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Apenas sete países no mundo têm qualidade de ar recomendada pela OMS; o Brasil não está entre eles
Bem diferente de lugares como o da foto acima – do Taj Mahal, na Índia -, Austrália, Estônia, Finlândia, Granada, Islândia, Ilhas Maurício e Nova Zelândia são os únicos países do mundo onde a qualidade do ar segue a diretriz recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), ou seja, não excede o limite anual máximo de material particulado fino (PM 2.5) no ar, considerado a forma mais letal de poluição, pois esses poluentes são tão pequenos, que conseguem entrar entrar na corrente sanguínea.
O relatório “World Air Quality” divulgado nesta terça-feira (19/03) pela empresa suíça IQAir traz resultados de 2023. O estudo analisou dados de 30 mil estações de monitoramento da qualidade de ar em quase 8 mil localidades, em 134 países, territórios e regiões do planeta.
Segundo a avaliação, no ano passado, 124 desses lugares, ou seja, 92,5% deles, não atingiram a recomendação estabelecida pela OMS. Incluindo o Brasil.
A Ásia Central e Sul é onde estão localizadas as cidades mais poluídas do mundo. Quatro entre dez delas estão na Índia.
Em 2023, os quatro países que lideram esse triste ranking de pior qualidade do ar são:
1. Bangladesh
2. Paquistão
3. Índia
4. Tajiquistão
5. Burkina Faso
Em Bangladesh, o nível de PM 2.5 foi 15 vezes mais alto do aquele sugerido pela OMS como recomendável. Os especialistas envolvidos na análise revelam, entretanto, que em muitas partes do continente africano, por exemplo, há poucos dados disponíveis. E que no Caribe e na América Latina, os sensores utilizados são de baixo custo, ou seja, podem indicar dados não totalmente confiáveis.
Uma surpresa nesse que foi o 6o relatório divulgado pela IQAir é que pela primeira vez o Canadá apareceu como o país mais poluído da América do Norte e abrigando 13 das cidades com qualidade do ar menos saudável.
A explicação para tal situação está nos incêndios florestais que devastaram o país em 2023. Populações de cidades inteiras precisaram ser evacuadas, milhões de hectares de vegetação foram queimados e a fumaça do fogo chegou até os Estados Unidos (leia mais aqui).
O relatório destaca que, mais uma vez, são as populações mais pobres e vulneráveis que sofrem as consequências de faltas de políticas públicas e a intensificação dos efeitos das mudanças climáticas.
“Um ambiente limpo, saudável e sustentável é um direito humano universal. Em muitas partes do mundo, a falta de dados sobre a qualidade do ar atrasa ações decisivas e perpetua o sofrimento humano desnecessário. Dados sobre a qualidade do ar salvam vidas. Onde a qualidade do ar é relatada, ações são tomadas e a qualidade melhora”, afirma Frank Hammes, CEO Global da IQAir.
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Foto de abertura: Kathleen/Creative Commons/Flickr