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Como em Londres em 2009, policiais estão trocando nomes nas fardas por código alfanumérico
A prática mais recente e polêmica começou a ser implantada há cerca de dois meses. A habitual tarjeta de identificação, com a patente e um dos nomes do policial, está sendo substituída por um código alfanumérico de dez dígitos para os agentes que atuam em protestos.
Tática conhecida como “kettling” foi usada em 2º ato contra a Copa
Epitácio Pessoa/22.02.2014/Estadão Conteúdo
A corporação alega que a medida evita que os policiais sejam alvo de ofensas direcionadas e represálias, mas a mudança foi recebida com críticas por movimentos sociais. Para André Zanardo, do grupo Advogados Ativistas, a omissão dos nomes vai prejudicar as denúncias de abuso policial.
— A tarjeta foi feita para dificultar a identificação dos policiais. No caso do [Batalhão de] Choque, a cor da farda e do código é muito parecida. Tudo isso é proposital, para que eles possam fazer o que quiser sem ser investigados depois.
[a dúvida é: quem merece mais repúdio? os bandidos que cometem os atos criminosos ou os que ficam a postos para defendê-los e livrá-los da punição por seus crimes?
Sinceramente, é preferível um confronto frente a frente com membros do PCC ou seus aliados do 'black blocs' a serviço do Foro de São Paulo - em que se sabe o que esperar deles - do quem um confronto com esses protetores de bandidos chamados 'advogados ativistas'.]
A observação faz eco às reclamações de manifestantes que atuaram em Londres contra uma reunião do G20, em 2009. Diversos ativistas disseram ter sido agredidos por agentes que nunca foram identificados. Policiais admitiram terem tirado, inclusive, o código numérico da farda durante os atos.
Outras “importações”
No segundo ato contra a realização do Mundial, no dia 22 de fevereiro, algumas das estratégias importadas começaram a ser postas em prática.
Um grupo de manifestantes foi impedido de sair de um círculo formado por policiais com escudos, na avenida Paulista, tática conhecida como “kettling”. Mais de 200 pessoas foram levadas à delegacia, a maior parte delas por ter ficado dentro do círculo, inclusive jornalistas.
Casacos de frio também dificultam
identificação de policiais. Na foto, tenente-coronel José Eduardo
Bexiga usa jaqueta durante ato
Do R7
A prática foi usada pela primeira vez na Alemanha na década de 80, para conter manifestantes contrários à construção de usinas nucleares: o Caldeirão de Hamburgo, ou “kettling”.
Junto com essa tática, foi levada para a rua também a Tropa Ninja ou Tropa do Braço: um grupo de aproximadamente cem policiais militares que praticam artes marciais, principalmente jiu-jítsu.
Desarmados, eles entram em ação para conter, com força física, pessoas que julgam estar exaltadas no meio do protesto.
[esse tais 'advogados ativistas' precisam entender de uma vez por todas que protestos, baderna, manifestações e outras ilegalidades que atrapalhem o direito constitucional do cidadão IR e VIR devem ser reprimidas com rigor.
Reclamam até da polícia enviar para reprimir vândalos policiais desarmados - são contra policiais armados porque podem eliminar algum dos vândalos com um disparo involuntário e são contra os policiais desarmados porque estes podem encher de porrada os baderneiros.
Os tais advogados ativistas fiquem cientes que nos EE.UU, país sempre citado como modelo de direitos humanos, no começo do protesto a polícia até conversa, mas na hora de dissolver a baderna eles agem sem pena.
Os ingleses, tão conhecidos por grande parte do efetivo policial não usar armas, quando o negócio é para valer, agem com energia e matam mesmo - aquele caso do brasileiro, salvo engano o Jean Menezes, é um exemplo eloquente de que na hora da verdade a polícia não pode vacilar, se acovardar ou recuar.
Tem também aquele caso na Austrália em que um brasileiro achou que estava no Brasil, tentou reagir a uma ação policial legitima e foi morto.]
O uso de artes marciais na polícia foi desenvolvido pelo inglês William Ewart Fairbairn, na China, antes da 2ª Guerra Mundial. As técnicas de enfrentamento sem armas foram levadas para a Inglaterra e, posteriormente, para outros países.
No Brasil, o grupo Advogados Ativistas teme que o uso da força física possa ser desproporcional, segundo Igor Leone. — Um policial chamado para fazer parte dessa Tropa do Braço, ele já entende que está sendo convocado para descer a porrada em alguém. Não é tropa da conversa, ou tropa manifestação.
[regra principal a ser considerada no controle de uma manifestação que nada mais é do que um DISTÚRBIO CIVIL: a Polícia, NÃO PODE E NEM DEVE, entrar para conversar e sim para descer a porrada mesmo. Nos bons tempos, era fácil limpar uma área pública da 'sujeira' representada pelos manifestantes.
Hoje, a Polícia perde um tempo enorme com conversar, sendo provocada. Naqueles tempos a chegada da polícia na esquina, já era suficiente para começar a limpeza da área, com muitos dos integrantes da 'sujeira' disfarçando e caindo fora.]
Polícia Militar
Em nota, o CPCopa (Comando de Policiamento da Copa) afirmou que “o intercâmbio com outras polícias de todo o mundo é permanente, sempre com o objeto de compartilhar as melhores práticas”. A corporação ainda diz que as estratégias citadas pela reportagem “nada têm a ver com a Copa do Mundo, mas sim com um processo natural de aperfeiçoamento técnico-operacional”.
Fonte: R 7