sexta-feira, 16 de outubro de 2015

A caminho de nova perda do grau de investimento - EDITORIAL VALOR ECONÔMICO


VALOR ECONÔMICO - 16/10

O Brasil caminha em linha reta rumo à perda de grau de investimento pela Fitch. O rebaixamento do país pela empresa de classificação de risco ontem, para o último degrau antes do grau de "especulativo" ou "junk" veio acompanhado de perspectiva negativa e condicionantes cuja reversão nos próximos 12 meses são muito difíceis, em especial o sucesso na consolidação fiscal, que detenha o rápido crescimento da dívida pública e a redução dos "riscos políticos e de governabilidade", que estão minando a confiança e as expectativas de recuperação. Apenas para voltar à perspectiva estável, a Fitch lista como fatores objetivos a estabilização da dívida; de novo a consolidação fiscal; redução nos desequilíbrios macroeconômicos; melhoria do ambiente para investimentos; crescimento e reformas. As chances de novo rebaixamento são superiores a 50%.

Ainda que seja possível ao governo romper a paralisia em que se encontra, não se vislumbram movimentos decisivos que levem à restauração da confiança e à recomposição de uma base política mais ou menos sólida no horizonte de tempo em que operam as avaliações das empresas de rating, ou seja, em 12 meses. A inação oficial, antes provocada pela falta de convicção na necessidade de rigoroso ajuste fiscal, logo sobre sua magnitude, foi em seguida reforçada pela crise política, que chegou agora às primeiras tentativas de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Pelo lado do ajuste, não há sinais positivos. Suas etapas seguintes - três Propostas de Emenda Constitucional, dois projetos de lei e três MPs - estão empacadas no Congresso, onde sequer têm parecer o início do processo (Valor, 15 de outubro). Duas PECs são vitais: a que desvincula o destino de 30% da arrecadação federal e a que cria a CPMF, com receita estimada de R$ 42 bilhões, capaz de virar o jogo fiscal a favor do equilíbrio. Essas ações buscam tornar viável um superávit primário de 0,7% do PIB em 2016, embora o esforço possa ser maior, pois a meta de R$ 5,8 bilhões, ou 0,15% do PIB, para este ano está ameaçada de frustração.

A Fitch prevê superávit nulo em 2016 (meta de 0,7%) e 0,5% no ano seguinte (meta de 1,2%). Para estabilizar a dívida, calcula que o esforço fiscal tenha de ser de 2% do PIB ao ano e, por isso, a dívida bruta - "alta e de custo maior" que em países com a mesma classificação do Brasil - deverá subir para 66% do PIB este ano, 69% em 2016 e 71% em 2017. O déficit nominal, em sua previsão, fechará 2015 em 9% do PIB e acima de 6% nos dois anos seguintes. É fácil supor que a simples manutenção da trajetória atual levará à perda do grau de investimento.

Um dos argumentos principais para a perspectiva negativa é o dos efeitos nefastos da crise política. O mau desempenho da economia e das contas públicas persistirá, para a Fitch, enquanto ela não for debelada. Não há novidade nisso. Se o governo seguir com sua continuidade ameaçada pelo fantasma do impeachment ou não reconstituir dos escombros sua base de apoio no Congresso até o fim do ano, a extensão dos estragos será bem maior até mesmo que a perda do grau de investimento por duas empresas de rating.


 
A situação é mais complicada, porque um governo fraco que luta pela sobrevivência e paga qualquer preço por ela, está ameaçado de não só ter suas medidas desfiguradas no Congresso, como também de engolir retrocessos, como projetos que atendem interesses clientelistas, que custam dinheiro.

Um exemplo premonitório ocorreu quando, pressionado por líderes partidários e carente de apoio, o governo deu sinal verde para a aprovação dos "jabutis" da MP 678 e mudança do escopo de seu objeto, a permissão do Regime Diferenciado de Contratação para construção de presídios e obras de segurança pública. O polêmico RDC, cuja extensão a todas as obras públicas havia sido barrada antes, foi estendido a obras e serviços de mobilidade urbana, logística (metrô, estradas, portos) e contratos de ciência, pesquisa e tecnologia. Junto vieram a renegociação da dívida do Proálcool em termos camaradas (15 anos de prazo, 3 de carência e juros de 3% ao ano) e a extensão do prazo para acabar com os lixões até agosto de 2018 (ele findou em agosto de 2014).

Se, acossado no campo político, o governo ao menos mostrasse determinação na defesa do ajuste econômico, teria alguma chance de sair do córner em que está. Mas, à primeira vitória contra o impeachment ressurge na corte governista o movimento pela saída do ministro da Fazenda. É desalentador.


Piada de brasileiro - NELSON MOTTA "Lamento não estarmos na Idade Média, com as tropas de Dilma e de Cunha se massacrando mutuamente numa batalha sangrenta, limpando o terreno para que novas forças políticas pudessem reconstruir o país destruído pela corrupção, incompetência e ambição de duas quadrilhas em disputa dos cofres do Estado".


O GLOBO - 16/10

No Castelo de São Jorge, lamento não estarmos na Idade Média, com as tropas de Dilma e de Cunha se massacrando mutuamente numa batalha sangrenta


Lisboa continua linda e continua sendo, onde se pode desfrutar da suprema liberdade de andar despreocupado pelas ruas a qualquer hora do dia ou da noite sem ser roubado, agredido ou morto, de comer bem e barato, de ser tratado com gentileza e respeito. Melancólicos por natureza, os portugueses estão mais animadinhos — pelo menos mais do que nós, os otimistas bravateiros: Portugal cresceu 0,9% em 2014, com inflação zero. E Dilma ainda culpa a crise internacional. Parece piada de brasileiro.

Na semana passada, a aliança de liberais e conservadores que sustenta o governo impôs uma derrota humilhante ao Partido Socialista, que, mesmo com seu ex-primeiro-ministro José Sócrates preso por corrupção, dava como certo voltar ao poder como alternativa às impopulares medidas de ajuste impostas pelo governo para enfrentar a crise. O povo não foi bobo e preferiu a austeridade eficiente ao populismo irresponsável que os levou à crise.

Um amigo português quer saber o que pode acontecer com Dilma e Eduardo Cunha. Tudo, inclusive nada, respondo enigmaticamente e pergunto: em que país Cunha poderia ser absolvido por um tribunal, um conselho de ética ou um plenário da Câmara, apesar de denunciado por cinco delatores e pela PGR com extratos bancários apresentados pela Procuradoria de Justiça da Suíça, como beneficiário de pelo menos cinco milhões de dólares de 23 contas em quatro países? Quem tem Cunha, tem medo.

Conto-lhe que Lula negocia com Eduardo Cunha a salvação de seu mandato e o de Dilma. Só imaginar os pedidos e ofertas de um e de outro, o cinismo, o ódio mútuo, o absoluto desprezo pela opinião pública, pela lei e pelas instituições, dá vontade de vomitar o vinho e o bacalhau.

 
Em frente ao Castelo de São Jorge, lamento não estarmos na Idade Média, com as tropas de Dilma e de Cunha se massacrando mutuamente numa batalha sangrenta, limpando o terreno para que novas forças políticas pudessem reconstruir o país destruído pela corrupção, incompetência e ambição de duas quadrilhas em disputa dos cofres do Estado.

 
O difícil é saber que novas forças são essas.
 

O jacaré do Lula - BERNARDO MELLO FRANCO


Folha de SP - 16/10

Sempre que os adversários tentavam esconder algum fato incômodo, o ex-governador Leonel Brizola sacava uma expressão debochada. "Se tem dente de jacaré, couro de jacaré, olho de jacaré... como não é jacaré?", ele perguntava.

A ex-brizolista Dilma Rousseff deve ter se lembrado disso ao repetir, nesta quarta, que a ofensiva para cassar seu mandato é uma tentativa de golpe. "Tem cara de golpe, pé de golpe, mão de golpe. Mas tenta passar como sendo uma manifestação oposicionista", afirmou a presidente.

Enquanto Dilma discursava em São Bernardo do Campo, o morador mais ilustre da cidade voava para Brasília. O que Lula foi fazer na capital tem cara de acordão, pé de acordão e mão de acordão. Ele tenta negociar um cessar-fogo entre o governo e o deputado Eduardo Cunha.

Os petistas temem que Cunha aceite um novo pedido de impeachment contra Dilma. Cunha teme que os petistas apoiem a cassação de seu mandato. A convergência de interesses aproximou os inimigos. E irritou a oposição, que já havia se oferecido para salvar a pele do deputado.

 
Nos últimos dias, Cunha se reuniu com dois ministros próximos de Lula: Edinho Silva e Jaques Wagner. O chefe da Casa Civil chegou a encontrá-lo na base aérea de Brasília, um cenário tradicional de conversas que não podem ser divulgadas.


A trama está em curso, mas é difícil acreditar no sucesso do acordão. Por um lado, o governo não tem como garantir a impunidade de Cunha, que foi denunciado ao STF por corrupção. Por outro, o peemedebista já deixou claro que aproveitará qualquer chance para apunhalar Dilma.


Como é praxe, o deputado e o ex-presidente evitam confessar o inconfessável. A assessoria de Lula chamou as notícias sobre o assunto de "escandalosamente mentirosas". Em escândalos passados, o petista também tentou esconder o rabo do jacaré enquanto orientava o PT a salvar os mandatos dos senadores Renan Calheiros e José Sarney.

Mais essa, gente! Descobertas dizem que nossos dias estão contados!

Aquecimento pode triplicar seca na Amazônia

Por Observatório do Clima
Seca em Silves (AM) em 2005. Foto: Ana Cintia Gazzelli/WWF
Seca em Silves (AM) em 2005. Foto: Ana Cintia Gazzelli/WWF


As mudanças climáticas podem aumentar a frequência tanto de secas quanto de chuvas extremas na Amazônia antes do meio do século, compondo com o desmatamento para causar mortes maciças de árvores, incêndios e emissões de carbono. A conclusão é de uma avaliação de 35 modelos climáticos aplicados à região, feita por pesquisadores dos EUA e do Brasil.


Segundo o estudo, liderado por Philip Duffy, do WHRC (Instituto de Pesquisas de Woods Hole, nos EUA) e da Universidade Stanford, a área afetada por secas extremas no leste amazônico, região que engloba a maior parte da Amazônia, pode triplicar até 2100. Paradoxalmente, a frequência de períodos extremamente chuvosos e a área sujeita a chuvas extremas tende a crescer em toda a região após 2040 – mesmo nos locais onde a precipitação média anual diminuir.


Já o oeste amazônico, em especial o Peru e a Colômbia, deve ter um aumento na precipitação média anual.


A mudança no regime de chuvas é um efeito há muito teorizado do aquecimento global. Com mais energia na atmosfera e mais vapor d’água, resultante da maior evaporação dos oceanos, a tendência é que os extremos climáticos sejam amplificados. As estações chuvosas – na Amazônia, o período de verão no hemisfério sul, chamado pelos moradores da região de “inverno” ficam mais curtas, mas as chuvas caem com mais intensidade.


No entanto, a resposta da floresta essas mudanças tem sido objeto de controvérsias entre os cientistas. Estudos da década de 1990 propuseram que a reação da Amazônia fosse ser uma ampla “savanização”, ou mortandade de grandes árvores, e a transformação de vastas porções da selva numa savana empobrecida.


Outros estudos, porém, apontaram que o calor e o CO2 extra teriam o efeito oposto – o de fazer as árvores crescerem mais e fixarem mais carbono, de modo a compensar eventuais perdas por seca. Na média, portanto, o impacto do aquecimento global sobre a Amazônia seria relativamente pequeno.

Ocorre que a própria Amazônia encarregou-se de dar aos cientistas dicas de como reagiria. Em 2005, 2007 e 2010, a floresta passou por secas históricas.

O resultado foi ampla mortalidade de árvores e incêndios em florestas primárias em mais de 85 mil quilômetros quadrados. O grupo de Duffy, também integrado por Paulo Brando, do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), aponta que de 1% a 2% do carbono da Amazônia foi lançado na atmosfera em decorrência das secas da década de 2000. Brando e colegas do Ipam também já haviam mostrado que a Amazônia está mais inflamável, provavelmente devido aos efeitos combinados do clima e do desmatamento.


Os pesquisadores simularam o clima futuro da região usando os modelos do chamado projeto CMIP5, usado pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática) no seu último relatório de avaliação do clima global. Um dos membros do grupo, Chris Field, de Stanford, foi um dos coordenadores do relatório – foi também candidato à presidência do IPCC na eleição realizada na semana passada, perdendo para o coreano Hoesung Lee.


Os modelos de computador foram testados no pior cenário de emissões, o chamado RMP 8.5, no qual se assume que pouca coisa será feita para controlar emissões de gases-estufa.


Eles não apenas captaram bem a influência das temperaturas dos oceanos Atlântico e Pacífico sobre o padrão de chuvas na Amazônia – diferenças entre os dois oceanos explicam por que o leste amazônico ficará mais seco e o oeste, mais úmido –, como também mostraram nas simulações de seca futura uma característica das secas recorde de 2005 e 2010: o extremo norte da Amazônia teve grande aumento de chuvas enquanto o centro e o sul estorricavam.


Segundo os pesquisadores, o estudo pode ser até mesmo conservador, já que só levou em conta as variações de precipitação. “Por exemplo, as chuvas no leste da Amazônia têm uma forte dependência da evapotranspiração, então uma redução na cobertura de árvores poderia reduzir a precipitação”, escreveram Duffy e Brando. “Isso sugere que, se os processos relacionados a mudanças no uso da terra fossem mais bem representados nos modelos do CMIP5, a intensidade das secas poderia ser maior do que a projetada aqui.”


O estudo foi publicado na PNAS, a revista da Academia Nacional de Ciências dos EUA.

*Este artigo foi publicado originalmente no site do Observatório do Clima,




logo-observatorio-clima


Êba!!!!;DDD!Aprovado por unanimidade, Projeto de Lei que proíbe Puxada de Cavalos em Santa Catarina






Florianópolis, 15/10/2015 – Valeu pela mobilização de ativistas, organizações não governamentais e entidades de proteção animal. A Assembleia Legislativa de Santa Catarina aprovou, por unanimidade, nesta quarta-feira, 14, o Projeto de Lei que proíbe a realização de Puxadas de Cavalo no estado.
 alt

O PL 0117.2/2011, de autoria da deputada Ana Paula Lima, segue agora para o governador Raimundo Colombo, que têm 30 dias para sancionar ou vetar, a partir do recebimento em gabinete. "É importante, neste momento, que os ativistas continuem na luta, pressionando para que o projeto seja sancionado e se garanta, por lei, o fim desta crueldade contra nossos animais”, destacou a parlamentar.

A aprovação do projeto de lei emocionou ativistas de proteção animal presentes na Assembleia Legislativa, na quarta-feira, 14, algumas delas agredidas em Pomerode, em 2010, durante manifesto contra a realização de mais uma edição da Puxada de Cavalos no município. Representantes da Aprablu e Hachi ONG, de Blumenau, Ama Bichos, de Pomerode, Acapra, de Florianópolis, e da Pró-Bichos, de Navegantes, além da Sociedade Vegetariana Brasileira e da Comissão dos Direitos Animais da OAB SC, prestigiaram a votação da matéria.

"Considero a aprovação unânime do projeto na Assembleia Legislativa uma grande vitória para o ativismo de proteção em defesa animal em Santa Catarina e no Brasil. Isso mostra que o movimento é forte e tem sensibilizado nossos parlamentares e a sociedade em geral. A gente espera que esta seja a primeira lei de proteção aos direitos animais de muitas outras que virão pela frente”, disse Evelin Huscher, da Aprablu – Associação de Proteção Animal de Blumenau.

"Hoje, após a vitória por unanimidade na Assembleia, foi como se um daqueles sacos de areia tivesse sido tirado das minhas costas. Pensei nos cavalos e continuarei pensando, a luta não acabou. Essa etapa foi vencida e o agradecimento vai para a deputada Ana Paula Lima que tem a coragem de apresentar e defender a causa”, disse Heike Weege, da AMA Bichos.

Puxada – Além de proibir a realização da competição conhecida por Puxada de Cavalos, o projeto de lei da deputada Ana Paula Lima prevê multa de R$ 50 mil para o não cumprimento da lei, valor dobrado em caso de reincidência e assim sucessivamente. 

A Puxada de Cavalos é uma competição que obriga uma parelha de cavalos a arrastar uma carreta conhecida por "Zorra", sem rodas, com sacos de areia cujo peso total varia de 1.000 a 2.500 kg por um percurso de 24 metros em uma pista improvisada com lama. O esforço físico exagerado imposto aos animais leva a um quadro de exaustão e destruição da estrutura muscular, insuficiência renal e sofrimento orgânico que pode culminar na morte dos animais. 

Prática tradicional em municípios do Médio Vale do Itajaí, a Puxada de Cavalos ficou conhecida nacionalmente após a agressão sofrida por ativistas de proteção animal em abril de 2010, contra a realização da competição, em Pomerode. O evento, organizado pelo Clube do Cavalo de Pomerode, reunia 25 participantes, 60 animais e era assistido por cerca de 200 pessoas. Dessas, cerca de 40 atacaram o grupo de 13 manifestantes, ativistas da AMA Bichos (Pomerode), Aprablu (Blumenau), Ecosul (Florianópolis) e OBA Floripa (Fpolis). 

Atenciosamente,
Irene Huscher 

Negociações espúrias entre Cunha e Planalto - EDITORIAL O GLOBO


O GLOBO - 16/10

O presidente da Câmara nega que tenha sido aberta uma negociação entre ele e o governo em torno do destino de pedidos de impeachment contra a presidente Dilma, sobre os quais tem influência — pode aceitar algum ou engavetar todos — e, de outro lado, a tramitação de seu processo no Conselho de Ética.

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) desmente informações de que recentes encontros com os ministros Jaques Wagner, da Casa Civil, Edinho Silva, das Comunicações, e o vice-presidente Michel Temer, de seu partido, tenham servido para a costura de um entendimento pelo qual Cunha cauterizaria, na Câmara, o movimento pró-impeachment, e o Planalto se movimentaria para defendê-lo no Conselho de Ética e na Lava-Jato.

Na prática, porém, nada é simples, e entre essas moedas de troca algumas são falsas. Cunha pode engavetar qualquer pedido de impeachment, mas é no mínimo temerário o governo acenar com a possibilidade de barrar a continuação das investigações sobre o presidente da Casa.

No processo na Comissão de Ética, há até dúvidas sobre se a base do governo, PT incluído, atuaria em bloco para livrar Cunha da cassação. Fora do Congresso, também não se deve esperar que, como foi falado, o governo substitua José Eduardo Cardozo no Ministério da Justiça por alguém capaz de enquadrar a Polícia Federal, para proteger o deputado na Lava-Jato.  
 
 
Caso aconteça, será um escândalo à parte. Se o próprio Lula não consegue fazer o mesmo —para se proteger, e a lulopetistas —, não será Cunha o autor da proeza. Além de tudo, a PF, na condição de organismo de Estado, tem prerrogativas de autonomia operacional.
 
Também seria escandaloso e grave revés no atual processo de consolidação das instituições republicanas no país se houvesse alguma interferência da Procuradoria-Geral da República na atuação dos promotores da Lava-Jato baseados em Curitiba. Nem poderia, dadas as garantias constitucionais de independência do MP como instituição e de cada um de seus representantes.

Coincidência ou não, ontem a PGR pediu ao Supremo novo inquérito sobre Eduardo Cunha, este para investigar as contas dele e família descobertas na Suíça.

Um anterior trata dos US$ 5 milhões transferidos, segundo delações premiadas, para o deputado como propina gerada numa negociata na Petrobras.

Se Eduardo Cunha deseja a troca do impeachment por alguma blindagem dele e família na Lava-Jato, parece querer o impossível. O governo pode tentar salvá-lo no Conselho de Ética, e será tão pouco sutil quanto uma tentativa de resgate no fórum do Centro do Rio, à luz do dia.
Há em funcionamento um movimentado mercado persa onde existe de tudo, menos ética. O que inclui a oposição, interessada em apoiar Cunha apenas para ele ser veículo do impeachment. O senador tucano Cássio Cunha Lima (PB) identifica, com propriedade, uma "ética de ocasião" no comportamento do PSDB.

Cunha, político ligeiro, e o PT, partido calejado no toma lá dá cá do fisiologismo, têm expertise no ramo. Mas irão longe demais nesta negociação espúria, e num momento grave da vida pública.

Importa é saber se há ou não fatos concretos que, com sustentação legal, justifiquem o impedimento da presidente Dilma, e se Eduardo Cunha consegue provar a origem lícita dos milhões de dólares localizados em contas suas na Suíça.
 

À espera dos bárbaros - CELSO MING


O ESTADÃO - 16/10

Sinais de invasão dos bárbaros ou de um desastre iminente do Brasil estão sendo repassados pelas agências de classificação de risco


Num dos mais notáveis poemas do século 20 (À espera dos bárbaros), o alexandrino Konstantínos Kavafis descreve a prostração, o conformismo e a incapacidade de reação dos dirigentes de uma cidade diante da ameaça de invasão inevitável.

Sinais de invasão dos bárbaros ou de um desastre iminente do Brasil estão sendo repassados pelas agências de classificação de risco. Nesta quinta-feira, foi a vez da Fitch, uma das três mais importantes, rebaixar a qualidade dos títulos de dívida do Brasil.





Foi um movimento esperado diante da passividade do governo federal ante a franca deterioração das contas públicas. A dívida bruta vai saltando para acima dos 70% do PIB, não se vê nenhuma iniciativa para coibir o rombo e é natural que, nessas condições, a capacidade do País de honrar os compromissos financeiros vá se evaporando.

Ainda há as reservas externas de US$ 370 bilhões aplicadas em títulos fortes; e há o superávit na balança comercial, que deverá ultrapassar os US$ 15 bilhões. São muralhas que ainda resistem ao cerco da cidadela. Mas por quanto tempo, se o resto vai mal. E piorando.

A retração do PIB não é outra coisa senão a queda da renda e, do ponto de vista do setor público, a quebra da capacidade de arrecadar e de sustentar a dívida. O déficit nominal, que inclui a conta dos juros, avança para os 9% do PIB.

A decisão mais grave da Fitch não foi a de reduzir em um degrau a qualidade dos títulos brasileiros, imediatamente antes da perda do grau de investimento. Foi ter mantido a condição do Brasil “em perspectiva negativa”. Isso significa que a qualquer momento pode vir novo rebaixamento. Quando isso acontecer, será inevitável a saída de respeitável volume de capitais. Isso porque grande número de fundos não pode, por lei ou disposição estatutária, manter em carteira os chamados títulos lixo (junk funds), aqueles que não levam o selo do grau de investimento de pelo menos duas agências de classificação de risco.

As coisas mudariam de figura se ficassem asseguradas condições para obtenção de um superávit primário (sobra de arrecadação para pagamento da dívida) de 1,0% a 2,0% do PIB. Mas já se viu que não há vontade política por parte do governo de derrubar decisivamente as despesas. Nem do Congresso, em aprovar aumento de impostos.

Por aí se vê que, mais decisivo para o rebaixamento do Brasil do que a corrosão das contas públicas, é o impasse político, que bloqueia o processo de tomada de decisões, como aponta o primeiro parágrafo do comunicado com as justificativas para a decisão divulgada nesta quinta-feira pela agência Fitch.

Pior que tudo, não há sinais para virada do jogo. Quando, em março de 2014, veio o primeiro rebaixamento da Standard & Poor’s, ainda não à condição de grau especulativo, as reações do governo Dilma continuavam sendo as de que a economia estava sendo vítima de um inexplicável pessimismo.

Não há mais otimistas por aqui. Há, sim, um clima de modorrento conformismo com a capitulação iminente da cidade, como se os bárbaros pudessem, enfim, trazer a solução.

CONFIRA:





Aí está a evolução da receita nominal dos serviços desde agosto de 2013.

Os serviços e o PIB

Com variações menos importantes, as estatísticas se repetem e refletem a queda da atividade econômica. Os números desta quinta-feira se concentram no setor de serviços, o mais imunizado contra os soluços do câmbio e, no entanto, igualmente prostrado. Sozinho, corresponde a cerca de 70% do PIB. No período de oito meses terminados em agosto o volume caiu 2,6%. É possivelmente também ser esse o tamanho da queda de toda a atividade econômica do País no mesmo período.


Levy contra o pessimismo - VINICIUS TORRES FREIRE


FOLHA DE SP - 16/10

O Brasil está perto do fundo de um poço muito parecido com aquele em que se meteu nos anos de 1999 e 2003. Para sair dali, não falta muito mais que colocar um remendão imediato nas contas do governo e aprovar um plano duradouro de contenção da dívida pública. Nas outras crises, embora não tenha havido "ajuste estrutural", funcionou.
É um resumo muito breve e, assim, algo injusto, de um documento que o Ministério da Fazenda publicou ontem, "Reequilíbrio Fiscal e Retomada da Economia".

Trata-se de uma espécie de prestação de contas misturada a uma exposição de motivos contra o pessimismo sombrio de quase todas as análises econômicas que não sejam governistas. Parece também uma defesa de Joaquim Levy. Para quem quer vê-lo pelas costas ou observa sua fritura, soa ainda como prévia de testamento.

Havendo perspectiva de controle do aumento da dívida pública como ocorreria a retomada?

Baixaria o prêmio de risco, o extra em taxas de juros cobrado no país. Assim, teria fim a desvalorização descontrolada do real. As taxas de juros para empréstimos de prazo mais longo, que afetam decisões de investimento, começariam a baixar, assim como a expectativa de inflação.

Melhoraria, pois, a confiança dos empresários, também reforçada pela expectativa de que o peso dos tributos não continuaria aumentar (pois o deficit público estaria controlado), o que é controverso, mas não impossível, mas passemos.

O tamanho da desvalorização de 2015 se assemelha aos de 1999 e 2003, assim como o nível de depressão de ânimo dos empresários e de ociosidade da capacidade de produção industrial. Há uma vantagem agora: o país tem nível altíssimo de reservas internacionais e, apesar da piora do risco-Brasil, a degradação nem de longe chega perto da verificada nas outras duas crises.

A inflação em baixa não estragaria a oportunidade proporcionada pelo real mais desvalorizado, que estimula a produção doméstica, em vez de importações. O comércio global vai mal, decerto. Mas a indústria perdeu tanto espaço no último quinquênio que, "parece", tem mais espaço para recuperar. Agora não há boom do preço de commodities. Mas, nas recuperações de 2000 e 2004 também não se contou com melhoria de preços de exportações. Quase não se trata de estímulo à demanda.

Metade do texto compara indicadores econômicos dos anos em torno de 1999 (desvalorização do real) e de 2003 (crises do final de FHC e medo de Lula) com os do ciclo atual. Em curvas de gráficos, a crise dos anos Dilma parece mais com a de FHC, como se sabe.

Note-se que, na crise fernandina o Brasil quebrara e passava por mudança de regime de política econômica, de câmbio quase fixo para quase flutuante e metas de inflação.

Mais importante, para o argumento, é a dificuldade com o ajuste fiscal. Nas crises passadas, o buraco nas contas foi tapado com grandes aumentos de impostos. Agora, com carga tributária maior e campanhas várias antigoverno, está difícil. Além disso, houve, de alguma forma, recomeços. Sob FHC, mudança de política econômica com convicção, que dava apoio a uma equipe econômica capaz; no caso de Lula, confiança das elites em sua transfiguração econômica e enorme confiança popular na figura do presidente.
 
 

Sobre essa droga nova, a fosfoetanolamina sintética que supostamente combate o câncer.


Retratos do Brasil - HÉLIO SCHWARTSMAN

FOLHA DE SP - 16/10

SÃO PAULO - São indefensáveis as liminares que o Judiciário vem concedendo que obrigam o Instituto de Química da USP de São Carlos a fornecer a pacientes de câncer uma droga que jamais teve sua segurança e eficácia atestada para humanos.

É claro que ninguém pode tirar de um doente o direito de buscar uma cura, mesmo que ilusória. Se a Justiça tivesse se limitado a derrubar barreiras burocráticas que impedem as pessoas de fabricar poções e importar medicamentos, mesmo que experimentais, estaria de parabéns.

Só que as liminares vão além de permitir que indivíduos, supostamente esclarecidos dos riscos que correm, exerçam sua liberdade. As decisões judiciais fazem com que o Estado patrocine uma terapia não comprovada e nela aloque escassos recursos públicos. Pior, o faz de maneira tão atabalhoada que será quase impossível extrair desse experimento, vá lá, natural qualquer informação relevante sobre a fosfoetanolamina, a droga em questão.

Mesmo que todos os pacientes que receberam o fármaco aleguem ter sido curados, sua eficácia não estará demonstrada. Para que isso ocorresse, seria necessário proceder a testes controlados. Seria preciso comparar o desfecho clínico de duas populações semelhantes, uma submetida à droga e a outra a um placebo ou a algum tratamento efetivo. Se os resultados do grupo que tomou a fosfoetanolamina fossem superiores aos do grupo controle, aí e apenas aí teríamos uma prova de que o medicamento funciona. Sem isso, é impossível descartar que a melhora alardeada por pacientes se deva ao efeito placebo e a outros fatores de confusão que contaminam a pesquisa médica.

Também é difícil de acreditar que embora se saiba há duas décadas que fosfoetanolamina é uma molécula de interesse médico, com possível ação anticâncer, e até hoje não tenha sido objeto de um ensaio com seres humanos. 
O episódio diz bastante a respeito da Justiça e da ciência no Brasil.

 

Procurador envia ao Supremo novas acusações contra Cunha


Deu na Agência Brasil


O procurador geral da República, Rodrigo Janot, enviou nesta quinta-feira (15) ao Supremo Tribunal Federal (STF) novas acusações contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). As acusações constam do depoimento de delação premiada do empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, um dos investigados na Operação Lava Jato.


Em um dos depoimentos, Baiano confirmou que Cunha recebeu US$ 5 milhões em um contrato de navios-sonda da Petrobras. As declarações foram anexadas à denúncia apresentada em agosto contra o presidente da Câmara.


Na denúncia apresentada ao Supremo, Janot afirmou que Eduardo Cunha recebeu propina por meio de empresas sediadas no exterior e de fachada. O procurador também pediu que o presidente da Câmara pague U$S 80 milhões pelos danos causados à Petrobras. Foi a primeira denúncia contra um parlamentar investigado na Operação Lava Jato.


OUTRO DELATOR
Em julho, outro delator, o ex-consultor da empresa Toyo Setal Júlio Camargo, também confirmou ao juiz Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos da Operação Lava Jato na primeira instância, que Eduardo Cunha pediu US$ 5 milhões em propina para que um contrato de navios-sonda da Petrobras fosse viabilizado.


Desde que chegou ao Supremo, a denúncia é analisada pelo ministro Teori Zavascki, relator dos processos da operação no STF. Não há previsão para o julgamento, que decidirá se Cunha passará à condição de réu.


A delação de Fernando Baiano foi homologada semana passada pelo ministro. Baiano está preso desde novembro do ano passado, acusado de intermediar o pagamento de propina em contratos de aluguel de navios-sonda pela Petrobras.


PEGOU 16 ANOS
Pelas acusações, ele foi condenado pelo juiz federal Sergio Moro a 16 anos de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Fernando Baiano é apontado como um dos operadores do esquema de superfaturamento.


Com a assinatura da delação com o Ministério Público Federal (MPF), o delator deve receber benefícios como redução de pena e a possibilidade de ir para o regime de prisão domiciliar imediatamente. Ele citou nomes de pessoas com foro privilegiado e, por isso, o acordo foi validado pelo ministro Zavascki.


OUTRAS PROVAS
Outras provas contra Cunha, como documentos do Ministério Público da Suíça que confirmam a existência de contas do presidente da Câmara e de familiares naquele país, estão em análise na PGR, mas não foram enviados ao STF.


Desde o início das investigações, o Eduardo Cunha reafirma que não recebeu e não tem contas no exterior.

Cunha não aceitará acordo, porque Dilma nada tem a oferecer


Carlos Newton
Os jornais, sites e blogs fazem as mais criativas especulações sobre a possibilidade de acordo entre a presidente Dilma Rousseff e seu maior inimigo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O assunto é revoltante, tenebroso e sinistro, mas não pode ser levado a sério. Uma coisa é a fantasia, o desejo, a pretensão, outra coisa muito diferente é a possibilidade, que somente se caracteriza quando existem condições plausíveis de concretização.


No caso do acordo entre os dois arqui-inimigos, não existe a menor possibilidade de se chegar a um denominador comum, como se dizia antigamente. O deputado Eduardo Cunha tem dois produtos a oferecer – o boicote ao impeachment e a aprovação do ajuste fiscal, incluindo CPMF, mas sem garantia total de entrega. E a presidente Dilma tem muito pouco para dar em troca, e sem a menor garantia de entrega.


TROCA-TROCA
Como compensação pelos serviços a serem prestados, Cunha exige diversas mercadorias: 1) a intervenção do governo na Conselho de Ética e no plenário da Câmara, para que ele não seja cassado nem perca a presidência da Mesa; 2) a suspensão da perseguição que o procurador-geral da República Rodrigo Janot move contra ele; 3) uma certa compreensão do Supremo Tribunal Federal, que garanta a eterna lentidão do julgamento dos processos contra ele; 4) a blindagem da mulher e da filha que têm contas abertas no exterior.
Sonhar ainda não é proibido, mas acontece que Dilma Rousseff não tem condições de atender essas demandas de Cunha.


DILMA SEM PODERES
Com a ajuda de Lula e do PT, Dilma pode até tentar pressionar o Conselho de Ética e o plenário, para evitar a cassação dele, mas é impossível mantê-lo na presidência da Câmara. Dilma também não tem como interferir junto ao procurador-geral Rodrigo Janot, que ontem mesmo entregou novas provas contra Cunha. Também não pode pressionar o Supremo.


Se isso fosse possível, a desmoralização das instituições brasileiras teria chegaria a um tal ponto de ruptura que alguém teria de chamar o General Villas Bôas para botar ordem na casa, conforme reza a Constituição.

Por isso, não haverá acordo, a não ser que outras milionárias contas secretas sejam abertas no exterior, se é que vocês me entendem, como dizia o genial jornalista Maneco Muller, o Jacinto de Tormes.


###

PS – E se alguém me esculhambar dizendo que estou defendendo um golpe militar, vou logo esclarecendo: intervenção militar é prevista na Constituição e nada tem ver com ditadura militar. (C.N)

Novo pedido de impeachment será apresentado nesta sexta-feira


Desta vez, o pedido está perfeito, diz Sampaio



Deu na Folha
Os juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), e os líderes de movimentos pró-impeachment Rogerio Chequer, Kim Kataguiri e Marcello Reis registraram em cartório mais um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O pedido, registrado em um cartório em São Paulo, será protocolado na Câmara nesta sexta (16), para que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o aprecie.


Segundo Sampaio, o pedido reúne argumentos que estão no aditamento ao pedido original de Bicudo, sobre as pedaladas fiscais de 2014, e também informações prestadas pelo Ministério Público de Contas, junto ao TCU (Tribunal de Contas da União), sobre a continuidade das pedaladas em 2015.


Sobre a boataria de que o deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara, negocia com o governo a salvação de seu mandato parlamentar em troca de não deixar prosperarem os pedidos de impedimento de Dilma, Reale Jr. afirmou que o acordo “não enfraquece o pedido de impeachment, enfraquece o país, enfraquece o sentimento de moralidade”. Bicudo disse que “a pessoa física [Eduardo Cunha] é que está sofrendo o processo, não o presidente da Câmara”, o que não enfraquece, segundo ele, as decisões tomadas por ele no cargo.


LINHA AUXILIAR DO PT
“A movimentação foi do governo”, disse Sampaio, sobre as decisões do STF (Supremo Tribunal Federal), a partir de ações de deputados governistas, que suspenderam o rito de impeachment definido inicialmente pelo presidente da Câmara – retirando a possibilidade de recurso do plenário em caso de negativa do peemedebista. “Quem demonstrou medo da base aliada foi a Dilma.” De acordo com o tucano, o governo tem mais interesse em negociar com Cunha do que o contrário.


Sampaio disse ainda que o pedido de cassação de Cunha não será assinado pelo PSDB porque o PSOL, autor do pedido, porque a sigla é “linha auxiliar do PT”. O tucano ressaltou ainda que o novo pedido de impeachment tem todos os elementos para ser aceito por Cunha.

EXÉRCITO BRASILEIRO – A CORAGEM VENCEU A COVARDIA!




MEDALHAS..
A coragem venceu covardia! Cláudio Humberto noticia na sua coluna e no Diário do Poder que o Exército cassou a “Medalha do Pacificados” entregues a mensaleiros condenados…
Finalmente, três anos após serem condenados pelo Supremo Tribunal Federal, os mensaleiros José Genoino (PT), Roberto Jefferson (PTB) e Valdemar Costa Neto (PR) tiveram cassadas a Medalha do Pacificador, a mais alta condecoração do Exército Brasileiro. 
O ato é do general Vilas Boas, o atual comandante. O ex, general Enzo Peri, teve medo de irritar Dilma e não casou as medalhas, apesar de ser obrigado a isso pela legislação. Os mensaleiros já sumiram do Almanaque do Exército.
O decreto 4.207/02 manda cassar honrarias de condenado por crime contra o erário, em sentença transitada em julgado.
Os mensaleiros são corruptos transitados em julgado no STF desde 28 de novembro de 2012. Suas penas somaram 282 anos de cadeia.
O general Enzo Peri não apenas deixou de cassar as medalhas dos corruptos do mensalão como se esquivou de explicar sua atitude.
A atitude medrosa do Exército incomodou o Ministério Público Federal, que cobrou o cumprimento da legislação, para cassar as honrarias.
convite-facebook

GILMAR MENDES “CRAVA”: NINGUÉM SE MANTÉM NO CARGO POR LIMINAR NO SUPREMO


GILMAR MENDES SÉRIO
Gilmar Mendes diz a Felipe Recondo do Jota: se o presidente não tiver 171 votos, não pode mais ficar no cargo. Ninguém se mantém no cargo com liminar do Supremo


O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, evitou fazer comentários sobre as liminares que suspenderam o rito definido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.


Mas ironizou: “ninguém se mantém no cargo com liminar do Supremo. Isso depende de legitimação democrática. Se alguém precisar de liminar do supremo para se manter no cargo…”


O ministro afirmou, rememorando o julgamento do STF no caso do impeachment do presidente Collor – quando a Corte determinou que os votos no processo deveriam ser abertos e não fechados -, que um presidente precisa de um mínimo de apoio para permanecer no cargo.


“Então é uma lição que aprendi: se o presidente não tiver 171 votos, não pode mais ficar no cargo. Ninguém se mantém no cargo com liminar do Supremo”, repetiu.


Ao final da sessão do Tribunal Superior Eleitoral, nesta quinta-feira (15/10), o ministro avaliou como normal a decisão do STF de corrigir eventuais abusos cometidos no processo de impeachment.


“Isso é normal. Tem havido sempre discussões a propósito disso. Também no processo do impeachment do Collor teve vários embates em torno desse assunto. É normal que haja esses debates e é um tema sensível politicamente, e as partes vão sempre lançar mão da judicilização”, afirmou.


O ministro acrescentou que o processo de impeachment é regulado em lei (1.079, de 1950). Assim, “eventual acréscimo não pode alterar a lei”.


Na opinião do ministro, depois do impeachment do presidente Fernando Collor, o Congresso deveria ter aprovado uma nova legislação que tratasse do assunto.



http://jota.info/ninguem-se-mantem-no-cargo-por-liminar-do-supremo-diz-gilmar-mendes
convite-facebook


Mais uma agência de risco rebaixa nota do Brasil




Dessa vez quem reduziu a nota do Brasil foi a agência Fitch, de BBB para BBB-. Além disso, em nota, a agência afirmou que a incerteza política pode custar caro ao país, adiando a retomada do crescimento.


A perspectiva é negativa, ou seja, o próximo movimento deve ser novamente de corte da nota. A agência afirmou que sua decisão reflete “o maior peso da dívida do governo”, os “elevados desafios fiscais” e a “piora do cenário de crescimento econômico”.


Na prática a nota indica uma perspectiva negativa para a economia brasileira, indicando que a próxima nota devera ser de novo rebaixamento, devido as condições políticas e financeiras do Brasil, que não devem melhorar a curto prazo.Um novo corte levaria o país ao “grau especulativo”, o que tende a elevar os custos de financiamento para o governo e para as empresas locais e reduzir o fluxo de entrada de dólares no país, deixando a moeda ainda mais cara. Grau este que o Brasil já perdeu em análise de outra conceituada Agência de Risco. 






Com informações (Com informações de UOL, via FCS)

Propaganda do PT mostrando o “fantástico mundo de Lula” sendo rebatida com dados e fatos



Propaganda de Lula falando sobre os avanços do país durante a gestão PT é desmascarada em vídeo que está circulando nas redes sociais. Lula fala de números concretos numa visão genérica, como por exemplo sobre crescimento de renda, aumento do salário. Lula faz uma pergunta retórica, “qual país cresceu mais na renda do que nós?”. 


 Lula só não disse que a distribuição de renda no país é uma das piores do mundo, Lula também não falou que os impostos pagos pelo brasileiro estão entre os mais caros do mundo, também não disse que o retorno dos impostos em qualidade de vida para a população está entre os piores do mundo. Falar apenas em números concretos sem analisar o que está ao redor é um pensamento burro que não mostra a realidade do país, mas serve apenas de historinha politico-eleitoreira para aqueles que tem preguiça de pensar, ou mesmo de olhar ao redor e observar a realidade, caírem.


Assista estes e outros números apresentados por Lula rebatidos pelo autor do vídeo (Observe os dados apresentados no vídeo rebatendo Lula são acompanhados das respectivas fontes para que não haja dúvidas sobre sua veracidade.


 A preguiça de pensar faz idiotas úteis, não seja mais um.

Em nota, DEM e PSDB dizem que Dilma quebrou o Brasil para vencer eleições



Na mesma nota, os partidos afirmam não reconhecer a autoridade moral de Dilma.


“Não reconhecemos autoridade moral na presidente da República que quebrou o país para vencer as eleições e retirou mais de um milhão de empregos das famílias brasileiras e que assistiu passivamente a nossa maior empresa pública ser assaltada em benefício do seu projeto de poder”, disse a nota conjunta do DEM e PSDB.


A nota parece ter sido uma resposta à Dilma, que na ultima terça-feira, disse para militantes em congresso da CUT, que a oposição tenta dar um golpe para chegar ao poder, tentando inclusive, segundo ela, “construir de forma artificial o impedimento de um governo eleito”, chamou os opositores de “moralistas sem moral” e questionou quem teria biografia para atacá-la. (Com informações: G1)


Veja também: Ministro da Justiça demite delegado da PF por usar escutas ilegais para prender corruptos

Enquanto cidadãos honestos são mortos aos milhares, crianças estupradas e abandonadas, capital da Bahia gasta verba para bajular comunidade gay!É muito mi mi mi !





Capital da Bahia vai pintar faixas de pedestres na cor do arco-iris em prol das causas LGBT




imagem/reprodução
O argumento das autoridades da cidade de Salvador para pintar as faixas de pedestres da cidade nas cores do arco-iris é para chamar a atenção para a importância de políticas de proteção à comunidade LGBT. As faixas deverão tomar a cor do arco-iris no próximo dia 22.


Segundo os organizadores  a região Nordeste registra o maior número de homicídios por causa homofóbica e a Bahia é a primeira no ranking da violência contra gays, lésbicas e transexuais. Ainda segundo os organizadores, o Brasil é responsável por 44% dos crimes homo-transfóbicos no mundo e a cada 28 horas uma vítima é assassinada.

A iniciativa conta com o apoio da prefeitura da cidade de Salvador, da SECOM, da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e da Transalvador.

Não foi informado quanto será gasto para pintar as faixas.

Com informações: ibahiaA tarde e Yahoo

O PT e aspromessas de salvar as crianças brasileiras dez anos depois.Onde foi para a igualdade social prometida, PT?

O triste fim de milhares de Crianças que morreram na viagem para o futuro oferecida por Lula e Dilma, a tragédia do Brasil

No dia 11.2.2005, o helicóptero do presidente Lula desceu na comunidade de Canaã, no agreste pernambucano, ao lado da cidade de Toritama; o presidente caminhou até um grupo de crianças e agachou-se em frente a elas. Um fotógrafo captou a cena, e a foto foi publicada nos jornais. Ao vê-la, decidi visitar as crianças e, com base no que observei, escrevi uma carta ao presidente, sob o título “Estas crianças têm nome – como dar-lhes um futuro?”.

O Naugrafragio de milhares de Crianças que morreram na viagem para o futuro oferecida por Lula e Dilma, a tragédia do Brasil

Descrevi a realidade de onde elas viviam, especialmente a escola onde estudavam, reconheci que o presidente ainda não era o culpado daquele triste cenário de penúria educacional e pobreza social, mas que seria o responsável se, dez anos depois, o quadro se mantivesse; na carta, sugeri dez medidas para mudar aquela situação, seguindo as linhas do projeto que tentei executar ao longo de 2003, quando fui ministro da Educação.


Na semana passada, voltei ao local e vi a tragédia resultante de dez anos de abandono da educação e da falta de políticas públicas consistentes para a emancipação dos pobres.


A menina – na foto está bem em frente ao presidente – de nome Taciana, então com 6 anos, deixou a escola aos 14, engravidou aos 15 e aos 16 tem um filho de 1 ano e 2 meses chamado Angelo Miguel. O irmão dela, conhecido como Cambiteiro, estava no grupo, mas não quis aparecer na foto. Fora da escola antes dos 15 anos, tornou-se vigilante informal nas pobres ruas de Canaã, até ser assassinado.


O menino chamado Rubinho, então com 7 anos, para quem o presidente  Lula parecia olhar, deixou a escola antes da quinta série e, aos 17, tem um filho de nome Natan Rafael. Seu irmão Diego, que não aparece na foto por ser então muito pequeno, hoje, com 15 anos, já esteve preso; na cadeia, foi jurado de morte pelos presos; esfaqueado, fugiu do hospital e desapareceu. Jailson, o que ri para o presidente, e Josivan, na ponta direita da foto, deixaram a escola antes de terminarem a quarta série. Jaques, então com 9 anos, deixou a escola com 13; o menino conhecido como Nego, então com 8 anos, não estudou e tem hoje dois filhos.


Nesses dez anos, a vida daquelas crianças tornou-se uma monótona repetição de fatos e fracassos: todas deixaram a escola antes de concluírem o ensino fundamental, fazem parte do exército de analfabetos funcionais que ocupa o país; todas foram trabalhar ao redor dos 15 anos, em trabalhos informais sem qualificação; tiveram filhos ainda na adolescência; nenhuma teve o futuro a que tinha direito ao nascer.


Toritama é um Mediterrâneo onde aquelas crianças naufragaram na viagem para o futuro, diante dos olhos do presidente Lula e de todos nós.

Cristovam Buarque


Lula é hoje o ex-presidente mais rico da história do país, apesar de sua origem humilde. Somente das empresas que desviaram dinheiro da Petrobras, Lula recebeu quase R$ 30 milhões de reais, conforme apurou a Polícia Federal.


Via Folha AD

Lula diz uma coisa a PF diz outras.Quem estará com a razão?

15/10/2015

POLICIA FEDERAL DESCOBRE OPERAÇÕES MILIONÁRIAS DE ‘LULA’ COM EMPREITEIRAS

A informação é do ESTADÃO, de acordo com o documento, Lula faturou apenas através da LILS cerca de R$ 27 milhões, desde que ele deixou a presidência da República. Destes, boa parte do dinheiro veio de empreiteiras investigadas na Lava Jato, como Odebrecht (R$ 2,8 milhões), Andrade Gutierrez (R$ 1,5 milhão) e OAS (R$ 1,4 milhão).

De que forma Lula ficou milionário? A Policia Federal tem provas contundentes de operações entre o ex-presidente e várias empreiteiras. Essa é apenas uma pequena amostra da movimentação financeira do ex-presidente. 



Os dados são referentes apenas a conta bancária da LILS e apontam a a destinação de parte dosrecursos. De acordo com o relatório, a LILS aplicou R$ 12,9 milhões, fez um plano de previdência privada no valor de R$ 5 milhões, recolheu R$ 3 milhões em impostos e fez transferências de R$ 4,3 milhões.


Após as revelações de sua conta milionária, Lula entrou em pânico e passou toda a noite em claro. Fez dezenas de ligações durante a madrugada e conseguiu marcar uma reunião de emergênciacom a presidente Dilma Rousseff na manhã deste sábado. Os dois se encontraram a sós, sem a presença de assessores ou testemunhas.


A assessoria de imprensa do Planalto assim como a do ex-presidente Lula não repassaram informações sobre o conteúdo da conversa reservada.



Fontes : Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e Polícia Federal. Valores referentes apenas à LILS, empresa de Lula. Há ainda outros milhões doados por empreiteiras ao Instituto Lula, que não teve o sigilo quebrado. Lula terá que depor em inquérito da Operação Lava Jato.
(Com agências)