Carlos Newton
A explosiva reportagem de Daniel Pereira e Robson Bonin, na Veja, confirma artigos publicados há meses na Tribuna da Internet adiantando que José Dirceu (ex-chefe da Casa Civil), Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT) e José Genoíno (ex-presidente do partido) seriam incriminados nos processos do chamado Petrolão, nas mesmas condições do mensalão, por participarem ativamente do esquema de corrupção montado para perpetuar o PT no Poder e que tinha tentáculos no mensalão, na Petrobras, nos Fundos de Pensão, no BNDES e em outras estatais, como a Eletrobras.
Aos poucos, estão sendo confirmadas essas informações exclusivas da TI, publicadas com absoluta exclusividade, e agora surgem as revelações do engenheiro Ricardo Pessoa, presidente do grupo UTC e organizador do cartel de empreiteiras. Preso há três meses, ele tenta conseguir um acordo de delação premiada para revelar o que sabe sobre o escândalo da Petrobras. E as manobras para convencê-lo do contrário seguem o padrão do ciclo petista no poder: o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, o advogado-geral da União Luís Inácio Adams, o ex-presidente Lula e até a sucessora Dilma Rousseff se transformaram em advogados de defesa do PT e tentam evitar que os escândalos atinjam o Planalto.
Desta vez, porém, trata-se de missão impossível, porque não terá êxito a montagem de manobras semelhantes às arquitetadas pelo então ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos no julgamento do mensalão. Agora, Lula e Dilma serão inevitavelmente envolvidos, na condição de principais beneficiários do esquema, e o impeachment é apenas uma questão de tempo.
AS REVELAÇÕES DE PESSOA
Em síntese, as revelações do empresário Ricardo Pessoa são as seguintes:
AS RAZÕES DA DELAÇÃO
A reportagem de Daniel Pereira e Robson Bonin explica com clareza as motivações do pedido de delação premiada do engenheiro baiano Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC:
A primeira, evidente, é não ser sentenciado pela acusação de montar um cartel de empreiteiras destinado a fraudar licitações na Petrobras, quando a festa pagã de que ele tomou parte na estatal foi organizada pelo PT, o partido do governo. A segunda, também óbvia, é atrair para o seu martírio o maior grupo de notáveis da política que ele sabe ter se beneficiado das propinas na Petrobras e, assim, juntos, ficarem maiores do que o abismo — salvando-se todos. A terceira, mais subjetiva, é, atormentado pela ideia de que tudo o que ele sabe venha a ficar escondido, deixar registrado para a posteridade o funcionamento do esquema de corrupção na Petrobras feito com fins eleitorais. Antes dono de um porte imponente e até ameaçador, Pessoa está magro e abatido. As acusações de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa que pesam sobre ele poderiam ser atenuadas caso pudesse contar, em delação premiada, quem na hierarquia política do país foi ora sócio, ora mentor dos avanços sobre os cofres da Petrobras.
Segundo a reportagem, a delação premiada estava num impasse, porque os procuradores federais queriam que Pessoa falasse também sobre a corrupção em outras estatais, cuja realidade ele diz desconhecer por não ter negócios com elas. E os procuradores desconfiavam também que Pessoa estivesse sonegando informações úteis para a investigação. Mas depois dessas revelações feitas espontaneamente à Veja, não é possível que os procuradores continuem a negar a delação premiada.
O PT, o Instituto Lula e o Planalto estão literalmente em pânico. A Oposição vai convocar Pessoa para ouvir as acusações ao vivo na CPI da Petrobras. Não há a menor dúvida de que as revelações dele facilitam o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Agora, é somente uma questão de tempo.
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PS – Agradecemos ao comentarista Mário Assis, ex-secretário de Administração do governo do Estado Rio, por insistir em que as consequências das revelações de Pessoa fossem analisadas aqui na Tribuna da Internet. Realmente valeu a pena.
A explosiva reportagem de Daniel Pereira e Robson Bonin, na Veja, confirma artigos publicados há meses na Tribuna da Internet adiantando que José Dirceu (ex-chefe da Casa Civil), Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT) e José Genoíno (ex-presidente do partido) seriam incriminados nos processos do chamado Petrolão, nas mesmas condições do mensalão, por participarem ativamente do esquema de corrupção montado para perpetuar o PT no Poder e que tinha tentáculos no mensalão, na Petrobras, nos Fundos de Pensão, no BNDES e em outras estatais, como a Eletrobras.
Aos poucos, estão sendo confirmadas essas informações exclusivas da TI, publicadas com absoluta exclusividade, e agora surgem as revelações do engenheiro Ricardo Pessoa, presidente do grupo UTC e organizador do cartel de empreiteiras. Preso há três meses, ele tenta conseguir um acordo de delação premiada para revelar o que sabe sobre o escândalo da Petrobras. E as manobras para convencê-lo do contrário seguem o padrão do ciclo petista no poder: o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, o advogado-geral da União Luís Inácio Adams, o ex-presidente Lula e até a sucessora Dilma Rousseff se transformaram em advogados de defesa do PT e tentam evitar que os escândalos atinjam o Planalto.
Desta vez, porém, trata-se de missão impossível, porque não terá êxito a montagem de manobras semelhantes às arquitetadas pelo então ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos no julgamento do mensalão. Agora, Lula e Dilma serão inevitavelmente envolvidos, na condição de principais beneficiários do esquema, e o impeachment é apenas uma questão de tempo.
AS REVELAÇÕES DE PESSOA
Em síntese, as revelações do empresário Ricardo Pessoa são as seguintes:
- O esquema organizado de cobrança de propina na Petrobras começou a funcionar em 2003, no governo Lula, organizado pelo então tesoureiro do PT Delúbio Soares.
- A UTC financiou clandestinamente as campanhas do ministro Jaques Wagner ao governo da Bahia em 2006 e 2010.
- A empreiteira ajudou o ex-ministro José Dirceu a pagar despesas pessoais a partir de simulação de contratos de consultoria.
- Em 2014, a campanha de Dilma Rousseff e o PT receberam da empreiteira 30 milhões de reais desviados da Petrobras.
AS RAZÕES DA DELAÇÃO
A reportagem de Daniel Pereira e Robson Bonin explica com clareza as motivações do pedido de delação premiada do engenheiro baiano Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC:
A primeira, evidente, é não ser sentenciado pela acusação de montar um cartel de empreiteiras destinado a fraudar licitações na Petrobras, quando a festa pagã de que ele tomou parte na estatal foi organizada pelo PT, o partido do governo. A segunda, também óbvia, é atrair para o seu martírio o maior grupo de notáveis da política que ele sabe ter se beneficiado das propinas na Petrobras e, assim, juntos, ficarem maiores do que o abismo — salvando-se todos. A terceira, mais subjetiva, é, atormentado pela ideia de que tudo o que ele sabe venha a ficar escondido, deixar registrado para a posteridade o funcionamento do esquema de corrupção na Petrobras feito com fins eleitorais. Antes dono de um porte imponente e até ameaçador, Pessoa está magro e abatido. As acusações de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa que pesam sobre ele poderiam ser atenuadas caso pudesse contar, em delação premiada, quem na hierarquia política do país foi ora sócio, ora mentor dos avanços sobre os cofres da Petrobras.
Segundo a reportagem, a delação premiada estava num impasse, porque os procuradores federais queriam que Pessoa falasse também sobre a corrupção em outras estatais, cuja realidade ele diz desconhecer por não ter negócios com elas. E os procuradores desconfiavam também que Pessoa estivesse sonegando informações úteis para a investigação. Mas depois dessas revelações feitas espontaneamente à Veja, não é possível que os procuradores continuem a negar a delação premiada.
O PT, o Instituto Lula e o Planalto estão literalmente em pânico. A Oposição vai convocar Pessoa para ouvir as acusações ao vivo na CPI da Petrobras. Não há a menor dúvida de que as revelações dele facilitam o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Agora, é somente uma questão de tempo.
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PS – Agradecemos ao comentarista Mário Assis, ex-secretário de Administração do governo do Estado Rio, por insistir em que as consequências das revelações de Pessoa fossem analisadas aqui na Tribuna da Internet. Realmente valeu a pena.