sábado, 25 de janeiro de 2014

Bolsa Família é assistencialista e o assistencialismo deve dar espaço a soluções de longo prazo


Nobel da Paz diz que Bolsa Família é assistencialista e que o assistencialismo deve dar espaço a soluções de longo prazo

Por Cecília Araújo, na VEJA.com:

Quando o Nobel da Paz Muhammad Yunus esteve no Brasil em 2013 foi questionado por um jornalista, “por que o Brasil?”, Yunus rebateu com outra pergunta: “por que não o Brasil?”. 

Segundo ele, o país tem se mostrado muito consciente sobre as questões sociais e interessado em achar soluções locais e mundiais. Mas Yunus também critica o modelo assistencialista adotado pelo governo brasileiro ao falar sobre programas como o Bolsa Família. “É importante ajudar as pessoas que precisam, mas é preciso tomar cuidado para que elas não se tornem dependentes dessa ajuda por um tempo longo demais. A Europa criou um problema nesse sentido, com várias gerações de pessoas desempregadas. É necessário pensar em ideias para tirar as pessoas dessa situação de dependência, a começar por um grupo pequeno. Esse é o desafio do negócio social”. 

Para Yunus, o assistencialismo deve dar espaço para soluções de longo prazo, tornando os cidadãos responsáveis e colaborando para a sua integração à sociedade.

Problemas e soluções – Vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 2006 e conhecido como “banqueiro dos pobres”, Yunus é o fundador do Grameen Bank, em Bangladesh – o primeiro banco do mundo especializado em conceder microcrédito a pessoas de baixa renda. Sua história tem servido de inspiração para governos e pessoas de várias partes do mundo. “A diferença do negócio social para as contribuições de caridade é que estas não são parte de um processo de conscientização: elas fazem um ótimo trabalho, mas o dinheiro investido para ali. Para ajudar mais pessoas, é preciso começar do zero e fazer uma nova arrecadação. Já o negócio social permite que o mesmo dinheiro seja investido várias vezes”, explica. “Para todo problema que vejo, penso em um negócio que busque uma solução para ele. Se a encontro, crio novas instituições para alcançar outras pessoas que enfrentam o mesmo problema”.

Para diminuir o desemprego, por exemplo, é possível incentivar a formação de profissionais que estão em falta no mercado. “É preciso combinar demanda e oferta”, diz. 

Já o microcrédito é a maior prova de que a solução de um problema local pode ser usada em vários países do mundo, sejam eles desenvolvidos ou não, por mais diferentes que sejam suas realidades. 

“Às vezes os problemas parecem tão gigantes, que individualmente nos sentimos minúsculos. Meu conselho é: não se sintam ameaçados pela amplitude dos problemas em questão. Tente pensar em como ele reflete em cada indivíduo. Se você conseguir solucionar o problema para uma única pessoa, você amplia a solução para centenas, milhares, milhões: ele pode ser aplicado em qualquer lugar do mundo. A fome, o analfabetismo e o desemprego não são problemas de uma só cidade, mas de todo o país, de toda a região, de todo o planeta”, pontua.

Trajetória

Yunus estudou economia nos EUA e voltou a Bangladesh depois que o país se tornou independente do Paquistão (1971). Diante de uma situação desesperadora, em que a fome era protagonista, criou uma solução inusitada: emprestar pequenas quantias de dinheiro aos pobres, que jamais conseguiriam ajuda dos bancos convencionais.

 Em 1976, quando ainda era professor universitário, fez a primeira experiência desse tipo ao oferecer 27 dólares a um grupo de 42 artesãos em dificuldades, grande parte deles mulheres. A soma foi suficiente para que comprassem matéria-prima, vendessem sua produção de tamboretes de bambu e garantissem a continuidade do negócio. Animado com as possibilidades que a iniciativa apresentava, o intelectual virou banqueiro no ano seguinte. Fundou o banco Grameen, que significa “banco da aldeia” em bengali, e passou a fomentar a atividade econômica entre os pobres.

Em 2011, porém, Yunus foi demitido da direção do banco que fundou. Naquele ano, o banco já tinha cerca de 955 milhões de dólares em empréstimos a 8,3 milhões de tomadores de crédito. Segundo o governo, o Nobel da Paz deveria ter se aposentado das funções no banco aos 60 anos. O ministro bengali das finanças, A.M. Muhit, chegou a sugerir que Yunus era muito velho para dirigir o banco.

 Deixando de lado as questões legais, alguns bengalis não descartaram a possibilidade de o economista ser vítima de uma campanha política movida pela primeira-ministra, Sheikh Hasina Wajed. À época, Hasina declarou publicamente que os fornecedores de microcrédito estão “sugando o sangue dos pobres”. Os desentendimentos entre os dois começaram em 2007, quando Yunus sugeriu que criaria seu próprio partido político para limpar seu país da corrupção na administração pública.

Por Reinaldo Azevedo

Dilma nega crise e vende Brasil 'cor de rosa' em Davos

Brasil, Brasília - Distrito Federal, 25 de janeiro de 2014
  • Por Ana Clara Costa, de Davos

    Dilma durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Ana Clara Costa) 




    Em uma tentativa de melhorar a imagem do país, presidente disse que a inflação e as contas públicas 'estão sob controle.' ...

    Em sua primeira participação no Fórum Econômico Mundial, em Davos, a presidente Dilma cumpriu o protocolo: durante discurso de 40 minutos, enalteceu o progresso social do país nos últimos três anos, destacou a inflação dentro da meta e repetiu que as contas públicas estão sob controle - tudo aquilo que a cúpula de Davos (e os investidores) queria ouvir. ...
     
    A presidente iniciou sua fala com cinco minutos de atraso, fato raro no evento que leva ao pé da letra a pontualidade, ao ponto de, antes de cada painel, suíços vestidos com roupas típicas circularem pelo local soando um sino para que os participantes se dirijam às respectivas salas de debate. Outro fato curioso é que o discurso da presidente foi tão longo -  propositalmente ou não - que não permitiu que o fundador do evento Klaus Schwab encerrasse a sessão com perguntas, como ocorreu com todos chefes de estado que discursaram em Davos este ano.
     
    Ao longo de sua fala, a presidente deu espaço não só para temas econômicos, como também para assuntos destacados como prioritários pelo próprio Fórum, como a redução da desigualdade, a preocupação com as mudanças climáticas e o estímulo ao emprego. Dilma enfatizou o crescimento da classe média e o mercado interno ávido por consumo como atrativo para investidores. Citou dados como números de televisores de tela plana por residência para mostrar que há um déficit de consumo a ser suprido - e os investidores interessados em desbravar esta selva, serão mais que bem-vindos.
    Dilma não quis detalhar quais investidores quer para o Brasil. Não se ateve a filtros, nem explicou que seu governo é extremamente hostil a empresas que não se enquadram na política de conteúdo nacional. Tal hostilidade é representada, neste caso, por uma alta carga tributária sobre componentes importados (conteúdo local). A presidente também não disse que quer ver bem longe os investidores especulativos. 'Venham todos, venham rápido' foi o tom usado para mostrar quão ávido o país está pelo dinheiro externo. "O Brasil é uma das maiores fronteiras de oportunidades do mundo. Nós recebemos muito bem o investidor", afirmou.
    Ao mencionar as concessões, a presidente se ateve ao tema das ferrovias, justamente o ponto mais crítico de seu pacote de concessões e cujos interessados são matéria escassa. "Precisamos de uma malha ferroviária compatível com o tamanho do Brasil", afirmou. Também fez questão de destacar a importância do setor privado na economia dando como exemplos os consórcios que venceram os leilões de aeroportos, que possuem participação de companhias estrangeiras.
    Por fim, falou sobre educação, o Fies, o Ciência sem Fronteiras e a expansão do número de escolas técnicas, tentando convencer a plateia que o Brasil será um país de "técnicos, pesquisadores e cientistas", demonstrando, indiretamente, que a mão de obra será capacitada para atender aos anseios dos investidores.
     
    A presidente terminou a apresentação convidando a todos para a Copa do Mundo, afirmando que o país está "pronto" para receber os visitantes e que os investimentos necessários em infraestrutura já foram feitos.
    Como Schwab deixou transparecer que não tinha nem tempo nem subsídios para contestar qualquer uma das afirmações da presidente, agradeceu sua presença no Fórum e afirmou que ela conseguiu dissuadi-lo da ideia de que os Brics estão em crise. "A senhora devolveu a confiança nos emergentes", disse o suíço.
    Na plenária com capacidade para 1 500 pessoas, poucos eram os lugares vazios. A delegação brasileira estava em peso -- não apenas os ministros que a acompanhavam, como Guido Mantega, Fernando Pimentel e Luiz Fernando Figueiredo, mas também todos os empresários que vieram a Davos. Entre eles, Roberto Setubal, do Itaú Unibanco, Frederico Curado e Jackson Schneider, da Embraer, o publicitário Nizan Guanaes, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, o presidente do conselho da Camargo Correa, Victor Hallack, o banqueiro André Esteves e a presidente da Petrobras, Graça Foster.
    A impressão geral dava conta que a presidente havia cumprido bem sua missão em Davos. A dúvida que resta é se a ofensiva foi suficiente para trazer de volta ao Brasil a confiança perdida.

    Fonte: Revista Veja - 24/01/2014 - -BLOG do Sombra

O descalabro é o preço cobrado pela imprevidência e o descaso governamentais.

Preservar Brasília

O descalabro é o preço cobrado pela imprevidência e o descaso governamentais.

A determinação da Justiça de manter a decisão que põe freio na tramitação do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub) vem ao encontro das expectativas dos brasilienses. Em 2012, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) entrou com ação que pedia a invalidação das deliberações do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do DF (Conplan) adotadas desde 2012.
 
Alegou, para justificar o pleito, irregularidades na composição do colegiado — instância obrigatória de análise do PPCub antes do envio para apreciação do Legislativo. Com a sentença, o Governo do Distrito Federal terá de trilhar o caminho certo. ...
 
Em primeiro lugar, retirar o projeto de lei da Câmara Legislativa. Depois, encaminhá-lo ao Conplan. Só então, enviar a nova versão para apreciação dos deputados distritais. É alentador saber que se abre porta para o bom senso. O conselho tem a oportunidade histórica de alertar a sociedade e, assim, evitar desastre capaz de comprometer ainda mais a qualidade de vida da capital da República.
 
O nome — Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília — exibe a palavra-chave. É preservação. A harmonia nascida do gênio de Lucio Costa quebrou o paradigma reinante desde sempre. Brasília foi a primeira cidade moderna tombada pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade. O fato tem significado além da honra e do ineditismo. Ele perpetua a obra que mereceu assento no panteão da imortalidade.
 
Ao abraçar a permissibilidade, o PPCub quebra a espinha dorsal do projeto reconhecido e premiado. Mudar a destinação do uso do solo e permitir a criação e a subdivisão de lotes em setores nobres como a orla do Paranoá agravará o mal que tira o ar de Brasília — o adensamento e o pipocar de condomínios em setores em que hoje são proibidos. Trata-se de sinal verde para a especulação imobiliária, cuja fome não se sacia jamais.
 
Preocupa a ousadia do PPCub, que avança na poligonal protegida pelo tombamento. O Conplan tem agora a possibilidade de alertar para os limites. Ou melhor: o respeito aos marcos definidos no plano original da capital do Brasil. Ao GDF cabe preservar Brasília, verbo pouco conjugado pela administração.
 
Longas filas, apagões, falta de água, alagamentos, estradas esburacadas, trânsito congestionado, hospitais na UTI, museus e monumentos abandonados servem de amostra tímida da asfixia no dia a dia da população. 
 

O descalabro é o preço cobrado pela imprevidência e o descaso governamentais.


Fonte: Jornal Correio Braziliense - 24/01/2014 - - 18:01:07
BLOG do SOMBRA

Protesto contra gastos da Copa do Mundo reúne mil pessoas em SP



Camila Maciel – Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar

São Paulo - Protesto contra gastos com a Copa do Mundo de 2014 reúne cerca de 1000 pessoas na avenida paulista, em frente ao vão livre do Masp (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Protesto contra gastos com a Copa do Mundo de 2014 reúne cerca de mil pessoas na Avenida Paulista, em frente ao vão livre do Masp -Marcelo Camargo/Agência Brasil
Com o lema “Se não tiver direito, não vai ter Copa”, cerca de mil pessoas, segundo a Polícia Militar (PM) participam neste momento de um protesto na Avenida Paulista contra os gastos públicos com o evento organizado pela Federação Internacional de Futebol. O ato, que ocorre hoje (25), no dia do aniversário de 460 anos de São Paulo é o primeiro no ano em que ocorre a Copa do Mundo. Outras capitais do país também fazem mobilização.

De acordo com a organização, composta por cerca de 20 movimentos sociais, pelo menos cinco mil pessoas são esperadas. O trajeto não foi divulgado e os participantes não concederão entrevista à imprensa. Um manifesto assinado pelos grupos que compõem a organização explica as razões do ato.
“O levante de junho já mostrou claramente que o brasileiros já perceberam: os gastos bilionários na construção dos estádios não melhoram a vida da população, apenas retiram investimentos de direitos sociais. Mas junho foi só o começo!”, assinala a nota. O manifesto recorda que embora os dirigentes políticos afirmassem que não era possível atender a reivindicação pela redução da tarifa, “o poder popular nas ruas mostrou que realidades podem ser transformadas”. 

Na concentração para o protesto às 17h no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), a PM já deteve duas pessoas. Segundo o major Larry Saraiva - responsável por coordenar os 900 homens designados para acompanhar a manifestação - um dos jovens levava uma marreta na mochila e o outro tinha uma porção de maconha. Eles serão encaminhados para o 78º Distrito Policial.

“O delegado vai dizer qual é o enquadramento. É que nem estádio de futebol, a gente faz a revista e tira os objetos que podem ser usados contra outras pessoas”, explicou o major. Ele disse que são levados para averiguação.

Cinco barracas montadas ontem, a meia-noite no vão-livre do Masp também foram vistoriadas por policiais. A revista foi feita em acordo com a organização do protesto e acompanhada pelos responsáveis de cada barrraca. Ainda segundo o major Larry, um pelotão da  tropa de choque também está mobilizado caso haja necessidade.

Parabens São Paulo pelo seu aniversario!

25/01/2014
às 11:22 \ Feira Livre

O áspero colosso

Publicado na edição impressa de VEJA de janeiro de 2012

saopaulo
AUGUSTO NUNES E BRANCA NUNES

A visão da cordilheira de arranha-céus intimida os que acabam de chegar, e quem chega pensando em ficar descobre logo na entrada que o aviso do baiano Caetano Veloso num verso de Sampa vale para qualquer forasteiro: será um difícil começo. O áspero colosso provoca temores que a beleza hipnótica do Rio de Janeiro revoga, sugere perigos que o jeito oferecido de Salvador exorciza. A sexta maior metrópole do planeta jamais sorri no primeiro encontro com desconhecidos (às vezes não sorri nunca) e não consegue ser efusiva com ninguém. Mas tem vagas (e algum tipo de emprego à espera dos aprovados) para todos os que topam submeter-se ao teste de sobrevivência na cidade que completa 458 anos neste 25 de janeiro.

A insegurança dos primeiros meses é acentuada pela sensação de que o perigo mora em cada esquina. Não é bem assim. Em 2000, a taxa de homicídios na cidade era de 64,8 para cada 100 000 habitantes. Em 2010, caiu para treze — uma redução de 80%. Nesse mesmo período, esse índice acusou um crescimento de 113% na aparentemente inofensiva Curitiba. Proporcionalmente, São Paulo é a capital com menos homicídios do país. A campeã é Maceió, com 110 assassinatos para cada grupo de 100.000 habitantes. Mas quem migra para a capital alagoana imagina estar a caminho de um lugar bem menos inquietante e muito mais hospitaleiro que a terra dos bandeirantes.

Essa iniciação invariavelmente sofrida deixa cicatrizes, e mesmo quem se entrega a São Paulo prefere namorar em segredo a cidade que os brasileiros amam odiar em público. Nelson Rodrigues repetiu em várias crônicas que a pior forma de solidão é a companhia de um paulista, Vinicius de Moraes enxergou o túmulo do samba no lugar repleto de bons sambistas. Entre os grandes compositores de outras paragens, só Caetano, o também baiano Tom Zé e o carioca Martinho da Vila cantaram — com ressalvas — os encantos ocultos da metrópole.


Mas São Paulo continua atraindo gente disposta a enfrentar a muralha de concreto e abrir espaço nos 1.522,986 quilômetros quadrados do perímetro urbano. Nesse território se movem mais de 11,2 milhões de habitantes (11.253.503, no censo de 2010), entre os quais 1,3 milhão de moradores acotovelados nos 55.756 barracos de 1.020 favelas e 21 magnatas cujas fortunas somam 85 bilhões de dólares. Segundo a revista Forbes, apenas cinco cidades abrigam mais bilionários. Também circulam pelo perîmetro urbano 2,5 milhões de cães e 562 000 gatos com endereço fixo, outros milhares sem teto e mais de 7 milhões de veículos. Diariamente, são emplacados outros 1.160, cifra que reforça a suspeita de que, algum dia, os 17.000 quilômetros de ruas e avenidas se transformarão num gigantesco beco congestionado — e sem saída.
UMA METRÓPOLE DE SUPERLATIVOS
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NÁUFRAGO FELIZ

Os nativos não atingem 60% da população. Os paulistanos adotivos que não param de chegar seguem ampliando o portentoso mosaico etnorracial forjado por estrangeiros e brasileiros procedentes do país inteiro. Abstraído o quase 1 milhão de paulistas nascidos nos outros 644 municípios, mais de 900.000 baianos compõem a maior colônia regional. São Paulo fala português com todos os sotaques e acentos conhecidos e figura entre as cinco cidades mais poliglotas do mundo. O recenseamento anual da Polícia Federal informa que 306.077 imigrantes com domicílio permanente e 1.579 refugiados representam, somados aos nativos, 152 nacionalidades — quarenta abaixo das 192 agrupadas na Organização das Nações Unidas.


Baseado na documentação apresentada na chegada ao Brasil, o levantamento da Polícia Federal preserva espécies que a ONU considera desaparecidas ou perto da extinção. Sobrevivem em São Paulo, por exemplo, sessenta soviéticos e 136 alemães-orientais. A lista reúne um punhado de pungentes solidões: 25 nacionalidades têm só um representante na cidade. Enquanto católicos pertencentes a comunidades mais populosas frequentam igrejas que celebram missas em chinês ou esloveno, o único nepalês da metrópole só poderá matar a saudade da língua natal se falar sozinho.

Como só entra nas contas da PF quem não nasceu na cidade, em São Paulo o ranking das comunidades estrangeiras é liderado pelos 78.073 portugueses. Se fossem computados os descendentes, a maior coleção de sobrenomes italianos do mundo jamais cairia do primeiro lugar que ocupou por quase 100 anos. A longa supremacia contribuiu para transformar o paulistano num devorador de pizzas. Consome-se na cidade 1 milhão delas por dia, o que equivale a 732 por minuto. Colocadas lado a lado, as pizzas engolidas anualmente formariam uma linha reta cujo comprimento equivale a sete viagens de ida e volta a Roma.

Em São Paulo desde 1978, Lin Chung Long, o Mister Lin, é a metade da colônia formada por dois nativos de Taiwan e também o dono da mais requisitada relojoaria de São Paulo. Aos 58 anos, conserta qualquer tipo de relógio, mas só garante a pontualidade dos outros. Não tem hora certa para abrir a loja nem para encerrar o expediente. Quando baixa a porta de ferro, a inscrição numa placa — “Mister Lin dá um tempo” — identifica um náufrago feliz no oceano de gente aparentemente apressada.

“As pessoas querem tudo muito rápido”, lamenta. Essa pressa é enganosa. “Se eu ficar batendo lata no Viaduto do Chá, junto 5.000 pessoas em dez minutos”, garantia Jânio Quadros.

É provável que sim. Os habitantes da cidade que não pode parar vivem parando por qualquer motivo, ou sem motivo algum. Parariam para saber o que fazia aquele homem batendo lata os que param para não comprar o remédio que garante prodígios de virilidade oferecido por um camelô, para comprar uma caixa de Dorflex (o remédio favorito da capital da automedicação) ou para tomar cafezinho e comer pastel de feira. São Paulo bebe 30 milhões de xícaras por dia, 20.833 por minuto. E as barracas das 882 feiras, somadas, vendem 202.000 pastéis por dia, 140 por minuto.

TEMPLO GASTRONÔMICO

Os turistas preferem parar diante das vitrines das 240.000 lojas da cidade. Gastam o que têm nas ruas comerciais do centro, gastam o que não deviam no templo consumista da Oscar Freire ou em alguma das 10.000 lojas entrincheiradas nos shoppings. A cada segundo, dez cartões de crédito e débito são utilizados. A cada dia, são consumadas 864 000 transações. Fazer compras é um item obrigatório na agenda dos 11,7 milhões de turistas — 10,1 milhões de brasileiros e 1,6 milhão de estrangeiros — que desembarcam anualmente em São Paulo.


Segundo o Observatório do Turismo de São Paulo, 43,7% viajam a negócio, 27,5% são participantes de feiras ou congressos e só 12,5% procuram atividades culturais ou outras formas de lazer. A maioria fica de três a quatro dias num dos 42.000 quartos disponíveis nos 410 hotéis. Seja qual for a razão da visita, todos os turistas se enredam alegremente na teia culinária formada por 12.500 restaurantes, que oferecem pratos de 52 tipos de cozinha. No campo da gastronomia, Nova York é a única cidade capaz de rivalizar com São Paulo.

Em 2011, a Virada Cultural juntou 4 milhões de cabeças, a Parada LGBT atraiu 3 milhões e nem a chuva dispersou os 2,5 milhões de participantes do réveillon da Paulista, o principal cartão postal da cidade e a avenida favorita de todos os manifestantes. Em dias normais, 1,5 milhão de pedestres e 90.000 carros circulam pelo antigo reduto dos palacetes dos barões do café que hoje, coerentemente, hospeda o prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A entidade representa as 34.000 indústrias baseadas na capital. Essa cifra ajuda a entender por que um município ocupado por 6% da população brasileira concentra 15% do PIB nacional.

A revolução industrial que pariu a metrópole foi inclemente com a paisagem da cidade provinciana. O local escolhido para a construção do Colégio dos Jesuítas garantiu a São Paulo um berço bordado por três rios e mais de 100 córregos. O azul desse deslumbramento fluvial desbotou ou sumiu. O verde resiste como pode. O Parque Estadual da Cantareira disputa o título de maior floresta urbana do mundo. São Paulo tem 2 milhões de árvores. Colhe-se fruta no pé numa jabuticabeira da Avenida Brasil ou nas pitangueiras da Praça Panamericana. Esses pequenos milagres seriam menos raros se o metrô tivesse nascido antes de 1970, se as linhas subterrâneas não resumissem a 70 quilômetros de extensão e se São Paulo aprendesse que não precisa de tanto asfalto.

Os paulistanos ignoram que é possível deslocar-se sem automóvel nem ônibus, e com mais rapidez. Sabem disso os donos dos 400 helicópteros que compõem uma frota inferior apenas à de Nova York. Muitos voam orientados pelo Edifício Itália (165 metros), que deixou de ser o mais alto da metrópole com a inauguração do Mirante do Vale (175 metros), e costumam passar rente à janela do restaurante de onde um homem saltou de paraquedas. 

Os clientes sempre acrescentam à sobremesa a contemplação da cidade que em 2011 registrou 62.989 casamentos, 8.904 divórcios, 2.063 separações judiciais, 186.119 nascimentos e 77.286 mortes.
Nasceram 510 por dia, morreram 211. No áspero colosso que ameaça matar de susto quem chega, ninguém morre de tédio.
paulistano-tipico
Com reportagem de Fernanda Nascimento e Júlia Rodrigues

Governo vai trazer mais 2 mil médicos cubanos



O Ministério da Saúde anunciou que trará ao País mais 2 mil cubanos para preencher vagas não ocupadas do programa Mais Médicos. Hoje, dos 6,6 mil profissionais que atuam pelo projeto, 5,4 mil são cubanos.
Os novos profissionais começarão a chegar ao Brasil a partir de terça-feira. Eles vão desembarcar nas cidades de Brasília, Fortaleza e São Paulo, onde farão o curso de formação e acolhimento, que tem duração de três semanas. Em seguida, passarão por avaliação e, caso aprovados, começarão a embarcar rumo às cidades nas quais vão atuar. A previsão do Ministério é de que esses cubanos comecem a atender em março, mas ainda não definiu em quais cidades.

A decisão de trazer mais médicos do país caribenho ocorreu após a terceira fase do programa atrair apenas 891 profissionais brasileiros ou estrangeiros que se inscreveram de forma independente. O número equivale a apenas 14% das 6,3 mil vagas oferecidas pelo governo na terceira etapa.

Para atingir sua meta de ter 13 mil médicos atuando pelo programa até março, o governo federal, além de trazer mais cubanos, abriu nesta sexta-feira a quarta fase de inscrições do Mais Médicos. Os candidatos terão até às 20 horas do dia 5 de fevereiro para manifestar interesse. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Agencia Estado


O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral já recolheu 300 mil assinaturas


Entidade coleta assinaturas para proposta de reforma política
 
Alice Maciel
Publicação: 25/01/2014 07:44 Correio Braziliense


Vassouras fincadas no gramado do Congresso: protesto de janeiro do ano passado cobrava transparência na política (Janine Moraes/CB/D.A Press - 30/1/13)
Vassouras fincadas no gramado do Congresso: protesto de janeiro do ano passado cobrava transparência na política


Um projeto de lei de iniciativa popular sobre a reforma política, que, entre as principais mudanças, propõe o fim da doação de empresas nas campanhas eleitorais, será encaminhado ao Congresso em agosto. A previsão é do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) — idealizador da Lei da Ficha Limpa — que, em pouco mais de quatro meses desde o lançamento da iniciativa, já recolheu 300 mil assinaturas. O cálculo considera apenas as virtuais, sem levar em conta as firmas recolhidas em papel, ainda não contabilizadas. A meta é conseguir o apoio de 1,5 milhão de eleitores, número necessário para a proposta tramitar no legislativo federal.

Apesar do otimismo, a diretora da Secretaria Executiva do MCCE, Jovita José Rosa, observa que é mais difícil conseguir assinaturas para a reforma política do que foi para a Ficha Limpa. “Não é tão fácil convencer as pessoas da necessidade de financiamento público como a de barrar corruptos na eleição. A gente precisa de um tempo maior para explicar a proposta à população”, ressaltou.

Ao mesmo tempo, a entidade conta com o respaldo popular, uma vez que a reforma política foi uma das reivindicações das ruas nos protestos de junho do ano passado. “As manifestações que o povo brasileiro, em particular a juventude, vem realizando são uma demonstração cabal da aspiração em liquidar com a corrupção e aprofundar o processo democrático no país”, diz o MCCE em manifesto.

Petição para deportar Justin Bieber dos EUA tem mais de 17 mil assinaturas


 Se o abaixo assinado atingir um total de 100 mil assinaturas até fevereiro, ele será enviado à administração do governo americano para ser analisado


Nahima Maciel
Publicação: 25/01/2014 12:42 Atualização: 25/01/2014 12:50
 

A petição foi aberta na sessão We the people ('Nós o povo'), uma área criada pela administração de Barack Obama em 2011 para abrir espaço para o diálogo com a sociedade (Reprodução da internet)
A petição foi aberta na sessão We the people ("Nós o povo"), uma área criada pela administração de Barack Obama em 2011 para abrir espaço para o diálogo com a sociedade

Uma petição no site da Casa Branca já ganhou mais de 17 mil assinaturas ao pedir a deportação do cantor pop Justin Bieber. Nascido na província de Ontário, no Canadá, o astro de 19 anos mora nos Estados Unidos desde 2007, ano em que começou a carreira na música pop. Se o abaixo assinado atingir um total de 100 mil assinaturas até fevereiro, ele será enviado à administração do governo americano para ser analisado.

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"Nós, o povo dos Estados Unidos, sentimos que estamos equivocadamente representados no mundo da música pop. Gostaríamos de ver o perigoso, inconsequente, destrutivo e drogado Justin Bieber deportado e seu green car, revogado. Ele não somente ameaça a segurança de nosso povo como também é uma péssima influência para nossa juventude. Nós, o povo, gostaríamos de ver Justin Bieber removido de nossa sociedade", diz a petição.

Bieber foi preso na última terça-feira (21/1) em Miami Beach depois de participar de um pega. O cantor foi indiciado por dirigir embriagado e sem carteira, por porte de drogas e resistência à prisão. Ele foi solto no mesmo dia após pagar uma fiança de US$ 2,5 mil.

A petição foi aberta na sessão We the people ("Nós o povo"), uma área criada pela administração de Barack Obama em 2011 para abrir espaço para o diálogo com a sociedade. Segundo o jornal Hollywood Reporter, o cantor não seria portador de um Green Card (permissão para trabalhar e residir permanentemente no país), como diz o abaixo-assinado, mas de um visto temporário especial concedido a atletas, personalidades acadêmicas e outras que o governo americano considere de destaque.

Mesmo assim, Bieber pode ser deportado caso seja declarado culpado de crimes e delitos. A petição foi iniciada na própria terça, dia da prisão do astro. No entanto, alguns advogados especializados em imigração que comentaram o caso explicaram que, como foi indiciado pela primeira vez, as acusações ainda não são suficientes para deportar o cantor.

Dia Nacional de Luta contra a Doutrinação nas Escolas



Dia 5 de outubro é o Dia Nacional de Luta contra a Doutrinação Política e Ideológica nas Escolas. 

Nesse dia, apresentamos a órgãos do Ministério Público em todo o país a REPRESENTAÇÃO elaborada pelo ESP (Escola SEM Partido), visando à afixação do Cartaz com os Deveres do Professor nas salas de aula do ensino fundamental e médio.
*  *  *
De acordo com o Instituto Sensus,
  •  78% dos professores brasileiros acreditam que a principal missão das escolas é "formar cidadãos" (expressão que na prática se traduz, como todos sabem, por fazer a cabeça dos alunos); e
  •  61% dos pais acham “normal” que os professores façam proselitismo ideológico em sala de aula.
Diante dessa realidade, chegamos à conclusão de que a única forma de combater a doutrinação política e ideológica em sala de aula é dar aos próprios estudantes -- isto é, às vítimas da doutrinação -- os meios de que eles necessitam para se defender dessa prática covarde, antiética e ilegal.

Para isso, defendemos a afixação do Cartaz com os Deveres do Professor em todas as salas de aula do ensino fundamental, do ensino médio e dos cursos preparatórios para exames de ingresso nas instituições de ensino superior. 

O objetivo do cartaz é duplo: por um lado, explicitar ou recordar aos professores os deveres éticos e jurídicos compreendidos no ato de educar; e, por outro, conscientizar os estudantes do direito constitucional que eles têm de não ser doutrinados por seus professores, para que eles mesmos possam defender esse direito, já que, em razão das circunstâncias concretas em que se desenvolve a doutrinação (o espaço protegido da sala de aula), ninguém mais poderá fazer isto por eles.

Há um problema, porém. Quem vai determinar a afixação do cartaz nas salas de aula? 

As autoridades educacionais certamente não o farão, pois são coniventes com a doutrinação, quando não a favorecem ou estimulam; os donos de escola talvez o fizessem, se os pais dos estudantes exigissem; mas, como vimos, é pouco provável que isto venha a acontecer.

Em tal situação, quem tem o dever legal de agir é o Ministério Público, ao qual compete, nos termos do art. 201, VIII, do Estatuto da Criança e do Adolescente, “zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados às crianças e adolescentes, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis”.

Ora, qualquer pessoa pode provocar o Ministério Público, levando ao seu conhecimento fatos que demonstrem a ocorrência de lesão a direitos coletivos ou difusos, e pedir ou sugerir a adoção das providências que julgar apropriadas.

É isso o que fizemos no dia 5 de Outubro, o Dia Nacional de Luta contra a Doutrinação Política e Ideológica nas Escolas.

Nesse dia, apresentamos ao órgão do Ministério Público de nossa cidade a REPRESENTAÇÃO elaborada pelo ESP, acompanhada das provas dos fatos alegados. 

Não há ônus algum; o direito de petição aos Poderes Públicos é garantido pela Constituição. Basta fazer o download da representação (em formato Word) e das provas (em formato pdf), preencher, imprimir, assinar e dar entrada no órgão do Ministério Público da sua cidade. Quanto maior o número de representações, melhor.

Sim, as chances de as representações serem arquivadas são bastante grandes, pois, a exemplo do que ocorre com os pais dos estudantes, a maioria dos promotores acha “normal” o professor fazer a cabeça dos alunos. 

Sendo otimista, nós diríamos que no máximo 10% dos promotores de justiça não rejeitarão in limine a representação, seja por afinidade ideológica com os que praticam a doutrinação, medo de patrulhamento, ou preguiça pura e simples.

Mas não é isso que vai inibir nossa iniciativa. No dia 5 de outubro, apresentamos ao Ministério Público o maior número possível de representações, no maior número possível de cidades; e torcemos para que elas caiam nas mãos daqueles 10%.

Não deu certo? Foram arquivadas todas as representações? Não faz mal. No ano que vem haverá um novo Dia Nacional de Luta Contra a Doutrinação Ideológica nas Escolas, e uma nova leva de representações será apresentada em todo o país.

O promotor que arquivou a representação do ano anterior talvez tenha sido substituído. Em algum momento conseguiremos. Basta que um só inquérito seja instaurado e já teremos alcançado algum sucesso. E sucesso atrai sucesso. 

Se você deseja participar do Dia Nacional de Luta contra a Doutrinação Política e Ideológica nas Escolas, entre em contato com o ESP. Vamos nos organizar para fazer um grande movimento.



Saiba como se defender da doutrinação ideologica petista.

Flagrando o Doutrinador

De um modo geral, as estratégias da doutrinação ideológica são muito pouco sutis.  

Ao deparar-se, no entanto, com uma audiência intelectualmente mais sofisticada, o doutrinador pode também sofisticar sua abordagem, dissimulando a propaganda ideológica numa roupagem pseudo-científica. Selecionamos, neste espaço, alguns procedimentos utilizados por esses mestres da militância.

Você pode estar sendo vítima de doutrinação ideológica quando seu professor:
  • se desvia frequentemente da matéria objeto da disciplina para assuntos relacionados ao noticiário político ou internacional;
  •  
  • adota ou indica livros, publicações e autores identificados com determinada corrente ideológica;
  •  
  • impõe a leitura de textos que mostram apenas um dos lados de questões controvertidas;
  •  
  • exibe aos alunos obras de arte de conteúdo político-ideológico, submetendo-as à discussão em sala de aula, sem fornecer os instrumentos necessários à descompactação da mensagem veiculada e sem dar tempo aos alunos para refletir sobre o seu conteúdo;
  •  
  • ridiculariza gratuitamente ou desqualifica crenças religiosas ou convicções políticas;
  •  
  • ridiculariza, desqualifica ou difama personalidades históricas, políticas ou religiosas;
  •  
  • pressiona os alunos a expressar determinados pontos de vista em seus trabalhos;
  •  
  • alicia alunos para participar de manifestações, atos públicos, passeatas, etc.;
  •  
  • permite que a convicção política ou religiosa dos alunos interfira positiva ou negativamente em suas notas;
  •  
  • encaminha o debate de qualquer assunto controvertido para conclusões que necessariamente favoreçam os pontos de vista de determinada corrente de pensamento;
  •  
  • não só não esconde, como divulga e faz propaganda de suas preferências e antipatias políticas e ideológicas;
  •  
  • omite ou minimiza fatos desabonadores à corrente político-ideológica de sua preferência;
  •  
  • transmite aos alunos a impressão de que o mundo da política se divide entre os “do bem” e os “do mal”;
  •  
  • não admite a mera possibilidade de que o “outro lado” possa ter alguma razão;
  •  
  • promove uma atmosfera de intimidação em sala de aula, não permitindo, ou desencorajando a manifestação de pontos de vista discordantes dos seus;
  •  
  • não impede que tal atmosfera seja criada pela ação de outros alunos;
  •  
  • utiliza-se da função para propagar ideias e juízos de valor incompatíveis com os sentimentos morais e religiosos dos alunos, constrangendo-os por não partilharem das mesmas ideias e juízos.




Blog Escola SEM Partido.

Quem disse que educação sexual é conteúdo obrigatório?

Por Miguel Nagib *

O presente estudo foi elaborado com os seguintes objetivos:

1 - desmentir a crença generalizada de que a educação sexual é um componente obrigatório do curriculum escolar (ao contrário do que se pensa, obrigatório, como veremos, é não veicular esse conteúdo no âmbito das disciplinas obrigatórias); e
2 - servir de subsídio aos pais para que eles pais exerçam, efetivamente -- recorrendo à Justiça, se necessário --, o direito, que lhes é assegurado pela Convenção Americana de Direitos Humanos, a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções.

Dado que a temática da educação sexual está compreendida no plano mais abrangente da educação moral, examinaremos aqui, de forma também abrangente, se o professor está legalmente obrigado ou autorizado a tratar de questões morais em sala de aula.

Cuidando-se de uma análise estritamente jurídica, não nos interessa saber se o que os professores estão ensinando em matéria de valores morais é positivo ou negativo (para isso, recomendamos que o leitor assista a este vídeo); nem se é conveniente ou inconveniente que questões morais sejam levadas para dentro da sala de aula (para isso, recomendamos a leitura desta entrevista); mas apenas se a Constituição e as leis do país permitem que isso seja feito e, caso permitam, em que condições.
Como ninguém ignora, as salas de aula estão sendo usadas de modo intensivo para promover determinados valores, com a finalidade de moldar o juízo moral, os sentimentos e as atitudes dos estudantes em relação a certos temas.

Que temas são esses? Depende da moda, das novelas, da ONU, da UNESCO e das minorias que controlam o MEC e as secretarias de educação. Pode ser orientação sexual, questões de gênero, “direitos reprodutivos” (p. ex., aborto), modelos familiares, ética, etc.

Os educadores chamam isso de “educação de valores”.

Não existe uma disciplina escolar intitulada “educação de valores”. Esse conteúdo é “espalhado” nas disciplinas obrigatórias do curriculum -- Português, Matemática, Geografia, Biologia, História --, por meio de uma técnica chamada transversalidade.  

Assim, por exemplo, numa aula de Ciências, ao tratar do aparelho reprodutor, o professor aproveita para explicar aos alunos “como se transa”; ou, numa aula de Comunicação e Expressão, o professor manda que os alunos leiam um texto que, a pretexto de combater o “preconceito”, promove o comportamento homossexual.

Nesse tipo de educação, o objetivo não é transmitir conhecimento, mas, sim, inculcar valores e sentimentos na consciência do estudante de modo que ele tenha determinado comportamento. É um tipo de lavagem cerebral, porque utiliza, muitas vezes, técnicas de manipulação mental bastantes conhecidas, conforme demonstrado por Pascal Bernardin, no livro  “Maquiavel Pedagogo ou o ministério da reforma psicológica”.

Acontece que os valores promovidos pela escola não coincidem necessariamente com aqueles que o estudante aprende em casa com seus pais. E isso fica muito claro quando o assunto é alguma questão relacionada à moral sexual.

Como se sabe, um dos temas mais explorados na educação de valores é a sexualidade. E, ao tratar desse tema nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) -- um documento que contém recomendações a serem observadas pelas escolas de todo o país --, o MEC adota dois princípios fundamentais:  “direito ao prazer” e “sexo seguro”. Tudo mais é rotulado de “tabu” ou “preconceito” (a palavra preconceito aparece 17 vezes no caderno de orientação sexual dos PCNs).

O texto abaixo -- extraído de um livro escrito para crianças de 7 a 10 anos, intitulado “Mamãe, como eu nasci?” -- é um exemplo de como a coisa funciona na prática. O autor, Marcos Ribeiro, é sexólogo, com curso de Educação Sexual pelo Centro Nacional de Educación Sexual (Havana, Cuba); consultor em Sexualidade para o Ministério da Saúde, Fundação Roberto Marinho, entre outras instituições públicas e privadas; parecerista para o Ministério da Educação nos Parâmetros Curriculares Nacionais e co-autor dos Parâmetros Curriculares Nacionais em Ação (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos. Ou seja, é um especialista que presta serviço para o governo e para entidades que atuam na educação de crianças e jovens.

(...)

Em suma, não há dúvida de que as disciplinas obrigatórias do curriculum -- tanto das escolas públicas, quanto das particulares -- estão sendo usadas para promover determinados valores morais, especialmente, em questões ligadas à sexualidade.

O problema -- e aqui chegamos ao aspecto propriamente jurídico da matéria -- é que isto se choca com o direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções.

Que direito é esse?

Além de ser um direito natural -- ou seja, um direito que existe  independentemente de estar previsto em lei, porque decorre da própria natureza das coisas --, esse direito é garantido expressamente pelo art. 12 da Convenção Americana de Direitos Humanos (CADH), também conhecida como Pacto de São José da Costa Rica.

O art. 12 da CADH diz o seguinte:

“Os pais têm direito a que seus filhos recebam a educação religiosa e moral que esteja de acordo com suas próprias convicções.”

A CADH é um tratado internacional assinado pelo governo brasileiro que tem força de lei no Brasil desde 1992. Ou melhor: de acordo com o Supremo Tribunal Federal, a CADH, por ser um tratado sobre direitos humanos, está no mesmo nível hierárquico da Constituição Federal.

Ao dizer que os pais têm direito a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções, a CADH está reconhecendo aos pais o direito de decidir a educação moral que será transmitida a seus filhos.

Ora, se cabe aos pais decidir o que seus filhos devem aprender em matéria de moral, nem o governo, nem a escola, nem os professores têm o direito de usar as disciplinas obrigatórias -- aquelas disciplinas que o estudante é obrigado a frequentar sob pena de ser reprovado --, para tratar de conteúdos morais que não tenham sido previamente aprovados pelos pais dos alunos.

Com outras palavras: o governo, as escolas e os professores não podem se aproveitar do fato de os pais serem obrigados a mandar seus filhos para a escola, e do fato de os estudantes não poderem deixar de frequentar as disciplinas obrigatórias, para desenvolver nessas disciplinas conteúdos morais que possam estar em conflito com as convicções dos pais.

Por outro lado, o art. 5º, inciso VI, da Constituição Federal, estabelece:

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, (...);

Ora, se o governo, as escolas ou os professores usarem as disciplinas obrigatórias para tentar obter a adesão dos alunos a determinadas pautas morais, isso fatalmente se chocará com a liberdade de consciência dos alunos.

Observo, de passagem, que a liberdade de consciência é absoluta. As pessoas são 100% livres para ter suas próprias convicções e opiniões a respeito do que quer que seja. Ninguém pode obrigar uma pessoa a acreditar ou não acreditar em alguma coisa. O Estado pode obrigá-la a fazer ou não fazer alguma coisa, mas não pode pretender invadir a consciência do indivíduo para forçá-lo ou induzi-lo a ter essa ou aquela opinião sobre determinado assunto. Isto só acontece em países totalitários como Cuba e Coreia do Norte.

Como o ensino obrigatório não anula e não restringe a liberdade de consciência do indivíduo -- do contrário, ele seria inconstitucional --, o fato de o estudante ser obrigado a cursar determinada disciplina impede terminantemente que o Estado, a escola ou o professor se utilizem dessa disciplina para inculcar valores e sentimentos na consciência do aluno.

Além disso, é preciso considerar que a nossa religião é inseparável da nossa moral. Portanto, a liberdade religiosa dos nossos filhos também estará ameaçada se as disciplinas obrigatórias do curriculum veicularem conteúdos morais incompatíveis com os preceitos da nossa religião.
Como se vê, o ordenamento jurídico oferece ao estudante e seus pais toda a proteção necessária para impedir que o Estado, as escolas e os professores se utilizem das disciplinas obrigatórias para promover a tal "educação de valores".

Mas não é só isso. Parece-nos inaceitável que um Estado laico como o nosso possa usar o sistema de ensino para promover valores morais. Pela simples razão de que a moral é inseparável da religião (pelo menos no que se refere à religião da esmagadora maioria do povo brasileiro, que é o Cristianismo). Se o Estado não pode promover uma determinada religião, também não pode promover uma determinada “moralidade”.

Em todo caso, se o Estado pudesse utilizar o sistema de ensino para promover valores morais, seria necessário saber, antes de mais nada, que valores seriam esses. Haveria uma lista de valores? Quem iria aprovar essa lista? O Congresso Nacional? O Presidente da República? Os Governadores dos Estados? Os Prefeitos? Os funcionários do Ministério da Educação? Cada professor em sua respectiva sala de aula?

Por aí já se vê a absoluta impossibilidade constitucional da utilização do sistema de ensino para a promoção de uma determinada agenda moral. Mas, a despeito dessa impossibilidade constitucional, essa política está sendo aplicada em nosso país pela burocracia do MEC e das secretarias estaduais e municipais de educação, pelas escolas, pelos professores e pelas editoras de livros didáticos.

A abordagem de questões morais em sala de aula -- em prejuízo, diga-se, de conteúdos que a escola deveria transmitir aos alunos -- vem sendo feita sem nenhuma base legal. Não existe lei, votada pelo Congresso Nacional ou pelas Assembleias Legislativas dos Estados, determinando ou permitindo que o sistema de ensino seja usado com essa finalidade. E se lei existisse, ela seria inconstitucional.

Isso está sendo feito por iniciativa exclusiva de funcionários públicos. Servidores dos ministérios e das secretarias de educação e professores estão decidindo por conta própria o que deve ser ensinado aos nossos filhos em matéria de moral -- principalmente moral sexual. Funcionários públicos estão fazendo aquilo que o próprio Congresso Nacional não tem poderes para fazer.

Portanto, ao contrário do que se pensa, os professores e as escolas não só não estão obrigados a seguir as recomendações dos PCNs em matéria de educação sexual -- o que o próprio MEC reconhece --, como estão proibidos de fazê-lo.

Mas suponhamos, para efeito de raciocínio, que o Estado possuísse uma “lista de valores morais” e tivesse o direito de usar o sistema de ensino para promovê-la. Nesse caso, seria necessário compatibilizar o exercício desse direito com a liberdade de consciência e de crença dos alunos e com o direito assegurado aos pais pelo art. 12 da CADH. É que, obviamente, o exercício desse suposto direito por parte do Estado não poderia ocorrer em prejuízo da liberdade dos estudantes e do direito dos pais, ambos assegurados pelas leis do país.

No entanto, é exatamente isso o que vai acontecer se os temas da tal “educação de valores” forem veiculados nas disciplinas obrigatórias, como têm sido hoje em dia, por meio da técnica da transversalidade.

Pois bem, admitindo-se que o Estado pudesse usar o sistema de ensino para promover a moralidade estatal -- o que não é possível, conforme demonstrado --, qual seria a solução?

É simples. Bastaria que esses conteúdos fossem veiculados numa disciplina facultativa, a exemplo do que acontece com o ensino religioso. Conhecendo previamente o programa dessa disciplina, os pais decidiriam livremente se querem ou não que seus filhos a frequentem.

[Observação: É claro que nada disso não se aplica às escolas confessionais, já que, ao matricular seus filhos numa dessas escolas, os pais manifestam de forma inequívoca a sua concordância com os princípios morais adotados pela instituição.]

Se isso fosse feito, estariam resguardados, de um lado, o (suposto) direito do Estado de usar o sistema de ensino para promover valores morais; e, de outro, o direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções e a liberdade de consciência e de crença dos estudantes.

Enquanto isso não acontecer, o governo, as escolas e os professores estão obrigados a respeitar o direito dos pais e a liberdade de consciência e de crença dos alunos. E os pais podem recorrer ao Judiciário para fazer valer esse direito.

Em resumo: o art. 12 da CADH e o art. 5º, VI, da Constituição Federal, exigem que os conteúdos morais hoje presentes nos programas das disciplinas obrigatórias sejam reduzidos ao mínimo indispensável para a assegurar que a escola possa cumprir aquela que é a sua função primordial: transmitir conhecimento aos estudantes.

Tudo o que passar disso deve ser colocado, quando muito, no programa de uma disciplina facultativa. Conhecendo o programa dessa disciplina, os pais decidirão se querem que seus filhos a frequentem.

* Procurador do Estado de São Paulo, fundador e coordenador do site www.escolasempartido.org

Estão detonando as nossas crianças!

Apresentação de balé vira ato petista. Ou: o dia em que Antonio Gramsci calçou sapatilhas


Ao matricular meus dois filhos, de 5 e 7 anos em uma tradicional escola católica do interior do Paraná, esperava encontrar um contraponto aos valores (ou falta deles) da educação contemporânea no Brasil. Não tinha a ingenuidade de acreditar que uma escola administrada por freiras seria totalmente imune à penetração do pensamento politicamente correto, ou da esquerdopatia que permeia o sistema (des)educacional brasileiro. Mas jamais poderia acreditar que a lavagem cerebral começasse tão cedo em um colégio de freiras pago com o meu dinheiro.

Durante uma apresentação de balé, protagonizada por algumas crianças de cinco anos, como minha filha - ou até menos, vi-me submetido a uma exposição grotesca de doutrinação ideológica esquerdista. A coisa já começou mal na seleção do tema para a apresentação, escolhido à medida para a propaganda ideológica: “Dançando as memórias do Brasil”.

Por mais de uma hora, alunos de idades variadas apresentavam-se com danças temáticas que exploravam todos os eventos históricos caros à esquerda, sempre com um indisfarçável viés ideológico: escravinhas maltratadas por sinhazinhas, mini-soldados armados de fuzis marchando ao som de Geraldo Vandré etc. Até ali, no entanto, incomodava-me menos o patrulhamento, do que alguns erros grosseiros, como a imigração italiana representando os anos 40 no Brasil (seu auge foi até a década de 30), e a “Garota de Ipanema”, os anos 50 (a canção só foi composta em 1962, Santo Deus!).

Mas eis que lá pelas tantas, desce ao fundo do palco um mosaico trazendo em destaque a imagem da “companheira presidenta” Dilma Rousseff, para emoldurar a cereja do bolo, a última apresentação, “Trabalhadores brasileiros e a chegada da mulher ao poder”: crianças vestidas como operários vermelhos – indisfarçável alusão ao PT, passagem de faixa presidencial de um menino-operário a uma menina-operária, que sobe a rampa presidencial..

E ao final da música, surge a voz da nossa estimada guia: “...Nós estamos mudando o Brasil”. Simplesmente constrangedor.

Como resultado desse espetáculo patético de molestamento ideológico, a filmagem da primeira apresentação de balé da minha filha de apenas cinco anos, paga com o suor do meu trabalho, vai ter o rosto da Dilma Rousseff como figura de fundo. Não é um mimo?

Mensagem enviada por Carlos Roberto de Oliveira, em 09.10.2013, para o BLOG Escola SEM Partido




Cristovam Presidente???!!!Jamais!

Cristovam Buarque é o nome cada vez mais dito no PDT

Integrantes do partido de Lupi apostam e querem Cristovam como candidato à Presidência

Suzano Almeida
suzano.almeida@jornaldebrasilia.com.br

Os problemas do PT com o PDT parecem não estar apenas no diretório do Distrito Federal. Descontentes por estar na base da presidente Dilma Rousseff, outros estados, como o Mato Grosso e o Rio Grande do Sul, também romperam com os governos locais, chefiados pela base, e sugerem a candidatura própria do partido à Presidência da República.

O nome mais cotado para o desafio é o do senador brasiliense Cristovam Buarque, que disputou o cargo em 2006, sendo vencido pelo ex-presidente Lula. 

Diante da indicação feita pelo presidente do PDT do Rio Grande do Sul, Romildo Bolzan Júnior, Cristovam nega o desejo de entrar novamente na disputa e acredita que existam outros bons nomes do partido.

 “Eu também insisto que tenhamos candidato à Presidência, mas acredito que pode ser outro nome, que não o meu. Minha vez já passou. Eu queria em 2010, pois tinha pouco tempo que tinha disputado contra o Lula, mas não foi possível”, alega o senador, apontando como possíveis candidatos o senador Pedro Taques, do Mato Grosso, e o deputado federal pelo Rio Grande do Sul Vieira da Cunha.

Segundo Bolzan, o partido precisa se firmar nacionalmente, especialmente depois das manifestações que ocorreram entre maio e junho do ano passado por todo o País. A declaração dada ao Jornal de Brasília, na semana passada, repercute dentro do PDT.

“Essas conversas já chegaram ao presidente Carlos Lupi há muito tempo. A militância, em todo os lugares que eu vou, pede abertamente que nós tenhamos candidato a presidente”, afirma Cristovam.

Troca malfeita
O senador critica o partido e afirma que o maior problema para sair do governo são os cargos. “O governo Dilma é o que mais deu cargos para o PDT. Nós trocamos o projeto de nação do presidente Brizola por um ministério”, lamenta Cristovam.

Saiba Mais
 O senador Cristovam Buarque acredita que Pedro Taques e Vieira da Cunha seriam viáveis à disputa por serem mais novos.
A reunião da Executiva do PDT será no dia 4 de fevereiro, mas decisão final deverá ocorrer apenas entre maio e junho.
Rui Falcão e Dilma devem se reunir na próxima segunda para tratar do tema.
Uma relação que traz muita preocupação
O presidente do PDT gaúcho, Bolzan Júnior, acredita, que no caso de uma negativa definitiva de Cristovam Buarque outra alternativa para as pretensões do partido seria o senador mato-grossesse Pedro Taques.
 O nome também é apoiado por Cristovam. “Eu acredito que poderia sim ser o senador Pedro Taques, o nome do PDT para disputar a Presidência”, declara Cristovam, que completa: “Sou a favor principalmente porque o País vai mal em várias áreas, como a segurança, a saúde, a educação e a ciência e tecnologia, em qual atualmente estamos mais atrasados, em relação ao resto do mundo do que há dez anos atrás”, analisa.
Chama a atenção
Os rebeldes pedetistas tem chamado a atenção da presidente Dilma Rousseff, que se reunirá até o final do mês com o presidente do PDT, Carlos Lupi, para definir qual o caminho que será tomado pelas duas parte.
A assessoria de Lupi informou que a Executiva está discutindo sua permanência na base do governo federal e que ela deverá se reunir no início do mês que vem para definir qual será o destino a ser tomado.
No Partido dos Trabalhadores, o assunto está sendo tratado pessoalmente pelo presidente nacional, Rui Falcão. A assessoria do Diretório Nacional afirma que, quanto ao caso do PDT, ainda não há novidade sobre o que possa acontecer, mas que até o momento a relação com o aliado ainda está normal.
 A assessoria petista diz ainda que em cada estado a história de alianças se porta de forma diferente. Ela diz ainda que a Direção Nacional trabalha para manter as alianças nacionais também nos estados.


Fonte: Da redação do Jornal de Brasília


3 Comentários
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Edvaldo
3 dias atrás
Que me desculpe o PDT mas o Sr. Cristovão Buarque foi um péssimo Governador do DF e um péssimo candidato a Presidência, insistir no erro e errar com conciência! Pense na besteira que querem fazer!
4 Gostei0 Não gostei
Fabio
4 dias atrás
Brincadeira né, vai perder feio, pior, acho quem vai votar nele, só vai ser os PMs e Bombeiros de Brasília, que tiveram a ousadia de falar que ganharam aumento salarial no governo dele. O pior da história de Brasília. Não deu um centavo aos professores e médicos. Não a toa que foi demitido via SMS quando era Ministro da Educação. E traiu o PT brasiliense, pois o PDT não tinha força nem para eleger síndico. O mesmo ocorrendo com PSB. Eu quero ver, ele perdendo para presidente e Rollemberg perdendo para governador. Terão de entregar os cargos, e seus suplentes... Claro, os senadores do PT.
3 Gostei2 Não gostei
William
4 dias atrás
Cristovam Presidente? JAMAIS! Pelo menos ele foi coerente. O Cara não soube governar o DF (Tipico do PT) imagina o Brasil?? Ja tamo lascado demais, nao precisamos piorar (se é que tem como piorar)!!

Um primor de arrogância, conceitos banais desprovidos de qualquer cultura e exemplos risíveis.


Para Carvalho, as políticas de distribuição de renda e estímulo ao consumo do governo federal não foram acompanhadas na mesma velocidade por um debate sobre um modelo de desenvolvimento diferenciado.
 
O secretário geral da presidência da República, ministro Gilberto Carvalho, admitiu que governo e movimentos sociais aliados ficaram "perplexos" com os protestos de junho do ano passado, quando milhares de pessoas foram às ruas pedir qualidade no serviço público e expressar contrariedade com a Copa do Mundo no Brasil. 

Ao mesmo tempo afirmou que a direita "inicialmente fez festa" por entender que as manifestações se configuravam como contrárias à administração federal.

As avaliações foram apresentadas à plateia de uma das atividades do Fórum Social Temático Crise Capitalista, Democracia, Justiça Social e Ambiental nesta sexta-feira, 24, em Porto Alegre, a conferência "Contra o Capital, Democracia Real", da qual também participaram, como palestrantes, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) e representantes de organizações não governamentais do Brasil, França, Marrocos e África do Sul.

Para Carvalho, as políticas de distribuição de renda e estímulo ao consumo do governo federal não foram acompanhadas na mesma velocidade por um debate sobre um modelo de desenvolvimento diferenciado. Mas eram necessárias porque a população padecia sem acesso a produtos básicos, como geladeiras e equipamentos domésticos. "É evidente que, junto com melhor emprego e melhores salários vem a consciência de novos direitos", observou, para avaliar que, depois dessas conquistas, muitos brasileiros perceberam que têm direitos e passaram a reivindicá-los.

Na perplexidade, Carvalho chegou a reconhecer que houve uma certa dor e incompreensão em algumas esferas do governo. "Houve quase que um sentimento de ingratidão, de dizer 'fizemos tanto por essa gente e agora eles se levantam contra nós'", recordou. O ministro destacou, no entanto, que o governo fez o esforço de compreender a realidade, de dialogar com a nova cultura que surgia, e respondeu com programas de melhorias da mobilidade urbana.(!!!)

"Não podemos ter medo, temos de romper barreiras, nos aproximar e conversar", afirmou, dando uma estocada em quem acredita ter feito festa à época. "O problema, para infelicidade da direita, é que esse gosto do mais e do mais não cabe na cartilha do sistema; a explosão dessa demanda de direitos não cabe no sistema capitalista e nos marcos daquilo que é hoje o mundo globalizado em seus sistemas de produção, distribuição e consumo", comentou.

'Rolezinhos'
Gilberto Carvalho também confirmou que na reunião que terá com administradores de shopping centers na semana que vem pedirá compreensão com os jovens que participam dos "rolezinhos", encontros de grandes grupos dentro dos estabelecimentos comerciais. "Se abrirmos as portas para o diálogo não vai haver tanta tensão e também será possível transformar essas ocupações que já faziam rotineiramente em uma questão natural", previu.

Carvalho lembrou que o jovem da periferia é um novo consumidor, tanto que shopping centers se instalaram em bairros com a pretensão de conquistá-los, e que faz do encontro no centro comercial o mesmo que gerações passadas faziam nas praças das cidades. "Estamos caminhando para a naturalização desse processo", repetiu. "O pior caminho seria o da repressão, da discriminação, de separar áreas em que as pessoas podem e não podem transitar", comentou. "Isso acabou no Brasil, definitivamente acabou".

Mensalão
O secretário geral do governo Dilma também reclamou da imprensa e adversários políticos, que teriam "criminalizado" o PT na questão do mensalão e voltou a defender o financiamento público de campanhas eleitorais para acabar com a prática do caixa paralelo, que não citou. "Trataram de criminalizar toda a nossa conduta, nos transformando quase em inventores da corrupção, enquanto nós sabemos que o problema nosso foi reeditar, infelizmente, em parte aquilo que eram os usos e costumes da política. Falo sobretudo do financiamento privado das campanhas eleitorais", comentou em um trecho do discurso.

Copa
Carvalho sustentou ainda que, ao contrário do que previu o jogador Rivaldo, a Copa do Mundo deste ano será um sucesso. "O saldo será extremamente positivo, vamos ganhar muitos empregos, mobilidade urbana, cultura", acredita o ministro. "Sou fã do Rivaldo, só que o pessimismo que ele manifestou não corresponde à realidade", comparou. Carvalho destacou que os estádios estão quase prontos e que a Jornada Mundial da Juventude, também questionada, foi "uma maravilha".

Fonte: Agencia Estado

Quando a figura menor toma ares de intelectual progressista

Gilberto Carvalho é o Joseph Goebbels do lulopetismo

REYNALDO ROCHA

Joseph Goebbels tornou-se o símbolo da mentira, da subserviência e da distorção dos fatos. Tudo em nome do Führer. Gilberto Carvalho é o Goebbels de Lula e Dilma. Juntou a estratégia cínica de Franklin Martins com a desfaçatez que sublinhou o assassinato de Celso Daniel.

Sabemos que o bicho vai pegar. Sempre pegou. Mas convém que ele tome cuidado com o bicho que, por excesso de esperteza, fica grande e come o dono. Em delirante entrevista ao Estado de S. Paulo, a figura menor toma ares de intelectual progressista. Não é. É somente o ideólogo do lulopetismo. dissertando sobre os tais rolezinhos, na tentativa de  transformar em fato político o que já foi exaustivamente explicado.

Gilberto Carvalho responsabiliza a polícia e os donos de shoppings por “prováveis” transgressões. Aproveita a chance para atacar a Justiça que atendeu a quem solicitou a prestação jurisdicional incluída nas regras do estado de direito. E avisa que já “mandou recados aos donos de shoppings e a governadores”. Como um senhor feudal, avisou aos servos o que quer que seja feito.

Um primor de arrogância, conceitos banais desprovidos de qualquer cultura e exemplos risíveis.

Num acesso de pieguice, lembrou-se da infância e das noites de domingo. Falou da filha, criticou o uso do idioma inglês nas marcas (mesmo usando footing como exemplo de passeio a pé…) e voltou a celebrar a divisão que permite ao PT sobreviver. Agora são os brancos (ou os de olhos azuis de Lula) contra pardos e negros!

A divisão entre “consumidores de shoppings e não consumidores” já não se sustenta. Assim, agora está cor da pele a a saída para utilizar os fatos a favor da sempre odiosa divisão de que se aproveitam os milicianos petistas.

Goebbels nunca teve limites. E Hitler sempre soube usá-lo. Esta “análise sociológica” de Gilbertinho é muito menos relevante que o acervo de mentiras e arranjos que se seguiram ao assassinato de Celso Daniel.

Quem faz mais, faz menos. Gilbertinho faz o que for necessário.