sábado, 5 de julho de 2014

Terracap desmata Corredor Ecologico a revelia do Ministerio Publico!

Por falar em Holanda, vejam como é bonita a natureza sem invasões!Sem SEDHAB, nem Terracap.

Copa do Mundo das áreas protegidas: Holanda 


Rafael Ferreira - 04/07/14

A seleção de futebol holandesa ganhou o seu apelido na campanha da Copa do Mundo de 1974, na Alemanha. Em sete jogos, conquistou cinco vitórias, um empate e uma derrota que lhe custou o mundial. Apesar disto, encantou o mundo com um futebol bonito, harmonioso e eficiente, onde os jogadores não guardavam posições e faziam a bola passar de pé em pé até chegar ao gol adversário. 

A tática revolucionária foi denominada de "Carrossel Holandês". Junto com a cor das camisas usadas pelo time, daí nasceu o apelidar daquela seleção, "Laranja Mecânica", também uma alusão ao clássico filme de Stanley Kubrick e sucesso cinematográfico da época.

Desde então, a Holanda consagrou-se como uma das maiores seleções do futebol do mundo mas, por ironia, é a única grande seleção do mundo que ainda não conquistou um título mundial. Foram vice-campeões em 1974, 1978 e 2010.

Mesmo não conseguindo o título maior, a Holanda sempre busca se aperfeiçoar. E isto se reflete na conservação ambiental. Nos Países Baixos, em torno de 550.000 hectares, aproximadamente 12% da superfície territorial, são protegidas. São 2.411 áreas naturais sob alguma espécie de proteção, que incluem 20 parques nacionais e 60 reservas florestais. 

A proteção da natureza influencia o conteúdo e orientação das políticas nacionais, que contam com a participação de inúmeras organizações no seu desenvolvimento e de legislação sobre conservação. Desde 1961, o Código Florestal garante manejo florestal sustentável. A Lei de Conservação da Natureza regula a proteção de áreas e a Lei de Flora e Fauna a proteção das espécies.

O país tenta integrar as três existentes leis sob uma única que se chamaria Lei da Natureza. Ao mesmo tempo, através de sua Rede Ecológica Nacional (EHS), introduzida na década de 1990, objetiva expandir suas área protegidas, até 2020, a 728.500 hectares (cerca de 17,5% da Holanda).

Os dois parques mais antigos, o Parque Nacional De Hoge Veluwe e o Parque Nacional Veluwezoom, foram fundados pela iniciativa privada na região Gelderland. O primeiro deles, Veluwezoom, foi criado em 1930. A área de 5.000 hectares é bastante elevada, com longas cadeias de morros cobertos por bosques, charnecas e dunas de areia. Também é lar de diversas espécies de plantas e animais, incluindo veados, javalis, texugos e répteis. A área é uma importante área de reprodução para muitos aves.

Em 1935 seguiu o De Hoge Veluwe, atualmente com 5.400 hectares. A paisagem é de solos secos arenosos, bosques, charnecas, dunas de areia e antigos assentamentos agrícolas. Veados-vermelhos, muflões e javalis são comuns no parque. 

Diferente dos demais parques nacionais holandeses, que podem ser visitados de forma gratuita e subsistem de subsídios governamentais, o acesso ao Hoge Veluwe é pago. O parque é administrado por uma fundação privada e a receita dos bilhetes de entrada é usada para a manutenção e gerência.

Veja abaixo algumas das figurinhas carimbadas das unidades de conservação da Holanda.
copa-protegida-holanda-Alde-FeanenParque Nacional Alde Feanencopa-protegida-holanda-de-hoge-veluweParque Nacional Hoge Veluwecopa-protegida-holanda-DwingelderveldParque Nacional Dwingelderveldcopa-protegida-holanda-OosterscheldeParque Nacional Oosterscheldecopa-protegida-holanda-Utrechtse-HeuvelrugParque Nacional Utrechtse Heuvelrugcopa-protegida-holanda-veluwezoomParque Nacional Veluwezoomcopa-protegida-holanda-WeerribbenParque Nacional De Weerribben-Wiedencopa-protegida-holanda-Zuid-KennemerlandParque Nacional Zuid-Kennemerland
Se você quiser torcer para o Brasil neste campeonato de áreas protegidas, acesse o WikiParques e conheça mais sobre as unidades de conservação de nosso país. 


O WikiParques é um site interativo dedicado aos cidadãos que querem compartilhar seus conhecimentos, explorar e debater sobre nossos Parques Nacionais e áreas protegidas. Colabore para proteger.

CBF entrará com recurso para anular cartão amarelo de Thiago Silva


Reuters
Autor do primeiro gol, Thiago Silva levou o cartão amarelo, o segundo dele na Copa, e está suspenso do próximo jogo
Thiago Silva levou o cartão amarelo e está suspenso do próximo jogo
 
 
A Confederação Brasileira de Futebol entrará com uma representação na Fifa para anular o cartão amarelo recebido por Thiago Silva na partida desta sexta-feira contra a Colômbia, que o tiraria da semifinal.Carlos Eugênio Lopes, diretor jurídico da entidade, reviu as imagens do jogo e separou trechos do momento da advertência para pedir a retirada da pena

"No código disciplinar da Fifa há previsão para esse recurso. Se você observar bem as imagens o Thiago Silva não fez nada, ele havia, inclusive, tomado um pontapé do goleiro antes. Não houve sentido para a punição", disse Carlos Eugênio Lopes, ao ESPN.combr.


"Não há nenhum precedente para isso, mas há essa brecha no código da Fifa e nós vamos tentar de todos os jeitos para ter o nosso capitão na semifinal", completou o diretor.

Thiago Silva recebeu a punição após entrar na frente Ospina e impedir que o goleiro ligasse um contra ataque para  a Colômbia. Com o cartão, o segundo do zagueiro na Copa do Mundo, o jogador estaria suspenso do jogo contra a Alemanha, na terça-feira, às 17h, pela semifinal da competição.

O árbitro da partida foi o espanhol Carlos Velasco Carballo, que assinalou 54 faltas no jogo.

Após a partida contra a Colômbia, Thiago Silva lamentou a suspensão, mas afirmou confiar em seus possíveis substitutos.

"Eu sei que tanto o Dante como o Henrique têm condições de jogar bem e suprir minha ausência. Foi um lance bobo, ele jogou a bola na minha frente, não tive nem como sair. Não sei se a interpretação dele foi certa, mas não estou aqui para julgar ninguém", declarou o capitão.

Ensinamentos de Felipão e Cruyff viram livro de autoajuda


da Livraria da Folha

Em "Pensar com os Pés", Allan Percy seleciona 50 ensinamentos do futebol sobre desenvolvimento pessoal, carreira e relacionamentos. Cada um dos capítulos traz um aforismo de um treinador ou jogador que é aplicado a situações cotidianas. 

Segundo o autor, "é um convite a andar menos em círculos e chutar mais na direção do gol para obter o que desejamos". 

Especialista em coaching e em literatura, Percy também é autor de "Nietzsche para Estressados", "Oscar Wilde para Inquietos", "Kafka para Sobrecarregados", 'Hermann Hesse para Desorientados' e "As Vantagens de Ser Otimista".
Abaixo, leia trecho de "Pensar com os Pés".

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"A primeira regra da sobrevivência é clara: nada é mais perigoso do que o sucesso de ontem."
Luiz Felipe Scolari



Cada aforismo do futebol é analisado e aplicado ao cotidiano 


SCOLARI É UM DOS técnicos mais vencedores do futebol mundial. Mais conhecido como Felipão, ganhou da Copa do Brasil à Copa do Golfo, passando pelo Campeonato Brasileiro, a Copa Libertadores, a Recopa Sul-Americana e a Mercosul. E, claro, a Copa do Mundo de 2002 que sagrou o Brasil pentacampeão. 

Mas não vamos falar de nenhum desses títulos, apenas da Copa das Confederações que ganhou também com a equipe canarinho. 


Estádio do Maracanã, 30 de junho de 2013. Chegam à final as duas melhores seleções do momento, Brasil e Espanha. Esta chega tendo ganhado duas Eurocopas consecutivas e a taça do Mundial da África do Sul de 2010. O resultado todos conhecemos: o Brasil goleia por 3 a 0 e mostra ser muito superior à Fúria. 

Como é possível tanta diferença entre equipes de alto nível? A motivação. A garra. A fome de vitória. E não digo que os espanhóis não tinham nada disso. O que ocorreu foi que os membros da seleção brasileira estavam mais motivados graças a seu treinador, que, vendo como se desenrolava o campeonato, decidiu escrever estas duas frases em um cartaz: 

"A primeira regra da sobrevivência é clara: nada é mais perigoso do que o sucesso de ontem." 

"Nossos sonhos podem se transformar em realidade se os desejarmos a ponto de correr atrás deles."


Depois que as escreveu, Scolari sublinhou as palavras-chave (como aparece na página anterior) e colou o cartaz no vestiário para que todos pudessem se inspirar.
Essa foi sua tática para superar o adversário: convencer seus jogadores de que a Espanha, longe de ser invencível, estava sob a grande ameaça de seu próprio sucesso. 


Converteu a fortaleza de seu rival em força para seus jogadores. Além do mais, fez isso sabendo perfeitamente o que estava falando, já que ele mesmo, treinador que ganhou muito em vários lugares, teve que sobreviver ao êxito. 


Mas como se faz isso? Que atitudes devemos adotar? Porque muitos falam sobre os perigos do sucesso, mas poucos nos dão a vacina da imunidade.


Uma das ferramentas mais poderosas é a que o genial publicitário David Ogilvy chamava de DESCONTENTAMENTO DIVINO. Ele o resumia desta maneira:
"Devemos ter o hábito do descontentamento divino com nossa performance. É um antídoto contra a presunção." 


Ogilvy propunha escapar da autocomplacência, desse estúpido orgulho que nos faz perder a perspectiva e, em consequência, os valores que nos levaram ao triunfo. Devemos continuar ambiciosos como quem nunca ganhou nada. Com alegria e entusiasmo. 

Esse tipo de descontentamento é divino porque nos dá força, energia e fervor para continuar em frente como se começássemos do zero. Devolve-nos a pureza infantil. Logo teremos tempo para olhar para trás e fazer balanços e estatísticas, se quisermos. 

Agora não. Resta muito caminho para percorrer, novos desafios. Novas partidas. Novas finais. Novos projetos. E se pudermos reavivar o fogo do descontentamento divino, poderemos manter nossas pernas em forma para, como disse Scolari em seu cartaz, correr atrás de nossos sonhos. 

E depois de concretizarmos um, ir atrás de outro. Pois os sonhos são inesgotáveis.

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3ª lei esférica
Utilizemos o triunfo de ontem para alimentar os sucessos de amanhã.

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* Atenção: Preço válido por tempo limitado ou enquanto durarem os estoques.

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Centros de treinamento da Copa ficam sem uso em cidades-sede



Exigência da Fifa nas cidades-sede da Copa, os dois COTs (Centros Oficiais de Treinamento) de Manaus, e um centro construído em Cuiabá, que somados consumiram R$ 62 milhões dos cofres públicos, atravessaram o Mundial às moscas. 

Nenhuma das oito seleções que jogaram na Arena Amazônia treinaram nos dois estádios construídos seguindo as normas e exigências da entidade máxima do futebol.
A única seleção que treinaria em um dos centros de treinamento era a Inglaterra, que cancelou a atividade em cima da hora. A Itália também dispensou o uso do COT. 

"Nos comprometemos a realizamos todos os itens obrigatórios e, na prática, vimos que não era necessário este investimento", declarou Evandro Melo, coordenador do UGP-Copa de Manaus. 

"Temos que questionar a Fifa, pois fizemos nossa parte, e isso mostrou-se desnecessário", completou Melo, irmão do atual governador do Amazonas, José Melo (Pros). 

O estádio da Colina, que pertencia ao time do São Raimundo, recebeu o maior investimento, R$ 21 milhões, sendo R$ 9 milhões da União. 


Tem capacidade para dez mil torcedores, além de espaço para imprensa. O outro estádio é o CT do Coroado, que custou R$ 15 milhões aos cofres do governo estadual e comporta cinco mil pessoas. 

As programações das seleções que jogam em Manaus preveem chegadas na véspera da partida, com apenas um treino, na própria Arena Amazônia, atividade que a Fifa obriga a todas as equipes. 

EM OBRAS
A situação em Cuiabá também foi crítica. A obra do COT do Pari, orçada em R$ 26 milhões e erguida na cidade vizinha de Várzea Grande, também ficou de fora da Copa.



Obras no COT do Pari, na Grande Cuiabá
Obras no COT do Pari, na Grande Cuiabá          


O outro COT da cidade, erguido na UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso), custou R$ 17 milhões e foi inaugurado no domingo (15) ainda inacabado. A Coreia do Sul e a Nigéria treinaram lá. 

No Recife, a prefeitura investiu R$ 7 milhões em benfeitorias nos CTs de Náutico e Sport para adequá-los segundo o padrão Fifa. No entanto, nenhuma seleção chegou perto de lá durante a primeira fase da competição. 

O superintendente do CT do Náutico, Daniel Hazin, se diz frustrado. "Todos os preparativos que fizemos foram em vão", lamentou Hazin, que disse ter contratado um grupo de maracatu para recepcionar os jogadores e mandado fazer camisas do clube personalizadas com o nome de cada atleta.

 "Essa Copa vai passar no Recife praticamente em branco, na minha concepção". 

No último sábado (28), a Costa Rica treinou no CT antes de enfrentar a Grécia, no dia seguinte, para poupar o gramado da Arena Pernambuco em seu último jogo da Copa.
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, negou que esses espaços fiquem sem uso no futuro. 

"Só investimos dinheiro público em equipamento público. Esses centros de treinamento, ainda que não tenham sido usados durante a Copa, o que penso que só aconteceu em Manaus e Cuiabá, servirão para a população, seja para o esporte de alto rendimento, de formação de atletas ou educacional. São equipamentos de uso publico." 

Colaborou RODRIGO VARGAS, em Cuiabá

Homem morre ao ser empurrado da Pedra da Gávea em assalto no Rio de Janeiro


Menor de 12 anos confessou ter empurrado a vítima para roubar um celular; corpo foi resgatado pelos bombeiros e encaminhado par o IML do Rio
 
O corpo de um homem foi encontrado na manhã deste sábado no costão da Pedra da Gávea, no Rio de Janeiro. Segundo informações da polícia, a vítima morreu após ser empurrada em uma tentativa de assalto.

Peritos do ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli) foram até o local para realizar a perícia junto ao Corpo de Bombeiros. O corpo foi encaminhado para o IML do Centro para a identificação.

De acordo com policiais da 16ª DP da Barra da Tijuca, o autor do crime foi um menor de 12 anos. Ele confessou o crime e disse que empurrou o homem para tentar roubar o seu celular.

O menor indicou aos agentes o local onde a vítima foi empurrada. Ele foi apreendido e autuado por fato análogo ao crime de homicídio. O garoto de 12 anos foi encaminhado ao conselho tutelar da região.

Brasília convive com risco de eleger o inelegível


Josias de Souza



 


A disputa pelo governo da Capital da República flerta com o imponderável. Condenado em primeira instância por improbidade administrativa, o ex-governador José Roberto Arruda virou candidato do PR escorado numa decisão liminar (provisória) do Superior Tribunal de Justiça (STJ). 


 Porém, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, a caminho da aposentadoria, cassou a liminar, destravando o processo que pode resultar no enquadramento de Arruda na Lei da Ficha Limpa. O que o tornaria inelegível.
Tomada na quinta-feira, a decisão de Barbosa veio à luz nesta sexta (4). Mas Arruda não se deu por achado. 

Numa evidência de que não tem a menor intenção de se retirar da disputa, o ex-governador anunciou nesta mesma sexta o nome do seu candidato a vice: o ex-deputado federal Jofran Frejat, também do PR. Por mal dos pecados, Arruda lidera todas as pesquisas. Ou seja: a maioria do eleitorado do Distrito Federal não parece se importar com a hipótese de eleger um candidato que, no meio do caminho, pode se tornar um ficha suja de papel passado.


Chama-se Álvaro Ciarlini o juiz que condenou Arruda por improbidade. Ele é titular da 2ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal. Sua sentença se refere ao caso que ficou conhecido nacionalmente como mensalão do DEM —um esquema de coleta de propinas de fornecedores do governo, para distribuição entre aliados políticos. 

A coisa foi escancarada em 2010, quando Durval Barbosa, ex-secretário de Assuntos Institucionais do governo Arruda divulgou vídeos exibindo a distribuição de dinheiro. O próprio Arruda aparece numa das fitas recebendo verba suja.


Após passar uma temporada preso na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, Arruda teve o mandato cassado. Imaginou-se que estivesse politicamente morto. 


Divulgada em dezembro de 2013, a sentença do juiz Ciarlini seria uma espécie de última pá de terra sobre a cova em que jaziam as pretensões políticas do personagem. Mas arruda, político duro de roer, recorreu ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Na petição, o condenado arguiu a suspeição do magistrado de primeiro grau. O julgamento estava marcado para a última quarta-feira da semana passada.


Sobreveio, porém, o inacreditável: o mesmo Arruda que requisitara uma decisão do Tribunal de Justiça sobre a condenação que lhe fora imposta pelo juiz Ciarlini recorreu ao STJ para pedir a suspensão do julgamento. 


O inacreditável foi sucedido, então, pelo impensável: o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do STJ, expediu uma liminar impedindo os desembargadores do TJ de decidir. Quatro dias depois, o PR aclamou Arruda como candidato ao governo do qual fora cassado.

Inconformado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi bater às portas do STF. Pediu a cassação da liminar com base num argumento singelo: 

“A tutela do STJ findou por negar, na prática, à população do DF um processo eleitoral hígido na escolha do seu governador, a macular a própria credibilidade e efetividade do Poder Judiciário.” 

Em português claro: o Judiciário atenta contra sua própria credibilidade ao sonegar ao eleitorado um veredicto sobre a idoneidade moral de Arruda.


No despacho em que cassou a liminar do STJ, Barbosa foi ao ponto: Arruda “não está buscando a revisão de uma decisão desfavorável contra si; pretende, apenas, paralisar o processo para que este não atrapalhe sua pauta política”. Barbosa acrescentou: 

“Na ponderação entre o dever de fornecer a prestação jurisdicional de modo eficaz e em tempo adequado, e a expectativa do exercício de faculdades políticas do indivíduo, deve-se chegar a um resultado que não impeça a marcha processual rumo à prestação jurisdicional”.

O que o presidente do Supremo disse, com outras palavras, foi o seguinte: entre o dever do Judiciário de julgar e o desejo de Arruda de apresentar-se como candidato, há o direito do distinto público de saber, antes da eleição, se está votando numa alternativa real de poder ou numa encenação que, na virada da curva, pode ser abalroada por uma sentença de inelegibilidade.

Com a decisão de Barbosa, o Tribunal de Justiça do DF ficou livre para realizar a sessão de julgamento que o STJ suspendera. O problema é que o Judiciário acaba de sair em férias. Só volta ao trabalho em agosto, a dois meses da eleição. Ou seja: Arruda continuará fazendo pose de candidato. E o pedaço majoritário do eleitorado de Brasília que se dispõe a votar no inelegível continuará fingindo que acredita na tese segundo a qual Arruda foi vítima de um complô de opositores, do Ministério Público e da imprensa sensasionalista.

Na falta de uma posição definitiva do Judiciário, o melhor a fazer talvez seja mesmo dar crédito à versão do complô. 

A outra alternativa seria acreditar que o que se passou na Brasília de 2010 foi um dos maiores mal-entendidos da história política do país —uma impressionante sequência de coincidências que, registradas em vídeo e interpretadas maliciosamente, fizeram um governante exemplar parecer um violador voraz das arcas públicas. 

Vai abaixo um vídeo que serve de refrigério para a memória.

STF manda julgar Arruda; candidatura ao governo do DF é mantida

Folha


O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, derrubou decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que impedia o julgamento, em segunda instância, da condenação por improbidade administrativa do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (PR). 

Arruda foi condenado em primeira instância pela Justiça do Distrito Federal e, caso essa decisão fosse mantida na segunda instância, estaria impedido de concorrer ao governo do DF nas eleições deste ano. 


Como o candidato só sofreu condenação na Justiça de primeira instância, ele não está inelegível, de acordo com as regras da Lei da Ficha Limpa. Arruda ficaria impedido de concorrer se a condenação fosse mantida por um órgão colegiado (tribunal com vários integrantes) antes que ele tivesse registrado sua candidatura –o que ocorreu na semana passada. 




José Roberto Arruda ao lado de Weslian Roriz e do senador Gim Argello
José Roberto Arruda ao lado de Weslian Roriz e do senador Gim Argello       


Se Arruda for condenado agora em segunda instância, após o registro de candidatura no TRE do Distrito Federal, a jurisprudência do STF indica que não haveria efeito prático para fins eleitorais neste ano. 

Ao decidir sobre a constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa, em fevereiro de 2012, o STF declarou o seguinte: "A verificação das condições de elegibilidade se dá no momento de registro da candidatura". 

Por essa jurisprudência atual, Arruda poderá continuar a ser candidato a governador de Brasília, mesmo se for condenado em segunda instância. Se vencer e for condenado antes da posse, também poderá assumir o mandato. 

O Ministério Público é contra essa interpretação do STF e tentará modificá-la. Não é certo que tenha sucesso nem quando isso poderia ocorrer. 

Barbosa deu decisão liminar (provisória) na quinta-feira (3) atendendo a pedido do Ministério Público Federal e determinando o andamento do processo contra Arruda. Apesar de já ter anunciado sua aposentadoria do STF, Barbosa ainda aguarda no cargo a publicação do decreto de sua exoneração, por isso foi o responsável pela decisão. 

A Procuradoria argumentou que o ex-governador "não está buscando a revisão de uma decisão desfavorável contra si; pretende, apenas, paralisar o processo para que este não atrapalhe sua pauta política". Na decisão, Barbosa afirmou que a suspensão do processo contra Arruda "contraria a expectativa legítima das partes e da população ao desfecho em tempo oportuno da lide, independentemente do resultado". 

O STJ havia paralisado o processo até que fosse julgado um recurso da defesa de Arruda que questiona a suspeição do juiz. Em dezembro do ano passado, Arruda e outros réus foram condenados, no caso conhecido como "mensalão do DEM", ao ressarcimento integral de dano ao erário equivalente a R$ 300 mil, ao pagamento de multa no valor duas vezes maior ao dano causado ao erário, e ao pagamento de danos morais de R$ 200 mil cada um, além de terem tidos suspensos os direitos políticos por oito anos. 

ALIANÇAS ANULADAS
A candidatura de Arruda está cercada de polêmicas. As direções do DEM e do PPS anularam alianças feitas pelos diretórios distritais para apoiar o pré-candidato.
Em 2010, Arruda se tornou o primeiro governador a ser preso depois de investigações que apontaram seu envolvimento em esquema de caixa dois e distribuição de propina no DF, no que ficou conhecido como "mensalão do DEM". 


Na época, Arruda era filiado ao DEM e ficou na cadeia por dois meses. Sua prisão decorreu de denúncia de que ele tentou subornar uma testemunha do caso –o que ele nega. 

A pressão contra Arruda aumentou com a divulgação, em 2009, de um vídeo em que ele recebia dinheiro em espécie de um dirigente de uma estatal do DF. O episódio havia ocorrido em 2005, quando Arruda era deputado federal.

‘É a lesão mais dramática das Copas’, diz médico da Fifa sobre Neymar


UOL

A fratura na vértebra sofrida por Neymar no jogo contra a Colômbia é inédita e a contusão mais dramática ocorrida em Copas do Mundo. A afirmação é do belga Michel D'Hooghe, maior autoridade médica da Fifa.

“Nunca vi uma lesão como essa (vértebra) no futebol. Foi a contusão mais dramática que já vi em Copas do Mundo. Disse para colegas: é a imagem da Copa aquela dele deitado'', afirmou o chefe do comitê médico da entidade ao blog. Ele está há 42 anos atuando em medicina em Mundiais.

Apesar de considerar muito grave a lesão, ele entende que o jogador vai se recuperar. Mas ficou chocado com a imagem dele saindo do campo. “É muito triste ver um jogador tão bom deitado em uma maca daquele jeito.''

Segundo D'Hooghe, a imobilização de Neymar foi feita corretamente pelos médicos pelo que ele viu nas imagens do vídeo. Não seria necessário imobilizar seu pescoço porque a contusão foi em parte mais baixa do corpo do jogador.

“Os médicos tiveram o treinamento para imobilizações, tanto os que atendem no campo pela Fifa quanto os que atuam pelos times'', disse ele. A Fifa vai receber um relatório da CBF com detalhes da contusão. É um procedimento padrão já que a federação internacional mantém um histórico de lesões.

Nos pênaltis, Holanda enfim fura bloqueio da Costa Rica para avançar à semi


Do UOL, em São Paulo

Holanda e Costa Rica jogam em Salvador

Tim Krul defende pênalti cobrado por Ruiz durante partida entre Holanda e Costa Rica AFP PHOTO / GABRIEL BOUYS

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A Costa Rica estava no Grupo da Morte e passou. Estava com um a menos contra a Grécia, levou gol no último minuto e, mesmo assim, passou nos pênaltis. Apostou que conseguiria parar a Holanda como parou a Itália e o Uruguai – e parou, de forma que poucos saberão explicar quando, no futuro, virem a tabela da Copa-2014: 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação. 

Só que, nos pênaltis, foi encontrado o limite: a Holanda conseguiu bater o goleiro Navas em quatro cobranças e está nas semifinais: 4 a 3. Para a história fica Krul, o goleiro que entrou no último minuto da prorrogação só para os pênaltis, e pegou dois.


A Holanda encara a Argentina, e o Itaquerão verá um duelo entre duas grandes seleções do mundo na próxima quarta-feira, às 17h. Os laranjas podem ver o jogo como uma chance de revanche, pelo vice em 1978; como a chance de manter o sonho de, após três vices, levantar a taça mais desejada do futebol mundial. 

Para isso, terão que bater uma seleção que estará nas semifinais pela primeira vez após 24 anos, e liderada por aquele que, quatro vezes melhor do mundo, quer entrar de vez para o panteão dos melhores da história. É possível que o jogo seja ruim?


Fases do jogo: A primeira etapa do último duelo das quartas de final começou como era esperado: a Holanda teve que sair mais para o jogo, diferentemente do que vinha fazendo nas partidas anteriores, mas fez isso sem mudar um ponto fundamental em seu estilo: as bolas em velocidade para Robben. 

Enquanto isso, a Costa Rica se defendia e apostava na consciência de Bryan Ruiz no meio campo. Conseguiu criar boas jogadas que eram paradas com faltas pelos holandeses e soube neutralizar bastantes ataques rivais, mas viu por duas vezes a Holanda achar seu ataque nas costas da defesa.

Na segunda etapa, os 10 primeiros minutos foram similares à primeira metade, mas com um porém: em contra-ataque, Junior Diaz invadiu a área pela esquerda e tocou rasteiro para Campbell. O atacante foi derrubado, em lance que gerou suspeita de pênalti. Depois, a Costa rica chegou a ensaiar "gostar do jogo", como diz o clichê, algo que acabou quando Campbell foi substituído. A partir daí, Sneijder colocou a bola na trave em falta e Van Persie furou em lance dentro da pequena área. O destino foi a prorrogação, após o lance mais incrível da partida: nos acréscimos, Tejeda salvou bola em cima da linha após ela cruzar por dois atacantes na pequena área; a bola tocou no jogador e ainda no travessão antes de ser afastada.
A prorrogação mostrou que Navas fez um acordo com uma entidade espiritual, possivelmente: três bolas na trave, e nada de gol. Ureña ainda teve a chance para a Costa Rica, mas parou em Cillessen - que foi substituído por Krul só para as cobranças. Nos pênaltis, a substituição de Van Gaal se mostrou correta: Krul pegou dois pênaltis, e levou a Holanda para as semifinais.

O melhor: Navas - Novamente o goleiro costarriquenho teve atuação grandiosa. Na primeira etapa, pegou duas bolas cara a cara com os atacantes holandeses, além de uma espetacular ponte em falta cobrada por Sneijder. 

Na etapa final, pegou uma cabeçada de Lens com o jogo já parado por impedimento, em plástico salto, e mais uma bola cara a cara com Van Persie, que chutou de bico e, no estilo futsal, Navas evitou o gol. Na prorrogação, mais algumas defesas difíceis. 

Não conseguiu defender nos pênaltis, mas fica para a história como o melhor jogador da principal campanha da Costa Rica em todos os tempos.

O pior: Não há como eleger um pior jogador para o mais emocionante jogo da Copa. Não houve falhas individuais nem coletivas. Os atacantes da Holanda, se não marcaram, pararam no goleiro Navas. Os defensores da Costa Rica, por mais que tenham apelado para faltas duras, cumpriram seu objetivo. E não é válido crucificar Bryan Ruiz e Umaña pelos pênaltis desperdiçados.

Chave do jogo: A velocidade holandesa já se torna uma das marcas da Copa. Os principais ataques do time parecem surgir de bolas aleatoriamente afastadas pela zaga - mas não se engane, todos os lançamentos são conscientes e quase sempre encontram Robben ou Van Persie em boa situação. Do outro lado, a impressionante defesa costarriquenha, que segurou um dos melhores ataques do mundo por 120 minutos. A decisão só poderia ser nos pênaltis.


E lá surgiu a chave alternativa: a entrada de Krul no último minuto da prorrogação só para as cobranças. Com seu 1,93 m, o goleiro pegou dois e garantiu a Holanda entre as quatro melhores seleções do mundo.

Toque dos técnicos: De forma surpreendente, o técnico Jorge Luis Pinto, da Costa Rica, tirou Joel Campbell, seu único atacante, aos 20 min. do segundo tempo, para colocar Ureña, de características mais de centroavante do que de jogador de velocidade. Isso acabou com os contra-ataques costarriquenhos, que se limitaram a tentar defender a Holanda. 

Do lado holandês, uma substituição extremamente polêmica, mas que entrará para a história das Copas: Krul no lugar de Cillessen só para os pênaltis. Deu certo.
 

Para lembrar:
Ravshan Irmatov, o árbitro do duelo, se tornou o juiz a mais apitar partidas de Copa do Mundo na história: foi o 9° jogo do uzbeque.

Navas, o goleiro da Costa Rica e um dos melhores da Copa, realizou 21 defesas contando o jogo das quartas de final. A marca é ótima, mas mostra como o recorde de Tim Howard, que fendeu 16 bolas para os EUA contra a Bélgica, é espetacular.

As semifinais da Copa terão equipes que, juntas, somam 10 títulos mundiais. O único confronto que não cedeu uma seleção já dona de taça de Copa foi exatamente esse entre Holanda e Costa Rica.

A Fonte Nova chegou ao duelo pelas quartas, seu último no Mundial, com 4,8 gols de média por partida. Com o 0 a 0, sai da Copa com exatos 4 gols por partida.



A Holanda consegue terminar uma maldição: nunca havia vencido um jogo de Copa que chegou a prorrogação: em 1938, caiu por 3 a 0 no tempo extra para a Tchevoslováquia; em 1978, perdeu a final na prorrogação para a Argentina por 3 a 1; em 1998, perdeu nos pênaltis para o Brasil nas semis; e em 2010, perdeu a final para a Espanha.

HOLANDA 0 (4) X (3) 0COSTA RICA

Data: 5 de julho de 2014 Horário: 17h00 (de Brasília) Local: Fonte Nova, em Bahia (BA) Árbitro: Ravshan Irmatov (UZB) Assistentes: Abduxamidullo Rasulov (UZB) e Bakhadyr Kochkarov (QUI) Cartões amarelos: Junior Diaz, aos 37 min. do 1°t, Umaña, aos 6 min., Gonzalez, aos 35 min. do 2°t, Acosta, a 1 min. do 2°t da pror.) (CRC); Martins Indi, aos 18 min. do 2°t (HOL)  
Gols:
HOLANDA: Cillessen (Krul, aos 15 min. do 2°t da pror.); Bind, Martins Indi (Huntelaar, no intervalo da pror.), Vlaar e De Vrij; Kuyt, Wijnaldum, Sneijder e Memphis Depay (Lens, aos 30 min. do 2°t); Robben e Van Persie Técnico: Louis Van Gaal

COSTA RICA: Navas; Acosta, Gonzalez, Umaña e Junior Diaz; Celso Borges, Gamboa (Myrie, aos 32 min. do 2°t), Tejeda (Cubero, aos 6 min. do 1°t da pror), Bolaños e Bryan Ruiz; Joel Campbell (Ureña, aos 20 min. do 2°t) Técnico: Jorge Luis Pinto


Campos diz que terá campanha mais barata e com voluntários



Candidato do PSB à Presidência estimou gasto de até R$ 150 milhões.


Campanha de Dilma pode gastar R$ 298 milhões e de Aécio, R$ 290 milhões.



Roney Domingos Do G1, em São Paulo



Eduardo Campos e Marina Silva visitam o Festival do Japão, em São Paulo (Foto: Roney Domingos/G1)Eduardo Campos e Marina Silva visitam o Festival do Japão, em São Paulo 
O candidato do PSB a Presidência da República, Eduardo Campos, destacou neste sábado (5) que vai fazer "a campanha mais barata dessas que vão disputar efetivamente o poder no Brasil", chamando a atenção para a participação de voluntários na busca pelos votos. 

Na previsão de gastos entregue na última quinta (3) ao Tribunal Superior Eleitoral, a coligação de Campos estimou despesas de até R$ 150 milhões na corrida presidencial.

Vamos fazer uma campanha baseada nas ideias, uma militância espontânea, uma campanha que tem muitos voluntários"
Eduardo Campos,candidato do PSB à Presidência
A cifra é menor que o teto de R$ 298 milhões previsto para a campanha de Dilma Rousseff (PT) e que o de R$ 290 milhões estimado para Aécio Neves (PSDB), seus principais adversários na disputa. 



Campos, porém, estimou gastar mais que o quarto colocado nas pesquisas, Pastor Everaldo, que declarou intenção de gastar até R$ 50 milhões, e de outros candidatos com menos tempo de TV na propaganda eleitoral.


"Tenho certeza de que nós vamos fazer a campanha mais barata dessas que vão disputar efetivamente o poder no Brasil. Vamos fazer uma campanha baseada nas ideias, uma militância espontânea, uma campanha que tem muitos voluntários. 

Estamos fazendo o debate do programa de governo em uma plataforma de internet há cerca de seis meses com pesquisadores, cientistas que tem contribuído com suas ideias voluntariamente", disse.

Na feira, ele disse que fará a apresentação do plano de governo até o final deste mês. O candidato prometeu que, se ganhar, vai realizar uma reforma política para "fazer com a que a influência do dinheiro seja diminuída no jogo político brasileiro."

Neste sábado, quando protocolou os documentos no TSE para o registro de sua candidatura, Campos apresentou um documento com as diretrizes de um eventual futuro governo baseado em cinco eixos: Estado e a democracia de alta intensidade; Economia para o desenvolvimento sustentável; Educação, cultura e inovação; Políticas sociais e qualidade de vida; e Novo urbanismo e o pacto pela vida.
Campanha
Campos e a candidata a vice Marina Silva visitaram neste sábado o Festival do Japão, em São Paulo, evento atividades culturais típicas da tradição japonesa. Campos e Marina chegaram ao local do evento vestindo o hapi, tradicional vestimenta japonesa.


Eles ganharam do presidente da Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil, Mikihisa Motohashi, um boneco "daruma". Segundo ele, é tradicional no Japão que o candidato mentalize a vitória na eleição e pinte um dos olhos do boneco. Após a eleição, caso vença, ele pinta o segundo olho.

Campos foi o primeiro candidato à Presidência a visitar a feira oriental, que começou nesta sexta (4). Neste domingo (6), último dia do festival, o candidato do PSDB deve realizar um passeio pelo evento.

A partir deste domingo começa oficialmente a campanha eleitoral, quando os candidatos podem fazer propaganda nas ruas, na internet e pedir votos aos eleitores.

Neste primeiro dia, Campos e Marina devem visitar a comunidade Sol Nascente, região pobre localizada em Ceilândia, cidade satélite do Distrito Federal. Eles estarão acompanhados do senador Rodrigo Rollemberg, candidato ao governo distrital neste ano.


"Expressa muito bem o Brasil real, tão distante de Brasília, onde falta educação de qualidade, segurança, saneamento e habitação, apesar estar a pouquíssimos quilômetros do centro do poder", comentou Campos em São Paulo, sobre a escolha do local do primeiro dia de campanha.

Segundo o candidato, o atual governo está "cada vez mais fazendo a política antiga, que se distância da realidade." O candidato disse que vai andar o país e conta com a TV a partir de 19 de agosto para propaganda eleitoral. "Com certeza no dia da eleição teremos conhecimento de 100% do Brasil", afirmou.

Acidente em BH
O candidato do PSB considerou lamentável a troca de acusações após a queda do viaduto que provocou mortes em Belo Horizonte.


"Acho lamentável esse tipo de debate. Chega a ser um desrespeito às vidas que perdemos, à família dos que tiveram vidas tão jovens. A responsabilidade é de todas as autoridades de fazer a apuração para ter a responsabilidade objetiva do ponto de vista judicial, com perícia, com levantamento isento, de quem é responsável técnico pela obra."

Voto no escuro. Dilma não apresentará programa econômico para o segundo mandato. Haverá confisco da poupança? Haverá tarifaço? Haverá estatização?


O país tem os juros mais altos do mundo. O país tem uma das maiores cargas tributárias do planeta. O país começa a sofrer com a volta da inflação. O país ruma para um PIB negativo, que era prometido a 4,5% e já está em 1,1%. Desindustrialização. Queda no consumo. Balança comercial deficitária. Aumento estrondoso da dívida pública. Com todo este quadro, o Valor Econômico informa que Dilma Rousseff não apresentará seu programa de governo para a economia, se for reeleita. Podemos esperar o pior. 

A presidente Dilma Rousseff acredita que as expectativas em relação à economia só vão melhorar em novembro, após a eleição presidencial. Confiante na vitória, a presidente acha que terá, depois do pleito, um "encontro marcado" com o setor empresarial, hoje, em sua maioria, contrário à sua reeleição.

A mensagem da presidente, ao adotar essa postura, é a seguinte: o governo não vai dizer agora o que pretende fazer na economia num possível segundo mandato. Mudanças na gestão macroeconômica e na equipe são admitidas, serão feitas, mas nada será antecipado no período eleitoral.

Essa estratégia difere completamente da adotada por seus dois principais opositores na corrida eleitoral. Por causa do crescente clima de incerteza provocado em boa medida pela postura do governo, o candidato do PSDB, Aécio Neves, não se comprometeu propriamente com políticas específicas, mas anunciou Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, como seu homem forte na economia.

A indicação de Fraga foi um sinal claro ao mercado: numa gestão Aécio, o governo será mais "market friendly" (amigável aos mercados). Já Eduardo Campos, candidato do PSB, fez algo diferente, embora com o mesmo propósito: ele não se comprometeu com nomes, mas com políticas, entre elas, a redução da meta de inflação, hoje, de 4,5%, uma das mais altas dos países que adotam o regime de metas. O fato é que ambos procuram se diferenciar de Dilma, tentando diminuir as incertezas.

A presidente já desistiu de melhorar as expectativas. Acha que há uma profunda má vontade com seu governo. Considera também que os próprios empresários queimaram as pontes com Brasília. Os que ainda andam pela esplanada dos ministérios só pensam nos interesses particulares de suas empresas ou setores.

A resposta a Aécio Neves e Eduardo Campos é, na verdade, um desafio. Ela decidiu consolidar, agora, algumas das políticas que adotou nos últimos anos e que são alvos de críticas dos candidatos da oposição. São elas: a desoneração da folha de pessoal de alguns setores da economia; a manutenção do IPI reduzido nos setores de bens duráveis, como automóveis; a manutenção do subsídio do Programa de Sustentação dos Investimentos (PSI); e a criação de uma nova faixa de subsídio para o programa Minha Casa Minha Vida. "A política econômica é esta. Isso vai obrigar a oposição a se posicionar sobre esses quatro temas", observou uma fonte. "O programa econômico da presidente é emprego e renda", acrescentou um auxiliar.

É provável que essa estratégia do governo e da campanha da reeleição crie ainda mais incertezas quanto ao futuro, uma vez que essas quatro políticas são mencionadas como parte da explicação do mau desempenho da economia nos últimos anos. Essas medidas, que têm estimulado mais o consumo que o investimento, têm criado dificuldades para a gestão macroeconômica nas áreas fiscal e monetária.

Economista, a presidente gosta tanto de temas macro quanto microeconômicos. Durante o primeiro mandato de Lula (2003-2006), exerceu forte papel crítico interno às políticas adotadas pelo governo. No segundo (2007-2010), liderou as primeiras mudanças feitas àquele modelo. Em seu governo, avançou na correção de rumos, praticamente abandonando o tripé (disciplina fiscal, câmbio flutuante e metas para inflação) que caracterizou a política econômica entre 1999 e 2010. Mais recentemente, diante dos maus resultados da economia, retomou aspectos do tripé, mas não inteiramente.

A cada nova denúncia, fica mais claro que compraram Pasadena para caixa dois.

Em 11 de maio passado, em entrevista ao jornal A Tarde, Lula fez a seguinte declaração, que pode ser entendida como um ato falho:

"O que eu acho estranho é que toda a época de eleição aparece alguém com uma denúncia contra a Petrobrás, que desaparece logo depois das eleições. Eu tenho às vezes impressão que tem gente querendo fazer caixa dois fazendo denúncia contra a Petrobrás".

Pois ao que tudo indica, quem fez caixa dois foi Paulo Roberto Costa, o ex-diretor da Petrobras preso na Operação Lava-Jato. E sob a vista grossa de um Conselho de Administração que era um feudo da presidente Dilma Rousseff, que o dirigiu de 2003 a 2010, quando os piores e mais inexplicáveis negócios foram realizados pela estatal. 

Na compra de Pasadena, não há um dado que indique qualquer tipo de consistência técnica para o negócio. A aquisição tem cara de uma grande fraude que, agora, a PF, o MPF e o TCU estão desmontando. O preço superfaturado. A refinaria sucateada. A inadequação da planta aos objetivos citados como motivos para a compra. 

Em Abreu e Lima e na Comperj, uma sucessão de erros técnicos que só poderiam ser cometidos com a conivência dos gestores da estatal. O resultado é um superfaturamento vergonhoso, que multiplica progressivamente o custo das obras, com denúncias e mais denúncias contra construtoras que são as maiores doadoras das campanhas do PT.

O governo está fazendo de tudo para tirar a responsabilidade de Dilma Rousseff, pressionando técnicos e ministros do TCU. As CPI Mista para apurar os fatos é boicotada sustematicamente pela base do governo, que não dá quorum para que requerimentos de oitivas sejam aprovados ou pedidos de quebra de sigilo sejam encaminhados.  É uma vergonha. Leiam, abaixo, mais um capítulo da escandalosa compra de Pasadena, em matéria do Estadão.

Um dos relatórios preparados por técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) para embasar a avaliação da corte sobre a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobrás revela que, além de US$ 1,2 bilhão já pagos, a estatal terá de desembolsar mais US$ 2 bilhões caso decida reformar a unidade dos EUA.

A reforma é necessária para adaptar a refinaria aos planos iniciais de processar no local o óleo pesado extraído no Brasil. A presidente da empresa, Graça Foster, já informou que essa adequação (o chamado "revamp") não será feita agora, já que o cenário mudou desde que a primeira parte de Pasadena foi adquirida, em 2006.

O cálculo desse custo do investimento a ser feito é baseado em estimativas extraídas de documentos da própria Petrobrás, segundo relatório da Secretaria de Controle Externo de Estatais, do TCU, concluído a 4 de junho. A necessidade de modernização da unidade é conhecida desde quando a primeira parte do negócio foi fechada, há oito anos - após desentendimentos com a sócia Astra Oil, a Petrobrás adquiriu 100% da refinaria.

Quando foi comprada, Pasadena só era capaz de refinar óleos leves. Com as melhorias, a estatal pretendia dobrar a capacidade e processar 100 mil barris diários do campo de Marlim, na Bacia de Campos - e, também, agregar valor ao produto brasileiro e vendê-lo a preços melhores.

Nos cálculos da área técnica do TCU, os pagamentos feitos à Astra Oil foram equivalentes ao aporte necessário para as obras. Também era necessário melhorar as instalações para que operassem com mais confiabilidade e para que produzissem gasolina e diesel com baixos teores de enxofre. Mas não houve alteração significativa no status da refinaria.

"A Petrobrás recebeu uma refinaria desatualizada e, sobretudo, sem capacidade de refinar o petróleo de Marlim. Para converter a refinaria, terá que desembolsar, aproximadamente, mais US$ 2 bilhões, considerado o custo de reposição do ativo, incluído, também, o capital de giro adicional necessário", diz o relatório.

O parecer registra que, como os planos não foram adiante, a companhia terá de pagar, "por estimativa conservadora", duas vezes para obter o mesmo benefício. Para o TCU, um agravante é que o preço pago em 2006 à Astra Oil foi inflado justamente pela perspectiva futura de produtividade, que não veio a se concretizar. Cláusulas favoráveis à empresa permitiram que ela saísse do negócio depois, sem fazer nenhum investimento.

Danos. Como o Estado revelou anteontem, dois relatórios da área técnica do TCU apontam danos praticados contra o erário na compra da refinaria. Produzidos em junho, os pareceres indicam a responsabilidade da direção da Petrobrás pelas supostas falhas e propõem, em caso de condenação, a devolução de valores que podem chegar a US$ 873 milhões.

Os dois pareceres divergem, contudo, quanto à responsabilização da presidente Dilma Rousseff e demais integrantes do Conselho de Administração da empresa. Dilma presidia o colegiado em 2006, quando se aprovou a compra da primeira metade da refinaria. Em nota ao Estado em 18 de março, ela disse que aprovou a aquisição embasada em um resumo que omitia cláusulas importantes.

O documento de 4 de junho, produzido por um auditor, aponta falha da presidente e dos demais integrantes do colegiado no episódio por "exercício inadequado do dever de diligência", além de omissão na tarefa de "apurar responsabilidades" pelo resumo incompleto. Também indica que Dilma praticou "ato de gestão ilegítimo e antieconômico" ao referendar proposta de postergar o cumprimento de sentença arbitral de 2009, que previa a obrigação de pagar os outros 50% da refinaria.

Outro parecer, do dia 18, entende que não cabe responsabilidade aos conselheiros, valendo-se do mesmo argumento de Dilma de que o conselho se baseou em resumo falho. Esse relatório prevê ressarcimento de recursos, por diretores, de até US$ 620 milhões. A decisão sobre qual entendimento vai prevalecer será tomada pelos ministros do TCU em julgamento sem data marcada.

Repúdio. A Petrobrás divulgou nota ontem, na qual "repudia veementemente o vazamento de nomes e informações obtidos em fase de apuração, em processo que tramita em nível de avaliação técnica no TCU. Segundo a estatal, o processo não foi julgado pelos ministros da corte, "não havendo, portanto, decisão sobre o caso".

Palanque eleitoral: Dilma torra R$ 2 milhões para entregar casas pelo telão.

Em Brasília, Dilma trocou figurinhas ao vivo, com Agnelo Queiroz, o petista que tem menos de 20% de aprovação e que comandou a construção do Mané Garrinha, superfaturado em mais de R$ 400 milhões, segundo denúncia do TCE. 

No penúltimo dia em que candidatos podem participar de inaugurações, a presidente Dilma Rousseff bancou a mestre de cerimônias de uma entrega coletiva de 5.460 unidades do programa Minha Casa Minha Vida em 11 localidades espalhadas pelo País.

Ao custo de R$ 2 milhões, o evento desta quinta-feira 3, teve videoconferência entre a candidata à reeleição, que estava em um bairro periférico de Brasília, e os ministros enviados a municípios de sete diferentes Estados.

Todos os ministros viajaram em avião da Força Aérea, segundo o Palácio do Planalto. A Caixa Econômica Federal (CEF), responsável pelas obras, pagou R$ 1 milhão para montar os palanques nas 11 cidades. A transmissão das imagens de Dilma e dos ministros, realizada pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), custou mais R$ 1 milhão, de acordo com o governo, A montagem dos palanques inclui preparação do palco com cobertura de lona, banheiros químicos, grades, iluminação, seguranças e distribuição de água para os presentes.

Desde janeiro, Dilma participou de 11 entregas de unidades do Minha Casa a famílias beneficiadas. Nenhum outro teve o mesmo tipo de produção ou mobilizou tantos ministros nessa quantidade de lugares. A presidente, candidata à reeleição, aproveitou o evento para confirmar a terceira fase do programa habitacional e fixar como meta “possível” a entrega de 3 milhões de casas a partir de 2015, quando terá início um novo mandato presidencial.

Depois de exaltar o fato de o programa ser “o maior programa habitacional da história do Brasil” e destacar que a casa própria é “um sonho que nem sempre é fácil de ser realizado”, Dilma fez questão de ressaltar a qualidade dos imóveis que estão sendo entregues, com azulejos nas paredes dos banheiros e cozinha e cerâmica no chão.

Essa deixa estimulou uma disputa entre a presidente e os ministros sobre as “vantagens” de cada um dos conjuntos habitacionais. “Este é um parque diferente”, disse Dilma, referindo-se ao Parque Paranoá, na periferia de Brasília, de onde comandava a programação do dia. “Aqui em Santo André, os apartamentos têm varanda”, afirmou a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, do palanque montado em seu berço político. “Eu quero fazer uma brincadeira com a ministra Miriam. Aqui no Sul não tem varanda, mas todos os conjuntos têm churrasqueira pro churrasquinho do final de semana”, disse titular dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti, em Joinville, maior cidade de seu Estado.

O jogral prosseguiu com a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. “Aqui não tem varanda, mas tem parquinho”, afirmou. O ministro dos Portos, César Borges, direto de Jequié (BA), sua cidade natal, completou: “A casa aqui é um verdadeiro jardim. Tem água, esgoto e ruas pavimentadas, com paisagismo”.

Auditório. À vontade na cerimônia, Dilma chamou ministros, prefeitos e beneficiários do Minha Casa como se estivesse em um programa de auditório. Tanto a presidente quanto seus colegas de transmissão vincularam a entrega das habitações à Copa.

“Parabéns pra Bruna, pra família da Bruna, para todas as famílias de Santo André. É muito bom começar uma vida nova pendurando a bandeira do Brasil na sacada pra comemorar a Copa do Mundo”, disse Dilma, referindo-se à família que havia recebido as chaves de uma casa no ABC Paulista. Em seguida, ouviu por diversas vezes os gritos de “1, 2, 3, Dilma Outra Vez”.

A presidente só não conseguiu ouvir o titular da Saúde, Arthur Chioro, enviado a São Vicente (SP). A comunicação entre o ministro e Dilma falhou, e foi exibida uma gravação da petista. O problema técnico enganou até a equipe do Blog do Planalto, que em um post sobre o evento deixou de citar São Vicente entre as cidades beneficiadas.

Papéis. Com Dilma no papel principal da solenidade, quem assumiu o embate com a oposição foi o presidente da Caixa, Jorge Hereda. Ele rebateu a proposta do candidato do PSB ao Planalto, Eduardo Campos, que promete construir 4 milhões de casas se for eleito. “Na época das eleições, simplesmente falar um número é fácil”, disse Hereda. Para ele, a construção de 3 milhões de unidades no Minha Casa 3 “não é uma meta da boca para fora, que responda a um debate eleitoral”.(Matéria do Estadão)

Bolsa sobe depois de concluir que Datafolha foi ruim para Dilma.

A Bovespa ampliou o ritmo de alta após o fechamento das bolsas americanas, que hoje encerraram três horas mais cedo devido à véspera do feriado da Independência dos EUA. Investidores aproveitaram a menor liquidez do mercado local à tarde para forçar a alta de alguns ativos. O Ibovespa fechou em alta de 1,59%, aos 53.874 pontos, com volume de R$ 5,114 bilhões.

O forte dado de geração de empregos nos Estados Unidos em junho animou os investidores ainda pela manhã, praticamente se sobrepondo ao resultado da pesquisa Datafolha, que mostrou avanço da presidente Dilma Rousseff na corrida presidencial. Ao longo da tarde, porém, o mercado refez as contas e avaliou que a pesquisa não foi tão positiva para a presidente como parecia.

A intenção de voto de Dilma subiu de 34% para 38%. Mas os candidatos de oposição também apresentaram altas: Aécio Neves passou de 19% para 20% e Eduardo Campos de 7% para 9%. Houve queda nos votos brancos e nulos, de 19% para 13%, e indecisos, de 13% para 11%.

“Dilma subiu, mas foi na margem. Os candidatos de oposição idem. Unindo Aécio Neves e Eduardo Campos, podemos ter a certeza que de que haverá segundo turno.”, afirma Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.

O estrategista da Fator Corretora, Paulo Gala, chamou atenção para os detalhes da pesquisa. “Houve um aumento do número de pessoas que relataram sentir um clima mais positivo no país. Isso pode indicar o início da reversão do pessimismo, que estava exagerado”, afirma o especialista, citando como exemplo o sucesso na realização da Copa, cujas expectativas foram “balizadas por baixo”.