Candidatos ao 2º turno não querem “acordos tradicionais da política”
Publicado: 8 de outubro de 2014 às 10:31
Atual governador do DF ficou em terceiro na disputa eleitoral
Os candidatos que vão disputar o segundo turno da eleição para o governo do Distrito Federal,
Rodrigo Rollemberg (PSB) e Jofran Frejat (PR), dispensam o apoio do
atual governador, Agnelo Queiroz (PT), que disputou a reeleição e foi
derrotado no primeiro turno.
Os dois finalistas da eleição na capital federal já decidiram não
procurar o atual governador para pedir seu apoio, mesmo ele tendo
conseguido 20% dos votos na primeira fase da votação – uma quantidade de
apoio que pode fazer a diferença no resultado final.
É procurando diretamente os adversários caídos no primeiro turno que
muitos finalistas conseguem reforçar suas campanhas. Isso ocorreu, por
exemplo, no Rio de Janeiro,
onde o candidato Marcelo Crivella (PRB) foi até a casa de Anthony
Garotinho (PR) para selar uma aliança contra o candidato à reeleição
Luiz Fernando Pezão (PMDB).
“Não procuramos e não vamos procurar o Agnelo nem os outros
candidatos”, afirmou Rollemberg. “Quem quiser apoiar nosso programa de
governo será bem-vindo. Não vamos fazer os acordos tradicionais da
política”, disse o candidato.
Frejat tem outro comportamento. Ele procura os partidos que fizeram
parte da coligação de Agnelo para pedir reforço. Mas, em privado, já
disse a aliados que não se aproximará do PT. Nesta terça-feira, 7, duas
legendas da aliança de Agnelo declararam apoio a Frejat, o PEN e o PHS.
Agnelo não vive um bom momento em sua carreira política. Pesquisas de
opinião divulgadas antes do primeiro turno mostravam uma má avaliação
de sua gestão. Na sondagem feita de 27 a 30 de setembro pelo Ibope, por
exemplo, a administração petista foi considerada ótima e boa por apenas
20% dos entrevistados. E apenas 25% disseram confiar no governador.
Nas urnas, Agnelo conseguiu 307.500 votos (20% do total), menos que o
alcançado por Frejat, que entrou na eleição como substituto de José
Roberto Arruda (PR), que precisou sair da disputa após ser considerado
“ficha suja” pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Frejat teve 428,5
mil votos (28% do total). Rollemberg terminou a primeira fase da disputa
em primeiro lugar. Obteve 692,8 mil votos (45% do total). (Fábio
Brandt/AE)
Lucia Helena
Os moradores do DF gostam de Brasília e votaram CONTRA os corruptos que queriam destrui-la, o Magela (Mazela) e o Agnelo (Agnulo). Parabéns brasilienses só falta agora mudar a presidência do órgãos MAIS corruptos do DF: o IBRAM, o IPHAN e a Terracap.
Em 12 meses, o IPCA acumula alta de 6,75%, acima do teto da meta do BC. Alimentos pararam de cair e não ajudaram índice, segundo o instituto.
Anay Cury e Janaína CarvalhoDo G1, em São Paulo e no Rio
Inflação em 12 meses
Variação do IPCA, em %
Fonte: IBGE
Depois de uma temporada de quedas, o preço dos alimentos voltou a subir
e pressionou a inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA). De agosto para setembro, o indicador
acelerou de 0,25% para 0,57%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 12 meses, o IPCA acumula alta de 6,75%, acima do teto da meta de inflação do Banco Central, de 6,5%. Segundo o IBGE,
é o maior índice acumulado nesse período desde outubro de 2011, quando
atingiu 6,97%. No ano, de janeiro a setembro, o IPCA está em 4,61%.
A expectativa do mercado financeiro para o IPCA
está em 6,32% neste ano, de acordo com o boletim Focus, divulgado pelo
Banco Central. Para 2015, a previsão dos analistas dos bancos para o
IPCA ficou estável em 6,30%.
Considerando todos os grupos de despesas cujos preços são analisados
pelo IBGE, o dos alimentos teve a maior variação. Após cair por três
meses seguidos, ele voltou a subir, registrando alta de 0,78%,
influenciados principalmente pelas carnes.
De acordo com a coordenadora do índice de preços do IBGE, Eulina Nunes
dos Santos, os preços dos alimentos, que pararam de cair no mês passado,
deixaram de contribuir para a queda do indicador.
"Em setembro os alimentos pararam de cair e não contribuíram com a
taxa, já que os alimentos são considerados a maior despesa do
consumidor. Nesses últimos quatro meses o resultado ficou ao redor ou
acima dos 6,5%, repetindo o que aconteceu em 2013 nos meses de
fevereiro, março abril e maio", disse Eulina.
Ainda de acordo com ela, além dos alimentos, a Copa do Mundo também
vinha influenciando o indicador nos meses anteriores. "Em julho os
resultados foram negativos. O preço dos alimentos caiu. Esse mês [julho]
concentrou também uma queda das passagens aéreas por conta da demanda
baixa nos serviços de passagem de aviação em função da Copa do Mundo.
Com isso, a taxa foi para quase 0. Já em agosto, apesar dos alimentos
terem se mantido em queda, houve pressão da energia elétrica e dos
hotéis que continuaram subindo. Esses dois meses tiveram reflexo da Copa
do Mundo", disse.
Eulina explicou que a refeição fora de casa exerceu grande pressão no
aumento dos alimentos: “Rio e São Paulo têm sido muito pressionados pela
refeição fora de casa. Principalmente o período de Copa do Mundo
propiciou o aumento nesse setor. Além disso, o desemprego está baixo, as
pessoas estão comendo fora”.
Segundo a coordenadora, a alta de 3,17% nas carnes sofreu efeitos da
seca e do comércio exterior: “os pecuaristas argumentam que os pastos
ainda estão secos em função da seca do início do ano. Isso encarece a
engorda do gado. Outro fator que também vem sendo atribuído é a questão
da importação.
O Brasil é o principal exportador de carne. A arroba do
boi vem subindo desde o começo do ano”.
Entre os alimentos, também tiveram alta itens importantes como a cebola,
que ficou 10,17% mais cara no mês passado – acumulando valorização de
20,72% em 12 meses. Subiram ainda, e pesaram no bolso dos consumidores,
os preços da cerveja (3,48%), farinha de mandioca (2,52%) e frutas
(2,11%).
Apesar dessas altas, não é possível chamar a alta dos alimentos de
generalizada, diz Eulina. “Podemos dizer que grande parte dos alimentos
cresceu, mas não podemos dizer que a alta foi generalizada porque houve
queda no tomate, a batata inglesa que é muito importante caiu, o feijão
carioca que é muito consumido caiu, o óleo, o açúcar e outros itens
importantes”.
MAIORES INFLUÊNCIAS SOBRE O IPCA DE AGOSTO
Produto
Alta (%)
Carne
3,17
Passagem aérea
17,85
Refeição fora de casa
1,02
Energia elétrica
1,37
Empregado doméstico
0,78
Outros grupos
Depois dos alimentos, aparece como segunda maior pressão a alta nos
preços dos transportes, de 0,63%, depois de subir quase a metade em
agosto. O resultado foi impactado pelo preços das passagens áreas que,
depois de uma folga pós-Copa, voltaram a subir (17,85%).
“Os serviços aumentaram influenciados principalmente pelas passagens
aéreas. Quando você tem desemprego baixo, os serviços ficam resistentes a
qualquer baixa de preços. Muitos consumidores que antes não usavam
determinados serviços, passam a usar em função de alguma melhora de
renda”, explicou Eulina.
Seguiram a mesma tendência de aumento os grupos de gastos relativos a
vestuário (de -0,15% para 0,57%), comunicação (de 0,10% para 0,13%) e
despesas pessoais (de 0,09% para 0,39%).
Na contramão da maioria dos grupos estão os de habitação (de 0,94% para
0,77%), artigos de residência (de 0,47% para 0,34%), saúde e cuidados
pessoais (de 0,41% para 0,33%) e educação (de 0,43% para 0,18%), cujos
preços foram reduzidos de agosto para setembro.
Combustível mais caro em Salvador
Na análise regional, as maiores variações do IPCA partiram de Salvador
(0,99%), influenciada pelo aumento de 10,22% da gasolina e de 12,12% do
etanol, e de Brasília (0,98%), pressionada pelas passagens aéreas
(14,38%).
Em Goiânia, foi registrado oe menor índice, de 0,16%. Ao contrário do
que ocorreu em Salvador, o preço dos combustíveis caiu 7,03%.
INPC
Nesta quarta-feira (8), o IBGE também apresentou o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC), que variou 0,49% em setembro, depois de
subir 0,18% em agosto. No ano, o indicador acumula alta de 4,62% e, em
12 meses, de 6,59%. Em setembro de 2013 o INPC havia sido 0,27%.
Sejam quais forem os resultados que as eleições possam lançar hoje e de quem governar o Brasil nos próximos quatro anos, haverá mudanças na política e na economia do país.
Buenos Aires, 05 de outubro de 2014
O
que cabe perguntar é como esse novo cenário afetará a Argentina,
especialmente devido aos desafios que a conjuntura local propõe. E
aparecem dois canais principais de impacto: a política interna
e a estratégia de relacionamento. No primeiro caso, existe um alto
consenso de que a política econômica terá que mudar significativamente.
É porque o desempenho econômico do Brasil vem sendo pobre, afetado por níveis de confiança empresarial
e do consumidor em mínimos desde a crise global de 2009, e por taxas de
inflação elevadas. E se algum dos opositores for o vencedor é provável
que os tempos do ajuste macroeconômico se acelerem. Isso representará um
novo desafio para uma economia argentina imersa em seus próprios desequilíbrios e que certamente deverá lidar também com um menor preço da soja.
Assim,
o mais provável é que no ano que vem a Argentina enfrente – como em
2014 - uma demanda pouco dinâmica do Brasil, cuja economia se expandiria
apenas 1,0%. Isso significará que nossas exportações industriais
continuarão sem ser impulsionadas pelo mercado brasileiro. Enquanto
isso, e dependendo do sucesso da implementação da guinada na política
econômica no ano que vem, as perspectivas para o vizinho poderiam ser um
pouco mais favoráveis a partir de 2016.
Por
outro lado, também é fundamental perguntar o que se pode esperar em
matéria de relacionamento externo. Se Dilma mantiver a presidência, não
deveriam ser esperadas mudanças tão significativas.
Contudo,
qualquer um dos opositores procuraria reduzir o “custo Brasil” através
de uma integração ampla que envolvesse o lado comercial, produtivo,
tecnológico e educativo, e facilitasse a chegada de investimentos que
hoje estão se dirigindo a outros mercados. De qualquer maneira, ganhe
quem ganhar, a recomposição da relação bilateral terá que aguardar até
2016, quando um novo governo argentino assumir.
Para
a Argentina deve ficar claro que as eleições do Brasil não incidirão no
estrutural, no que está por trás dos vaivens e dissabores conjunturais
atuais. E é porque faz vários anos que a Argentina vem perdendo
relevância econômica, comercial e até política para o Brasil, o que após
o barulho das disputas eleitorais em ambos os países pode começar a se
manifestar em uma forma mais independente de tomar as decisões na região.
* Diretor de abeceb.com e ex-secretário de Indústria e Mineração
O Pastor Silas Malafaia apresenta cinco motivos contundentes para votar em Aécio Neves e contra o PT. Vejam:
Notem que ele fala como cidadão
brasileiro, não como evangélico. São pontos que todos os brasileiros que
valorizam a ética e a democracia, independentemente de qualquer fé
religiosa, podem compreender facilmente.
Dito isso, é claro que o PT representa,
além de tudo que foi apontado, um movimento contra os evangélicos,
tratados como reacionários moralistas pelos “progressistas”. Dei uma entrevista recentemente a um portal gospel em que explico melhor o ponto.
O cristianismo procura incutir nas
pessoas o apreço pela ética, enquanto os petistas buscam justamente o
relativismo moral, para endossar o que há de mais podre e nefasto no
mundo, a escória da humanidade.
Para os petistas, condenar a corrupção é “moralismo udenista”. Como alguém que valoriza a ética pode votar em Dilma?
Ele teve quase 500 mil votos no Rio,
sendo o deputado federal mais votado no Estado. É odiado pelos
“progressistas” e comunistas, o que sempre conta pontos a seu favor.
Adotou um discurso radical de direita no passado, mas tem cada vez mais
demonstrado que não é o “bicho papão” que a esquerda pinta dele. Muitos o
detestam sem sequer escutá-lo, pois já aderiram ao estereótipo criado
pela militância socialista, o que é puro preconceito (que tanto dizem
combater).
Falo, claro, de Jair Bolsonaro, o único
que tem a coragem de apontar o dedo na cara do criminoso José Dirceu e
chamá-lo de “terrorista” – quando este ainda era poderoso e admirado
(pelos cegos e canalhas). Tenho minhas divergências com Bolsonaro, mas
não posso negar sua coragem na defesa do que acredita, e o fato de que
representa o exército de um homem só contra a corja vermelha no poder.
Em entrevista
ao GLOBO, Bolsonaro declarou seu voto em Aécio Neves, e disse sem
rodeio que o grande mal do Brasil hoje é o PT. Como discordar? Vejam:
Neste segundo turno da corrida pelo Planalto, qual o seu posicionamento?
Mesmo
que ele não queira, voto no Aécio Neves (PSDB). O grande mal do Brasil
hoje é o PT. Se Dilma conseguir a reeleição, não fugiremos de uma ida
para Cuba sem escala na Venezuela. É um governo que se preocupa em
caluniar as Forças Armadas 24 horas por dia.
O senhor já se posicionou contra a Comissão da Verdade. O que espera do relatório dos membros que a compõem?
Está
na cara como será o relatório final da Comissão da Verdade. Não estou
chamando ninguém de cafetina ou prostituta. É uma hipérbole. Mas imagina
uma cafetina que resolve fazer sua biografia. Escolhe sete prostitutas
para realizá-la. No final, a conclusão das prostitutas é de que a
cafetina deveria ser canonizada. Essa é a Comissão da Verdade da Dilma.
Uma das polêmicas em torno do senhor é a questão da população LGBT.O que defenderá na próxima legislatura?
Se
homofobia for definida como o respeito à família e querer que uma
criança siga o destino dado a ela quando nasce, então sou homofóbico.
Mas minha briga não é contra os homossexuais. Minha bronca sempre foi e
será contra o material escolar (numa referência ao Plano Nacional de
Cidadania e Direitos Humanos LGBT, que chama de “kit-gay”). Acho
impossível uma pessoa não ter um parente ou amigo gay. A grande maioria
cuida da vida dela. Uma minoria quer tratar desse assunto em público.
Nunca preguei dar porrada em homossexual. Mas defendo a família.
Parece o monstro criado pela máquina de
destruição de reputações do PT, ou uma pessoa firme na defesa de certos
valores importantes? Luciana Genro e Marcelo Freixo estão com Dilma, e
isso mostra como o PT realmente flerta com o socialismo. Bolsonaro está
com Aécio, mostrando como todos aqueles que rejeitam o modelo cubano
deveriam digitar 45 no próximo dia 26.
Em sua coluna
de hoje, Roberto DaMatta ataca a arrogância petista de rejeitar todas
as conquistas anteriores e tratar o Brasil como um país recém-descoberto
e liberto pelo PT. O antropólogo reconhece que esta é a postura típica
dos radicais e fanáticos, aqueles que se negam a enxergar o mundo como
um processo contínuo, preferindo a visão de um messias salvador. Diz
ele:
Aécio
Neves, com sua tranquilidade, batalhou, enfrentou e virou o jogo. Foi o
único que, no famoso debate da Globo, falou que todos os candidatos a
presidente e, por implicação, a qualquer cargo eletivo — cargos que
implicam não em grana e poder, mas em servir ao Brasil — se somavam.
Todos os presidenciáveis, disse ele, continuavam projetos e planos que
foram inventados e instituídos por seus antecessores. O único partido
que negou isso foi o PT, que realizou sistematicamente o discurso
lulista do “nunca antes neste país” — exceto com ele e com o PT e que,
no governo Dilma, usa o onipotente “nós” como a chave em todos os seus
confusos discursos. O lulopetismo está convencido (como ocorre com todo
radical) que o Brasil e o mundo começam com eles. Aécio foi o único que
falou numa continuidade de projetos como os de distribuição de renda
que, em vez de separar, juntam posições do PT com as do governo de PSDB.
De fato, Aécio cobrou de Dilma o tempo
todo mais humildade, alegando que ela deveria reconhecer os méritos de
FHC e que não fazê-lo era muito feio. O tucano também não teve problema
em reconhecer alguns “acertos” do PT, em sua opinião, como o próprio
Bolsa Família.
O programa precisa de ajustes, como uma
porta de saída mais clara e sua transformação em política de estado,
justamente para impedir seu uso eleitoral. Mas Aécio não precisa vender
uma ideia de que o país começará do zero com ele, o que seria patético –
e a cara do PT. É o que se espera de quem pretende ser um estadista e
governar para todos os brasileiros.
Já o PT, como lembra DaMatta, prefere o
tom messiânico e personalista, que carrega no viés autoritário. É típico
dos regimes fascistas, com culto à personalidade e mensagem
escatológica. Diz o autor:
Ele pretende governar para brasileiros em geral, ricos ou pobres
Cabe
finalizar que, com essas eleições, iremos controlar os personalismos
lulistas de índole malandra e neofascista. Todos os resultados pedem
mais honestidade e seriedade com o governo da coisa pública. Tenho a
esperança de liquidar com esses donos espúrios de um Brasil que é de
todos nós. Esse é o pleito que nocauteou a onipotência e, com ela, a
demagogia, a roubalheira, o aparelhamento do estado pelo governo, a
corrupção deslavada, os dois pesos duas medidas no plano jurídico e
econômico e, por último, mas não por fim, a autoridade absoluta de um
partido cujo objetivo era muito mais o de trabalhar para um projeto de
poder do que para o poder do Brasil.
São palavras duras, mas totalmente verídicas. O jornalista Elio Gaspari, em sua coluna, fala que o segundo turno será um plebiscito: de um lado o “Mais PT”, do outro o “Chega de PT”. Em parte, será isso mesmo.
Quem deseja continuar com esse modelo
arrogante, personalista, autoritário e corrupto, deve votar em Dilma.
Mas quem cansou disso tudo e deseja mudança, mais democracia, mais
liberdade e mais prosperidade, tem que votar em Aécio Neves.
Um lado se julga onipotente e segregou o
Brasil em dois grupos; o outro pretende superar essa fase e criar um
modelo de gestão para todos os brasileiros, com mais humildade em uma
grande sociedade aberta. Com a palavra, o eleitor.
Vamos
reescrever Caetano Veloso para deixá-lo irritadinho. São Paulo vê e não
vê quem desce ou sobe a rampa, aquela lá, do Planalto Central do
Brasil. Como não depende muito da boa vontade de estranhos, não cede com
facilidade à chantagem. Não é bolinho, não! O Estado tem 645
municípios: o governador Geraldo Alckmin venceu a disputa para o governo
em, atenção!, 644! Só Hortolândia ficou de fora. Mas por muito pouco:
35.809 votos para Alexandre Padilha contra 32.354 para o tucano.
Hortolândia é uma das 67 cidades administradas no Estado pelo PT.
Alckmin ganhou em 66.
Mas não
foi só isso.
O presidenciável tucano Aécio Neves venceu a petista Dilma
Rousseff em 565 dos 645 municípios — um total de 88%. Isso significa que
tanto o presidenciável como o governador bateram o partido na cidade de
Guarulhos, administrada pelo PT há 14 anos; na mitológica São Bernardo
de Lula, que está na segunda gestão petista, de Luiz Marinho, o
coordenador da campanha de Dilma em São Paulo, e na Osasco do presidente
do PT paulista, Emídio de Souza.
Na Folha
de S.Paulo, leio a seguinte explicação dada Joao Paulo Rillo, líder do
PT na Assembleia: “Não temos conseguido fazer o debate com o eleitor
paulista sobre os avanços dos governos do PT. O antipetismo se relevou
muito forte”. Mas espere aí: esse antipetismo, então, deve ter um
motivo, não é mesmo?
Acho
impressionante que os petistas tenham tentando, no Estado, faturar com a
crise da água, faturar com a crise dos transportes, faturar com a greve
do metrô — ocorrências, enfim, que criam dificuldades para a vida dos
paulistas — e achem estranho que a população tenha rejeitado a sua
abordagem. Mais: indivíduos — e estamos falando da larga maioria — que
não dependem da boa vontade do poder público para garantir o próprio
sustento e que não estão oprimidos pela pobreza ou pela miséria tendem a
rejeitar essa espécie de tutoria que o partido busca exercer sobre suas
vidas.
E, de
resto, há a experiência propriamente com o jeito petista de fazer as
coisas. O partido acreditar que o morador da cidade de São Paulo — o
paulistano — caminha para aplaudir a gestão de Fernando Haddad, o
maníaco da bicicleta, chega a ser um sinal de alienação da realidade.
Não é que
São Paulo seja congenitamente antipetista, senhor Rillo. É que o petismo
acaba sendo congenitamente antipaulista porque gosta de exercer a
tutela sobre os cidadãos. E o lema do brasão da cidade de São Paulo
expressa não só o espírito paulistano, mas também o paulista: “Non
ducor, duco”. Não sou conduzido, conduzo.
Se o PT não entender isso, na próxima eleição, não vai perder por 644 a 1, mas por 645 a zero.
Na VEJA.com: O Fundo Monetário Internacional (FMI)
reduziu nesta terça-feira sua projeção de crescimento econômico do
Brasil neste ano e em 2015, ao mesmo tempo em que elevou a expectativa
de inflação em meio à menor confiança dos agentes econômicos. Em seu
relatório “Perspectiva Econômica Global”, o FMI estimou que o Produto
Interno Bruto (PIB) do país vai crescer apenas 0,3% em 2014 – na
projeção anterior, a expansão esperada era de 1,3%. Para 2015, a
expectativa é de 1,4% de aumento, 0,6 ponto porcentual menor do que no
relatório de julho. ”A fraca competitividade, baixa confiança
empresarial e condições financeiras mais apertadas… restringiram o
investimento, e a moderação contínua no emprego e no crescimento do
crédito têm pesado sobre o consumo”, destacou o FMI em nota.
A revisão
dos dados aconteceu depois que o Brasil entrou em recessão no primeiro
semestre, com forte retração nos investimentos e na produção da
indústria, às vésperas das eleições presidenciais. O FMI vê recuperação
moderada da atividade em 2015, “conforme as incertezas políticas que
cercam as eleições presidenciais deste ano se dissipam”. Disputarão o
segundo turno do pleito a atual presidente Dilma Rousseff (PT) e o
candidato do PSDB, Aécio Neves. As projeções do órgão internacional são
um pouco mais otimistas do que as de analistas consultados pelo Banco
Central para a pesquisa Focus. Eles veem expansão de 0,24% do PIB neste
ano e de 1% em 2015. O FMI também diminuiu suas projeções para o
crescimento das economias emergentes como um todo: elas passaram de 4,6%
para 4,4% para 2014 e de 5,2% para 5% em 2015. Para a economia global,
as contas também foram mais pessimistas, com o FMI vendo expansão de
3,3% neste ano e 3,8% no próximo. Em julho, esperava crescimento
econômico de 3,4% e 4%, respectivamente.
Inflação O FMI também piorou suas estimativas para a
inflação neste e no próximo ano, destacando diminuição da demanda do
consumidor e repressão dos preços administrados, que mantém o Índice de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) próximo ao teto da meta do governo (de
6,5%). Agora o FMI projeta a inflação ao consumidor em 6,3% em 2014 e
em 5,9% em 2015, contra 5,9% e 5,5% respectivamente no relatório
anterior. Em meio a esse cenário, o FMI piorou suas estimativas para a
taxa de desemprego no Brasil em 2015, passando a 6,1%, frente a 5,8%
esperados até então. Para este ano, a mudança foi mais sutil, com leve
baixa de 0,1 ponto percentual nas contas, a 5,5%. O FMI projetou ainda
que o déficit em conta corrente do Brasil ficará em 3,5% do PIB neste
ano e em 3,6% no próximo, com pouca diferença entre, respectivamente,
déficits de 3,6% e de 3,7% projetados anteriormente.
Documento será encaminhado à Câmara Legislativa para apreciação
Nesta terça-feira (7), a Secretaria de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano
(Sedhab) apresentou, em audiência pública, o Projeto de Lei
Complementar (PLC) que cria o Parque Ecológico das Garças e o Pontão do
Lago Norte
– Projeto Orla – Polo 1. A área está localizada no final da Estrada
Parque Península Norte (EPPN), próximo ao Clube do Congresso.
Para a criação
do Parque e do Pontão, o PLC desenvolvido pela Terracap desconstitui
uma área para igreja, desafeta área pública de uso comum do povo, cria
lotes e define parâmetros de uso e ocupação do solo.
De acordo com
o projeto, a criação do Parque das Garças garante a proteção da área
verde e contribui com a melhoria da qualidade de vida da cidade ao
oferecer mais espaço público destinado ao lazer.
Além disso, o Projeto Orla – Polo 1 proporciona a apropriação da orla
do Lago Paranoá pela população, levando urbanidade ao local, hoje
subutilizado, com espaços para cultura, esporte e comércio.
O próximo passo será encaminhar o PLC, discutido na audiência pública, para a Câmara Legislativa do Distrito Federal, que apreciará o documento.
Por
GENERAIS-DE-EXÉRCITO Em 27 de setembro de 2014
Nós, Generais-de-Exército, antigos integrantes do
Alto Comando do Exército e antigos Comandantes de Grandes Unidades
situadas em todo o território nacional, abominamos peremptoriamente a
recente declaração do Sr. Ministro da Defesa à Comissão Nacional da
Verdade de que as Forças Armadas aprovaram e praticaram atos que violaram
direitos humanos no período militar.
Nós, que vivemos integralmente este
período, jamais aprovamos qualquer ofensa à dignidade humana, bem como
quaisquer casos pontuais que, eventualmente surgiram. Vivíamos uma época
de conflitos fratricidas, na qual erros foram cometidos pelos dois lados.
Os embates não foram iniciados por nós, pois não os desejávamos. E, não
devemos nos esquecer do atentado no aeroporto de Guararapes.
A
credibilidade dessa comissão vai gradativamente se esgotando pelos
inúmeros casos que não consegue solucionar, tornando-se não somente um
verdadeiro órgão depreciativo das Forças Armadas, em particular do
Exército, como um portal aberto para milhares de indenizações e "bolsas
ditadura”, que continuarão a ser pagas pelo erário público, ou seja, pelo
povo brasileiro. Falsidades, meias verdades, ações coercitivas e pressões
de toda ordem são observadas a miúdo, e agora, de modo surpreendente,
acusam as Forças Armadas de não colaborarem nas investigações que, em sua
maioria, surgem de testemunhas inidôneas e de alguns grupos, cuja
ideologia é declaradamente contrária aos princípios que norteiam as nossas
instituições militares.
A Lei da Anistia — ratificada em decisão do
Supremo Tribunal Federal e em plena vigência — tem, desde a sua
promulgação, amparado os dois lados conflitantes. A Comissão Nacional da
Verdade, entretanto, insiste em não considerar esse amparo legal.
O lado
dos defensores do Estado brasileiro foi totalmente apagado.
Só existem
criminosos e torturadores.
Por outro lado, a comissão criou uma grei
constituída de guerrilheiros, assaltantes, sequestradores e assassinos,
como se fossem heroicos defensores de uma "democracia" que,
comprovadamente, não constava dos ideais da luta armada, e que, até o
presente, eles mesmos não conseguiram bem definir. Seria uma democracia
cubana, albanesa ou maoísta?
Ou, talvez, uma mais moderna como as
bolivarianas?
Sempre que pode a Comissão Nacional da Verdade açula as
Forças Armadas, exigindo que elas peçam desculpas. Assim, militares
inativos, por poderem se pronunciar a respeito de questões políticas, têm
justos motivos para replicarem com denodada firmeza, e um deles é para que
não vigore o famoso aforismo “Quem cala consente!”.
Hoje, muitos
“verdadeiros democratas” atuam em vários níveis de governo, e colocam-se
como arautos de um regime que, paulatinamente, vai ferindo Princípios
Fundamentais de nossa Constituição. O que nós, militares fizemos foi
defender o Estado brasileiro de organizações que desejavam implantar
regimes espúrios em nosso país. Temos orgulho do passado e do presente de
nossas Forças Armadas.
Se houver pedido de desculpas será por parte do
ministro.
Do Exército de Caxias não virão!
Nós sempre externaremos a nossa
convicção de que salvamos o Brasil!
GENERAIS-DE-EXÉRCITO SIGNATÁRIOS
LEONIDAS PIRES
GONÇALVES (*); ZENILDO DE LUCENA (*); RUBENS BAYMA DENYS (*), PEDRO LUIS
DE ARAÚJO BRAGA; JOSÉ ENALDO RODRIGUES DE SIQUEIRA; JOSÉ LUIZ LOPES DA
SILVA; VALDÉSIO GUILHERME DE FIGUEIREDO (**); RAYMUNDO NONATO CERQUEIRA
FILHO (**); PEDRO LUIS DE ARAÚJO BRAGA; ANTÔNIO DE ARAÚJO MEDEIROS;
FREDERICO FARIA SODRÉ DE CASTRO; LUIZ GONSAGA SCHOROEDER LESSA; GILBERTO
BARBOSA DE FIGUEIREDO; RÔMULO BINI PEREIRA; CLAUDIO BARBOSA DE FIGUEIREDO;
DOMINGOS CARLOS DE CAMPOS CURADO; IVAN DE MENDONÇA BASTOS; PAULO CESAR DE
CASTRO; LUIZ EDMUNDO MAIA DE CARVALHO; LUIZ CESÁRIO DA SILVEIRA FILHO;
CARLOS ALBERTO PINTO E SILVA; JOSÉ BENEDITO DE BARROS MOREIRA; MAYNARD
MARQUES SANTA ROSA; RUI ALVES CATÃO; AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA; RUI
MONARCA DA SILVEIRA; AMÉRICO SALVADOR DE OLIVEIRA; GILBERTO BARBOSA
ARANTES. Legenda: (*) – ANTIGOS MINISTROS DE ESTADO (**) –
ANTIGOS MINISTROS DO STM
BRASILEIRO ACORDE - NÃO VOTE EM PETRALHAS -
UNI-VOS!
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Solicito a ajuda de todos os meus amigos que reconhecem a importância da proteção de nosso patrimônio material arqueológico.
O
Governo Brasileiro ameaça passar por cima dos sítios arqueológicos em
prol de um suposto "desenvolvimento" a qualquer custo. Uma nova
Instrução Normativa 01/2014 gestada em segredo por alguns técnicos do
IPHAN está em vias de jogar fora conquistas importantes da nossa
sociedade.
Eu assinei a petição abaixo,
contra esta IN, pedindo maior clareza e discussão da sociedade e peço
que você considere a possibilidade de assiná-la também.
Que
o IPHAN e a Sociedade de Arqueologia Brasileira - SAB abram esta
discussão à todos os pesquisadores e interessados no tema. Não podemos
enfraquecer a atual legislação, colocando nossos sítios em risco, em
processos de pesquisa e autorização completamente inviáveis.
A
Sociedade Brasileira de Espeleologia - SBE se manifestou contra a
Instrução Normativa em questão e pediu maior transparência e discussão
no processo de sua confecção.
Para mais dados, por favor leia o texto da petição no link indicado - ele é BEM completo e explica bem o problema.
Precisamos
de uma política de salvaguarda de nosso patrimônio arqueológico e
espeleológico que seja de ESTADO - de longo prazo e de interesse da
sociedade brasileira, não de Governo - transitório e que atende a
interesses de pequenos grupos.
Abraços e obrigado pela atenção e apoio,
Luiz Rios
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Olá,
Eu acabei de assinar esta petição -- você não quer se juntar a mim?
Venezuela y Argentina, registran un movimiento negativo de -2.9% y -1.5%, respectivamente, y Brasil, que apenas se expandirá un 0.5%.
por MDZ, Dinero8 de Octubre de 2014 |
La economía latinoamericana se encuentra "en plena desaceleración", con un crecimiento estimado de 1.2 % para 2014 y 2.2% para 2015, lastrada por las recesiones de Argentina y Venezuela y la baja expansión de Brasil, indicó el economista jefe del Banco Mundial (BM), Augusto de la Torre.
De
la Torre advirtió, además, que el crecimiento no volverá a los niveles
de la década pasada, de entre el 4% y el 5% anual, por lo que anticipó
"dificultades y tensiones" para mantener la senda de reducción de la pobreza extrema e incorporación de la población a la clase media, dos de los grandes logros sociales de la región.
Según
el especialista, América Latina consiguió los dos objetivos "casi por
arte de magia en la última década", cuando la región disfrutó de una
bonanza económica, pero "en el futuro no va a ser tan fácil".
Durante la presentación del informe del BM "Desigualdad en una América Latina en bajo crecimiento", el funcionario subrayó que el frenazo regional se debe en gran medida a la situación en Venezuela y Argentina, que registran un movimiento negativo de -2.9% y -1.5%, respectivamente, y Brasil, que apenas se expandirá un 0.5%.
Leé el informe completo (en inglés) y seguí con la nota luego:
Según
el especialista, la mayoría de los países "idealmente van a tener que
construir espacios para hacer política contracíclica con sangre, sudor y
lágrimas", señaló. Eso conlleva al "camino difícil de hacer el ajuste
fiscal que está postergado sin sacrificar los programas sociales".
Por contra, destacó que varios países crecerán por encima del 4% este año, como Panamá, Bolivia, Colombia, Ecuador, Nicaragua y Paraguay, e insistió en que cada vez se ve "mayor heterogeneidad" en el desempeño económico de la región.
Con todo, el funcionario tiñó su discurso de cierto optimismo al enmarcar esta ralentización en el contexto general de los mercados emergentes,
que han visto reducido su ritmo de crecimiento, dado el descenso de los
precios de las materias primas y la menor demanda de China.
Y,
agregó, "es importante que por primera vez en la historia reciente, la
región no siga un ciclo de bonanza y crisis del tipo que acostumbraba a
generar un retroceso de económico de muchos años", gracias especialmente
a la mayor estabilidad macroeconómica.
El Banco Mundial y el
Fondo Monetario Internacional celebran esta semana su reunión anual en
la sede de los organismos en el centro de Washington, durante la cual
líderes económicos mundiales analizarán la "desigual" recuperación
global.
Rescataron a un elefante cuando intentaban cazarlo
Cazadores furtivos en Kenia le dispararon a un elefante en una pierna. Un grupo de veterinarios llegó en helicóptero y lograron salvarle la vida.
El hecho ocurrió en el Parque Nacional Tsavo (Kenia), cuando un grupo de cazadores furtivos disparó contra un elefante en una de sus patas traseras con una flecha envenenada para intentar quitarle los colmillos al animal.
A partir de eso, un equipo de veterinarios se desplazó en helicóptero hasta el lugar y atendió al elefante. Después de quitarle la flecha envenenada, limpiaron la herida y le suministraron antibióticos.
El elefante fue salvado por un grupo de veterinarios que actuó rápidamente
"En este caso el elefante tenía una herida claramente visible
en su pata trasera y los veterinarios le aplicaron antibióticos y
actuaron con rapidez antes de que el veneno se propagara", comentó uno
de los veterinarios.
Además, agregaron: "Para otros
elefantes que no son tratados a tiempo, la muerte por flechas
envenenadas es espantosa y extremadamente dolorosa. Puede durar horas,
semanas o incluso meses hasta que el elefante muere"
“Agora só falam no
Neves”. A frase do taxista Yan, filho de coreanos, no bairro da
Recoleta, resumiu o que os argentinos comentaram aqui em Buenos Aires um
dia depois do primeiro turno das eleições no Brasil.
Buenos Aires, 07 de outubro de 2014
(acima o candidato Aécio Neves e sua esposa após votar domingo no primeiro turno no Brasil)
Da
surpresa inicial com o resultado das urnas, eles passaram para a etapa
de tentar entender o político que disputará o segundo turno com a
presidente Dilma Rousseff, no próximo dia 26.
“Neves pretende rever medidas do Mercosul”, informou a emissora de televisão CN23. “Dilma venceu o primeiro turno mas Neves conquistou mais votos que o esperado”, informou a rádio Mitre.
Neves
é ainda uma incógnita para muitos argentinos já que o foco da cobertura
jornalística do país vizinhos – e de outros vizinhos – estava voltado
para a disputa entre a presidente e Marina Silva. Marina, que viajou
muitas vezes para Buenos Aires, vinha sendo apontada como o “maior
desafio” de Dilma nas urnas.
Mas agora os
argentinos passaram a prestar maior atenção no ex-governador de Minas
Gerais, Aécio Neves – chamado aqui pelo sobrenome como corresponde ao
mundo hispânico.
Palácio Pereda
Essa
atenção por Aécio passou a ser despertada na noite do último debate dos
candidatos, na TV Globo. Analistas, diplomatas, políticos e jornalistas
assistiram ao debate num telão em um dos salões do Palácio Pereda, sede
da embaixada do Brasil aqui em Buenos Aires.
Os comentários foram da surpresa com Aécio à admiração pelo Brasil.
“Estou
impressionado com o Aécio Neves. Ele é seguro, articulado e parece ter
muito claro como pretende governar”, disse um ex-embaixador da Argentina
no Brasil. “Aécio é jovial, muito brasileiro”, disse a executiva de um grupo empresarial
argentino. “Achei a Marina com ar cansado e Neves me surpreendeu”,
disse a analista Mariel Fornoni, do instituto Management & FIT.
Banco Central
Naquela
noite, alguns argentinos riram quando o jornalista e apresentador do
Jornal Nacional William Bonner abriu o envelope com a pergunta sobre o Banco Central. Eles riram quase às gargalhadas. E alguém disse: “Esse debate aqui seria impensável”.
O
Banco Central da República Argentina (BCRA) está na berlinda no país.
Um dia antes daquele debate na Globo o então presidente da autoridade
monetária renunciou e seu sucessor é definido como seguidor das
determinações do ministro da Economia, Axel Kicillof. No debate, o tema
BC foi discutido entre Dilma e Marina que falaram sobre “independência” e
“autonomia” da entidade monetária.
O que aqui hoje – seja autonomia ou independência – é vista como algo ‘lejano’ (distante), como afirmam diferentes economistas.
Naquela noite e no dia seguinte
às eleições, os argentinos continuavam surpresos e não só com o
surgimento do "neto de Tamcredo Neves", como também foi definido pelo
taxista e pela imprensa local, na reta final para a cadeira
presidencial.
A quantidade de eleitores
brasileiros – maior que o triplo da quantidade de quarenta milhões de
habitantes da Argentina e, os debates com os candidatos presidenciais – o
que aqui não ocorre – foram apontados como “impressionantes” entre
nossos vizinhos.
“O Brasil é muito grande”, disse uma jornalista do jornal Clarín especializada em temas econômicos.
“E
as reservas do Banco Central? Superam os US$ 300 bilhões”, disse ela
admirada. A quantidade de reservas do BC argentino é outro tema diário
na imprensa e nas conversas entre executivos e empresários aqui em
Buenos Aires. Elas estão em um nível apontado pelos especialistas como
"preocupante", de pouco acima de US$ 27 bilhões.
Democracia brasileira
Outros
fatos impressionam políticos argentinos - “a igualdade de condições”
com dez minutos para cada candidato no horário eleitoral durante as duas
semanas de campanha neste segundo turno.
Para
analistas, a democracia brasileira, com suas mais de quinhentas mil
urnas eletrônicas, debates políticos, campanhas de Norte a Sul do país e
até os minutos exatos para que cada presidenciável responda perguntas
nas entrevistas são apontadas como “avanços democráticos”.
Aqui, governistas e opositores costumam não se sentar à mesma mesa em tempos de campanha eleitoral.
Lula
E
quando o assunto é o Brasil entre os não especialistas em economia,
surgem logo três nomes – Lula e Dilma, que são muito conhecidos aqui. E
agora o de Neves.
E em seguida, já que
falam com interlocutor brasileiro, mostram curiosidade pelo que ocorrerá
no Brasil. “Mas quem vai ganhar?”, dizem. E eles mesmos riem dizendo
que essa é a pergunta "del millón" (pergunta e respostas milionárias por
serem difíceis)
(acima a presidente Dilma logo após os resultados do primeiro turno)
Dilma
Outros
seguidores do que acontece no Brasil, como um médico que costuma passar
férias no nosso país, disse: “Eu fiz as contas e para Dilma será mais
fácil vencer do Neves. O Brasil avançou muito nos últimos anos. Ou será
que pode ocorrer outra surpresa?”.
Como se vê, os
argentinos, como os brasileiros, também estão curiosos para saber como
será o final desta que é a campanha mais disputada desde 1989 no Brasil.
Afinal, além de serem normalmente
informados sobre o que ocorre no Brasil e em outros lugares, muitos têm
interesse direto neste resultado – o Brasil é o principal sócio
comercial da Argentina e o comércio entre os dois está encolhendo em
sintonia com o menor crescimento econômico nos dois países.
Brasil
Como no Brasil, Dilma e Aécio venceram na Argentina
Redação Clarín em Português Os
dois candidatos disputam o segundo turno, no dia 26 de outubro. Aqui na
Argentina a presença de eleitores brasileiros foi menor que a esperada.
Leia aqui os resultados dos votos dos brasileiros em quase toda a
Argentina.
Buenos Aires, 05 de outubro de 2014 Em
grande parte da Argentina, a presidente Dilma Rousseff, do PT, recebeu
949 votos, Aécio Neves, do PSDB, 890 votos, Marina Silva, do PSB, 383
votos. Dilma, Aécio e Marina destacaram-se na campanha eleitoral. E
a expectativa era saber quem disputaria o segundo turno com Dilma. A
presidente liderou as pesquisas e a dúvida era saber quem disputaria o
segundo turno com ela - se Marina ou Aécio. Nos últimos dias, Aécio superou Marina, principalmente após o últmo debate eleitoral na quinta-feira, na TV Globo. Do
total de 5.387 eleitores inscritos no Consulado de Buenos Ares, que
inclui Buenos Aires e onze províncias, apenas 2.475 eleitores votaram.
No total, no país todo, nesse caso incluindo também as províncias de
Mendoza e de Córdoba, 6.011 eleitores podem votar na Argentina. Mas nem
todos compareceram às urnas.
Votos de Marina Silva podem definir eleição brasileira
Eleonora Gosman, correspondente no Brasil
Marina Silva, que ficou em terceiro lugar
no primeiro turno, pode ser o fiel da balança da batalha eleitoral no
Brasil. Ela já sinalizou que apoiará Aécio Neves, mas quer mudanças no programa de governo do candidato.
Buenos Aires, 07 de outubro de 2014
Em um gesto salomônico, a ex-candidata à Presidência telefonou para cumprimentar os dois presidenciáveis: Dilma Rousseff e Aécio Neves.
O
gesto da ex-ministra de Meio Ambiente, mais do que oferecer um parabéns
formal, deixou claro que ela ainda não resolveu, explicitamente, por
quem baterá o martelo.
Se pelo PT, seu antigo partido, ou pelo PSDB, o partido de Aécio Neves, que tenta chegar ao poder.
Os assessores “marinista” é o mais variado.
Inclui
ex-militantes do partido de Aécio, o PSDB, mas também um amplo leque de
socialistas, entre os quais se destaca o presidente do PSB, Roberto
Amaral.
A julgar pelo passado imediato desse homem, que foi ministro de Ciência e Tecnologia no primeiro governo de Lula, pode-se pensar que ele buscará
“naturalmente” voltar à aliança da qual saiu o falecido Eduardo Campos,
que resolveu se apresentar como candidato independente na eleição
presidencial de 2014.
O socialismo sempre fez
parte da coalizão governista liderada por Lula e agora por Dilma e o
mais provável é que ele opte por retornar, após negociações.
E Marina?
Quanto
a Marina, ela provavelmente sairá para um lado ou para o outro
dependendo das circunstâncias. De acordo com sua própria definição,
“dependerá dos acordos programáticos”.
O PSDB
se apressou a entrar em contato com ela. Segundo fontes, no próprio
domingo, logo após a votação, seus dirigentes estabeleceram pontes com
os assessores de Marina Silva.
Eles estão
“dispostos” a ceder inclusive no terreno da sustentabilidade, o refúgio
ideológico que resta à ex-ministra de Meio Ambiente. Mas os aliados de
Dilma também se movimentaram.
Lula
O
político mais relevante é sem dúvida alguma o ex-presidente Lula. Sua
função será realizar as negociações fundamentais e não só para atrair
aqueles que ficaram fora da corrida eleitoral.
Seu
papel é mais transcendente: ele garante, em última instância, que
haverá uma “renovação” em um eventual futuro governo de Dilma.
Economia
Não
foi em vão que já se falou de uma mudança do ministro da Fazenda, um
lugar-chave que recairá em um membro da elite empresarial,
preferentemente paulistana. Essas gestões do ex-presidente são chave
para evitar as jogadas do “mercado”.
Foi
graças a uma “neutralidade” do setor financeiro que Lula conseguiu
ganhar as eleições no segundo turno em 2006. Isso o imunizou contra as
temerárias denúncias apresentadas pela oposição sobre um esquema de
corrupção chamado “mensalão”.
Esse processo,
que estourou em 2005, se referia ao pagamento de uma mensalidade a
legisladores da base governista em troca de fidelidade ao governo.
Aécio Neves já disse que continuará com a mesma tática da primeira parte da campanha eleitoral.
Nos
próximos dias, antes de chegar ao segundo turno, ele irá bater na tecla
da anticorrupção, embora seja impossível saber qual será o impacto
dessa estratégia. Em 2006 não deu resultado para o PT.
Depois do “mensalão”, Lula conseguiu se reeleger. Dilma pode repetir a façanha.
Os estrategistas de
Aécio Neves começam a cometer erros primários, de um discurso estranhamente
defensivo, para a disputa fatal do segundo turno contra Dilma Rousseff. Os petistas
já perceberam as falhas de recuo do adversário e vão explorá-las na ofensiva. O
poder de mobilização para difamar Aécio, principalmente para manter neutralizado o eleitorado de Marina Silva, é uma das ações previsíveis dos marketeiros
petistas.
O primeiro erro de
Aécio é insistir na busca “desesperada” do apoio do PSB (que sempre foi parceiro
do PT) e de Marina Silva (que sempre joga sozinha). O segundo pecado, que o
economista Armínio Fraga ameaça cometer, é prometer uma gestão econômica tão
boa “quanto foi a do petista Antonio Palocci”, acusando Dilma de ter mudado a
política de Lula (o que não é verdade). A terceira falha é não aumentar o poder
ofensivo contra os petralhas, nos escândalos da Lava Jato, Petrobras, Mensalão
e, agora, o uso eleitoreiro dos Correios.
Se quiser vencer,
Aécio Neves precisa se descolar dos conselhos de Fernando Henrique Cardoso –
que sempre se comporta como um priminho briguento do velho amigo Luiz Inácio
Lula da Silva, sem partir para uma efetiva ofensiva contra a petralhada que o
ataca duramente. Aécio Neves também tem de deixar claros os pontos de seu
projeto de “mudança” para o Brasil. Também precisa ser mais explícito no
compromisso de acabar com a reeleição. Aécio vacilou ao defender um mandato
presidencial de cinco anos, porém jogando toda a responsabilidade sobre o
assunto ao Congresso – que deseja nada mudar.
Aécio não vencerá a
eleição se não comprovar ao eleitorado, claramente, que o PT tem um projeto
autoritário para o Brasil. Perderá fácil para Dilma se não demonstrar que a
crise econômica tornará o País inviável a partir de 2015. Também sairá derrotado
se a base tucana já eleita permanecer na zona de conforto de uma pretensa oposição,
preferindo apenas fazer o jogo de cena de quem compete mas, no fundo, não tem
tanta vontade assim de vencer para fugir da obrigação de segurar a bomba que
vem pela frente.
Aécio
chegou ao
segundo turno porque aumentou sua ofensiva de discurso quase na véspera
da eleição.
Se não demonstrar mais poder ofensivo ainda, não terá chances contra os
petralhas cheios de grana e com a máquina de fabricar votos na mão. O
tal “mercado”
já deu sinais de que deseja Aécio no poder. Mas Aécio precisa comprovar o
mesmo
desejo com atitudes e palavras que desmontem o nazicomunopetralhismo. O
plano bolivariano do Foro de São Paulo segue em frente...
Lembre-se, Aécio: a
vergonhosa derrota para o PT em Minas Gerais foi uma prova evidente da fragilidade
do PSDB na disputa real pelo poder.