sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Nascimento de oito filhotes de lobos após um século é esperança para retorno da espécie levada à extinção na Califórnia

 

Nascimento de oito filhotes de lobos após um século é esperança para retorno da espécie levada à extinção na Califórnia

Nascimento de oito filhotes de lobos após um século é esperança para retorno da espécie levada à extinção na Califórnia

Assim como em outros estados americanos, os lobos-cinzas (Canis lupus) foram dizimados na Califórnia e a espécie foi levada à extinção há um século. Visto como ameaça em áreas rurais, em muitos lugares, sua caça foi, inclusive, incentivada por órgãos governamentais. Na década de 70, entretanto, leis federais e estaduais foram implementadas para garantir a proteção dos poucos indivíduos que restaram e nos últimos anos houve uma grande campanha de conscientização para mostrar que é possível uma co-existência harmônica entre esses animais e os seres humanos e ressaltar a importância deles para seus ecossistemas.

E a notícia do nascimento de oito filhotes numa alcateia na Califórnia traz nova esperança para a volta desses canídeos à vida selvagem. A celebração se deve também porque é atípico nascer esse número grande de filhotes e isso é um indicativo da boa saúde de todos e do ambiente onde vivem. Lobas podem dar à luz a entre duas e dez crias, mas em geral, o mais comum é cinco ou seis.

Os filhotes foram registrados por armadilhas fotográficas durante a primavera na região de Siskiyou, ao norte do estado, mas só agora o Departamento de Pesca e Vida Selvagem divulgou as imagens.

Os novos filhotinhos fazem parte da alcateia batizada de Whaleback, documentada pela primeira vez em 2020, e que no ano passado já tinha se reproduzido. Há outros grupos na Califórnia, mas este é o que apresenta o maior número de indivíduos.

Nunca houve um processo de reintrodução do lobo-cinza na Califórnia. Os animais observados atualmente por lá são originários do Parque Nacional de Yellowstone, que depois seguiram para o Oregon e então, acabaram rumando para as florestas californianas, onde encontraram um ambiente seguro para viver, com fartura de alimentos (veados e outras presas).

Segundo o International Wolf Center, existem duas espécies de lobos amplamente reconhecidas no mundo, o vermelho e o cinza. No entanto, cientistas suspeitam sobre a existência de outras possíveis subespécies do lobo cinzento. Há também um canídeo pouco conhecido, que vive nas terras altas da Etiópia, chamado Canis simensis, que se acredita ser um parente muito próximo do lobo.

Os lobos são os maiores membros da família canídeos, a mesma a que percentem os cães de estimação. Há muitas décadas, os lobos eram os mamíferos terrestres selvagens mais amplamente distribuídos no Hemisfério Norte.

Infelizmente, em muitos estados americanos a caça ao lobo ainda é permitida, mas para o chamado “controle da população”, todavia, por várias vezes já, mais animais do que o permitido foram mortos.

No vídeo abaixo, flagrante dos filhotes de outra alcateia, a Lassen, em 2020, e divulgado pelo Departamento de Pesca e Vida Selvagem da Califórnia:

*Com informações da reportagem do jornal The Guardian

Mesmo com ferimento grave na coluna, a baleia Moon completa jornada de 5 mil km… Talvez sua última!

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Mesmo com ferimento grave na coluna, a baleia Moon completa jornada de 5 mil km… Talvez sua última!

Mesmo com ferimento grave na coluna, a baleia Moon completa jornada de 5 mil km... Talvez sua última!

Nos últimos anos foram várias as vezes que Moon foi avistada em suas jornadas migratórias. Todo mês de setembro a baleia jubarte era observada por pesquisadores da estação de Fin Island, na Colúmbia Britânica, no Canadá. Lá ela se alimentava de krills, antes de rumar nos próximos meses para as águas mais quentes do Havaí.

Em 2020, Moon que sempre estava sozinha, apareceu com um filhote, o que foi motivo de muita celebração para os pesquisadores canadenses.

Todavia, há três meses, enquanto se fazia o monitoramento da espécie com drone, nas proximidades de Fin Island, as imagens revelaram um animal com uma curva anormal na coluna, em forma de “S”. Era Moon.

“Enquanto nosso drone pairava sobre ela, imediatamente reconhecemos que ela havia sido atingida por uma embarcação devido à curvatura na espinha da nadadeira dorsal até sua cauda”, relatou a equipe da organização BC Whales em suas redes sociais.

E para surpresa e incredulidade de todos, no último dia 1o de dezembro, Moon foi fotografada novamente, todavia, a 5 mil km de distância, próximo de Maui. Mesmo apesar de sua condição, ela nadou todo esse percurso no Oceano Pacífico.

“Tenacidade e tragédia. Moon viajou da Colúmbia Britânica para o Havaí com uma grave lesão na coluna devido ao choque de um navio, mas ela não conseguirá retornar”, dizem os cientistas.

Moon provavelmente nasceu no Havaí. E por isso, todos os anos voltava pra lá. Porque deve ter aprendido isso com sua mãe.

As imagens da baleia documentadas pela Pacific Whale Foundation (PWF) revelam que o estado dela é muito grave.

“As imagens angustiantes de seu corpo retorcido mexeram com todos nós. Ela provavelmente estava com dores consideráveis, mas migrou milhares de quilômetros sem ser capaz de se impulsionar com a cauda. Sua jornada a deixou completamente emaciada e coberta de piolhos de baleia como prova de sua condição severamente depreciada. Esta é a dura realidade sobre colisões com embarcações e mostra o sofrimento prolongado que as baleias podem suportar depois. Também reforça seu instinto: até onde as baleias vão para seguir padrões de comportamento”, lamentou a BC Whales.

Mesmo com ferimento grave na coluna, a baleia Moon completa jornada de 5 mil km... Talvez sua última!

Imagens de Moon em setembro e agora, no começo de dezembro

Infelizmente não há nada o que possa ser feito para amenizar a dor de Moon. Não é possível tentar abreviar a vida uma criatura do tamanho dela através da eutanásia. Se fossem dados medicamentos para matá-la, eles poderiam ser ingeridos por outros animais que eventualmente se alimentassem da carcaça dela.

“Nunca entenderemos verdadeiramente a força necessária para Moon assumir o que é, lamentavelmente, sua última jornada, mas cabe a nós respeitar tal tenacidade dentro de outra espécie e reconhecer que as colisões com navios levam a um fim devastador”, diz a organização.

Mesmo com ferimento grave na coluna, a baleia Moon completa jornada de 5 mil km... Talvez sua última!

Fotos mostram Moon há dois anos, antes da possível colisão com o navio
(Fotos: North Coast Cetacean Society e Pacific Whale Foundation)

*Com informações adicionais do site Phys.org

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Foto de abertura: @North Coast Cetacean Society/BC Whaleshttps://www.blogger.com/blog/post/edit/167651065127135696/4917234823546512045