Prezados,
Como voces sabem, a ACPW está distribuindo folhetos por todo o Park Way convocando os moradores a participarem de uma manifestação a ser realizada sábado dia 21 , na quadra 14, no local da feirinha.
Transmito, abaixo, para conhecimento de voces, comentários feitos pelo associação Movimento Cidadão Park Way sobre a manifestação em apreço:
MOVIMENTO CIDADÃO PARK WAY, NÚCLEOS RURAIS VARGEM BONITA E CÓRREGO DA ONÇA
“Basta, o Park Way pede Socorro”
A convocação para mobilização dos moradores do Park
Way, agendada para sábado, 21/09/13, aborda temas sensíveis e suscita o medo,
sugerindo que nossa vida corre perigo. Ao se fazer uma leitura mais atenta,
porém, pode-se depreender interesses outros, de minorias e políticos.
I- Segurança pública:
Criar a expectativa de que furtos, assaltos e
sequestros são passíveis de solução pelo aumento do número de efetivo militar
é, no mínimo, superficial.
A repressão é apenas uma vertente do problema cuja raiz está no total
descumprimento dos Artigos 5º e 6º da Constituição Federal.
A insegurança grassa em todo o País. O elevado número
de baixas por morte, aposentadoria e o afastamento por doenças tem deixado o
Distrito Federal desfalcado de efetivo militar. Somente por concurso público as
vagas para a PMDF podem ser preenchidas. Além disso, a distribuição do efetivo
obedece ao Decreto Nº 31.793, de 11/06/10 (Art. 93 da Seção IX). Portanto,
pedir aumento de efetivo para a Região Administrativa XXIV - Park Way - é falar ao vazio.
II- Obras do VLP (Trecho Corredor
Eixo Sul):
O caos é sentido indistintamente por todos, moradores
de Santa Maria, do Gama, Park Way, Núcleo Bandeirante, Candangolândia e por
qualquer cidadão, inclusive visitantes que aterrissam no Aeroporto
Internacional JK, dirigindo-se ao Plano Piloto e se serve das únicas vias de
acesso que são a EPIA, a BRA 040, e a DF 025. A disseminação da poeira tem no
período de seca, típico de Brasília, seu maior aliado. A obra tem seu
término previsto para maio/14. Faltam, portanto, sete meses para ser
concluída, se não houver atraso. Criar a expectativa de alteração em seu
cronograma ou na condução da obra é, no mínimo, ingenuidade.
III- Nomeação de Administradora que não mora no
Park Way:
Este tema evidencia claramente os interesses políticos e de minorias.
Recentemente, o País testemunhou manifestações cujos
motivos vão desde a crise de representatividade à indignação pelo resultado da
tão conhecida política do “toma lá, dá cá”. Política essa que vem há anos
prejudicando a população, ferindo seus direitos básicos, solapando as
instituições, deteriorando e privando a população dos serviços de saúde, de
educação, de segurança, estimulando a corrupção, a impunidade, os desvios de
conduta pela falta de ética e moral.
A nova Administradora do Park Way, Sra. Eliana
Rodrigues dos Santos Santana, matrícula 017.543-94, e seu Chefe de Gabinete,
Sra. Márcia Teresa Dal Secco, matrícula 165.427-46, são funcionárias públicas
concursadas. Ambas são especialistas em políticas públicas. Possuem perfil
técnico, formação acadêmica e competência comprovadas para desempenhar a
função.
Quais os critérios que uma sociedade esclarecida deve
pleitear para a escolha dos ocupantes de cargos públicos? Formação pertinente, capacidade técnica ou domicílio? Quem estaria
realmente a serviço da população? Certamente, o(a) funcionário(a)
concursado(a), que responde administrativamente, criminalmente e civilmente
pelo Regime Jurídico Único (Lei nº 8.112 /90). O domicílio na
região administrativa é realmente garantia de eficiência?
A nossa região administrativa já teve dois
administradores domiciliados no Park Way: Sr. Glauco Lacerda e o recém-exonerado Sr. José Benevenuto
Estrela. Qual deles pode ser lembrado por eficiência, realização de
benfeitorias de qualidade e solução de problemas que atenderam, de fato, as
demandas locais?
Assim como os administradores não residentes no Park
Way, os domiciliados atuaram de forma a responder apenas a demanda e interesses
de seus padrinhos e partidos políticos. Lamentavelmente, as Administrações
Regionais do Distrito Federal se tornaram “cabide de emprego” e o cargo de
Administrador Regional, moeda de troca.
Se pela primeira vez testemunhamos em nossa região
administrativa uma tentativa de moralizar o serviço público com a designação de
funcionárias concursadas para os cargos de maior relevância, por que suscitar a
idéia de que o domicílio deveria ser o principal critério de escolha?
A quem realmente interessa a mobilização? Talvez a algum(a) morador(a) que deseja, “pelo autoritarismo nas
decisões do GDF”, ser indicado(a) para o cargo e se vale de temas sensíveis à
população para mobilizar os moradores incautos e validar o único item da pauta
que é plausível de resposta por parte do GDF. Sim, porque com exceção
de “Nomeação de Administradora que more no Park Way”, os outros temas da
pauta para mobilização não são factíveis de solução a curto prazo.
Muito mais proveitoso do que usar de
artifícios para mobilizar a população por interesses próprios e políticos é
estimular os moradores do Park Way a exercerem sua cidadania pela participação,
cooperação, visando o bem coletivo. Mobilizemo-nos para que seja dado um voto
de confiança e aberto espaço para que a nova Administradora Regional e sua
equipe possam atuar plenamente, em ambiente receptivo e participativo.
Cordialmente,
Movimento Cidadão Park Way, Núcleos Rurais Vargem
Bonita e Córrego da Onça