplo, a passar o bolinho no ovo batido e na farinha de rosca antes de fritar ou assar; a usar o funil
(elas amam um funil); a preparar o pão (tem coisa mais fofa que
mãozinhas na massa?); a arrumar a mesa; a tirar o pó dos móveis; a
limpar o chão; limpar um vidro; ajudarem na jardinagem; a lavar louça
(em escolas montessorianas, existem até mesmo pias baixinhas para as
crianças usarem. Em casa, que tal deixá-las lavar, por exemplo o
babador, em uma bacia?).
"O maior sucesso de uma professora é dizer: as crianças estão trabalhando como se eu não existisse."
"Uma prova de estar seguindo corretamente o nosso agir educativo é a felicidade da criança."
O plástico jogado nas praias
se derrete e se mistura a sedimentos, fragmentos de lava basáltica e
detritos orgânicos – como conchas – e resulta em algo inacreditável: um novo tipo de rocha.
É isso mesmo, e já tem nome complicado: plastiglomerate – algo como “aglomerado plástico”, em livre tradução. Ao se formar, fica permanentemente no registro rochoso da superfície terrestre e, no futuro, pode servir como um triste registro geológico, isto é, como um resultado do impacto da ação humana no planeta.
Poluição por plástico: um desafio mundial
Essa questão, já apontada repetidas vezes por diversos segmentos ambientalistas de diferentes países, tem atingido seu ponto máximo, nos últimos tempos, chegando a afetar os recursos hídricos – como mares e oceanos – pelo mundo afora.
Produzido pela primeira vez na década de 1950, o plástico não se decompõe facilmente
e tem uma estimativa de permanecer na natureza por, pelo menos, 200
anos. Entretanto, dependendo das condições, pode chegar a 500 ou até 1
milênio inteiro!
Os resíduos plásticos são leves, o
que os impede de ficar enterrados e, por isso, não poderiam vir a se
tornar parte do registro geológico terrestre.
Como acontece de o plástico virar rocha?
Aí é que entra um grande diferenciador
do processo: quando derretido, o plástico pode se fundir aos materiais
apontados – detritos orgânicos, areia e resíduos de lava – formando o
plastiglomerate.
No Havaí, uma praia de plástico
A questão é tão séria que, até mesmo em um local paradisíaco – sonho de todo surfista – o Havaí, tem uma praia considerada entre as mais sujas do planeta, chamada Kamillo Beach, localizada na região sudeste de Big Island, no Havaí.
Essa quantidade de resíduos, que incluem equipamentos
de pesca, recipientes de comida e bebida, alguns coloridos – tendo
recebido até um nome “confete plástico”, ocorre por conta do fluxo das
marés e das altas ondas da região.
Dois tipos de plastiglomerate: In situ e sedimentar
Como temos de ter um olhar positivo mesmo diante dos piores cenários, esse local possibilitou um trabalho científico de destrinchar as diferentes formações de rocha plástica, a saber: In situ e sedimentares.
As primeiras são mais raras e se
formam quando o plástico se derrete na rocha e é incorporado à sua
crosta. A plastiglomerate sedimentar, por outro lado, é uma estrutura
solta rochosa, composta por uma combinação de coral, basalto, concha,
restos de madeira e areia que se aglutinaram pelo plástico derretido.
Que tal diminuirmos o uso desse material que insite a encrostar-se em nossa natureza?
Hoje, um terço do lixo doméstico é composto por
embalagens. Cerca de 80% das embalagens são descartadas após usadas
apenas uma vez! Como nem todas seguem para reciclagem, este volume ajuda
a superlotar os aterros e lixões, exigindo novas áreas para
depositarmos o lixo que geramos. Isso quando os resíduos seguem mesmo
para o depósito de lixo...
Recentemente, foi descoberta uma enorme quantidade de
lixo boiando no meio do oceano Pacífico - uma área igual a dois Estados
Unidos. Esse grande depósito de entulho se formou com o lixo jogado por
barcos, plataformas petrolíferas e vindos dos continentes, sendo
reunido devido às correntes marítimas. Acredita-se que lá exista algo em
torno de 100 milhões de toneladas de detritos .Uma boa quantidade é
composta de embalagens e sacolas plásticas. Estima-se que resíduos
plásticos provoquem anualmente a morte de mais de um milhão de aves e de
outros 100 mil mamíferos marinhos (Fonte: Revista Istoé, edição 1997 -
"A sopa de lixo no Pacífico").
No Brasil, aproximadamente um quinto do lixo é
composto por embalagens. São 25 mil toneladas de embalagens que vão
parar, todos os dias, nos depósitos de lixo. Esse volume encheria mais
de dois mil caminhões de lixo, que, colocados um atrás do outro,
ocupariam quase 20 quilômetros de estrada.
Ou seja, as embalagens, quando consumidas de maneira
exagerada e descartadas de maneira regular ou irregular - em lugar de
serem encaminhadas para reciclagem - contribuem e muito para o
esgotamento de aterros e lixões, dificultam a degradação de outros
resíduos, são ingeridos por animais causando sua morte, poluem a
paisagem, causam problemas na rede elétrica (sacolas que se prendem em
fios de alta tensão), e muitos outros tipos de impactos ambientais menos
visíveis ao consumidor final (o aumento do consumo aumenta a demanda
pela produção de embalagens, o que consome mais recursos naturais e gera
mais resíduos).
Todo esse impacto poderia ser diminuído ou eliminado,
basicamente, por meio da redução do consumo desnecessário e correta
separação e destinação do lixo: compramos somente aquilo que é
necessário, reutilizamos o que for possível e mandamos para reciclagem
materiais recicláveis e para a compostagem os resíduos orgânicos.
Decomposição dos materiais
Material
Tempo de decomposição na natureza
Papel
De 3 a 6 meses
Tecidos
De 6 meses a 1 ano
Metal
Mais de 100 anos
Alumínio
Mais de 200 anos
Plástico
Mais de 400 anos
Vidro
Mais de 1000 anos
Fonte: "Manual de Educação - Consumo Sustentável" - MMA e IDEC.
Cartão postal na Cidade Maravilhosa, o Elevado do Joá será duplicado, haverá novas pistas, dois túneis e uma inédita ciclovia
à beira-mar com um investimento de R$ 458 milhões com recursos do
BNDES. Os trabalhos que tiveram início no dia 20 de junho, são
anunciadas como obras que irão melhorar o transporte e o trânsito no
Rio.
A retirada da vegetação para dar lugar ao novo viaduto, já vem sendo chamada de devastação olímpica, pois o desmatamento terá um tamanho equivalente a 34 campos de futebol como os do Maracanã. A Prefeitura porém, tem o respaldo do Relatório de Impacto Ambiental (RIA) submetido ao Instituto Estadual de Ambiente (Inea) pela Geo-Rio que aponta que a maior parte da vegetação não é nativa e a Secretaria Municipal de Obras divulgou que serão replantadas cerca de 5 vezes mais hectares de vegetação, do que aquele que será retirada.
Uma reforma emergencial que começou a ser feita no ano passado e acabou em abril deste ano, teve seus custos dez vezes maior do valor previsto no projeto inicial, passando de 7 para R$ 66,50 milhões. No mesmo mês, a Prefeitura carioca anunciou a construção de um novo viaduto ao lado do Joá, com custos previstos de R$ 489 milhões, como uma das soluções viárias para as Olimpíadas de 2016.
Tudo muito bom e tudo muito bem,
contanto que não se esqueçam que assim como a Copa se foi, as Olimpíadas
também acabará e o povo brasileiro não quer outro legado de recessão
como se vê agora, mas principalmente que não façam com que o Rio de
Janeiro perca mais de seu majestoso verde com obras que sabe-se lá a
quem e a quantas beneficiará
.
Vendo o vídeo acima, oficial da Prefeitura com os detalhes da obra, a impressão que dá é mesmo o de uma devastação olímpica.
Obra da Rio-2016 derruba mata, e devastação olímpica atinge 34 'Maracanãs'
Do UOL, no Rio de Janeiro
Júlio César Guimarães/UOL
Obra em Elevado do Joá (foto) vai derrubar 69 mil m² de mata à beira do Oceano Atlântico
A Prefeitura do Rio de Janeiro deu início no final do mês de junho a
mais um projeto viário necessário para a Olimpíada de 2016: a duplicação
do Elevado do Joá. Com isso, ampliou a derrubada da vegetação da cidade
causada pela preparação da capital fluminense para os próximos Jogos
Olímpicos e Paraolímpicos.
A duplicação do Elevado do Joá, pista que liga à Zona Sul do Rio à
região da Barra da Tijuca, vai derrubar cerca de 6,9 hectares (69 mil
m²) de vegetação à beira do Oceano Atlântico. Já considerando essa área,
a devastação vegetal causada pela Rio-2016 atingiu 270 mil², área
equivalente a 34 campos de futebol do Maracanã.
Além do Elevado do Joá, a construção da Transolímpica também demandará a
derrubada de vegetação. A obra da avenida ligando o Parque de Deodoro à
região do Parque Olímpico vai suprimir 20 hectares, ou seja, 200 mil m²
de Mata Atlântica na Zona Oeste.
Já no caso do elevado do Joá, dos 6,9 hectares de mata que serão
derrubados, só uma parte é de espécies de mata nativa. A maior área é
constituída por espécies já replantadas, como amendoeiras e bananeiras,
segundo a Fundação Geo-Rio (Fundação Instituto de Geotécnica do Rio de
Janeiro).
Mesmo assim, tudo o que será desmatado será compensado. De acordo com a
SMO (Secretaria Municipal de Obras do Rio), 12,5 hectares de vegetação
serão plantados na cidade. O local onde isso será feito não está
definido.
A derrubada das árvores, tanto no caso do Elevado do Joá quanto no da
Transolímpica, foi autorizada pelo Inea (Instituto Estadual do
Ambiente), órgão do governo do Estado do Rio de Janeiro. A Secretaria
Estadual de Meio Ambiente, aliás, foi questionada pelo UOL Esporte sobre
como avaliava a devastação causada pela preparação para a Rio-2016. Não
respondeu.
Vale ressaltar que realizar uma Olimpíada sustentável é uma das missões
dos organizadores do evento. O próprio Comitê Organizador dos Jogos
Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016 já informou que só compra madeira ou
papel com certificado de manejo florestal, vai servir pescado produzido
de forma sustentável nas refeições durante os Jogos e trabalha para a
ampliação da acessibilidade em hotéis do Rio visando à sustentabilidade.
Esse objetivo é visto com desconfiança por ambientalistas e movimentos
sociais. Pessoas que acompanham a organização da Olímpiada questionam a
construção de um campo de golfe para os Jogos numa área de preservação
ambiental, e apontam falta de vontade de governos para despoluir a Baía
de Guanabara e a Lagoa Rodrigo de Freitas –dois locais de competição da
Rio-2016.
Detalhes das obras
A obra de duplicação do Elevado do Joá deve ser concluída em março de
2016. A prefeitura vai gastar R$ 458 milhões para ampliar a via de
acesso à Barra, bairro que é considerado o "coração da Olimpíada". É lá
que vai ficar o Parque Olímpico da Rio-2016.
A Transolímpica vai custar R$ 1,6 bilhão. Desse valor, R$ 1,1 bilhão
será pago com recursos públicos. O restante será pago por um grupo de
empresas, que depois vai lucrar com a cobrança de um pedágio na nova
avenida.
A Transolímpica terá três pistas em cada sentido. Uma delas será uma
faixa para tráfego exclusivo de ônibus expressos BRT (Bus Rapid
Transit). A obra deve ser concluída no primeiro semestre de 2016.
Desenvolvimento humano é composto por renda, educação e longevidade. Estudo foi feito pelo Pnud, Ipea e Fundação João Pinheiro em 2010.
Do G1 DF
A diferença entre São Paulo e Manaus, respectivamente o maior e o menor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM)
entre 16 regiões metropolitanas do país, diminuiu de 22,1% para 10,3%
entre 2000 e 2010. O IDHM é um índice composto por três das mais
importantes áreas do desenvolvimento humano: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda).
O Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas
Brasileiras foi divulgado nesta terça-feira (25). Ele foi produzido pelo
Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (Pnud), pelo Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pela Fundação João Pinheiro.
O IDHM vai de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento humano, quanto mais próximo de um, melhor.
O quadro total
Como em 2000, Manaus obteve o pior índice e São Paulo, o melhor. Mas a
disparidade entre as duas regiões metropolitanas foi reduzida. Em uma
década, a região paulista cresceu 11,2% e chegou ao IDHM de 0,794.
Manaus teve o maior crescimento do país no período, 23% – foi do índice
0,585, classificado como "baixo", para 0,720, faixa "alta".
As outras 14 regiões metropolitanas analisadas no atlas tinham
pontuação entre 0,6 e 0,699 em 2000, considerada "média". Em 2010, todas
as capitais cresceram e passaram a ter índice entre 0,7 e 0,799,
classificada como "alta". Em 2000, Manaus estava abaixo da primeira
faixa (0,585) e São Paulo, acima (0,714).
Das 16 regiões metropolitanas analisadas pelos pesquisadores, nove
mantiveram a posição inicial. Curitiba, que estava em 2º lugar em 2000,
foi para 3º, ultrapassada por Brasília (Região Integrada de
Desenvolvimento do DF). A capital federal e municípios ao redor ocupavam
o 6º lugar uma década antes e cresceram 16,4%. Já Belo Horizonte caiu
de 3º para 4º. O Rio de Janeiro, que estava em 4º, foi para o 6º lugar.
Porto Alegre, que ocupava a 5ª posição, desceu para a 9ª.
Atualmente, Manaus, que tem o menor IDHM, tem índice 3,15% maior do que
tinha Curitiba em 2000, quando a capital paranaense ocupava a 2ª melhor
posição no ranking.
Longevidade
De acordo com o levantamento, a expectativa de vida ao nascer varia, em
média, 12 anos dentro das regiões metropolitanas. O melhor índice
corresponde a 82 anos. A menor expectativa foi de 67 anos.
A longevidade é medida pela expectativa de vida ao nascer e é calculada por método indireto a partir de dados do IBGE.
Esse indicador revela a idade média que uma pessoa nascida em
determinado lugar viveria a partir do nascimento, nos mesmos padrões de
mortalidade.Veja ao lado os índices de destaque nessa área.
Renda
Na análise dentro de cada região, a desigualdade de renda per capita
média mensal nas principais capitais do país continua grande. A
diferença salarial entre os segmentos mais abastados e os mais carentes
em uma mesma região metropolitana chega a 39 vezes dentro de São Paulo e
47 vezes na região metropolitana de Manaus.
De acordo com o atlas, a renda per capita mais alta de Manaus é de R$ 7.893,75, enquanto a menor é de R$ 169,1.
Em São Paulo, o maior valor chega a R$ 13.802, o maior do país, ao passo que o menor é 37 vezes inferior – R$ 351,85.
Embora São Paulo tenha a maior renda média mensal, Brasília ocupa o
primeiro lugar no IDHM em padrão de vida porque o índice é medido pela
soma da renda média de todos os moradores. O valor total é dividido pelo
número de habitantes da localidade, incluindo os sem registro de renda.
Educação
Nas unidades com melhor desempenho entre as 16 regiões metropolitanas, o
percentual de pessoas de 18 anos ou mais de idade com ensino
fundamental completo varia de 91% a 96%. Nas de pior desempenho, a
variação fica entre 21% e 37%.
Regiões metropolitanas analisadas: Belém, Belo
Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Brasília (Distrito Federal), Fortaleza,
Goiânia, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador,
São Luís, São Paulo e Vitória.
O atlas foi produzido com base no Censo Demográfico do IBGE de 2010 e
apresenta mais de 200 indicadores de desenvolvimento humano, como renda,
longevidade, educação, demografia, trabalho, habitação e
vulnerabilidade em 5.565 municípios brasileiros.