Mídia sem Máscara
Escrito por José Maria e Silva
| 04 Junho 2014
Artigos -
Governo do PT
Apesar de já
exercer um grande controle ideológico sobre o conteúdo dos meios de
comunicação, a esquerda quer asfixiá-los economicamente, consolidando o
sonhado controle totalitário da imprensa.
Se
a presidente Dilma Rousseff for reeleita, a imprensa brasileira corre
um grande risco de passar pelo que estão passando os veículos de
comunicação da Venezuela e da Argentina.
A
censura aos meios de comunicação – disfarçada com o eufemismo de
“controle social da mídia” – volta a rondar o País. Segundo reportagem
da “Folha de S. Paulo”, publicada na quarta-feira, 28, a presidente
Dilma Rousseff, caso reeleita para um segundo mandato, pretende propor a
regulação econômica dos meios de comunicação, encampando parcialmente a
proposta original do Partido dos Trabalhadores que, historicamente, é
defensor do controle total da mídia e, desde o primeiro governo de Luiz
Inácio Lula da Silva, tentou pôr em prática esse ideal
marxista-leninista, que caracteriza todos os governos socialistas da
história – amigos de primeira hora da imprensa quando estão na oposição e
seus mais figadais inimigos quando assumem o poder.
É
certo que nenhum governo – socialista ou liberal, de direita ou de
esquerda – gosta de imprensa livre e se pudesse calaria todas as
críticas ao poder, transformando os veículos de comunicação em meras
assessorias dos palácios. Mas há uma diferença substancial entre a
pressão sobre a imprensa exercida por um governo que se deixa guiar
pelas regras do capitalismo e outro que atende à ideologia socialista.
No sistema capitalista, mesmo em ditaduras, o governo central costuma
exercer pressões pontuais contra os meios de comunicação, censurando um
ou outro assunto que não é de seu interesse. Já num regime socialista, a
pressão é total e o controle dos meios de comunicação se dá nos mínimos
detalhes, asfixiando completamente a liberdade de expressão, que passa a
ser monopólio do partido que está no poder.
No
Brasil, a esquerda já esteve prestes a exercer esse poder totalitário
sobre a imprensa, antes mesmo de Franklin Martins, o então ministro da
Comunicação Social de Lula, propor o controle dos meios de comunicação. O
que salvou o Brasil de não ter uma espécie de versão midiática e
múltipla da Santíssima Trindade, com as “Folhas”, os “Globos”, os
“Estadãos”, os “Zero Horas” e os “Populares” constituindo um só
“Granma”, foi, sem dúvida, o advento da internet, que abriu espaço para o
pensamento liberal e de direita absolutamente alijado dos veículos de
comunicação tradicionais. Somente depois que pensadores de direita
começaram a fazer tremendo sucesso na internet, como é o caso notório do
filósofo Olavo de Carvalho, foi que a imprensa sentiu a necessidade
de abrir espaço para alguns deles, ainda que na condição de mero
contraponto ao esquerdismo do noticiário em geral.
Talvez
seja por isso que Dilma Rousseff, segundo acredita ingenuamente a
“Folha de S. Paulo” (ou finge acreditar), não pensa em controlar o
conteúdo dos meios de comunicação. Na prática, o conteúdo já está
controlado há muito. Eu não preciso assistir ao oligofrênico noticiário
de televisão para saber que o “Jornal Nacional”, por exemplo, parece
ser editado pelos espíritos de Michel Foucault, no campo dos
costumes,
saúde e segurança pública, e de Paulo Freire, no campo da educação.
Prova disso é que a única voz do noticiário em horário nobre da
televisão que tentou destoar desse pensamento marxista pós-moderno – a
jornalista Rachel Sheherazade – foi sistematicamente perseguida pelas
patrulhas de esquerda até se tornar, provavelmente, a primeira
bonequinha de luxo em forma de âncora da TV mundial.
Controle da mídia já existe
Um
exemplo desse controle que a esquerda exerce no imaginário dos
jornalistas pode ser encontrado na própria matéria da “Folha de S.
Paulo” que trata do controle social da mídia. Eis como se inicia a
reportagem assinada pelos jornalistas Valdo Cruz e Andreia Sadi: “A
presidente Dilma Rousseff continua contra a adoção de algum tipo de
controle de conteúdo da imprensa, como defendem lideranças do PT, mas já
cedeu em parte a seu partido e vai encampar, num eventual segundo
mandato, a proposta de regulação econômica da mídia”.
Ora,
desde quando a “Folha de S. Paulo”, com seu estilo telegráfico e
direto, em que cada frase constitui um parágrafo, subverte as normas de
redação jornalística que ela própria defende e inicia uma matéria com
uma oração assessória tomando o lugar do assunto principal? O normal
seria a matéria ter começado assim: “A presidente Dilma Rousseff já
cedeu em parte a seu partido e vai encampar, num eventual segundo
mandato, a proposta de regulação econômica da mídia”.
Só
depois de feito esse dever de casa do bom repórter da “Folha”, que
segundo o Manual de Redação do jornal deve ser sempre direto, aí, sim,
os jornalistas que assinam a matéria poderiam acrescentar a informação
secundária de que Dilma Rousseff continua contra o controle de conteúdo
da mídia proposto pelo PT. Mesmo assim, jamais deveriam afirmar isso com
tanta certeza como fizeram os repórteres, pois repórter, como o nome
diz, reporta o que vê e ninguém vê o que vai por dentro de uma pessoa a
ponto de saber, com toda certeza, se ela é contra algo ou não. O correto
seria apenas relatar a posição de Dilma a partir de uma visão externa,
que é a perspectiva do repórter, e não afirmá-la com absoluta certeza a
partir de uma visão onisciente que lhe entra cabeça adentro, como se o
repórter fosse Deus ou ficcionista.
Ou
seja, os repórteres da “Folha”, se agissem com a devida imparcialidade,
jamais poderiam afirmar que “a presidente Dilma Rousseff continua
contra a adoção de algum tipo de controle de conteúdo da imprensa” e,
sim, que “a presidente Dilma afirmou que continua contra” ou que uma
determinada fonte fez essa afirmação a respeito dela. Muito
provavelmente, os dois repórteres da “Folha” agiriam assim se estivessem
noticiando um fato relativo aos tucanos José Serra ou Fernando Henrique
Cardoso: primeiro, o destaque para o fato novo, que impacta o leitor,
mesmo que ele seja negativo para o protagonista da reportagem, como é de
praxe no jornalismo; só depois a informação secundária, que pode
atenuar a afirmação anterior e ser favorável ao entrevistado, mas não
tem o mesmo impacto da novidade e não merece o mesmo destaque. Afinal,
qualquer aluno de jornalismo sabe que, entre um “Fulano continua assim
ou assado” e um “Fulano fará isso”, a notícia, obviamente, é a ação e
não o estado que já existia antes.
Outro
exemplo ainda mais sintomático do controle de conteúdo que a esquerda
já exerce nos meios de comunicação brasileiros pode ser encontrado na
mesma edição da “Folha de S. Paulo”, numa entrevista com o cientista
político russo Aleksandr Dugin, de 52 anos, professor da Universidade
Estatal de Moscou. O repórter Guilherme Celestino, que entrevistou
Dugin, inicia a entrevista com a seguinte pergunta: “Os brasileiros não
conhecem o senhor, poderia falar um pouco sobre sua carreira e teoria?”
Ao tratar Aleksander Dugin como absoluto desconhecido no Brasil, o
repórter se esquece de que o cientista político russo protagonizou um
longo debate com o filósofo Olavo de Carvalho na internet, de março a
julho de 2011, fartamente compartilhado e comentado nas redes sociais,
que resultou no livro “Os EUA e a Nova Ordem Mundial” (Vide Editorial,
2012, 240 páginas), cuja versão eletrônica se encontra entre os 100
livros mais vendidos da Amazon na área de política, ocupando atualmente
a 31ª posição.
Como
foi Olavo de Carvalho quem apresentou Dugin ao público brasileiro, em
artigo publicado no jornal “O Globo”, em 26 de abril de 2003, portanto,
há 11 anos, a impressão que fica é que, no Brasil, um pensador só passa a
existir se for descoberto por um intelectual de esquerda. O fato de
Dugin ter outro livro publicado em português – “A Grande Guerra dos
Continentes” – também não foi levado em conta pelo repórter. É certo que
esse livro foi lançado por uma editora alternativa, a Antagonista, que
parece ter encerrado suas atividades no início de 2012, mas a obra
continua no catálogo da Vide Editorial e também pode ser encontrada em
versão eletrônica na Amazon. Tudo bem que a maioria dos brasileiros não
lê livros de ciência política e jamais ouviu falar de Dugin, mas, quando
um jornal apresenta um pensador, evidentemente não está pensando nas
massas, caso contrário não seria apenas Aleksandr Dugin o desconhecido –
o jornalista Clóvis Rossi, que integra a nobreza editorial da “Folha”,
também não existe para a esmagadora maioria dos brasileiros, que não tem
o hábito de consumir artigos políticos, a não ser que venham embalados
pela retórica midiática de um Arnaldo Jabor.
Fingimento editorial na imprensa
Esses
dois casos pinçados da “Folha de S. Paulo” estão longe de ser uma
exceção. Em todo o resto da imprensa, a regra é a mesma – o pensamento
de esquerda é dominante e o que não é de esquerda entra apenas como
contraponto, numa espécie de fingimento editorial, espécie de faz de
conta de que existe pluralidade ideológica nos veículos de comunicação. E
se não fosse a força da internet, que fez surgir uma espécie de direita
virtual no País, nem esse contraponto ideológico existiria e a parte de
opinião da grande imprensa seria fatiada apenas entre articulistas como
Luís Fernando Veríssimo, Vladimir Safatle, Leonardo Sakamoto ou
Eliane Brum. O controle ideológico da esquerda é tão forte que nem mesmo
alguns críticos do governo petista escapam dele. A jornalista Miriam
Leitão é um exemplo. Em que pese não poupar críticas a determinadas
decisões econômicas do governo federal, sendo execrada por isso nas
hostes petistas, ela costuma, em questões de comportamento, alinhar-se
com o ideário de esquerda, fazendo, por exemplo, uma irracional defesa
das cotas raciais esboçadas pelo tucanato e impostas pelo petismo.
Todavia,
o controle de esquerda sobre a mídia brasileira beira a censura é no
noticiário geral, fora da sessão de opinião dos jornais. Pouco adianta
uma “Veja” ter Reinaldo Azevedo ou Rodrigo Constantino, uma “Folha” ter
Luiz Felipe Pondé ou João Pereira Coutinho, uma “Época” e um “Globo”
terem Guilherme Fiúza ou um “Estadão” ter Denis Rosenfield, se fora de
suas respectivas editorias de opinião, em praticamente todo o noticiário
dessas publicações, predomina a ideologia esquerdista. Diariamente, o
público que lê jornal, ouve rádio ou vê televisão é submetido ao
pensamento único de esquerda de forma imperceptível – geralmente por
meio de especialistas oriundos das universidades, que supostamente falam
com neutralidade sobre o assunto em questão, mas quase sempre não
passam de ideólogos disfarçados de cientistas.
Todo
o noticiário sério sobre segurança pública, por exemplo, é contaminado
pelo pensamento do filósofo Michel Foucault, onipresente no discurso dos
especialistas, que glorificam o banditismo, a pretexto de defender os
direitos humanos, e espezinham as forças policiais, acusando-as até de
crimes que não cometeram. O cientista político uspiano Paulo Sérgio
Pinheiro, por exemplo, ao criticar os que pediam justiça no caso do
menino João Hélio, arrastado e morto por assaltantes nas ruas do Rio de
Janeiro em fevereiro de 2007, perpetrou a seguinte frase: “Nas semanas
após o crime bárbaro, muitas chacinas, algumas balas perdidas de
revólver de policiais acertam casualmente uma moradora no gueto. Mal são
notadas: compaixão e clamor só para vítimas de fora dos guetos”. A
vítima “fora dos guetos” a que ele se refere, como se lamentasse a
comoção pública que uma vítima suscita, era justamente o menino João
Hélio, uma inocente criança de apenas 6 anos, tratado pelos bandidos
como “boneco de Judas”, após ficar enganchado no cinto de segurança do
carro roubado e ser arrastado pela distância de sete quilômetros,
enquanto seu corpo ia se desfazendo pelo caminho.
Panfleto ideológico travestido de notícia
Esse
artigo de Paulo Sérgio Pinheiro, escrito em parceria com Marcelo Daher,
integrante do Alto Comissariado da ONU, assim como Pinheiro, foi
publicado na “Folha de S. Paulo” em 10 de abril de 2007, e nele os
autores aproveitam para criticar a polícia, ao dizer que “algumas balas
perdidas de revólver de policiais acertam casualmente uma moradora no
gueto”. Ora, se a bala é reconhecidamente perdida como é que Paulo
Sérgio Pinheiro e seu parceiro de surrealismo podem ter certeza de que
ela partiu do revólver de um policial? Nesta simples frase, destituída
até de bom senso, que dirá do rigor científico que se espera de um
catedrático, Paulo Sérgio Pinheiro, que foi ministro de Direitos Humanos
do governo Fernando Henrique Cardoso, revela todo o seu preconceito
ideológico contra a polícia, oriundo das leituras de Foucault no Núcleo
de Estudos da Violência da USP, fundado por ele em parceria com o
sociólogo Sérgio Adorno.
Mas
a notória parcialidade de Paulo Sérgio Pinheiro, que chega a conspurcar
o cadáver de uma criança com sua esconsa ideologia dos direitos
humanos, não o impede de ser chamado a pontificar nas matérias
noticiosas sobre segurança pública, como se fosse uma autoridade
científica neutra pairando com a verdade dos fatos sobre as paixões dos
parentes de vítimas da criminalidade. No mesmo ano em que não teve
dúvida em atribuir as balas perdidas aos revólveres dos policiais, como
se bandido não atirasse e não errasse o alvo, Paulo Sérgio Pinheiro
criticou o governo do Rio pela política de confronto nas favelas e sua
crítica foi tratada pelo blogueiro Jorge Antonio de Barros, o “repórter
do crime” do jornal “O Globo”, como “tão contundente quanto
autorizada”, pelo fato de Pinheiro ser “um dos fundadores do Núcleo de
Estudos da Violência da USP e um dos pesquisadores mais gabaritados no
assunto”.
Ora,
como sabia Descartes, o primeiro dever de um pesquisador gabaritado,
que busca a verdade, é partir da dúvida, especialmente quando os fatos
não são claros. Mas não é assim que agem os ideólogos travestidos de
cientistas que dão declarações em reportagens de rádio, TV e jornal,
muitas vezes fechando a notícia com a última palavra sobre o assunto
abordado. Essa onipresença dos acadêmicos de esquerda em reportagens
sobre educação, segurança, saúde e cidadania, sempre disfarçados de
cientistas neutros e portadores da verdade, transforma o que deveria ser
uma matéria jornalística, com a devida pluralidade de opiniões, num
panfleto ideológico travestido de notícia. Com isso, o público é
adestrado a pensar como a esquerda sobre a maioria dos assuntos humanos,
mesmo que politicamente abomine o PT. Quantos pastores evangélicos,
sempre que vão criticar a ditatura gay, não fazem questão de deixar
claro que também são contra a "homofobia", sem perceber que aceitar e
usar o absurdo conceito de "homofobia" – que não tem qualquer lastro
científico da forma como é usado – já é ser vítima, sem o saber, da
própria ditadura gay que querem denunciar?
Controle do que já está controlado
Em
síntese, o governo petista quer controlar o que já está controlado.
Inclusive do ponto de vista político. Afinal, qual o grande grupo de
mídia do Brasil que se opõe à ideologia de esquerda? O oligarca José
Sarney, que detém um império de comunicação no Maranhão filiado à Rede
Globo e é aliado de primeira hora de Lula? A própria Rede Globo, cuja
teledramaturgia parece sair das páginas de Michel Foucault, promovendo
toda sorte de devassidão moral defendida pela esquerda, desde a
promiscuidade gay até a liberação das drogas, passando pelo culto sem
limites à juventude, que destrói a autoridade paterna e docente? Os
sindicatos de jornalistas que já são vergonhosamente totalitários,
defendendo todos os atentados à liberdade de expressão que a esquerda
comete ou intenta cometer, como é o caso da censura à jornalista Rachel
Sheherazade, sem contar o silêncio da própria Federação Nacional dos
Jornalistas (Fenaj) diante das prisões de jornalistas em Cuba?
Se
a presidente Dilma Rousseff for reeleita, a imprensa brasileira corre
um grande risco de passar pelo que estão passando os veículos de
comunicação da Venezuela e da Argentina. E não adianta achar – como os
ingênuos tucanos – que o Brasil é institucionalmente mais estável do que
seus vizinhos e que não corre o risco de submergir a uma ditatura
institucional nos moldes do PRI mexicano ou do bolivarianismo de Hugo
Chávez. Se o governo petista quiser quebrar a espinha dorsal dos grandes
veículos de comunicação, ele tem o amparo dos artigos 220 e 221 da
Constituição para agir assim. E não será um Supremo cada vez mais
bolivariano que conseguirá lhe dizer não. O Congresso Nacional pode até
tentar, mas com credibilidade zero, pois estará advogando em causa
própria, já que os oligarcas estaduais, presentes ou bem representados
no Senado e na Câmara, estão entre os maiores donos de concessões de
rádio e TV pelo País afora.
Mas
se o PT não conseguir vencer essa guerra contra os grandes
conglomerados de comunicação, a tendência é que ressuscite o Conselho
Nacional de Jornalistas para atingir a parte mais fraca – os
profissionais de comunicação. E, se isso ocorrer, o que é bem provável,
os Marinhos, os Frias, os Mesquitas, os Sirotskys, os Câmaras, vão lavar
as mãos, sem dúvida alguma. Então, nesse dia, os raros jornalistas de
direita terão de se aposentar, pois a tendência é que o conselho
profissional dos jornalistas – dado o histórico da Fenaj – seja tão
ideológico quanto o Conselho Federal de Psicologia e persiga o
profissional da área que não rezar pela sua cartilha. Essa tragédia
contra a liberdade de expressão e a democracia só será evitada se a
grande imprensa abrir seu noticiário – e não só as páginas de opinião –
para o pensamento de direita, descobrindo e ouvindo intelectuais que não
pensam como o PT também sobre os assuntos do dia a dia. Caso contrário,
a grande imprensa pode até conservar a chave do cofre, mas perderá de
vez a autonomia editorial, tornando-se mero boneco de ventríloquo dos
chefes de quarteirão do pensamento.
Post
scriptum – Jamais me deixei enganar por Joaquim Barbosa. Sua renúncia
precoce e injustificável ao Supremo mostra que eu estava certo em todas
as críticas que fiz ao ministro – o Brasil não nasceu para heróis. E
Barbosa é a maior prova disso. Ainda volto ao assunto.
Publicado no Jornal Opção.
José Maria e Silva é sociólogo e jornalista.