domingo, 11 de janeiro de 2015

Discurso racista da extrema-esquerda já encontra reflexo na influência de crimes contra brancos: em BH, bandidos assaltam ônibus e escolhem vítimas pela cor da pele

vítimas pela cor da pele

crimeseletivo
Leia um trecho da matéria Bandidos assaltam ônibus e escolhem vítimas pela cor da pele, do Em.com.br, e depois comento:


Três assaltantes que atacam passageiros de ônibus na Avenida Nossa Senhora do Carmo, na Região Centro-Sul de BH, escolhem as vítimas pela cor da pele. Na hora do assalto, eles não levam nada de quem é negro ou pardo, alegando que são “trabalhadores”, mas roubam celulares e outros objetos de valor de quem não se enquadra nesse perfil.



A denúncia é de vítimas que tiveram pertences levados e que acusaram a preferência à polícia e também fizeram apelos nas redes sociais. Até um abaixo-assinado virtual foi criado para que um ponto de ônibus em frente ao aglomerado Morro do Papagaio seja desativado.


Somente nos sete primeiros dias deste ano, foram quatro ocorrências de roubo, admite o comandante do 22º Batalhão da PM, responsável pela área, tenente-coronel Eucles Figueiredo. Segundo o militar, operações preventivas são feitas no local.



Por volta das 7h30 de quarta-feira, uma das vítimas foi a analista de comércio exterior Maylin Santana Carvalho de Souza, de 27 anos, passageira da linha 2104 (Nova Gameleira/Milton Campos). No dia anterior, às 18h30, três ladrões com as mesmas características e modo de agir invadiram também um ônibus da linha 5106, no mesmo local.


Três mulheres, de 24, 28 e 30 anos, e dois homens, de 21 e 23, tiveram celulares, dinheiro, bolsas e documentos levados. Outras vítimas não quiseram aguardar a chegada da PM e foram embora sem registrar queixa.



Os assaltantes sempre fogem a pé, em direção ao Morro do Papagaio, no Bairro Santa Lúcia, próximo ao trevo de acesso ao Bairro Belvedere, onde havia um Posto de Observação da Polícia Militar, que foi desativado.


Maylin conta que, na manhã de quarta-feira, estava a caminho do trabalho, com mais de 50 pessoas no ônibus. Segundo ela, os ladrões embarcaram no Centro de BH.


“Três rapazes, todos negros, entraram e ficaram observando os passageiros. Na Nossa Senhora do Carmo, cada um deles sacou um revólver e, juntos, anunciaram o assalto. Um deles encostou a arma no meu rosto e falou: ‘Passa o seu celular, que já vi que você tem um’. Um rapaz negro foi entregar o telefone dele e o ladrão não aceitou e disse: ‘Você, não, neguinho. Você é trabalhador’”, relata.


“O motorista e o cobrador do ônibus também foram rendidos, mas, como eram negros, os ladrões não levaram nada deles”, completou. De acordo com ela, passageiros das linhas 8106, 5106 e 8001 também são assaltados na região. “O local é um prato cheio para os ladrões”, disse a vítima.

Quem gosta de estudar dinâmica social e engenharia social (esta última especialmente no âmbito da Segurança de TI), tende a focar muito em padrões específicos de comportamentos, que tendem a gerar resultados específicos. Imagine que você queira estudar a natureza do fator que leva muitas pessoas a entregarem suas senhas a outras pessoas, apenas por acharem que estas possuem contatos com a alta direção.



Que tipo de discursos eles ouvem? O que os torna mais vulneráveis à falsa autoridade? E, assim, vamos criando conhecimento corporativo para ajudar a empresa a se livrar de brechas na segurança.



Que padrões levam a explosões intoleráveis de violência (que se pretendem moralmente justificadas) como o atentado terrorista ao Charlie Hebdo ou o estupro seguido de morte de dezenas de mulheres, selecionadas para serem seviciadas, violentadas e mortas apenas por serem brancas?



Por trás de fenômenos como esses, assim como no caso dos assaltos seletivos à brancos em BH, temos normalmente a mão boba da extrema-esquerda, que marxisticamente, fica o dia inteiro martelando no ouvido das “minorias”: “Ei, vocês estão sendo discriminados”, “Ei, os (x) são opressores”, “Ei, você tem que cobrar o preço de toda essa opressão”. Felizmente, nem toda pessoa pertencente à uma minoria cai nessa conversa.




Aliás, a sorte é que é uma “minoria dentre a  minoria” que cai nisso. Caso contrário viveríamos em guerra civil.


Enfim, o resultado da execução deste padrão comportamental está aí.

Mais estimulo ao homossexualismo.Estão agora pagando para os brasileiros virarem gays?Por que o PT tem fixação neste tema??


  09/01/2015 16h28

Travestis podem ganhar bolsa estudo e tratamento hormonal em São Paulo

Medidas fazem parte do programa 'Transcidadania'.
Interessados poderão fazer supletivo e cursos profissionalizantes.


Do G1 São Paulo
 

A Prefeitura de São Paulo planeja oferecer bolsas de R$ 840 para travestis e transexuais completarem seus estudos ou fazerem cursos profissionalizantes. A gestão Fernando Haddad (PT) vai também oferecer tratamento hormonal em unidades básicas de saúde com o objetivo de evitar que pessoas desse grupo arrisquem sua saúde colocando, por exemplo, silicone industrial para deixar o corpo mais feminino.


As medidas fazem parte do programa Transcidadania, que será lançado pela Prefeitura ainda neste mês. A ideia é atender inicialmente cem pessoas, mas ampliar o programa no segundo semestre.



O investimento total previsto é de R$ 2 milhões para 2015. A bolsa de R$ 840 será oferecida por um período de dois anos, e os participantes terão que comprovar presença nas aulas para receber o valor.



Segundo Alessandro Rodrigues, coordenador de Políticas LGBT da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, a possibilidade do pagamento está prevista no Programa Operação Trabalho, instituído em 2001.



O princípio é semelhante e busca que pessoas em situação de vulnerabilidade social tenham acesso a um programa de transferência de renda que garanta a elas uma condição de autonomia financeira mínima para que possam concluir a escolaridade básica e fazer atividades de formação profissional.



Segundo Rodrigues, um levantamento feito com as 75 primeiras pessoas interessadas em participar do programa mostrou que 60% não têm ensino fundamental. “Muitas foram expulsas de casa com 12 ou 13 anos. Antes de enfrentar a discriminação no mercado de trabalho, a própria discriminação na vida delas já as torna ‘inimpregáveis’”, diz Rodrigues.



Um dos objetivos é, portanto, elevar o nível de escolaridade dos participantes. Eles serão inseridos em duas escolas na região central que terão uma estrutura especial com a presença de psicólogos e pedagogos para ajudar na resolução de possíveis conflitos.


Outras metas são oferecer a qualificação profissional para que as participantes já tenham chances de deixar o programa empregadas e dar a elas cursos de cidadania e direitos humanos.



Hormônio
O tratamento hormonal será oferecido em duas unidades básicas de saúde, na região da República e Santa Cecília. A Prefeitura de São Paulo quer evitar que as participantes do programa arrisquem sua saúde com tratamentos para deixar o corpo mais feminino.



Muitas delas trabalham na prostituição e recorrem a silicones industriais, por exemplo. No levantamento feito com travestis e transexuais interessados no programa, 31% declararam usar esse tipo de produto. “Às vezes inflama, é algo que não pode ser retirado do corpo, e dependendo do grau de inflamação, pode matar”, diz o coordenador de políticas LGBT da Prefeitura.



Esse tipo de tratamento já é oferecido pelo governo do estado de São Paulo no Centro de Referência e Tratamento (CRT)/Aids. Segundo Rodrigues, lá a fila de espera é de 1.400 pessoas.


Outras ações
O programa Transcidadania terá ainda diversas outras ações. A Secretaria de Assistência Social vai abrir uma “casa-abrigo” exclusiva para participantes do programa. Além disso, todas serão inscritas no Programa Bolsa Família, do governo federal.


O governo municipal estima que pelo menos 4 mil travestis e transexuais residam na cidade.


Inscrições

As inscrições no programa podem ser feitas no Centro de Combate à Homofobia, no "Pateo do Collegio", nº 5. Os telefones para contato são (011) 3105-4521 e (011) 3106-8780.

A destruição de matas e suas conseqüências

 Logotipo do site Cultivando

O que é o desmatamento?
 


O desmatamento, ou também chamado de desflorestação é o processo de desaparecimento de matas (maciços florestais), fundamentalmente causado pela atividade humana.

Ponto fraco na educação
Será que temos boa consciência ambiental?


Faça um teste: pergunte para algumas pessoas se elas conseguem te dar 4 motivos ambientais ou socioeconômicos para evitarmos a destruição de matas.


É bem provável que nenhuma delas consiga lhe dizer nem 2 motivos coerentes, os governantes e legisladores do nosso país têm a mesma consciência sobre o assunto. 


Isso ocorre porque a discussão ambiental se resume a dizer que não se deve desmatar, sem tentar provar que essa é uma opinião racional. Mas nossa consciência exige justificativas para tomar decisões, mesmo que não estejamos percebendo. Além disso, o ambientalismo hoje, é facilmente associado ao radicalismo, o que é um erro. 


Quem desmata?
O desaparecimento de florestas no Brasil é causado por três fatores principais: a obtenção de solo para a agropecuária, a indústria madeireira, e a especulação imobiliária.


Isso ocorre por dois principais motivos: falta de conseqüência ambiental, e falta de fiscalização do governo sobre o cumprimento das leis. 


Conseqüências do desmatamento
Para que possamos lidar com o desmatamento, é necessário conhecermos bem suas causas. Aqui estão listadas as principais conseqüências da derrubada de matas.


        Prejuízos ambientais:
  1. Perda de biodiversidade: Os seres vivos que hoje estão nas vegetações nativas foram originados por um lento processo evolutivo, que levou bilhares de anos. A perda da diversidade de seres, além da perda de variedade genética, é um processo irreversível
    .
  2. Degradação dos mananciais: A retirada da mata que protege as nascentes causa sérios problemas ao bem que está cada vez mais escasso em todo o mundo: a água. Isso ocorre principalmente devido à impermeabilização do solo em torno da água.

  3. Aterramento de rios e lagos: Com o solo sem cobertura vegetal abundante, a erosão ocorre em intensidade e freqüência espantosas, sendo o solo levado diretamente aos rios e lagos. Lembrando que a erosão é a perda de solo causada por água e vento. Esse processo faz com que o volume dos lagos seja limitado, e a vazão dos rios seja comprometida.

  4. Redução do regime de chuvas: Pode não parecer, mas a maior parte da água das chuvas continentais vem das próprias áreas continentais, e não do mar. A derrubada de grandes áreas com matas altera o clima das regiões, causando normalmente períodos estendidos de estiagem.

  5. Redução da umidade relativa do ar: A evapotranspiração das folhas é um dos principais reguladores da umidade do ar, além de promover a regulação da temperatura nos ambientes em que estão. A derrubada de matas deixa o ar mais seco e a temperatura mais elevada e instável.

  6. Aumento do efeito-estufa: As florestas são grandes reservas de carbono, que guardam o carbono em sua estrutura orgânica. Ao queimarmos essas florestas, quase todo o carbono absorvido pelas plantas volta à atmosfera, causando considerável aumento no efeito-estufa, tornando o planeta ainda mais quente.

  7. Comprometimento da qualidade da água: A maior erosão e lixiviação causada pelo desmatamento fazem com que a qualidade da água seja comprometida, tornando-a sempre turva e muitas vezes imprópria para ao consumo.

  8. Desertificação: A retirada de matas associada a manejos inadequados do solo, tem causado a desertificação dos ambeintes, onde a ausência de vida predomina.
        Prejuízos socioeconômicos:
  1. Redução do turismo: As áreas de mata nativa são sem dúvida um grande atrativo, principalmente ao eco-turismo. Apesar disso, muitas cidades e estados não conhecem esse potencial e não aproveitam. O desaparecimento de matas traz perdas incalculáveis e irreversíveis ao turismo nesses locais.

  2. Perda do potencial hídrico brasileiro: O Brasil é a maior reserva de água do mundo. Com o desmatamento, há degradação das nascentes e dos rios, descartando a possibilidade do Brasil se tornar poderoso por possuir a maior parte desse bem tão essencial.

  3. Perda do potencial farmacêutico: O Brasil, possuidor da maior biodiversidade biológica do mundo, faz baixíssimo proveito do potencial farmacêutico bilionário de suas plantas. Muitos dos remédios e cosméticos que circulam pelo mundo são feitos com extratos de plantas descobertas em nossas matas. Na verdade, não conhecemos nem a metade das espécies que existem no nosso país. O desmatamento traz conseqüências irreversíveis ao setor.

  4. Perda do potencial genético: Poucos sabem, mas o desenvolvimento da agricultura depende de programas de melhoramento genético, que dependem diretamente de espécies nativas das plantas cultivadas. A resistência a doenças e pragas é muitas vezes adquirida através do cruzamento de parentes próximos nativos encontrados com a cultura em questão.
 

Os impactos da agricultura


A produção de alimentos é um dos maiores desafios do mundo moderno. A agricultura hoje produz alimentos para uma população estimada em 6,5 bilhões de pessoas em todo o planeta.


O crescimento populacional excessivo tem feito com que o ser humano consuma quase tudo aquilo que o planeta tem para oferecer. Com uma população tão grande, é quase utópico imaginarmos uma produção de alimentos suficiente e sem impacto algum.

Os impactos causados pelo ser humano são muitos, mas é possível reduzi-los. O ideal é que daqui a algum tempo, os nossos estudos e pesquisas consigam descobrir uma forma de produzir alimentos de forma eficiente e sem
impactos no meio-ambiente.
População
População crescente

Impactos gerados pela agricultura:
Para que possamos buscar solução aos problemas do mundo moderno, precisamos conhecer ao menos os maiores impactos causados pela atividade de maior impacto no meio-ambiente: a agricultura. Por isso, nós listamos aqui alguns dos principais impactos da agricultura:

  • Desmatamento – a derrubada de matas originais, inevitável devido ao crescimento populacional demasiado, vem sendo a causa dos maiores impactos ambientais. (Saiba mais sobre as conseqüências do desmatamento)


  • Erosão – é a perda de solo causada pela associação do uso incorreto do solo associado com as chuvas e ventos. Essa perda está retirando todas as camadas superiores do solo, chegando até as rochas, tornando o solo não-agricultável. Além disso, a terra que escorre com as chuvas, soterra rios e lagos, comprometendo sua vazão e qualidade da água.

  • Perda de biodiversidade – as espécies formadas durante muitos milhares de anos estão simplesmente desaparecendo com o desmatamento. Essas espécies podem ser necessárias para a produção de medicamentos no futuro.

  • Esgotamento da água doce – muito se enganam os que pensam que o consumo doméstico gera os maiores gastos de água. Mais de 60% da água doce é utilizada na irrigação de campos agrícolas.

  • Poluição atmosférica – por mais que a produção de material vegetal capture carbono da atmosfera, o carbono liberado por atividades relacionadas supera a quantidade capturada. Esse carbono é liberado pela queima de diesel dos tratores, produção de fertilizantes e defensivos agrícolas, além da decomposição de restos de cultura.

  • Defensivos agrícolas
    Poluição de águas – o uso descontrolado de adubos e defensivos agrícolas vem causando sérios problemas de contaminação de águas por resíduos e materiais lixiviados no solo, que podem causar problemas inclusive com a eutrofização e contaminação de águas potáveis.

  • Desertificação – O uso inadequado do solo, hoje liderado pela produção de gado e outros animais, vem desgastando os solos de forma espantosa, tornando-os quase totalmente inférteis. Isso vem fazendo com que quase nenhuma planta consiga sobreviver em muitas dessas áreas, tornando-as desertas. Esse processo, infelizmente, é irreversível.

  • Destruição de mananciais – o avanço da agricultura sobre as matas nativas causa destruição das nascentes, por soterramento, impermeabilização, entre outros fatores.

  • Geração de resíduos – a produção animal é uma das maiores causas da geração de resíduos, principalmente devido às fezes animais geradas em animais criados em confinamento. As fezes dos porcos (chamadas de chorume de porco), as fezes de frango (chamadas de cama de frango), entre outras, estão dentre as principais poluidoras de ambientes rurais.
Existem muitos outros impactos ambientais que a agricultura, assim como toda permanência do homem, causa. Conhecendo esses problemas, busquem novas soluções para nosso futuro. O nosso planeta depende disso.
 

Justiça determina perícia sobre impactos de agrotóxicos em área indígena no Pará


Publicado em janeiro 5, 2015 por


Índios Tembé apontam relação entre a chegada da empresa Biopalma em Tomé-Açu e o surgimento de doenças

agrotóxicos

A Justiça Federal determinou a realização de perícia científica em área de cultivo de dendê e em área indígena no município de Tomé-Açu, no nordeste do Pará. A decisão é baseada em ação em que o Ministério Público Federal no Estado (MPF/PA) aponta indícios de que o uso de agrotóxicos pela empresa Biopalma está provocando sérios impactos no meio ambiente e, principalmente, na saúde das famílias indígenas Tembé.



Em caráter liminar, o juiz federal Antonio Carlos Almeida Campelo determina que a perícia seja executada pelo Instituto Evandro Chagas (IEC) para averiguar os impactos da cultura do dendê no solo, na flora, na fauna, no ar e nos recursos hídricos.



Campelo definiu também que a investigação deve verificar se há presença de agrotóxicos utilizados na cultura do dendê e se esses produtos estariam causando problemas à saúde dos índios. O IEC deve providenciar, ainda, a realização de exames clínicos nos Tembé da Terra Indígena (TI) Turé-Mariquita.




Espera – Desde 2012, pelo menos, os Tembé da Turé-Mariquita tentam obter compensações e ações de mitigação para os impactos que sofrem com as atividades da Biopalma da Amazônia, de acordo com informações enviadas pelo MPF/PA à Justiça. Também foram encaminhados vários relatos indígenas com denúncias sobre a contaminação, com a morte de animais, peixes e o surgimento de várias doenças.



“Adultos e crianças sentem muita dor de cabeça, febre, diarreia e vômito. Estão dispostos a negociar e a ouvir as propostas da empresa. Os alimentos estão ficando contaminados. Antes caçavam nas áreas que são hoje da empresa e hoje são proibidos. A comunidade foi procurar a empresa para reivindicar saneamento e a empresa se recusou, disse que não tinha nada a ver com isso.



Precisamos trabalhar juntos, precisamos de melhoria de vida, peixes e caças mortas depois da aplicação do veneno, antes nós não víamos isso”, diz um dos relatos.


Recentemente, o Instituto Evandro Chagas comprovou contaminação por agrotóxico em plantações de dendê, registradas em relatório de perícia feita nos municípios de São Domingos do Capim, Concórdia do Pará, Bujaru e Acará, vizinhos de Tomé-Açu e também tomados por plantações de dendê para beneficiamento pela Biopalma e outras empresas. 



O relatório, apesar de não tratar especificamente do município de Tomé-Açu, guarda muitas semelhanças com os relatos dos índios.


Processo nº 0033930-90.2014.4.01.3900 – 5ª Vara Federal em Belém


Fonte: Ministério Público Federal no Pará
Publicado no Portal EcoDebate, 05/01/2015

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Estudo do IPAM mergulha na produção científica existente para entender importância das florestas


Publicado em janeiro 7, 2015 por



Faixas de APPs devem ser mais largas do que a Lei determina



Por André Lima




A publicação lançada esta semana pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), em parceria com o Observatório do Código Florestal (OCF), se utiliza de dezenas de pesquisas e estudos científicos para comprovar que as faixas protegidas como Áreas de Preservação Permanente (margens de rios, topos de morros, etc.), devem ser mais largas do que determina o atual Código Florestal.



As faixas em Áreas de Proteção Permanente (APPs) no novo Código, aprovado em 2012, obedecem à regra da escadinha, que, dependendo do tamanho da propriedade e da largura do rio, podem ser reduzidas para até 5 metros – algo insuficiente para a conservação da biodiversidade, servindo os estudos científicos compilados na publicação intitulada  “Código florestal: por um debate pautado em ciência”.



De acordo com o advogado ambiental e coordenador da pesquisa, André Lima, as regras vigentes no antigo Código Florestal para as APPs garantiram a integridade mínima destas áreas sensíveis no novo código , esta certeza não existe: “Fica evidenciado que a revisão do Código Florestal foi pautada fundamentalmente por razões políticas e econômicas e não por um debate técnico e científico sobre padrões mínimos de conservação, como clamavam os parlamentares que conduziram a revisão da lei“.





A bióloga e engenheira florestal Nurit Bensusan, também responsável pela publicação, ressalta que o principal objetivo da pesquisa que buscou os estudos existentes relacionados ao Código Florestal e diferentes aspectos de proteção de florestas e biomas, foi a tentativa de melhorar a comunicação entre pesquisadores, responsáveis pela criação de políticas públicas e a população em geral: “As decisões não podem ficar nas mãos só dos políticos. A população precisa estar informada e participar das decisões”, afirma Bensusan, para quem “é preciso aproximar o conhecimento científico da sociedade“.



Besunsan lamenta as lacunas nas pesquisas existentes, que não fazem projeções para o futuro e se restringem a áreas específicas do nosso território: “As pesquisas não medem o impacto a longo prazo. Elas também não abarcam todos os biomas. Há uma concentração de estudos sobre a Mata Atlântica”, conta.




Ainda de acordo com o estudo, as Reservas Legais – o percentual de propriedades rurais em que é obrigatória a manutenção da vegetação nativa – são fundamentais para a conservação de todo ecossistema – tanto para espécies de árvores como de anfíbios, aves e mamíferos, como para a qualidade e quantidade da água existente. Portanto, existe uma relação íntima entre recursos hídricos, proteção de vegetação nativa e conservação do solo. Ao interferir em um destes fatores, todos os outros são afetados.




A publicação apresenta um breve histórico dos dispositivos legais sobre as florestas, desde o Regimento do Pau-Brasil (1605) aos dias de hoje e examina a importância da legislação florestal para a proteção de biodiversidade, do solo, da fauna e dos recursos hídricos.




E alguns exemplos históricos, remetem a problemas atuais de escassez de água: A recuperação da Floresta da Tijuca, em 1861, por Dom Pedro II, ilustra como o corte de madeiras nobres e os desmatamentos constantes para o cultivo de milho, mandioca e café acabaram com boa parte da Mata Atlântica do Rio de Janeiro, secando nascentes e provocando falta d’água.




O imperador deu início ao projeto de reflorestamento comandado pelo Major Archer que, com a ajuda de cinco escravos, plantou mais de 100 mil árvores nativas em 13 anos. Resultado: A água voltou a brotar.



Entre as várias recomendações abordadas na pesquisa, estão a carência de planejamento para a gestão do uso da terra, levando-se em conta o conhecimento científico acumulado. Tal fato ilustra a necessidade de aproximação entre a produção de informação científica e a tomada de decisões administrativas e legais que envolvam o uso do solo e de recursos naturais.




Além de compilar vários estudos científicos, foi realizado também um levantamento bibliográfico em diversos portais de artigos e sites de universidades e instituições de pesquisa. Este estudo fornece um panorama da produção científica relacionada à proteção florestal e aponta algumas lacunas relevantes, como contribuição para pensar a pesquisa de uma forma mais integrada e, se possível, mais próxima e acessível à sociedade brasileira.



Acesse por aqui o estudo completo.


Fonte: IPAM – Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
Publicado no Portal EcoDebate, 07/01/2015

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Instituições alertam para a falta de conhecimento sobre a Mata Atlântica


Publicado em janeiro 9, 2015 por


Projeto pretende elaborar diagnóstico das pesquisas no bioma para criação de banco de dados, produzir mapa do uso do solo e oferecer cursos de capacitação.



De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a Mata Atlântica abriga 35% das espécies de flora já registradas no país (em torno de 20 mil), bem como mais de duas mil espécies de fauna, entre aves, anfíbios, répteis, mamíferos e peixes. Apesar dessa riqueza, o bioma é o mais ameaçado, desmatado e fragmentado do país, com apenas 7% de sua cobertura original preservada.



Com o objetivo de proteger essa biodiversidade e propor ações efetivas de conservação, foi criado em Curitiba (PR) o Centro Integrado para a Conservação da Mata Atlântica – In Bio Veritas, em 2007. “A ideia surgiu do contato com outros pesquisadores, pois percebemos a lacuna de conhecimento sobre a Mata Atlântica e a necessidade de articular melhor as competências de cada um”, explica o pesquisador Ricardo Britez, responsável pelo projeto.




Fazem parte do Centro representantes da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), do Museu de História Natural Karlsruhe (Alemanha) e da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, instituição que também financia o projeto.




Compilação para novas ações
De acordo com Britez, percebeu-se que, para propor pesquisas e ações aplicadas à conservação da Mata Atlântica, era necessário fazer um levantamento completo das informações já disponibilizadas por outros estudos. Para tanto, foram definidas quatro frentes de trabalho que acontecem concomitantemente.



A primeira é a elaboração de um banco de dados das pesquisas realizadas no litoral paranaense, região delimitada inicialmente para a elaboração do projeto, por ser muito importante para a conservação, visto que a região faz parte do maior remanescente contínuo de Mata Atlântica do Brasil. “Está sendo resgatado tudo o que já foi estudado, onde foi pesquisado e se os materiais foram aplicados ou não”, comenta Britez. A ideia é, uma vez pronto, disponibilizar o banco de dados online. Até o momento já foram catalogados cerca de 1.100 projetos.




A segunda estratégia é a avaliação e compilação das pesquisas realizadas exclusivamente em Unidades de Conservação (UCs) no litoral do Paraná. Nesse momento, estão sendo analisadas quais delas têm mais estudos, quais os temas mais abordados e quais necessitam de algum enfoque específico.




“O objetivo desse diagnóstico de pesquisas é oferecer informações aos gestores das UCs para auxiliá-los na criação ou implementação dos planos de manejo”, ressalta o responsável técnico pelo projeto. O litoral do Paraná possui 19 unidades de conservação, sendo 13 delas na categoria de proteção integral, cujo objetivo principal é a conservação da biodiversidade.



O terceiro ponto é a definição de um protocolo de monitoramento da biodiversidade da Mata Atlântica, que é um manual de como se proceder para monitorar a fauna e flora, estruturando o que se deve medir, de que forma, o que avaliar e como informar os resultados. Ele tem sido feito por meio da análise de pesquisas, verificando o que já se tem de informação sobre o assunto.



“Ainda não existe um formato estruturado de monitoramento, por isso estamos trabalhando para gerar esse protocolo que vai auxiliar bastante na conservação da biodiversidade do bioma”, comenta Britez.




Também será produzido um mapa da vegetação e uso do solo no litoral paranaense, comparando imagens de 2000/2001 com as dos anos 2010/2011. Assim, será verificado o status atual da conservação da região, oferecendo um panorama de quais regiões são prioritárias para receberem pesquisas e ações de preservação.




A última etapa da pesquisa é definir conteúdos programáticos para a realização de cursos de capacitação com base nas informações obtidas nas outras três linhas de ação do projeto.




 “Com 10 pesquisadores, temos grande expertise dentro do Centro para oferecer esse material com qualidade. Esperamos que gere mais conhecimento, conscientização e ações efetivas de conservação da biodiversidade desse bioma tão rico, complementando os esforços públicos”, conclui o pesquisador. O projeto, que será concluído em setembro deste ano, tem como instituição responsável a SPVS (PR).



Segundo a diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes, o trabalho do In Bio Veritas é de grande relevância, pois transforma a informação científica em ação de conservação. “Os pesquisadores embasam com dados técnicos as lacunas de conhecimento, produzindo levantamentos inéditos, além de orientar como essas informações devem ser aplicadas na prática”, ressalta.



Ela explica ainda que essa é uma forma de aproximar o conhecimento das pessoas. “A forma científica de se expressar muitas vezes não é de fácil entendimento para a população. A divulgação desses dados facilitará essa comunicação, mostrando para a sociedade o que já foi feito e o que precisa ser mais estudado”, conclui.




Importância da Mata Atlântica
A Mata Atlântica possui ampla distribuição, pois abrange boa parte do litoral brasileiro, estendendo-se desde o Rio Grande do Sul até o Piauí, além dos estados de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Por conta dessa distribuição, vivem em seu domínio cerca de 120 milhões de brasileiros, que geram aproximadamente 70% do PIB do país. Além disso, a região presta importantes serviços ambientais como a produção de água em quantidade e qualidade, a manutenção da fertilidade do solo, a regulação do clima, além de proteção de encostas, evitando a erosão.




Apesar dessas características importantes para a manutenção da vida no planeta, o bioma sofre diversas ameaças, a exemplo da pressão de setores como imobiliário e agroindústria. A pesca predatória que gera desequilíbrio na biodiversidade marinha também é uma realidade, além do desmatamento que aumenta a fragmentação da Mata Atlântica.




Esse desmatamento reduz cada vez mais o espaço de ocorrência de espécies como mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia), jacutinga (Aburria jacutinga), onça-pintada (Panthera onca), papagaio-da-cara-roxa (Amazona brasiliensis).



Sobre a Fundação Grupo Boticário – A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza é uma organização sem fins lucrativos cuja missão é promover e realizar ações de conservação da natureza. Criada em 1990 por iniciativa do fundador de O Boticário, Miguel Krigsner, a atuação da Fundação Grupo Boticário é nacional e suas ações incluem proteção de áreas naturais, apoio a projetos de outras instituições e disseminação de conhecimento. Desde a sua criação, a Fundação Grupo Boticário já apoiou 1.417 projetos de 480 instituições em todo o Brasil.



A instituição mantém duas reservas naturais, a Reserva Natural Salto Morato, na Mata Atlântica; e a Reserva Natural Serra do Tombador, no Cerrado, os dois biomas mais ameaçados do país. Outra iniciativa é um projeto pioneiro de pagamento por serviços ambientais em regiões de manancial, o Oásis. Na internet: www.fundacaogrupoboticario.org.br, www.twitter.com/fund_boticario e www.facebook.com/fundacaogrupoboticario.




Publicado no Portal EcoDebate, 09/01/2015



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Pesquisas testam uso de microalgas para reduzir emissões de dióxido de carbono (CO2)


Publicado em janeiro 9, 2015 por


notícia

Projeto da Universidade Federal do Rio Grande do Norte trabalha com o cultivo desses organismos para tratamento da água de produção de petróleo.



Pesquisadores em várias regiões do país buscam alternativas para aproveitar o potencial das microalgas. Além da possibilidade de produção de biodiesel, uma das vertentes consideradas promissoras – em tempos de mudanças climáticas e de previsões de progressivo aquecimento global –, é o cultivo associado a tecnologias que permitam a redução de gases de efeito estufa, diante da capacidade das microalgas de assimilarem o dióxido de carbono (CO2) do ar.




Pesquisas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por exemplo, trabalham com a reprodução desses organismos em água de produção de petróleo.



“Para nós é um resíduo poluente, mas para as microalgas um ótimo meio para o seu crescimento, o que possibilita gerar energia limpa no processo e contribui para o tratamento e a recuperação da água”, explica a coordenadora do Laboratório de Investigação de Matrizes Vegetais Energéticas, Juliana Lichston, que conduziu o projeto de pesquisa até novembro de 2012.



A pesquisadora conta que a iniciativa faz parte de um projeto mais amplo para produção de biodiesel a partir de microalgas, iniciado em novembro de 2009, que culminou, em abril de 2012, com a inauguração da primeira planta piloto do Brasil, patrocinada pela Petrobras. A planta piloto localiza-se em Extremoz, no Centro Tecnológico de Aquicultura da UFRN, e visa, de forma prática, constatar o potencial de produção de biomassa algal em grande escala e a qualidade do óleo extraído para conversão deste em biodiesel.




“Os resultados obtidos com a pesquisa UFRN-Petrobras são bastante promissores, o desafio é aliar os resultados científicos ao mercado nacional viabilizando a produção industrial biocombustível”, ressalta Juliana. “Essa produção numa escala industrial poderá alavancar a produção nacional de biodiesel apresentando várias vantagens ambientais e econômicas”, reforça.
Alternativa




Para a cientista, os estudos nessa área são de grande relevância, uma vez que esses microrganismos são responsáveis por mais de 50% da fotossíntese do planeta, além de fornecerem muitos produtos de interesse para a economia mundial. Trata-se também, na sua opinião, de uma boa opção para substituir o petróleo. Sem contar que as microalgas têm se apresentado mais produtivas do que as outras oleaginosas e ainda auxiliam na preservação do meio ambiente.





Em relação à produção de óleos, ela explica que as microalgas, em laboratório, chegam a ser 30 vezes mais produtivas que as oleaginosas convencionais como a mamona, girassol, soja e palma. Além disso, a área ocupada na sua produção pode ser mais de 100 vezes inferior à das culturas tradicionais. “São necessários apenas 2.500 hectares [ha]para abastecer uma refinaria de 250 mil toneladas, contra a necessidade de 500 mil ha de soja e de 250 mil ha de girassol para produzir a mesma quantidade de óleo”, compara.




Entre outras vantagens, as microalgas têm a capacidade de assimilar o CO2 do ar, reduzindo a emissão de gases e o efeito estufa para a atmosfera; gastam uma menor quantidade de água; e não competem com outras culturas alimentares, já que não precisam de terra fértil e podem ser cultivadas sobre áreas improdutivas.




Apesar de todas essas vantagens, a pesquisa visando à produção de óleo para biodiesel tem dois grandes desafios: comprovar a potencialidade e a economia da produção em larga escala e encontrar outras espécies que produzam grandes quantidades de óleo.




“O que se espera para os próximos anos é um crescente investimento nas pesquisas científicas com microalgas para aprimoramento de tecnologia e descoberta de novas espécies produtoras de óleo”, destaca a pesquisadora, que defende o uso dessa biomassa como uma opção a mais e não como uma proposta de substituição às plantas.





Potencial brasileiro
Ela defende o maior aproveitamento do potencial brasileiro quanto à diversidade de espécies e usos possíveis. “Certamente o Brasil tem potencial para ser o maior produtor de microalgas do mundo. Temos clima favorável, grande biodiversidade, áreas disponíveis para cultivos em larga escala e corpo técnico em franco desenvolvimento”, afirma.




Entre os exemplos de microalgas que podem ser utilizadas para a produção do biocombustível estão Spirulina sp, Chlorella sp, Synechoccus sp, Dunaliella sp e Chlamydomonas sp, boa parte delas encontradas no Rio Grande do Norte e no Nordeste brasileiro. Tal região do país possui uma grande vantagem com relação a outras, que é a alta incidência de raios solares durante todo o ano, um dos requisitos para o desenvolvimento acelerado dessas microalgas.



Juliana Lichston destaca como relevantes iniciativas de fomento como as realizadas pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da ordem de R$ 26 milhões nos últimos anos, voltados à pesquisa, desenvolvimento e inovação para a produção e uso de biodiesel derivado de microalgas. “Isso tem importância sem precedentes na história do nosso país”, avalia.


Recursos da pasta em parceria com a UFRN viabilizaram, ainda, em 2009 e em 2012, a realização do 1º e do 2º Simpósio Brasileiro do Potencial Energético das Microalgas, coordenados pela professora. “Os dois eventos reuniram diversos pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação do país, com o surgimento de várias parcerias científicas”, destaca.



Fonte: MCTI



Publicado no Portal EcoDebate, 09/01/2015

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Lista global põe Petrobras entre as 20 empresas que mais poluíram em 2013


  27/12/2014 07h39


Relatório elaborado pela Thomson Reuters foi divulgado nesta semana.
Estatal diz que uso de termelétricas provocou alta nas emissões de gases.

Eduardo Carvalho Do G1, em São Paulo
Usina termelétrica da Petrobras em Duque de Caxias (RJ). Lista colocou a estatal brasileira entre as 20 empresas que mais emitiram gases-estufa em 2013 (Foto: Divulgação/Agência Petrobras)Usina termelétrica da Petrobras em Duque de Caxias (RJ). Lista colocou a estatal brasileira entre as 20 empresas que mais emitiram gases-estufa em 2013 (Foto: Divulgação/Agência Petrobras)
Infográfico empresas poluidoras (Foto: G1)



A Petrobras foi apontada como uma das 20 empresas do mundo que mais lançaram gases-estufa à atmosfera em 2013, de acordo com relatório que analisou as emissões das 500 maiores companhias do planeta, feito pelo grupo de comunicação e informação financeira Thomson Reuters.



O estudo divulgado nesta semana informa que, sozinha, a estatal brasileira emitiu 73,4 milhões de toneladas de CO2 equivalente (medida que soma a concentração de dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e outros gases), ficando na 20ª posição do ranking.



Somados os poluentes da Petrobras e de outras 19 corporações de países como China, Índia, Alemanha e Estados Unidos, o total emitido salta para 2,76 gigatoneladas de CO2 equivalente.



Já as 500 empresas juntas lançaram 4,96 gigatoneladas de poluentes, 13,8% do total das emissões globais de 2013, que vêm da queima de combustíveis fósseis, do desmatamento e outras atividades humanas.



O documento não apresenta o quanto de gases foi produzido pela companhia brasileira em 2010, ano-base considerado pelo relatório. Mas a Petrobras admite o acréscimo nas emissões, alegando que é resultado do uso acentuado de termelétricas, acionadas “em níveis acima da média usual” em função dos baixos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas (leia mais abaixo).



O montante de gases-estufa produzido pelo “grupo dos 500” é 3,1% maior em relação a 2010. A alta é preocupante já que, segundo o relatório, é preciso diminuir a quantidade de gases-estufa, não aumentá-la. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o ideal era que, por ano, as emissões do setor privado caíssem em média 1,4%. O que se viu, no entanto, foi uma alta anual média de 1%.



De acordo com um painel internacional de cientistas ligado à ONU, o IPCC, uma maior quantidade de gases-estufa na atmosfera pode aumentar a temperatura do planeta e causar distúrbios no clima, como secas, enchentes, degelo dos polos e aumento do nível do mar.



Os especialistas afirmam que é preciso diminuir entre 40% e 70% do total de gases lançados até 2050 e zerar essa taxa até 2100 para conter a elevação da temperatura global em 2ºC. A temperatura média da Terra já subiu 0,85ºC com relação à era pré-industrial.
222 tiveram redução nas emissões



De acordo com Tim Nixon, diretor de sustentabilidade da Thomson Reuters e coautor do relatório, 222 empresas da lista apresentaram queda das emissões. Algumas por investir mais na inovação tecnológica e eficiência energética. Outras, por desinvestimentos ou problemas econômicos.



A Vale S/A, mineradora do Brasil, é apresentada no documento como exemplo de redução de emissões após alterações na estrutura da companhia. A diminuição de investimentos na área de alumínio e ferro-gusa ajudaram a cortar em 23% o montante de gases-estufa produzido.



Segundo ele, as empresas em questão estão dispostas a “descarbonizar” a economia, ou seja, contribuir para diminuir os impactos ambientais e frear o aquecimento global. No entanto, é preciso traçar uma trajetória melhor para ter mais êxito nesta luta.



O país utiliza menos de 30% do seu potencial de eficiência energética ficando na 15ª posição entre 16 economias analisadas"
 
 
Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), disse que o setor privado reconhece seu papel na luta contra a mudança climática, primeiro, para reduzir a sua exposição aos riscos e, segundo, para aproveitar as oportunidades existentes.



No entanto, barreiras como o alto custo para investir na eficiência energética ainda precisam ser vencidas no Brasil. "Sua viabilização ainda é difícil por uma série de questões das empresas, instituições financeiras, regulatórias e do governo. Há disponibilidade de crédito para essa área, mas, mesmo assim, os índices de eficiência em comparação com as principais economias do mundo são baixos. O país utiliza menos de 30% do seu potencial de eficiência energética, ficando na 15ª posição entre 16 economias analisadas", disse ela.



De acordo com a porta-voz do CEBDS, a sensibilização sobre a questão ambiental e climática ainda está, em grande medida, presente apenas nas grandes empresas. Mas que já existe articulação para que as "maiores" influenciem as pequenas e médias, que compõem a cadeia de fornecedores.

Seca tem culpa no aumento de emissões
Em nota, a Petrobras informou que, "diferentemente das demais empresas de petróleo, a empresa considera as emissões geradas pelas atividades das termelétricas em seu inventário, o que, comparativamente, gera um resultado mais alto no total de emissões".



De acordo com a estatal, em função do baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, o uso de termelétricas tem sido feito "em níveis acima da média usual". A Petrobras possui 21 usinas térmicas, parte movida a diesel, combustível poluente, parte movida a gás natural.



Sobre investimentos para diminuir as emissões de gases-estufa, a empresa afirma que tem investido "em projetos de eficiência energética, melhorias operacionais, maior aproveitamento do gás natural na atividade de exploração e produção de petróleo, além de investimentos em pesquisa e tecnologia".

Tem muito mais corrupção na Petrobras, afirma empreiteiro


Deu na Veja e no Estadão



Preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde 14 de novembro, o presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, afirmou em anotações à mão que as irregularidades na Diretoria de Abastecimento da Petrobrás – da qual foi titular o ex-diretor Paulo Roberto Costa, delator do esquema alvo da Operação Lava Jato – são “fichinha” se levadas em conta outras áreas da estatal. O executivo, apontado como coordenador do cartel que atuou em contratos da petrolífera, também escreveu sobre as doações das empresas à campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff.





As anotações foram divulgadas pela revista Veja, que teve acesso a seis folhas de caderno manuscritas. A publicação confirmou que a caligrafia é de Pessoa por meio de um exame grafotécnico feito pelo perito Ricardo Molina, da Unicamp. O Estado procurou o advogado do executivo, Alberto Toron, mas não obteve retorno, até esta edição ser concluída.




Ao mencionar as doações de campanha, Pessoa escreveu que “as empreiteiras juntas doaram para a campanha de Dilma milhões”. “Já pensou se há vinculações em algumas delas. O que dirá o nosso procurador-geral da República. STF a se pronunciar”, anotou o presidente da UTC.




Segundo a revista, o trecho era antecedido por outro texto no qual Pessoa escreve que, embora parlamentares considerem que doações oficiais de campanha não configuram crime, pode haver delito se for provada relação direta entre a contribuição eleitoral e contratos públicos.




Na delação premiada de Augusto Mendonça, executivo da Toyo Setal, ele havia dito aos investigadores da Lava Jato que o ex-diretor de Serviços Renato Duque pediu doação ao PT como contrapartida aos contratos da empresa com a Petrobrás. Duque nega desvios.




Pessoa menciona também que o tesoureiro da campanha de Dilma, Edinho Silva, está “preocupadíssimo”. “Todas as empreiteiras acusadas de esquema criminoso na Operação Lava Jato doaram para campanha de Dilma. Será se (sic) falarão sobre vinculações campanha x obras da Petrobrás?”




O tesoureiro petista disse que conheceu Pessoa no período eleitoral e que, nas três ocasiões em que estiveram juntos, discutiu doações oficiais. “Acredito que todos os tesoureiros de campanha tiveram contato com ele, porque a empresa era uma grande doadora”, afirmou Edinho.




FICHINHA…
O presidente da UTC ainda afirma que a diretoria de Costa era “fichinha” se fossem somados outras operações sob suspeita. “O que foi apresentado sobre a área de Abastecimento da Petrobrás é muito pequeno quando se junta tudo a Pasadena, SBM, Angola, esquema argentino, Transpetro, Petroquímica e outras mais. Ah, e o contrato de meio ambiente na Petrobrás Internacional? Se somarmos tudo, Abastecimento é fichinha”, escreveu.

Mais escândalos, com as “empresas paralelas” da Petrobras

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Graça Foster apoiou a ação dessas “empresas paralelas”


Vinicius Sassine e Eduardo Bresciani
O Globo


A Petrobras criou uma rede de empresas para executar obras de grande porte sem se submeter a fiscalização mais rigorosa de órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União (TCU). As chamadas sociedades de propósito específico (SPEs) são um instrumento legal, existente para captação de recursos no mercado por meio de empresas independentes da companhia. Auditoria do TCU, porém, alerta que o modelo adotado pela estatal pode criar precedentes e resultar numa “expansão descontrolada”.




Demonstrações contábeis a partir de 2005 mostram que a Petrobras já constituiu 24 SPEs, com investimentos de pelo menos US$ 21,9 bilhões, ou R$ 59 bilhões — muitos deles para obras como gasodutos, plataformas, refinarias e transporte de óleo. Auditoria sigilosa apontou que em uma das SPEs, para construir a rede de gasodutos Gasene, há indícios de superfaturamento de até 1.800%, como revelou O Globo.



Ao lançar mão de uma empresa privada a estatal se vê livre do escrutínio a que é submetido o restante do governo federal. Nos debates sobre a fiscalização dos gastos públicos, a Petrobras costuma argumentar que os seus negócios têm caráter privado e, por isso, não devem ser submetidos ao crivo de órgãos como o TCU e a Controladoria-Geral da União (CGU).




EMPRESAS INDEPENDENTES
A Petrobras só começou a informar detalhes contábeis das SPEs em 2005, depois que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que regula o mercado de capitais, editou uma norma com essa determinação para empresas SAs. Parte desses projetos da estatal foi estruturada no fim da década de 90 e no início dos anos 2000, nos governos de Fernando Henrique Cardoso. A prática prosseguiu nas gestões de Lula e Dilma Rousseff. Cinco SPEs permanecem independentes da estrutura formal da estatal e ainda não foram incorporadas a subsidiárias.




Investigações recentes em parte desses negócios, porém, mostram o total controle por parte da Petrobras e o emprego de recursos públicos nas obras. É o caso da rede de gasodutos Gasene, entre Rio de Janeiro e Bahia, construída a partir da constituição de uma SPE e incorporada por uma subsidiária da estatal — a Transportadora Associada de Gás (TAG) — em janeiro de 2012. O BNDES confirmou ao Globo que é a TAG quem paga o financiamento feito para a construção do gasoduto. Os recursos empregados são da ordem de R$ 4,5 bilhões.




A ofensiva da Petrobras sobre o TCU, no caso do Gasene, consistiu em reforçar o caráter privado do negócio. No curso da auditoria que mostrou uma série de irregularidades no empreendimento, o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli afirmou que “os recursos alocados para o investimento são exclusivamente privados, não havendo qualquer participação de recursos da Petrobras.”




APENAS “UM PREPOSTO”
O ex-presidente da empresa contratada para fazer o gasoduto, que já admitiu ter sido apenas um “preposto” na função, usou um argumento na mesma direção: “A transportadora não tem de se submeter aos regramentos legais da administração pública, por se tratar de entidade de direito privado”, afirmou, ao ser cobrado sobre a falta de informações sobre os preços usados nas obras. Ele também argumentou ao TCU, em relação à cobrança de explicações sobre um superfaturamento superior a 1.800% em determinados trechos da obra, que não havia a obrigação de apresentar as justificativas previstas na Lei Orçamentária de 2008. Todos os argumentos, até agora, foram rejeitados pela equipe técnica do tribunal.




No documento da Petrobras que subsidiou a decisão de se criar a SPE dos gasodutos, os gerentes de três áreas da estatal argumentam que o modelo é o mais apropriado “em razão das restrições de orçamento de investimentos” e devido às “metas de resultado primário”. A empresa criada tem por objetivo captar recursos para a obra, mas tem todas as garantias da Petrobras para o investimento, inclusive a obrigação de a estatal quitar empréstimos tomados em caso de insucesso no projeto.




PARA SE LIVRAR DA FISCALIZAÇÃO
Há poucos dias, a Petrobras também recorreu contra a determinação do TCU para que envie documentos básicos sobre a construção do Gasene. O tribunal deu 30 dias, contados a partir de 9 de dezembro, para que a presidente Graça Foster entregasse um detalhamento de cada serviço no trecho entre Cacimbas (ES) e Catu (BA), onde foi detectado o superfaturamento, e a identificação de todos os responsáveis por aprovar as propostas de preços. A estatal contestou, no recurso, o envio da auditoria para a força-tarefa da Operação Lava-Jato no Paraná. Os papéis já estão em poder da Polícia Federal.




A construção de outro gasoduto, o Urucu-Coari-Manaus, no Amazonas, seguiu um modelo muito parecido, com a constituição de uma SPE para investimentos de US$ 1,4 bilhão. O TCU apontou diversas irregularidades nas obras, como dispensas ilegais de licitação, pagamentos adiantados sem a execução dos serviços e falta de detalhamento dos preços. Também faltava autorização da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para que a SPE constituída construísse o gasoduto. A autorização havia sido concedida à TAG, subsidiária da Petrobras. Mais uma vez, a defesa recorreu à falta de vínculo entre estatal e empresa privada criada.




CGU NÃO SABE DE NADA
No TCU, diversos acórdãos já trataram de obras públicas tocadas por SPEs de estatais. O entendimento prevalecente até agora é de que o tribunal tem atribuição para investigar SPEs ligadas a empresas públicas. Em entrevista ao GLOBO, o novo ministro-chefe da CGU, Valdir Simão, afirmou não ter opinião consolidada a respeito da fiscalização das SPEs:




— Não sei se a gente tem algo aqui na CGU sobre isso. Também não tenho convicção de que SPEs afastam nossa atuação. Na empresa, na SPE, de fato, você pode ter um afastamento. Mas ainda não tenho como emitir opinião sobre isso.




O Globo enviou perguntas à Petrobras sobre a estruturação das SPEs e as estratégias para evitar a fiscalização de órgãos de controle. Não houve resposta até a conclusão da edição.

Do Face Book:Espantoso!


O novel teatro do absurdo no Brasil do Século XXI


Sylo Costa


Venho, há algum tempo, procurando entender os acontecimentos que estamos vivendo no Brasil e imaginando o que a história dirá a nosso respeito ao final deste primeiro século dos anos 2000. Tenho receio de que passemos à história como um povo “meio doido, meio sem-vergonha, desonesto e convictamente mentiroso”.



Uma pena, porque, na verdade, só merecem esses qualificativos os que compõem a minoria alimentada pelas tetas da nação, liderada por analfabetos fanáticos, que exploram a boa-fé dos menos favorecidos, retirando sua dignidade e sua necessidade de trabalho honrado em troca de bolsas e alguns trocados.




São maldosos e pilantras que alimentam a boa-fé do nosso povo com promessas vãs, tentando imprimir em suas atitudes uma espécie de espiritualidade, amparando líderes bêbados e paus-mandados de países que se dizem de esquerda apenas para serem diferentes.




Vide o exemplo de Fidel Castro, que vive em sua ilha particular ao estilo Côte d’ Azur, enquanto o povo come o pão que o diabo amassou. Outro podre, com nome de Maduro, “gigola” nosso país para gáudio dessa meia dúzia de mentirosos e ladrões da pátria.




Resolvi, mesmo a contragosto, ver o surrealismo da posse daqueles que se dizem vitoriosos de uma batalha em que todos morreram. Em Minas Gerais, a inovação foi fantástica. O novo governador, não satisfeito com as 21 secretarias de Estado já existentes, nomeou mais seis ou sete secretários sem secretarias. Então, primeiro nomeiam-se os secretários e depois criam-se as secretarias. Fazem um tipo de “grilas” de ministérios ou secretarias e jogam para cima. Quem pegar é dono…




OS 40 LADRÕES
No plano federal, não podem mais nomear ministros, senão inteira 40, o número de ladrões de Ali-Babá. Nós temos um governo de duas cabeças, quatro mãos, quatro pernas e 39 dedos. Mitologicamente, qualquer coisa parecida com a Hidra.




Escutei dois discursos, ambos patéticos. O primeiro, de Dona Dilma, a assaltante, vestida com uma roupa parecida com toalha de altar: “É preciso defender a Petrobras dos inimigos externos e dos predadores internos”. Oh, meu Deus, mas não foi ela quem fez essa lambança que desmoralizou e ferrou o país, quando presidia o Conselho da Petrobras, composto por nove membros, no governo do ex-Luiz, ganhando R$ 87 mil por mês mais o salário de ministra? Dona Dilma sofre de amnésia?




Não foi ela, como ministra, que criou uma “empresa de papel” para construir e operar a rede de gasodutos, conforme constatação da ANP, a Gasene, que, de acordo com o TCU, teve custos superfaturados em mais de 1.800%? Ah, me poupe ou me desminta…




Bem, outro discurso foi daquele tal de Gilberto Carvalho (ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência), um comunista implicado na morte do prefeito Celso Daniel, de Santo André, até hoje sem solução, por conveniência. Sua Excelência me convenceu de que eu sou o culpado por toda essa desgraceira que está corroendo as entranhas do nosso país. Sendo assim, peço que me desculpem, mas eu não sabia de nada, pô… (transcrito de O Tempo)


Reajuste de aposentado é de apenas 6,23%, abaixo da inflação


Max Leone
O Dia



Aposentados, pensionistas e segurados do INSS que ganham acima do salário mínimo (R$ 788) vão amargar mais um ano sem aumento real. E para piorar, a correção que sairá este mês será menor do que a inflação oficial. Os benefícios de quase 10 milhões de pessoas no país terão reajuste de 6,23%, de acordo com o acumulado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano passado.



O indicador foi divulgado ontem pelo IBGE. Uma aposentadoria de R$ 1,5 mil, por exemplo, terá um adicional de R$ 93,45, passando a R$ 1.593,45.
O teto previdenciário subirá dos atuais R$ 4.390,24 para R$ 4.663,75 a partir deste mês. Já os mais de 22 milhões de segurados vinculados ao piso terão reajuste de 8,8%, passando de R$ 724 para R$ 788.



O INPC, que serve de parâmetro para reajustar os benefícios superiores ao mínimo ficou 0,18 ponto percentual abaixo do IPCA, segundo o IBGE. O índice fechou o mesmo período em 6,41%, dentro do teto da meta inflacionária do governo de 6,5%.



O Ministério da Previdência Social informou que o aumento dos aposentados que recebem acima do mínimo será oficializado no começo da semana que vem, quando sairá uma portaria interministerial (Fazenda e Previdência) no Diário Oficial da União (DOU) para estabelecer a correção. Em janeiro do ano passado, as aposentadorias foram reajustadas em 5,56%.




NA FOLHA DE JANEIRO
A folha de pagamento dos benefícios do INSS fecha entre os dias 14 e 15 de cada mês. Tanto o aumento do salário mínimo (8,8%), quanto os 6,23% para quem ganha mais que o piso serão pagos na folha de janeiro. Quem recebe o mínimo começa a ter os depósitos de seus benefícios reajustados a partir do dia 26.



Os primeiros a receber o aumento são aqueles segurados que possuem final de benefício 1 e ganham R$ 788. A folha dos aposentados que têm benefícios acima do mínimo começa a ser creditada em 2 de fevereiro.



O anúncio do acumulado do INPC provocou irritação em representantes dos aposentados. O presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Warley Martins, reclamou de mais um ano de achatamento salarial.




Segundo ele, um levantamento da entidade revela que de 550 mil a 600 mil aposentados em todo o país vão passar a receber o piso previdenciário de um salário mínimo, devido à falta de aumento real.



“Cada vez mais aposentados passam a receber um salário mínimo devido à política de correção do governo que não nos garante aumento real. Muitos contribuíram a vida toda sobre patamares mais elevados de salários e hoje são empurrados para o piso”, afirma.



De acordo com Martins, desde que o governo passou a usar o INPC como base para corrigir as aposentadorias maiores, as perdas já superaram 80% nos últimos 23 anos.



A LUTA CONTINUA

Com o achatamento das aposentadorias do INSS, muitos segurados são obrigados a continuar trabalhando. E fazem coro para reclamar do pequeno aumento. É o caso de Amaro Manoel da Silva, 61 anos, que se aposentou ano passado mas manteve a função de auxiliar administrativo no restaurante Nova Capela, na Lapa.



“Esse percentual (6,23%) é um absurdo. As aposentadorias não poderiam aumentar menos do que as passagens de ônibus, a alimentação. Acaba que o aposentado tem que trabalhar até não aguentar mais para compensar” afirma.



Antônio Cavalcanti, 70, afirma que o benefício está defasado, mas diz que já teve épocas piores. “É claro que não estamos em situação confortável, mas damos um jeito. Faço ‘bicos’ para compensar”, diz.

Revelações de Marta sobre o PT mudariam resultado da eleição, diz Ronaldo Caiado.

domingo, 11 de janeiro de 2015


 
 
 
(Estadão) A entrevista da senadora Marta Suplicy (PT-SP) ao Estado sobre problemas internos do PT poderia mudar o rumo da eleição presidencial, se tivesse sido concedida durante a campanha, na avaliação do deputado federal e senador eleito pelo DEM, Ronaldo Caiado. "Se ela fosse dada antes das eleições, teria dado uma grande contribuição para o País. Teria força para mudar rumo das eleições", avaliou.
 
 
 
As declarações, de acordo com o parlamentar, são contundentes, de quem está na intimidade do partido. "Nós políticos sabíamos desse grau de desgaste dentro do PT e da cizânia interna, mas, quando falávamos isso, diziam que nós éramos da oposição", afirmou. Por isso, de acordo com Caiado, essa tomografia feita pela senadora sobre o PT seria mais útil alguns meses atrás. "A crítica que faço é a de que, se existe da senadora uma preocupação com o País, isso tudo seria trazido à tona antes das eleições", disse. 
 
 
 
Os movimentos internos do PT e a postura inflexível de muitos de seus mais importantes componentes descritos por Marta eram fatos de conhecimento dos atores de Brasília, de acordo com o senador eleito, ainda que não se soubesse com profundidade os detalhes. "Nós sabíamos desse grau de dificuldade, da intolerância da Dilma (presidente Dilma Rousseff) em debater política, do temperamento dela, do (ministro Aloizio) Mercadante, da intempestividade e agressividade de Ideli Salvatti, da tentativa de Lula de vir para o processo e ser cortado", enumerou. 
 
 
 
Para o parlamentar, a desestruturação recente do PT é óbvia. "O partido passa por um processo autofágico, ele está se destruindo. A corrupção com a vaidade tomaram proporções inimagináveis e esses dois fatores são determinantes no colapso do PT", avaliou. Em entrevista ao jornal, Marta sinalizou que pode sair do partido e avaliou que ele chegou a uma encruzilhada: "Ou o PT muda, ou acaba". Articuladora assumida do "Volta, Lula" em 2014, ela julga que o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, é "inimigo do Lula" e "candidatíssimo" a presidente em 2018. 
 
 
 

PT chora entrevista de Marta Suplicy.

domingo, 11 de janeiro de 2015


(Estadão) A entrevista da senadora Marta Suplicy (PT) ao jornal O Estado de S.Paulo, na qual ela critica a presidente Dilma Rousseff e abre fogo contra o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e contra o presidente do PT, Rui Falcão, gerou "indignação" e um profundo mal estar entre parlamentares e dirigentes do partido. Para petistas ouvidos pelo Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, Marta demonstra "mágoa", ignora espaços conquistados dentro da legenda e demonstra estar pavimentando sua saída do PT com o objetivo de disputar a prefeitura de São Paulo em 2016.
 
 
 
"É uma entrevista muito ruim para o partido. Essas vaidades, colocando os interesses pessoais acima do partido, prejudicam muito. A militância vê isso com muito maus olhos", resumiu o vice-presidente do PT, Alberto Cantalice. "Eu lamento. A Marta teve todas as portas abertas no PT e sempre galgou os cargos que ela almejou. Ela não deveria ficar chutando dessa forma. Não deveria jogar para cima tudo o que o partido lhe proporcionou", acrescentou o deputado federal Vicente Cândido (SP).
 
 
 
Em entrevista publicada neste domingo, 11, a senadora e ex-ministra da Cultura chama Mercadante de "inimigo do Lula" e "candidatíssimo" a presidente em 2018. Sobre Falcão, alega que ele "traiu o partido e o projeto do PT". Marta tampouco poupa a gestão Dilma e argumenta que "não se engendraram as ações necessárias quando se percebeu o fracasso da política econômica liderada por ela". "Em 2013, esse fracasso era mais do que evidente", disse Marta.
 
 
 
O deputado Devanir Ribeiro (PT-SP) avalia que Marta carrega uma "mágoa" por ter sido preterida nas escolhas do partido nas últimas eleições para o governo de São Paulo e para a prefeitura da capital. "Na política, não se pode ter ranço ou raiva. Ela está procurando um pretexto para se separar (do PT)", afirmou.
 
 
 
O deputado Vicente Cândido (SP), por sua vez, disse que Marta tem responsabilidade pelos vícios do PT apontados por ela na entrevista e deveria atuar para resolvê-los internamente. "Qualquer outro partido que ela for não será melhor do que o PT na inserção social. O PT é isso por responsabilidade de todos e também dela. Principalmente de quem teve cargo de destaque, como foi o caso dela". 
 
 
 
Cândido também criticou o relato feito por Marta sobre o movimento que pregou a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no lugar de Dilma. Marta foi a principal articuladora do "Volta, Lula" e, na entrevista, sugere que o ex-presidente incentivou em alguns momentos o prosseguimento das conversas. "A Marta tem o cálculo errado. Muita gente queria o Lula de volta, mas isso dependia de um gesto da Dilma. Duvido que, se a Marta estivesse no lugar da Dilma, ela faria esse gesto, de retirar o time de campo", afirmou o deputado.