quinta-feira, 5 de março de 2015

Decadente e deprimente! "Tambien yo he leido la noticia y la comento para expresar mi repulse".


Gente

Maradona aparece en público con los labios pintados

Día 04/03/2015 - 01.04h

Las imágenes han despertado cientos de bromas sobre el aspecto del que ha sido uno de los mejores futbolistas de la historia

Diego Armando Maradona volvía el pasado fin de semana a su programa de televisión, «De Zurda», donde comenta la actualidad deportiva, además de entrevistar a otros futbolistas. Sin embargo, en esta ocasión (como en tantas otras en los últimos años), el «deporte rey» no era la noticia que interesaba del argentino. Y es que Maradona lucía en televisión unos labios gruesos que además daba la impresión de que los llevaba pintados.

Las bromas en internet no han cesado desde entonces. De hecho, la Red le ha puesto al astro un nuevo apodo: «Mamadona», que ha sido difundido por el diario alemán «Bild». Un mote que ha hecho que la prensa argentina especule con la posibilidad de que se trate de una revancha de los germanos, que tuvieron que ver cómo Maradona levantaba la Copa del Mundo frente a su selección en 1986.

comentarios

Lomejordelmundo

Está guapa.

Supercal

Es triste después de haber visto jugar a este genio del fútbol...ver esta clase de fotos...Lo siento no solo por él, sino por la cantidad de chicos que lo tienen como ídolo después de tantos años...

Enri

Siempre me parecio raro desde que lo vi jugar en Argentinos Junior, pero tengo que reconocer que no esta mas asi.

Bisú
Puede trabajar como doble de Carmen de Mairena.

atollbio_
A cada rato se junta con Raul Castro: Dime con quien andas y te dire quien eres! 


CanariodelMonte

Con los labios pintados y con zarcillos. Sólo le queda que ponerse los polvos en los cachetes. Yo le daba de cachetones...



José Lozano
--- Este pobre hombre lo único que sabía hacer medianamente bien era jugar a fútbol.

fernan-raf
Rajoy fuera adelante ciudadanos y vox 


jose_alberto_mp_
Te has convertido en un esperpento 


preston
Tambien yo he leido la noticia y la comento para expresar mi repulse.

Prefeitura de SP contrata sem licitação entidades de aliados e de fachada


Convênios firmados para a organização de eventos esportivos foram feitos com institutos suspeitos de irregularidades, diz jornal

- Atualizado em
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), durante coletiva sobre os escândalos de corrupção e a prisão dos auditores na operação que desvendou esquema de corrupção milionário na Prefeitura, nesta segunda-feira (4)
Prefeitura de São Paulo firma convênios com entidades sem licitação e com suspeitas de irregularidades(Adriano Lima/Brazil Photo Press/Folhapress/VEJA)
Entre as entidades beneficiadas pela prefeitura de São Paulo desde 2010 com repasses sem licitação estão institutos que pertencem a aliados políticos, suspeitas de irregularidades e até mesmo de fachada. É o que mostra reportagem desta quarta-feira do jornal Folha de S. Paulo. Os repasses, que chegaram a 52 milhões de reais apenas no ano passado, se deram em convênios para organização de eventos esportivos.

Em 2014 a administração municipal assinou convênios que somam 1,6 milhão de reais com a Federação Paulista de Lutas e Artes Marciais (Feplam). Segundo a reportagem, a entidade é presidida por Fernando Couto, cabo eleitoral do vereador Aurélio Miguel (PR). Outro instituto de Couto, o Mais Esporte, recebeu 600.000 reais da prefeitura no ano passado. Entre as entidades beneficiadas está o Esporte e Vida, que realiza eventos do programa "Juventude contra o Crack", vitrine política do vereador licenciado Jean Madeira (PRB), atual secretário estadual de Esportes.

Mantida por Fernando Haddad, a prática teve início na gestão Gilberto Kassab, quando o secretário de esportes ganhou autonomia para realizar tais eventos. Em 2010, a prefeitura assinou 74,7 milhões de reais em contratosdo tipo.

Leia também:
Haddad descumpre meta e fila da cirurgia vai a 63.000 em 2 anos

Além das entidades de aliados, há as que estão na mira da Controladoria Geral do Município (CGM). O órgão obrigou o Instituto de Desenvolvimento Cultural, Esportivo e Social do Estado, Indecesp, a devolver 233.000 reais depois que descobriu que parentes do presidente da entidade realizavam as atividades financiadas com dinheiro público. Já no endereço registrado pelo Projeto Mefibiose funciona uma Igreja Evangélica. Criada em 2014, a entidade soma 450.000 reais em convênios com a prefeitura.

Mudanças - O secretário municipal de Esportes, Celso Jatene (PTB) informou que na terça-feira foi criada uma nova auditoria nos convênios. E que partir de agora as entidades que quiserem participar de convênios precisarão ter, no mínimo, dois anos de existência.

EXCLUSIVO: LULA E DILMA NA LISTA DO PROCURADOR GERAL JANOT (Vejam a lista!)

FOLHA DO SUL DE MINAS GERAIS


Propina das empreiteiras Mendes Junior e GDK na Operação Lava Jato
Ministro da Integração – Gilberto Occhi
Presidente da Câmara – Eduardo Cunha (PMDB)
Senador Humberto Costa (PT)
Deputado Eduardo da Fonte (PP)
Conselheiro do Tribunal de Contas do Município e ex-ministro das Cidades – Mario Negromente, e seu irmão Adarico Negromonte Filho (envio de dinheiro do doleiro Youssef)
Ex-governador da Bahia – Jaques Wagner (PT)
 
Propina da Construtora Queiroz Galvão / Tubovias na Refinaria Abreu e Lima
Senador Ciro Nogueira (PP)
 
Propina da Refinaria Abreu e Lima pagas pelas empreiteiras Queiroz Galvão, Odebrecht e OAS
Ex-governador de Pernambuco – Eduardo Campos (PSB) 
Ex-presidente do PSDB – Sérgio Guerra
Deputado federal - Eduardo da Fonte (PP-PE)
 
Chefes de esquema:
Chefe da Casa Civil – Aloízio Mercadante (PT)
Ex-ministro – Antônio Paolocci (PT)
Ex-ministro – José Dirceu (PT)
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente Dilma Rousseff
Senador Renan Calheiros (PMDB-AL)
Presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN)
Ministro de Minas e Energia – Edson Lobão
Ex-ministro – Gleisi Hoffmann (Casa Civil)
Ex- Ministro Mário Negromonte (Cidades)
 
PT
Antônio Palocci – ex-ministro dos governos Lula e Dilma
Gleisi Hoffmann – senadora e ex-ministra da Casa Civil
Lindbergh Farias – senador (RJ)
Tião Viana – governador reeleito do Acre
Delcídio Amaral – senador (MS)
Cândido Vaccarezza – deputado federal (SP)
Vander Loubet – deputado federal (MS)
 
PMDB
Renan Calheiros – presidente do Senado (AL)
Edison Lobão – ministro de Minas e Energia
Henrique Eduardo Alves – presidente da Câmara (RN)
Sérgio Cabral – ex-governador do Rio de Janeiro
Roseana Sarney – ex-governadora do Maranhão
Valdir Raupp – senador (RO) e 1º vice-presidente do partido
Romero Jucá – senador (RR)
Alexandre José dos Santos – deputado federal (RJ)
 
PP
Ciro Nogueira – senador (PI)
João Pizzolatti – deputado federal (SC)
Nelson Meurer – deputado federal (PR)
Simão Sessim – deputado federal (RJ)
José Otávio Germano – deputado federal (RS)
Benedito de Lira – senador (AL)
Luiz Fernando Faria – deputado federal (MG)
Pedro Corrêa – ex-deputado federal (PE)
Aline Lemos de Oliveira – deputado federal (SP)

Malafaia apoia ato contra Dilma Rousseff no dia 15 de março



O pedido de impeachment será feito em diversas cidades brasileiras e deve atrair uma grande multidão de cidadão descontentes
por Leiliane Roberta Lopes

Milhares de brasileiros são esperados para a grande manifestação marcada para o dia 15 de março. Inúmeras personalidades usam as redes sociais para convocar seus seguidores a saírem as ruas e pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Nesta semana quem reforçou o coro foi Silas Malafaia.

O pastor assembleiano é crítico ferrenho do governo do PT, por diversas vezes se posicionou contra a administração da presidente e não poupou críticas em relação aos escândalos de corrupção que trazem os nomes de líder do Partido dos Trabalhadores.

Mais uma vez o pastor foi ao Twitter se posicionar politicamente como cidadão e mostrar toda a sua insatisfação com o governo.

Malafaia fez referências às medidas tomadas pelo governo como o aumento da conta de luz e dos impostos. “Um governo que engana o povo nas eleições, aumento absurdo da conta de luz e da carga tributária para empresas, só podemos dizer: Fora Dilma!”, escreveu.

Ainda no microblog Malafaia reforçou a ideia dizendo que “nunca na história desse país [houve] um governo cínico que não assume seus erros e tanta roubalheira. Dia 15 de março manifestação fora DILMA, apoio”.

Na campanha eleitoral Silas Malafaia também denunciou o PT, fez diversas acusações contra o partido inclusive citando as investigações feitas contra ele a mando da legenda que queria encontrar algo que desmoralizasse o pastor diante do público brasileiro.

Mas agora o discurso ganha novos temas: a falta de palavra da presidente que em todo tempo dizia que era seu rival, o senador Aécio Neves (PSDB), quem iria aumentar taxas, impostos e criar medidas impopulares que prejudicariam os trabalhadores.

“Apenas 2 meses de governo e todas as mentiras da campanha caíram por terra. Vergonha! Afronta ao povo brasileiro!”, disse o religioso.

Malafaia não é o único descontente com o segundo mandato de Dilma, a manifestação do dia 15 está sendo organizada em diversos pontos do país, ação que divide opiniões de especialistas e da própria oposição.


Se a PEC 51 for aprovada, fujam do país!



Notícias
AMAI 25/11/2014 11h38

PEC 51 é abordada durante reunião do Fórum
Not�cias A PEC 51/2013 foi um dos assuntos abordados durante a reunião do Fórum das Entidades Representativas, realizada no último sábado (22), em Guarapuava. Na oportunidade, o diretor de comunição da AMAI, coronel Cesar Alberto Souza, fez uma apresentação sobre o assunto, informando sobre os principais aspectos negativos da Proposta.

De autoria do senador Lindbergh Farias (PT/RJ), a PEC 51 reestrutura o modelo de segurança pública a partir da desmilitarização e do aperfeiçoamento do modelo policial. A principal desvantagem é que ela propõe a extinção da Polícia Militar, conforme moção do Partido dos Trabalhadores em seu 5º Congresso Nacional, realizado de 12 a 17 de dezembro de 2013.

De acordo com o coronel Cesar, o grande engano das praças das Polícias Militares é ver na desmilitarização uma libertação do trato arbitrário que recebem dos oficiais. O problema do Brasil não é ter uma polícia militar e, sim, a falta de compromisso dos nossos legisladores em aprovar reformas políticas.

“É necessária a implementação de políticas públicas voltadas à criação de leis mais rígidas para acabar com a impunidade. O discurso que a desmilitarização da polícia é a solução para todos os males, conforme defende a PEC 51, é uma falácia. É óbvio, claro e evidente, que o Governo (PT) quer, com isso, centralizar todo o poder militar nas mãos de políticos”, afirma ele.

A PEC retira da Constituição Federal as polícias militares, civis e bombeiros militares; e cria polícias municipais e bombeiros municipais, que podem inclusive ser voluntários. Altera uma instituição que tem mais de 90% de credibilidade e pouco, ou quase nada, se discorre sobre direitos, apenas sobre deveres dos servidores da segurança pública. Além disso, parte do princípio de que servidores públicos profissionais cometem abusos e ilícitos por natureza, o que justificaria a ingerência externa política dentro da corporação policial, com a afirmação de que os policiais são criminosos.

Embora “promova” a carreira única, o concurso será realizado apenas para o cargo inicial, sendo que os demais cargos poderão ser ocupados por indicação política, externa ou interna, assim como a exoneração. A fiscalização da atividade policial também estará subordinada ao poder político.

Essa PEC é a diáspora. Não trata de remuneração ou fluxo de carreira, não unifica, não combate a impunidade, não integra o Ministério Público, não melhora o sistema penitenciário e ignora as polícias do Detran e Portuárias. Parte do princípio de que as polícias estaduais são as responsáveis pela violência, pela criminalidade.

Aceitá-la é vestir a carapuça de violenta e troglodita e promover o caos na sociedade, com a destruição de todo o sistema policial durante a transição.

Senador Romero Jucá do PMDB está no listão do Petrolão enviado ao STF



Lava Jato Diario do Poder

Presença do nome do senador do PMDB em relação de suspeitos de envolvimento com esquema agrava crise entre partido e governo

Publicado: 05 de março de 2015 às 10:01


Ex-líder do governo no Senado está no listão do petrolão (Foto: ABr)
O senador Romero Jucá (PMDB-RR), segundo vice-presidente do Senado, está na lista de investigados que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal, na última terça-feira, relativa a apurações da Operação Lava Jato.


No Congresso, o parlamentar já foi líder dos governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Dilma Rousseff (PT). O senador é uma das principais lideranças do PMDB e a inclusão de seu nome na relação de investigados aumenta ainda mais a crise de relacionamento entre o maior partido da base aliada e o governo.
 
O nome do senador apareceu em depoimentos de delação premiada do  o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal desde março do ano passado. 


Jucá foi citado em uma relação de outros 27 políticos que, segundo o ex-diretor, seriam beneficiários do esquema de desvios envolvendo contratos da Petrobrás.

Renan Calheiros (AL), presidente do Senado, e Eduardo Cunha (RJ), presidente da Câmara dos Deputados, também foram mencionados.

O procurador-geral encaminhou 28 pedidos de abertura de inquérito contra 54 pessoas suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Lava Jato. Além deles, foram apresentados sete pedidos de arquivamento - entre eles o de Aécio e da presidente Dilma Rousseff. Os nomes não foram revelados oficialmente porque o caso está sob segredo de Justiça. Entre os 54 suspeitos estão políticos com e sem mandato e podem envolver parlamentares do PT, PMDB, PP, PSDB e PSB.

O ministro do Supremo Teori Zavascki, relator do caso, deve aceitar os pedidos do procurador e tirar o sigilo da lista de acusados até esta sexta-feira, 6. (AE)

José Dirceu pode ser grande estrela na nova CPI

Lava Jato Diário do Poder

Ministro de Lula já consta de vários requerimentos de convocação
Publicado: 05 de março de 2015 às 00:00 - Atualizado às 00:44

O ex-ministro José Dirceu foi citado como destinatário de dinheiro da empreiteira UTC
O ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, condenado à prisão por chefiar a quadrilha do mensalão, está entre as figuras mais requisitadas para prestar depoimento na nova CPI da Petrobras, na Câmara. Dos 264 requerimentos já apresentados, propondo convocações, Dirceu rivaliza com acusados no roubo à Petrobras, como o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor Paulo Roberto Costa e diretores de empreiteiras.

Deve ser rejeitada a convocação, na CPI, da perua Val Marchiroi, que teve generosos empréstimos do Banco do Brasil de Aldemir Bendine.

Ex-BB e atual chefão da Petrobras, Bendine é quem vai depor na CPI. Aí serão inevitáveis perguntas sobre suas relações com Val Marchiori.

Poucas semanas depois de assumir a presidência, Bendine já começou a reforma na Petrobras. Mas só na arrumação dos gabinetes. Leia mais na Coluna Cláudio Humberto

A Copa acabou. O carnaval também.É hora de voltarmos aos problemas cotidianos, entre eles a falta de áreas protegidas no litoral.



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Boto cinza em Anhatomirim

Dia 20 de julho estreou na TV Cultura a série Mar Sem Fim – Revisitando a Costa Brasileira, em que proponho um olhar mais profundo sobre as Unidades de Conservação (UCs) marinhas. Nosso país tem 312 UCs federais geridas pelo ICMBio. Desse total, 62 cobrem apenas 1,5% do mar e zona costeira. São elas o foco dos documentários.

O descaso com o bioma marinho já seria motivo para investigação. Mas há outros.

O Brasil é signatário das Metas de Aichi, decisão adotada pela 10.ª Conferências das Partes em Nagoya, no Japão, em 2012. O encontro propôs medidas mitigatórias à preocupante perda da biodiversidade mundial. Pela primeira vez os oceanos receberam atenção. Sua precária situação tira o sono da comunidade científica.

Três quartos da biomassa pesqueira mundial está sobre-explotada, restam 25% desses recursos. Novas descobertas, entretanto, são piores. Um relatório da National Science Foundation (NSF, na sigla em inglês), em conjunto com a National Oceanic and Atmosphere Administration (Noaa), Impacts of Ocean Acidification on Coral Reefs and other Marine Calcifiers, traz notícias alarmantes.


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Cauda de Baleia Franca

Entre os serviços que os oceanos prestam está a geração de combustível primário da humanidade: oxigênio, resultado da fotossíntese sofrida pelas algas do fitoplâncton. Enquanto produzem oxigênio, as algas sequestram dióxido de carbono da atmosfera e o depositam no fundo do mar. O estudo calcula que desde a revolução industrial até hoje, passados 250 anos, os mares absorveram 118 bilhões de toneladas de CO2, metade do que foi produzido no período. Como consequência, suas águas se tornaram mais ácidas, ameaçando os corais, o mais importante ecossistema marinho.

A essa novidade se soma outra. A revista Nature publicou os resultados de uma pesquisa (http://www.nature.com/nclimate/index.html) apontando evidências de que o aquecimento global ataca a base da cadeia alimentar marinha, diminuindo a quantidade de algas. Nos últimos 60 anos houve queda de 40%. O autor, Daniel Boyce, da Universidade Dalhousie, no Canadá, aponta o motivo: o aumento da temperatura dos oceanos.

As Metas de Aichi responderam às ameaças propondo que, “até 2020, 10% das áreas marinhas e costeiras dos países signatários, especialmente as de especial importância para a biodiversidade, terão sido conservadas por meio de sistemas protegidos, geridos de maneira efetiva…”. Estamos na contramão. Enquanto nos EUA 1.600 áreas protegem 41% de seu espaço marítimo, na Austrália 35% da Zona Exclusiva Econômica recebe o mesmo tratamento. A França não fica atrás: criou uma área de conservação, na Nova Caledônia, com duas vezes e meia o território do país.
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Revoada de Tahans em Taim

Dilma Rousseff não tomou conhecimento das metas. Seu governo não criou sequer uma área de proteção, conseguindo uma unanimidade: em tempos recentes, é considerado o pior em termos ambientais.

Foi o que me fez sair a campo. Até o momento visitei as 12 UCs federais da Região Sul. O Parque Nacional do Superagüi (PR), por exemplo, apesar de ter 25 anos, não encontrou tempo para fazer seu plano de manejo, ferramenta que o ICMBio considera “fundamental para a gestão”. Já o Parque da Lagoa do Peixe (RS) demorou 18 anos para ter o seu. Como resultado, são desconhecidos e pouco visitados.

Ao criar mais esse parque, o governo federal não indenizou os donos das terras desapropriadas. Em contrapartida, eles mantêm antigas práticas, como a pesca, pastoreio de gado e cultura do Pinus elliotti, detonando a área que deveria ser preservada

É preciso repensar o modelo. Só em indenização aos proprietários de áreas transformadas em reservas públicas a estimativa atinge R$ 21 bilhões (http://pib.socioambiental.org/en/noticias?id=117978)!

A APA da Baleia Franca (SC), criada há 14 anos, também não tem plano de manejo. Único local do Sul onde era possível o turismo de avistamento de baleias, ele está temporariamente interditado. Sem plano de manejo, a UC não teve instrumentos para fiscalizar e fazer os estudos de impacto ambiental da atividade. Em 2013 a ONG Sea Shepherd Brasil apresentou denúncia acolhida pelo Ministério Público Federal. Desde então a visitação foi suspensa.

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Costão Negro, Ilha de Gales em Rebio do Arvoredo

Um estudo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (http://www.pnuma.org.br/admin/publicacoes/texto/UCsBrasil_MMA_WCMC.pdf) mostra que os parques brasileiros têm potencial para gerar entre R$ 1,6 bilhão e R$ 1,8 bilhão em turismo para as regiões onde estão inseridos. Para alcançar o objetivo é preciso trabalho, investimento e políticas públicas eficientes, que o ICMBio parece incapaz de implementar. Atualmente, apenas 18 dos 69 parques nacionais controlam a entrada de turistas.

A maioria das UCs do Sul não tem estrutura adequada, faltam investimentos, conhecimento de sua existência e função pela população. Uma delas, a Rebio do Arvoredo (SC), foi categorizada de forma equivocada: reservas biológicas são fechadas ao público. O arquipélago, melhor ponto de mergulho de observação do sul do País, era frequentado por mergulhadores e pescadores esportivos. Há anos ambientalistas lutam para que se transforme em parque, permitindo a visitação e consequente geração de renda. Mas o ICMBio faz ouvidos moucos.

Naquelas onde a visitação é proibida com a desculpa de que deveriam dedicar-se às pesquisas científicas, como a Estação Ecológica do Taim (RS), pouco se sabe a seu respeito. Não há divulgação. Salva-se, no Sul do Brasil, a Reserva Particular do Patrimônio Natural Salto Morato, um primor. Não por acaso. Ela foi implantada e é gerida pela iniciativa privada, a Fundação Grupo O Boticário.

Não, o futebol não é nossa única virtude vilipendiada pela improvisação. Convido o leitor a conhecer mais esta, aos domingos, a partir de 20/7, às 19 horas.

JOÃO LARA MESQUITA É JORNALISTA, MANTÉM O SITE WWW.MARSEMFIM.COM.BR

Afinal, se até a maior jóia ambiental local, o Parque Nacional da Tijuca, foi quase totalmente destruído e depois reflorestado, ainda no século 19, por que outros locais e outros morros não podem ser recuperados com o mesmo sucesso?

26022015-trilha-transcarioca-3Rio de Janeiro: Transcarioca é um dos presentes dos 450 anos


Daniele Bragança* - 05/03/15

"A trilha é tranquila", me garante Peterson de Almeida, o guia que comandou uma equipe formada por 11 pessoas para percorrer a trilha que começou na rua Amado Nervo, no Alto da Boa Vista, seguiu pelo Morro da Freira até o Morro do Queimado e de lá descer até a Mesa do Imperador.

Nunca, em hipótese alguma, acredite na opinião de alguém que é do ramo sobre a dificuldade de uma trilha. É o mesmo que acreditar na palavra da enfermeira ao dizer que aquela injeção de benzetacil "dói só um pouquinho".


Durante 5 dias, o Mosaico Carioca de Áreas Protegidas, que reúne as Unidades de Conservação localizadas no município do Rio de Janeiro, a ONG Conservação Internacional (CI-Brasil) e o Instituto Moleque Mateiro de Educação Ambiental promoveram uma caminhada por parte da trilha da Transcarioca.


Entre quarta (25/2) e domingo (01/3) a empreitada levou grupos de jornalistas, montanhistas e gestores de unidades de conservação a percorrerem trechos que foram do circuito histórico do Parque Nacional da Tijuca ao Morro da Urca.

O Eco esteve presente em duas caminhadas: entre o Parque Nacional da Tijuca e a Vista Chinesa, na quinta, e a outra, no sábado, onde percorreu a trilha do Parque Municipal da Catacumba, na Lagoa, e de Botafogo ao morro da Babilônia, no Leme.


Ao todo, foram oito horas e meia de trilha. Percorremos paisagens de tirar o fôlego (literalmente) pouco conhecidas dos cariocas e reunimos, em fotos, histórias de um Rio visto pelo filtro da sua beleza natural.


Da Freira ao Queimado26022015-trilha-transcarioca-2

Era manhã de quinta-feira e parecia que seria um dia de pouco sol quando saí de casa, às 6h da manhã. Para quem costuma ir dormir às 3h, esse é o tipo do horário propício a se cometer todo tipo de equívoco. O primeiro foi achar uma boa ideia ir de calça jeans numa caminha de 4h. Outra foi levar ao pé da letra a recomendação de carregar 6 litros d'água na viagem: um exagero que tornou a mochila um fardo.


O encontro aconteceu na praça Afonso Viseu, no Alto da Boa Vista e seguiu a pontualidade brasileira. Estava marcado para 8h30, mas a caravana só saiu para a trilha uma hora depois. Confesso que ajudei a atrasar a trupe, mas ponho a culpa no motorista do ônibus, um lento falastrão.


O grupo foi dividido em duas partes. A nossa equipe foi comandada pelo guia Peterson de Almeida, que trabalha no Parque Nacional da Tijuca, e contou com a presença de 11 pessoas: dois guardas municipais; a assessora de imprensa do ICMBio, Julia Barroso; Maurício Bianco, assessor da ONG Conservação Internacional (CI-Brasil); Lívio Bruno Peixoto, Secretário Executivo do Mosaico Carioca; Maurício Joel Adriano, um geógrafo que foi selecionado via Facebook para participar da caminhada; e dois jornalistas de O Globo, além de dois gestores de unidades de conservação.


Fomos de carona no veículo do Inea da Praça Afonso Viseu à rua Amado Nervo, um trecho curto de cerca de 300 metros. De lá, entramos na trilha.


Os primeiros 30 minutos são tranquilos e a pista está bem sinalizada. O que pesou foi a massa de ar quente pairando na floresta e, literalmente, a mochila com 6 litros d'água. Nos primeiros minutos de subida do Morro da Freira, eu já estava nas últimas.
26022015-trilha-transcarioca-1

O guarda municipal Gerson se ofereceu para a levar a mochila. Disse que após 7 anos no Exército carregar coisas não fazia muita diferença, estava acostumado. Ele não apenas a carregou durante quase todo o trecho como me auxiliou em subidas e descidas mais íngremes. Foi o (meu) herói do dia.


O cume do Morro da Freira permite ver de cima grande parte do Parque Nacional da Tijuca. Emoldurada pela vegetação, a paisagem fica ainda mais bonita. A subida não é fácil, mas também não é impossível. A dica é que, se eu completei o ciclo, a sua avó também consegue :).


Na chegada ao Morro do Queimado, mais subida. As pegadas da Transcarioca aparecem no trecho inteiro. O ponto alto do trajeto é o abismo da Pedra da Proa, onde os visitantes costumam parar e tirar fotos. Esse foi o momento que consegui recuperar o fôlego detonando 2 garrafinhas d'água enquanto o pessoal aproveitava pra tirar selfies.


O Morro do Queimado tem esse nome em alusão às queimadas frequentes que eram feitas no local para limpar o terreno para a cultura de café e cana. Hoje está devidamente reflorestado e não faz mais jus ao nome do passado.


De lá, descemos de olho nas rochas soltas que deixavam a trilha escorregadia até a Mesa do Imperador e, com mais uns 20 minutos de caminhada, terminei a minha participação na Vista Chinesa, onde um carro do INEA esperava.


O grupo continuou pela trilha da Cachoeira do Solar da Imperatriz até o Horto. Eu tinha um compromisso inadiável com a burocracia estatal, mas se não tivesse, arrumaria uma desculpa. Três horas e meia de subidas e descidas já tinham sido suficientes.26022015-trilha-transcarioca
Catacumba e Babilônia

No sábado, acompanhada da fotógrafa Nanda Melonio e, não satisfeita por ainda estar com as pernas doloridas, encarei a subida de duas trilhas: a do Parque Municipal da Catacumba, na Lagoa, e o Morro da Babilônia, no Leme.


Dessa vez, a equipe era bem numerosa. Grande parte do meu grupo de 5a feira estava lá. Pelo tamanho, o grupo se dividiu em 3. Ficamos na terceira divisão, a dos mais lerdos.


Na turma da trilha da Catacumba estavam membros do Centro Excursionista Brasileiro (C.E.B), uma documentarista acompanhada de dois fotógrafos e representantes das associações de moradores próximas dessas áreas protegidas.


O Parque Municipal da Catacumba já começa com subida de escadaria bem feita e sinalizada, mas nada convidativa para sedentários. A recompensa é a vista da Lagoa Rodrigo de Freitas, uma boa pedida para assistir, de longe, as provas de remo das Olimpíadas de 2016. Eu fiz o contrário da trilha do Freira x Vista Chinesa: trouxe pouca água, com medo de não ter ninguém para me ajudar a subir.
A mochila ficou mais leve, mas em compensação fiquei sem água quando cheguei no topo da Catacumba. Ainda bem que em passeios coletivos a gente pode contar com a solidariedade alheia, principalmente a masculina. De sede não morri.


Clique nas imagens para ampliá-las e ler as legendas
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Só nessa trilha gastamos três horas. A equipe era maior e as paradas também foram mais longas do que as do outro dia. Um grupo menor teria sido mais ligeiro.


A trilha aproveita construções da favela removida nos anos 1970, durante a gestão Negrão de Lima. (Por que fazer o mesmo com as do DF e recuperar as áreas degradadas?)

O governo da época achou que era uma boa ideia desestimular a ocupação da encosta mandando 10 mil moradores para conjuntos habitacionais na Zona Norte e Oeste da cidade. Os habitantes do Catacumba foram transferidos compulsoriamente para conjuntos como o Guaporé-Quitungo, na Penha, na Vila Kennedy, em Bangu, e na Cidade de Deus, em Jacarepaguá.


Das construções ficaram escadarias e caminhos traçados por eles, onde agora passa a trilha Transcarioca. Alguns trechos são difíceis. Um é uma descida bem íngreme. O outro é uma subida de terra fofa, com poucos pontos para se agarrar. Os mais hábeis subiram e ajudaram o resto com uma corda. Quase todos saíram bem sujinhos da experiência.


O nível de dificuldade da trilha varia ao longo do percurso. Vai de leve a pesado. A trilha da Catacumba fica próxima a prédios e desemboca na entrada do Morro do Cantagalo. Enquanto parte do grupo reclamava entre si de dor nas pernas, uma moradora do local, com sacola de mercado na mão subia tranquilamente a escadaria e um trecho de barro.


Pergunto como ela faz para passar pelo caminho em dia de chuva. Ela diz que dá a volta, porque por ali fica inviável.


Um filhote de gato nos recepcionou na descida do morro, chorando por comida. Após três horas de caminhada, eu também queria chorar de fome.
Babilônia

Em comparação à Catacumba, a trilha do Morro da Babilônia, na divisa entre Botafogo e Leme, é mamão com açúcar. Leve, fácil de subir até com crianças (três delas nos acompanharam até o mirante do Telégrafo, no topo da trilha) e idosos. Só o calor do sol de verão causou desconforto.


O começo da trilha foi feito pela Vila Militar, e só foi possível graças à autorização do Exército. De lá de baixo, na Vila, seguimos por uma estrada asfaltada que acaba um pouco antes do primeiro mirante. De cima, vista para a praia do Leme.

A trilha de terra segue por caminhos históricos. Duas guaritas para armazenar explosivos estão preservadas na pista, guardando a história da construção do metrô do Rio na Zona Sul da cidade. A munição foi usada para abrir um túnel que liga as estações Arcoverde e Botafogo.


A história do Morro da Babilônia e dos vizinhos Urubu e São João é de reflorestamento recente. Há quase 30 anos o local está sendo reflorestado, embora a iniciativa só tenha tomado forma mesmo em 2001, com o patrocínio do Shopping Rio Sul.

Então, de vegetação, o que se vê na Babilônia são poucas árvores frondosas e muitas árvores com troncos pequenos e vegetação recente. Isso não tira a beleza da paisagem, um achado numa das regiões mais urbanizadas da cidade. Ao contrário, torna o trabalho feito pela Cooperativa de Reflorestadores da Babilônia um exemplo a ser seguido. Foi pela mão desses homens que o morro voltou a ser verde.
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Numa cidade mutável por natureza, nada mais carioca que participar de um evento de celebração dos 450 anos do Rio de Janeiro percorrendo um morro ainda em processo de reflorestamento. Afinal, se até a maior jóia ambiental local, o Parque Nacional da Tijuca, foi quase totalmente destruído e depois reflorestado, ainda no século 19, por que outros locais e outros morros não podem ser recuperados com o mesmo sucesso?

*É jornalista e sedentária.