terça-feira, 31 de outubro de 2017

MPF recomenda ao Ibama anulação de licença da Usina São Manoel


Por Sabrina Rodrigues*
O MPF pediu ao Ibama que não libere a Licença de Operação à UHE São Manoel até que todas as condicionantes da Licença de Instalação sejam cumpridas e as irregularidades reparadas. Foto: Mídia Ninja.
O MPF pediu ao Ibama que não libere a Licença de Operação à UHE São Manoel até que todas
 as condicionantes da Licença de Instalação sejam cumpridas e as irregularidades reparadas. 
Foto: Mídia Ninja.

Por não cumprir com o plano básico ambiental indígena, o Ministério Público Federal em Mato Grosso (MPF/MT) recomendou ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) a anulação da Licença de Operação da Usina Hidrelétrica (UHE) de São Manoel, que fica entre o Pará e Mato Grosso.


A usina impacta algumas tribos indígenas, como os Kayabi, Apiaká e Munduruku e por isso, foi determinado uma série de cuidados na fase do licenciamento através do que chamam de Plano Básico Ambiental Indígena (PBAI). Entre as obrigações, a Empresa de Energia São Manoel, responsável pelo empreendimento, se comprometeu a fazer uma consulta prévia com os índios comunicando de forma clara e de modo que eles pudessem entender sobre todo o processo de construção e impacto da usina. Segundo o MPF, isso não foi feito.


Outra irregularidade está relacionada a obras e melhorias feitas nas aldeias impactadas. Segundo a denúncia, elas foram efetuadas com baixa qualidade, desobedecendo “as determinações das comunidades tradicionais beneficiárias”.


Por causa do conjunto da obra, o MPF pediu ao Ibama que não libere a Licença de Operação à UHE São Manoel até que todas as condicionantes da Licença de Instalação sejam cumpridas e as irregularidades reparadas.

*Com informações da Assessoria de Comunicação do Ministério Público Federal em Mato Grosso



segunda-feira, 30 de outubro de 2017

AUDIÊNCIA PÚBLIC ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO DO DISTRITO FEDERAL . Comentários.


DATA: 28 DE OUTUBRO   DE 2017
LOCAL: CREA/DF

Prezado Senhor Secretário André Lima, prezados senhoras e senhores,

Nós, do Fórum das ONGs Ambientalistas do Distrito Federal, integramos o Conselho de Política de Meio Ambiente e o Conselho de  Recursos Hídricos do Distrito Federal.  As colocações que irei fazer em seguida em relação ao Zoneamento Ecológico Econômico do Distrito Federal  foram por mim expostas em ambos os conselhos na semana que passou.  


Gostaria de dizer aos presentes que sou Secretária Executiva do Fórum das ONGs Ambientalistas do Distrito Federal e que há mais de vinte anos lutamos para termos um instrumento ZEE que realmente seja  a matriz de informações ambientais que nos aponte o grau de integridade de nossos ecossistemas terrestres e aquáticos, que faça a necessária aderência dos demais instrumentos, quais sejam: de ordenamento territorial, PDOT e LUOS;  dos zoneamentos ambientais das Unidades de Conservação; e da área de tutela do Conjunto Urbanístico de Brasília, localizado na Bacia do Lago Paranoá.   

1.     Houve avanços na proposta do ZEE/DF desde a primeira audiência pública. Retiraram a proposta do PDOT de termos um  milhão de pessoas de frente para a RECOR  e Estação Ecológica do Jardim Botânico. Como havíamos dito, não havia ciência que justificasse tal descalabro; retiraram a ocupação urbana de todo o restante de Cerrado na área do Sítio Aeroportuário JK, posto que nem licença ambiental da INFRAMÉRICA existe; retiraram uma enorme mancha urbana de frente para a Estação Ecológica de Águas Emendadas, o que também não se justificava; retiraram a mancha urbana de dentro da Reserva Ecológica da Contagem, outro erro grosseiro. 

2.     Contudo, há ainda vários problemas que permanecem que precisam ser corrigidos. O primeiro é em relação à escala de trabalho e de disponibilização de informações para a sociedade. A comunidade continua sem se ver dentro do ZEE/DF.  Como o Fórum das ONGs teve acesso aos mapas digitais, o que deveria ser de domínio público, por toda a legislação afeta à obrigatoriedade da transparência pelo Poder Público, vimos que há zonas do ZEE que de um lado da estrada a proposta é de uso urbano e de outro uso rural. A pergunta que fica é: mas a unidade bacia hidrográfica não seria a norteadora das ocupações humanas? 

3.     A Reserva da Biosfera do Cerrado não se restringe a suas zonas-núcleo.  Sua zona de amortecimento, de 3km,  deve ser incluída e considerada no planejamento territorial do Distrito Federal. Isto está definido no Marco Estatutário do programa da UNESCO o Homem e a Biosfera e é compromisso do Plano de Lima (2015-2025);
4.     Não há nenhuma referência a proteção e grau de fragmentação das ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTES (APPs), Reservas Legais, florestas remanescentes de vegetação nativa, conforme definido na Lei Florestal n. 12.651/2012 e que caberia ao ZEE/DF.  Assim, áreas de Cerrado íntegro que estão nos interstícios de bairros como o ParkWay e que são corredores ecológicos naturais e de recarga de aquíferos, e que a comunidade luta para virarem bosques urbanos, nem ao menos são vistos pelo ZEE/DF.  

5.     Também não há  nenhum resultado que nos aponte as condições ambientais das bacias hidrográficas onde estão os produtores  de agricultura convencional e orgânica.  E isso foi dito pelo conselheiro da área rural na reunião do CONAM e CRH. E aqueles produtores rurais que se encontram pressionados pela expansão urbana, embora prestem um serviço ambiental de extrema valia para não piorar ainda mais as condições dos cursos d’água, como é o caso dos produtores rurais da ARIE JK. Logo, faltou também o ZEE/DF assumir na sua proposta a inserção da categoria periurbano, que inclusive faz parte da nova Agenda Urbana Habitat III;

6.     Por fim, em relação à aderência dos demais instrumentos, LUOS e a área de tutela do Conjunto Urbanístico de Brasília, que devem ser considerados pelo ZEE/DF, não há nenhuma referência explícita no trabalho.  O principal norteador para ambos os instrumentos  seria em relação à densidade populacional máxima por bacia hidrográfica. Embora se fale o tempo todo no ZEE/DF que a questão hídrica é o norteadora do trabalho, um dado básico seria termos o percentual de  áreas naturais e antrópicas pelo menos nas principais bacias hidrográficas,  para vermos a pressão humana sobre os sistemas hídricos. Logo, a sociedade não conhece os limites mínimos de adensamento populacional em cada unidade hidrográfica e, por conseguinte o grau de impacto ambiental da proposta da LUOS para os ecossistemas terrestres e aquáticos. 

7.     Assim, nos encontramos em um circulo vicioso onde temos a escassez hídrica, não sabemos as condições de integridade de nossos ecossistemas aquáticos e os limites de pressão antrópica de nossas bacias hidrográficas. E, em relação aos ecossistemas terrestres, desconhecemos os diferentes graus de pressão sobre as diversas unidades de conservação e se há ou não corredores ecológicos entre elas ou passíveis de serem criados. Todas essas respostas devem vir do Zoneamento Ecológico-Econômico do Distrito Federal. 

Obrigada


Mônica Veríssimo dos Santos


Secretária-Executiva do Fórum das ONGs Ambientalistas do Distrito Federal  


------
Fórum Ambientalista do DF - Cultura e Cidadania
Brasília - DF

Prédios do Ibama e ICMBio são atacados no Amazonas

Prédios do Ibama e ICMBio são atacados no Amazonas

Por Vandré Fonseca
Print do vídeo de Waldir Adriano no Youtube.
Print do vídeo de Waldir Adriano no Youtube.

Manaus, AM -- Prédios de órgãos ambientais pegando fogo, viaturas tombadas e em chamas, casas e carros de servidores do Ibama atacados. O caos fechou a semana no município de Humaitá (AM), a 675 quilômetros de Manaus, com a reação de garimpeiros e parte dos moradores à Operação Ouro Fino, contra o garimpo ilegal no Rio Madeira.

O ataque ocorreu quando as equipes estavam em campo. Houve protestos nas ruas da cidade, contra a operação. Os prédios do Ibama e Instituto Nacional de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e viaturas dos dois órgãos foram incendiados. Houve tentativa de destruir também o prédio do Incra, onde funciona o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).

Um servidor e um vigia permaneciam no prédio do Ibama no momento no momento do ataque e conseguiram sair sem ferimentos. Ninguém ficou ferido, mas servidores dos órgãos ambientais precisaram buscar abrigo em unidades das Forças Armadas.

Fotos e vídeos com os prédios e viaturas em chamas foram divulgados pelo jornalista Altino Machado em seus perfis nas redes sociais. Os vídeos mostram também  pessoas comemorando o ataque. De acordo com a publicação dele, os servidores dos órgãos ambientais estavam pedindo ajuda da Polícia Federal. Outro vídeo, veiculado pelo You Tube, mostra o protesto nas ruas da cidade.
Humaitá fica no Sul do Amazonas, uma região onde se acumulam agressões ao Meio Ambiente, que vão desde o desmatamento à extração ilegal de ouro. Esta semana, Ibama, ICMBio, Marinha, Exército e Força Nacional iniciaram a Operação Ouro Fino, para combater o garimpo no Rio Madeira, uma atividade que se espalha desde Porto Velho (RO) até Novo Aripuanã (AM), centenas de quilômetros rio abaixo.

Para o superintendente do Ibama no Amazonas, José Leland Juvêncio Barroso, milícias organizadas estão por trás do ataque. “É uma região de fronteira agrícola, onde o Ibama tem intensificado a fiscalização”, afirma Leland. “Veio gente de fora e financiou isso, para desestabilizar o estado”, sustenta.

De acordo com ele, 45 balsas já haviam sido apreendidas quando ocorreu o ataque. Elas estavam sendo desmontadas para evitar que voltassem a ser usadas pelos garimpeiros.


A coordenadora regional do ICMBio no Amazonas, Keuris Kelly Souza da Silva, havia deixado Humaitá pouco antes dos ataques. “Nós só estamos fazendo nosso trabalho”, afirmou por telefone. “É uma atividade (garimpo) ilegal, que sempre foi ilegal e continua ilegal, mas tem gente importante iludindo os garimpeiros, dizendo que vai ser regularizada”, afirmou por telefone.


O sensacionalismo para ocultar a inoperância e incapacidade para operar um sistema de prevenção e combate aos incêndios florestais nas unidades de conservação do país.

O sensacionalismo para ocultar a inoperância e incapacidade para operar um sistema de prevenção e combate aos incêndios florestais nas unidades de conservação do país.
Paulo Cezar Mendes Ramos PhD
Analista ambiental aposentado do ICMBio

Estamos assistindo nos noticiários televisivos e nas redes virtuais, notadamente no facebook, informações e afirmações carregadas de emoções por parte de amantes da Chapada, de voluntários amadores e de posturas nitidamente defensivas por parte de gestores do ICMBio.  


Expressões como, “nunca vimos incêndio tão destrutivo”, por parte brigadistas que estão há apenas três anos na área do parque nacional e que não conhecem a história do fogo no parque nacional.
Da população que tem grande apreço pelo parque nacional, leiga sobre o tema dos incêndios florestais se aceitam afirmações emocionadas.


Entretanto, certas posturas deveriam ser evitadas por parte dos especialistas em emergências ambientais do ICMBio.
Este incêndio não é ou foi o maior incêndio florestal na história dos incêndios florestais em unidades de conservação do Brasil e, também, não é o maior ou pior incêndio ocorrido no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.


O PN da Chapada dos Veadeiros já queimou tanto quanto ou mais que nesta temporada de estiagem por várias vezes.  É sensacionalismo e talvez estratégia defensiva expor este incêndio como o maior, o pior e sob condições climáticas extremas. Além disso, afirmar que o ICMBio está respondendo ao evento com a maior força de combate, jamais utilizada antes é falacioso. Isto é inverídico e me faz imaginar que existe alguma culpa subjacente em tais afirmações, que certamente são pensadas.


Se formos verificar o tempo de  resposta efetiva para combater este incêndio vamos mostrar que tudo foi muito gradual e tardio. Se toda a força de combate a que se refere o Coordenador de Emergências Ambientais do ICMBio estivesse atendendo ao incêndio desde sua detecção o quadro poderia ser outro.


Pelo rápido desenvolvimento deste incêndio pode-se aferir que não houve pronto atendimento e que os recursos se acumularam quando o incêndio já era demasiadamente extenso, intenso e impossível de ser contido com o recurso disponível.


O combate inicial falhou, portanto a detecção falhou também. Combater focos iniciais de forma rápida é uma estratégia fundamental para o êxito do combate. Se o incêndio se propagou muito, significa que o combate inicial falhou ou não aconteceu.


O ICMBio não faz esta autocrítica, mas tenta justificar a sua fragilidade. É notória a falta de pessoal. O parque nacional foi ampliado para mais de 200 mil hectares, mas não possui brigadistas suficientes para prevenir e combater incêndios nem nos antigos sessenta mil hectares, como mostra a situação deste incêndio.


Ver um chefe de parque nacional agoniado, suplicando a sociedade recursos para fazer o que é dever do ICMBio, por total falência. O parque não tem servidores nem recursos financeiros para funcionar adequadamente.  O desmonte do ICMBio é visível e notório. O fogo mostra a realidade da instituição, suas insuficiências, sua falta de meios e organização, incapaz para fazer frente a este desastre ambiental.


Os gestores ficam calados todo o tempo sobre a caótica situação da instituição. Aceitam sem questionar aos seus superiores e ao governo golpista e corrupto, que fez piorar demais a situação do ICMBio, do IBAMA  e dos serviços públicos em geral.

Surge então o incêndio e levanta a cortina silenciosa. O incêndio não permite que se esconda o estado de pobreza institucional do ICMBio.
Desesperados os gestores mantém a postura defensiva. “Este incêndio é o maior da história. Criminosos estão agindo e aumentando o incêndio. Nunca tivemos uma estrutura de combate tão grande para combater um incêndio em uma unidade de conservação federal ou num parque nacional. O clima está mais extremo que jamais observado”. Uma ótima estratégia para não discutir suas falências, suas incapacidades de resposta.

É claro que os incêndios são criminosos. Quase sempre o são.
Pesa não somente o crime ou o clima seco, mas a incapacidade de prevenir, de detectar em tempo e de reagir com o combate efetivo. O crime é retórico. Todos os anos os proprietários da região que dependem de pastos nativos usam o fogo para alimentar o gado com a rebrota da vegetação. Esta queimada se transforma em grandes incêndios, que não raro atingem o parque nacional.  Incendiários não são novidade. Muitos incêndios neste parque nacional iniciaram-se dentro dos limites, prováveis caçadores, antes mesmo da ampliação do parque.

Quanto à resposta ao incêndio, já expressei que tudo indica ter ocorrido demora na detecção e no ataque aos focos iniciais. Este incêndio parece ter atingido o parque nacional distraído e sem os meios necessários.

Os meios aéreos para combate e suporte, aviões e helicópteros não existiam na área e levaram bastante tempo para serem acionados e para operar na área do incêndio.

Os helicópteros são de grande operacionalidade nos incêndios, porque podem transportar equipes e lançar água. Os aviões Airtractor só funcionam se estiverem estacionados no parque nacional ou proximidades, prontos para contribuírem com os brigadistas, lançando água no ataque inicial. De nada ou quase nada servem para combater um incêndio que se expandiu demasiadamente como o atual. Tornam-se despesas altas e ineficientes.

O Serviço Florestal americano tem como rotina relatar os incêndios nos mínimos detalhes para melhorar o sistema. No Brasil o comum é o que vemos os técnicos responsáveis fazendo, que é ocultar as falhas e jogar todas as responsabilidades para terceiros, ou seja, os criminosos e o clima.

Quero finalizar responsabilizando ao ministro do meio ambiente e ao presidente do ICMBio que permitiram sem lutar, os cortes absurdos de recursos do ICMBio. Coloco os incêndios florestais, mal assistidos nas unidades de conservação federais, nas contas do Temer e de seu ministro do meio ambiente golpistas. Não menos responsáveis são os gestores do ICMBio que aceitam sem brigar, mantendo seus cargos, mesmo com o desmonte da instituição promovida por este governo corrupto e golpista.


Paulo Ramos 

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Através de Infográfico, pesquisadores divulgam números alarmantes da biodiversidade brasileira

Através de Infográfico, pesquisadores divulgam números alarmantes da biodiversidade brasileira


Infográfico “Matemática: biodiversidade em números” pega carona no tema da SNCT para alertar a população


SBPC
Um a cada cinco tipos de plantas do planeta estão no Brasil, com seus seis biomas naturais. Destes, o maior, a Mata Atlântica, tem apenas 20% da sua vegetação original. Nestes ambientes, mais de 39% dos mamíferos (sendo 15% dos primatas) encontram-se ameaçados de extinção.
Este quadro alarmante da biodiversidade brasileira é oportunamente apresentado no infográfico “Matemática: biodiversidade em números”.


A iniciativa do Instituto de Química da UNESP de Araraquara (IQAr – Unesp) encontra no tema da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2017 sua razão de ser. Por enxergarem na didática dos números uma oportunidade de levar a opinião pública à reflexão é que os cientistas Ian Castro-Gamboa e Cintia Milagres do IQAr – Unesp e Letícia Lotufo, da USP decidiram divulgar a preocupante situação da biodiversidade brasileira.


Vanderlan da Silva Bolzani, professora titular do IQAr – Unesp e vice-presidente da Fundunesp e da SBPC, reitera a visão de seus colegas: “No caso da SNCT ser dedicada à matemática e dizer que a matemática está em tudo é muito importante para nós que trabalhamos com a química, com a biodiversidade brasileira, porque mostra a biodiversidade em números e mostra o impacto que as pessoas já estão sentindo”.


Entre esses impactos causados pela perda de biodiversidade, a especialista destaca os problemas da homogeneização dos ambientes, a seca e a perda da farmácia que representa esses biomas, com a escassez de princípio ativo para a produção de novos remédios – matéria importante para os cientistas.


Já entre os aspectos que contribuem para a extinção da biodiversidade, Vanderlan destaca as especulações econômicas: “No caso da Mata Atlântica, ela vem sendo devastada desde a descoberta do Brasil. E por quê? Porque todo o processo de urbanização começou na costa e a Mata Atlântica faz parte dessa costa. Logicamente você vai fazendo o centro sem planejamento”.


E continua: “Tem também a atividade agrícola, que é muito importante, o Brasil tem uma agricultura respeitável, importantíssima para a balança econômica, mas você pode saber onde e quando desmatar. Por isso o conhecimento e o entendimento da biodiversidade são muito importantes, para defender e poder dizer ‘olha, aqui pode ser desmatado e aqui não pode. Você não pode sair desmatando qualquer área só pelo interesse comercial”.


A professora Vanderlan conclui com um apelo aos pesquisadores brasileiros: “Nesta semana, todas as pessoas que puderem estar divulgando suas pesquisas, seus laboratórios, tudo que se faz na ciência deste país, que está no dia-a-dia do cidadão, para que eles possam estar lado a lado dos pesquisadores. Nós estamos precisando de um grito de socorro diante da situação a que chegamos com esse corte assustador que nos preocupa sem saber o que será do amanhã”, finaliza.


Veja o infográfico aqui.


Por Marcelo Rodrigues – estagiário da SBPC

in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 27/10/2017

[CC BY-NC-SA 3.0][ O conteúdo da EcoDebate pode ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, à EcoDebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]

Emissões de gases do efeito estufa no Brasil sobem 9% em 2016


Emissões de gases do efeito estufa no Brasil sobem 9% em 2016

26.10.2017Notícias
daisy photographed from below
do Observatório do Clima

As emissões nacionais de gases de efeito estufa subiram 8,9% em 2016 em comparação com o ano anterior. É o nível mais alto desde 2008 e a maior elevação vista desde 2004.

O país emitiu no ano passado 2,278 bilhões de toneladas brutas de gás carbônico equivalente (CO2e), contra 2,091 bilhões em 2015. Trata-se de 3,4% do total mundial, o que mantém o Brasil como sétimo maior poluidor do planeta.

Os dados são da nova edição do SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa), que foi lançada nesta quinta-feira (26), em São Paulo (SP), pelo Observatório do Clima.
O crescimento é o segundo consecutivo, e ocorre em meio à pior recessão da história do Brasil. Em 2015 e 2016, a elevação acumulada das emissões foi de 12,3%, contra um tombo de 7,4 pontos no PIB (Produto Interno Bruto), que recuou 3,8% em 2015 e 3,6% em 2016.

O Brasil se torna, assim, a única grande economia do mundo a aumentar a poluição sem gerar riqueza para sua sociedade.


A elevação nas emissões no ano passado se deveu à alta de 27% no desmatamento na Amazônia. As emissões por mudança de uso da terra cresceram 23% no ano passado, respondendo por 51% de todos os gases de efeito estufa que o Brasil lançou no ar.

Por outro lado, quase todos os outros setores da economia tiveram queda nas emissões. A mais expressiva foi no setor de energia, que viu um recuo de 7,3% – a maior baixa em um ano desde o início da série histórica, em 1970. O setor de processos industriais teve redução de 5,9%, e o de resíduos, 0,7%. As emissões da agropecuária subiram 1,7%.

* VEJA AQUI OS DADOS E AS FIGURAS DO SEEG
Hoje, a atividade agropecuária é, de longe, a principal responsável pelas emissões de gases de efeito estufa no país: ela respondeu por 74% das emissões nacionais em 2016, somando as emissões diretas da agropecuária (22%) e as emissões por mudança de uso da terra (51%). Se fosse um país, o agronegócio brasileiro seria o oitavo maior poluidor do planeta, com emissões brutas de 1,6 bilhão de toneladas (acima do Japão, com 1,3 bilhão). Entre 1990 e 2016, o setor de uso da terra no Brasil emitiu mais de 50 bilhões de toneladas de CO2e, o equivalente a um ano de emissões mundiais.


“O descontrole do desmatamento, em especial na Amazônia, nos levou a emitir 218 milhões de toneladas de CO2 a mais em 2016 do que em 2015. É mais do que duas vezes o que a Bélgica emite por ano”, disse Ane Alencar, pesquisadora do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e responsável pelos cálculos de emissões por mudança de uso da terra no SEEG. “Isso é dramático, porque o desmatamento é em sua maior parte ilegal e não se reflete no PIB do país.”


Com efeito, a chamada intensidade de carbono da economia brasileira, ou seja, o total emitido por unidade de PIB gerada, cresceu 13% – na contramão da maior parte das grandes economias, em que a intensidade de carbono vem declinando. Em 2016, o Brasil emitiu 1,1 tCO2e para cada milhão de dólares de PIB (MUSD), enquanto a média global é de 0,7 tCO2e/MUSD. Para uma economia de baixo carbono em meados do século, estima-se que este valor deveria ser inferior a 0,1.


No setor de energia, que antes da crise vinha crescendo rapidamente em emissões, a queda de 7,3% foi puxada pela retração da economia e pelo crescimento da participação das energias renováveis na matriz elétrica.

As emissões associadas à geração de eletricidade caíram 30% no ano passado. Isso se deveu à redução da participação das usinas termelétricas fósseis, cuja geração caiu 28% devido à recuperação parcial dos reservatórios das hidrelétricas – que aumentaram sua geração em 6% graças às chuvas no Centro-Sul em 2016 – e à desaceleração da economia. “Além disso, a geração por fontes renováveis não hídricas, principalmente eólica e biomassa, cresceu 19%”, afirmou Marcelo Cremer, pesquisador do Iema (Instituto de Energia e Meio Ambiente).

A maior parte das emissões do setor de energia – 48% – segue atrelada ao setor de transportes. Nos últimos três anos o consumo de combustível em veículos leves se manteve constante, mas em 2016 a gasolina aumentou 4% e o etanol caiu 10%. “A troca de etanol por gasolina tende a aumentar emissões, mas por outro lado, a redução no consumo de óleo diesel, querosene de aviação e óleo combustível, na esteira da crise, fez com que as emissões de transportes se mantivessem praticamente idênticas às de 2015”, concluiu Cremer.

No setor de resíduos, o que teve maior crescimento percentual desde 1970 (mais de 500%), a oscilação para baixo se deveu também à recessão. “Apesar do crescimento das emissões provenientes do tratamento de efluentes, o setor teve queda, relacionada à redução da geração de resíduos sólidos urbanos e à diminuição do envio do material coletado para aterros sanitários”, disse Igor Albuquerque Reis, do ICLEI-Governos Locais pela Sustentabilidade.

Segundo ele, a recessão que atingiu as prefeituras Brasil afora afetou as políticas municipais de eliminação dos lixões proposta pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010. Isso paradoxalmente reduz as emissões, já que os aterros sanitários, embora sejam a melhor destinação para o lixo, emitem mais metano (que, no entanto, pode ser usado para gerar energia e reduzir emissões).

A crise também é uma explicação, embora igualmente paradoxal, para o aumento das emissões no setor de agropecuária: os abates de bovinos recuaram pelo segundo ano consecutivo, devido principalmente a uma queda na demanda por carne em função da crise e competitividade das demais carnes, como a de porco (que tem tido abates recordes). “Atingimos uma população de bovinos de corte jamais vista”, diz Ciniro Costa Júnior, analista de Clima e Cadeias Agropecuárias do Imaflora.

Só de gado de corte o Brasil tinha em 2016 mais de 198 milhões de cabeças, segundo dados do IBGE. Como bois e vacas emitem metano (o gás de efeito estufa mais importante depois do CO2) durante a digestão e pela degradação do esterco, menos gado sendo abatido significa mais bois no pasto e nos currais e mais emissões.

Além do aumento do rebanho, também contribuiu para o crescimento das emissões do setor – que foi o maior desde 2011 – um salto inédito no consumo de fertilizantes nitrogenados, que emitem óxido nitroso (N2O) um gás 265 vezes mais potente que o CO2 no aquecimento global. Depois de uma queda de entre 2014 e 2015, ele cresceu 23% em 2016, algo nunca visto antes, o que levou a um aumento proporcional de aumento nas emissões dessa fonte.

O SEEG fez, ainda, pelo segundo ano consecutivo, uma estimativa das emissões e remoções pelo manejo dos solos agrícolas, que não são computadas no inventário nacional divulgado pelo governo. Solos degradados emitem CO2 e solos bem manejados, pelo contrário, removem CO2 da atmosfera.

Entender e estimar essas emissões e remoções é fundamental para o cumprimento das metas do Brasil no Acordo de Paris, já que elas envolvem restaurar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas.
Se fossem contabilizadas, as variações de carbono no solo resultariam num aumento de 5% na emissão total do setor agropecuário, devido à grande quantidade pastagens degradadas no país. “Nós temos mostrado que dá para fazer essa estimativa, e isso deveria estimular o governo a fazer também”, afirmou Costa Júnior.

A VISÃO DO OC:

AGROPECUÁRIA AMEAÇA METAS, MAS PODE SER SALVAÇÃO DO CLIMA
O cenário atual acende uma luz amarela para o cumprimento da Política Nacional de Mudanças Climáticas. A lei estabelece que o Brasil precisa chegar a 2020 com emissões não superiores a 2,2 bilhões de toneladas de CO2 equivalente – exatamente o que foi emitido em 2016. Se não reverter o desmatamento, o país pode não cumprir a meta caso as emissões dos outros setores retomem o ritmo de alta de antes da recessão, em especial o de energia.


“Nos últimos anos nós temos caminhado no sentido contrário à meta. Patinamos ao redor de 2 bilhões de toneladas por ano e agora saltamos para 2,2 bilhões”, disse André Ferretti, gerente de Estratégias de Conservação da Fundação Grupo Boticário e coordenador-geral do Observatório do Clima.


“Temos hoje a pior manchete climática do planeta: aumento de emissões em razão de desenfreada destruição florestal e totalmente dissociado da economia. Não vai adiantar o governo e os ruralistas dizerem lá fora que o agro é pop; não vão convencer a comunidade internacional e os mercados de que está tudo bem por aqui”, afirmou Carlos Rittl, secretário-executivo do OC. “O Brasil que chegará no mês que vem à COP23 já é um risco para os objetivos do Acordo de Paris.”


Se por um lado a atividade agropecuária lidera as emissões do Brasil, por outro lado pode estar aí a chave para a salvação da lavoura – e do clima.


“As emissões ligadas à atividade agropecuária quase sempre representaram 70% ou mais das emissões totais do Brasil. Mas elas podem chegar a zero com decisões nossas”, afirmou Tasso Azevedo, coordenador técnico do SEEG. Segundo ele, o país pode zerar o desmatamento e expandir a agricultura de baixo carbono a toda a agropecuária. Isso implica um melhor ambiente para o agronegócio, mais renda para o produtor e menos risco de secas e queimadas. “O nosso maior desafio no combate à mudança climática é também a nossa maior oportunidade. Temos a felicidade de ser um país onde essas coisas coincidem.”

BRUTO OU LÍQUIDO?
Há duas maneiras de reportar os dados de emissão do país: pode-se falar em emissões brutas (ou seja, o total que efetivamente vai para a atmosfera como produto de ações humanas) ou líquidas, em que se subtrai dessa conta o carbono retirado da atmosfera por ações humanas como a restauração de florestas.

O IPCC, o painel do clima das Nações Unidas, autoriza os países a descontar de sua contabilidade as chamadas remoções antropogênicas. O Brasil faz isso, considerando “antropogênicas” as remoções de CO2 por unidades de conservação e terras indígenas. Estima-se um fator de remoção e multiplica-se esse fator pela área florestal em TIs e UCs. O resultado é uma “deflação” que pode chegar a centenas de milhões de toneladas de CO2 equivalente nos inventários nacionais de emissão.


Os técnicos do SEEG consideram essa contabilidade problemática, já que não há nenhuma garantia de que as florestas nessas áreas protegidas, em sua maioria florestas tropicais maduras, estejam de fato removendo carbono nessa quantidade. Por exemplo, o fator de remoção usado no Terceiro Inventário Nacional, de 2016, difere do segundo, de 2010, o que torna as remoções do Segundo Inventário quase três vezes maiores.

Por essa razão, o OC prefere apresentar os dados do SEEG em remoções brutas, embora, por transparência e comparabilidade, sempre publique também as emissões líquidas.

POR QUE OS DADOS DO SEEG MUDARAM?
Em 2017, toda a série histórica do SEEG foi ajustada, por isso, os números de 2015 e dos anos anteriores não são os mesmos que divulgamos no ano passado. Mas calma, a gente explica: o que aconteceu foi que o SEEG usou uma metodologia mais atual para fazer as contas.

Contabilidades nacionais de emissão são baseadas nas diretrizes do IPCC. De tempos em tempos, sempre que publica um relatório de avaliação novo, o IPCC aprimora essas diretrizes, para refletir melhor o conhecimento científico. Por exemplo, os fatores usados para calcular quanto uma determinada atividade (a queima de cimento, por exemplo) emite mudam, assim como os potenciais de aquecimento global dos vários gases de efeito estufa.

O Terceiro Inventário Nacional de emissões de gases de efeito estufa usa as diretrizes publicadas pelo IPCC em seu Segundo Relatório de Avaliação (SAR, ou AR2), de 1995. A União Europeia também usa o AR2.

No entanto, a NDC, a meta brasileira no Acordo de Paris, foi desenhada usando os fatores de emissão do relatório mais recente do IPCC, o AR5, de 2013. Para permitir o melhor acompanhamento da política pública, o SEEG converteu toda a série de dados para AR5. Mas na plataforma também é possível acessar os dados na “linguagem” antiga.

GLOSSÁRIO
GEE – Gás de efeito estufa. Moléculas com propriedade de reter calor na atmosfera, causando o aquecimento global. Os de origem antropogênica controlados pelos acordos do clima são seis: CO2 (gás carbônico, produzido por desmatamento e queima de combustíveis), CH4 (metano, produzido por desmatamento, queima de combustíveis, plantações de arroz e ruminantes), N2O (óxido nitroso, produzido pelo uso de fertilizantes), SF6 (hexafluoreto de enxofre, usado na indústria), HFCs (hidrofluorocarbonos, usados em refrigeração) e PFCs (perfluorcarbonos, também usados na indústria)

Gás carbônico equivalente (CO2e) – Soma de todos os principais gases de efeito estufa “convertidos” para o potencial de aquecimento global do CO2, o principal deles. Uma molécula de metano, por exemplo, é 28 vezes mais potente que uma molécula de CO2para aquecer a Terra em cem anos.
MUT – Mudança de Uso da Terra. Atividades que englobam o desmatamento, o reflorestamento, a regeneração e a calagem. As emissões do setor de MUT são, em sua esmagadora maioria, resultantes de desmatamento.

Emissão bruta/emissão líquida – Ver box.

GWP – Potencial de aquecimento global, na sigla em inglês (global warming potential). Medida do quanto um determinado gás de efeito estufa é capaz de aprisionar calor na atmosfera, em relação ao dióxido de carbono (cujo potencial de aquecimento global é igual a 1). É a medida mais usada em inventários de emissões.


SOBRE O SEEG

O Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa foi criado em 2012 para atender a uma determinação da PNMC (Política Nacional de Mudanças Climáticas). O Decreto 7.390/2010, que regulamenta a PNMC, estabeleceu que o país deveria produzir estimativas anuais de emissão, de forma a acompanhar a execução da política. O governo, porém, nunca produziu essas estimativas. Os inventários nacionais, instrumentos fundamentais para conhecer em detalhe o perfil de emissões do país, são publicados apenas de cinco em cinco anos, portanto, não conseguem captar as dinâmicas de curto prazo da economia, o que é necessário para a implementação de políticas públicas.

O SEEG foi a primeira iniciativa nacional de produção de estimativas anuais para toda a economia. Ele foi lançado em 2012 e incorporado ao Observatório do Clima em 2013. Hoje em sua quinta coleção, é uma das maiores bases de dados nacionais sobre emissões de gases estufa do mundo, compreendendo as emissões brasileiras de cinco setores (Agropecuária, Energia, Mudança de Uso da Terra, Processos Industriais e Resíduos) de 1970 a 2016 – exceto o setor de Mudança de Uso da Terra, que não tem dados anteriores a 1990.

As estimativas são geradas segundo as diretrizes do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), com base nos Inventários Brasileiros de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases do Efeito Estufa, do MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações).

Todos os dados do SEEG são disponibilizados em plataforma digital, onde se pode consultar os dados diretamente, assim como também obter por download a base de dados completa, com mais de 3,3 milhões de registros, já preparada para consultas com tabelas dinâmicas. Os principais dados de atividades utilizados nos cálculos também são disponibilizados através da plataforma. Nela é possível acessar infográficos sobre as emissões de cada setor, notas metodológicas que explicam detalhadamente como o levantamento e produção de dados são realizados e uma avaliação da qualidade dos mesmos.

A partir de 2014, o SEEG passou a ser adotado por coletivos de outros países. O primeiro SEEG implementado fora do Brasil foi no Peru e o segundo, na Índia. O SEEG Global pode ser acessado pelo endereço: http://seeg.world.

Atuaram no SEEG 5 pesquisadores das ONGs: Ipam e Imazon (Mudança de Uso da Terra), Imaflora (Agropecuária), Iema (Energia e Processos Industriais) e Resíduos (ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade).

SOBRE O OC
O Observatório do Clima é a principal rede da sociedade civil brasileira atuando na área de mudanças climáticas. Fundado há 15 anos, em 2002, O OC reúne hoje 43 organizações não-governamentais que se dedicam a acompanhar as políticas públicas de clima no Brasil e promover debates com a sociedade. Conheça mais sobre o nosso trabalho e saiba quem são nossos membros:

Oportunidade: Curso de educação ambiental em ecossistemas costeiros


Educação ambiental_Vivamar divulgação_1
Curso de educação ambiental em ecossistemas costeiros. Foto: Vivamar Cursos Livres/Divulgação

Estão abertas as inscrições para o curso Educação Ambiental em Ecossistemas Costeiros que será realizado nos dias 06 e 07 de janeiro de 2018. O conteúdo será dividido entre a parte teórica e prática, somando a carga horária de 12 horas. A aula em campo acontecerá em uma trilha interpretativa terrestre e subaquática entre o Parque Estadual da Serra da Tiririca (RJ) e a Reserva Extrativista Marinha de Itaipu, em Niterói (RJ). A atividade irá cruzar ecossistemas de manguezal, laguna, restinga, duna, praia e costão rochoso.

As vagas são limitadas e os interessados podem se inscrever através do link. O curso é oferecido pela Vivamar Cursos Livres e o objetivo formar agentes multiplicadores que possam desenvolver e fomentar iniciativas de educação ambiental e conservação dos ambientes costeiros e marinhos.


Governo pode cortar 50% das verbas para unidades de conservação


Por Sabrina Rodrigues
A verba destinada às unidades de conservação poderá ser 50% menor do que a do ano passado, se o Congresso aprovar sem alteração a proposta orçamentária enviada pelo Governo Federal. Foto: Beto Barata/Flick
A verba destinada às unidades de conservação poderá ser 50% menor do que a do ano passado, 
se o Congresso aprovar sem alteração a proposta orçamentária enviada pelo Governo Federal.
 Foto: Beto Barata/Flick


A verba destinada às unidades de conservação poderá ser 50% menor do que a do ano passado, se o Congresso aprovar sem alteração a proposta orçamentária enviada pelo Governo Federal. É o que revela um levantamento feito pelo World Wide Fund (WWF-Brasil) em parceria com a Associação Contas Abertas.


O estudo constatou que o governo destinou R$ 122,9 milhões para a criação, implantação, monitoramento e projetos de manejo nas áreas protegidas no Projeto de Lei do Orçamento de 2018. No ano passado, a previsão de gastos foi de R$ 244,5 milhões na proposta de 2017, um corte de 50,3%.


A previsão de diminuição de verba para 2018 atinge em cheio trabalhos como o combate ao desmatamento, adaptação às mudanças climáticas, manejo florestal, regularização dos imóveis rurais, licenciamento ambiental e, em menor proporção, a implantação da Política Nacional de Recursos Hídricos.


O Programa Bolsa Verde, implementado em 2011, que é um incentivo do governo de R$ 300,00 para as famílias que usam as áreas onde vivem de forma sustentável, foi o mais atingido. Com gastos autorizados de mais de R$ 70 milhões nos últimos dois anos, ele simplesmente desaparece no PLOA 2018. O governo pretende repassar a conta ao Fundo Amazônia, que também pode sofrer corte nos aportes.


Cortes no Ministério do Meio Ambiente
Ainda segundo o estudo, a previsão do orçamento para Ministério do Meio Ambiente é de R$ 3,278 bilhões em 2018, contra R$ 3,786 bilhões que teve este ano, valor 29% menor do que a média destinada ao MMA pelos projetos de lei orçamentária na última década, de R$ 4,6 bilhões.


O relatório ressalta que entre as autarquias subordinadas ao ministério, o corte mais acentuado é o do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, que administra as Unidades de Conservação federais. O Orçamento proposto para 2018 (R$ 589 milhões) é 52% menor do que o do ano passado (R$ 1,246 bilhão).


O novo Orçamento só deve ser conhecido em dezembro, já que o Congresso precisa apreciar as emendas e votar a Lei antes do recesso. Mas o relatório ressalta que para alcançar a média dos gastos autorizados ao MMA na última década, a proposta de gastos apresentada pelo governo para a pasta teria de crescer 1,7 bilhão durante o processo de votação.


Saiba Mais
Cortes no orçamento da União para 2018 atingem unidades de conservação e combate ao desmatamento

Polícia Federal vai investigar incêndio na Chapada dos Veadeiros


Por Daniele Bragança
Imagem mostra rastro das chamas agora apagadas no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Foto: Paulo de Araújo/MMA.
Imagem mostra rastro das chamas agora apagadas no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. 
Foto: Paulo de Araújo/MMA.

Após fortes indícios de que o incêndio no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros foi criminoso, o ministro do Meio Ambiente, Marcelo Cruz, afirmou que pediu para o Ministério da Justiça o apoio da Polícia Federal para investigar o crime. Segundo Cruz, as polícias civis e ambiental de Goiás já estão investigando.

O incêndio que começou no dia 17 de outubro consumiu mais de 25% da área do parque, cerca de 62 mil hectares pegaram fogo. Há relatos de que um dos incendiários utilizou motocicleta para acessar partes do parque e iniciou um foco utilizando galão de combustível. Não se descarta a possibilidade do incêndio criminoso ser retaliação pela recente ampliação da unidade de conservação, ocorrida em julho.

As autoridades esperam finalizar o combate às chamas para periciar o local. A pena para quem provoca incêndios florestais vai de 1 a 4 anos de prisão.

A presença de ventos fortes, baixa umidade do ar, altas temperaturas e estiagem prolongada contribuíram para o avanço do fogo no Cerrado. Foto: Paulo de Araújo/MMA.
A presença de ventos fortes, baixa umidade do ar, altas temperaturas e estiagem prolongada 
contribuíram para o avanço do fogo no Cerrado. Foto: Paulo de Araújo/MMA.


O fogo já destruiu 64 mil hectares dentro e fora do parque. Foto: Paulo de Araújo/MMA.
O fogo já destruiu 64 mil hectares dentro e fora do parque. Foto: Paulo de Araújo/MMA.
Ministro se reúne com o brigadistas e autoridades do Ibama e ICMBio. Foto: Paulo de Araújo/MMA.
Ministro se reúne com o brigadistas e autoridades do Ibama e ICMBio. Foto: Paulo de Araújo/MMA.
Helicóptero da polícia de Goiás ajuda no transporte de brigadistas em Veadeiros. Foto: Foto Fernando Tatagiba/ICMBio.
Helicóptero da polícia de Goiás ajuda no transporte de brigadistas em Veadeiros. 
Foto: Fernando Tatagiba/ICMBio.
Fogo na chapada nesta quinta-feira. Foto: Fernando Tatagiba/ICMBio.
Fogo na chapada nesta quinta-feira. Foto: Fernando Tatagiba/ICMBio.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

🐾 A importância da mãe de leite para cães e gatos 🐾


🐾 A importância da mãe de leite para cães e gatos 🐾

Muita gente se pergunta o que fazer quando encontra um filhote canino ou felino recém-nascido e que ainda precisa ser amamentado. Se a mãe biológica não estiver viva ou não for encontrada, ou até mesmo se ela tiver rejeitado o filhote, o ideal é encontrar uma mãe de leite, ou seja, uma fêmea lactante que aceite esse filhote órfão que ainda está em fase de amamentação.
Antes de mais nada, jamais dê leite bovino para esses filhotes. Cada espécie produz um leite único, que contém os nutrientes necessários para seus respectivos filhotes. No caso do leite de vaca, há muito carboidrato (lactose) e uma quantidade pequena de proteína e de gordura, que serve bem a herbívoros, mas não muito bem a carnívoros e onívoros. Essa alta quantidade de lactose pode provocar diarreia, flatulência, vômitos, desnutrição e até mesmo a morte desses filhotes. O mesmo pode acontecer com adultos, já que todo mamífero, com o avanço da idade, vai deixando de produzir lactase (enzima que quebra a molécula da lacto se). Isso explica os frequentes casos de intolerância à lactose tanto em humanos quanto em animais domésticos.
Frequentemente, as pessoas optam por comprar substitutos do leite em pet shops ou preparar leites caseiros mais acessíveis ao bolso. Porém, além dos nutrientes necessários para um crescimento saudável, o leite natural contém também anticorpos da lactante, sendo o principal e mais importante alimento para quaisquer mamíferos recém-nascidos.
Mas a amamentação não é importante apenas para o fortalecimento do sistema imune e para o desenvolvimento fisiológico dos filhotes. É fundamental também para o desenvolvimento psíquico e social. É durante esse período que os filhotes aprendem a socializar e a agir como membro da espécie a que pertencem. Ou seja, além do contato afetivo com a mãe (biológica ou adotiva), há ainda a importância do contato com outros filhotes. Assim, os filhotes assimilam comportamentos básicos para a organização social de seu grupo e agem de acordo com a socialização de sua espécie.


https://www.facebook.com/163155964131661/videos/246485205798736/


Em Psicologia e em Etologia, esse fenômeno tem o nome de cunhagem ou estampagem (ou imprinting, em inglês) e se refere à resposta de comportamento adquirida nos primeiros meses de vida, de modo irreversível e por meio da socialização com indivíduos da mesma espécie.

Por isso, é recomendado que o desmame de cães e gatos se dê apenas de 30 a 45 dias após o nascimento, permitindo que os filhotes permaneçam com a mãe por pelo menos dois meses. Isso permite que aprendam a se comunicar adequadamente e pode evitar casos de ansiedade, pânico, além de comportamentos incômodos como latidos e miados excessivos, agressividade descomedida etc.
A Associação Protetora dos Animais do DF (ProAnima) incentiva a amamentação e auxilia na divulgação para que filhotes encontrem mães de leite conforme a sua espécie e tamanho ou porte. Se você tem um animal doméstico amamentando, fique atento, pois pode haver um bichinho precisando de amparo. Ajude a salvar a vida de um recém-nascido, garantindo-lhe o alimento e o convívio com a mãe e com a ninhada.
Colaboração de:
Ives Boitano - texto
Ian Sá - ilustração

24/10/2017

Resultado de imagem para Coelhinhos amamentando
------------

Suzana Coelho - Diretora-Geral

Valéria Sokal - Diretora

 Mara Moscoso - Diretora

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Água: mentiras e verdades, artigo de João Ricardo Raiser

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Água: mentiras e verdades, artigo de João Ricardo Raiser

Segundo Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda na Alemanha Nazista: “Uma mentira repetida mil vezes torna-se uma verdade.”




Domingo, dia 1 de outubro, enquanto preparava o café da manhã, ouvia as chamadas de um programa de TV voltado para assuntos do campo. Entre as reportagens uma iria tratar da situação do principal afluente do rio São Francisco, o rio Paracatu (MG), que se encontra praticamente seco.






Nos últimos tempos, muitas matérias tem tratado da crise hídrica pela qual passa a região central do Brasil, algumas inclusive como se fosse uma novidade, com repórteres, gráficos e especialistas apontando causas, efeitos e reflexos que são sentidos em todo o Brasil. Entre os problemas apontados estão sempre os ambientais, ligados à biodiversidade e peixes, ao usos da água, como abastecimento humano, irrigação, indústria, geração de energia, turismo, entre outros.




Mas a reportagem sobre o Paracatu chamou-me atenção especial por acompanhar a história do amigo Antônio Eustáquio, o Tonhão, do Movimento Verde Paracatu, que há muito fala e trata da agonia do rio Paracatu, diretamente ligada à situação e condição de toda a bacia do Velho Chico.




A reportagem, composta por entrevistas com representantes de vários setores, realizadas até no leito ressequido e magoado do rio, abordou as variações do ciclo hidrológico, as redução das precipitações nos últimos anos, os problemas de uso e ocupação do solo, a dificuldade de infiltração da água na terra, seu principal reservatório, os impactos no ambiente, produção o economia, a articulação e contribuições dos produtores rurais e da sociedade. Em determinado momento foram questionadas as ausências ou falhas na gestão das águas, política pública que permeia, ou deveria permear, grande parte destas questões, não somente para evitá-las, mas também para remediar seus impactos, desde que fosse implementada da forma prevista e tivesse capacidade de atuação.



Crendo que o tema é relevante e de impacto nacional, divulguei a notícia a alguns grupos de amigos, colegas de trabalho e de estudo. Após a sua conclusão da reportagem, copiei aos mesmos grupos o endereço de acesso a ela. Não sei se por ímpeto, ou por estar coando o café, não percebi que um amigo já havia encaminhado o link de acesso a um dos grupos, e então pedi desculpas pelo ocorrido.





O que gerou a vontade de contar esta história e refletir sobre ela, começa aqui. Após o pedido de desculpas pela redundância da mensagem, outro amigo, um entusiasta das águas, pesquisador e coordenador de um Mestrado Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos, reagiu de forma enfática: “-Não há que pedir desculpas. Temos que repetir isso 1 milhão de vezes! O Velho Chico perece e nada é feito!”




Imediatamente lembrei da frase de Goebbles, e veio a pergunta: quantas vezes essa verdade precisa ser repetida para que valha? Para que se converta em realidade?



Quando eu, você, eles, nós, seja lá qual for nossa ocupação, interesse ou responsabilidade, sejamos produtores rurais, irrigantes, industriais, lavadeiras, pescadores, funcionários de empresas de saneamento, de geração de energia, estudantes, professores, servidores públicos, ou mesmo cidadãos, vamos tomar esta decisão? Sim, decisão! Tomar a decisão e cobrar que a água seja tratada como ela precisa, ou melhor, como nós precisamos que ela seja tratada, pois nós é que dependemos dela.




Seja qual for o meu ou o seu interesse ou responsabilidade, seja como produtor rural, industrial, pescador, serviço de saneamento, empresas de geração de energia, estudante, professor, ou mesmo cidadão, todos tem parte na decisão de tratar da água como ela precisa, ou melhor, como nós precisamos, pois nós é que dependemos dela.






É uma decisão. Quer exemplos? Em 1800, Nova York enfrentou problemas ligados à água, com mortes, doenças e prejuízos, e decidiu cuidar de suas fontes, suas bacias hidrográficas. Alguns especialistas acreditam que sem essa segurança hídrica, talvez a cidade não fosse que é hoje. Em 1861, no Rio de Janeiro, Dom Pedro II criou uma “Floresta Protetora”, visando recuperar as bacias que davam suporte ao abastecimento, da degradação ocorrida entre 1600 e 1700, atual Parque Nacional da Tijuca.




E nós, quando acolheremos esta realidade e daremos resposta efetiva ao que são fatos, não mais meras especulações ou alarmismos.





Os recursos são escassos, e há muitas preocupações e questões que requerem especial atenção da sociedade, como o famoso tripé “saúde-educação-segurança”, mas a disponibilidade hídrica, ou segurança hídrica, apresenta reflexos diretos inclusive nestes eixos, ao afetar a saúde e o desenvolvimento econômico e social, tanto no curto, quanto no médio e longo prazo.


Quando daremos atenção à gestão das águas e políticas públicas relacionadas?




Precisamos repensar, mudar a forma de agir, e estes esforços devem ser de todos que tem interesse ou são impactados pela água, seja por seu uso ou por sua falta.




Esta verdade não pode esperar ser repetida 1 milhão de vezes para se tornar realidade, sob pena de inviabilizarmos a nossa própria sobrevivência e atividades.




João Ricardo Raiser. Poeta. Administrador. Mestrando em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (PROFÁGUA), na UNESP – Ilha Solteira, membro de Comitês de Bacia Hidrográficas Federais e Estaduais, representante no Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Gerente de Planejamento e Apoio ao Sistema de Gestão de Recursos Hídricos da SECIMA/GO. Atua na gestão das águas desde 2002. jrrgestor@gmail.com




Fonte: EcoDebate

Brasileiro “consome” em média 5 kg de agrotóxicos por ano, alerta endocrinologista

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Brasileiro “consome” em média 5 kg de agrotóxicos por ano, alerta endocrinologista

Endocrinologista e nutrólogo aponta formas diretas e indiretas de ingestão de substâncias tóxicas.

Campeão mundial do uso de agrotóxicos, o Brasil vai na contramão do mundo, que reduz progressivamente o uso de substâncias tóxicas nos alimentos e no meio ambiente. O alerta foi feito pelo endocrinologista e nutrólogo Leonardo Higashi em palestra na Vila Verde Catuaí, feira de produtos naturais e orgânicos realizada em Londrina, no Paraná.


O Instituto Nacional do Câncer (INCA) divulgou um alerta em que mostra os riscos a que os brasileiros estão expostos. Em média, cada cidadão “consome” 5,2 kg de agrotóxicos por ano, veja aqui.



Existem inúmeras substâncias nocivas à saúde no meio ambiente, como os agrotóxicos, produtos de plásticos, conservantes, solventes industriais, metais pesados, produtos de combustão e outros. A contaminação se dá de inúmeras formas, segundo o especialista londrinense. Tanto pela ingestão de produtos presentes nos alimentos, na água, no ar que respiramos, e pela pele ou mesmo pelo uso diário de produtos com poder de toxidade, e que utilizamos sem nos dar conta.


“São, por exemplo, os recipientes plásticos em que resfriamos e aquecemos a comida, repletos de BPA (Bisfenol A) e ftalatos, que se desprendem e contaminam o alimento. A recomendação é substituir esse tipo de utensílio por vidro”. O médico explica: “Os elementos tóxicos ligam-se a receptores hormonais em nosso corpo, modificando o metabolismo e desencadeando doenças para as quais estamos predispostos”.



“Podemos dizer que cada organismo tem naturalmente predisposição genética para algumas patologias. As toxinas ‘jogam lenha na fogueira’, compara o médico. São pesticidas, herbicidas, fungicidas, solventes industriais e uma enormidade de substâncias presentes no dia a dia das pessoas. Câncer, obesidade, doenças cardiovasculares, autoimunes, infertilidade, diabetes e tantas patologias são desencadeadas pelo uso constante de elementos tóxicos, alertou.



Nem sempre é possível ter consciência do risco presente em nossa rotina, como usar excessivamente desodorantes com alumínio ou repelentes, cremes com parabenos, amálgama nos tratamentos odontológicos, cosméticos e tantas outras substâncias. “Em geral as pessoas sabem que não é saudável ingerir alimentos enlatados, por exemplo. Mas desconhecem os perigos que estão também em outros itens do seu dia a dia”.



Até mesmo o arroz, base da dieta da maioria dos brasileiros, pode implicar riscos. Higashi afirmou que pesquisas mostram a presença de arsênio nesse alimento, um metal pesado que não é eliminado no processo de preparo”.


O médico ainda alertou para a exposição a que os bebês estão sujeitos ainda na barriga da mãe. “Vemos crianças nascendo com uma programação de risco por conta da contaminação das mães, transferida a elas durante a gestação. As mulheres que planejam engravidar devem adotar práticas saudáveis com antecedência para resguardarem a saúde dos filhos”, indicou.

O que se recomenda, disse o especialista, é o uso racional dos alimentos porque as substâncias tóxicas são nocivas com a exposição crônica, o uso cumulativo. É importante a adoção de hábitos que ‘trabalhem’ a favor do organismo, como ingestão de alimentos orgânicos, especialmente crucíferas (couve-flor, espinafre, brócolis, nabo, rúcula, agrião e outros), alho, chá verde, além da prática de exercícios regulares. “São alternativas para a redução dos impactos das toxinas no organismo”.



A Vila Verde Catuaí é realizada toda quarta-feira no estacionamento do Shopping, das 17h às 22h, em frente à entrada principal do Catuaí Londrina.
Fonte: Ciclo Vivo