Depois
da porcaria com o inconstitucional Decreto 8515, a Comandanta em chefa das
Forças Armadas, Dilma Rousseff, pediu ao Ministro da Defesa, Jaques Wagner, que
baixe uma "portaria" devolvendo aos titulares do Exército, Marinha e
Aeronáutica as atribuições burocráticas que haviam sido retiradas, sem consulta
a nenhum deles.
O três comandantes terão nesta quarta-feira uma tensa reunião
com o ministro para comunicar a insatisfação com a decretação do que os
militares classificaram de "inaceitável".
Os Oficiais-Generais se
sentem traídos - o que gerou uma crise militar para se juntar às crises
política, econômica e moral...
Nos
bastidores, os chefes militares vão sugerir ao ministro Wagner que Eva Maria
Cella Dal Chavion (ligadíssima umbilicalmente a movimentos sociais fora da lei,
com o MST) seja exonerada do cargo de Secretária-Geral do Ministério da Defesa.
Os Generais a responsabilizam diretamente pela edição súbita do Decreto 8515,
sem que ninguém da área militar fosse oficialmente avisado. Chavion também não
avisou ao superior Wagner e nem ao ministro-chefe da Casa Civil, Aloísio
Mercadante, que é filho do linha-dura General Oswaldo Muniz Oliva (um quatro
estrelas já reformado).
O texto do Decreto dormitava há três anos na "burrocracia"
do Palácio do Planalto, depois de elaborado por um Grupo de Trabalho criado em
2013 para compatibilizar e consolidar a legislação militar com a criação do
Ministério da Defesa, obra da Era FHC.
O
chefe do Estado-Maior conjunto das Forças Armadas, General José Carlos De
Nardi, o Comandante do Exército, General Eduardo Villas Boas, o Comandante da
Marinha, Almirante Eduardo Bacellar Ferreira, e o Comandante da Aeronáutica,
Brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, junto com o General José Elito, ministro-chefe
do Gabinete de Segurança Institucional, pedirão ao Ministro Jaques Wagner que
negocie com a Presidenta Dilma a revogação do Decreto 8515.
Como já se sabe que
Dilma não é de recuar das besteiras que comete, os chefes militares têm um
plano B. Os presidentes dos Clubes (Militar, Naval e Aeronáutica) já se
articulam para questionar, no Supremo Tribunal Federal, a evidente inconstitucionalidade
da canetada de Dilma, às vésperas do 7 de setembro em que a impopular
Presidenta precisou mandar erguer um muro de chapa de aço para separá-la dos
protestos durante o desfile das tropas, em Brasília.
Ontem,
no Congresso Nacional, os Comandantes Militares ouviram o deputado-capitão Jair
Bolsonaro (PP-RJ) explicar, com todas as letras, o que está realmente por trás
do Decreto 8515:
"Esse decreto atende a um dos objetivos da Comissão
Nacional da Verdade, de mudar a escola militar e os centros de formação. Com
essa desfaçatez, a presidente muda nossos regulamentos e currículos. Espero que
esse decreto seja sustado. A senhora Presidente da República, chefa suprema das
Forças Armadas, não pode continuar se metendo no que está dando certo. Basta o
que dá errado no seu governo".
O
Decreto 8515 de Dilma revogou dois outros: um de 1998, de Fernando
Henrique
Cardoso (PSDB), que concede aos três comandantes todos esses poderes que
teriam
sido revogados no texto de Dilma da semana passada; e outro de 1968, de
Costa e Silva, que delegava aos comandantes militares a aprovação dos
regulamentos das
escolas e dos centros de formação e aperfeiçoamento militares.
Além
disso, o
decreto prevê que cabe agora ao ministro da Defesa atribuições como a
reforma
de oficiais, a transferência de militares para a reserva remunerada e
até a
escolha de capelões militares.
Ligadíssimo
aos militares, o advogado Antônio José Ribas Paiva, que já tinha denunciado a
inconstitucionalidade do Decreto 8515, fez uma ironia com o ato falho de Dilma
Rousseff: "O Lula tem razão. Quem manda no Ministério da Defesa é a
Secretária Maria Cella, mulher do Chicão, subcomandante do MST. Eis o tal
exército do Stédile, que o Lula havia invocado". Ribas Paiva foi além:
"Mulher
de terrorista trabalhar no Ministério da Defesa atenta contra a segurança
nacional. Ela não poderia sequer entrar no prédio".
A enfermeira Eva Maria Cella Dal Chiavon está na
berlinda. Se Dilma não cortar a cabeça dela com uma exoneração, com certeza,
vai alimentar a crise militar que faltava para sua derrubada final, por
incompetência, impopularidade e muita ilegalidade à frente da Presidência da
República.
Se Dilma tirar Maria Cella, vai comprar uma briga gigantesca com os
aliados da Comissão Nacional da Verdade e com os radicalóides dos ditos "movimentos
sociais" - doidos para ter um pretexto para abandonar, de vez, o PTitanic,
partindo para a desejada "ruptura" do processo político, rumo àquela
sonhada "revolução socialista", nos mais imbecil modelo bolivariano.
Caberá a Dilma escolher se prefere abreviar sua
saída antecipada, mais que prevista pelo agravamento de tantas crises geradas
pela incapacidade dela e da petelândia... A Ditadura nazicomunopetralha precisa acabar, de fato e de direito...
Diferença
dos 7 de setembros
Vingança
O deputado
federal Heráclito Fortes (PSB-PI) mandou chumbo indireto na Eva Maria Chavion:
"Não
acredito que esse decreto seja coisa do Jacques Wagner. Mas de alguém com sanha
de vingança".
Fábrica de crises
O deputado major Olímpio (PDT-SP) foi na tese do "momento crítico":
"Nesse momento
que estamos com uma crise econômica e política, desencadear uma crise militar é
extremamente desnecessário. Não houve o respeito do próprio ministro conversar
com seus comandados, não foi dado conhecimento da edição do decreto. O governo
já tem todas as crises do mundo. Só falta arrumar uma crise militar que gere
questionamento interno nas Forças Armadas em relação à condição e obediência
constitucional ao governo federal".
O
senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) segui a mesma linha de raciocínio:
"Qual a intenção de criar uma instabilidade com essa ingerência nas Forças
Armadas na calada da noite?. É incrível essa capacidade que Dilma tem de criar
crise por decreto É preciso rever essa medida e abrir diálogo com os militares
imediatamente".
Aparelhamento
Inconstitucional
O
deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) também abraça a tese da inconstitucionalidade
do Decreto 8515, advertindo sobre as práticas terríveis do PT:
"O
decreto preocupa porque nós sabemos quem está governando o país e sabemos qual
a prática do PT. O PT não tem o menor escrúpulo em aparelhar instituições ou
estruturas públicas. Nós corremos o risco de ver as Forças Armadas pela
primeira vez na história ser objeto de influência político-partidária. Alguém
para ser promovido a coronel vai ter que beijar a mão de um dirigente do
PT".
Domingos
Sávio ressalva que, apesar de a Constituição garantir que as Forças Armadas são
subordinadas à "autoridade suprema da Presidente da República",
eventuais mudanças na organização das três forças só podem ser feitas por lei
complementar.
O parlamentar lembra que os projetos de lei complementar exigem quórum
diferenciado para aprovação no Congresso - 257 votos na Câmara dos Deputados e
41 votos no Senado.
Pixuleco
oficial do PT
Políbio
Braga revelou que o PT teria ordenado a confecção de orçamento para a produção
de 27 versões "amigáveis" do Pixuleco, todas com 12 metros de altura.
A
versão petista traria Lula com terno preto e faixa presidencial, mais a
inscrição Lula 2018.
O novo Pixuleco seria usado "a favor", em campanha eleitoral
antecipada.