É a hora de deixar sangrar. De botar o impeachment na mesa do mais pobre
Natal dos brasileiros. Cristalizar a culpa de Dilma e do PT pela crise.
Desemprego teu nome é Dilma. Recessão teu nome é Dilma. Crise econômica
teu nome é Dilma. Dilma, impeachment é o teu lugar. Sem pressa, para
que todos os brasileiros e não só 80% queiram a saída desta doida
varrida da Presidência. A matéria é do Estadão.
Em reunião realizada nesta quinta-feira, 3, no Palácio do
Planalto com lideranças da base aliada da Câmara, o ministro-chefe da
Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, defendeu que o processo de
impeachment tenha um desfecho o mais breve possível no Congresso. Novas
reuniões para tratar da estratégia do governo estão previstas ocorrer ao
longo do dia.
A ideia, segundo
parlamentares presentes no primeiro encontro, é de atuar com celeridade
enquanto não há uma definição pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em
relação ao tema.
No Senado, o líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB), defendeu o recesso legislativo
e acredita que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff
será mais forte se tiver continuidade só depois das festividades de fim
de ano. "Mobilizar a sociedade nessa época do ano será uma tarefa um
tanto quanto difícil. Temos Natal, Ano Novo, férias escolares, janeiro
já emenda com o Carnaval, é difícil", argumentou.
As declarações são em resposta à tentativa
do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de cancelar o recesso
legislativo, que começa em 22 de dezembro. Cunha gostaria de dar
sequência ao processo de impeachment que ele mesmo autorizou na tarde de
ontem. Coincidentemente, acelerar o processo, também é de interesse do
Planalto, que acredita que o curto intervalo de tempo pode jogar à favor
da presidente.
O senador tucano fez um paralelo com o processo de impeachment
do ex-presidente Fernando Collor e acredita que é preciso mais pressão
da opinião pública para que o afastamento de Dilma Rousseff aconteça. "O
impeachment do Collor nasceu na rua e veio para o Congresso Nacional.
Agora o pedido nasce no Congresso e tem que ir para a rua. A sociedade
precisa se manifestar mais claramente, não apenas nas pesquisas de
opinião. Só vai ter impeachment se houver rua", afirmou.
O argumento do deputado é que o presidente da Câmara, Eduardo
Cunha, deveria ter dado a oportunidade de Dilma apresentar defesa ao
Congresso antes de acolher o pedido de impedimento. "Ao fazê-lo sem
notificar previamente a presidente para que oferecesse resposta, (Cunha)
violou os princípios do devido processo legal, de ampla defesa e do
contraditório".
Segundo lideranças da base aliada da Câmara, na reunião
realizada com o ministro Ricardo Berzoini também ficou o entendimento de
que o governo vai monitorar e atuar diretamente na montagem da
Comissão, que será responsável pelo avaliação do processo de impedimento
da presidente.
No Senado, Cunha Lima acredita que o clima de impeachment
ainda está interiorizado no Congresso Nacional, o que é prejudicial para
que se concretiza. "Esse clima está muito voltado para o ambiente
político. E se deixar nas mãos da maioria dos políticos, ele vai ser
cozinhado em banho-maria e não vai levar à lugar nenhum", defendeu.
Nessa perspectiva, o recesso ajudaria a superar o período de Natal e dar
mais chances à oposição de mobilizar as ruas.
Lula apareceu. Deu entrevista. Achou uma leviandade a abertura do
processo de impeachment. Quer colocar o povo brasileiro contra Eduardo
Cunha. Como se fosse Cunha o responsável pelos crimes cometidos por
Dilma. Já chega os próprios crimes, não é mesmo? Lula é o ovo da
serpente. Ali nasceu toda a podridão, toda a recessão, até mesmo a
invenção chamada Dilma. A entrevista de Lula é uma bobageira. Ninguém
mais acredita nele. É um duende do mal. Enxovalhado de lama, de sujeira,
de corrupção.
A marcha cadenciada e firme até o microfone apartava seu corpo de seu
semblante. O olhar embotado era o de quem parecia despertar de um
pesadelo. De quem emergia de um torpor. Diante do púlpito do Palácio do Planalto, às 20h30 da quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff comandou: “Vem todos de uma vez”. Era o chamado aos ministros que ela convocara para acompanhá-la naquele difícil pronunciamento. Era o chamado para que ela não estivesse só. Enfileiraram-se a seu lado 11 subordinados. “Bom, boa noite a todos”, disse, como quem não tivesse alternativa a estar ali. A matéria é da Época.
Dilma registrou, inicialmente, a aprovação da nova meta fiscal pelo Congresso,
o que evita a paralisia absoluta da máquina do governo. De saída,
assinalou uma pequena vitória. Passou, então, a acusar a enorme derrota
que sofrera horas antes. Falou da indignação com que recebera a notícia
de que Eduardo Cunha, presidente da Câmara, aceitara dar início ao processo de impeachment contra
ela. Arqueou as sobrancelhas: “Não paira contra mim nenhuma suspeita de
desvio de dinheiro público. Não possuo conta no exterior nem ocultei do
conhecimento público a existência de bens pessoais”.
Atacava seu algoz com a arma mais afiada, talvez a última, que tem: a
própria reputação. Dilma falou por três minutos, com severidade. Foi o
mais grave discurso que fez. O mais fluido também. Quando terminou,
novamente com solidez, caminhou diante dos ministros que a cortejavam.
Não recebeu cumprimentos. Seguiu, à frente de todos, sozinha.
Estar só, na política, é invariavelmente veneno. Jamais antídoto. Num
mundo idílico, Dilma poderia buscar amigos. Presidentes, em geral, têm
áulicos aos montes; Dilma tem pessoas temerosas dela, que concordam com
tudo o que diz. Nas paragens de Brasília, impiedosas, Dilma carece de aliados reais.
A clausura política em que Dilma está confinada não se ergueu em um dia. Está cimentada por sua história e seu comportamento. A militância contra a ditadura na
juventude a imbuiu de resiliência e senso de hierarquia. Mas Dilma
alcançou o posto de presidente da República sem a trajetória clássica
das disputas eleitorais, na qual teria acumulado vitórias e derrotas,
parceiros e adversários. Sem ter exercido ostensivamente a convivência
com o contraditório, a negociação. Sua carreira se pavimentou no
Executivo, em cargos de segundo escalão e, depois, como secretária de Estado e ministra.
São funções em que um toca a máquina pública, o outro obedece. Se, por
um lado, são tarefas que exigem disciplina e um grau de competência, por
outro não ensinam o delicado exercício da política, que pressupõe
ouvir, debater, expor-se, vencer e perder.
Estar só, na política, é invariavelmente veneno. Jamais antídoto. Dilma Rousseff carece de aliados
Por um longo período, Dilma optou por não ampliar sua agenda para a
conciliação que torna as gestões possíveis. Esse temperamento lhe rendeu
críticas, especialmente a partir das manifestações de 2013,
quando a crise política bateu à porta. Dilma gosta de se aprofundar nos
detalhes de cada projeto, no que seus subordinados chamam de “sessões
de espancamento”. Ficaram famosas suas broncas, inclusive em ministros, que ultrapassavam os limites mais elásticos da tolerância.
Administrar em níveis tão profundos é tarefa para gerentes, não para
presidentes; estes são cobrados por escolher as pessoas certas para
executar suas diretrizes. Assim, como o tempo é finito, Dilma gastou o
seu mais com o que poderia delegar, mas gostava de fazer, do que com o
que deveria fazer, mas não lhe apetecia. Na terça-feira passada, Dilma
mudou seu comportamento: conduziu, ela mesma, uma reunião com mais de 30 deputadose
senadores da frágil base aliada de seu governo para convencê-los a
trabalhar, sem respiro, pela aprovação da nova meta fiscal. Quando se
dedicou à política, Dilma conquistou o que precisava. O projeto de lei
foi aprovado.
Pode ter sido tarde. Até aqui, Dilma evitou quanto pôde auxiliares e
políticos. Em seu primeiro mandato, só se encontrava com parlamentares e
ministros no formato engessado das reuniões coletivas – que os políticos odeiam.
A inaptidão de Dilma quase inviabilizou seu governo. A presidente
enviou projetos ao Congresso sem consultar os líderes dos partidos, o
que gerou derrotas.
Ao desdenhar do vice, Michel Temer,
prescindiu de um dos homens mais capazes de fazer as coisas acontecer
na Câmara e no Senado. O preço pela falta de apetite por política parece
ter se tornado impagável nas últimas semanas. Dilma não consegue que
sua base, formada, em tese, por mais de 300 deputados,
evite as manobras de seus muitos e muitos adversários. Não conseguiu
sequer que três deputados de seu partido, o PT, assumissem o difícil
ônus de, em nome de salvá-la, salvar também o presidente da Câmara,
Eduardo Cunha – ele mesmo um ameaçado de perder o cargo por ser um dos
investigados por envolvimento no petrolão. Os três deputados optaram por obedecer ao PT – o presidente do partido, Rui Falcão, os orientou a
enfrentar Cunha. Uma presidente da República com tão pouca força
política é tão anormal quanto uma presidente que enfrenta um processo deimpeachment.
. Dilma está atada a
um paradoxo. Enquanto sua fraqueza é não saber fazer política, sua
virtude é a conduta oposta àquelas associadas aos políticos. Hoje, o
maior capital de Dilma é a percepção da população de que ela não é
corrupta. De que ela está encurralada por motivos financeiros diversos
daqueles que expulsaram Fernando Collor do poder, em 1992.
Dilma se regozija com reforçar essa imagem. Um episódio célebre da presidente foi aquele aniversário,
em dezembro de 2012 (sim, Dilma vive seu inferno astral). Ministros e
auxiliares foram celebrar, com ela e a filha, em um jantar num
restaurante em Moscou. A divisão da conta ficou em R$ 830 por boca.
Dilma sacou seu cartão de crédito pessoal e pagou sua parte.
Constrangidos, todos tiveram de pagar do próprio bolso, com cartão de
crédito, para comprovar o gasto. Em outros tempos, a despesa sairia dos
cofres públicos, via cartões corporativos. Não com Dilma. Talvez por
isso, enquanto 65% dos brasileiros queriam que o Congresso abrisse um processo para afastá-la do poder, 81% esperavam
que o mandato de Eduardo Cunha fosse cassado – ele, sim, acusado de
receber dinheiro desviado de negócios da Petrobras. Os dados são de uma
pesquisa do Datafolha.
O isolamento da presidente Dilma está também em sua vida privada. Sua filha, Paula,
que está grávida, e seu neto, Gabriel, moram em Porto Alegre. Dilma,
que é divorciada, vive no Palácio da Alvorada apenas com a mãe,Dilma Jane, de 92 anos. Desde que dona Dilma adoeceu,
a filha almoça todos os dias em casa quando está em Brasília. Elas
estão juntas no Alvorada desde 2011.
Arilda, uma tia de Dilma que
completou o trio por um tempo, voltou a morar em Minas Gerais no final
do ano passado. Os presidentes desde a redemocratização eram políticos,
com amigos na política. Não é o caso de Dilma. Nos finais de semana, é
comum a presidente telefonar a ministros e auxiliares mais próximos para
ter com quem conversar. Vencer o delicado momento do impeachment, para
Dilma, é antes derrubar seu claustro.
Será
impossível no espaço deste texto escrutinar o subproduto do Plano
Nacional de Educação que atende pelo nome de Base Nacional Comum
Curricular (BNCC). É o que poderíamos chamar de veneno diluído em
abundantes doses curriculares.
Ninguém morre intelectualmente com uma
pitada, mas depois de uma dúzia de anos não sobra neurônio com
autonomia. O objetivo final do petismo na Educação e na Cultura é
tornar-se hegemônico. No meio, fica tudo: da música ao teatro, da
internet à sala de redação, do seminário religioso à reserva indígena,
do sistema bancário à barraquinha da praia, dos corações às mentes.
Para
conquistar mentes e corações, os companheiros burocratas do MEC
trataram, primeiro, de unificar tudo, inclusive os exames vestibulares
através do ENEM (com o qual a BNCC tem que "dialogar").
A esquerda adora os sistemas únicos, os coletivos, totalmente controláveis.
Depois, criaram um Plano Nacional de Educação que o Congresso
parcialmente comprou pelo valor de face. Agora, pretendem impor um
currículo único que, uma vez definido, fará com que todos entendam e
interpretem as coisas como o PT quer. Ao menos em 60% dos conteúdos. Os
outros 40% não o interessam.
Para
afastar o Brasil dos padrões ocidentais, nada melhor do que romper com o
relato eurocêntrico da história. Então, nos delírios da BNCC, vamos
acabar com a cronologia, enfatizar a história africana, ameríndia e,
definitivamente, jogar no ostracismo os mestres da nossa cultura.
Ensinar segundo a versão proposta pela BNCC é servir burrice em
linguagem de redes sociais, com vocabulário de creche. Se lhe parece
difícil crer no que estou dizendo, informe-se aqui:
basenacionalcomum.mec.gov.br..
Todo
leitor atento e todo estudante que entrou em contato com a linguagem
esquerdista já com plena vigência docente nas salas de aula do país,
sabe que existe um vocabulário padrão. Há palavras que mesmo avulsas no
espaço valem por uma frase inteira e servem como prova de identidade
ideológica. Uma delas é “problematizar”.
Quando um professor diz que vai
problematizar algo, ele está, na verdade, afirmando que vai usar sua
autoridade (mais do que seu estreito conhecimento) para destruir alguma
crença ou valor que suspeita estar presente nas mentes dos alunos. E a
BNCC é pródiga em "problematizações".
Ela problematiza o papel e a
função de instituições sociais, culturais, políticas, econômicas e
religiosas. Problematiza os processos de mudanças de instituições como
família, igrejas e escola.
Problematiza as relações étnicas e raciais e
seus desdobramentos na estrutura desigual da sociedade brasileira.
Problematiza, para "desnaturalizar", modos de vida, valores e condutas
sociais. Quem disse que existem valores, modos de vida e condutas que
são naturais?
Não
era difícil imaginar a dedicação com que os companheiros do MEC se
atirariam à tarefa de preparar uma base comum a todos os
estabelecimentos de ensino do país. Melhor que isso só iniciar cada aula
bradando – “Seremos como el Che!”.
Agora, o MEC vai ouvir a sociedade,
mas todos sabem que, para esse governo, ouvir a sociedade e com ela
debater é reunir-se com os seus e decidir por todos. Então, não é ao
governo que a sociedade deve protestar. Está tudo pronto para que as
coisas aconteçam como convém a ele e a seu partido. Atenção, Brasil!
Atenção, meios de comunicação, intelectuais, educadores, lideranças
empresariais e sindicais, pais e mães! Atenção todos os cidadãos
comprometidos com o bem dos nossos jovens e do Brasil! É preciso impedir
que se cometa mais esse crime contra a nação e que o governo imponha
sua ideologia a todos através das salas de aula.
________________________________ * Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org,
colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor
de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e
Gaviões; A Tomada do Brasil, integrante do grupo Pensar+.
Por mais
que a turma do PT, ajudada pelos mega empresários e banqueiros, ou pelo
silêncio dos oportunistas de plantão ou pela da estridente banda de
música do jornalismo bundalelê da grande mídia nacional, os brasileiros
vão se levantar pelo impeachment da Dilma no próximo domingo, dia 13 de
dezembro de 2013. Os movimentos democráticos unidos preparam uma manifestação gigantesca. As redes
sociais fervem como nunca. E ferverão ainda mais nesta semana promovendo
essa histórica mobilização nacional que explodirá nas ruas num grito
fenomenal: Fora Dilma! Fora PT! IMPEACHMENT! Preparem
suas bandeiras, suas camisetas, seus cartazes, faixas e adereços
correlatos. A Nação brasileira não merece ser vilipendiada pela
escumalha comunista do PT e seus sequazes. TODOS NAS
RUAS DIA 13 PARA ENTERRAR O 13! No vídeo abaixo a jornalista Joice
Hasselmann, aquela que foi despedida da TVeja, manda ver neste
vídeo-relâmpago. Só o povo na rua mete medo na bandalha do Congresso
Nacional.
O pedido de impeachment formulado por Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e
Janaina Paschoal foi entregue em 21 de outubro ao presidente da Câmara,
que certamente leu o documento antes de dormir.
Por que demorou tanto
para descobrir que os argumentos arrolados pelos dois juristas tinham
solidez suficiente para justificar a abertura do processo? Por que
deixou para fazer neste 2 de dezembro o que poderia ter feito há 40
dias? Porque o terceiro homem na linha de sucessão presidencial não tem
tempo para pensar no Brasil castigado pela conjunção de crises ou em
qualquer outra irrelevância semelhante. Eduardo Cunha só pensa em
Eduardo Cunha.
O presidente da Câmara dos Deputados foi denunciado por corrupção, em
10 de agosto, pelo procurador-geral Rodrigo Janot. De lá para cá, nem
mesmo em feriados e dias santos deixou de aparecer no noticiário
político-policial. Para livrar-se da enrascada em que se meteu com a
descoberta das contas na Suíça, virou exportador de carne enlatada (para
países africanos), namorou a oposição, flertou com o PT e por pouco não
voltou a amasiar-se com o governo. Por que Dilma demorou 100 dias para
descobrir que Cunha fez o que não param de fazer seus bandidos de
estimação? Porque só pensa em manter o emprego.
Nesta quarta-feira, Cunha fez a coisa certa porque deu errado o
acordo que lhe garantiria o apoio do PT no Conselho de Ética. Melhor
assim. Mas é preciso deixar claro que o Brasil decente não lhe deve
nada. O que está em curso é uma ofensiva do país que presta que não
terminará antes do despejo do fantasma que zanza pelo Planalto. É um
confronto entre a nação com cérebro e uma nulidade desmoralizada pela
corrupção e pela inépcia. Esse embate não pode ser reduzido a um duelo
entre o filhote do baixíssimo clero e a mãe do Petrolão. O Brasil que há
de brotar das cinzas do lulopetismo não tem lugar para nenhum dos dois.
O Congresso sempre acaba fazendo o que o povo quer, repetia Ibsen
Pinheiro, presidente da Câmara durante o processo de impeachment de
Fernando Collor. Também desta vez assim será. Os cunhas e as dilmas não
passam de figurantes destinados ao confinamento em asteriscos nas
páginas escritas por milhões de indignados. Esses sim são os reais
protagonistas da História ─ e desta história. Eles sabem que o fim da
era da canalhice ─ e da mais aflitiva crise econômica imposta ao país
desde 1930 ─ começa pela remoção do poste que Lula instalou no coração
do poder.
Pressão é mais uma das irresponsabilidades dos petistas; que o vice não caia no truque!
O Planalto,
quem diria?, descobriu a súbita importância de Michel Temer,
vice-presidente da República e comandante do PMDB. Incrível, não? Em
agosto, sem condições de fazer o trabalho de coordenação política porque
sabotado por petistas, ele teve de deixar o cargo. A presidente
obedecia, então, às orientações estratégicas de Aloizio Mercadante…
Agora, ela está sob o cerco do lulismo.
O Planalto
quer constranger o vice a entrar de corpo e alma na luta contra o
impeachment, que é uma forma de tentar inviabilizá-lo como alternativa
de poder. Temer é um homem experiente. Espero que não caia no truque. Sim, ele tem
os deveres institucionais de lealdade — e não lhe cabem mesmo
saliências, apresentando-se, na seara política, como alternativa à
mandatária, mas, constitucionalista que é, sabe que tem de zelar por seu
papel institucional: se ela vier a ser apeada do poder pelo
impeachment, será ele o presidente da República.
E, por
óbvio, não cabe ao vice ignorar essa condição e colar-se à imagem da
presidente, como se graves responsabilidades não possam vir a lhe pesar
sobre os ombros. Ora, ora… Dilma teve tantas chances, antes, de manter
por perto o vice-presidente, não é? Mas preferiu o caminho contrário. Nesta
quinta, Temer afirmou um enigmático “espero que ao final deste processo,
o país saia pacificado”. É o que lhe cabe dizer. Não dá para ir muito
além disso. Paz, pra valer, sem grupos descontentes nas ruas, não
haverá. A questão é avaliar se aqueles que protestam estão com a maioria
ou com a minoria.
Presidente e
vice se encontraram nesta quinta. As versões de petistas e
peemedebistas não coincidem em nada — nem no tempo de duração da
reunião. O ministro Jaques Wagner (Secretaria de Governo), numa ousadia
que beira o absurdo, decidiu se comportar como porta-voz do
peemedebista. Disse: “Assim como nós, Temer não vê nenhum lastro para
esse processo de impeachment”. Até onde se sabe, o vice tem boca e pode
falar por conta própria o que quiser, quando quiser.
Espero que
Temer resista, seja prudente e não caia nessa conversa. Os dias que vêm
pela frente não serão fáceis. O descontentamento nas ruas é crescente, e
o próprio governo desenha cenários que podem degenerar em conflitos
sociais em razão da crise. O
vice-presidente certamente tem claro que deve se preservar como
alternativa de poder, em vez de se jogar de cabeça no poço sem fundo da
reputação petista.
A esta altura, é só uma questão de responsabilidade.
SESC - Dedos no ânus - onde chegamos? Aviltante para os intitulados artistas e mais ainda para quem assiste
O Sesc é bancado pelo Sistema S que, apesar de maquiado, é dinheiro público
Sesc divulga nota de esclarecimento após peça polêmica com dedos no ânus
Assessoria da mostra
destacou que "tomou cuidado em não divulgar qualquer imagem do
espetáculo, por entender que pessoas fora da faixa etária indicada não
devem ter acesso a tais conteúdos"
Após a polêmica performance, intitulada Macaquinhos, e
apresentada como parte da programação da 17ª Mostra Sesc Cariri de
Culturas, em Juazeiro do Norte, no Ceará, viralizar na internet nesta
quinta-feira (19/11), a assessoria da mostra divulgou uma nota de
esclarecimento por meio da página oficial no Facebook.
O Sesc
Cariri argumentou que a apresentação tem "classificação de 18 anos e
apresentação às 23 horas, com exibição obrigatória da carteira de
identidade". A nota destaca ainda que "tomou cuidado em não divulgar
qualquer imagem do espetáculo, por entender que pessoas fora da faixa
etária indicada não devem ter acesso a tais conteúdos e não apoia a sua
divulgação e portanto repudia a postagem de cenas do referido espetáculo
nas redes sociais".
A apresentação
No palco,
um grupo de nove atores tocam nos ânus uns dos outros em uma roda.
Segundo o grupo, a apresentação tem três pilares, todos relativos a essa
parte do corpo.
Cadê a direita? Vive de juros? Vive de obras públicas? Vive de subsídios do BNDES?
Então ela está com o PT, ela está com Dilma
Vigaristas
intelectuais das mais diversas vertentes resolveram vir a público para
denunciar aquele que seria um grande“complô da direita” contra o
governo Dilma.
É mesmo? Onde está a direita? Ela vive de quê?
Apresentem-me, por favor, a direita.
Ela vive de juros estratosféricos? Ela vive de financiar vagabundos para conseguir obras públicas? Ela vive de juros subsidiados do BNDES?
Digam-me, por favor, onde está a direita.
Até uma tal
Associação Brasileira de Ciência Política, com esse nome ridiculamente
pomposo, resolveu emitir uma nota contra o impeachment. Entrei no site
do grupo. Sabem quem são os diretores? Eu conto: Leonardo Avritzer,
Carlos R. S. Milani, Maria do Socorro Braga, Silvana Krause, Renato
Perissinotto, Rebecca Albers, Ricardo Borges, Celso Vaz e Rachel
Meneguello.
Boa tarde a
todos! Nunca ouvi falar! Leio os bons da área. Nunca foram citados. Essa
gente não existe. Monta uma ridícula associação de “ciência política” e
sai expelindo regras por aí. A propósito: por que um cientista político
precisa pertencer a uma corporação de ofício? Um trabalho intelectual
de pensamento e análise, que é necessariamente individual, é exercido em
sessões coletivas?
Se ela vive de juros, então está com o PT. Está com Dilma.Se ela vive de obras públicas, então está com o PT. Está com Dilma. Se ela vive de subsídios do BNDES, então está com o PT. Está com Dilma.É um lixo
moral e intelectual acusar a suposta ilegitimidade do impeachment porque
ele partiria de Eduardo Cunha. Ora, este é apenas o presidente da
Câmara. A ação não é dele. Os peticionários são outros. Aliás, os
peticionários são milhões de brasileiros.
É um vexame
sem-par que coroas pançudos, que estariam obrigados pela vida a ensinar
algumas coisas aos jovens, recebam de Kim Kataguiri, do MBL, de 19 anos,
uma lição de funcionamento das instituições.
Em artigo na Folha de hoje, ele escreve:“Parte da imprensa quer fazer
parecer – e isso ficou muito claro pelas capas dos jornais desta quinta
(3) – que o processo de impeachment é uma batalha entre o bem e o mal. O
bem, é claro, é a presidente Dilma. Segundo a narrativa do adesismo, o
impeachment é uma mera investida revanchista de Eduardo Cunha, que não
conseguiu o apoio do PT para se salvar no Conselho de Ética da Câmara. (…) Depois de três gigantescas
manifestações, uma caminhada simbólica de São Paulo até Brasília e um
acampamento que permaneceu por mais de um mês em frente ao Congresso
Nacional, o impeachment tornou-se pauta para a classe política. Não
havia mais como ignorá-lo. O barulho do Brasil perfurara a bolha que
isola Brasília. Ainda assim, o discurso da
imprensa não era o de que a população brasileira havia, pela primeira
vez em muito tempo, pautado o debate do Congresso. Construíram uma
narrativa na qual a legitimidade de qualquer pedido de impeachment
provinha de quem ocupa a presidência da Câmara. “Ok, vocês estão pedindo o
impeachment da Dilma. Mas e o Cunha? Ele pode acolher? Não tira a
legitimidade do pedido?” Parece que os jornalistas esqueceram o fato de
que o presidente da Câmara dos Deputados é o único que pode acolher tal
pedido contra a presidente Dilma. (…)
Canalhice intelectual Mas o auge da canalhice intelectual está
em cair de joelhos diante de Dilma, mas fazê-lo criticamente: “Ah, eu
deploro esse governo, mas impeachment de Cunha, não”.Ora, se o impeachment pertencesse ao presidente da Câmara, Dilma estaria vivendo dias de glória.
Até os
bispos da Igreja Católica, para não variar, resolveram dizer sandices. A
Comissão Brasileira Justiça e Paz, da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil, a CNBB, questiona os motivos que levaram Cunha a aceitar o
pedido de abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff.A comissão
da CNBB diz que a atitude do presidente da Câmara“carece de subsídios
que regulem a matéria” e que a sociedade está sendo levada a crer que
“há motivação de ordem estritamente embasada no exercício da política
voltada para interesses contrários ao bem comum”. Para a conferência, “o
impedimento de um presidente da República ameaça ditames democráticos,
conquistados a duras penas”. A comissão diz ainda que “é preciso
caminhar no sentido da união nacional, sem quaisquer partidarismos, a
fim de que possamos construir um desenvolvimento justo e sustentável”.
A CNBB
precisa melhorar a reza e a política. Não é mero acaso o óbvio declínio
da Igreja Católica no Brasil. Como a gente vê, quando uns não estão
fazendo coisas nefandas com crianças na sacristia, outros tantos estão a
violar o direito de milhões de ter um governo que respeite as leis. Que
estes também vão brincar de “Macaquinhos” e deixem o Brasil em paz,
buscando Justiça.
No fim das
contas, o que temos aí é a convergência das mais variadas correntes de
esquerda em defesa de seus aliados intelectuais.Isso ainda
não é o pior que esse pensamento pode produzir, não. É apenas a versão
atual e local de uma deformação moral bem mais antiga.Durante
décadas, intelectuais de esquerda do mundo inteiro fecharam os olhos
para os crimes do stalinismo e do maoismo na União Soviética e na China,
respectivamente. Achavam que denunciá-los seria tirar do povo a
esperança na revolução. Enquanto isso, Stálin matava 35 milhões de
pobres, e Mao, 75 milhões.
Mas os ditos
intelectuais não davam o braço a torcer. Afinal, tinham de combater “a
direita”, “os reacionários” e “o imperialismo”.
[aproveita
Edinho enquanto pode e vai falando bobagens; você melhor do que
ninguém sabe que tem contas a ajustar com a Justiça - foi você quem
comandou os 'cofres' da reeleição da presiMENTE.
Só duas razões farão Temer não assumir a vaga da Dilma, após declarado o impeachment:
- Temer ser condenado como cúmplice da ainda presidente na ação que rola contra a chapa Dilma/Temer no TSE;
- ou o imprevisto ocorrer - e este imprevisto certamente não inclui decisão do Temer.
Temer
e seu partido existem para ser sempre Governo. E a opção do PMDB é
fácil: fica com seis ministérios ou com todos - atualmente 32 e quando
Dilma cair fora devem ser reduzidos.]
Para o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência,
Edinho Silva,a saída do ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, se
confirmada, não significa uma debandada do partido do governo; "O PMDB é
um partido fundamental na coalizão, tem sete ministérios importantes
para a condução das políticas públicas, tem o vice-presidente da
República, Michel Temer, que, até o momento, tem se mostrado
extremamente leal e comprometido com a governabilidade", afirmou; Edinho
disse ainda que a posição de Temer é "uma instituição da República";
"Não tem como haver um descolamento ou um desembarque. Não é perfil do
vice-presidente Michel Temer desembarcar do governo", afirmou. [Edinho,
alguém está falando em Temer desembarcar do governo? o que se fala é
Temer assumir o governo. Leia o dicionário e comprove que desembarcar e
assumir possuem significados diferentes.]
Edinho Silva disse que o governo perderá um "exímio articulador
político" se confirmada a saída de Eliseu Padilha, mas afirmou que o
fato não significa uma debandada do PMDB do governo. "A chapa Dilma e
Temer é até 2018, portanto, mais do que uma aliança política, que é
nítida e sólida, há uma questão institucional. O vice é uma instituição
da República. Não tem como haver um descolamento ou um desembarque. Não é
perfil do vice-presidente Michel Temer desembarcar do governo",
afirmou.
[outra coisa que esse tal ministro Edinho precisa se convencer - ele e
toda a corja petralha - (saber ele e toda trupe já sabem, apenas fingem
nada saber) é que o impeachment do presidente ou de uma presidente é um
ATO CONSTITUCIONAL, LEGAL e que o SUCESSOR LEGAL é o vice-presidente.] O ministro também condenou a deflagração do processo de impeachment
da presidente Dilma Rousseff, aceito pelo presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB). "O impeachment é um processo jurídico. Você não pode
provocar uma ruptura institucional em um país com uma justificativa
política, por conta de uma crise política que você supera com negociação
e com construção de uma agenda nacional que unifique o país. A
presidente Dilma tem dito que o modelo do Estado brasileiro, que
garantiu vitórias sociais e democráticas importantes, precisa ser
reformado", afirmou.
Uma quadrilha que ocupou o Estado está sendo desbaratada, e esse fato, em si mesmo, já é um recomeço
Um amigo me
diz que o país está acabando. Respondo que não, está recomeçando. Não
vou morar em Portugal, como ameaçam fazer tantos desiludidos. Vou ficar
no Brasil e espero ver o soerguimento deste país. O pior já
passou, o tempo da impostura, dos falsos heróis, quando o senador
petista Delcídio Amaral, que já está preso, presidia a CPI do Mensalão.Quando o deputado petista André Vargas, que já cumpre pena de prisão por
roubo, cerrava o punho “revolucionário”, afrontando o ministro Joaquim
Barbosa, expropriando, em flagrante desrespeito à memória do país, o
gesto de resistência dos que lutaram contra a ditadura. Uma
quadrilha que ocupou o Estado está sendo desbaratada, e esse fato, em si
mesmo, já é um recomeço. Os tempos duros que estamos vivendo, com a
economia destruída, a Petrobras à beira do abismo, as empresas corroídas
pela promiscuidade corrupta com o governo, o desemprego e a violência
crescendo nas cidades, são o preço que pagamos por ter, uma maioria de
brasileiros, acreditado durante anos que o Partido dos Trabalhadores,
nascido de nobres ideais, não poderia abrigar uma quadrilha. Caiu a
máscara, já não é possível negar essa evidência. O partido que defendia
os interesses dos trabalhadores acabou por objetivamente voltar-se
contra eles, destruindo a economia e fazendo milhões de desempregados,
como resultado da corrupção em que mergulhou e da gestão irresponsável
da política econômica. O PT deixa uma legião de órfãos entre pessoas
decentes que confiaram nele e foram ludibriadas. Não podemos
continuar sentindo como se a lama que se espalhou pelo país nos corresse
nas veias. Para se reconstruir como nação, o Brasil precisa fazer o
inventário de seus ativos que sobreviveram à debacle econômica e moral,
voltar a acreditar em si mesmo, em sua sociedade, acreditar em suas
instituições. Esses ativos existem e são valiosos. Uma Justiça que
funciona e pune lideranças do mundo político e empresarial é um ativo
excepcional de que poucos países podem se orgulhar.
Um tentacular
sistema de corrupção que o PT, desde a era Lula, instalou como método de
governo está sendo desmontado e deslegitimado pela Operação Lava-Jato. O
Supremo Tribunal Federal tem confirmado, pela sequência de decisões
contrárias às manobras de obstrução da Justiça, o respeito e a
confiabilidade que já conquistara no julgamento do mensalão. O STF
representa uma segurança contra o arbítrio do poder e do dinheiro. Temos
uma imprensa livre, competente e investigativa, que sempre se insurgiu
contra as tentativas de implantação de um “controle social da mídia”,
nefasto desígnio de calar os jornalistas. A sociedade brasileira sabe
muito bem se informar, debate exaustivamente as notícias que recebe e
ainda as põe à prova de outras versões que as redes sociais, com a
autonomia e diversidade que lhes são próprias, produzem e difundem. O
Brasil tem uma população honesta, esmagadoramente majoritária, que
ganha o seu sustento com trabalho e busca um bem merecido horizonte de
melhoria de vida. É ela que aponta a corrupção como o maior problema do
país, antes da saúde, da educação e da violência, como revela a pesquisa
Datafolha. Acerta em cheio, porque é a corrupção que rouba os recursos
da saúde e da educação e que alimenta a violência. Temos uma
opinião pública alerta, que está cobrando o fim do escândalo que é um
Eduardo Cunha estertorando na presidência da Câmara de Deputados. Que se
mobilizou exigindo que o Senado autorizasse a prisão do líder do
governo na Casa. Sem a corrente de opinião que se formou nas redes
sociais e interpelou o Senado, talvez os senadores não tivessem, quanto
mais não seja por autoproteção, ousado autorizar a prisão de um colega,
quiçá de um cúmplice. A vitalidade da opinião pública não está deixando o
Congresso fazer o que bem entende. A posição da sociedade será decisiva
nos desdobramentos do pedido de impeachment da presidente Dilma. No
momento dramático que estamos atravessando, o mais determinante ativo
do Brasil, presente em todas as pesquisas de opinião, é imaterial, é a
vontade de virar essa página da nossa história. É a indignação, a
revolta, um querer coletivo, que cresce a cada dia e que não vai parar.
Nesse querer coletivo vai amadurecer e dele emergir uma nova geração de
lideranças, cujo denominador comum é a consciência aguda do drama social
brasileiro, o amor à liberdade e o respeito inegociável à democracia.
Esse é o perfil dos que, apoiando-se em nossos ativos, empreenderão, na
política e na sociedade, a reconstrução do país. Por: Rosiska Darcy de Oliveira, escritora - rosiska.darcy@uol.com.br
A decisão do
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de dar
início ao trâmite de um possível impeachment contra a presidente Dilma
Rousseff foi criticada por muitos como um ato de vingança.
O
peemedebista anunciou a decisão logo após o PT anunciar que votará a
favor da abertura de um processo de cassação contra ele no Conselho de
Ética da Câmara, em sessão que ocorre na próxima terça-feira.
Três
deputados petistas chegaram a entrar com uma ação no Supremo Tribunal
Federal (STF) na quinta-feira tentado anular a decisão de Cunha.
Eles
argumentavam que o ato do presidente da Casa foi ilegal, pois a
legislação brasileira os crimes de abuso de poder e desvio de finalidade
com objetivo justamente de coibir que funcionários e autoridades usem
seus cargos públicos em benefício pessoal.
O ministro Gilmar Mendes, no entanto, negou o pedido em decisão liminar e manteve a abertura do processo de impeachment.
Para
o professor de direito da PUC-SP Adilson Dallari, não houve ilegalidade
na decisão de Eduardo Cunha. Ele afirma que a postura não foi ética,
mas sustenta que isso não tem importância a partir do momento em que a
decisão está fundamentada.
"Na perspectiva moral, ética, isso tudo
que está acontecendo é lastimável, é realmente asqueroso, um jogo
recíproco de chantagem. Nesse caso, era evidente que Cunha queria se
vingar. O problema é saber se o meio que ele se utilizou é lícito ou
não, está fundamentado ou não", afirmou.
Dallari
considera que Cunha "tinha o dever de decidir" se aceitava ou não os
pedidos de impeachment e que estava cometendo uma ilegalidade justamente
ao não tomar decisão alguma.
"É uma decisão lícita. Agora se é de
interesse dele, se é vingança, isso não vem ao caso. O importante é
saber: do ponto de vista jurídico, o pedido foi formulado de acordo com o
que a lei prescreve? Foi. Ele tinha que decidir sim ou não, desde que
apresentasse os motivos, e ele decidiu motivadamente", continua o
professor.
"O desvio de poder acontece quando alguém pratica um
ato por motivação pessoal alegando falsamente um motivo de direito. Por
exemplo, o sujeito quer prejudicar alguém e por isso inventa algum
motivo para prejudicar seu desafeto. No caso do Cunha, ele tinha
obrigação de decidir e fundamentou sua decisão", sustenta.
Controvérsias
Mas ainda há controvérsias sobre os argumentos
usados para pedir o impedimento da presidente. Juristas contrários ao
impeachment dizem que as irregularidades fiscais apontadas pelo Tribunal
de Contas da União não são motivo forte suficiente para justificar uma
medida tão radical como destituir a presidente eleita.
Quanto ao
escândalo de corrupção na Petrobras, argumentam que não há provas que
envolvam Dilma diretamente em eventuais irregularidades e desvios de
recursos públicos.
Outra polêmica jurídica é se a presidente pode
ser cassada por eventuais crimes de responsabilidade praticados no
primeiro mandato, já que ela foi reeleita para o mandato atual. Um
trecho da Constituição Federal, redigido antes da hipótese de reeleição
ser adotada no país, prevê que o Presidente da República só pode ser
cassado no exercício do seu mandato.
Dallari escreveu no início do
ano um parecer defendendo que Dilma poderia sim sofrer um processo de
impeachment por supostos crimes de responsabilidade cometidos em seu
primeiro mandato, sob o argumento de que, com sua reeleição, não houve
interrupção do "exercício da função" de presidente do país.
O
documento foi usado para embasar o pedido aceito por Cunha na
quarta-feira. No entanto, como há controvérsia sobre esse ponto, os
autores do pedido – os juristas Helio Bicudo, Miguel Reale Junior e
Janaína Conceição Paschoal – acrescentaram depois acusações de que o
governo Dilma repetiu irregularidades fiscais do primeiro mandato em
2015, tese que o governo contesta.
Afastamento de Cunha
O professor da faculdade de direito da FGV-Rio Diego Werneck também não vê ilegalidade na decisão de Cunha.
Ele
critica, porém, o fato de o peemedebista não ter sido afastado ainda do
cargo de presidente da Câmara, já que há fortes indícios de que ele
está usando sua função para atrapalhar a instauração de um processo
contra si no Conselho de Ética.
Apesar de parlamentares tanto da
base governista como da oposição já terem solicitado nas últimas semana
que a Procuradoria-Geral da União (PGR) encaminhasse essa questão para
análise do STF, isso não foi levado adiante.
"O fato de permitir
ao Cunha permanecer na posição que permaneceu nesse tempo todo tornou
tudo tão misturado que é impossível você dizer se o ato político
enviesado (de abrir o trâmite do impeachment) foi aceitável ou não",
nota o professor da FGV.
Werneck chama atenção para o fato de que
qualquer decisão que Cunha tomasse – no sentido de arquivar ou aceitar o
pedido de impeachment - poderia ser fruto de acordos políticos, já que
ele tentou negociar com governo e oposição apoio para si em troca de
abrir ou não o trâmite para possível processo contra Dilma.
"O
problema poderia ter sido evitado quando se percebeu que qualquer coisa
que ele fizesse com relação ao pedido de impeachment seria interpretada
como possível resultado de barganha política. Por isso, lá atrás, a PGR
deveria ter pedido, e o STF ter determinado, o afastamento do Cunha",
reforça.
Evidência é fato que aos nossos olhos está claro como a água. É
algo que não suscita dúvidas. As três a que nos referimos abaixo,
unanimidade não são, mas acreditamos que vão, hoje, ao encontro do
sentimento da grande maioria da nossa sociedade.
Restariam discordando,
ainda no nosso entendimento, os ingênuos, os desinformados e a massa de
beneficiários criada à sombra da ambição de poder do lulopetismo.
A primeira evidência é a de que a crise que assola o país tem nome:
Chama-se Dilma. Se ela se vai, leva consigo ao menos parte considerável
dos problemas. Dilma é a própria crise. Com suas decisões equivocadas,
algumas por incompetência e outras de caso pensado, como as decorrentes
da ambição de reeleger-se, a presidente afundou o Brasil, em particular
nossa antes já amadurecida economia.
Dilma consolidou a institucionalização da corrupção. No seu governo
roubou-se como em nenhum outro, em qualquer tempo ou em qualquer parte
do mundo. Segundo revista especializada, somente na Petrobras o rombo
alcançou 89 bilhões de reais, mas o total do dinheiro desviado está
longe de ser contabilizado.
Quem, em sã consciência, pode acreditar que os novos impostos e
receitas que agora pleiteia, o chamado ajuste fiscal, possam ser
admitidos pela sociedade? A presidente perdeu totalmente a
credibilidade. É vista hoje, segundo pesquisa, como a pior governante
desde a criação da República. O país estará paralisado enquanto a Dilma
estiver no Planalto. A retomada da normalidade do País passa
necessariamente por seu afastamento.
A segunda evidência é de que foi com Lula que tudo começou. Se no
governo Dilma a corrupção se institucionalizou, no dele o esquema
nasceu. Peças foram cirurgicamente distribuídas. O estado foi
devidamente aparelhado. Nos seus oito anos de governo muito se roubou
também. Lembram do mensalão, um ensaio da Lava-Jato?
Lula desprezou o Itamaraty. À revelia da diplomacia firmou acordos
econômicos altamente prejudiciais aos interesses nacionais,
principalmente com os chamados países bolivarianos submetendo-se
covardemente ao Chavismo. Além disso ainda impôs sua inábil sucessora.
Ele é o inimigo público número 1. Nele devemos concentrar nossa atenção.
É ardiloso, ambicioso, mentiroso, megalomaníaco. Mestre do
descaramento. A ele não importa que tudo vá para o inferno, desde que
seja favorável à sua volta em 2018. É difícil compreender como a mídia
ainda concede espaço livre a esse indivíduo para continuar iludindo seus
ingênuos seguidores com seus delírios de grandeza e para destilar seus
ódios. Duro ser brasileiro numa quadra como a que vivemos.
Outra evidência que salta aos olhos é que governar esse país no
pós-Dilma não será tarefa simples. Caiba a quem couber, só será possível
com o respaldo maciço da sociedade, de um Judiciário ágil e pragmático,
como ocorreu no caso da punição imposta ao senador Delcídio do Amaral, e
da sustentação de força legal. Simples palavras não serão suficientes
para que os corruptos e os que se encastelaram no poder larguem o osso.
Fincaram raízes profundas. Fomos condescendentes em demasia e por muito
tempo.
*General Gilberto Rodrigues Pimentel é presidente do Clube Militar
Enquanto o rito do impeachment anda no Congresso, o TSE publicou o
resultado de um julgamento que mantém investigação contra Dilma e Temer.
O TSE abriu uma ação para cassar a chapa Dilma/Temer, que tem agora
sete dias para apresentar a defesa. Entenda como o governo se estruturou
para tratar de tantas frentes ao mesmo tempo.
O governo vai se estruturando e se adaptando bem no estilo “cada dia
com sua agonia” dividindo atenções e tentando se organizar no meio da
maior crise histórica que a gente viu nos últimos tempos.
No caso do TSE, não basta apenas apresentar os argumentos jurídicos, é
preciso toda uma articulação política para acompanhar o dia a dia do
processo no tribunal. O governo tenta levar isso adiante ao mesmo tempo
em que se preocupa com outras coisas. Afinal de contas, a ação pede a
cassação do mandato de Michel Temer e Dilma Rousseff por suposto abuso
de poder econômico nas eleições.
Em uma outra frente, o Palácio do Planalto tenta indicar apenas nomes
de confiança para compor a comissão especial que vai analisar o pedido
de abertura do impeachment, mas aí já tem problema. Pelo menos dois
partidos, PMDB e PSD, avisaram o governo que na lista vai haver
deputados que votarão a favor do pedido de impeachment.
São problemas que o governo tem que enfrentar diante de todo esse
cenário sem esquecer também que há uma outra frente, em que outros
ministros sigam o caminho de Eliseu Padilha e deixem o cargo.