O que fizemos com aquele Brasil
próspero e divino, a caminho do desenvolvimento, do progresso, da ordem e da
paz social, que estava se desenhando uns 50 anos atrás?
Quem não se lembra da primeira ou das
primeiras professoras? Elas marcaram a vida de todos aqueles com mais de 40 anos.
Eram nossas mães fora de casa. Nos ensinavam valores; o que era certo e o que
era o errado; eram o nosso porto seguro.
Mais que isso: eram referências,
líderes e amigas de verdade. Acompanhavam nossos primeiros passos na
alfabetização, na socialização e nos apresentavam várias formas para enfrentar
o novo mundo que iríamos descobrir. Em Niterói, fui aluno de um mito da
educação chamada Marília Mattoso.
A regra valia para o ensino privado e
o público. Em 99% dos casos, eram escolas públicas que tinham excelência. Professoras
funcionárias do Estado brasileiro. Eram especiais, eram mães dedicadas de
dezenas ou centenas de crianças. E pasmem: eram servidoras públicas. Tratadas
com respeito pelas famílias que a elas entregavam suas crianças, seus preciosos
filhos. Todos tinham clareza de sua missão.
Acreditem: esse Brasil já existiu um
dia.
Quando nossos pais tinham algum
problema sério, conversavam com a polícia. Procurar um Delegado de Polícia era
procurar auxílio, ajuda, apoio, amparo de alguém de índole inquestionável, de
um pai de família exemplar, de um amigo que faria todo o possível para ajudar
um cidadão, um contribuinte, um eleitor.
A chegada de um novo policial a um
distrito era um evento importante; era algo equiparável à chegada de um novo
padre na paróquia. A polícia era a referência de apoio para todos da
comunidade. Quantas crianças e jovens sonhavam em crescer e se tornar um
policial. Um defensor dos fracos e oprimidos: um herói. Quem nunca brincou de
SWAT ou, até uns mais velhos, de Vigilante Rodoviário?
Acreditem: esse Brasil já existiu um
dia.
Quantas vezes ouvíamos nossos pais
conversarem com as nossas mães sobre os nomes dos candidatos a Prefeito,
Vereador ou Deputado? Os candidatos muitas vezes eram pessoas conhecidas
das nossas famílias. Eram nomes referendados pela comunidade antes mesmo de
submetidos ao escrutínio das urnas. Já entravam na disputa com a vitória da
legitimidade e da representatividade.
Candidatavam-se dentistas, médicos,
comerciantes, mecânicos, feirantes, confeiteiros e outros membros da comunidade
reconhecidamente representativos deles. Perguntem a seus pais e poderão
confirmar como era difícil convencer o médico, o farmacêutico, o dentista e até
mesmo o mecânico a se candidatarem. Os argumentos utilizados eram o bem-estar
da comunidade. Era por patriotismo que eles se candidatavam. Por dever cívico.
Acreditem: esse Brasil já existiu um
dia.
Quando uma família perdia o seu
patriarca ou o seu mantenedor, os vizinhos, os amigos e os membros da
comunidade se mobilizavam para amparar aos que precisavam. Quantos de nós
chamamos de "avô", “tio”, “padrinho” ou “compadre” pessoas que não
têm nenhum parentesco consanguíneo conosco? Eram membros da comunidade que
assumiam responsabilidades sociais, familiares, afetivas e financeiras em nome
de uma estrutura social em que buscavam promover a justiça e o bem-estar da
comunidade e de seus membros.
Acreditem: esse Brasil já existiu um
dia.
A base de uma comunidade, a base de
uma sociedade é o que a define. Enquanto não resgatarmos nossos valores morais,
sociais e coletivos não encontraremos nenhuma saída real para os males que
afligem este País maravilhoso chamado Brasil.
Não podemos mais nos envergonhar de
sentirmos saudades daquele Brasil dos nossos pais. Aquele Brasil que tínhamos
em nossa infância e na nossa juventude precisa voltar a existir. Não é
saudosismo, nem messianismo, muito menos iluminismo de classe média. É uma
necessidade urgente.
Que Brasil nós queremos?
Aquele Brasil dos agiotas, dos
rentistas perdulários, dos marajás inescrupulosos, dos políticos mentirosos e
ladrões? Um Brasil onde os impostos e multas massacram indiscriminadamente
todos aqueles que trabalham duramente para oferecer um futuro melhor para seus
familiares?
Um país onde um cidadão honesto teme
tanto a polícia quanto teme o crime organizado? Um país onde os políticos
são sinônimo de desonestidade? Um país onde a população diz abertamente que a
lei só é aplicada para punir os pobres e indefesos assalariados? Um País com
rigor seletivo contra os inimigos estatais de ocasião, escolhidos pela
"gestapos" que infestam a máquina pública?
Não. Absolutamente, o Brasil das
indagações anteriores não interessa a nós, brasileiros. E também não interessa
ao mundo. O planeta Terra depende de um Brasil próspero, produtivo e desenvolvido.
Como mera colônia de exploração, por seu tamanho e potencial, o Brasil
desequilibra o sistema de poder e a economia do mundo.
O Brasil e os brasileiros são mais
fortes do que pensam esses inescrupulosos corruptos que se encastelaram na
máquina pública. O brasileiro não é corrupto. O brasileiro não é preguiçoso e
nem um desonesto oportunista.
Somos centenas de milhões de
trabalhadores, pais de família, irmãos e filhos dedicados. Somos milhões de
estudantes buscando um lugar ao sol. Somos milhões de batalhadores incansáveis
e esperançosos de um futuro próspero.
Futuro este que virá quando
expurgarmos da máquina pública todos aqueles que não trabalharem pelo bem da
comunidade, pelo bem do povo e pelo bem da Pátria.
Quem duvidar deste destino irá se
surpreender, muito em breve. Não dá mais para segurar. A transformação é
irreversível. Mudar é preciso!
A Revolução Brasileira está em
andamento, rumo a um inédito processo de Intervenção Cívica Constitucional. Os
mesmos brasileiros que promovem a alegoria organizada na alegria do carnaval
são os protagonistas de profundas mudanças em curso.
Acreditem e tenham fé, amor e
esperança: o Brasil dos valores bons e corretos ainda voltará a existir um dia.
O ano chinês, do Macaco, começou
anteontem. O nosso, diz a lenda, começa, de fato, nesta quarta-feira de cinzas.
Depois do carnaval oficial, vem o
"carnaval" de mudanças...
Sigiloso por quê?
O juiz Sérgio Moro autorizou a Força Tarefa da Lava Jato e
a Polícia Federal a abrirem inquérito sigiloso para apurar a relação entre o
famoso sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP) - usado 11 vezes por Lula - e as
empreiteiras já investigadas:
“Além da extensão da investigação para além do âmbito da
empresa OAS, entendemos que as diligências em curso demandam necessário sigilo,
já que o fato ainda está em investigação”.
O perigo é que, se as investigações sigilosas derem em nada ou pouca
coisa, Lula ainda sai de bonzinho e perseguido no final da História...
OI, Lula!
O Antagonista, do Diogo Mainardi, comprovou que é mesmo um
site muito antenado...
A
instalação de uma antena da operadora de telefonia Oi a poucos metros do sítio
de Lula em Atibaia pode se transformar em mais um indício ligando o imóvel ao
ex-presidente.
Quem visita o local percebe que o sinal de celular é
precário na região e melhora quanto mais perto se chega do sítio Santa Bárbara.
Uma pesquisa no cadastro das ERBs (Estações Rádio Base)
revela que a Oi Móvel instalou uma antena no local em 13 de setembro de 2011, meses após a reforma do sítio. A licença de operação só
saiu em 3 de setembro de 2013.
A torre (última da relação abaixo) está instalada no final
de uma travessa da Estrada Parque das Cascatas, ao lado de uma casinha simples,
nos limites da propriedade frequentada por Lula. O local faz divisa com o sítio
"La Chamade" e outro imóvel sem identificação.
O Antagonista sugere que a Lava Jato solicite informações
à Anatel e ao cartório da região.
Sitiados
Autofardo
Perseguido
Astúcia burra
Primos sem vergonha