terça-feira, 12 de julho de 2022

Incêndios voltam a ameaçar sequoias gigantes da Califórnia, consideradas as maiores árvores do planeta

 Meio Ambiente  



Incêndios voltam a ameaçar sequoias gigantes da Califórnia, consideradas as maiores árvores do planeta

Incêndios voltam a ameaçar sequoias gigantes da Califórnia, consideradas as maiores árvores do planeta

Os incêndios florestais durante os meses de verão sempre foram comuns no estado americano da Califórnia, todavia, nos últimos anos, eles têm começado cada vez mais cedo e se tornado muito mais intensos. E entre as muitas ameaças que o fogo traz com ele está a sobrevivência das sequoias gigantes, árvores milenares, consideradas alguns dos maiores e mais antigos seres do planeta Terra.

Por isso mesmo é tão grande a preocupação com o incêndio que começou no dia 7 de julho no Parque Nacional de Yosemitee atinge a área de Mariposa Grove, onde ficam localizadas cerca de 500 sequoias.

Mais de 350 brigadistas e bombeiros estão tentando combater o incêndio de Washburn (nos Estados Unidos, desastres naturais, como incêndios e furacões recebem nomes), mas até agora não houve grandes resultados para conter as chamas. Uma das medidas tomada para evitar que as sequoias sejam atingidas é a limpeza da área em volta das árvores, como a retirada de material orgânico seco que serve de combustível para o fogo. Além disso, foi instalado um sistema provisório de irrigação para tornar o solo mais úmido.

Aviões também estão sendo utilizados para ajudar a controlar o fogo pelo ar. O parque de Yosemite abriga algumas das sequoias mais famosas da Califórnia, como a Fallen Monarch, Bachelor, Three Graces e Grizzly Giant, que estima-se que tenha 2.700 anos.

As sequoias gigantes (Sequoiadendron giganteum) podem atingir mais de 80 metros de altura. Em janeiro de 2021, uma tempestade com ventos fortíssimos derrubou 15 delas em Yosemite.

Incêndios voltam a ameaçar sequoias gigantes da Califórnia, consideradas as maiores árvores do planeta

A fumaça pode ser vista de longe no Parque Nacional de Yosemite

O fogo e as sequoias da Califórnia

Em setembro do ano passado, como escrevi nesta outra reportagem, outra gigante da natureza precisou ser protegida dos incêndios da Califórnia. A General Sherman Tree, que fica no Parque Nacional das Sequoias e Kings Canyon, tem 83 metros de altura e 11 metros de diâmetro. Na época, bombeiros envolveram a sua base em cobertores de alumínio para evitar que o fogo terrestre atingisse o local onde há maior probabilidade de queimar, que é perto do solo.

Só em 2020, especialistas alertam que entre 10% e 14% de toda a população mundial de sequoias gigantes foi queimada no estado americano.

Os profissionais explicam, entretanto, que o fogo periódico é um componente saudável e essencial dos ecossistemas que produzem sequoias gigantes. Sem ele, a madeira morta e a rasteira e vegetação rasteira se acumulam rapidamente e torna-se muito difícil para as sementes da árvore germinarem. A administração, inclusive, realiza ações de fogo controlado de tempos em tempos. Todavia, vale ressaltar, que os incêndios são benéficos quando em pequena proporção, não como os desastres catastróficos e sem controle que temos visto ultimamente.

Incêndios voltam a ameaçar sequoias gigantes da Califórnia, consideradas as maiores árvores do planeta

Sequoia gigante que tombou na tempestade de janeiro de 2021

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Fotos: reprodução Facebook Yosemite National Park

 https://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2022/07/11/178483-cientistas-estimam-pela-primeira-vez-impacto-de-ataque-nuclear-nos-oceanos.html?utm_source=ambientebrasil&utm_medium=jornal_diario


Cientistas estimam pela primeira vez impacto de ataque nuclear nos oceanos

PESQUISA SIMULA DIFERENTES CENÁRIOS DE GUERRA E MAPEIA EFEITOS DO BLOQUEIO DO SOL CAUSADO PELA FULIGEM

Em todos os cenários traçados, desde a detonação de uma centena de ogivas até milhares, o oceano não volta ao estado anterior à guerra após a dissipação da fumaça (Foto: Flickr/International Campaign to Abolish Nuclear Weapons)

Mesmo a menor guerra nuclear devastaria os sistemas oceânicos, alertam os pesquisadores responsáveis pelo primeiro modelo capaz de quantificar os efeitos da explosão de ogivas nucleares nos oceanos. Detalhado em artigo publicado na American Geophysical Union, o modelo indica que entre as consequências estão os declínios acentuados nos estoques de peixes, a expansão das camadas de gelo nas comunidades costeiras e mudanças nas correntes oceânicas. Impactos que levariam décadas ou mais para serem revertidos.

Para modelar as respostas marítimas ao conflito nuclear, o time de pesquisadores de diferentes instituições, liderados por  Cheryl S. Harrison, da Universidade de Louisiana (EUA), simulou uma grande guerra, entre Estados Unidos e Rússia, e várias guerras menores entre a Índia e o Paquistão. Considerando os arsenais nucleares dos quatro países e dos seus alvos potenciais, os pesquisadores calcularam a quantidade de fuligem que seria dispersa na atmosfera pelas tempestades de fogo resultantes e, consequentemente, o quanto essa fuligem bloquearia o Sol.

Em seguida, com a ajuda de uma ferramenta de simulação climática, a Community Earth System Model (CESM), os cientistas determinaram os efeitos de curto e longo prazo da fuligem atmosférica nas funções do oceano.

No cenário de guerra entre EUA e Rússia, a radiação de ondas curtas do Sol foi reduzida em 70% e a temperatura média global da superfície diminuiu 7 graus Celsius, nos primeiros meses. O resfriamento mais extremo foi no Hemisfério Norte. Dessa forma, o gelo do Mar Ártico se expande por 10 milhões de quilômetros quadrados, ampliando sua cobertura em mais de 50% e incluindo assim regiões costeiras, normalmente livres de gelo, que são importantes para pesca, aquicultura e navegação.

Em todos os cenários traçados, desde a detonação de uma centena de ogivas até milhares, o oceano não volta ao estado anterior à guerra após a dissipação da fumaça. Estima-se que o oceano levaria décadas para voltar ao normal e que algumas partes dele provavelmente permaneceriam no novo estado por centenas de anos ou mais.

Além da expansão do gelo marinho e do desenvolvimento do que os pesquisadores chamam de “Pequena Idade do Gelo Nuclear”, o resfriamento alteraria as correntes oceânicas, derrubaria os níveis de macronutrientes no mar e esgotaria os estoques de peixes em cerca de 20% na primeira década após a guerra.

“Com a Rússia em guerra na Ucrânia e o presidente Vladimir Putin ameaçando usar armas nucleares, essas descobertas são um forte aviso de que o mundo simplesmente não pode seguir esse caminho”, alerta Alan Robock, professor de ciência do clima no Departamento de Ciências Ambientais da Universidade de  Rutgers e coautor do estudo. “Uma guerra nuclear seria um ponto de inflexão planetário significativo”, conclui.

Fonte: Galileu

Cortar orelha e rabo de animais por estética não é nada bonito: é crime!

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Bichos  


Cortar orelha e rabo de animais por estética não é nada bonito: é crime!

cortar rabos e orelhas de animais é crime

Quem tem cachorro em casa, sabe que não existe maior felicidade do que chegar em casa e ver aquele pequeno (ou grande) peludo abanando o rabo para mostrar a alegria do reencontro.

Os animais, assim como os seres humanos, têm suas próprias características e peculiaridades físicas. E devemos amá-los exatamente assim: do jeito que eles são!

Para chamar a atenção dos brasileiros sobre uma prática, que é crime, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) divulgou um alerta em que ressalta que é proibido realizar o corte estético do rabo e de orelhas de animais.

De acordo com a entidade, essas cirurgias são consideradas totalmente desnecessárias e podem impedir a capacidade de expressão do comportamento natural dos animais.

“Os cães que dispõem de rabos e orelhas bem visíveis conseguem uma comunicação mais clara com outros animais, o que diminui a ocorrência de brigas, e também melhora a interpretação dos sinais para os humanos”, explica a médica-veterinária Liziè Buss, membro da Comissão de Bem-Estar Animal do CFMV.

O conselho informa ainda que, conforme  as resoluções nº 1027/2013 e 877/2008, está banida também a retirada das garras em felinos (onicectomia) e a eliminação das cordas vocais (cordectomia) em cães.

E não é só uma questão de ser crime. A amputação de partes dos corpos desses bichos é um ato de crueldade. “Cortar o rabo de um cão significa amputar parte da coluna vertebral, cortando a medula. E a orelha é uma região muito irrigada e sensível, qualquer corte costuma causar bastante desconforto ao animal”, afirma Liziè.

A veterinária alerta ainda que retirar as garras dos gatos é outra prática desnecessária e que inibe um comportamento nato dos felinos que é escalar. “Também impede o hábito de afiar as unhas, algo muito relacionado com relaxamento e os cuidados corporais dos gatos”, diz. “Mutilar animais sem recomendação veterinária que seja para tratar o animal é crime ambiental e qualquer pessoa que o faça está sujeita às penalidades previstas em lei”.

Se você suspeita ou tem provas de alguém ou algum profissional que pratica maus-tratos em animais, não fique calado. As denúncias podem ser feitas em Delegacias de Polícia ou pelo site do Ministério Público Federal ou ainda, pelas ouvidorias dos Ministérios Públicos estaduais.

Quando envolver animais selvagens, silvestres e espécies exóticas, as denúncias devem ser feitas às Secretarias Estaduais do Meio Ambiente ou ao Ibama, pelo telefone 0800 61 8080 ou pelo e-mail linhaverde.sede@ibama.gov.br

Médicos-veterinários que participarem de intervenção em animais, se não por motivo de saúde (mas por motivos estéticos), estarão sujeitos a processo ético-disciplinar.

* O pequeno corte na ponta da orelha esquerda de gatos de rua, que são castrados dentro de um programa de captura, esterilização, vacinação e devolução, também é permitido pela legislação. O objetivo é facilitar a identificação dos felinos já castrados e evitar que sejam desnecessariamente recapturados para outra intervenção. Nesses casos, em que a marcação é feita durante a cirurgia de castração, realizada por médico-veterinário, com o animal devidamente anestesiado, o procedimento não configura maus-tratos, nem ato de crueldade. Na verdade, serve de indicação para projetos de manejo populacional e humanitário de gatos, evitando prejuízos ao bem-estar dos animais já castrados.

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Foto: divulgação Conselho Federal de Medicina Veterinária

Enquanto Senado ainda debate proibição de tatuagens e piercings em animais, vários estados brasileiros já criminalizaram a prática

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Enquanto Senado ainda debate proibição de tatuagens e piercings em animais, vários estados brasileiros já criminalizaram a prática

Enquanto Senado ainda debate proibição de tatuagens e piercings em animais, Paraná segue exemplo de outros estado e criminaliza a prática

Difícil acreditar, mas infelizmente, como visto em postagens nas redes sociais, há casos de animais que são submetidos a procedimentos impostos por seus donos para a colocação de piercings e até mesmo, aplicação de tatuagens.

Na semana passada, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o Projeto de Lei (PL) 4.206/2020, que altera a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605, de 1998) e proíbe as tatuagens e os piercings em cães e gatos, com fins estéticos, e prevê a detenção de três meses a um ano para os infratores. Agora o texto do deputado mineiro Fred Costa segue para a análise do plenário da casa.

“Todos nós sabemos, por experiência própria ou por relatos de conhecidos, que fazer uma tatuagem é algo sempre doloroso… Mas a liberdade de tatuar a pele não significa que podemos tomar essa decisão pelos animais que convivem conosco. Infringir dor e sofrimento a um animal é uma prática cruel, proibida pela nossa Carta Magna, e que pode levar à prisão os infratores, de acordo com o art. 32 da Lei 9.605, de 1998 – Lei de Crimes Ambientais”, diz Costa em sua proposta.

O parlamentar ressalta que além do sofrimento causado pela dor, os “animais tatuados são expostos a
diversas outras complicações, como reações alérgicas à tinta e ao material utilizado no procedimento, infecções, cicatrizes, queimaduras e irritações crônicas”.

Mas enquanto o PL não é aprovado ainda, vários estados brasileiros já decidiram dar um basta nessa prática tão ignorante e cruel. Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná aprovaram legislações sobre o tema. Neste último, a nova lei entrou em vigor no começo de junho e proíbe as tatuagens e piercings em animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos.

O tutor do animal que infringir a nova legislação perderá a guarda do animal e ficará proibido de obter a guarda de outros pelo prazo de cinco anos. Já pessoas jurídicas (como pet shops ou lojas de tatuagens) pagarão uma multa de 50 UPF/PR, que no mês de julho equivale a pouco mais de R$ 6 mil.

Enquanto Senado ainda debate proibição de tatuagens e piercings em animais, vários estados brasileiros já criminalizaram a prática

Imagens divulgadas nas redes sociais

*Com informações do site Senado Notícias

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Foto: geckoam/creative commons/flickr

Exploração excessiva de plantas e animais silvestres ameaça saúde, alimentação e geração de renda, alertam cientistas

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Alimentação Meio Ambiente Saúde  

Exploração excessiva de plantas e animais silvestres ameaça saúde, alimentação e geração de renda, alertam cientistas

Exploração excessiva de plantas e animais silvestres ameaçam saúde, alimentação e geração de renda, alertam cientistas

Por Elton Alisson para Agência Fapesp*

Bilhões de pessoas tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento dependem de espécies silvestres de plantas e animais para alimentação, saúde, energia, geração de renda e recreação, entre outras finalidades. Muitas dessas espécies, contudo, estão em declínio, ameaçadas pela exploração excessiva e pelo comércio ilegal, entre outras práticas que têm agravado a crise global da perda de biodiversidade.

O alerta foi feito por cientistas autores do relatório de avaliação sobre o uso sustentável de espécies silvestres da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES, na sigla em inglês) – entidade criada em 2012 com a missão de sistematizar o conhecimento científico e subsidiar decisões políticas em âmbito internacional.

O resumo do documento foi aprovado esta semana por representantes dos 139 Estados-membros do órgão – incluindo o Brasil – e divulgado em 8 de junho, em Bonn, na Alemanha.

“Cerca de 50 mil espécies silvestres são utilizadas de diferentes maneiras, incluindo mais de 10 mil que são usadas diretamente como alimento. As populações rurais dos países em desenvolvimento são as mais vulneráveis ao uso insustentável, uma vez que, com a falta de alternativas, são forçadas a seguir explorando espécies que já se encontram em risco”, disse Jean Marc Fromentin, um dos coordenadores da avaliação.

O relatório é resultado de quatro anos de trabalho de 85 especialistas, líderes em ciências naturais e sociais de diferentes países, além de detentores de conhecimento indígena e tradicional e de 200 autores contribuintes, com base em mais de 6,2 mil estudos.

Entre os autores do documento está Maria Gasalla, professora do Instituto de Oceanografia da Universidade de São Paulo (IO-USP).

Os autores destacam que, nos últimos 20 anos, o uso humano de espécies silvestres tem aumentado em geral, mas sua sustentabilidade tem variado de acordo com as práticas.

superexploração tornou-se muito comum e já é uma das principais ameaças à sobrevivência de muitas espécies terrestres e aquáticas, apontam.

“A sobrevivência de cerca de 12% das espécies de árvores selvagens está ameaçada pela exploração madeireira insustentável. A coleta insustentável é uma das principais ameaças para vários grupos de plantas, notadamente cactos, cicas e orquídeas, e a caça insustentável tem sido identificada como uma ameaça para 1.341 espécies de mamíferos silvestres”, sublinham os autores.

Por sua vez, o comércio ilegal de espécies silvestres já representa a terceira atividade ilegal no mundo, com valores anuais estimados em até US$ 199 bilhões. A madeira e o peixe representam os maiores volumes e valores do comércio ilegal de espécies silvestres.

As mudanças climáticas também podem agravar a perda de espécies silvestres. Ao mesmo tempo, algumas das melhores práticas no uso de plantas e animais selvagens, tais como a silvicultura sustentável, podem ser uma ferramenta importante de mitigação e adaptação ao clima, ponderam os autores.

“Enfrentar as causas do uso insustentável e, sempre que possível, reverter essas tendências, resultará em melhores resultados para as espécies silvestres e para as pessoas que dependem delas”, avaliou Marla Emery, uma das coordenadoras do relatório.

Uso sustentável

Uma a cada cinco pessoas em todo o mundo (cerca de 1,6 bilhão) depende de plantas silvestres, algas e fungos para sua alimentação e renda; uma em cada três (2,4 bilhões) depende de lenha para cozinhar e cerca de 90% dos 120 milhões de pessoas que trabalham na pesca de captura dependem da pesca em pequena escala, apontam os autores.

A fim de estabelecer um uso mais sustentável das espécies silvestres de plantas, animais, fungos e algas em todo o planeta, de modo a assegurar o bem-estar da humanidade, os autores do relatório analisaram políticas e ferramentas que têm sido usadas em diversos contextos.

Com base nessa análise, apresentam alguns elementos-chave que poderiam ser usados como alavancas para essa finalidade, como a implementação de políticas inclusivas e participativas e medidas de gestão de cadeias econômicas baseadas na exploração de espécies silvestres.

Em países com sólida gestão da pesca têm sido observado aumento das populações de peixes com valor econômico. A população de atum vermelho do Atlântico, por exemplo, foi reconstruída e agora é pescado dentro de níveis sustentáveis.

“Para países e regiões com baixa intensidade de medidas de gestão da pesca, no entanto, o estado das unidades populacionais é muitas vezes pouco conhecido, mas geralmente acredita-se estar abaixo da abundância necessária para maximizar a produção sustentável de alimentos”, ponderam os autores.

mudança climática, a crescente demanda e os avanços tecnológicos nas tecnologias extrativas estão entre os prováveis desafios para o uso sustentável das espécies silvestres, e é necessária uma mudança transformadora para enfrentá-los, aponta o relatório.

*Este texto foi originalmente publicado no site da Agência Fapesp em 11/7/2022