quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Onze anos depois o barulho continua.Só que muito pior.E a INFRAMERICA ainda quer cortar as arvores que protegem contra o ruido.



Brasília faz campanha contra ruído de aviões

Um grupo de moradores do Lago Sul, área residencial de classe média de Brasília, iniciou uma mobilização para interpelar judicialmente a Infraero e o Departamento de Aviação Civil (DAC) para resolver um problema comum às grandes cidades: o barulho provocado pelo intenso tráfego de aviões.


 "O barulho de avião causa problemas de surdez e stress, além de prejudicar as construções por causa da trepidação", justifica a prefeita da QI 17 do Lago Sul, Jane Carol Brauner Azevedo. Segundo ela, a comunidade do Lago Sul está convencida de que, se aplicada em Brasília, a regra para a medição dos ruídos de aviões reprovaria todos os que transitam pelo aeroporto.


"O barulho dos aviões ultrapassa o limite do ser humano?, disse ela. A QI 17 é uma das principais áreas prejudicadas pelo ruído excessivo dos aviões. O problema, entretanto, atinge pelo menos sete quadras residenciais do Lago Sul. A prefeita conta que os moradores já tiveram uma série de reuniões com o DAC e Infraero. "Posso dizer que as negociações não avançaram um milímetro", afirma ela.



Um estudo preparado pelo advogado Bolívar Moura Rocha que presta assessoria informal à prefeitura da QI 17, identificou a existência de uma legislação pela qual as empresas de aviação estariam obrigadas a desativar as unidades com mais de 25 anos de uso. Este cronograma de desativação, no entanto, foi revisto em função da preocupação com a saúde financeira das companhias aéreas, o que significa que só em 2010 os chamados aviões barulhentos estarão totalmente desativados.


Além da desativação dos aviões antigos, os moradores do Lago Sul reivindicam ao DAC e Infraero  a suspensão de vôos no período de 23 horas às 5 da manhã, regra já utilizada na Europa; e plantio de árvores com altura elevadas de forma a criar uma barreira de som.

Força Tarefa promete apontar chefe de esquema de R$ 42 bilhões pagos em propinas na Lava Jato


Posted: 17 Nov 2015 01:30 AM PST


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

 


Os efeitos da Operação Corrosão, a vigésima deflagrada na Lava Jato, tendem a corroer a blindagem do ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, um dos principais homens-fortes de Luiz Inácio Lula da Silva. 




Também prevê problemas para a já corroída Presidenta Dilma Rousseff, sobretudo em futuras ações judiciais em que investidores da estatal pedem ressarcimento por prejuízos. Como ela era a "presidente" do Conselho de Administração da companhia, quando a refinaria de Pasadena foi comprada (segundo investigações) na base de milhões de dólares em propina, Dilma corre o risco de acabar processada, principalmente em tribunais dos EUA, assim que não tiver mais foro privilegiado.

 


A Lava Jato também atinge um ponto em que lança suspeitas de cumplicidade política generalizada com os esquemas de corrupção. Um laudo do Setor Técnico-Científico da Polícia Federal confirma que a empreiteira Odebrecht teria usado recursos obtidos em contratos com a Petrobras para pagar patrocínios ao Instituto Fernando Henrique Cardoso e ao Instituto Lula e sua empresa LILS Palestras, Eventos e Publicações. A mesma perícia oficial estima pagamentos indevidos de R$ 42 bilhões em propinas feitos pela Petrobras, entre 2004 e 2014, para 27 empresas - que receberam um total de R$ 215,67 bilhões em contratos.

 


O laudo foi uma “análise dos vestígios e das evidências materiais relacionados ao Grupo Odebrecht no período compreendido entre 2004 e 2014". Os peritos escreveram: “Os dados analisados até o momento apontam a formação de cartel nos contratos firmados com as empresas listadas acima, por meio do qual teriam sido realizados pagamentos indevidos por parte da Petrobras. Tais pagamentos teriam sido viabilizados por meio da majoração excessiva das margens de lucros das contratantes, em percentuais bem acima daqueles constantes dos Demonstrativos de Formação de Preços (DFP) apresentados, uma vez que realizados em ambiente cartelizado”.

 


Além do teor parcial do assustador laudo assinado pelos peritos criminais federais Audrey Jones de Souza, Raphael Borges Mendes e Jefferson Ribeiro Braga, um recado dado ontem pelo procurador regional da República Carlos Fernando Santos Lima, coordenador da força-tarefa da Lava Jato, também apavorou a cúpula da petelândia: “Vamos aprofundar as investigações verticalmente até atingir o núcleo efetivo de toda a corrupção na Petrobras e, tenho certeza, é o mesmo dos outros órgãos públicos. Creio que nós temos bastante indicativo que, até mesmo pela prisão do Dirceu, que já estamos bastante perto da real decisão de corrupção no País”.

 


O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima advertiu ontem que a comprovação de corrupção de pelo menos US$ 30 milhões na compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pode até anular o negócio. A compra foi realizada em 2005 pela Petrobras, sob comando do ex-diretor de Internacional Nestor Cerveró. Causou um prejuízo de US$ 792 milhões - conforme cálculos do Tribunal de Contas da União. Sobre este escândalo, o procurador Carlos Lima avisou: "Já temos nomes de funcionários e colaborações (premiadas) que indicam o recebimento de propina. Quem sabe com essas provas consigamos talvez anular a compra e, quem sabe, ressarcir o patrimônio público brasileiro".



Só o delator premiado Paulo Roberto Costa teria admitido o recebimento de US$ 1,5 milhão "para não atrapalhar a compra" de Pasadena. O total pago a outros diretores da empresa chega a US$ 6 milhões. 




O resto da propina teria ido para políticos do PMDB. Agora, a Força Tarefa quer aprofundar agora provas para sustentar que foram cometidos crimes de organização criminosa, formação de cartel, crime contra as licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro nacional. Os investigadores e peritos se debruçam sobre documentos e contratos das refinarias Abreu e Lima (em Pernambuco) e do Comperj (Complexo Petroquímico em Itaboraí, RJ).

As novas delações premiadas e reunião de provas vão confirmar quem seria o verdadeiro chefe do esquema da Lava Jato.

Sortudo

O crime no Brasil só não compensa para ladrão de galinha apanhado com a mão na massa.

Fernando Baiano, suspeito de fazer lobby para o PMDB (embora o partido sempre negue), deixa nesta quarta-feira o frio de siberiano da cadeia em Curitiba para ficar em "prisão domiciliar" em um apartamento de 800 metros quadrados, que vale uns R$ 12 milhões, na Barra da Tijuca, no calorento Rio de Janeiro.

O lobista Fernando Baiano já foi condenado na primeira instância da Justiça Federal em Curitiba a 16 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, sob acusação de receber US$ 40 milhões de propina nos anos de 2006 e 2007 para intermediar a contratação de navios-sonda para a perfuração de águas profundas na África e no México.

Mineração parlamentar

O Estadão denuncia que empresas mineradoras doaram ao menos R$ 6,6 milhões às campanhas de deputados federais que tratam diretamente do novo Código de Mineração e aos parlamentares da comissão externa da Câmara criada para monitorar os efeitos do rompimento das barragens da Samarco no município de Mariana, em Minas.

Levantamento no banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que 28 dos 36 deputados de três comissões sobre mineração receberam doações do setor no ano passado.

Só a Vale, controladora da Samarco junto com a BHP, doou R$ 4,2 milhões a deputados.


 
Imitando as gente?

Do professor de História Silas Ayres, no Facebook, uma comparação entre a maneira francesa e a brasileira de tratar com crimes bárbaros - ou não:

"O Estado francês age como a polícia carioca. Quando um policial é assassinado ou morto em combate, a polícia tem um padrão de comportamento: primeiro diz que já identificou os criminosos, depois manda o BOPE atacá-los, com as tradicionais entrevistas que informam quantos bandidos mataram, quantas armas apreendidas, quantas prisões e quanta droga foi confiscada. 




De preferência, sem dizer quantos inocentes foram mortos ou feridos. Tudo para dar uma resposta à opinião pública e principalmente para reafirmar que tem o controle sobre a cidade e que todos podem ficar tranquilos, continuando a trabalhar normalmente, e principalmente dizendo que os turistas podem continuar visitando a cidade maravilhosa. 



A França está fazendo igualzinho, sem a mínima ideia do que aconteceu na sexta-feira. A economia não pode parar, todos de volta ao trabalho que o Estado vai protegê-los. Mas precisam demonstrar aos 84 milhões de turistas que podem continuar visitando o país. Quem tiver coragem, pode se arriscar".

 

Releia o artigo do historiador Carlos I. S. Azambuja: O Estado Islâmico - desvendando o Exército do Terror



Gastança com consultorias

Questionamento do engenheiro Raul Rechden enviado a vários parlamentares da CPI dos Fundos de Pensão:

A holding Invepar, nos últimos dois anos e meio findos em junho de 2015, gastou R$199.887.000,00 - isto mesmo, quase 200 milhões de reais - com consultoria e assessoria. No mesmo período, o desempenho da holding foi catastrófico: prejuízo acumulado de R$1.097.419.000,00.

E aos que dão apoio aos trabalhos da CPI dos fundos de pensão sugiro que examinem mais essa questão relativa à Invepar, lembrando que essa companhia é praticamente controlada pelo governo federal, pois 3/4 de sua participação acionária pertence à Previ, Petros e Funcef, o restante pertencendo à OAS, empreiteira envolvida na operação Lava a Jato.


Mérito da Dilma



Do Olavo de Carvalho, no Facebook, uma dedada na Dilma e outra no $talinácio:



"Lula pode não entender grande coisa de economia marxista, mas em matéria de estratégia e tática foi o maior dos maiores - "o cara", como disse o Obama. 



Chegou ao cume com uma habilidade impressionante, que o próprio Lênin aplaudiria, e só começou a cair por causa do "timing": cumpriu seu papel na transição revolucionária, instaurando a hegemonia, a concentração poder político e econômico e o aparelhamento do Estado, mas, por resolução do partido e não dele próprio, deixou para a sucessora a incumbência do "upgrade" decisivo, que ela não tinha a menor condição de realizar. Não fui eu quem fodeu com os planos do Lula. Foi a Dilma. Esse mérito ninguém tira da Mulher Mandioca".

Corda para quem?


CPMF na cúpula dos outros não é refresco


Reino de Deus contra Cunha


Dançou


E ainda permanece em regime de prisão cautelar, para não ter como reassumir o mandato de deputado federal...

Aguentemos a gozação...


A bela Ronda toma pancada e a Nação Rubro-Negra tem de suportar a avacalhação dos rivais...

Repúdio ao PL 654/2015.A Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB) vem a público manifestar seu repúdio ao Projeto de Lei 654/2015

AB manifesta seu repúdio ao PL 654/2015






A Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB) vem a público manifestar seu repúdio ao Projeto de Lei 654/2015 que propõe a emissão de uma licença única, sem a necessidade de estudos de impacto para o licenciamento ambiental, e conclama aos arqueólogos que se posicionem contrários à aprovação do mesmo. O PL 654/2015 expõe o patrimônio cultural a um risco sem precedentes.


Com a justificativa de agilizar o processo de licenciamento, o Senador Romero Jucá apresentou o Projeto de Lei (PL 654/2015) que propõe a emissão de uma licença única (“licença ambiental integrada” art.4º) que dispensa a realização de estudos de impacto ambiental para obras consideradas "estratégicas" (incluindo rodovias, barragens, portos, e "exploração de recursos naturais", como mineração).


A proposta pode ser votada já nesta quarta-feira, dia 18 de novembro de 2015, no âmbito da Comissão Especial da Agenda Brasil, na próxima reunião da CEDN (Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional). O PL 654/2015, de autoria do Senador Romero Jucá (vice-presidente da Comissão), tramita no Senado em caráter terminativo. Se aprovado pelos membros da Comissão Especial, o PL não irá à plenária do Senado e seguirá direto para a Câmara dos Deputados.


Informações sobre o Projeto de Lei e sua tramitação estão disponíveis em: http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/123372.


Solicitamos a todos que manifestem, com urgência, sua posição contrária ao projeto para o autor, Senador Romero Jucá, e para o relator do projeto, o Senador Blairo Maggi.


Senador Romero Jucá - Facebook (Romero Jucá); e-mail (romero.juca@senador.leg.br); twitter (@senromerojuca); telefones - (61) 3303-2115/2111/2119.


Senador Blairo Maggi – Facebook: Blairo Maggi; e-mail (blairomaggi@senador.leg.br); twitter (@blairomaggi); telefone: (61)3303-6167/6161.

“INACREDITÁVEL” Dilma assina decreto isentando de CULPA a mineradora SAMARCO na tragédia em Minas, disse que foi ‘desastre natural’

18/11/2015


Temos uma presidente contra o povo e a favor dos latifundiários do Brasil, quem tem dinheiro.


  
Desastre Natural Dilma??  Dilma acaba de cometer um dos maiores crimes com os cidadãos de Mariana e Região. Isentou a culpa da Mineradora SAMARCO

Leia o decreto.  Atos do Poder Executivo .
DECRETO Nº 8.572, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2015

Altera o Decreto nº 5.113, de 22 de junho
de 2004, que regulamenta o art. 20, inciso
XVI, da Lei nº 8.036, de 11 de maio de
1990, que dispõe sobre o Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço – FGTS.


A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 20, caput, inciso XVI, da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990,


D E C R E TA :

Art. 1º O Decreto nº 5.113, de 22 de junho de 2004, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 2º
Parágrafo único. Para fins do disposto no inciso XVI do caput do art.
20 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, considera-se também como
natural o desastre decorrente do rompimento ou colapso de barragens que
ocasione movimento de massa, com danos a unidades residenciais.” (NR)


Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 13 de novembro de 2015; 194º da Independência e 127º da República.

DILMA ROUSSEFF


Miguel Rossetto


Gilberto Magalhães Occhi

Leia mais aqui >>> Como Dilma quer Livrar SAMARCO das responsabilidades ambientes e com povo de Mariana – MG

DILMA livra empresa SAMARCO de responsabilidades da catástrofe em MARIANA MG, entenda o caso…

Com desculpa de liberar FGTS, DILMA livra empresa SAMARCO de responsabilidades da catástrofe em MARIANA MG, entenda o caso…

Entenda como a Dilma assinou um decreto dando aval a empresa SAMARCO


Em um raciocínio lógico e rápido, podemos observar o tamanho da MALDADE de DILMA com o povo de Mariana-MG. Ela assinou um decreto 8.572/15 dizendo que:


Art. 1º O Decreto nº 5.113, de 22 de junho de 2004, que passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 2º Parágrafo único. Para fins do disposto no inciso XVI do caput do art. 20 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, considera-se também como natural o desastre decorrente do rompimento ou colapso de barragens que ocasione movimento de massa, com danos a unidades residenciais.” (NR) Art. 2º Esse decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 13 de novembro de 2015; 194º da Independência e 127º da República. DILMA ROUSSEFF Miguel Rossetto


Ou seja, se é causa Natural, fenômeno da natureza, ela abre uma tremenda brecha para que a empresa SAMARCO fuja das responsabilidades ambientais com as pessoas que viviam naquele local.


Pessoas pobres, no sentido legal da palavra, pessoas que viviam na ROÇA. Cidadãos que não possuem carteira de trabalho (CTPS), quem dirá o Fundo de Garantia.


Quem deveria arcar com as indenizações milionárias e devolver a dignidade para essas pessoas é a empresa SAMARCO. Uma pergunta que não quer se calar:


Por que Dilma assinaria um decreto como esse? Quais são seus interesses pessoais? Vamos pensar Brasil ! 

O fato que aconteceu em Mariana – MG está sendo reconhecido como o maior desastre ambiental do Brasil de todos os tempos. Acorda Brasil !!!!!

Pela rejeição da PEC 215: mais um passo


A marcha contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) em Brasília neste dia 11 foi um momento intenso, com cantos rituais colorindo o quente asfalto. Foram mais de 250 indígenas Pataxó, Kayapó e Xikrin, dentre outros que se somaram com mobilizações realizadas em todo o país, repudiando a PEC 215 e todas as tentativas de suprimir direitos indígenas da Constituição. Na carta aberta, entregue a deputados e senadores, afirmam: “Concluímos que a PEC 215/00 é uma proposta de genocídio e destruição dos territórios dos nossos povos indígenas do Brasil”.
Foi uma semana de muitas conversações e um “corpo a corpo” intenso, nos gabinetes, nos corredores e nas reuniões com os presidentes da Câmara e do Senado, bem como encontros com ministros e representantes de órgãos do governo: “Fechamos estradas para dizer a todos que estamos aqui e não vamos deixar que tirem nossos direitos”.
“Foi muito bom essa semana aqui em Brasília. Nos viram e ouviram. Sentiram o grito pelos nossos direitos e nossas vidas. Viemos desde crianças até anciões, jovens e mulheres, guerreiros e guerreiras. Não viemos brigar, mas conversar. Dizer que nossos direitos têm que ser respeitados. Viemos defender nossos direitos, nossas terras e pedir justiça pela violência contra nossos povos. Não temos medo. Fizemos soar nossos maracás e seguramos com força nossos arcos, flechas e terçados (facões) rituais. Falamos com o corpo e o espírito, com os instrumentos e as ferramentas com que lutamos pelas nossas vidas em nossas aldeias”.
Na maioria dos lugares em que estiveram foram recebidos com simpatia e promessas de apoio às suas reivindicações:
No encontro com os ministros das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, e da Advocacia-Geral da União (AGU), Luis Inácio Adams, ouviram o compromisso de que o governo iria se empenhar e mobilizar contra a PEC 215. Caso ela seja aprovada no Congresso, irão entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação de inconstitucionalidade.
Estiveram no Ministério da Saúde para manifestar seu repúdio à privatização da Saúde Indígena, através da criação do Instituto Nacional de Saúde Indígena (Insi).
Junto ao Poder Judiciário, acompanharam julgamentos pelo Pleno do STF e visitaram gabinetes dos ministros da Suprema Corte para manifestar suas preocupações e solicitar apoio aos seus direitos constitucionais.
A avaliação positiva das lideranças é resultado das ações realizadas durante as duas últimas semanas na capital federal e das inúmeras adesões e dos apoios conquistados para a garantia de seus direitos.
Apesar do clima de diálogo, algumas estranhezas, como a ordem de fechar os banheiros públicos da Praça dos Três Poderes “por ordem do governo do Distrito Federal”, conforme alegações de funcionários.
CPI ou palanque
A sessão de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), foi muito rápida pois o palanque já estava montado. Como diz um ditado popular, quando se quer despistar um objetivo, “se coloca um bode na sala”.
A estratégia ruralista é conseguir, de qualquer forma, a aprovação da PEC 215. Não é casualidade que repetem as mesmas estratégias da década de 1980, por ocasião do processo da Constituinte, quando tentaram impedir a conquista dos direitos indígenas, forjando uma mentirosa campanha e uma CPI contra o Cimi (1987). Em seguida, para impedir a demarcação das terras indígenas, foi criada a CPI da Internacionalização da Amazônia. Voltam à cena, indivíduos daquela época com os mesmos discursos falaciosos e mirabolantes, com o mesmo objetivo: abrir as terras indígenas para a exploração madeireira, mineral, para o latifúndio/agronegócio, as empreiteiras, hidrelétricas e outras obras desenvolvimentistas.
Não conseguindo seus intuitos tentaram a revisão constitucional, em 1993, quando todas as terras indígenas deveriam estar demarcadas. Como novamente não lograram êxito, na virada do milênio, em 2000, ingressaram com a PEC 215. Passaram-se 15 anos e os mesmos interesses voltam à carga tentando a aprovação dessa PEC do genocídio.
Ontem (12), as lideranças Kayapó, Pataxó e Xikrim, ainda em Brasília, fizeram mais um dia de mutirão no Congresso, em visita aos líderes de partidos no Senado e na Câmara e visitas ao STF. Consideram suas atividades intensas e promissoras: mais um passo contra qualquer retrocesso ou a retirada de seus direitos Constitucionais.
Fotos: Laila Menezes

Crianças que não brincam na natureza, não se preocupam em protegê-la, diz artigo

quarta-feira, 18 de novembro de 2015


Os ativistas ambientais costumam ser pessoas que passaram a infância imersos na natureza.

Se um futuro melhor depende das gerações que ainda estão por vir, então algumas coisas precisam mudar. Em artigo escrito por George Monbiot no jornal britânico The Guardian, o autor coloca em cheque as consequências da falta de contato das crianças atuais com a natureza.


A cada ano que passa, as crianças estão mais presas dentro de suas casas. Segundo Monbiot, no Reino Unido, apenas uma em cada dez crianças têm o hábito de praticar atividades ao ar livre em ambiente natural. Em contrapartida, os adolescentes que têm entre 11 e 15 anos gastam metade do dia em frente a uma tela, seja ela de computador, televisão ou smartphone. A situação é semelhante em diversas partes do mundo.


O autor cita várias hipóteses para essa mudança. Enquanto nas décadas passadas as crianças tinham mais autonomia para brincar na rua e até mesmo se deslocarem sozinhas, hoje os pais têm que lidar com o medo da violência, do trânsito e de pessoas estranhas. Assim, ficar dentro de casa é a opção mais prática, mas não a melhor delas.


Monbiot coloca esse novo hábito “doméstico” como algo perigoso, principalmente para a saúde. A inatividade dos jovens resulta em doenças como diabetes, obesidade, raquitismo e declínio das habilidades cardio-respiratórias. Muitos desses problemas seriam evitados se as brincadeiras em meio à natureza fossem mantidas, como é possível concluir em um estudo conduzido pela Universidade de Illinois, nos EUA. A pesquisa sugere que brincar na grama, entre árvores, ajuda até mesmo a reduzir os sintomas do déficit de atenção e dos problemas de hiperatividade.


Além da saúde, a falta de contato das novas gerações com a natureza pode se transformar em um problema muito maior. Como ter cuidado ou se preocupar com algo que você não conhece e não tem intimidade? Esta é a questão levantada pelo britânico.



Para ele, os ativistas ambientais costumam ser pessoas que passaram a infância imersos na natureza. “Sem um sentimento pelo mundo natural e sua função, sem uma intensidade de envolvimento nas experiências da infância, as pessoas não vão dedicar suas vidas à proteção”, conclui o artigo.


Fonte: Ciclo Vivo

Estudo internacional avalia causas da crise hídrica no Sudeste do Brasil


Publicado em novembro 18, 2015 por




O aumento da população e do consumo de água são apontados como os principais fatores associados à crise hídrica no Sudeste do Brasil, segundo estudo realizado por uma rede internacional de cientistas, da qual participa o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).


Intitulado “Factors other than climate change, main drivers of 2014/15 water shortage in southeast Brazil”, o estudo publicado no boletim da Sociedade Americana de Meteorologia não identificou alterações no risco climático induzidas por atividades humanas para a ocorrência de eventos extremos como a recente seca no Sudeste.


“As pessoas estão interessadas em saber se as influências humanas em nosso meio ambiente estão afetando as condições de tempo e clima que vivenciamos hoje”, diz Caio Coelho, do CPTEC/INPE. Segundo o pesquisador, secas podem ser estudadas sob várias perspectivas e esse trabalho examinou o fenômeno em termos de falta de chuva, disponibilidade e consumo de água.


As consequências ou impactos da seca, como a redução no fornecimento de água, o crescimento do número de casos de dengue e o aumento dos preços da energia, são resultado da baixa disponibilidade de água em combinação com o número de pessoas e infraestrutura afetadas.


Foram empregados três métodos independentes para analisar o papel do aquecimento global induzido pelas atividades humanas na falta de chuva e disponibilidade de água. O primeiro método empregou análises estatísticas dos dados históricos de precipitação para avaliar tendências nos eventos extremos observados desde 1941. Os resultados dessas análises indicaram que o déficit de chuva registrado no Sudeste em 2014/15 foi excepcional, porém não único, uma vez que condições similares foram observadas na região em 1953/54, 1962/63 e 1970/71.


O segundo método identificado como weather@home usou resultados de milhares de simulações produzidas por um modelo climático atmosférico, reconhecido pela comunidade científica internacional como estado-da-arte, para executar duas análises distintas: uma que representa o clima atual assim como observado durante o evento de seca 2014/15, e outra que representa o mesmo evento de seca, porém em um mundo hipotético sem a interferência humana na concentração de gases causadores do efeito estufa. O terceiro método utiliza modelos climáticos globais acoplados oceano-atmosfera do projeto internacional de intercomparação de modelos acoplados versão 5 (CMIP5).


A aplicação dos três métodos de forma independente levou a conclusão de que a frequência de ocorrência de seca em termos de disponibilidade de água nos últimos anos não foi influenciada pelas alterações climáticas promovidas pelas atividades humanas. O estudo indicou que a falta de chuva no sudeste do Brasil em 2014 e 2015 foi excepcional, porém não incomum, com o mais recente episódio de seca observado em 2001.


“Estudos empregando métodos múltiplos como este são importantes para ajudar a responder questões de direta relevância e interesse de diversos setores da sociedade após a ocorrência de eventos climáticos de grande impacto.



O modelo weather@home, que roda em uma grande rede voluntária de computadores pessoais, produz um imenso volume de dados, fornecendo aos cientistas confiança para avaliar quantitativamente se os gases do efeito estufa impactaram o evento de seca de 2014/15 em São Paulo. Este é um aspecto inovador do estudo que permite ao público se envolver diretamente na ciência”, diz Coelho.



O estudo foi executado por uma rede internacional de pesquisadores do CPTEC/INPE (Brasil), KNMI (Holanda), Universidade de Oxford (Reino Unido), Universidade de Melbourne (Austrália), Centro Climático da Cruz Vermelha (Holanda), Universidade de Amsterdã (Holanda), Universidade de Utrecht (Holanda), Universidade de Columbia (Estados Unidos da América), IRI (Estados Unidos da América) e NASA (Estados Unidos da América), sob coordenação da Climate Central (Estados Unidos da América).


Saiba mais sobre o estudo aqui.

Informe do INPE, in EcoDebate, 18/11/2015

[CC BY-NC-SA 3.0][ O conteúdo da EcoDebate pode ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, à Ecodebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]

Prazo de validade do acordo Dilma-Cunha está no final


Charge de Aroeira (reprodução de O Dia)


Carlos Newton
Como todos sabem, o presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já anunciou repetidas vezes que decidirá até o final deste mês se aceita ou não os pedidos de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.



Há vários requerimentos na fila, aguardando despacho, mas apenas dois deles receberam parecer favorável da Assessoria Jurídica da Câmara: o pedido apresentado pelo advogado Luís Carlos Crema, e uma outra versão, encaminhada por Helio Bicudo, ex-deputado petista, Miguel Reale Jr., ex-ministro da Justiça, e Janaina Paschoal, professora de Processo Penal.



NAS MÃOS DE CUNHA
Tudo depende exclusivamente do presidente da Câmara. Se ele aceitar um dos pedidos, estará automaticamente aberto o processo de impeachment, seguida da criação da Comissão Especial, com representantes de todos os partidos, e da nomeação do relator.
Mas se Cunha mandar arquivar os pedidos, caberá recurso ao plenário, como aconteceu no governo FHC, quando o então deputado José Dirceu (PT-SP) apresentou pedido de impeachment, o presidente da Câmara, Michel Temer, recusou, e o parlamentar paulista recorreu ao plenário, que manteve a decisão de Temer.


LENIÊNCIA DO SUPREMO
Apesar do ministro Edson Fachin ter dado declarações de que o Supremo precisava decidir com prioridade os mandados de segurança contra o rito do impeachment na Câmara, o presidente Ricardo Lewandowski continua sentado em cima dos autos, para manter em vigor as liminares dos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber que suspendem o recurso ao plenário.


Acontece que as liminares são flagrantemente ilegais
, pois invadem a independência do Poder Legislativo e transformam em letra morta o Regimento da Câmara dos Deputados, que tem força de lei e está em vigor desde 1989, sem jamais ter sido contestado. Mas se depender apenas do ministro petista Lewandowski, que tem a desfaçatez de chamar de “golpe” a possibilidade de impeachment existente na Constituição, esta causa jamais irá a julgamento.


Ao que parece, a ideia dos ministros petistas é transformar Eduardo Cunha num poderoso senhor do impeachment, embora o Regimento determine que qualquer decisão do presidente da Câmara possa ser contestada em recurso ao plenário, justamente para preservar a democracia interna do Congresso.


BRIGA ENTRE PODERES
Se Cunha insistir em manter o acordo com Dilma, mandando arquivar os pedidos que receberam parecer favorável da Assessoria Jurídica da Câmara, é claro que a oposição vai recorrer ao plenário, na forma do Regimento (que significa “na forma da lei”). Mas o presidente Eduardo Cunha poderá recusar liminarmente o recurso, alegando a existência dos mandados de segurança no Supremo.


Ninguém sabe o que vai acontecer, porque Cunha é temperamental e imprevisível. Ele ficará na presidência da Câmara o máximo de tempo que puder, porque sua força advém do cargo e lhe dá possibilidade de negociar (a palavra exata é esta) o abrandamento de sua pena, que seria de cassação e pode se transformar numa simples advertência.


O prazo de validade do acordo Dilma-Cunha está acabando, mas pode ser renovado indefinidamente, se continuar contando com a cumplicidade do Supremo Tribunal Federal.


Enquanto isso, a nação vai se derretendo, com a crise econômica e social se agravando cada vez mais. É claro que os políticos deveriam estar interessados em encontrar soluções, mas nenhum deles parece ter tempo e disposição para trabalhar efetivamente pelo país.

Só os níveis de emprego e salário garantem previdência complementar


Charge de Doró (reprodução do site da ASSEMDA)


Pedro do Coutto
Reportagem (excelente) de Valdo Cruz e Juliana Sofia, Folha de São Paulo, edição de segunda-feira, destacou problemas que estão atingindo fundos de previdência complementar existentes especialmente nas empresas estatais para assegurar aposentadoria integral e seus servidores quando alcançaram os limites legais e desejarem deixar o emprego. A complementação é uma exigência da realidade, uma vez que o teto do INSS, hoje, é de 4,6mil reais por mês.


Assim, por exemplo, não tem a menor lógica aqueles cujos vencimentos sejam de 7 mil possam se aposentar recebendo apenas o máximo pago pelo INSS. A Previdência Complementar banca a diferença. Para isso, os empregados regidos pela CLT, optantes do FGTS, contribuem mensalmente com mais 7 por cento, enquanto as estatais recolhem igual parcela aos Fundos existentes. Até aí tudo bem. Mas, vejam os leitores, se o mercado de trabalho e os níveis de salário não se expandirem, os Fundos Complementares perdem o principal fator de percepção de receita.


É claro que as fundações, ou os Fundos, fazem investimentos no mercado de capitais, como é o caso da Bovespa. Entretanto, temos que considerar serem aplicações de risco, as quais nem sempre dão certo. Se todas dessem certo, os Fundos não estariam registrando, como Valdo Cruz e Juliana Sofia publicam, um déficit de ordem de 46 bilhões de reais. A Petros, para citar um caso, apresenta problemas. Uma das principais razões deve se encontrar no fato de haver investido pesadamente nas ações de Petrobrás e ações terem caído acentuadamente no mercado. Há outros exemplos e causas diversas. Aplicações mal feitas só podem resultar em prejuízo.


Pode-se sustentar que a aplicação mais segura seja adquirir Notas do Tesouro Nacional, os títulos que lastreiam a dívida interna brasileira na escala, segundo o Banco Central, de 2,6 trilhões de reais, que rende juros anuais de 14,25 por cento. Entretanto, tem se considerar uma inflação de 10 por cento em 2015, a qual reduz o investimento à rentabilidade efetiva de 4,25 por cento. A inflação é uma coisa, os juros reais. Portanto, a renda real decorre dos juros pagos menos o índice inflacionário verificado no período.


Dessa forma, vamos nos aproximando da realidade. E se solvência dos Fundos Complementares estão sob ameaça, que dirá o confronto entre despesa e receita do INSS, da Previdência Social, portanto? Não existe investimento rentável o suficiente para assegurar a liquidez de ambos os sistemas, a não ser a expansão dos níveis de emprego e salário.


 Evidente esta verdade. Basta comparar a contribuição dos empregadores e dos empregados. As empresas contribuem com 20 por cento sobre a folha de salários, sem limite. Os empregados com o máximo de 11 por cento sobre o teto de 4,6 mil reais por mês. Os que ganham 50mil, por exemplo, levam seus empregados a contribuir com 10 mil, mensalmente.


Fica transparente como água limpa que só a expansão dos salários e dos empregados pode assegurar a liquidez indispensável à manutenção dos atuais direitos dos empregados, de modo geral, e dos servidores das estatais, em particular. Fora desse panorama qualquer alternativa é pura ilusão, fantasia de tecnocratas, mágica que, no fundo, é o contrário da lógica.


Além de tudo isso. Verifica-se em muitos casos a figura do conflito de interesses, ou seja: um Fundo comprar ações da própria empresa empregadora. Uma perspectiva concreta: a Petros adquirir ações da Petrobrás. As ações, como eu disse há pouco, baixaram. Com elas o Fundo também baixou. Há muitos outros exemplos. Entre eles casos de interesses políticos para compra de papeis, prática que tem resultado em efeitos negativos.


LEVANTAMENTO DOS PIBS
Até que enfim foi publicado um levantamento contendo totais em números absolutos em comparação com os pesos percentuais das parcelas que os compõem. O levantamento em questão foi realizado pelo G-20 e divulgado no Brasil pelo Ministério das Relações Exteriores, objeto de reportagem de Luciane Carneiro, O Globo, edição de dia 15.


Lá estão especificados os valores dos Produtos Brutos de cada um dos 20 países acompanhados pelos percentuais que representam. No total, o Produto Global alcança 63.4 trilhões de dólares. Os EUA lideram com 18 trilhões.


A China em segundo com 11 trilhões, em terceiro o Japão com 4,1 trilhões de dólares. O PIB do Brasil é de 1 trilhão e 700 bolhões de dólares. Muito menor que o registrado em 2014, que foi de 2.3 trilhões de dólares. Produto menos, população maior, queda acentuada na renda per capita.

Amigos, amigos, negócios fazem parte


Ruy Castro
Folha


O ditado “Amigos, amigos, negócios à parte” está démodé. Não é mais necessário separar a amizade dos negócios. Ao contrário, pode-se muito bem ser amigo de alguém e fazer negócios com este. É até melhor. Como criticar alguém por prestar favores a um amigo? Em caso de zebra, a alegação de amizade também estende um vasto manto que a tudo encobre. E “honni soit qui mal y pense” – maldito seja quem nisso veja maldade.


O ex-presidente Lula fez muitas amizades pela vida. Começou amigo de intelectuais, jornalistas, padres, juristas, cantores, feministas, anistiados, velhos socialistas, liberais e democratas em geral. Mas essa turma só queria saber de produzir dissertações de mestrado, cozinhar macarrão uns para os outros e vender camiseta e estrelinha em porta de teatro. Alguns tentavam até obrigá-lo a ler livros. Lula custou a descobrir que, com eles, não chegaria a lugar nenhum.


Deu-se melhor quando os trocou por banqueiros, empreiteiros, latifundiários, usineiros, políticos da pesada – Sarney, Collor, Maluf –, especuladores, lobistas e doleiros. Esse pessoal, sim, sabe dar valor às amizades – com trocadilho, por favor. São pródigos em fornecer jatinhos, ceder de graça apartamentos em São Bernardo ou nos Jardins durante anos, vender triplexes no Guarujá a preço de mãe para filho, fazer doações “atípicas” a institutos fantasmas e pagar milhões por palestras de que não se conhece nenhum registro em vídeo, áudio ou mesmo telepatia. Aos amigos, tudo.


Pena que, em torno dessas pessoas tão generosas, fervam acusações na Justiça envolvendo formação de cartel, assalto aos cofres da Petrobras, favores tributários, compra de medidas provisórias, pagamento de propinas, predação de recursos públicos etc.


E daí? – diria Lula. Amigos, amigos, negócios fazem parte.


(artigo enviado pelo comentarista Mário Assis Causanilhas)

Aliado de Cunha vai atrasar o processo no Conselho de Ética


Paulinho da Força é o maior aliado de Eduardo Cunha

Deu no Correio Braziliense
Aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), vai tentar protelar o processo de cassação contra seu amigo peemedebista no Conselho de Ética. O presidente do Solidariedade admitiu que, na sessão de quinta-feira (19/11) vai pedir vista para apreciar o parecer pela admissibilidade apresentado pelo relator da ação, deputado Fausto Pinato (PRB-SP), na segunda-feira (16/11). “Sou um dos que vai pedir vista”, afirmou nesta tarde. “Como membro do Conselho de Ética, teria que conhecer o relatório para poder votar”, disse Paulinho.


Paulinho criticou Fausto Pinato por ter apresentado o parecer antes de Cunha entregar sua defesa escrita. A entrega desta defesa já foi adiada duas vezes e última previsão é de que ela seja protocolada nesta quarta-feira (18/11). “Não dá para você condenar alguém ou não condenar sem conhecer os dois lados”, afirmou. “Este erro que o relator cometeu pode complicar a continuidade da votação no Conselho de Ética. Acho que o relator cometeu uma falha grave de condenar alguém antes de conhecer a defesa do acusado. Portanto, acho que isso é grave e o Conselho de Ética vai analisar isso”, disse Paulinho.


Para o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), não houve açodamento da parte de Pinato e não cabe defesa nesta fase do processo. “A qualquer tempo, o representado (Cunha) pode se pronunciar, mas, nesta fase, não precisa porque é só a admissibilidade. Não cabe defesa para admissibilidade. Defesa é para mérito”, disse Araújo mais cedo. (Agência Estado)


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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Já era esperada esta estratégia dos aliados de Cunha. O relator deu uma bobeada ao preparar o parecer antes de haver defesa. E o presidente do Conselho de Ética não entende nada e diz que não cabe defesa para admissibilidade. O resultado é a confusão, que só interessa a Cunha, para ganhar tempo. (C.N.)

Denúncia da Zelotes está no forno




A força-tarefa do MPF está trabalhando em regime de plantão para apresentar até a próxima semana denúncia da Operação Zelotes contra os envolvidos na venda de MPs que beneficiaram o grupo Caoa.

Estão no alvo dos procuradores os lobistas APS e Mauro Marcondes, que negociam a assinatura de delações premiadas. O objetivo do MPF é chegar a Luís Cláudio Lula da Silva.


Luleco até hoje não conseguiu explicar de forma convincente os R$ 2,5 milhões recebidos de Marcondes por "serviços de consultoria".

O Congo é aqui


O Antagonista, ontem, tratou do contrato milionário da Pepper Interativa com a filial da Asperbras no Congo, empresa que pertence a José Roberto Colnaghi, financiador de Antonio Palocci.


A filial da Asperbras no Congo é bastante modesta, mas as imagens que seus funcionários publicam no Facebook têm uma certa poesia:


Asperbras trabalha em espécie

The New York Times detona a Globo: "TV que ilude o Brasil"


Redação Pragmatismo


The New York Times faz crítica-denúncia à Rede Globo: "TV irrealidade que ilude o Brasil"

Globo New York Times
A jornalista Vanessa Barbara apresentou uma dura crítica à Rede Globo em sua coluna no The New York Times na última semana.


No artigo traduzido e veiculado no Brasil pelo UOL, a também colunista do Estadão e editora do site literário “A Hortaliça”, analisou um dia de programações da emissora e descreveu o ato de assistir ao canal como “se acostumar a chavões e fórmulas cansadas”.


As críticas vão dos telejornais aos talk shows e novelas.

Veja o texto na íntegra:

No ano passado, a revista “The Economist” publicou um artigo sobre a Rede Globo, a maior emissora do Brasil. Ela relatou que “91 milhões de pessoas, pouco menos da metade da população, a assistem todo dia: o tipo de audiência que, nos Estados Unidos, só se tem uma vez por ano, e apenas para a emissora detentora dos direitos naquele ano de transmitir a partida do Super Bowl, a final do futebol americano”.


Esse número pode parecer exagerado, mas basta andar por uma quadra para que pareça conservador. Em todo lugar aonde vou há um televisor ligado, geralmente na Globo, e todo mundo a está assistindo hipnoticamente.



Sem causar surpresa, um estudo de 2011 apoiado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que o percentual de lares com um aparelho de televisão em 2011 (96,9) era maior do que o percentual de lares com um refrigerador (95,8) e que 64% tinham mais de um televisor.


Outros pesquisadores relataram que os brasileiros assistem em média quatro horas e 31 minutos de TV por dia útil, e quatro horas e 14 minutos nos fins de semana; 73% assistem TV todo dia e apenas 4% nunca assistem televisão regularmente (eu sou uma destes últimos).


Entre eles, a Globo é ubíqua. Apesar de sua audiência estar em declínio há décadas, sua fatia ainda é de cerca de 34%. Sua concorrente mais próxima, a Record, tem 15%.



Assim, o que essa presença onipenetrante significa? Em um país onde a educação deixa a desejar (a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico classificou o Brasil recentemente em 60º lugar entre 76 países em desempenho médio nos testes internacionais de avaliação de estudantes), implica que um conjunto de valores e pontos de vista sociais é amplamente compartilhado.


Além disso, por ser a maior empresa de mídia da América Latina, a Globo pode exercer influência considerável sobre nossa política.



Um exemplo: há dois anos, em um leve pedido de desculpas, o grupo Globo confessou ter apoiado a ditadura militar do Brasil entre 1964 e 1985. “À luz da História, contudo”, o grupo disse, “não há por que não reconhecer, hoje, explicitamente, que o apoio foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editoriais do período que decorreram desse desacerto original”.


Com esses riscos em mente, e em nome do bom jornalismo, eu assisti a um dia inteiro de programação da Globo em uma terça-feira recente, para ver o que podia aprender sobre os valores e ideias que ela promove.


A primeira coisa que a maioria das pessoas assiste toda manhã é o noticiário local, depois o noticiário nacional. A partir desses, é possível inferir que não há nada mais importante na vida do que o clima e o trânsito. 


O fato de nossa presidente, Dilma Rousseff, enfrentar um sério risco de impeachment e que seu principal oponente político, Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, está sendo investigado por receber propina, recebe menos tempo no ar do que os detalhes dos congestionamentos. Esses boletins são atualizados pelo menos seis vezes por dia, com os âncoras conversando amigavelmente, como tias velhas na hora do chá, sobre o calor ou a chuva.


A partir dos talk shows matinais e outros programas, eu aprendi que o segredo da vida é ser famoso, rico, vagamente religioso e “do bem”.



Todo mundo no ar ama todo mundo e sorri o tempo todo. Histórias maravilhosas foram contadas de pessoas com deficiência que tiveram a força de vontade para serem bem-sucedidas em seus empregos. Especialistas e celebridades discutiam isso e outros assuntos com notável superficialidade.



Eu decidi pular os programas da tarde –a maioria reprises de novelas e filmes de Hollywood– e ir direto ao noticiário do horário nobre.


Há dez anos, um âncora da Globo, William Bonner, comparou o telespectador médio do noticiário “Jornal Nacional” a Homer Simpson –incapaz de entender notícias complexas.



Pelo que vi, esse padrão ainda se aplica. Um segmento sobre a escassez de água em São Paulo, por exemplo, foi destacado por um repórter, presente no jardim zoológico local, que disse ironicamente “É possível ver a expressão preocupada do leão com a crise da água”.



Assistir à Globo significa se acostumar a chavões e fórmulas cansadas: muitos textos de notícias incluem pequenos trocadilhos no final ou uma futilidade dita por um transeunte. “Dunga disse que gosta de sorrir”, disse um repórter sobre o técnico da seleção brasileira. 



Com frequência, alguns poucos segundos são dedicados a notícias perturbadoras, como a revelação de que São Paulo manteria dados operacionais sobre a gestão de águas do Estado em segredo por 25 anos, enquanto minutos inteiros são gastos em assuntos como “o resgate de um homem que se afogava causa espanto e surpresa em uma pequena cidade”.



O restante da noite foi preenchido com novelas, a partir das quais se pode aprender que as mulheres sempre usam maquiagem pesada, brincos enormes, unhas esmaltadas, saias justas, salto alto e cabelo liso. (Com base nisso, acho que não sou uma mulher.)


As personagens femininas são boas ou ruins, mas unanimemente magras. Elas lutam umas com as outras pelos homens. Seu propósito supremo na vida é vestir um vestido de noiva, dar à luz a um bebê loiro ou aparecer na televisão, ou todas as opções anteriores. Pessoas normais têm mordomos em suas casas, que são visitadas por encanadores atraentes que seduzem donas de casa entediadas.


Duas das três atuais novelas falam sobre favelas, mas há pouca semelhança com a realidade. Politicamente, elas têm uma inclinação conservadora. “A Regra do Jogo”, por exemplo, tem um personagem que, em um episódio, alega ser um advogado de direitos humanos que trabalha para a Anistia Internacional visando contrabandear para dentro dos presídios materiais para fabricação de bombas para os presos. A organização de defesa se queixou publicamente disso, acusando a Globo de tentar difamar os trabalhadores de direitos humanos por todo o Brasil.



Apesar do nível técnico elevado da produção, as novelas foram dolorosas de assistir, com suas altas doses de preconceito, melodrama, diálogo ruim e clichês.


Mas elas tiveram seu efeito. Ao final do dia, eu me senti menos preocupada com a crise da água ou com a possibilidade de outro golpe militar –assim como o leão apático e as mulheres vazias das novelas.