segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Entenda o que é remediação ambiental e sua importância na recuperação de áreas contaminadas



Entenda o que é remediação ambiental e sua importância na recuperação de áreas contaminadas


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A remediação ambiental visa recuperar áreas contaminadas e danosas ao meio ambiente e à saúde pública.

A chamada remediação ambiental consiste em um conjunto de medidas destinadas a recuperar áreas contaminadas. Isso é feito por meio da eliminação das fontes geradoras de poluição, dos riscos à população e pela diminuição do nível de contaminação da água e do solo.
Essas áreas contaminadas são definidas como locais que contêm substâncias potencialmente danosas ao meio ambiente e à saúde pública. Pode ser um terreno, em ambiente natural, ou espaços ocupados por instalações industriais, comerciais, prédios e outras benfeitorias, nos quais há depósitos de materiais contaminantes. Esses resíduos podem estar legalmente armazenados, ser despejados acidentalmente ou até de maneira criminosa.
Os exemplos mais comuns de áreas contaminadas são os lixões e aterros sanitáriosdesativados — que representam diversos riscos ao meio ambiente.

Como é feita a remediação ambiental?

O processo de remediação ambiental é complexo, pois exige um estudo aprofundado sobre as causas e consequências da contaminação, além da definição das medidas mais eficazes para recuperar o local contaminado e de investimentos públicos e/ou privados para concretizar o plano de ações.
A remediação ambiental de áreas contaminadas compreende as seguintes etapas:
  • Avaliação inicial para verificar a suspeita de contaminação, potencial de contaminação ou se a área já está contaminada;
  • Coleta de amostras do solo e água para confirmar se existe contaminação;
  • Investigação mais abrangente para quantificar a contaminação e delimitar o local afetado;
  • Análise de riscos das substâncias químicas ao meio ambiente e à saúde humana;
  • Planejamento de intervenção e das medidas de remediação ambiental;
  • Execução das medidas planejadas para remediar a área contaminada;
  • Monitoramento da área descontaminada para confirmar os resultados das medidas de remediação.

Técnicas de remediação ambiental de áreas contaminadas

As técnicas de remediação ambiental estão organizadas em dois grupos, in situ e ex situ.

Remediação ambiental in situ

As técnicas in situ correspondem às medidas que são executadas na própria área contaminada, o que geralmente é mais econômico e apresenta baixo risco de gerar contaminações secundárias. Exemplos de técnicas in situ de remediação ambiental:
  • Barreira Hidráulica;
  • Barreira Reativa;
  • Biorremediação;
  • Bombeamento;
  • Extração de vapores;
  • Extração Multifásica;
  • Processo Oxidativo.

Remediação ambiental ex situ

As técnicas ex situ são mais onerosas e arriscadas, uma vez que implicam no transporte dos resíduos contaminantes até o local onde serão submetidos a tratamento, antes da destinação final. Além disso, existe o risco de uma contaminação secundária durante o processo de remoção e transporte desses materiais.
Em operações ex situ de remediação de áreas contaminadas, é feita a escavação do local afetado para remover os resíduos tóxicos, que serão transportados para tratamento antes da destinação final.  Na remediação ex situ, os resíduos contaminados seguem para:
  • Aterro sanitário: local destinado à decomposição final de resíduos domésticos, comerciais e industriais;
  • Biopilhas: técnica que reduz a concentração de hidrocarbonetos de petróleo no solo;
  • Dessorção térmica: processo que elimina ou reduz os níveis de contaminação do solo por hidrocarbonetos de petróleo não recicláveis, como a gasolina e o diesel;
  • Coprocessamento: processamento de resíduos sólidos industriais para gerar energia alternativa às indústrias do setor de cimento.

A importância das abelhas para o planeta

A importância das abelhas para o planeta

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A abelha é um inseto parente das formigas, que pertence à ordem Hymenoptera da superfamília Apoidea e subgrupo Anthophila. Destaca-se como a oriunda das espécies do Velho Mundo, a abelha 

 

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Apis Melífera.

Elas vivem em colmeias naturais ou artificiais. Em seu interior, existe uma rainha mãe de todas, abelha adulta e fértil. Entre elas, existem cerca de 15.000 abelhas obreiras, que usam de cera para construir os favos, onde armazenam mel e pólen.
O mel alimenta as larvas e os insetos adultos. Além disso, há o zangão, que existe para fecundar com a rainha, procriando mais e mais abelhas. As abelhas possuem em média, entre 28 a 48 dias de vida, com exceção da rainha, que pode viver até 5 anos.

Sua importância para o ecossistema

As abelhas são essenciais para o planeta e o equilíbrio do ecossistema. Elas polinizam plantações de legumes, grãos e frutas, o que é indispensável, já que através dela cerca de 80% das plantas se reproduzem.
Einstein mesmo dizia, “Se as abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência. Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais, não haverá raça humana”.
Estes insetos afetam a vida humana diariamente sem que ninguém perceba. Dois terços, aproximadamente, de alimentos ingeridos são produzidos pela ajuda da polinização das abelhas.
A polinização é o transporte de pólen de uma flor para outra, de modo que através dela as flores são fecundadas, começando a desenvolver frutos e sementes. Feitas pela água, vento e por muitos animais, como borboletas e beija-flores. A abelha é o animal mais famoso pela capacidade de polinização por ser mais rápido, voando de ziguezague.
Esses pequenos insetos são pequenos no tamanho, mas de uma importância gigante para o planeta. Sem as abelhas, o mel acabaria e junto os produtos agrícolas. Além da produção de animais para consumo, que sofreria grandes perdas, já que os animais são herbívoros.
A vida selvagem em um geral sofreria sem elas, já que a vegetação seria reduzida de modo excessivo, e assim a vida em geral.

Extinção da espécie

Desde 2016, a extinção de tal espécie trouxe consequências graves ao equilíbrio de todo o ecossistema, sendo colocadas na lista de espécies extintas pelo US Fish and Wildlife Service (FWS).
Sem as abelhas, o mel desaparecerá, além de boa parte do que comemos deixará de existir, já que cerca de 2/3 do que consumimos vem direta ou indiretamente de vegetais que precisam ser produzidos.
Além disso, as abelhas têm morrido com a utilização excessiva de pesticidas ou agrotóxicos destinados a matar animais que afetam a agricultura. Da mesma forma, outros produtos químicos utilizados para o crescimento de plantas prejudicam a polinização, colocando em risco o próprio ecossistema.
A arte de criar abelhas e aproveitar seus produtos também é uma ameaça para a espécie. O número de apicultores têm aumentado drasticamente, levando as abelhas a competirem entre si, gerando grandes perdas devido à fome e má nutrição.

Como corrigir o problema?

Há diversas maneiras de impedir a extinção das abelhas, dentre elas estão as implementadas na Espanha, que desenvolve a “super abelhas”. Além de outras que podem ter um custo alto, mas que evitaria o problema da extinção.
Conheça algumas espécies:

Abelha européia ou melífera

A abelha melífera é a famosa listrada de preto com amarelo, e a preferida dos apicultores por ser a melhor produtora de mel.

Abelha sem ferrão

Existem muitas abelhas sem ferrão, mas as principais são a irapuã, jataí e a mirim.

Abelha mamangava

Esta espécie não é usada na extração do mel, mas é muito importante para o cultivo de maracujá.

Já elogiou alguma planta hoje?Efeito de bullying em plantas




Efeito de bullying em plantas


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Experimento com crianças revela que as plantas sentem e que reagem de forma diferente dependendo do que se fala para elas

O experimento foi feito em uma escola, com apoio da IKEA, e mostrou que as plantas “ouvem” nossas palavras. Então, se já viu alguém conversar com elas não se preocupe: a ciência diz que dá resultado.
Dois grupos de crianças foram selecionadas para medirem como as plantas reagem ao bullying, e os resultados são impressionantes!
“Plantas têm sentimentos, assim como pessoas. Então, o que acontece quando você alimenta uma planta com elogios e outra com observações negativas”? Pois bem, veja abaixo o vídeo com o que rolou:

Bullying é ruim para todos os seres vivos

Chamado como um “experimento social para aumentar a conscientização sobre os efeitos do bullying” e realmente é uma lição de como as nossas palavras afetam todos.
Enquanto uma das plantas recebeu palavras negativas, a outra foi elogiada e inundada de mensagens positivas durante 30 dias. As crianças até gravaram mensagens que foram reproduzidas para as plantinhas. E o resultado é bem visível: uma floresce e se mantém saudável e com coloração bem viva. A outra, murcha e amarela, com as folhas caídas e com aparência triste.
Os dois vasos tiveram o mesmo tratamento: foram aguadas, receberam o mesmo tipo de fertilizante e iluminação. A única diferença foi o abuso verbal constante.

Seja consciente

Este é um experimento que realmente mostra os efeitos do abuso verbal. As crianças envolvidas no projeto perceberam que as palavras têm poder e que o bullying não é bom: faz quem recebe as palavras “murchar”. Este é um alerta muito importante para a sociedade, que ainda sofre com inúmeras demonstrações de práticas não muito boas, que só contribuem para que efeitos como os sentidos pela planta aconteçam.
Já elogiou (alguma planta) alguém hoje?

Veja o video

https://youtu.be/Yx6UgfQreYY

As notícias são boas para a população de jaguares selvagens do México.


População de jaguar cresce 20% no México


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As notícias são boas para a população de jaguares selvagens do México. Nos últimos oito anos, sua espécie cresceu consideravelmente 20%, totalizando agora 4.800 animais, segundo estimativas de um novo estudo. Um número considerável já que o número de sua espécie vem diminuindo.

O jaguar é o maior felino das Américas, podendo pesar até 100 quilos. No entanto, os vistos no México não chegam a pesar mais que 60 quilos. Eles são encontrados em 18 países das Américas e 90% ficam na floresta amazônica.
Segundo o vice-presidente da National Jaguar Conservation, Heliot Zarza, a presença de onças-pintadas garante a funcionalidade do ecossistema, controlando a população de herbívoros e indica boa saúde ao ecossistema.
De acordo com a União Internacional para a conservação da natureza, existem cerca de 64 mil onças na natureza, uma espécie “quase ameaçada”. Contudo, no México, há um programa de conservação, que foi lançado em 2005 e supervisionado pelo serviço de parques do México que reforça o crescimento da onça-pintada.
Além disso, em 1º de março deste ano, a onça-pintada recebeu impulso, após 14 países latino-americanos assinarem um acordo nas Nações Unidas, no qual seria implementado um programa para a conservação regional do animal até 2030.

Formada em Jornalismo pela Universidade São Judas. Atuou como social media e redatora em blogs, revista e jornal impresso. Atualmente, é redatora do Grupo Fragmaq (Fragmaq, Dinâmica Ambiental, Horta Mania, Beleza Verde, O Lixo Fala) e Pensamento Verde.

Noronha pode se tornar primeiro distrito zero carbono no país

Noronha pode se tornar primeiro distrito zero carbono no país

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Fernando de Noronha poderá se tornar uma referência nacional em sustentabilidade até 2030, caso se torne o primeiro distrito com carbono zero do Brasil. O plano inicial foi lançado em 2013 através do Programa Noronha Carbono Neutro, com previsão para se cumprir após 5 anos, ou seja, em 2018.

No entanto, o projeto ganhou uma nova data meta: 2030, devido a inúmeras dificuldades encontradas e a crise econômica e financeira no Brasil.
Enquanto isso não acontece, o governo do estado deve procurar empresas que desenvolvam serviços e produtos voltados a economia de baixo carbono para eixos de energia, resíduos, mobilidade, gestão sistêmica, educação, água, urbanismo e solo.
A intenção é neutralizar as emissões de carbono, o que significa compensar todos os lançamentos numa espécie de balança ecológica, já que a emissão de dióxido tem sido a principal causa do aquecimento do planeta via efeito estufa. Se Noronha queima X gases do efeito estufa, deverá compensar neutralizando os outros X presentes na atmosfera.
Além disso, o principal desafio está nas companhias aéreas, com 53% das emissões vindas provenientes das viagens de avião.
Entre as ações realizadas, foi instalado duas plantas solares com capacidade para gerar um megawatt; implantado um projeto-piloto das bicicletas elétricas; a criação de uma plataforma pernambucana para a produção de aviação (BioQva) e uma campanha realizada para uso de combustível verde em voos entre Noronha e Recife.
Segundo Carlos Cavalcanti, a meta é atingir 100% do suprimento da energia de Fernando de Noronha a partir de fontes renováveis como solar, eólica e biomassa.
E ainda estão previstas a instalação de uma terceira Planta Solar com capacidade de gerar 1Mw e a implementação do polo de tecnologias sustentáveis e de baixa emissão de carbono em Noronha.

Precificação do CO2

Organizações não-governamentais e líderes de empresas uniram forças em prol da precificação do carbono no Brasil. Eles se encontraram no Encontro Internacional promovido em São Paulo pelo Conselho Empresarial Brasileiro, Precificação de Carbono, para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), o Instituto Clima e Sociedade (iCS) e a Embaixada da Alemanha no Brasil.
Países como Chile, Colômbia e México já estão cobrando tributos de carbono de setores econômicos, como o energético. Atualmente, 25 subnacionais e 45 governos nacionais, que correspondem a 20% de envio de CO2 para a atmosfera do mundo, usam a precificação como estratégia a fim de diminuir a emissão dos gases de efeito estufa.
No entanto, os tributos sobre as emissões equivalem a uma tonelada de CO2.

Chuva ácida: O que é e suas causas

Chuva ácida: O que é e suas causas

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A chuva ácida é qualquer precipitação que possui a presença de ácido sulfúrico, nítrico e nitroso, que resulta em reações químicas que ocorrem na atmosfera.

As atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis, são as maiores causas da chuva ácida, mas uma pequena parte é causada por fontes naturais, como as substâncias químicas expelidas de vulcões.
Todas as chuvas são ácidas, mesmo em ambientes sem poluição. No entanto, elas se tornam um problema para o meio ambiente quando o seu pH é abaixo de 4,5.
A chuva pode chegar ao solo em forma úmida ou seca, seja em formato de chuva, neve, neblina, granizo ou até mesmo poeira ácida. Mas, apesar do nível de acidez não ser tão elevado, os efeitos negativos da chuva não podem ser subestimados.
Afinal, ela é capaz de afetar a natureza, contribuindo para uma ampla variedade de riscos para a saúde humana.

Quais são as causas da chuva ácida?

A chuva ácida acontece quando o dióxido de enxofre (SO2) e os óxidos de nitrogênio (NOx) são enviados para a atmosfera e transportados pelas correntes de ar. O SO2 e o NOx reagem com água, oxigênio e outros produtos químicos, que formam ácidos sulfúricos e nítricos.
O dióxido de carbono (CO2) já existente no solo torna a chuva levemente ácida, mesmo em condições naturais. O pH natural da água é de 7, e quando está em equilíbrio com o CO2 é 5,6, pouco ácido.
Os óxidos de enxofre (SO2 e SO3) e nitrogênio (N2O, NO e NO2) são os principais componentes da chuva ácida, sendo liberados no solo através de combustíveis fósseis, que ao reagir a gotas de água, formam o ácido sulfúrico (H2SO4) e o ácido nítrico (HNO3).

Efeitos e consequências

A chuva pode ser levada a grandes distâncias na atmosfera, não apenas entre países. Sua deposição pode ser úmida, caindo no solo como chuva, neve, neblina, granito ou seca.
Ao cair no solo, à água flui através do chão, o que ocasiona o desastre para plantas e animais selvagens. Prejudicando no crescimento das árvores, ou até mesmo matando-as.
A chuva ácida dissolve os nutrientes e minerais do solo e causa a liberação de substâncias nocivas no solo, como o alumínio. Além de danificar as camadas protetoras das folhas.

Série Fenômenos Naturais – Bioluminescência nos mares

Série Fenômenos Naturais – Bioluminescência nos mares

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Alguma vez na sua vida, ouviu falar sobre bioluminescência? Um fenômeno que faz com que alguns organismos vivos emitam luz. Parece até uma imagem daqueles filmes do futuro, mas se trata de um evento raro.

Esse fenômeno acontece raramente próximo às praias, sendo visto, normalmente, em alto mar ou perto de embarcações. Mas, se o número de plânctons é grande, também é possível ver as luzes azuis perto da costa.
Quando as ondas batem na areia, o efeito e o brilho são ainda maiores, e por mais que sejam inofensivas aos seres humanos, o exagero das algas não é bom para os peixes, pois o nível de oxigênio da água são diminuídos.
Um exemplo de organismo vivo que passa por este mesmo fenômeno é o vagalume, um inseto que transmite luz. Tal acontecimento acontece em parte dos seres vivos, com exceção dos vertebrados de vida terrestre (como os anfíbios, as aves, os mamíferos e os répteis) e plantas superiores.

Mas, como ocorre esse fenômeno?

A bioluminescência ocorre em variados organismos, como bactérias, fungos, algas, celenterados, moluscos, peixes, e principalmente, no ambiente marinho. Ela é gerada por reações químicas altamente exotérmicas.
No fenômeno acontece uma transformação da energia química em energia luminosa, o que faz com que os seres se iluminem.
Nos insetos, como o vagalume, além de luciferina e luciferase, é preciso ter a presença de ATP (Trifosfato de Adenosina), consumido durante a emissão de luz. Essa é uma reação específica para ATP, não ocorre com outros compostos fodforilados.
Os vagalumes produzem luciferina, que reage com o oxigênio para criar luz, e luciferase, que age como catalisadora da reação, para acelerar. Essa reação é mediada algumas vezes por cofatores, como iões de cálcio ou ATP.
A reação pode ocorrer tanto no interior como no exterior das células, e nas bactérias, a expressão de genes relacionadas a bioluminescência é controlada por um operão, chamado “operão lux”.
O fenômeno chegou em algumas praias, como as: Toyama Bay, no Japão; Ton Sai, na Tailândia; Reethi Beach, nas ilhas Maldivas; Holbox, no México; Mission Bay, em San Diego; Sam Mun Tsai Beach, em Hong Kong e Baía Mosquito, em Porto Rico.

Características da bioluminescência

  • É uma emissão ou forma de “luz fria”;
  • A bioluminescência não-marinha é raramente encontrada;
  • Ela não deve ser confundida com fluorescência, fosforescência ou refração de luz;
  • Por fim, algumas formas só existem à noite.

Descubra como a visão holística pode beneficiar o meio ambiente







Descubra como a visão holística pode beneficiar o meio ambiente


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Na visão holística, o homem é entendido como ser indivisível, que não pode ser compreendido apenas pelas suas partes. Nesta abordagem, o todo é mais do que a simples soma das partes, ele determina o comportamento delas, que interagem umas com as outras de acordo com as leis físicas e biológicas. É nesta coletividade e inter-relação que são construídos conhecimentos, valores, competências e atitudes.

No mundo globalizado, esta percepção é fundamental para o surgimento de uma consciência coletiva, que entenda a importância de orientar atitudes através da ética, responsabilidade e sustentabilidade. Por este motivo, a visão holística tem sido aplicada à educação ambiental, que tem como principal função conscientizar os indivíduos sobre a preservação e utilização sustentável da natureza.
Com essa abordagem é possível mostrar de forma prática o papel do homem inserido na comunidade, e como suas ações interferem e modificam a sociedade. Nesta concepção profundamente ecológica, o indivíduo e a natureza não estão separados. Ao contrário, formam um conjunto impossível de ser desmembrado.
A visão holística começou a ganhar popularidade nos anos 80. A partir deste momento, começa a surgir a ideia de que a sobrevivência da espécie humana requer uma mudança de postura, da inércia para a ação sistêmica, na qual o ser humano busca estabelecer uma nova relação com o meio ambiente.

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Essa mobilização se fez presente em todas as esferas. Nações passaram a se unir na busca de soluções para problemas ambientais, políticas públicas voltadas à preservação ganharam atenção especial, órgãos de fiscalização foram criados, assim como as posturas e atitudes pessoais tornaram-se alvo de campanhas sobre conscientização.
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A importância deste processo em meio às crises que opõem desenvolvimento e meio ambiente deve-se ao fato de que, sob esta ótica, os problemas são avaliados em todas as suas dimensões – sejam elas geográficas, biológicas, políticas, econômicas ou sociais. Portanto, há uma preocupação em buscar soluções “harmoniosas”, avaliando-se os aspectos negativos e positivos de cada solução para encontrar um ponto de equilíbrio, que traga benefícios para a coletividade.

Reducionismo e holismo, artigo de Roberto Naime


Reducionismo e holismo, artigo de Roberto Naime



artigo

[EcoDebate] HOEFLICH (2007) afirma que a teoria de sistemas, holismo e o enfoque holístico, se disseminaram nos mais variados campos do conhecimento e de atividades sociais. Tais abordagens nem sempre carregam um significado preciso, claro e de utilidade.
As duas grandes abordagens daquilo que se denominou como o método científico, ou seja, os procedimentos que vem sendo utilizados pelo homem para adquirir, tratar, organizar e transmitir o conhecimento são a reducionista ou reducionismo e a holística ou holismo, cada uma delas com os seus procedimentos, conceitos e instrumentos específicos, mas ambas com um mesmo objetivo de avanço do conhecimento humano.
Como o reducionismo e o holismo possuem finalidades semelhantes, a compreensão dos fenômenos da natureza e do homem, e estas abordagens são complementares. Tal proposição é evidente, embora ainda possa parecer que haja competição entre holistas e reducionistas e seus processos de aquisição de conhecimento.
O reducionismo adota a premissa de que a natureza pode ser explicada com resultante de fenômenos físicos e químicos. A natureza é entendida como o comportamento dos seres vivos e suas relações com o ambiente, incluindo o comportamento humano. Essas bases conceituais foram inicialmente introduzidas por Galileu e Newton, sendo incorporadas posteriormente na essência do método científico (SARAVIA, 1986).
O entendimento é buscado pela decomposição dos fenômenos e entidades complexas em partes cada vez menores e isoladas, de forma a se adquirir o conhecimento de como são feitas e funcionam (CASTRO et al., 1998). Como estratégia de pesquisa e base para planejamento de experimentos, cujo objetivo seria o entendimento do funcionamento dos componentes de um sistema, o reducionismo tem sido muito mais bem-sucedido, sendo um complemento indispensável para o avanço do conhecimento da natureza.
Nesse caso, o reducionismo complementa o enfoque sistêmico ou holismo, consubstanciado pela Teoria Geral dos Sistemas (BERTALANFFY, 1950) de desenvolvimento recente e cuja aplicação na pesquisa é recente. O reducionismo tem desempenhado papel importante no avanço do conhecimento, em todos os campos do saber.
Associando técnicas experimentais e instrumentos de análise desenvolvidos no âmbito da estatística, forjaram-se poderosos instrumentos que inegavelmente permitiram progressos científicos e tecnológicos notáveis. Porém, o reducionismo não é suficiente para explicar todos os fenômenos, notadamente aqueles que envolvem a atuação concomitante de mais de cada causa, que são multifatoriais e polivariáveis, chamados de “complexos”.
Assim é a natureza e o meio ambiente, por isso se aborda transgênicos deforma diferenciada. Porque um fator pode interferir no outro e fazer emergir nova propriedade como já previa Eugene Odum.
Por isso se reconhece que não faz sentido exercer qualquer condenação prévia e apriorística da biotecnologia ou de qualquer substância química. Mas análises de curto prazo podem estar sendo omissas sobre efeitos multivariados emergentes. O planeta tem 4,5 bilhões de anos e o fator tempo talvez só seja bem apropriado em geologia.
Qualquer inovação tecnológica tem como estimulação, os benefícios que podem ser gerados. Embora possam ter trajetória tão diferenciada quanto são as intenções e predisposições de toda humanidade.
Assim, todos os procedimentos merecem isenção e avaliações em cada caso, e não condenações gerais de qualquer natureza, que respondam a anseios dogmáticos ou políticos. Mas é preciso considerar as multifatorialidades, as novas emergências que resultam destas sobreposições de variáveis e o fator tempo.
Algo que se pode afirmar, com certeza, que não está sendo realizado com transgênicos e agrotóxicos. Isto não é crítica vazia ou apenas por criticar. É exercer o princípio da precaução.
Mesmo que não se apregoe qualquer restrição às evoluções científicas que são representadas por incrementos na transgenia ou por aprimoramentos de moléculas na indústria química, não custa nada exercer o princípio de bom senso da precaução. Tanto em relação a multivariância, quanto em relação a emergência e ao fator tempo.
Procedimentos que podem interferir na seleção natural, são temerários, sem compreender todas as relações implícitas ou explícitas, e não lineares ou cartesianas da homeostase dos ecossistemas.
É um exercício de soberba e financeirização ambiental, na atual fase de conhecimentos da civilização humana, implementar estes incrementos sem considerar os princípios de precaução e sem mobilizar tentativas mais sistêmicas e holísticas de se apropriar da realidade.
A existência de interações entre múltiplos fatores causais têm sido uma das dificuldades enfrentadas pela escola reducionista na busca do conhecimento dos fenômenos.
Por outro lado, há a premissa de que tudo na natureza poderia ser explicado apenas pelas leis físico-químicos sobre no campo da filosofia da ciência. Essa postura tem contribuído para a criação de disciplinas estanques e isoladas, dificultando o relacionamento das áreas de conhecimento.
Tal situação impede que determinados fenômenos mais abrangentes, como os que envolvem conhecimentos de ciências humanas, biológicas e exatas, possam ser compreendidos na sua plenitude. Foi dessa insatisfação com as limitações do reducionismo que nasceu a motivação para o enfoque sistêmico, a aplicação do conceito de sistemas e das suas ferramentas analíticas na ciência.
As leis mecanicistas ou newtonianas do reducionismo não eram consideradas adequadas para explicar as relações entre as entidades sociais e econômicas, ou as complicadas interações de variáveis biológicas. Começaram a surgir novos princípios, que auxiliavam no entendimento das complexas relações e interações da natureza.
Foi um biólogo, o alemão Ludwig von Bertalanffy, quem inicialmente estabeleceu a chamada Teoria Geral dos Sistemas (BERTALANFFY, 1950; 1972) e posteriormente, em diversos artigos e foros científicos, ajudou a consolidar esta nova ferramenta do método científico.
A motivação principal era a busca de novas princípios, que fossem mais aplicáveis ao estudo dos seres vivos, menos contaminadas pela rigidez das leis da física clássica newtoniana, e portanto mais favoráveis ao conhecimento da suas complexas relações e interações. As interfaces entre as ciências sociais, a física e a biologia, que não eram consideradas.
Os campos não físicos do conhecimento não estavam suficientemente cobertos pelos conceitos e ferramentas do reducionismo. A obra genial de Fritjof Capra se apóia em religiões tradicionais e holísticas, quando não recorre à sistematização para argumentar.
Os sistemas são um conjunto de partes inter-relacionadas, com finalidade convergente, explícita ou implícita. Os pressupostos básicos da teoria geral dos sistemas são que existe uma tendência para a integração das várias ciências naturais e sociais e esta integração se orienta em direção à teoria dos sistemas.
Que a teoria dos sistemas pode ser uma maneira mais abrangente de estudar os campos não físicos do conhecimento científico e que ao desenvolver princípios unificadores que transcendam aos universos particulares das diversas ciências, a teoria dos sistemas se aproxima dos objetivos da ciência (BERTALANFFY, 1950).
Referências:
BERTALANFFY, L. von. An outline of general systems theory. British Journal for the Philosophy and Science, Aberdeen, v.1, p. 134-65, 1950.
BERTALANFFY, L. von. General systems theory: a crítical review. In: BEISHON, J.; PETERS, G. H. Systems behavior. London: Open University, 1972.
BROCKINGTON, N. R. Computer modeling in agriculture. Oxford: Clarendon, 1979. 156p.
CASTRO, A. M. G. de; COBBE, R. V.; GOEDERT, W. J. Prospecção de demandas tecnológicas: manual metodológico para o SNPA. Brasília, DF: EMBRAPA-DPD, 1995. 82 p.
CASTRO, A. M. G.; PAEZ, M. L. A.; LIMA, S. M. V.; GOEDERT, W. J.; FREITAS FILHO, A. de; CAMPOS, F. A. de A.; VACONCELOS, J. R. P. Prospecção de demandas tecnologias no Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA). In.: CASTRO, A. M. G.; LIMA, S. M. V.; CAMPOS, F. A DE A; VASCONCELOS, J. R. P. Cadeias produtivas e sistemas naturais: prospecção tecnológica. Brasília, DF: EMBRAPA/DPD, 1998.
JOHNSON, B. B.; MARCOVITCH, J. Uses and applications of technology futures in national development: the Brazilian. Experience. Technological Forecasting and Social Change, New York, v.45, p. 1-30, 1994.
SARAVIA, A. Un enfoque de sistemas para el desarrollo agrícola. San Jose, CR: Editorial IICA, 1986. 265 p.
ZYLBERSZTAJN. D. Políticas agrícolas e comércio mundial: “Agribusiness”: conceito, dimensões e tendências. In: FAGUNDES. H. H. (Org.). Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas. Brasília, DF: IPEA, 1994. (Estudos de Política Agrícola, n. 28).
HOEFLICH, V. A. Agronegócio: enfoque sistêmico na agricultura. In: HOEFLICH, V. A. Cadeia produtiva do negócio florestal. Curitiba: UFPR; Colombo: Embrapa Florestas, 2007. 17. Apostila do Curso de Pós-Graduação em Gestão Florestal.

Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.
Sugestão de leitura: Civilização Instantânea ou Felicidade Efervescente numa Gôndola ou na Tela de um Tablet [EBook Kindle], por Roberto Naime, na Amazon.

in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 11/10/2018
"Reducionismo e holismo, artigo de Roberto Naime," in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 11/10/2018, https://www.ecodebate.com.br/2018/10/11/reducionismo-e-holismo-artigo-de-roberto-naime/.

[CC BY-NC-SA 3.0][ O conteúdo da EcoDebate pode ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, à EcoDebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]