domingo, 2 de agosto de 2015

FHC não exclui hipótese de Lula ir para a cadeia


Em nota divulgada neste sábado, Fernando Henrique Cardoso explicou o teor de entrevista concedida à revista alemã Capital. Nessa conversa, ele atribuíra a Lula a responsabilidade política pela corrupção na Petrobras. Mas soara contrário à prisão do rival petista. 

Ao se explicar, FHC disse que não costuma falar mal de políticos brasileiros quando se dirige ao estrangeiro. E deixou claro que não exclui a hipótese de Lula ser preso. “Se o merecer, quem dirá será a Justiça e é de lamentar, porque terá jogado fora (coisa que vem fazendo aos poucos) sua história.”

A entrevista à revista alemã circulou neste sábado. Mas em notícia reproduzida na véspera pelo UOL, a agência de notícias alemã Deutsche Welle havia antecipado alguns trechos. Perguntou-se a FHC se acha que Lula está envolvido na roubalheira da Petrobras. E ele: “Não sei em que medida. Politicamente responsável ele é com certeza. Os escândalos começaram no governo dele.'

Sobre a prisão de Lula, foram realçadas duas frases:



1. “Para colocá-lo atrás das grades, é necessário haver algo muito concreto. Talvez ele tenha que depor como testemunha. Isso já seria suficientemente desmoralizante.''



2. “Isso dividiria o país. Lula é um líder popular. Não se deve quebrar esse símbolo, mesmo que isso fosse vantajoso para o meu próprio partido. É necessário sempre ter em mente o futuro do país.'' [é o uso exagerado do argumento 'não dividir o país' pelo PSDB e o resto da oposição  - argumento que parece sob medida para esconder a covardia por omissão da oposição - que permitiu que a Dilma destruísse o Brasil.



Foi o mesmo FHC, que agora virou líder da oposição - aliás, uma oposição que tem no comando um FHC e um Aécio Neves, tem tudo para não ser oposição nenhuma e sim mera enrolação - que em 2005, quando o Lula estava pronto para o abate, de 'quatro' e sangrando, que foi contrário ao 'impeachment', alegando ser melhor deixá-lo sangrar do que promover sua imediata eliminação política, via impedimento, para não causar comoção social no Brasil.

Enquanto a oposição - em minúsculas mesmo - pensar assim Dilma e Lula vão continuar fazendo lambanças.]

As declarações de FHC renderam-lhe críticas nas redes sociais. Houve incômodo também no PSDB. Daí a nota divulgada neste sábado. Nela, FHC insinua que suas declarações estão defesadas: “A entrevista foi dada há algum tempo, não me recordo os termos que usei.” E alega que seu estilo é diferente do de Lula e do PT: “Ao falar ao estrangeiro cuido sempre de não ser agressivo com políticos brasileiros.
 Por outro lado, não falo, ao estilo lulopetista, desconhecendo o 
passado e negando fatos.”



“Lula, gostemos ou não dele e de suas
políticas, foi o primeiro líder operário a chegar à Presidência, o que tem inegável peso simbólico”, anotou FHC, antes de tratar do tema que motivou a divulgação da nota: “Por que haveria eu de dizer ao exterior que merece cadeia? Se o merecer, quem dirá será a Justiça e é de lamentar, porque terá jogado fora (coisa que vem fazendo aos poucos) sua história.”




Noutra referência ao estilo agressivo de Lula, FHC escreveu: “Não se constrói o futuro com amargor, nem desmerecendo feitos.
Tampouco poderá ele se erigir tapando o sol com a peneira. Mas nas democracias não é o interesse de pessoas ou de partidos quem dá a palavra final. É a Justiça. 


Podemos até torcer para que ela atue. Mas o bom senso de cada líder deverá conter seus naturais impulsos por ‘justiça já’, ou a qualquer preço, em favor da moderação e do respeito às regras do jogo. O fato dos adversários não se comportarem assim não deve nos levar a que nos igualemos com eles.”



Na entrevista à revista alemã, FHC fizera comentários também sobre Dilma. Indagado se acredita no envolvimento dela com corrupção, dissera: “Não, não diretamente. Mas o partido dela, sim, claro. O tesoureiro está na cadeia.'' Acrescentara: “Eu a considero uma pessoa honrada, e eu não tenho nenhuma consideração por ódio na política, também não pelo ódio dentro do meu partido, [ódio] que se volta agora contra o PT.'' Sobre esses trechos, FHC não fez nenhum reparo em sua nota de esclarecimento.
 

Presidanta Dilma institui nova fonte de receita para abastecer os 'mensalões' petistas.Dilma comete inconstitucionalidade ao sancionar que trafegar pelo corredor de ônibus é infração gravíssima

sábado, 1 de agosto de 2015




Dilma está bombando! Prontinha para cair por impeachment, intervenção constitucional ou renúncia a contragosto, em plena véspera do mês do desgosto, que começou ontem com uma linda "lua azul", a Presidenta Dilma Rousseff decretou mais uma absurda inconstitucionalidade contra o direito de ir e vir do cidadão. O Diário Oficial da União de ontem publicou uma indevida mudança no Código Nacional de Trânsito, passando a considerar "infração gravíssima" trafegar pelo corredor de ônibus, nos horários exclusivos, em todo o Brasil.



Existem pelo menos dois fatos graves por trás da nova regrinha absolutamente que deverá ser alvo de ações civis públicas e ou de arguição direta de inconstitucionalidade. Primeiro, que a mudança no CTB é mais um reforço no aparato de regramento excessivo do Estado Capimunista Brasileiro, cartorial, cartelizado e corrupto, para causar dano psicológico ao cidadão. Gera mais tensão no trânsito e causa mais engarrafamentos, com risco de provocar mais acidentes. Também mexe no bolso de quem fica ainda mais sujeito a tomar uma caríssima multa.





Segundo fato, menos visível: a construção e caríssima manutenção dos tais corredores de transporte, pelo Brasil afora, é uma das principais formas de arrecadação ilegal de recursos para os "mensalões da vida", com o reforço da grana arrecadada pela chamada "indústria das multas"
 O valor arrecadado entra nos cofres públicos como receita extraorçamentária - que não é passível de fiscalização pelos conselhos ou "tribunais" de contas. Os governos fazem com a grana o que bem entenderem. 
A desculpa, esfarrapada, é sempre a "melhoria da segurança e a educação no trânsito" - onde morrem mais brasileiros que nas guerras convencionais pelo mundo afora...





Esses são os motivos pelos quais Dilma e sua equipe resolveram agravar a penalização para um dos "delitos" mais rentáveis cometidos no caótico espaço urbano, onde a racional engenharia de tráfego passa longe, na maioria dos municípios e grandes cidades. Desde ontem, o motorista que entrar no corredor, fora do horário permitido, irá perder 7 pontos na carteira nacional de habilitação. O rigor da punição é claramente desproporcional à qualidade da infração.





Além disso, para alegria dos prefeitos mensaleiros, o motorista infrator deverá pagar multa de R$ 574 (novamente, um abusivo exagero). Para piorar, ainda pode ter o veículo apreendido pelas verdadeiras "gestapos" que são algumas guardas municipais. Será mais grana para pagar o guincho e "estacionamento" no depósito de veículos apreendidos... 
Antes da lei entrar em vigor, o tráfego na faixa exclusiva era considerado apenas infração leve, nos corredores à direita, e grave, nos corredores à esquerda. Nenhum dos casos previa a apreensão do veículo. A Presidanta Dilma, que dirige o Brasil rumo ao caos, cometeu mais 
inconstitucionalidade.  O cidadão, motorista ou não, vai reagir! O mês do desgosto está apenas começando para a petelândia e seus comparsas...






Indústria da multa

 

MPF arquiva tentativa de retaliação de Lula contra procurador que o acusa de tráfico de influência internacional.


 
(Folha) A Corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público arquivou nesta sexta (31) reclamação do ex-presidente Lula contra o procurador da República Valtan Timbó. Ele havia determinado abertura de investigação contra o petista por suspeita de tráfico de influência em favor da Odebrecht. Para o órgão, a ação do procurador não foi irregular. Cabe recurso da decisão. 
 
 
 

Ministro da Defesa chama rojão no Insituto Lula de "atentado terrorista".Ele aproveita um factóide para esconder o escândalo que emerge da compra de submarinos franceses, com suspeitas de superfaturamento, contratação fraudulenta sem licitação, projeto que teve a sua participação desde o início.



Jacques Wagner é o ministro da Defesa do Brasil. Ele aproveita um factóide para esconder o escândalo que emerge da compra de submarinos franceses, com suspeitas de superfaturamento, contratação fraudulenta sem licitação, projeto que teve a sua participação desde o início. 
 
 
Isso sim pode virar mais um ato terrorista contra os cofres públicos. Resta saber se o ministro da Defesa fala em nome das FFAA ou apenas como mais um baba-ovo de Luiz Inácio Lula da Silva.
 
 
 

Muita pressão? Diretor-Geral do DFTrans pede exoneração do cargo

Ele será substituído por Léo Carlos Cruz, que tem 30 dias para tomar posse
Nesta quinta (30), foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal o pedido de exoneração de Clóvis Antônio Barbará, diretor-geral do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans). O gestor será substuído por Léo Carlos Cruz, que ainda não assumiu o cargo.


Em nota, a pasta afirmou que o novo diretor terá 30 dias para tomar posse. Segundo o documento que publicou a exoneração, a decisão ocorreu após pedido de Clóvis.



Léo Carlos Cruz, 53 anos, é servidor de carreira da Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV) há 29 anos. Lá, exerceu o cargo de diretor-presidente entre maio de 2012 e dezembro de 2014.  Foi também subsecretário de Trânsito da prefeitura da capital do Espírito Santo.



Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

Leiam e pasmem ao constatar a que ponto chegou a criminalidade no Brasil!!!Paciente é morto com 7 tiros dentro de hospital em BH


Um paciente do Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova, região norte de Belo Horizonte, foi assassinado a tiros na madrugada deste sábado, 1º, dentro do quarto onde se recuperava de um ferimento a bala. A vítima foi identificada como Jackson Douglas Santos Ferreira, de 29 anos.


Segundo a Polícia Militar, quatro homens invadiram o hospital por volta das 2h, renderam o porteiro, os seguranças e se dirigiram ao quarto em que Ferreira estava internado, no quarto andar. Testemunhas disseram que os homens afirmaram na entrada que iriam "resolver uma rixa entre bandidos".


Ferreira morreu com sete tiros na cabeça. Ainda segundo a PM, a vítima havia dado entrada no hospital no último dia 27 com ferimento de arma de fogo. Ele relatou ter sido alvejado quando saía de casa, também em Venda Nova, por homens que atiraram de dentro de um carro.


Até o momento ninguém foi preso. O hospital vai repassar à Polícia Civil, responsável pelas investigações, imagens gravadas por câmeras do hospital do momento da entrada do grupo na unidade de saúde.


Fonte: Estadão Conteúdo Jornal de Brasília

Agosto será mês-chave para roteiro anti-Dilma


Rogério Jordão


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Crises políticas, ao menos quando caminham para um desfecho, costumam seguir roteiros. A de agora, que empareda o governo Dilma, não foge à regra, mas qual seria ele? Quem está brigando com quem e por quê? Até aqui a imprevisibilidade impera, favorecida pela fragmentação das forças políticas. Quando estas se aglutinarem o jogo se decide, para um lado ou para o outro, em futuro incerto.


Para os que tramam a saída de Dilma, agosto será um mês crucial. De cara, duas novas CPIs entram no horizonte: as do BNDES e dos Fundos de Pensão. O TCU deve anunciar o resultado de sua análise sobre as contas do governo. E  manifestações de rua estão convocadas. Temperando tudo isso, a economia embicada para baixo e as “novidades” permanentes da Operação Lava Jato, com mais delatores, mais delações, mais prisões e novos eixos de investigação (esta semana ampliado para a Eletrobrás).



Para quem aposta no ‘quanto pior, melhor’, o céu é de brigadeiro, mas a qual custo e até quando?


Este é o roteiro aparente. Há certamente o invisível, operado nas sombras, nos cochichos, nos tapetes dos gabinetes, dentro e fora de palácios. Deste enredo saberemos provavelmente daqui alguns anos, quando tudo já tiver virado História. Por enquanto o que prevalece é a guerra de informações, na qual acusações de corrupção se transformaram em arma principal.


No caso específico das CPIs, estas sempre foram e são importantes para os embates políticos. O Brasil tem uma longa tradição nisso. Não é de hoje. Entre 1984 e 1993, por exemplo, foram instaladas 120 CPIs na Câmara dos Deputados. No Congresso, muitas deram resultados expressivos, como as do PC Farias-Collor (1992), do Orçamento (CPMI, de 1993) e do Judiciário (1999). Outras morreram na praia, como a CPI dos Bancos (1999).



No Congresso atual há, de mais relevante digamos assim, as CPIs da Petrobras, do HSBC (que deve ser concluída com recomendações apenas) e a do Carf, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, que investiga a manipulação de julgamentos de multas da Receita Federal, com prejuízos aos cofres públicos na casa dos bilhões. Para esta última, que corre no Senado, foram convocados recentemente executivos de empresas nas áreas automobilística, de bancos e de comunicações (alguém ouviu falar?).


Já a futura CPI do BNDES enreda-se ostensivamente no contexto da guerra política. A que servirá exatamente? Há de fato elementos que a justificam ou faz parte de (mais um) movimento para desgastar o governo? Um oposicionista e um governista vão responder de modos opostos, é claro. CPIs são, sobretudo, instrumentos da luta política e dependem da correlação de forças (e fatos, evidentemente) para serem instaladas, frutificarem ou não.



O telespectador que acompanha a novela da crise no país deve estar atento a seu aspecto de espetáculo, quando a versão vale mais do que o fato. É preciso queimar o adversário a qualquer custo. Ao espalhar versões que não se sustentam, a corrupção como espetáculo gera uma expectativa na plateia que depois não se cumpre. E mais arriscado ainda: cria-se um cipoal de denúncias, um clima irrespirável, de modo a que se favoreça um novo pacto de poder, e o que é escândalo hoje vira torvelinho amanhã. É quando os cães ladram e a caravana passa.

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Deputados apoiam Cunha mas não impeachment.

Domingo, 2 de agosto de 2015



(Folha) A maioria dos deputados que lideram as bancadas de seus partidos na Câmara declara ser contra o afastamento do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mesmo se o Supremo Tribunal Federal abrir um processo contra ele por causa da suspeita de que recebeu propina do esquema de corrupção descoberto na Petrobras. Os líderes também dizem não ver motivo para que outros colegas investigados pela Operação Lava Jato respondam a processo de cassação no Conselho de Ética.



A Folha ouviu na semana que passou 20 dos 22 líderes das maiores bancadas da Câmara. Desde que o lobista Julio Camargo afirmou que pagou US$ 5 milhões em propina a Cunha, alguns parlamentares têm pedido seu afastamento do comando da Casa. Mas a posição manifestada pelos líderes partidários mostra que ele mantém sólido apoio entre seus pares –mesmo após as declarações da advogada Beatriz Catta Preta, que representava Julio Camargo e acusou aliados de Cunha na CPI da Petrobras de tentar intimidá-la.



Embora a enquete tenha sido feita antes da veiculação da entrevista da advogada ao "Jornal Nacional", da TV Globo, a Folha apurou que a posição dos parlamentares em relação a Eduardo Cunha não sofreu alteração significativa. Líderes de dez bancadas, que somam 294 deputados (57% do plenário), são contra o afastamento de Cunha mesmo que ele seja denunciado pela Procuradoria-Geral da República e o Supremo abra um processo contra ele, transformando-o em réu.



"Não tem sentença ainda. Pode não dar em nada, e aí como faz?", diz Sibá Machado (AC), líder da bancada do PT, partido hoje em pé de guerra com Cunha. "Entendo que o presidente Eduardo Cunha deve exercer plenamente suas atribuições constitucionais e ter garantido seu direito à ampla defesa", reforça Rogério Rosso (PSD-DF).



Apenas o nanico PSOL e o PPS defendem o afastamento. "Vou questionar na reunião de líderes a situação do presidente em relação às denúncias gravíssimas que surgiram", diz Chico Alencar (PSOL-RJ). Com o fim do recesso de julho, o Congresso volta ao trabalho nesta semana.



Além de Cunha, 21 deputados são alvo de investigação por suspeita de envolvimento com a corrupção na Petrobras. A maior parte dos caciques partidários da Câmara diz não ver razão para que eles respondam a processo de cassação caso sejam denunciados pelo Ministério Público e processados no Supremo.



"Denúncia não significa condenação não só para o parlamentar, mas como para qualquer cidadão. Caso contrário, você está antecipando o julgamento e tirando um mandato decidido pelo voto popular", diz o deputado André Moura (SE), líder do PSC e um dos aliados de Cunha. 



IMPEACHMENT
A enquete mostra também que a maior parte dos líderes partidários da Câmara diz não ver motivo para que Cunha dê prosseguimento a um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o que, nos bastidores, o peemedebista ameaça fazer. "Não existe comprovação de cometimento de nenhum crime no exercício do mandato", afirma o líder da bancada do PMDB, o partido de Cunha, Leonardo Picciani (RJ). 

Ao todo, 11 líderes de bancadas que somam 298 deputados (58% do total) dizem ser contra a abertura do processo de impedimento da petista. "Não pode comprometer o país, o povo brasileiro, a economia do país, o capital estrangeiro investido aqui, falando uma coisa sem propriedade e sem embasamento jurídico nenhum", diz Celso Russomanno (PRB-SP), que comanda um bloco de 38 deputados formado pelo PRB com outros partidos nanicos. 


"O Brasil não é uma republiqueta que qualquer um desrespeita as bases democráticas", diz o líder do governo, José Guimarães (PT-CE). De todos os partidos ouvidos, só o oposicionista DEM diz já ver elementos suficientes. "São muitos fortes as comprovações de que ela afrontou a Constituição e as finanças públicas", afirma Mendonça Filho (DEM-PE).

Dilma tenta cerco ao impeachment. Vem aí nova onda de corrupção.


Para tentar barrar o impeachment, Dilma assedia o presidente do Senado, Renan Calheiros, típico representante do patrimonialismo brasileiro, que cobrará caro por eventual apoio (aliás, ele é um camaleão político). O camaleão, no entanto, vai esperar as manifestações das ruas para tomar uma decisão. Então, leitores, todos pra rua no dia 16 de agosto:


Tratado pelo Palácio do Planalto como peça-chave para impedir o agravamento da crise política, que pode culminar até no impeachment da presidente Dilma Rousseff, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tem sinalizado a interlocutores diretos que pode voltar a colaborar com o governo da petista a partir desta semana, na volta do recesso parlamentar. Renan, contudo, cobrará "faturas" nas áreas política e econômica, em troca da ajuda.

Há duas semanas, logo após o anúncio do rompimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o governo decidiu reforçar uma operação envolvendo ministros como Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) e lideranças políticas petistas para cortejar o presidente do Senado. "Renan será o fiel da balança", definiu um dos envolvidos na investida do governo.

O Palácio do Planalto quer retomar a relação que mantinha com Renan durante o primeiro mandato Dilma, quando ele foi o principal interlocutor do governo no Congresso. O peemedebista, que contou com o apoio da presidente para se reeleger presidente do Senado em fevereiro, afastou-se do Planalto no mês seguinte, na esteira da abertura de três inquéritos contra ele no âmbito da Operação Lava Jato. Nos bastidores, Renan acusa o governo de ter atuado para incluí-lo no rol dos investigados.
O Planalto, porém, aposta no presidente do Senado para neutralizar os efeitos de uma provável decisão desfavorável no julgamento das contas de 2014 da gestão Dilma pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Caberá à Casa presidida por Renan apreciar inicialmente o parecer analisado pela corte.
Se tanto o Senado quanto a Câmara reprovarem as contas do governo, esse seria o primeiro passo para que um processo de impeachment fosse aberto contra a presidente. Por isso, dizem aliados, com a Câmara liderada pelo oposicionista Cunha, Renan é tido como fundamental para barrar no nascedouro um movimento pelo impedimento da presidente.
O peemedebista, porém, ainda não decidiu que papel vai adotar. É a esse delicado cálculo político que ele tem se dedicado nos últimos dias. Apesar da disposição de voltar a ajudar o governo, Renan deve investir na tese de que a análise das contas de 2014 poderá ser feita antes das contas de anos anteriores - ainda pendentes de julgamento - serem apreciadas pelo Congresso. Não há nada no regimento do Congresso que impeça isso e trata-se de uma decisão política.
Conta. Para aliados do presidente do Senado ouvidos pelo Estado, contudo, Renan está inclinado a assumir o papel de fiador da governabilidade de Dilma.
Mas vai impor condições. Segundo interlocutores, uma das principais faturas do peemedebista seria que Dilma promovesse mudanças no seu núcleo duro de governo, a começar pelo ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. O nome que conta com a simpatia de Renan é o do ministro da Defesa, Jaques Wagner, considerado por ele um político habilidoso. Desde a época em que eram colegas de Senado, Renan e Mercadante nunca tiveram uma boa relação e o peemedebista não está disposto a voltar a conversar com o Planalto se tiver o atual ministro como interlocutor.
Em outra frente, o presidente do Senado aguarda um apoio financeiro maior do governo federal a seu filho e herdeiro político, o governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB) - que comanda um Estado com graves dificuldades econômicas. A expectativa no ano passado, quando Renan Filho foi eleito, era de que ele teria total apoio de Brasília para tirar de Alagoas o título de campeão em recordes negativos em indicadores sociais.
Ajuste. Renan também quer ter maior participação nas decisões do governo, principalmente em relação à política econômica. O fato de Levy ter consultado o senador antes do anúncio da redução da meta do superávit, há cerca de dez dias, agradou o peemedebista. Crítico do ajuste fiscal elaborado pela equipe econômica, que recentemente classificou como “tacanho”, ele defende ainda que o governo corte despesas do próprio Executivo, a começar pela redução do número de ministérios.
Assim como na crise de 2007, em que contou com o apoio do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o peemedebista espera solidariedade do governo caso sua situação na Lava Jato venha a se complicar.
O assunto tem preocupado o Planalto, que avalia que a 16ª fase da operação, deflagrada na semana passada e que avança sobre as irregularidades do setor elétrico, pode afetar diretamente o grupo ligado a Renan na Casa e, assim, dificultar ainda mais a reaproximação.
Peemedebista espera para avaliar a 'pressão das ruas'
A disposição do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de ajudar o governo da presidente Dilma Rousseff vai depender também principalmente da pressão que vier das ruas.
Para avaliar qual caminho vai seguir, o peemedebista tem, inclusive, encomendado pesquisas para ver se os eleitores o relacionam como um nome ligado à petista. Segundo auxiliares do presidente do Senado, os resultados das pesquisas encomendadas por Renan mostram um descolamento da imagem dele e da petista, o que facilitaria a construção de um discurso caso ele decida romper publicamente com o governo.
O peemedebista tem dito a interlocutores que está aberto a uma reaproximação com o governo, mas isso pode mudar caso as manifestações que pedem o impeachment da presidente ganhem força. Os próximos protestos estão marcados para o próximo dia 16.
Renan deixou engatilhado o discurso de que o governo tomou um rumo, principalmente na crise econômica, com o qual não concorda. Por isso, estaria livre para desembarcar da base aliada.
Para lembrar: O 'camaleão político'
Com mais de 36 anos de carreira pública, desde que se elegeu pela primeira vez deputado estadual por Alagoas pelo antigo MDB, o atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), completa 60 anos no dia 15 de setembro, tendo passado por sobressaltos em sucessivos governos. É um “camaleão político”, na definição de um aliado.
No governo Sarney, Renan foi um dos artífices da candidatura de Fernando Collor (foto) à Presidência e, depois, integrante da tropa de choque do governo dele no Congresso. Rompeu com Collor posteriormente e contribuiu para sua queda ao acusá-lo de ter conhecimento do esquema PC Farias. (Estadão).

Lá fora, FHC poupa Dilma, que chama de honrada. Alguém ainda acredita no ex-presidente?


Bene, respondo de antemão: eu não acredito em FHC, por quem jamais tive simpatia, seja política ou intelectualmente. Ele nunca se penitenciou de sua infame "teoria da dependência", que mereceu figurar no Manual do Perfeito Idiota Latino-americano, de Álvaro Vargas Llosa e outros. Pois é, aqui dentro, diante dos tucanos, ele critica a presidente, e lá fora, com luvas de pelica, bota panos quentes na corrupção petista. Por que não te calas, FHC?  

No lugar das críticas que tem feito às gestões petistas de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) baixou o tom em entrevista à revista alemã de economia Capital e disse que a atual presidente da República não está envolvida no escândalo de corrupção na Petrobrás, investigado pela operação Lava Jato. As informações sobre a entrevista foram divulgadas nesta sexta-feira, 31, pela agência de notícias alemã Deutsche Welle.
De acordo com a DW, FHC disse na entrevista, publicada em alemão na edição da revista deste sábado, 1º, que Dilma não está envolvida nos desvios da estatal petrolífera, mas que o PT está. Ele lembrou que João Vaccari, ex-tesoureiro da sigla, foi detido na operação. "Eu a considero uma pessoa honrada, e não tenho nenhuma consideração por ódio na política, também não pelo ódio dentro do meu partido, ódio que se volta agora contra o PT", diz FHC, creditando a Lula a responsabilidade por todo o escândalo.
Apesar das críticas ao ex-presidente petista, Fernando Henrique ponderou, à publicação internacional, que, para ele seja preso, é preciso que haja algo "muito concreto" e que isso dividiria o País, já que ele é um líder popular. E disse que talvez Lula tenha que depor como testemunha, "o que já seria suficientemente desmoralizante".
"Não se deve quebrar esse símbolo (Lula), mesmo que isso fosse vantajoso para o meu próprio partido. É necessário sempre ter em mente o futuro do País", disse o ex-presidente tucano na entrevista. FHC chegou até a elogiar o petista: "Ele certamente tem muitos méritos e uma história pessoal emocionante. Um trabalhador humilde que conseguiu ser presidente da sétima maior economia do mundo."
Junto com os elogios, o tucano fez questão de reiterar que Lula, que o sucedeu na Presidência da República, apenas levou adiante a sua política, ao citar que as pessoas viam o petista como uma espécie de Cristo. "Eles fizeram dele um Deus, mas ele apenas levou adiante a minha política."
O tom mais equilibrado de FHC se contrapõe às suas recentes declarações rechaçando uma possível aproximação com Lula. "O momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. Qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo", declarou o tucano no último final de semana.
Consciência. Em fevereiro deste ano, quando a presidente Dilma afirmou que, se os escândalos de corrupção na Petrobras tivessem sido investigados durante a gestão de FHC, alguns dos funcionários corruptos não estariam mais praticando atos ilícitos, o ex-presidente tucano rebateu a petista e sugeriu que ela fizesse um "exame de consciência".
"A Excelentíssima Presidente da República deveria ter mais cuidado. Em vez de tentar encobrir suas responsabilidades, jogando-as sobre mim, que nada tenho a ver com o caso, ela deveria fazer um exame de consciência. Poderia começar reconhecendo que foi no mínimo descuidada ao aprovar a compra da refinaria de Pasadena e aguardar com maior serenidade que se apurem as acusações que pesam sobre o seu governo e de seu antecessor", afirmou o tucano, em nota divulgada à imprensa. O ex-presidente se referiu à autorização da presidente pela compra de 50% da refinaria, no Texas (EUA), quando era ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras, em 2006.
Na época, FHC disse se sentia "forçado" a reagir, uma vez que "a própria presidente entrou na campanha de propaganda defensiva, aceitando a tática infamante da velha anedota do punguista que mete a mão no bolso da vítima, rouba e sai gritando ''pega ladrão!", escreveu o ex-presidente.(Estadão).
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MOLOTOV contra o Instituto Lula .Ora, ora, isso bem pode ser coisa dos próprios petistas, para chamar atenção. Vindo de onde vem, é bom desconfiar: parece coisa de encomenda:

31/07/2015

 

Molotov contra o cafofo do Lula? Quem ódio semeia, ódio colhe.

O desplante do Instituto Lula - construído em terras públicas - é dizer que o ataque foi político. Ora, ora, isso bem pode ser coisa dos próprios petistas, para chamar atenção. Vindo de onde vem,  é bom desconfiar: parece coisa de encomenda:

O Instituto Lula informou nesta sexta-feira, 31, que foi alvo de um ‘ataque político’. Em nota, a Assessoria de Imprensa do Instituto destacou que um ‘artefato explosivo’ foi arremessado contra o seu prédio-sede. O objeto foi atirado de um carro. O ataque, segundo o Instituto, ocorreu por volta de 22 horas desta quinta, 30. Ninguém ficou ferido.
A Secretaria de Segurança Pública confirmou que ‘uma pequena bomba de fabricação caseira foi lançada no Instituto Lula’.
A entidade foi criado pelo ex-presidente logo que ele deixou o Palácio do Planalto, em 2003. O Instituto comunicou a ocorrência às Polícias Civil e Militar, o secretário da Segurança Pública do governo Geraldo Alckmin (PSDB), Alexandre de Moraes, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
O Instituto disse que ‘espera que os responsáveis sejam identificados e punidos’. Na última quarta-feira, 29, o PT divulgou que vai fazer uma ampla divulgação do relatório sobre as atividades do Instituto Lula.
O documento foi produzido pelo próprio Instituto. “Em um momento onde certos setores atacam a liderança do ex-presidente Lula e lançam mentiras sobre suas atividades, vale conhecer o amplo trabalho no Brasil e no mundo, e divulgar contra as mentiras espalhadas por certos setores da imprensa”, diz texto divulgado pela Secretaria Nacional de Organização do partido.
A Operação Lava Jato, da Polícia Federal, constatou que a Camargo Corrêa – empreiteira sob suspeita de ter participado de cartel para fraudes em contratos da Petrobrás – repassou R$ 3 milhões para o Instituto Lula, entre os anos de 2011 e 2013.
A informação consta do laudo 1047/2015, anexado no início de junho aos autos da investigação. Na ocasião, o Instituto já esclareceu, por sua Assessoria de Imprensa. “Os valores citados foram doados para o Instituto Lula para a manutenção e desenvolvimentos de atividades institucionais, conforme objeto social do seu estatuto, que estabelece, entre outras finalidades, o estudo e compartilhamento de políticas públicas dedicadas à erradicação da pobreza e da fome no mundo.”
Lula e o Instituto não são alvos de investigação na Lava Jato. A constatação do repasse de R$ 3 milhões se deu na quebra de sigilo da empreiteira, medida que buscava identificar pagamentos à empresa de consultoria do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil no Governo Lula).
“Vamos divulgar amplamente este material nas redes sociais”, anuncia o PT em referência ao relatório das atividades do Instituto.
O relatório vai abranger as mais diversas frentes de atuação do Instituto nos últimos quatro anos. “Desde a preservação do acervo histórico do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até o trabalho de cooperação e intercâmbio com a África e a América Latina.”
O documento também conta a história de 25 anos do atual Instituto Lula desde que era conhecido como IPET, na década de 1990, e depois como Instituto Cidadania. “O ex-presidente, depois de dois mandatos, retornou para a mesma residência que tinha antes de ser eleito e para o mesmo escritório onde trabalhava antes de ser presidente.”
A Secretaria Nacional de Organização do partido destaca, ainda. “Para resgatar num único documento o registro desse trabalho e possibilitar que pessoas de boa fé conheçam esse histórico, divulgamos a retrospectiva que você pode acessar e consultar através do link: http://goo.gl/R4RWSO.
COM A PALAVRA, A SECRETARIA DE SEGURANÇA DE SÃO PAULO
Nessa madrugada, uma pequena bomba de fabricação caseira foi lançada no Instituto Lula, na Rua Pouso Alegre, no Ipiranga, área do 17ºDP. Houve danos materiais de pequena monta e não há feridos. O Secretário de Segurança, Alexandre de Moraes, conversou pela manhã com o Ministro da Justiça. A perícia já foi determinada e as investigações já começaram. (Estadão).
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Manifestantes acampam em frente à casa de Cunha por impeachment de Dilma


Integrantes do Movimento Brasil Livre protocolaram pedido de impedimento presidencial no dia 27 de maio, e agora cobra que presidente da Câmara o coloque em votação


Marcelo Camargo/Agência Brasil
Movimento Brasil Livre se alia a Cunha contra a governabilidade


Integrantes do Movimento Brasil Livre estão acampados em frente à residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os manifestantes pedem que o deputado coloque em pauta os pedidos de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.


O grupo protocolou um pedido de impeachment no dia 27 de maio. “Agora estamos aqui para exigir que ele coloque para votar esse pedido logo após o final do recesso [parlamentar]”, disse Fernando Silva, coordenador nacional do movimento. O recesso termina neste fim de semana.


Na manhã de hoje (31), quando Cunha deixou sua casa em direção ao aeroporto, os manifestantes gritaram: “Ô, Cunha, não me enrola, bota o impeachment para ela ir embora”.


Até o momento, foram protocolados 13 pedidos de impedimento na Câmara. Na semana passada, Eduardo Cunha pediu que os autores reformulassem os documentos de acordo com os requisitos do regimento da Câmara para que pudessem ser apreciados pela Mesa Diretora. Questionado sobre a devolução dos pedidos para correção dos erros, Cunha argumentou que fez o que entendeu que deveria ser feito. O deputado  já disse que, embora tenha anunciado o rompimento com o governo federal, analisará os pedidos com base em fundamentos legais.


Os cerca de 30 manifestantes estão se revezando em seis barracas e pretendem ficar acampados até a próxima terça-feira (4). “Conseguimos falar com ele [Eduardo Cunha] na própria quarta -feira (29), quando ele deu justificativas de que está analisando todos os pedidos juridicamente. Mas queremos uma resposta mais enfática, uma resposta que satisfaça de fato a vontade das ruas”, disse Fernando Silva.


Ministros e líderes do governo têm dito que não existem razões para um possível impeachment da presidenta. Em entrevistas anteriores, Dilma Rousseff disse que não teme o impeachment por entender que não há “base real” para um eventual processo. A presidenta afirmou, ainda, considerar que o assunto tem caráter de luta política contra seu governo.


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