Infelizmente, nossos companheiros peludos envelhecem como nós e enfrentam diversos problemas de saúde à medida que chegam a uma certa idade. E um novo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, revela que cães com demência apresentam perturbações no sono iguais a de seres humanos na mesma condição.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas submeteram um grupo de cães mais velhos a alguns testes de monitoramento das ondas cerebrais. Os exames demonstraram que eles dormem menos e possuem mais interrupções durante o sono do que animais mais jovens.
Participaram da avaliação 28 cães, 17 fêmeas e 11 machos. Para determinar se eles já sofriam com demência, seus tutores responderam a um questionário anteriormente, que determinava certos fatores para comprovar o diagnóstico da demência canina.
Os cães não foram sedados e o método utilizado foi não invasivo – somente alguns eletrodos foram colocados sobre a pele -, para que não houvesse comprometimento do resultado devido a fatores de estresse.
Foram medidos quatro estágios do sono: vigília, sonolência, NREM e REM. NREM, ou não-REM, é um estado de sono profundo anterior ao REM, que significa movimento rápido dos olhos e está associado ao período quando ocorre o sonho.
“No NREM, o cérebro elimina toxinas, incluindo as proteínas beta-amilóides que estão envolvidas em doenças como Alzheimer”, explica Alejanda Mondino, pesquisadora de pós-doutorado da North Carolina State University. “O sono REM é quando os sonhos acontecem, e esta fase é muito importante para a consolidação da memória”.
Segundo o estudo, quanto maior o estágio da demência do cão, menos tempo ele permanece em sono NREM e REM.
“Além do menor tempo gasto dormindo, quando olhamos para os exames, vimos que a atividade cerebral durante o sono era mais parecida com a vigília. Em outras palavras, quando eles conseguem dormir, seus cérebros não estão realmente dormindo”, destaca Alejandra.
De acordo com os pesquisadores, a descoberta é importante para o diagnóstico mais precoce do problema em cães e a escolha sobre possíveis tratamentos para minimizar o impacto desse declínio cognitivo.
Os resultados dos exames podem auxiliar ainda no desenvolvimento de novas terapias também para os seres humanos com Alzheimer.
Um total de sete cavalosmorreram no hipódromo de Churchill Downs, em Louisville, nos Estados Unidos, nos dias que antecederam e durante a realização do Kentucky Derby, a mais famosa competição de corrida desses animais naquele país. Outros cinco ficaram feridos.
“À luz desses fatos, é chocante que a corrida tenha sido disputada. Vidas estão em jogo: a Lei de Integridade e Segurança das Corridas deve ser totalmente implementada e aplicada imediatamente. Qualquer pessoa que pretenda adiar tais proteções para cavalos não se importa com o bem-estar desses animais”, declarou em nota a organização Humane Society.
O cavalo Chloe’s Dream, de apenas três anos, foi sacrificado após ter se machucado durante uma corrida no sábado. E em outra disputa, Freezing Point teve uma lesão no tornozelo, que também fez com que veterinários decidissem pela eutanásia.
Na sexta-feira, 05/05, um dos treinadores que participava do evento foi suspenso do Kentucky Derby após dois dos cavalos que ele cuidava terem morrido.
Durante anos a Humane Society dos Estados Unidos trabalhou pela implementação de uma lei que garantisse a segurança e o bem-estar dos cavalos nesse tipo de corrida. Em 2020, finalmente, entrou em vigor o chamado “Horseracing Integrity and Safety Act”, mas parece que ele ainda está longe de assegurar algum tipo de proteção a esses animais.
“Nenhuma outra corrida atrai o público e a audiência do Kentucky Derby, a primeira das três corridas de cavalos anuais conhecidas como Triple Crown. Apesar de toda a pompa e circunstância associadas ao esporte, as corridas de cavalos e o Derby têm uma dimensão bem menos glamorosa”, diz a organização.
A Humane Society cita ainda outra competição de turfe que aconteceu no estado de Maryland e onde 13 cavalos morreram. De acordo com a ONG, o doping é um dos principais responsáveis pelas quedas e mortes de cavalos. Ilegalmente, treinadores dão substâncias ilegais aos animais para que eles corram mais rápido.
Além de criminalizar o doping, a nova lei restringiu o uso de chicotadas nos cavalos. Todavia, algumas associações de criadores tentou bloquear a legislação na justiça.
“Embora alguns continuem a lutar contra as reformas que tornam as corridas mais seguras para os cavalos, sabemos que, a longo prazo, esses indivíduos e organizações perderão. Isso porque o público americano está cada vez mais humano e menos propenso a tolerar um esporte que trata os animais como meras mercadorias, rotineiramente vê seus atletas morrerem na pista e menospreza suas mortes como um custo a mais desse ‘negócio'”, afirma a Humane Society.
Esse valor é cerca de 14,5% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado (1.886 km²). Considerando apenas abril, os alertas de desmatamento nesse bioma são 31% maiores este ano, na comparação com 2022. O pior mês foi fevereiro com 558 km², quase o dobro do que ocorreu no mesmo mês naquele ano.
Os dados foram fechados em 27 de abril (portanto, podem aumentar até o final do mês) e divulgados em 5 de maio, apontando Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia(região conhecida como Matopiba, principal fronteira de expansão agrícola no Brasil e uma das grandes frentes de destruição de biomas do mundo) como os estados mais devastadores no bioma. Lá, ocorreram cerca de 80% dos alertas de desmatamento.
Cerrado já perdeu mais de 50% de sua cobertura original
Nos últimos três anos, o Cerrado vem sendo muito castigado principalmente devido a expansão do setor agropecuário que é e continuará sendo um dos mais atingidos pelo aumento dos períodos de estiagem e de temperaturas altas, resultantes da devastação.
De acordo com o MMA, nas últimas décadas, o Cerrado perdeu mais de 50% de sua cobertura vegetal original. E é bom lembrar que o bioma é o principal responsável pela segurança hídrica do país, pois abriga importantes bacias hidrográficas e os maiores reservatórios de abastecimento de água das grandes cidades.
O ministério informa também que o número de embargos de uso de área desmatada ilegalmente aumentou em 216% desde janeiro. E que a apreensão de produtos oriundos de infrações ambientais aumentou 210%!
“No Cerrado e demais biomas (exceto Amazônia) houve aumento de 169% dos autos de infração de janeiro a abril em relação à média na gestão anterior. O número de embargos de uso de área desmatada ilegalmente no Cerrado e demais biomas aumentou 198% e as apreensões de produtos oriundos de infrações ambientais aumentaram 154% no mesmo período”, destacou em nota divulgada pela Agência Brasil.
Redução de 41% no desmate
A Amazônia Legal – que abrange nove estados do Brasil – tem ‘causado’ preocupação e discussões devido aos índices de desmatamento registrados nos três primeiros meses deste ano, que só aumentou em comparação ao mesmo período de 2022, de acordo com dados do Inpe.
Mas, em abril, a devastação atingiu 1.132,45 km² na região somente este ano, com acumulado de alertas de 288 km²,de acordo com o Deter(que considera dados até dia 28 do último mês). Ou seja, 41% menor em relação ao mesmo período do ano passado (1.967,69 km²), mas equivalente ao desmatamento ocorrido em 2021 (1,153,27 km²) e 2020 (1.204,15 km²).
Essa é a 3ª menor taxa da série histórica, que começou a ser registrada em 2015, mas não significa que esta será tendência daqui pra frente.
Nos últimos anos, o período de maior devastação tem ocorrido entre junho e outubro, quando a floresta é derrubada por fazendeiros, garimpeiros e grileiros para ser queimada no restante do ano. Além disso, a temporada da seca – que intensifica o desmatamento -, ainda não começou.
“Recebemos os números de abril como sinal positivo, mas infelizmente ainda não podemos falar em tendência de queda de desmatamento na Amazônia. Os números estão num patamar muito alto e a temporada da seca, favorável ao desmatamento, não começou”, comenta Mariana Napolitano, gerente de conservação do WWF-Brasil.
De todo modo, não podemos esquecer os esforços que têm sido empreendidos pelo novo governo, desde janeiro, com Marina Silva à frente do Ministério do Meio Ambiente e de Mudança do Clima e os órgãos de fiscalização sendo reestruturados, aos poucos, e voltando a funcionar.
Além disso, certamente as homologações de terras indígenas, assinadas recentemente pelo presidente Lula,durante o Acampamento Terra Livre(contamos aqui), podem ajudar a alterar esse cenário.
E, em julho, o MMA deve iniciar a atualização do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento no Cerrado (PPCerrado), que “permitirá a ampliação e intensificação dos esforços do governo federal, em parceria com os governos estaduais e a sociedade, para combater o desmatamento no bioma”, destaca o MMA (via Agência Brasil).
Em nota, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) destacou que o Deter faz um levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura vegetal na Amazônia e no Cerrado. E que esse levantamento é considerado o principal instrumento apoio à fiscalização e ao controle do desmatamento e da degradação florestal, realizados pelo Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e demais órgãos ambientais.
A partir dos dados do Deter, o Inpe divulga um mapa mensal de alertas com áreas maiores que 25 hectares, que indicam áreas totalmente desmatadas (corte raso) e áreas em processo de desmatamento por degradação florestal progressiva.
Mas esse sistema não tem como objetivo medir com precisão as áreas desmatadas, o que é realizado com eficiência pelo Prodes, anualmente, por meio de monitoramento por satélites do desmatamento por corte raso, somente na Amazônia desde 1988.
“Não é possível, dada a escala da análise e a cobertura de nuvens que interferem nessas medições, assegurar que esses números sejam definitivos. Entretanto, constituem importante ferramenta de planejamento e aprimoramento das ações para combater o desmatamento ilegal nesses biomas. Nesse sentido, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima determinou rigorosa apuração dos alertas identificados pelo Deter, a fim de verificar se foram desmatamentos autorizados pelos Estados, visto que compete a eles emitir autorizações de supressão de vegetação nativa“.
E completou: “O MMA determinou, ainda, a verificação das bases legais das autorizações emitidas, bem como a ação imediata do Ibama no sentido de autuar e embargar as áreas desmatadas sem autorização”.
Por ser mais detalhado e depender de condições climáticas (estação seca) para a obtenção de imagens livres de nuvens – de maio a setembro – é realizado uma vez por ano e divulgado em novembro ou dezembro.
É devido ao Prodes que sabemos que o desmatamento na Amazônia cresceu 59,5% durante o governo Bolsonaro. Esta foi a maior alta percentual num mandato presidencial desde quando se iniciaram as medições por satélite em 1988, no governo Sarney. _____________________