O local fica em área nobre, atrás do Lago Sul, próxima à Ponte JK. O cartaz, na estrada ao lado do cerrado
que separa os condomínios Ville de Montaigne e o conjunto formado por
Quintas da Alvorada e Mansões Itaipu alerta: a região é um “sítio
arqueológico”, patrimônio da União, sob administração do Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, vinculado ao
ministério da Cultura. E avisa: qualquer dano à natureza lá pode ser
punido com multa e detenção.
GDF e União fazem vistas grossas à ação dos grileiro sna Capital Federal
Mas a certeza da impunidade é tamanha que, no sábado, 20 de setembro,
um grupo, autonomeando-se dono da área, montou ali uma enorme tenda, um
barraco e reuniu algumas dezenas de pessoas de um suposto condomínio
Ville II, onde se discutiu a posse do lugar. Um morador da vizinhança,
fingindo-se interessado, ouviu que a ideia é dividir o terreno em 400
lotes, vendidos a R$ 20 mil por unidade. Leia também:
Oferta de grileiros atraem muitos interessados que depois vão pressionar o poder público para legalizar área loteada irregularmente.
O terreno escapa há décadas da especulação imobiliária que ameaça a
região – mais recentemente, instalou-se, por grilagem, um condomínio do
outro lado da estrada,
o Estância Quintas da Alvorada (que, para enganar incautos, usou o nome
de um antigo condomínio em terra privada existente ali).
Já se tentou até construir uma Igreja, e uma loja de plantas lá, como
início disfarçado de invasão de classe média, sempre rechaçada pelos
habitantes da vizinhança. É terreno de cerrado, recentemente afetado por
grande incêncio que facilitou a ocupação deste fim de semana. Incêndio acidental? Ou criminoso? Pela Internet, veem-se endereço e mapa dos responsáveis. Há quem anuncie no jornal, com foto do terreno ainda preservado,clique aqui e confira.
Na Internet é fácil achar as ofertas dos grileiros.
Agora, no período pré-eleitoral, os invasores se sentem à vontade
para colocar sua placa ao lado da placa federal que os proíbe ali e
iniciar a ocupação na marra, deixando uma enorme tenda e barraco para
marcar a posse. Parecem dispostos a sustentar mais uma ocupação
irregular em uma região já ameaçada de estresse hídrico. Por que o GDF
não investiga os responsáveis por mais essa irregularidade?
Quem os acoberta? Quem lhes dá segurança para agir dessa forma? Quem
são essas pessoas que lideram a invasão, liderada por um “síndico” de
porte militar e gestos violentos? Quem ganha com essa invasão?
Comentario
Quem ganha com a invasão? Vamos ver: Os distritais, a Terracap, o IBRAM que será devidamente comprado, as empreiteiras...Provavelmente a SEDHAB que poderá construir mais Minha Casa Minha Vida e dar votos ao Magela, à Dilma e ao Agnelo. Quem perde? Nós, os certinhos, os idiotas que trabalham para conseguir comprar um lote, os que respeitam a justiça e a legalidade.Quem perde também é o meio ambiente, a natureza, nossa qualidade de vida. O Brasil perde também porque a aceitação da criminalidade, da injustiça, o do desrespeito à Constituição não fazem um pais ser respeitado e nem desenvolvido. Anônimo
O que move defensores da legalização da maconha é a necessidade que têm de se opor ao que é 'careta'
Falando
com sinceridade, confesso que não consigo entender a razão que leva
certas pessoas a defenderem a legalização do uso da maconha, e entendo
menos ainda quem defende o mesmo para as drogas mais pesadas.
Mas
fiquemos na maconha. Os defensores de sua descriminalização valem-se de
argumentos que exaltam as virtudes dessa erva. Segundo eles, a maconha
possui virtudes medicinais inegáveis.
Para outros, ela é
inofensiva e deve ser liberada para lazer, muito embora, conforme
afirmam médicos psiquiatras e pesquisadores, trate-se de uma erva com
inegável poder alucinógeno. Eu mesmo, que não sou médico,
garanto-lhes que a maconha provoca alucinação e o digo por experiência
própria, por fatos ocorridos com meus filhos e com meus amigos.
Em alguns desses casos, poderia ter morrido alguém, tal o descontrole em que ficaram os maconhados.
É
verdade que isso não ocorre com todo mundo, pois também conheço gente
que fuma maconha há anos e nunca agrediu ninguém. Mas, se alguns podem
ser levados ao delírio, por que dizer que essa erva não é ofensiva?
Aliás, ela abre caminho para as drogas pesadas.
Argumentam eles
que o álcool é pior que a maconha, mas não é proibido. Pode ser, mas
estou certo de que muito menos gente consumiria bebida alcoólica se isso
fosse proibido, o que é inviável.
No Brasil, são milhões de
alcoólatras, causando uma despesa, para tratá-los, de mais de meio
bilhão de reais aos cofres públicos. A legalização da maconha
certamente levará ao aumento de consumidores e das despesas com seu
tratamento. O que o país ganharia com isso? O certo seria uma campanha
educativa em larga escala para mostrar aos que ainda não usam drogas que
usá-las é autodestruir-se.
Posso estar enganado, mas percebo, em
meio a essa polêmica pela legalização da maconha, algo mais que uma
simples disputa em defesa da saúde ou do direito de todo cidadão
usufruir do que lhe dá prazer.
Na verdade, o que move alguns dos
defensores da legalização é a necessidade que têm de opor-se ao
estabelecido, ou seja, ao que é "careta".
Para entender o
problema basta lembrar como foi que tudo começou, quando se drogar se
tornou o modo de afirmação dos jovens. Esse foi um fenômeno de
abrangência mundial, ligado à nova música que tomou conta da juventude
nos anos 1960 e 70. A guitarra elétrica e a entrega ao delírio das
drogas são frutos de um mesmo momento.
Esse fenômeno teve o seu
ápice nos espetáculos musicais que reuniam dezenas de milhares de jovens
e que eram uma espécie de entrega coletiva ao delírio ampliado pelo
consumo de cocaína, maconha, ácido lisérgico e tudo o mais.
Com o
passar dos anos, alguns dos ídolos desse período morreram de overdose,
enquanto os que sobreviveram continuaram cantando e tocando, mas já
envelhecidos e fora de moda como o prestígio das drogas que, não
obstante, apropriadas pelos traficantes, consolidaram-se num mercado
internacional clandestino, que movimenta bilhões de dólares.
Assim,
a dependência, nos viciados, tomou o lugar do sonho (que acabou),
enquanto a sociedade burguesa, que aquela geração abominava, voltou a
ser vista como o caminho mais seguro a seguir.
Por outro lado, a
repressão contra as drogas se intensificou, mas sem grandes resultados.
Daí a tese de que o mal maior é o tráfico e que a legalização das drogas
acabaria com ele.
Acabaria mesmo? Para que isso aconteça será
preciso manter a venda de drogas no nível atual (ou certamente ampliado)
e que o comércio legal passe a comprá-las dos produtores clandestinos,
na Colômbia, na Bolívia, no Paraguai e sabe-se onde mais. Isso porque,
se a oferta de drogas aos viciados não for satisfatória, eles recorrerão
aos traficantes.
A mais nova proposta é que a legalização das
drogas seja feita por todos os governos do mundo. Se isso ocorresse, os
governos teriam que criar uma espécie de ministério específico, com
centenas ou milhares de funcionários para atender a produção,
distribuição e venda das drogas e, ao mesmo tempo, preparar-se para o
tratamento médico de uma população de dependentes que, com a liberação,
como as bebidas e o cigarro, atingirá a casa dos milhões e milhões.
Pois é, e tudo isso por culpa dos Beatles e dos Rolling Stones.
A 12 dias do encontro com
as urnas, o eleitor brasileiro permanece no escuro em relação ao
essencial. Admita-se que há duas crises sobre a mesa: a econômica e a
ética. Quanto à primeira, os candidatos
revelam-se capazes de quase tudo, menos de esmiuçar seus planos. Quanto
à segunda, sabe-se que nem o petróleo é mais nosso. Um delator
esclareceu que já não existem coisas nossas. Só existe Cosa Nostra. Mas o
manto diáfano do segredo processual ainda protege a máfia.
Campanha presidencial 2014
Candidato
à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB), negou ter se
comprometido com o fim do fator previdenciário, como centrais sindicais
alegaram durante a campanha. "Eu não disse que vou acabar com
o fator previdenciário. Eu me reuni com as centrais sindicais, em
especial com a Força Sindical, e assumi um compromisso de discutirmos
uma alternativa ao longo do tempo ao fator previdenciário", disse Aécio
em entrevista veiculada nesta terça-feira (23) ao programa Bom Dia
Brasil, da Rede Globo Leia maisJoão Cotta/Globo
À
medida que o PIB cai e a inflação sobe, os receituários econômicos dos
candidatos vão se tornando mais aguados, seus discursos mais evasivos.
Todos sabem o que terá de ser feito. Nesta segunda-feira, o
ex-presidente do BC Armínio Fraga, guru econômico de Aécio Neves, disse
que a economia brasileira foi acometida de infecção generalizada.
“É
uma septicemia, não é uma verruga que você precisa tirar. É grave
mesmo”, disse Armínio. Com maior ou menor ênfase, a gravidade do quadro é
admitida também atrás das cortinas nos comitês de Marina Silva e até no
de Dilma Rousseff.
Considerando-se que ninguém combate septicemia
com aspirina, vêm aí providências mais duras. Por exemplo: corte pesado
de despesas, realinhamento dos preços da luz e da gasolina,
reformulação do seguro-desemprego, reforma da Previdência e um imenso etcétera. Os presidenciáveis não falam sério com o eleitor porque a política virou apenas um ramo da publicidade.
Na semana passada, na sessão da CPI da Petrobras, o deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) suplicou ao delator Paulo
Roberto Costa que confirmasse ou desmentisse a lista que corre o
noticiário com os nomes dos supostos beneficiários de petropropinas
—gente graúda do Executivo e do Legislativo, incluindo o número 3 e o
número 4 da linha sucessória.
“O senhor sabe que, hoje, o nome que
o senhor acusar está morto”, enfatizou Mabel. E o delator: “Me permito
ficar calado.” Nem todo político é bandido. Mas o silêncio de Paulinho,
como o delator costumava ser chamado por Lula, deixa todos os gatunos um
pouco mais pardos, desafiando a falta de discernimento do eleitor.
Se a sucessão de 2014 fosse um parque de diversões, poder-se-ia dizer que começou no carrossel, encontra-se na montanha russa e vai terminar no trem-fantasma.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta terça-feira (23)
aos líderes mundiais para estabelecer um "novo rumo" ante os perigos do
aquecimento global.
Ele discursou na abertura da Cúpula do Clima das Nações Unidas, em Nova
York, que conta com a participação de mais de 120 chefes de Estado e de
Governo. A presidente Dilma Rousseff e o presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama, devem falar para a plenária durante o evento.
"A mudança climática é a questão crucial de nossa era. Está definindo
nosso presente. Nossa resposta definirá nosso futuro", afirmou Ban no
discurso de abertura da reunião em Nova York, onde são esperados
anúncios de compromissos que facilitem a conclusão de um acordo na
conferência internacional de 2015 em Paris.
O ator Leonardo Di Caprio, que foi nomeado mensageiro da paz da ONU,
pediu aos governantes que é preciso acabar com a poluição e que a
"mudança climática é a nossa maior ameaça de segurança". "Eu era um dos
400 mil que marcharam em Nova York pela ação climática", disse ele,
referindo-se à passeata que aconteceu neste domingo (21) em diversas
cidades do mundo.
O objetivo da cúpula é compartilhar experiências aplicadas em cada país
para reduzir os fatores que provocam as alterações climáticas e definir
os passos que irão tomar nas áreas mais críticas para que a temperatura
do mundo suba menos de 2°C. O encontro servirá ainda como prévia da
Assembleia-Geral da ONU, que será realizada nesta quarta-feira (24).
Durante todo o dia, os líderes dos países, inclusive o Brasil, vão
apresentar seus trabalhos em discursos de até quatro minutos, para
anunciar novas ações que estejam implementando em nível nacional,
especialmente nas áreas de financiamento; eficiência energética;
energias renováveis; adaptação; redução do risco de desastres e
resiliência; florestas; agricultura; transporte; poluentes climáticos de
curta duração; e cidades.
O
ator Leonardo Di Caprio, nomeado mensageiro da Paz pela ONU, também
alertou aos representantes de governos sobre os perigos da mudança
climática
As propagandas do PT e do PSDB no rádio focaram em temas como
experiência política e habitação, mas sem deixar de lado críticas à
adversária Marina Silva (PSB), que, segundo a propaganda tucana, "é a
Dilma com outra roupa". Já o programa da ex-ministra ressaltou, do
começo ao fim, denúncias de corrupção no atual governo.
O PSB
destacou, em seu horário, manchetes de jornais e revistas com casos de
corrupção. Os locutores do programa afirmaram que, "nas mãos da Dilma e
do PT", a Petrobras perdeu metade do seu valor e citaram a delação do
ex-diretor Paulo Roberto Costa, assim como a compra de Pasadena. "Hoje, a
empresa tem uma dívida quatro vezes maior do que quando Dilma assumiu.
Imaginem o que pode acontecer se a Petrobras continuar mais quatro anos
na mão dessa turma", diz o programa. Marina não participou da propaganda
em nenhum momento.
Já a inserção do PSDB deu ênfase à
experiência política de Aécio Neves, ressaltando que ele terminou seu
segundo mandato como governador de Minas Gerais com 92% de aprovação. O
programa também frisou que ele manterá benefícios se eleito. "Ninguém
vai perder benefício algum. Pelo contrário. Vamos fazer o País crescer e
os benefícios vão valer mais", disse Aécio. A propaganda do partido
prometeu ainda rever o fator previdenciário e manter a política de
reajuste de salário mínimo.
O programa voltou a fazer
críticas a Marina, lembrando que ela já foi do PT. "Vejo hoje uma enorme
semelhança entre a Dilma de quatro anos atrás e a Marina de hoje. Quem
tira o PT do governo somos nós", afirmou o tucano. Uma breve música
tocada pelo programa disse ainda que "Marina é a Dilma com outra roupa".
O
PT, por sua vez, usou o horário eleitoral para falar de programas para
deficientes e habitação, mas manteve críticas a Marina em alguns
momentos. A presidente Dilma Rousseff destacou o programa Viver Sem
Limite, que visa garantir mais autonomia aos deficientes, e prometeu
deixar o País cada vez mais inclusivo. Outro tema de destaque foi o
Minha Casa Minha Vida. "Não vou me acomodar com o fato de ser a
presidenta que mais construiu casas populares. Assumo o compromisso de
realizar a terceira etapa do Minha Casa Minha Vida, com mais três
milhões de moradias", disse Dilma.
O programa deixou as
propostas de lado para afirmar que Marina diz ter votado a favor da
CPMF, mas o site do Senado diz o contrário. "Dona Marina, dizer que fez
uma coisa quando na verdade fez outra tem um nome viu?", disse um
locutor. "Que coisa feia dona Marina", criticou outro.
Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira mostra que a presidente
Dilma Rousseff ampliou a vantagem que tinha em relação à Marina Silva
no primeiro turno da corrida ao Palácio do Planalto. Dilma oscilou de
38,1% para 36% das intenções de voto, mas Marina caiu de 33,5% para
27,4% na comparação para a sondagem divulgada do dia 9 de setembro. O
candidato do PSDB, Aécio Neves, subiu de 14,7% para 17,6%.
No principal
cenário de disputa para segundo turno, Dilma tem 42% contra 41% de
Marina, empatadas tecnicamente. No levantamento anterior, Marina e Dilma
também estavam tecnicamente empatadas, a candidata do PSB tinha 45,5%
contra 42,7% da petista. Na disputa entre Dilma e Aécio, a presidente se
reelegeria com 45,5% contra 36,5% do tucano. Na última pesquisa, Dilma
tinha 47,5% e o tucano, 33,7%.
Segundo a CNT, foram
entrevistadas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 unidades
federativas das cinco regiões do País, nos dias 20 e 21 de setembro. A
margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para
menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-00753/2014.
Trabalhadores
não podem ficar à mercê da vontade do “sindicato dos rodoviários” que age de forma irresponsável o que justifica a
mudança de seu nome para “sindicato dos baderneiros”.
Rodoviários de 13 regiões do DF paralisam as atividades nesta
segundaEles
deveriam ter recebido um adiantamento salarial no sábado, mas as empresas ainda
não realizaram o pagamento. Paralisação iniciou às 12h
[o direito de greve assiste a todo trabalhador; inaceitável é
que as greves ocorram de surpresa, tática que prejudica apenas os trabalhadores
que necessitam do transporte coletivo.
A categoria dos rodoviários, em sua maioria baderneiros, tem que
ser compelida a seguir as regras elementares da Lei de Greve – que ainda está
vigente e entre elas está a de avisar previamente aos empregadores.
Não pode persistir o entendimento de que os rodoviáriosestão liberados para decretar paralisações sempre que seus interesses
recomendar.]
Rodoviários
da Viação Pioneira e da Auto Viação Marechal estão de braços cruzados desde as 12h
desta segunda-feira (22/9). Eles reivindicam um adiantamento salarial
correspondente a 40% do ordenado que, segundo o Sindicato dos Rodoviários,
deveria ser depositado no sábado (20). [detalhe que comprova que o
“sindicato dos baderneiros”mente:
nenhuma operação bancária de depósito ou transferência é realizada aos
sábados.]
Com um
total de 1.104 ônibus fora de circulação, a paralisação engloba duas das cinco bacias
do transporte público do DF. As regiões afetadas sãoItapoã,
Paranoá, Jardim Botânico, Lago Sul, Candangolândia, Park Way, Santa Maria, São
Sebastião, Gama, Guará, Águas Claras e parte de Taguatinga e Ceilândia.
Não há, por parte dos rodoviários, previsão para volta caso o pagamento não
seja efetuado. "A resolução é bem
simples: dinheiro na conta e carro na rua", sintetizou Marcos Júnior,
diretor do Sindicato dos Rodoviários. As empresas afirmaram, via assessoria de
comunicação, que ainda não pagaram os funcionários, mas "trabalham para resolver a situação ainda hoje".
Envolvimento
Segundo o Ministério Público Federal, Rôney Nemer recebeu propina em
troca de apoio ao governo Arruda na Câmara Distrital. Exerceu seu
mandato de 2007 a outubro de 2008, quando se licenciou para assumir a
presidência da Brasiliatur, e entre março e junho de 2009, quando foi
indicado diretor-geral da Agência de Fiscalização do governo. Na
contabilidade do propinoduto, ele é citado ora por seu primeiro nome
'Roney', ora pelas iniciais 'RN', ora por 'RNeh'. O que aconteceu
Rôney Nemer continua na Câmara Distrital e agora apoia o governo do
petista Agnelo Queiroz. Em 29 de junho de 2012, ele e outras 36 pessoas
foram denunciadas pela Procuradoria-Geral da República. É acusado de
corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Entenda o escândalo
Comentário Soube de fonte segura que o Roney Nemer é o principal incentivador das invasões, sobretudo daquelas que acontecem em áreas de preservação ambiental.Ele incentiva invasões e botecos mesmo aqueles que vendem bebida alcoólica para menores de idade.Tudo que é errado e prejudicial esse "deputado" incentiva e protege.
Ao 'Bom Dia Brasil',
presidente afirmou que a adversária tem posição favorável aos bancos.
Questionada sobre economia, discutiu e disparou: 'Assim é difícil'
Carolina Farina
Dilma: irritação no Bom DiaBrasil
A presidente-candidata Dilma Rousseff
(PT) voltou nesta segunda-feira a mirar sua artilharia na adversária do
PSB, Marina Silva. “Ela tem uma posição favorável aos bancos. Eu não”,
afirmou, justamente após ser questionada sobre a campanha do medo que seu partido promove na televisão.
Dilma participou da série de entrevistas com os candidatos ao Planalto do jornal Bom Dia Brasil, da Rede Globo. A presidente não disfarçou a irritação ao longo de toda a entrevista – abordada sobre temas espinhosos, chegou a disparar um “assim é complicado”, ao ser questionada sobre os dados em que baseava suas respostas.
Sobre as peças publicitárias que associam Marina ao fim da comida no prato dos mais pobres, a presidente foi categórica: “Estou alertando, não provocando o medo”. Disse que tudo o que sua campanha afirma está no programa de governo
da adversária, como a independência do Banco Central. “Tornar o BC
independente é criar um quarto poder. A Praça dos Três Poderes terá de
se chamar Praça dos Quatro Poderes”, afirmou.
Sobre a redução do papel
dos bancos públicos, Dilma afirmou que programas do governo seriam
colocados em risco. "O governo coloca subsídio entre 90% e 95% (no Minha
Casa, Minha Vida). Passa isso para banco privado e nunca esse país vai
ver uma casa para os mais pobres", afirmou.
“E eu é que provoco o
medo?", prosseguiu. Dilma disse ainda que não basta dizer que quer
reduzir o papel dos bancos públicos, "tem que explicar para quanto quer
reduzir". "Ela tem um alinhamento claro: tem uma posição favorável aos
bancos. Eu não", afirmou. Na sequência, disse que os "bancos são
importantíssimos". A petista ainda defendeu suas medidas protecionistas e
afirmou que “não é a favor do desmame da indústria”.
Dilma teve também de responder sobre o megaesquema de corrupção
instalado na Petrobras e voltou a utilizar o discurso do “eu não sabia”.
Sobre o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, delator do petrolão,
afirmou: “Foi uma surpresa. Se eu soubesse que ele ela corrupto,
estaria imediatamente demitido”. Questionada sobre o fato de Costa ter
ocupado o cargo por oito anos – dois deles quando Dilma já estava no
Planalto, disse que a indicação dele não foi sua responsabilidade e que o
ex-diretor era funcionário de carreira da estatal, portanto, tinha
credenciais para o cargo. “O que eu escolhi é responsabilidade minha
(referindo-se a diretores nomeados em seu governo). No meu caso, não
houve indicação política”. Indicado pelo PP ao posto, Costa assumiu a
Diretoria de Abastecimento em 2004, no governo Lula. Não à toa Dilma apressou-se a completar: “E não foi também no caso do Lula”.
A petista voltou a questionar o papel da imprensa na investigação de
esquemas de corrupção. Disse que reportagens não produzem provas que
possam ser analisadas pela Justiça. E afirmou que a investigação cabe à
Polícia Federal e ao Ministério Público. “Quem descobriu esse esquema
fomos nós. A PF está subordinada ao Ministério da Justiça, que integra o
meu governo”, afirmou. Ainda assim, disse que não tinha conhecimento
dos desmandos de Costa na estatal: “Crimes de corrupção não são
praticados à luz do dia”. Ainda que imersa em escândalos e sustentando resultados preocupantes
– a dívida não para de crescer mesmo após a capitalização de 120
bilhões de reais em setembro de 2010 – a Petrobras vai muito bem na
visão da presidente. “A Petrobras já se recuperou”, afirmou Dilma. “Será
um fator imenso de crescimento para o Brasil. A produção de petróleo é
importantíssima para o país”, completou, para encerrar: “A investigação
não impede o crescimento da produção de petróleo”.
Foi justamente ao tratar de economia
que a irritação da presidente se tornou mais evidente. Ela discutiu com
os jornalistas acerca dos números com os quais era questionada. "Não
concordo com essa avaliação da situação internacional", afirmou, ao
ouvir que países como Chile e Bolívia apresentam crescimento maior do
que o brasileiro. Afirmou que a redução do ritmo do crescimento chinês
também atrapalha o Brasil. E que a melhora significativa da situação
depende dos rumos da economia americana. "A situação no mundo é
extremamente problemática", continuou. Ao apresentar dados negativos
sobre a Europa, foi abordada com números diferentes, ao que respondeu:
"É complicado, fica me cortando".
Na
entrevista concedida ao “Bom Dia Brasil”, que foi ao ar nesta segunda,
Dilma Rousseff era o retrato do fim da era da mistificação petista. Essa
era contou, sim, com o endosso de setores importantes da imprensa, que
não entenderam o que ia nos subterrâneos daquele “modelo” — se é que se
pode chamar assim —, que usou um período especialmente favorável da
economia internacional, marcado pela alta demanda da China e pela
elevação das commodities, para distribuir alguns parcos benefícios,
ensaiar uma política pífia de distribuição de prebendas e trombetear o
fim da miséria.
A fortuna
sorriu aos governos petistas, e os companheiros, afoitos, sob a condução
do ogro amoroso e bonachão, a transformaram em consumo, deixando para
as calendas reformas essenciais que nos conduzissem a um ciclo de
crescimento longo e sustentado. Não só essas reformas não foram feitas
como foram demonizadas pelos companheiros. O PT começou a articular o
discurso no medo — o partido que chegou falando em “esperança”… — já na
eleição de 2006, quando se lançou o espantalho da privatização das
estatais. O tema foi retomado em 2010 e, ainda que com novo conteúdo,
chega ao paroxismo agora, quando acusa os adversários de querer roubar a
comida da mesa dos brasileiros.
Nesta
segunda, o boletim Focus previu uma expansão de apenas 0,3% do PIB neste
ano, com juros de 11% e inflação bem perto do teto da meta: 6,3%. Para o
ano que vem, as perspectivas não são muito animadoras: crescimento de
1,01%, Selic de 11,25% e inflação em 6,28%. Atenção! O quadriênio de
Dilma tem tudo para ser o pior da história “no que se refere” (como diz a
governanta) ao crescimento: média de 1,55% — contra 2,58% no primeiro
mandato de FHC, 2,1% no segundo; 2,55% no Lula I e 4,48% no Lula II.
Nota à margem: parte das dificuldades da presidente deriva de
irresponsabilidades cometidas no segundo mandato de seu antecessor. Mas
não vou entrar nesse particular agora.
Dilma foi questionada a respeito na entrevista concedida ao “Bom Dia Brasil”. A íntegra, com o link para o vídeo, está aqui.
De fato, ela não tem a mais remota ideia do que aconteceu e do que está
em curso. A presidente insiste em culpar o cenário internacional, mas
não consegue explicar por que outros países, nesse mesmo cenário, estão
em situação muito melhor. Restou-lhe ensaiar uma glossolalia sobre a
economia mundial e foi atropelando tudo: fatos e lógica. Apontou uma
inexistente deflação nos EUA, errou a taxa de crescimento da Alemanha,
foi dizendo o que lhe dava na telha.
Até o que
faz sentido em sua fala — de fato, o Banco Central nos EUA (Fed) não se
limita a arbitrar taxa de juros; também leva em consideração a expansão
da economia e o emprego — se perdeu num discurso desordenado e
defensivo. Afinal, ela destacava essa tríplice preocupação do Fed,
suponho, para enfatizar que uma independência absoluta do BC, descolada
de outras preocupações, tornaria um país refém de uma única variável.
Uma conversa madura e sensata a respeito, pois, passaria por um debate
sobre as atribuições do Banco Central e o alcance da autonomia ou
independência.
Mas aí
seria uma conversa séria, fora da estúpida rinha eleitoral. Como Dilma
está em pânico, e interessa colar nos adversários, especialmente em
Marina, a pecha de “candidata dos banqueiros”, restou-lhe o
constrangimento adicional de ter de defender a campanha eleitoral
terrorista que seu partido vem fazendo.
Comecei
este post afirmando que a entrevista foi a expressão do fim de uma era. O
PT hoje quer o poder para que possa… continuar no poder. É
compreensível que os mercados fiquem desarvorados quando se avalia que
crescem as possibilidades de reeleição de Dilma. Nessa hipótese, ninguém
vê motivos para prever quatro anos futuros muito distintos desses
últimos quatro.
Entrevistas
como a concedida ao “Bom Dia Brasil” sempre oferecem a chance de se
vislumbrarem alguma luz, algum rasgo de clareza, algum caminho. E o que
se viu foi um discurso envolvo numa névoa de anacolutos e irresoluções.
Se Dilma for reeleita, dá-se como certo que não haverá bons dias, Brasil!
Além
do brasileiro, o Brasil já inventou o analista de juiz de futebol, o
jurado de escola de samba, o despachante, o senador biônico, o
flanelinha, o comunista capitalista, o cabo eleitoral de ofício, o
guerrilheiro que não sabe atirar e a família Sarney. A usina de
esquisitices não pode parar, sugerem duas singularidades incorporadas
neste ano ao vastíssimo acervo de assombros. No começo do ano, o País do
Carnaval pariu o único doutor honoris causa do planeta que nunca leu um
livro e não sabe escrever. Em seguida, decidiu que Dilma Rousseff seria
a primeira faxineira da história que odeia vassoura e gosta de lixo.
Promovida a ministra de Minas e Energia em 2003, Dilma fez mais que
conviver anos a fio, sem qualquer vestígio de desconforto, com o lixo
amontoado por Lula no primeiro escalão federal. Como atestam três itens
no prontuário, a chefe da Casa Civil fez o que pôde para piorar o que já
estava péssimo. Com o dossiê forjado contra Fernando Henrique e Ruth
Cardoso, Dilma aumentou o lixo. Com a conversa em que tentou induzir
Lina Vieira a indultar a Famiglia Sarney, escondeu o lixo. E
intensificou extraordinariamente a produção de lixo ao transformar em
sucessora a melhor amiga Erenice Guerra.
“A corrupção será combatida permanentemente”, mentiu no discurso de
posse. Se pensasse assim, seriam outros os ministros na plateia. Ao
chamar de volta Antonio Palocci e Alfredo Nascimento, por exemplo,
trouxe para dentro de casa o entulho já depositado na caçamba. Ao nomear
Pedro Novais e manter no emprego Wagner Rossi e Orlando Silva, livrou
do aterro sanitário algumas pilhas de detritos. Ao prorrogar o prazo de
validade de Carlos Lupi, revelou que já existe até o lixo de estimação.
(Tanto assim que fez questão de convidar a melhor amiga Erenice Guerra,
desempregada por excesso de gatunagem, para a festa de posse).
Como atestam as imagens registradas no primeiro sarau do novo
governo, Dilma ficou muito feliz com a escolha dos seis ministros
localizados pela imprensa no pântano das maracutaias. Lamentou a partida
de cinco e faz o que pode para não se desfazer do sexto. A permanência
de Carlos Lupi no Ministério do Trabalho transforma a antiga suspeita em
certeza: a faxineira do Brasil Maravilha não consegue viver sem lixo por perto.
Aquartelada
em milhares de ‘cargos de confiança’, a
multidão de militantes do PT perdeu o sono com a desativação iminente do
programa Desemprego Zero Pró-Companheirada
Em
sua coluna na Folhadesta
quarta-feira, o jornalista Fernando Rodrigues publicou uma constatação, de
autoria ainda ignorada, que tem feito muito sucesso nas redes sociais: “Em 2002, eu achava que o PT estava
despreparado para assumir o governo. Mas eu não sabia
que o PT estaria agora tão despreparado para deixar o governo”. O
parecer condensado em duas frases, endossa o colunista, é “uma avaliação tão cruel quanto verdadeira”.Já tem vaga assegurada nas boas antologias de
definições definitivas.
Se Dilma Rousseff for derrotada, milhares de militantes do PT não vão
apenas perder a eleição.
Perderão também os cargos de confiança
que garantem aos ocupantes o que é mais que um emprego. É um passaporte
para expedientes magros e salários obesos, um salvo-conduto para desfrutar do
feriadão a cada 15 dias, a certeza da vida mansa. Os pendurados nos cabides em poder do Partido
dos Trabalhadores perderam o sono não com o destino do Bolsa Família
ou do Fome Zero. O que confiscou o sossego da turma é a iminente desativação da mais bem
sucedida pilantragem assistencialista forjada pelo lulopetismo: o
programa Desemprego Zero Pró-Companheirada.
Incluído na lista
das espécies extintas desde janeiro de 2003,
o petista desempregado logo vai multiplicar-se por todo o país.
Fernando Rodrigues
prevê que o fenômeno se manifestará com especial intensidade na capital
federal. “Em Brasília, é possível
respirar um certo pânico no ar”, informou no mesmo artigo cujo título é um
perfeito resumo da ópera: Haja Prozac. “Só aqui há mais de 20 mil cargos de confiança, todos
ocupados pelo petismo e adjacências. Por baixo, serão mais de 40 mil
desamparados. Voltarão a seus Estados para pedir trabalho na iniciativa privada
ou em algum governo, prefeitura ou sindicato sob o comando do PT”.
A
procura será dramaticamente maior que a oferta. Se o quadro desenhado pelas pesquisas
eleitorais não sofrer mudanças radicais, o PT será demitido sumariamente de três dos cinco governos
estaduais que controla. Com a perda do Rio
Grande do Sul, e do Distrito Federal e da Bahia, sobrarão o Piauí e o Acre. Os índices anêmicos dos candidatos
companheiros no Paraná, em Santa Catarina, em São Paulo e no Rio de Janeiro
anunciam o fim dos cabides de emprego no Sul e no Sudeste. E recomendam aos sem-contracheque que busquem sustento em outras
freguesias.“Em Harvard, a universidade
oferece um serviço gratuito de atendimento psicológico
a estudantes estrangeiros que passam um tempo por lá e depois têm de retornar a
seus países”, lembra o colunista da Folha. “Dilma poderia pensar no assunto. Uma ‘bolsa
psicólogo’ ajudaria a manter mais calmas as pessoas a seu lado”. É uma boa
ideia. Outra é
sugerir aos flagelados do Desemprego Zero que se dirijam ao Instituto Lula em
busca de adjutórios. Ali anda
sobrando dinheiro.
“Acho que nosso país precisa de fortes fundamentos éticos… o nosso
país precisa de compromissos com essa questão chamada igualdade de oportunidades”,desandou
Dilma Rousseff no palanque em Duque de Caxias antes da derrapagem
espetacular: “Nosso país também precisa ter um compromisso com aqueles que
desviam dinheiro público…”
Dilma diz que é preciso ter
compromisso com aqueles que desviam dinheiro público Ela
disse isso mesmo?, duvidarão os muito céticos. Disse, atesta o vídeo que
registra a reafirmação pública do compromisso
com a bandidagem de estimação.
Mas o que poderia ter sido o início de um potente surto de sinceridade era
apenas outra pane na cabeça baldia, informaram a pausa súbita, a expressão apalermada e a
continuação do palavrório em dilmês castiço: “…No combate a eles contra a corrupção, acabando com a impunidade”, tentou
corrigir o neurônio solitário.
Caprichando na pose
de Faxineira do Planalto, que só usa a vassoura para esconder o lixo,
a oradora foi em frente com a promessa de revogar o que o governo
institucionalizou: “Não é possível que no
Brasil tenhamos pessoas que queiram viver com recursos que não são delas, que
são do povo”. Verdade. Nenhuma nação resiste a tanta roubalheira.É também por isso que Dilma está prestes a perder o emprego
que a obriga, como vive recitando, a “cuidar
de todos os brasileiros e de todas as brasileiras”.
A partir de janeiro, por decisão do
eleitorado, a babá de país
terá tempo de sobra para cuidar só do neto.
Karla Valentine começou a trabalhar em uma escola no inverno. Quando chegou o verão, vieram as roupas curtas e, com elas, suas diversas tatuagens ficaram à mostra.
A
escola enviou imediatamente as regras sobre vestuário, dizendo que
tatuagens não eram um bom exemplo para crianças. Karla pediu demissão.
Assim como ela, diversos leitores da BBC enviaram depoimentos contando como tatuagens prejudicaram suas vidas profissionais.
Os relatos incluem promoções negadas e uma entrevista de emprego interrompida na metade.
Embora
já sejam bem aceitas em algumas áreas específicas, principalmente na
indústria voltada para jovens, um estudo sobre o tema feito na
Universidade de St. Andrews, na Escócia, mostrou que ainda há um estigma
ligado a tatuagens visíveis.
Palavras como "repugnante" e
"desagradável" foram usados para descrever a percepção que clientes
teriam sobre uma empresa que contratasse alguém tatuado, de acordo com o autor da pesquisa, Andrew Timming.
Isto
foi verificado mesmo quando os próprios empregadores tinham tatuagens.
"Havia recrutadores que tinham tatuagens em locais que não ficavam à
mostra e disseram que não contratariam alguém com uma tatuagem visível",
diz Timming.
Segundo ele, o tamanho e a localização das tatuagens
influenciam nas decisões dos empregadores. O tema também faz diferença:
desenhos ofensivos não são bem aceitos, mas uma flor ou uma borboleta,
por exemplo, costumam ser mais aceitas em locais de trabalho.
Veja abaixo algumas histórias enviadas por leitores:
"Me disseram que eu era um mau exemplo para crianças"
Tenho 35 anos e trabalhava como
ajudante em uma escola. Quando me contrataram eu já tinha tatuagens e
piercings no rosto e, no inverno, não tive problema, porque elas ficavam
cobertas. Mas quando o verão chegou meus braços ficaram à mostra.
Logo me enviaram um guia com
regras sobre como se vestir. Dizia que tatuagens visíveis e piercings
no rosto não eram um bom exemplo para crianças e deveriam ser cobertos.
Eu era boa no meu trabalho com
as crianças e elas aparentavam gostar das minhas tatuagens. Meio que
comecei uma campanha, mas eu não queria trabalhar num ambiente onde
diziam-me que eu não podia fazer o trabalho porque tinha tatuagens e
piercings.
Depois de uma semana mais ou menos eu pedi demissão. O
diretor me chamou para conversar, mas eu não acredito que deveria lutar
para explicar que sou uma boa funcionária e uma pessoa decente.
Acho
triste que em 2014 nós ainda sejamos tão discriminatórios sobre as
escolhas das pessoas e que as crianças cresçam aprendendo esses
conceitos superficiais. A melhor parte foi que, depois de um mês, eles fizeram uma festa da escola com uma barraca de tatuagem temporária para as crianças! Karla Valentine, Suffolk, UK
"Cortaram minhas horas de trabalho"
Meu antigo chefe
era contra modificações no corpo por causa de suas crenças religiosas.
Eu era constantemente assediada por causa dos meus piercings e
tatuagens.
Diminuíram minhas horas de trabalho depois que eu fiz
minhas tatuagens, apesar de elas não serem visíveis. Eu tenho os dois
pés tatuados também, mas sempre uso meias e sapatos.
Trabalho
cuidando de crianças e me disseram que mesmo fora do trabalho eu tinha
que manter as aparências e deixar minhas tatuagens cobertas porque eu
poderia encontrar com as crianças por acaso.
Quando
estou com uniforme não dá para ver as minhas tatuagens, mas já me
disseram que eu sou assustadora com tatuagens e piercings e que poderia
perder potenciais clientes para o negócio. Sam, Brisbane, Austrália
"Pediram que eu me tapasse"
Tenho tatuagens nos dois braços
inteiros e meu empregador anterior declarou que os funcionários tinham
que cobrir todas as tatuagens durante o horário de trabalho, o que eu
achei errado porque outros membros da equipe foram autorizados a usar
brincos, o que também é uma forma de modificação do corpo. A regra tem
que valer para todos.
Agora,
eu trabalho em uma empresa que não discrimina tatuagens. Antes, eu
trabalhava para um empregador que proibia qualquer funcionário, mesmo os
terceirizados, de mostrar suas tatuagens no local de trabalho.
Jef, Teddington, UK
"Minha entrevista de emprego foi interrompida"
Eu sou uma menina de 20 anos e
tenho muitas tatuagens no meu corpo. Eu já vi reações muito diferentes à
minha arte. Acho que como eu sou tão jovem e com tantas tatuagens
(perdi a conta na 50ª) as pessoas ou amam e me acham corajosa ou odeiam e
me insultam, usando minhas tatuagens como munição.
Um empregador até desligou o telefone na minha cara quando descobriu que eu tinha tatuagens.
Em 2012, me candidatei a um emprego como garçonete. A entrevista era metade por telefone e metade ao vivo.
Estava indo bem, mas quando o empregador falou que o uniforme era de
mangas curtas e eu contei que tinha os braços tatuados ele simplesmente
desligou.
Outra vez, eu estava trabalhando como assistente em uma
loja de celulares quando um cliente começou a gritar na minha cara. Eles
tiveram alguns problemas para recarregar seu telefone, como eu não
podia resolver, disseram que eu só tinha conseguido o emprego porque
tinha tatuagens. Disseram que eu era nojenta e decepcionava a empresa.
Eu chorei.
Eu não sou mal educada ou horrível. Eu não uso drogas
ou nada assim. Trabalho duro, pago minhas contas, faço trabalho de
caridade para animais e ainda me xingam de nomes nojentos sem razão. A
arte que eu tenho não é nem ofensiva. Só porque eu sou tatuada não
significa que eu seja desagradável, assustadora ou estúpida. Amii Parr, Reading, Reino Unido
"Perdi uma promoção"
Prometeram-me uma promoção
quando fiz 18 anos e eu estava esperando para deixar de ser uma
funcionária que serve mesas e lava louças para virar uma garçonete, que
anota os pedidos, em um bar.
No meu aniversário de 18 anos eu fiz uma tatuagem nos braços como se fosse uma camiseta de manga curta
e meu chefe negou a promoção que ele prometeu, apesar de alguns dos
meus colegas de trabalho terem tatuagens muito mais visíveis e
piercings.
Eu pedi demissão um mês depois.
Meu chefe não
disse diretamente que negou a promoção por causa da minha tatuagem, mas
os comentários que fez deixaram claro que ele não gostou.
Ele me perguntou se eu estava louca e por que meus pais me deixaram fazer isso comigo mesma.