Por Fábio Olmos
- segunda-feira, 02 março 2009 11:00
Não
se preocupe, estamos aumentando a biodiversidade! Área invadida por
Guaranis no
Parque Estadual Intervales, em São Paulo.
As árvores ao
fundo dão uma idéia da floresta que foi destruída. (Foto: Fábio Olmos)
Uma das crenças mais populares do ecologismo afirma que "populações
tradicionais" criam e mantêm biodiversidade. Esta afirmação, formulada
de diferentes formas, tem aparecido com freqüência em artigos
sócio-ambientalistas e das chamadas ciências sociais.
Esta hipótese, que para alguns se tornou dogma, é em geral associada a
conflitos entre unidades de conservação que não contemplam a presença
de humanos caçando, plantando ou extraindo outros recursos naturais,
como parques nacionais, e populações que ocupam estas áreas. Seu
corolário é de que as práticas das populações tradicionais são
importantes na "conservação da biodiversidade". A retirada do homem
destas áreas significaria uma perda em termos de biodiversidade e de
saber "acumulado por várias gerações sobre plantas, animais e técnicas
de manejo". Ou seja, é um argumento para que ocupantes de áreas
protegidas sejam deixados onde estão, fazendo o que sempre fizeram.
A retórica dos criacionistas tenta dar roupagem científica às suas
crendices ("desenho inteligente") e um sem-número de ativismos políticos
também procura justificativas "científicas" para seus credos. Seguindo
as pegadas destes antecessores, é exatamente o que ocorre no caso das
supostas benesses biodiversas oferecidas pelas populações tradicionais.
Trata-se de retórica com camuflagem científica.
Simples na sua formulação, a hipótese deve ser examinada em seus
detalhes.
O primeiro é exatamente o que significa "populações
tradicionais". O termo foi tão abusado para incluir grupos heterogêneos
como índios (estes com uma gama que vai de grupos aculturados aos
não-contatados), quilombolas, caiçaras, gerazeiros, seringueiros,
ribeirinhos, açorianos, pomeranos etc que o termo parece ser sinônimo de
populações rurais pobres. Seria piada se não fosse levado a sério por
muitos.
Também é surpreendente que a crença no papel benigno de populações
tradicionais exista apesar do corpo de evidência arqueológica e
histórica que mostra padrões de uso insustentável de recursos que vão de
esturjões na Califórnia pré-colombiana a avelãs na Escócia neolítica,
além de maranhões (flamingos) no Maranhão e mutuns nas reservas
extrativistas acreanas do século XX.
O Fator Humano
Se humanos que hoje seriam considerados populações tradicionais não
tivessem colonizado as Américas, Colombo teria encontrado as Antilhas
povoadas por preguiças terrícolas e De Soto e Cabral teriam sido
recepcionados por mastodontes e tigres-dentes-de-sabre. Mamutes ainda
poderiam vagar na Sibéria se humanos não tivessem chegado lá. Madagascar
poderia ser coberta por florestas habitadas por aves-elefante e
lêmures-gigantes se navegadores da Indonésia não tivessem colonizado a
ilha. O mundo teria 2 mil espécies de aves a mais se os polinésios não
tivessem colonizado o Pacífico. Os exemplos cobrem o planeta.
Um legado daquelas "populações tradicionais" é que nunca veremos
estas espécies a não ser em reconstruções feitas a partir de seus ossos.
Humanos não começaram a destruir a natureza após a Revolução Industrial
e a ascensão do capitalismo, como querem alguns mal informados.
Começamos a tornar este planeta mais pobre quando nos tornamos humanos.
A hipótese do papel gerador/mantenedor de biodiversidade, além de se
chocar com as evidências históricas, tem nuances que precisam ser
explicitadas. Sobre qual biodiversidade se está falando? Da mesma forma
que "populações tradicionais" se tornou um guarda-chuva sob o qual quase
qualquer grupo pode se abrigar, o significado do termo biodiversidade
tem sido usado em um sentido que talvez seja amplo demais.
"Povos tradicionais" têm um histórico impressionante de domesticação
de plantas e animais que gerou o que são, efetivamente, novas espécies.
Nas Américas, povos pré-colombianos criaram a abóbora, o milho, a
batata, a mandioca, o feijão, a pupunha sem espinho, a quinua, a alpaca,
a lhama, a cobaia e o cão pelado peruano. Todos são resultado de
seleção artificial feita ao longo de milhares de anos, e tremendamente
diferentes de seus ancestrais selvagens.
É claro que este processo de "criação de biodiversidade" não é
exclusivo dos povos tradicionais, mas foi continuado e aprimorado por
todas as civilizações complexas. Afinal, a gênese das mesmas está ligada
à agricultura e pecuária mais produtivas e seus excedentes. Não é esta a
parcela da biodiversidade que necessita ser mantida em unidades de
conservação.
Faz tanto sentido defender que "populações tradicionais" continuem a
trocar habitats naturais por plantios para "conservar a biodiversidade"
como defender que a Monsanto faça o mesmo para desenvolver novas
variedades de grãos. Afinal, a agroindústria moderna, literalmente,
também cria biodiversidade. E de forma mais rápida que a agropecuária
tradicional.
Espécies de plantas e animais domesticados hoje ocupam a maior parte
das terras férteis do planeta (ao contrário de ecossistemas naturais) e
aquelas variedades que correm o risco de desaparecer por terem perdido o
interesse de produtores, incluindo grupos indígenas, são melhor
conservadas em instituições como a Embrapa e similares.
Outro componente da biodiversidade que pode ser gerado por populações
tradicionais é exemplificado pela origem do HIV-1, por sinal um
excelente exemplo de evolução darwiniana. No final do século XIX ou
início do século XX, um habitante das florestas do Congo matou um
chimpanzé portador do vírus SIVcpz para o jantar. Isso permitiu que o
SIVcpz colonizasse um novo hospedeiro (Homo sapiens) e evoluísse
rapidamente, se transformando no HIV-1 (efetivamente uma nova
"espécie"). Este se tornou conhecido quando a epidemia de AIDS explodiu
na década de 1980. Seu irmão, o HIV-2, descende do SIVsmm, originalmente
um hospedeiro inócuo dos macacos mangabeys do oeste africano, surgiu de
forma similar.
Novas contribuições deste tipo à biodiversidade deverão ser feitas
conforme aumenta o número de pessoas ocupando (e detonando) áreas
naturais. Nada de novo sob o sol, já que muitos patógenos novos
evoluíram a partir de ancestrais adquiridos de animais domésticos (como a
varíola) ou silvestres, e os hospitais modernos também têm produzido
novos patógenos que podem ser considerados artefatos humanos.
Multiplicando habitats
Biodiversidade também tem sido igualada de forma simplista a número
de espécies. Em geral, quanto maior a variedade de habitats existente em
uma determinada área, maior a riqueza de espécies. Este conceito é
importante para compreender a hipótese da biodiversidade gerada por
populações tradicionais.
Imagine uma área de floresta. Temos um habitat. Se nesta área
colocamos uma plantação de mandioca, temos dois habitats. Se
adicionarmos uma pastagem, temos três. Se o plantio é feito através do
sistema de corte e pousio de quatro anos (comum em várias regiões),
temos um mosaico de floresta, capoeiras de quatro diferentes idades,
áreas agrícolas ativas e pastagens. Onde havia um único habitat natural,
agora temos sete!
As áreas agrícolas e pastagens têm suas espécies domesticadas e suas
espécies associadas. Por exemplo, bois permitirão o estabelecimento de
insetos (moscas de chifre, bernes, rola-bostas etc) que não existiam na
floresta. As áreas abertas nas bordas das roças permitirão que plantas e
animais de áreas abertas e detonadas, que antes não existiam na
floresta intacta, também se estabeleçam. É graças a este "aumento na
diversidade de habitats" que bichos bonitinhos, mas ordinários, vindos
de outras regiões, como tizius e pardais, estão colonizando a Amazônia
na trilha das rodovias e suas inevitáveis frentes de desmatamento.
Florestas são sistemas dinâmicos, o que significa que sua composição
se altera ao longo do tempo em resposta a perturbações como alterações
climáticas e nas interações ecológicas. Há todo um conjunto de espécies
adaptadas a ocupar espaços deixados vagos pela queda de árvores,
deslizamentos de terra, inundações, erosão das margens dos rios etc.
São estas espécies, muitas com ampla distribuição e definitivamente
não-ameaçadas, que irão colonizar as áreas agrícolas abandonadas,
constituindo formações bastante diferentes da floresta original. Ou
mesmo de algumas áreas de perturbação natural, já que o uso do fogo
destrói o banco de sementes do solo e espécies de árvores e arbustos
cultivados podem continuar a crescer nestes locais, substituindo as
espécies nativas.
Estes novos habitats são importantes a ponto da atividade humana
necessitar ser mantida em áreas protegidas? A resposta é não. Olhando
apenas o território de uma unidade de conservação, as espécies típicas
das capoeiras e áreas perturbadas continuarão ocorrendo nas áreas de
perturbação natural. O resultado, por exemplo, é que ao invés de ter
centenas de quilômetros quadrados de embaubais, estes estarão restritos a
faixas estreitas em algumas margens de rios ou clareiras.
Olhando para além de qualquer unidade de conservação, há o fato óbvio
de que boa parte da vegetação existente fora da mesma é formada por
aquelas espécies e suas associações que representam o "aumento" da
biodiversidade de nossa área protegida.
Ou seja, manter as atividades das "populações tradicionais" no
interior de uma unidade de conservação "gera e mantém" no seu interior a
mesma biodiversidade que existe e se mantém em áreas alteradas que não
são protegidas. Não vejo porque dedicar parte de uma área protegida para
aquilo que existe alegremente nas juquiras do outro lado da cerca ou,
pior, destruir áreas que podem conter espécies com distribuição restrita
para substituí-las por habitats pobres e repetitivos (os que
fabricamos) e que já ocupam a maior parte do planeta.
Adaptando o ambiente
Humanos não se adaptam ao ambiente, fazemos o ambiente se adaptar a
nós. Isso resulta na troca de habitats mais maduros, que tendem a
acumular maior riqueza de espécies e biomassa, por habitats mais jovens e
pobres. Pobres e monótonos, pois enquanto florestas maduras tendem a
variar bastante em composição em uma escala espacial pequena, capoeiras
tendem a ser parecidas entre si. Como as tediosas capoeiras de embaúbas e
manacás encontradas em toda a Mata Atlântica.
Os anus, polícias-inglesas, tizius, bem-te-vis e rolinhas que
colonizam as pastagens que estão sendo abertas na Reserva Extrativista
Chico Mendes (AC) representam acréscimos à biodiversidade local,
compensando em número de espécies os mutuns e cujubins extintos pelas
atividades dos seringueiros-boiadeiros locais. A biodiversidade
ornitológica aumentou (duas espécies foram perdidas, cinco surgiram).
Mas isso é trocar quadros de Van Gogh e Leonardo por latas de
Coca-Cola e mostra a falha de usar apenas o número de espécies como
medida simplificada da biodiversidade. Manter agricultura e outras
atividades, por quem quer que seja (a ecologia não é racista) é que
resulta em perda de biodiversidade, e não o contrário.
Alguns podem argumentar com estudos que mostram que a maior parte das
espécies de algumas florestas é usada por humanos e foi plantada ali,
que as tais florestas são artefatos humanos que aumentaram a diversidade
local etc. Se sua floresta cresceu sobre o que até a poucos séculos era
uma cidade maia ou uma mega aldeia pré-colonização européia é de se
esperar que seja formada pelo que os antigos habitantes plantaram,
mantiveram ou não conseguiram eliminar. É óbvio que espécies
beneficiadas por humanos irão dominar.
O que não se fala é das espécies intolerantes às atividades humanas
que desapareceram sem deixar vestígios. E do fato óbvio que estas
florestas antropogênicas só existem porque as populações humanas
desapareceram. Elas não são exemplos de diversidade gerada por
populações tradicionais, mas sim de como a natureza agradece quando
saímos de cena e tenta retomar a vida.
Ambientes moldados ao homem
Um exemplo mostra como viver em um ambiente cronicamente afetado por
atividades humanas leva a idéias erradas. As florestas européias são em
sua vasta maioria bastante jovens, tendo regenerado ou sido plantadas a
partir do século XIX. Além disso, são tremendamente "manejadas", ou
seja, árvores não morrem de velhice e não se permite o acúmulo de
"madeira morta". Para completar, grandes mamíferos como bisões,
auroques, tarpans, ursos, lobos e outros foram extintos na maior parte
do continente.
Apenas na Polônia e Belarus (Bialowieza) existem
florestas extensas com árvores de mais de 500 anos e existe quase todo o
complemento faunístico. Desgraçadamente, estas estão sendo destruídas
pelo "manejo sustentado" de madeira.
As comunidades de aves das florestas européias sempre foram
caracterizadas como tendo baixa riqueza de espécies, altas densidades e
alta produtividade com base em estudos feitos nos remanescentes jovens e
manejados que cobrem o continente. Isso até trabalhos na floresta
primeva de Bialowieza mostrarem que comunidades de florestas maduras são
muito diferentes, com riqueza de espécies muito superior, baixas
abundâncias e presença de espécies que dependem de grandes árvores
mortas e outros nichos inexistentes em florestas com poucos séculos.
Uma parcela muito importante das espécies de florestas tropicais
também necessita de habitats maduros, mais estruturados, para se
estabelecer. Por exemplo, veja a riqueza e densidade de bromélias e
orquídeas em uma Mata Atlântica com 100 anos de sossego e outra sob
manejo "tradicional".
Pesquisa sobre Mata Atlântica mostra que esta ganha riqueza conforme o
tempo passa, e que necessita de 100 a 300 anos para atingir parâmetros
(como porcentagem de espécies dispersas por animais) indicadores de
maturidade. Mas para atingir à proporção de espécies endêmicas, as mais
interessantes para serem conservadas, são necessários de 1.000 a 4.000
anos sem humanos detonando o lugar. Na Amazônia, ocorre o mesmo padrão,
florestas secundárias sendo mais pobres que as maduras, e sem muitas das
espécies originais (o que tem rendido uma discussão interessante).
Pelo fim dos impactos
O argumento freqüente de que não existem florestas virgens e todas
apresentam impactos humanos (o que é verdade, embora o nível de impacto
varie enormemente) tem levado à conclusão absurda de que estes impactos
devem continuar. Ao contrário, lugares onde habitats naturais puderam
maturar sem humanos caçando, queimando, derrubando e extraindo mostram
biodiversidade (em quantidade e qualidade) máxima.
Ao contrário do que os sócio-ambientalistas pregam, as evidências
mostram que florestas e outros ecossistemas, de savanas a recifes de
coral, precisam de paz para envelhecer e atingir seu potencial pleno de
diversidade. Este processo de maturação provavelmente explica porque
florestas tropicais são sumidouros de carbono. No caso da Mata
Atlântica, um bioma na berlinda, é uma completa aberração que atividades
como agricultura de corte e queima sejam permitidas sob as desculpas
esfarrapadas de "aumentar a biodiversidade" ou de que "não causam
impactos negativos". Ainda mais em unidades de conservação.
A fauna é um componente da biodiversidade para os quais "populações
tradicionais" tem sido um desastre. Um corpo enorme de estudos por
grupos de pesquisa como os de Carlos Peres, na Amazônia, e Mauro
Galetti, na Mata Atlântica, mostra como a caça "de subsistência" ou
"tradicional" realizada por índios, seringueiros, caiçaras e companhia
nada tem de sustentável e tem gerado florestas vazias. Populações
tradicionais no interior de áreas protegidas significam uma catástrofe
para a fauna, especialmente na Mata Atlântica, onde há muita gente para
pouca floresta e ainda menos bichos.
Como outros já apontaram (veja sugestões de leitura abaixo) e com os
dados ao seu lado, a idéia de que povos tradicionais (que não foram
influenciados por alguma ONG interessada em melhorar sua imagem)
deliberadamente conservam recursos naturais é mera parte da mitologia
moderna do bom selvagem ecologicamente correto. Há exceções, é claro,
mas que apenas confirmam a regra.
Alguns argumentam que manter "populações tradicionais" é necessário
para manter "saberes acumulados sobre a biodiversidade". Não vejo o que
uma coisa tem a ver com a outra e uma análise crítica destes "saberes"
iria bem. Afinal, quando a coisa aperta na aldeia, a Fundação Nacional
de Saúde tem mais demanda do que os pajés, e o exame das "enciclopédias
da floresta" da vida lembra um mix dos livros de Eurico Santos com o bom
e velho "Plantas Úteis do Brasil".
Muitos profissionais já ficaram decepcionados com o limitado
conhecimento tradicional em áreas como a medicina e não me impressiona o
fato da maioria das plantas medicinais usadas por caiçaras paulistas ou
pataxós baianos serem as mesmas espécies introduzidas usadas por minha
avó portuguesa (que era benzedeira). Na minha própria área, nunca
encontrei um índio, seringueiro ou caboclo que não afirmasse que
salamantas e jequitirinambóias são terrivelmente venenosas (o que é uma
bobagem) ou não chamasse as 30 ou 40 espécies locais de little brown
jobs (aquelas pequenas aves muito semelhantes) somente de "passarinho",
sem distinguir uma da outra. Mas admito que caçadores e passarinheiros
locais comumente tenham informações interessantes sobre as espécies
gastronômica ou comercialmente utilizadas.
Seja o conhecimento tradicional útil ou não, desde a invenção da
escrita há formas muito mais eficientes que a memória humana e a cultura
oral para acumular conhecimento, de forma a sobreviver até mesmo à
extinção da sociedade que o produziu. Conhecimento é mais bem conservado
em livros e HTML (uma linguagem para se produzir páginas Web) do que em
unidades de conservação.
Populações de índios, quilombolas, caiçaras e outros “tradicionais”
têm se mostrado um desastre para a biodiversidade de áreas protegidas,
como facilmente observado em locais como os parques nacionais
Monte Pascoal (BA) e
Araguaia (TO) e unidades estaduais como
Serra do Mar,
Intervales, Jacupiranga, Juréia e
Ilha do Cardoso,
essas todas em São Paulo. Acreditar que mantê-las vivendo
“tradicionalmente” nestes espaços é compatível com manter a
biodiversidade que deve ser protegida vai contra todas as evidências e
me sinto chutando um cachorro morto ao escrever este texto. O problema é
que, graças à infinita credulidade humana, o cachorro é um zumbi que
ainda morde.
Vinte anos depois da morte de Chico Mendes, a primeira reserva
extrativista, que leva seu nome, no Acre, não apenas mostra o fracasso
do extrativismo como opção econômica (anunciado 20 anos atrás...), mas
pastos crescentes e
extinções locais
mostram seu fracasso em conservar a biodiversidade que precisa ser
conservada. Apesar de todo o dinheiro e esforço ali investidos.
Em seus 71 anos de existência, o
Parque Nacional de Itatiaia
(RJ/SP) não deve ter recebido metade do que foi investido na Resex
Chico Mendes. Mas, apesar da crônica falta de recursos, da ação de
caçadores e palmiteiros e do descaso fundiário, mostra áreas florestadas
crescentes e espécies interessantes, que eram raras, se tornando mais
comuns.
O contraste entre os resultados das diferentes abordagens de conservação deveria ser suficiente para mostrar o caminho a seguir.
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