domingo, 23 de novembro de 2014

IMPERDÍVEL! ENTENDA COMO FUNCIONA A SUBVERSÃO COMUNISTA E A DESMORALIZAÇÃO DE UM PAÍS ATÉ O PONTO EM QUE SUAS INSTITUIÇÕES NÃO FUNCIONAM MAIS. COMO COMEÇA A OCORRER AGORA NO BRASIL.






CARO LEITOR: NÃO GASTE SEU DINHEIRO COMPRADO JORNAIS COMO FOLHA DE S. PAULO, ESTADÃO, O GLOBO. JOGUE TAMBÉM SUA TELEVISÃO NO LIXO! ESSES GRANDES VEÍCULOS DE MÍDIA ESTÃO LAVANDO DO SEU CÉREBRO. VOCÊ NÃO PRECISA GASTAR SEU DINHEIRO COM ESSAS PORCARIAS. O QUE VOCÊ PRECISA É UMA BOA CONEXÃO DE INTERNET E SABER ONDE ENCONTRAR A INFORMAÇÃO VERDADEIRA. ISSO CUSTARÁ BEM MAIS BARATO DO QUE CEVAR ESSES JORNALISTAS VAGABUNDOS, MENTIROSOS E SUBVERSIVOS.

Recomendo muito que os estimados leitores vejam com atenção o vídeo acima. A qualidade da imagem não é das melhores, porém o som está perfeito bem como as legendas em português. Trata-se de uma palestra do ex-agente da KGB, Yuri Bezmenov, ou Tomas Schuman (nome adotado por Yuri depois de sua deserção).

Com duração de 1 hora, esta palestra é de fundamental importância para entender o que está ocorrendo atualmente no Brasil. Se você leitor fica pasmado com uma sucessão de escândalos, roubalheiras variadas, impunidade, violência e a inércia de boa parte dos cidadãos brasileiros que ou apoiam ou se calam ante todos os tipos de iniqüidades, depois de ouvir esta palestra começará a entender tudo! Sob o domínio do PT e do Foro de São Paulo, a Nação brasileira passou a ser vítima de um processo de subversão e conseqüente desmoralização. O objetivo dessa sórdida maquinação tem por finalidade golpear mortalmente a democracia e a liberdade.

A seguir transcrevo texto da jornalista Graça Salgueiro, do blog Nota Latina e que também faz parte do elenco de articulistas do site Mídia Sem Máscara, ambos com links permanentes aqui no blog na coluna ao lado rolando o blog para baixo.

Salgueiro comenta e dá alguns detalhes desta palestra que é, sob todos os aspectos, imperdível! A postagem no Youtube é de 2011. Mas o contéudo da exposição de Schuman não perderá nunca a sua validade. É ouro puro! Leiam o que informa a Graça Salgueiro:


Uma palestra oferecida na Summit University de Los Angeles pelo ex-agente da KGB Yuri Bezmenov, ou Tomas Schuman (nome adotado depois da Deserção), para uma platéia bastante numerosa como se pode ver nos vídeos. 
Bezmenov já é conhecido de muitos de nós, por causa da entrevista que concedeu em 1983 e que pode ser revista (ou vista) no site do Farol da Democracia Representativa (parece que este blog não está mais disponível).




Nesta palestra, bastante didática e coroada pelo seu bom humor, também oferecida em 1983, ele explica uma das principais funções do KGB que, longe de centrar-se no campo da espionagem -- que abrangia apenas 15% de suas funções -- ocupava-se do esquema da subversão nos países-alvo da extinta URSS. Esse processo, que foi idealizado para dar seus frutos após 20 anos, obedecia a etapas rigorosas e consistia em desmoralizar, dominar e destruir esses países através de seu sistema religioso, político, econômico, da ordem e da lei, da cultura, de suas tradições. 



 Os subversores eram na maioria das vezes pessoas que vinham para intercâmbio como estudantes, atores, diplomatas, jornalistas que levavam anos estudando na Universidade Patrice Lumumba - como muitos brasileiros que hoje ocupam cargos no governo brasileiro, e nós sabemos quem são - e depois retornavam a seus países para cumprir a missão.


O processo se dava de forma lenta e gradual, de modo a que os novos conceitos fossem sendo introduzidos de modo imperceptível e só aconteciam se o país a ser subvertido aceitasse esta condição. (Leiam este artigo e compreendam como a coisa funciona criminosamente). 



É fácil ver como aqui na América Latina este processo "prosperou" como em nenhum outro, pois nunca tivemos um país com governantes suficientemente fortes para dizer "não, muito obrigado; sua oferta não me interessa", e lutassem para que seus valores, religião, leis permanecessem intactos. Observem, por exemplo, que os países de ditadura totalitária não permitem que seus cidadãos tenham acesso a informações vindas de fora, porque isto iria subverter a ordem interna de seu regime, como ocorre ainda hoje em Cuba, Coréia do Norte, China comunista, etc.


Esta palestra é na verdade uma aula magna de valor inestimável, embora nos chegue um tanto tardia pois já concluímos todas estas etapas, mas não só vale a pena ouvi-la com muita atenção como deve ser divulgada amplamente. Na audição desta segunda-feira do "True Outspeake", Olavo faz uma análise muito boa sobre estes vídeos e pode ser ouvida clicando no banner ao lado. A palestra é toda em inglês mas também há legendas em português, um trabalho primoroso de David Balparda Carvalho, que pode-se obter clicando num triângulo na barra inferior direita e em seguida num retângulo acima deste.



Não vou me alongar mais porque a palestra dispensa comentários. 



Peço apenas que façam um paralelo com o que este homem diz -- e ele foi um agente desta transformação, enquanto jornalista do Novostia Press -- e o que vivenciamos hoje no Brasil e em todo o continente latino-americano, sobretudo com a ditadura da mídia, toda ela prestimosa subversora. Ouçam e meditem sobre cada palavra dita porque, talvez, ainda tenhamos alguma chance de sobrevivência se levarmos isto a sério. E, notem, este homem fez estas denúncias há 26 anos e hoje os subversores colhem seus frutos abundantes, conforme ele mesmo afirmou ser o tempo aproximado para a consecução plena da estratégia.

ESQUERDISTAS E ASSEMELHADOS, OS IDIOTAS ÚTEIS QUE SERÃO SIMPLESMENTE ELIMINADOS PELOS PRÓPRIOS 'COMPANHEIROS'

Para complementar este post, faço a postagem de outro vídeo onde Yuri Besmenov explica como esses bobalhões, incluindo a maioria dos jornalistas brasileiros e professores universitários que promovem a lavagem cerebral marxista do povo e, sobretudo, dos estudantes, serão os primeiros a serem eliminados numa eventual vitória dos comunistas.




Não tem preço, neste caso, eventualmente, ver todos esses idiotas sendo executados a queima roupa pelos próprios 'companheiros', depois que a 'revolução comunista' for vitoriosa. Yuri dá o exemplo, inclusive, de Cuba, onde centenas de idiotas úteis foram assassinados pela turma do Fidel Castro, enquanto e outras centenas apodrecem nos calabouços do regime.
Não deixem de ver este vídeo também.

LÍDER DA OPOSIÇÃO PEDE CONVOCAÇÃO DE LULA E DILMA NA CPI DA PETROBRAS


BLOG DO ALUIZIO AMORIMdomingo, novembro 23, 2014


Ronaldo Caiado, líder da oposição no Congresso quer a dupla petista depondo na CPI
O líder da oposição no Congresso, Ronaldo Caiado (DEM-GO), quer que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sejam convocados para depor à CPI da Petrobras. 
 
 
 
O motivo é a reportagem de VEJA que mostra como em 2009 Paulo Roberto Costa passou por cima de toda a hierarquia da Petrobras para advertir - por e-mail - o Palácio do Planalto que, por ter encontrado irregularidades pelo terceiro ano consecutivo, o Tribunal de Contas da União (TCU) havia recomendado ao Congresso a imediata paralisação de três grandes obras da estatal.
 
 
"Ela disse que não vai deixar pedra sobre pedra e que ela está disposta a aprofundar toda a investigação. Nada mais justo do que ela ir à CPI para esclarecer, em primeiro lugar, a fala do Alberto Yousseff e, agora, esse e-mail do Paulo Roberto Costa", diz o parlamentar. A primeira convocação a ser solicitada, entretanto, será a do ex-presidente Lula, que comandava o governo à época e que ignorou a recomendação do TCU e liberou as obras.
 
 
Para Caiado, o e-mail de costa é uma prova importante do envolvimento de Dilma nos desmandos: "Ela não pode dizer que não conhece,  porque recebeu um e-mail direto de alerta". A assessoria de Caiado está estudando o regimento do Congresso para saber se ele pode apresentar requerimentos na CPI da Petrobras. O parlamentar não é membro da comissão mas, na condição de líder, pode participar das reuniões. 
 
 
O líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy, disse neste sábado que a reportagem comprova o elo entre Dilma, Lula e Paulo Roberto Costa - e aproxima ainda mais a presidente da República do escândalo na Petrobras.
"Esse fato aproxima o escândalo do Palácio do Planalto e mostra a participação do ex-presidente Lula e da presidente Dilma nas pilantragens da Petrobras", diz o tucano, que também chama atenção para o fato de Paulo Roberto Costa ter se dirigido diretamente à então ministra da Casa Civil, sem seguir a hierarquia natural de seu cargo. 
 
 
Para Imbassahy, o caso também explica o temor do governo com as apurações: "Isso revela um dos motivos pelos quais o governo atua diretamente para impedir nosso trabalho na CPI da Petrobras". Ele afirma que a revelação também reforça a necessidade de que uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito seja instalada na próxima legislatura, em fevereiro. A CPI atual vai funcionar até 22 de dezembro.
 
 
Também neste sábado, o Palácio do Planalto emitiu uma nota em que repete as alegações enviadas à redação de VEJA e reproduzidas na reportagem. Do site da revista Veja
 
 

A CAPA DE VEJA – E-mail de 2009 de Paulo Roberto Costa à então ministra Dilma defende uma “solução política” para manter fluxo de dinheiro para a quadrilha que operava na Petrobras. E a “solução” saiu da caneta de Lula

22/11/2014
às 6:08

É, meus caros… As coisas podem se complicar bastante. Reportagem de capa da VEJA, que começa a chegar às bancas, traz um fato intrigante, com potencial de uma  bomba. Para chegar ao centro da questão, é preciso proceder a alguma memória.


As circunstâncias
Paulo Roberto Costa, como ele mesmo deixa claro em seus depoimentos, foi posto na direção de Abastecimento da Petrobras em 2003 para delinquir — ainda que lhe sobrasse um tempinho ou outro para funções regulares. Sua tarefa era mexer os pauzinhos para garantir sobrepreço em contratos, que depois seria convertido pelas empreiteiras em dinheiro e distribuído a uma quadrilha.


Costa, como também confessou, era o homem do PP no esquema — embora a maior parte da propina que passava por sua diretoria, assegurou, fosse mesmo enviada ao PT. Notem: ele nunca disse de si mesmo que era um só um sujeito honesto que foi corrompido pelo sistema. Ele confessou que tinha uma tarefa. Segundo seu depoimento e o do doleiro Alberto Youssef, o petista Renato Duque cumpria a mesma função na Diretoria de Serviços, operando para o PT, e Nestor Cerveró seria o homem do PMDB na diretoria da área Internacional.


O e-mail
Note-se: Costa começou a operar na Petrobras em 2003. E eis que chegamos, então, ao Ano da Graça de 2009. Não é que o diretor de Abastecimento da Petrobras resolve cometer uma ousadia? Atropelando a hierarquia da empresa, decidiu mandar um e-mail à então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, também presidente do Conselho da Petrobras. Transcrevo trecho de reportagem da VEJA. Prestem atenção!


“Paulo Roberto Costa tomou a liberdade de passar por cima de toda a hierarquia da Petrobras para alertar o Palácio do Planalto que, por ter encontrado irregularidades pelo terceiro ano consecutivo, o Tribunal de Contas da União (TCU) havia recomendado ao Congresso a imediata paralisação de três grandes obras da estatal — a construção das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Getúlio Vargas, no Paraná, e do terminal do porto de Barra do Riacho, no Espírito Santo. Assim como quem não quer nada, mas querendo, Paulo Roberto Costa, na mensagem à senhora ministra Dilma Vana Rousseff, lembra que nos anos de 2008 e 2007 houve ‘solução política’ para contornar as decisões do TCU e da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional.”


Por que diabos o diretor de Abastecimento da estatal enviaria uma mensagem à ministra sugerindo formas de ignorar as irregularidades nas obras apontadas pelo TCU? E, como fica claro, o tribunal já havia identificado problemas em 2007 e em 2008.


A síntese
Então façamos uma síntese deste notável momento em quatro passos, como está na reportagem:

1 - Um corrupto foi colocado na Petrobras para montar esquema de desvio de dinheiro para partidos aliados do governo Lula.
2 - Corrupto se mostra muito empenhado em seu ofício, o que lhe permite conseguir propinas para os políticos e, ao mesmo tempo, enriquecer.
3 - Corrupto se preocupa com a decisão do TCU e do Congresso de mandarem cortar os repasses de recursos para as obras das quais ele, o corrupto, tirava o dinheiro para manter de pé o esquema.
4 - Corrupto acha melhor alertar as altas autoridades do Palácio do Planalto sobre a iminência da interrupção do dinheiro público que alimentava o propinoduto sob sua responsabilidade direta na Petrobras.


VEJA encaminhou a questão ao Palácio do Planalto e, como resposta, recebeu a informação de que a Casa Civil, de que Dilma era titular, enviou à Corregedoria Geral da União todas as suspeitas de irregularidades. Certo! O Palácio, no entanto, preferiu não se manifestar sobre o e-mail enviado pelo agora delator premiado à então ministra.


Essa mensagem foi apreendida pela Polícia Federal nos computadores do Palácio do Planalto em operação de busca e apreensão relacionada à investigação sobre Erenice Guerra. Dilma não pode se calar sobre a mensagem em que um dos operadores do maior esquema de corrupção jamais descoberto no país sugere ao governo uma “solução política” que garantisse o funcionamento do propinoduto.


E o que aconteceu?
Eis o busílis. O então presidente Lula usou o seu poder de veto, passou por cima do TCU e do Congresso e mandou que o fluxo de dinheiro para as obras suspeitas fosse mantido. Era, como evidencia o e-mail de Paulo Roberto a Dilma, tudo o que queria o corrupto.


Leiam mais um parágrafo da reportagem:

“Durante oito meses, a equipe do ministro Aroldo Cedraz, que assume a presidência da corte [TCU] em dezembro, se debruçou sobre os custos de Abreu e Lima. A construção da refinaria estava ainda na fase de terraplenagem, mas os indícios de superfaturamento já ultrapassavam os 100 milhões de reais. A Petrobras, porém, se recusava a esclarecer as dúvidas.  O ministro chegou a convocar o então presidente da companhia, Sérgio Gabrielli, para explicar o motivo do boicote.  Depois de lembrado que poderia sofrer sanções se continuasse a se recusar a prestar esclarecimentos, Gabrielli entregou 10.000 folhas de planilhas ao tribunal. Para a surpresa dos técnicos, as informações não passavam de dados sem qualquer relevância.”


Se Dilma e Lula não sabiam, como dizem, da quadrilha que operava na Petrobras, quem, então, sabia? Como é que um diretor de Obras de uma estatal ousa sugerir saídas “políticas” a uma ministra para tornar sem efeito as apurações de um órgão de Estado?


A mensagem de Paulo Roberto a Dilma deixa claro, quando menos, que ela e Lula ignoraram os sinais de que uma máquina corrupta operava na maior empresa do país — uma estatal. Máquina corrupta que servia a três partidos da base: PT, PMDB e PP.


Yousseff disse em seu depoimento que Lula e Dilma sabiam de tudo. Isso, claro!, requer provas. Se provado, a presidente cairá. O e-mail de Paulo Roberto demonstra que, quando menos, a então ministra foi enganada. Mas enganada por quem? Então um diretorzinho da Petrobras propõe que o governo adote uma “solução política” para tornar sem efeito uma decisão do TCU e do Congresso, e a ministra achou isso tudo normal?


Pior: a “solução política” foi adotada, e Lula vetou a suspensão de repasse às obras com evidências de corrupção — o que está agora comprovado. Era o que Paulo Roberto queria: o fluxo normal de dinheiro para o propinoduto. Afinal, ele foi feito diretor em 2003 para isso.


Aguarda-se que Dilma diga o que fez com o e-mail que lhe foi enviado pelo agora corrupto confesso. VEJA já está nas bancas de São Paulo e, em breve, nas de todo o Brasil. Leiam a reportagem completa.


Por Reinaldo Azevedo



sexta-feira, novembro 21, 2014

REPORTAGEM-BOMBA DE 'VEJA' REVELA QUE LULA E DILMA ROUSSEFF SABIAM DO PETROLÃO E PODERIAM IMPEDI-LO. MAS DEIXARAM ROLAR.

 
 
A reportagem-bomba da revista Veja que chega às bancas no raiar deste sábado corrige a visão enviesada que as matérias da imprensa “alternativa” da turma do PT, representada principalmente pela  Folha de S. Paulo, Estadão e o O Globo oferecem aos leitores na tentativa de promover a operação-abafa sobre o escândalo do petrolão. 
 
 
Essa reportagem-bomba de Veja é um furo magnífico que faz zerar até aqui todos os esforços empreendidos pelos psicopatas e depravados que editam os jornalões, o Jornal Nacional e outros menos votados, mas que também se esmeram em evitar aquilo que vai se tornando inevitável: o impeachment da Dilma e, ato contínuo, para usar uma expressão policialesca com convém ao fato, a provável proscrição do PT. Aliás, como já afirmei em outros textos aqui neste blog, o PT não é um partido político, mas um movimento comunista que dirige o Foro de São Paulo, entidade fundada por Lula e Fidel Castro em 1990 destinada a transformar a América Latina numa tal URSAL - União das Repúblicas Socialistas da América Latina, cuja capital é Havana.

Segundo Veja, “Paulo Roberto Costa enviou e-mail a Dilma Rousseff em 2009, quando ele estava à frente da diretoria de Abastecimento da Petrobras, e ela, da Casa Civil do governo Lula. Na mensagem, o pivô do petrolão passa por cima de toda a hierarquia da estatal para advertir o Planalto das irregularidades detectadas pelo Tribunal de Contas da União e sugerir uma solução política para o problema. O governo seguiu sua orientação.” 
 
 
A revelação da matéria de capa de Veja faz todo o sentido. A roubalheira da Petrobras é parte do esquema. Os bilhões desviados dessa estatal é usado pelo PT e o Foro de São Paulo para estabelecer o que Lula e seus sequazes denominam de “hegemonia do partido”. O enriquecimento ilícito de alguns, dentre eles os donos das empreiteiras e seus cupinchas predadores dos cofres públicos, é apenas um dos aspectos nojentos da trama comunista do Foro de São Paulo. Significa uma parte do ato de assassinar a democracia e a liberdade, ou seja, o dinheiro serve para comprar o apoio que o PT jamais teria para estar há 12 anos no poder. 
 
 
Com esses bilhões de reais roubados dos cofres públicos, ou seja, o dinheiro que é de todos os brasileiros, o PT compra consciências, obtem o apoio total e irrestrito de todos aqueles que tinham o dever constitucional de impedir a instalação de uma ditadura comunista bolivariana no Brasil. É por isso que o Congresso Nacional está completamente comprado. Igualmente o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral, haja vista que este último contratou a empresa venezuelana Smartmatic, alvo de sérias denúncias, conforme publiquei aqui no blog, para operar todo o serviço de votação eletrônica eleitoral.
 
 
Esta é a questão principal que vai além do roubo desses bilhões da Petrobras: conseguir a adesão e o apoio irrestrito ao projeto do Foro de São Paulo cujo objetivo é transformar o Brasil em mais um republiqueta comunista bolivariana. E esse projeto diabólico está tão avançado que já tem o respaldo do Congresso Nacional e de praticamente de todos os ministros da Suprema Corte de Justiça, além da grande imprensa brasileira cujas redações de seus veículos são controladas pelos esbirros do PT e Foro de São Paulo sob a complacência criminosa de seus proprietários, sobrando apenas a revista Veja e seu site na internet. 
 
 
 
O resto faz parte da camorra comunista. Deve-se acrescentar também que além desses pontos de apoio via aparelhamento, os maiores empresários brasileiros estão de braços dados com o PT e o Foro de São Paulo. Acreditam que uma ditadura comunista bolivariana será para eles o paraíso na Terra, quando então não terão mais os estorvos eventuais do Legislativo, do Judiciário, do Tribunal de Contas da União e, por consequência, da revista Veja e dos jornalistas independentes que restam neste país. 
 
 
 
Vislumbram poder viver em eterno festim diabólico e orgiástico enquanto pisoteiam os cadáveres dos dissidentes.
Na abertura da reportagem-bomba, Veja publica o facsímile do email de Paulo Roberto Costa.
A reportagem-bomba de Veja que chega às bancas é realmente de teor explosivo ao estabelecer o elo direto entre o petrolão e os governos de Lula e da Dilma. Transcrevo nota da coluna do jornalista Augusto Nunes que dá uma ideia do contéudo da ampla reportagem de Veja. Leiam:
 
 
 
Sábado é mesmo o mais cruel dos dias para gente com culpa no cartório, reafirma a edição de VEJA que logo estará nas mãos dos assinantes e leitores. Desta vez, o sono dos pecadores será perturbado por informações que começam pela mensagem eletrônica enviada por Paulo Roberto Costa a Dilma Rousseff e se estendem por todas as páginas da reportagem de capa. As revelações atestam que Dilma e Lula ignoraram todos os sinais de que havia algo de podre no reino da Petrobras. A omissão dos governantes liberou o bando criminoso para o prosseguimento do saque.
 
 
Outro email divulgado por VEJA escancara o plano concebido para materializar um dos sonhos do governo lulopetista: assassinar a independência do Tribunal de Contas da União com a nomeação de ministros obedientes aos interesses e caprichos do Planalto. Gente como Erenice Guerra, por exemplo. A melhor amiga de Dilma só não foi transferida para o TCU por ter tropeçado num caso de polícia no meio do caminho. 
 
 
Descobriu-se que Erenice chefiava, simultaneamente, a Casa Civil e uma quadrilha de traficantes de influência.
 
 
Tudo somado, conclui-se que o Petrolão foi uma ignomínia de tal forma superlativa que agora começou a subverter a Bíblia. Os cavaleiros do apocalipse brasileiro, por exemplo, não se limitam a quatro. São incontáveis, têm sido vistos com frequência e se tornam especialmente perturbadores quando aparecem num sábado.

Estava demorando: dois esqueletos encontrados no armário de Ricardo Semler

semler



O “empresário tucano” Ricardo Semler se tornou um ícone dos petistas nos últimos dias após ter escrito o texto Nunca se roubou tão pouco, publicado na Folha. Um dia depois este blog publicou a refutação Nunca se mentiu tanto para esconder a corrupção petista, onde todas as alegações dele foram reduzidas a pó.


Por que foi tão fácil esmagar o texto de Semler? Por que é como eu digo: guias de falácias são para serem estudados, não apenas folheados.


Uma das dicas para o ceticismo político é começar pelo domínio dos guias de falácias disponíveis por aí. Na Internet existem vários, como o guia do Stephen Downes. Para além da Internet, Critical Thinking, de Walter Carnielli, é uma ótima aquisição, tanto como How to win every argument, de Madsen Pirie.
Lembre-se, é claro, de que vencer a argumentação não é suficiente na guerra política, mas te ajuda a achar os embustes com maior facilidade.


Seja lá como for, dava para notar algo de muito suspeito na atitude de Semler.



O texto 500 anos de corrupção, de Demétrio Magnoli, inclui um trecho muitíssimo interessante:
“Dilma agora lidera a todos nós”, anuncia o empresário dos dedos sujos de lama –que, casualmente, tem como maior cliente a estatal Correios. A narrativa do Ano Zero descortina possibilidades ilimitadas. Dilma “não sabia de nada”? Esqueça. Nos 12 anos em que dirigiu a Petrobras diretamente (como presidente do Conselho de Administração) ou indiretamente (como ministra e presidente da República), os partidos da “base aliada” privatizaram a estatal, desviando dezenas de bilhões de reais. Não é que a Líder dos Imundos “não sabia”. Sabia –mas, sábia, deixou a operação se alastrar para, no Ano Zero, pegar todos os bandidos juntos. Ah, bom!


Para, para, para… como diria João Kleber.

Relembremos o que Semler disse:
“Há dezenas de outras estatais com esqueletos parecidos no armário. É raro ganhar uma concessão ou construir uma estrada sem os tentáculos sórdidos das empresas bandidas.” (grifos meus)
Fui checar a informação de Magnoli e ela é completamente válida. Sim, o maior cliente de Semler são os Correios. Foi ele mesmo que falou ser raro “ganhar uma concessão ou construir uma estrada sem os tentáculos sórdidos das empresas bandidas”.


Como eu disse no texto anterior, já é o suficiente para levar o empresário a uma CPI, pois ele tem muitas alegações a serem comprovadas.


Mas a coisa fica ainda pior, pois o site Implicante trouxe uma outra informação complicando Semler ainda mais.


Para começar, o articulista Gravataí Merengue lembra um trecho do artigo da figura:
“Nossa empresa deixou de vender equipamentos para a Petrobras nos anos 70. Era impossível vender diretamente sem propina. Tentamos de novo nos anos 80, 90 e até recentemente. Em 40 anos de persistentes tentativas, nada feito. Não há no mundo dos negócios quem não saiba disso. Nem qualquer um dos 86 mil honrados funcionários que nada ganham com a bandalheira da cúpula.” (grifos do blog Implicante)


Voltando ao texto do blog Implicante, veja uma informação digna de derrubar muitos da cadeira:


Se agora – segundo o articulista – rouba-se MENOS, como era na época em que seu sócio na Semco Partners, Philippe Reischstul, foi presidente da empresa (notem que ele acusa a CÚPULA)? Como foram aqueles dois anos? Pois é… Considerando ainda a ideia defendida pelo texto (agora roubariam menos), o que afinal de contas levou Semler a associar-se a um ex-presidente da Petrobras justamente na época em que, segundo ele próprio, as coisas não eram tão “boas” quanto agora?


São perguntas que podem parecer irônicas, mas na verdade são muito sérias. E devem ser feitas pela CPI. Nada mais justo, honesto e correto que chamar o próprio Semler, que diz saber desses casos. Além dele, claro, seu sócio que presidiu a empresa por dois anos, naquele período que (novamente, segundo o articulista) as coisas eram piores.


Cabe à oposição o DEVER de convocar Ricardo Semler e seu sócio. Não é admissível passar panos quentes sobre essas declarações. São verdadeiras? Não são? Pois DEVEM ser investigadas, pois são acima de tudo muito graves. E se a oposição NÃO convocá-los nem citar os fatos narrados no artigo, acaba caindo naquele comportamento da base governista que tanto condenamos.
Alguém discorda?

Como eu não sou petista, que adora esconder os crimes de seus políticos, entendo também que é hora de Semler começar a ter que provar tudo que afirmou.


Pessoal, vocês já tem base para pressionar o PSDB para exigir que Semler (assim como seu sócio) tenham que se explicar no Congresso. E mais: investiguem o contrato da empresa dele com os Correios.
***


Em tempo, vou falar de um assunto relacionado.


Muita gente que fala de falácia não sabe efetivamente o que isso significa.
Você nota a ignorância no assunto quando alguém ouve um xingamento a uma outra parte e diz: “Isso é ad hominem”. Chega a dar pena. Isso no caso de falarmos de pessoas bem intencionadas.


A falácia ad hominem só existe caso o xingamento seja parte do ARGUMENTO e se, e somente se, é utilizada como forma de invalidar o quea outra parte disse ou fez.
Um exemplo: “O relatório de X é inválido por que ele lê Nietzsche”.


Aliás, até em alguns casos o ad hominem pode ser válido. Exemplo: “Auditores devem ser independentes. X não é independente neste projeto. Logo, X não pode executar a função de auditoria neste projeto”.


Chamamos de ad hominem circunstancial.


Exemplo do que não é um ad hominem: “[identificação válida de fraude em um argumento 1]+[identificação válida de fraude em um argumento 2]+[identificação válida de fraude em um argumento 3]+[realmente, estamos diante de um embusteiro]“.


Note que eu posso ter identificado de forma argumentativamente legítima três embustes no argumento do outro, deixado a premissa implícita (quem comete tantas fraudes é embusteiro), e depois concluir “ele é um embusteiro”.



Isso não é um ad hominem, pois não está sendo usado para refutar os argumentos. Na verdade, eu posso até suspeitar que alguém é um embusteiro, enquanto faço minhas investigações argumentativas (ou seja, o que defino ceticismo político, pelo foco em achar as fraudes que beneficiam alguém política, ao invés de qualquer tipo de erro lógico).


Pois bem. Um sujeitinho disse que meu texto anterior sobre o Ricardo Semler continha a falácia ad hominem. Das duas uma: (1) ou é um ignorante sobre falácias, (2) ou é safado. E esta não é uma conclusão falaciosa.
Haja saco viu…

Governo federal diz que irá mapear crimes de ódio na internet. Você acredita?

0,,15865028-FMM,00
Conforme o site do Ministério da Justiça, o governo federal vai mapear “crimes de ódio” na Internet. Leia:
Brasília, 20/11/14 – O Ministério da Justiça irá reforçar com ações da Polícia Federal o grupo de trabalho interministerial criado nesta quinta-feira (20), para monitorar e mapear crimes contra os direitos humanos nas mídias sociais. A tarefa é receber e analisar denúncias sobre páginas da internet que promovem o ódio e fazem apologia à violência e à discriminação.


Durante a solenidade de criação do grupo, em Brasília, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira, destacou que os órgãos participantes devem lidar com um tema que se torna cada vez mais presente e que demanda uma atuação cada vez mais efetiva por parte do Estado brasileiro.

Marivaldo lembrou ainda que os crimes de ódio nas redes sociais, muitas vezes, causam sofrimento, geram violência e divisão na sociedade. “Não podemos permitir que o que a internet representa hoje para nós seja desvirtuado de modo a causar violência, sofrimento e divisões”, ressaltou.

A iniciativa é liderada pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. O grupo também será composto por membros da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), da Secretaria de Políticas para Mulheres, do Ministério Público Federal, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais.

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, avaliou como assustador o crescimento dos crimes de ódio no Brasil. Segundo ela, dados da SaferNet Brasil indicam um aumento entre 300% e 600% no registro desse tipo de violação no país entre 2013 e 2014. Para Ideli, a legislação brasileira precisa ser revista quando se trata de crimes cibernéticos.

“O crime virtual desemboca, infelizmente, no crime real”, disse ela, ao citar o caso da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, atacada por uma multidão e morta em maio, em Guarujá (SP), depois da publicação de um retrato falado em uma rede social de uma mulher que realizava rituais de magia negra com crianças sequestradas. A dona de casa foi confundida com a mulher do retrato falado.

Em oito anos, segundo o governo, a SaferNet Brasil recebeu e processou 3.417.208 denúncias anônimas envolvendo 527 mil páginas na internet. As demandas foram registradas pela população por meio de hotlines que integram a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos.

A ministra da Seppir, Luiza Bairros, destacou que o lançamento do grupo de trabalho ocorre no Dia Nacional da Consciência Negra. A ideia, segundo ela, não é criminalizar usuários de redes sociais, mas fazer valer os conceitos de democracia e desenvolvimento inclusivo.
“As desigualdades no Brasil foram muito naturalizadas ao longo do tempo”, disse. “Queremos desenvolver um trabalho bastante incisivo de condenação do preconceito”, completou.

Além da criação do grupo de trabalho, o governo anunciou uma parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo. O Laboratório de Estudos em Imagem e Cibercultura da instituição – referência nacional em pesquisas sobre redes sociais – vai desenvolver um aplicativo para que a Secretaria de Direitos Humanos possa acompanhar a atuação das redes de apologia ao crime e também de redes de defesa dos direitos humanos.

Com informações da Agência Brasil
A própria matéria inicial já mostra que podemos desconfiar (e muito) de toda essa iniciativa.

Por exemplo, Ideli Salvatti citou o caso da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, atacada por uma multidão e morta em maio, como um exemplo do que essa lei poderia resolver. Todavia devemos lembrar que na época Rachel Sheherazade foi desonestamente acusada de ser responsável por esse crime, apenas por ter dito no SBT que entendia o fato de que a população estava cansada de violência. Só que ao mesmo tempo, a maioria dos adeptos da extrema-esquerda compreendem os motivos de estupradores, sequestradores e latrocidas. Já de início, temos sérios problemas aqui:


  1. Acusar Rachel Sheherazade de algo que ela não cometeu é “crime de ódio”?
  2. Compreender os motivos para a população civil estar revoltada com o excesso de violência é “crime de ódio”?
  3. Compreender “os motivos” dos bandidos violentos estuprarem, assaltarem e matarem é crime de ódio?
  4. Qual “compreensão” é crime de ódio e qual não é?

Essas perguntas são urgentes, pois hoje no Brasil acusações violentíssimas da extrema-esquerda passam desapercebidas, enquanto discursos lógicos (e as vezes contundentes) de direitistas são tachados de “crime de ódio”. Qual o critério?

A coisa ainda piora com essa frase de Marivaldo Pereira: “Não podemos permitir que o que a internet representa hoje para nós seja desvirtuado de modo a causar violência, sofrimento e divisões”.

Aí temos outro problema seríssimo, pois a ideologia marxista, ensinada nas escolas, é baseada em divisão. Falamos da guerra de classes, com base na revolução violenta.

Ou o discurso só será rotulado como “divisivo” quando se opor a um socialista?
Mas será que os discursos da campanha política do PT já não podem resolver este mistério? Por exemplo, aqui está um texto do Brasil247 onde é dito que “o amor venceu o ódio”.

Esse era o argumento de campanha. O PT xingava seus oponentes e partia para as maiores baixarias, e, preventivamente, dizia que tudo isso era “amor para vencer o ódio”.

Em um texto de Felipe Moura Brasil, temos mais um exemplo quando ele avalia o discurso da socialista pró-PT Laura Capriglione. Segundo Laura, era um absurdo terem vaiado Dilma Rousseff na Copa do Mundo. Esse seria o “crime de ódio”?

No artigo Quem são os bandidos que batem em jornalistas enquanto pedem o impeachment de Dilma, Laura rotulou a todos os manifestantes (que incluem muitas famílias) dessa forma:


- predadores neonazistas;
- espancadores e assassinos de homossexuais e negros;
- direita paulistana com ideais golpistas;
- órfãos de Hitler;
- nazista;
- anti-semita [sic];
- skinhead;
- cultivadores do ódio como definição existencial;
- lobos armados de socos ingleses, canivetes e nunchakus (arma usada por praticantes de artes marciais) que salivam diante da imprensa;
- hienas excitadas, sempre em bando;
- agressores de jornalistas;
- facínoras tatuados com o número 88, ou exibindo a Cruz de Ferro com a suástica;
- bandidos anti-comunistas como os assassinos do jornalista Vladimir Herzog;
- fascistas;
- turba;
- rapazes que arrostam violência e arreganham os dentes;
- gente que vai acabar matando alguém, com a cumplicidade do senador Aloysio Nunes e da Polícia Militar.


Esse é um discurso de ódio? Ou, conforme podemos suspeitar, ele deixará de valer por que a pessoa que o proferiu é petista?

Qualquer lei que fale em discurso de ódio, nessa altura do campeonato (e de acordo com as pessoas do PT envolvidas em sua estipulação), deveria ser mais clara. No mínimo, tratar discurso de ódio por padrões, ou seja, frases prontas para identificar de forma automática (até por recursos de software) se o discurso se enquadraria em “discurso de ódio”.

Nesse caso, por exemplo, a expressão “compreensível”, diante de um crime, teria que estar descrita nesse tipo de padrão:

  • Expressão proibida: “Compreensível” + “menção a um crime cometido por civil”
  • Expressão liberada: “Compreensível” + “menção a um crime cometido por criminoso por ficha corrida”

Esse é o tipo de proposta que deveria ser feita diante dessa lei. Não rejeitá-la, de jeito algum, pois aí os bolivarianos dirão “Está vendo. Eles não querem punir discurso de ódio”.

Ao contrário, uma proposta que os incomodaria muito é a exigência pela DIVULGAÇÃO CLARA das regras de discurso de ódio, no mesmo formato de “padrões” vistos em livros de propaganda. Isto é, até mesmo com listas de frases prontas dizendo o que pode e o que não pode.

Caso eles não aceitem esse tipo de proposta, então é evidente que estão deixando o termo “discurso de ódio” claramente vago para atacar somente opositores do governo.

Nesse caso, o ideal é esperar pelos primeiros mártires, isto é, pessoas que serão atacadas com base na interpretação subjetiva dessa lei, e usar isso como parte da ação política.


crime_de_odio

Nunca se mentiu tanto para esconder a corrupção petista. Ou: o esforço indigno de Ricardo Semler na defesa do indefensável.

epoca_ted_ricardo
O texto “Nunca se roubou tão pouco”, do empresário Ricardo Semler, é uma obra prima da prática falaciosa. Tem de tudo ali: estratagemas erísticos diversos, tu quoque e a infalível evidência anedotal. Certos momentos não dá para diferenciar o texto dele do discurso de um médium alegando fazer leitura na borra do café. Só faltou contar histórias de lobisomem e apresentar como evidências “eu via lobisomens todos os dias na roça”.
É inacreditável que os debates políticos tenham que ser levados para esse nível de irracionalidade proposto por Semler. Se a moda pega, ganha quem contar mais histórias, sem apresentar evidências. É como voltar às eras tribais, em tempos onde pessoas mais espertas enganavam as outras com histórias sobre “deuses da chuva”.
Vamos destrinchar essa peça inacreditável de desinformação em uma apresentação bem clara do que significa o ceticismo político.
Nossa empresa deixou de vender equipamentos para a Petrobras nos anos 70. Era impossível vender diretamente sem propina. Tentamos de novo nos anos 80, 90 e até recentemente. Em 40 anos de persistentes tentativas, nada feito.
Logo no início, já temos a primeira instância de evidência anedótica. A coisa é tão básica e banal que basta o Wikipedia para nos dar uma definição do truque:
Evidência anedótica, ou evidência anedotal refere-se a uma evidência informal na forma de anedota (conto, episódio, derivado do grego anékdota, significando ‘coisas não publicadas’), ou de “ouvir falar”. Quando utilizado em propaganda ou promoção de um produto, serviço ou idéia, a evidência anedótica é chamada de testemunho e é banida em algumas juridições norte-americanas. Também pode ser usada em contexto legal para certos testemunhos.
O termo é geralmente utilizado em contraste com evidência científica, especialmente na medicina baseada em evidências, que é uma evidência formal. A evidência anedótica freqüentemente não é considerada científica pois raramente pode ser analisada segundo o método científico. O mau uso de evidências anedóticas como evidências formais é considerada uma falácia (erro de argumentação lógica).
Outro problema relacionado ao uso de evidência anedotal é que, mesmo que real, não leva em consideração dados estatísticos, que poderiam evidenciar se a ocorrência estaria ou não dentro da variação prevista. A psicologia demonstrou que as pessoas tendem a se lembrar com mais facilidade de exemplos notáveis do que os ordinários, levando à falsa impressão de que estes ocorrem em uma freqüência mais alta do que a real. É por isso que casinos geralmente procuram chamar a atenção para os poucos que estão ganhando, pois levam à falsa impressão de que a probabilidade de ganhar é maior. Do mesmo modo, apesar dos acidentes aéreos serem muito mais raros do que os automobilísticos, não é incomum pessoas acharem que são muito comuns.
Também é interessante que Semler conte histórias dos anos 70, quando na verdade ele só entrou na empresa onde está até hoje em 1980. Detalhes esperados de um contador de anedotas um tanto quanto confuso…
Não há no mundo dos negócios quem não saiba disso. Nem qualquer um dos 86 mil honrados funcionários que nada ganham com a bandalheira da cúpula.
Lá vamos nós de novo para a evidência anedótica. Mas isso nos leva a uma conclusão bastante óbvia: se temos todos os empresários sabendo disso, e todos os 86 mil funcionários que nada ganham, como é que nenhum deles tem gravações e evidências de forma a comprovar escândalos de dimensões tão grandes quanto as do Mensalão e do Petrolão?
Os porcentuais caíram, foi só isso que mudou. Até em Paris sabia-se dos “cochons des dix pour cent”, os porquinhos que cobravam 10% por fora sobre a totalidade de importação de barris de petróleo em décadas passadas.
Que eu saiba, em Paris, nas últimas quatro décadas, também tínhamos tecnologia de gravação. Já nos anos 60, as fitas cassette eram bastante populares. Gravadores portáteis se popularizaram no fim dos anos 70, e com certeza as empresas tinham esse recurso a seu favor. Portanto eu queria ouvir alguma gravação falando em propinas de 10% na Petrobrás. Você tem algo assim, Semler?
Em suma, Semler conta histórias dos anos 60 e 70, mas só entrou em sua empresa nos anos 80. E nos anos 80, qualquer um poderia fazer uma gravação em fita cassete de qualquer coisa que quisesse.
Pergunta: por que Semler não consegue apresentar nenhuma gravação mostrando um caso de corrupção de tão larga escala como no Petrolão?
Agora tem gente fazendo passeata pela volta dos militares ao poder e uma elite escandalizada com os desvios na Petrobras. Santa hipocrisia. Onde estavam os envergonhados do país nas décadas em que houve evasão de R$ 1 trilhão –cem vezes mais do que o caso Petrobras– pelos empresários?
O que tem a ver o assunto de um bando de perdidos pedindo “intervenção militar” (e são minoria nas manifestações) com o assunto?
E aqui vemos um truque até engraçado. Ele diz que “nas décadas em que houve evasão de R$ 1 trilhão isso significa mais de cem vezes do que o caso Petrobrás”.
Que categorias de comparação são essas? Ele não deveria comparar uma década com outra, um ano com outro, uma empresa com outra? Mas ele compara  várias décadas (de todas as empresas juntas) com uma década de um partido diante de uma empresa em particular? É claro que ele está tentando te enganar com manipulação de categorias.
Virou moda fugir disso tudo para Miami, mas é justamente a turma de Miami que compra lá com dinheiro sonegado daqui. Que fingimento é esse?
Esse parágrafo acima não faz o menor sentido. É tão bobo que nem vale a pena refutar.
Vejo as pessoas vociferarem contra os nordestinos que garantiram a vitória da presidente Dilma Rousseff. Garantir renda para quem sempre foi preterido no desenvolvimento deveria ser motivo de princípio e de orgulho para um bom brasileiro. Tanto faz o partido.
O que tem a ver a questão dos nordestinos com o caso da corrupção?
É claramente uma instância da falácia “olha o avião”. Essa é aquela na qual você está discutindo um assunto e outro grita “olha o avião” (mesmo sem sequer existir um avião sobrevoando a área) somente para te distrair. Pura palhaçada.
Faça assim, Semler: traga evidências de escândalos de corrupção de todos os partidos que estiveram na mesma posição em que o PT, e então validaremos sua expressão “tanto faz o partido”. Que tal?
Não sendo petista, e sim tucano, com ficha orgulhosamente assinada por Franco Montoro, Mário Covas, José Serra e FHC, sinto-me à vontade para constatar que essa onda de prisões de executivos é um passo histórico para este país.
Agora é a falácia do apelo à autoridade. Algo como “me ouça pois sou tucano”. Mas pode muito bem ser um tucano com segundas intenções.
Ademais, o principal problema é que Semler só tem o direito moral de se sentir à vontade para trazer seus truques até o momento em que lembramos de tucanos como Xico Graziano, que tem agenda petista. Depois disso, ele só tem direito de se sentir obrigado a trazer evidências materiais de tudo que alega.
É ingênuo quem acha que poderia ter acontecido com qualquer presidente. Com bandalheiras vastamente maiores, nunca a Polícia Federal teria tido autonomia para prender corruptos cujos tentáculos levam ao próprio governo.
Ingênuo é quem cai em evidencias anedóticas em escala recorde, ao invés de olhar os fatos como eles são. Só é possível declarar existirem “bandalheiras vastamente maiores” a partir de evidências materiais, que Semler não consegue trazer. Aliás, até mesmo a tal “autonomia somente agora da Polícia Federal” é uma alegação  carente de evidências materiais.
Já aviso que o  truque do engavetador-geral da República, usado por Dilma na campanha, foi refutado com o frame do super-engavetador-geral da República, Rodrigo Janot. Ou seja: o truque de gritar “antes não investigava, agora investiga” não cola mais.
Votei pelo fim de um longo ciclo do PT, porque Dilma e o partido dela enfiaram os pés pelas mãos em termos de postura, aceite do sistema corrupto e políticas econômicas.
Esse é o truque da falsa causa para distrair a plateia. Se Semler não votou contra o PT por causa de seu projeto de tomada de poder (e a aliança criminosa com governos como os da Venezuela, Cuba e Argentina), mesmo tendo informação para tal, está tentando nos enganar.
É a mesma coisa que estar diante de um traficante e dizer que o motivo para prendê-lo é uma “multa de trânsito”. Semler realmente faz seus leitores de trouxas.
Mas Dilma agora lidera a todos nós, e preside o país num momento de muito orgulho e esperança. Deixemos de ser hipócritas e reconheçamos que estamos a andar à frente, e velozmente, neste quesito.
Hahahaha…
“Orgulho e esperança”? Esse sujeito realmente está tirando na cara de todo mundo, com certeza. Mas se é disso que Semler se orgulha, muita coisa já se explica a respeito de sua pachorra em lançar um texto tão indigno.  Ele realmente é muito hipócrita, avançando um discurso que nem mesmo os petistas mais cínicos teriam cara de pau de fazer.
A coisa não para na Petrobras. Há dezenas de outras estatais com esqueletos parecidos no armário. É raro ganhar uma concessão ou construir uma estrada sem os tentáculos sórdidos das empresas bandidas.
Bem possível. Mas isso não prova absolutamente nenhuma das alegações de Semler de que “nunca se roubou tão pouco”. As únicas provas que temos até agora mostram que nunca se roubou tanto…
O que muitos não sabem é que é igualmente difícil vender para muitas montadoras e incontáveis multinacionais sem antes dar propina para o diretor de compras.
Que mudança de modo vergonhosa, não Seu Semler? A questão das empresas privadas não é do âmbito da corrupção pública. Na verdade, isso reduz a competitividade das próprias empresas. Comparar corrupção em empresas privadas (onde o nosso dinheiro público não está sendo roubado) com corrupção em empresas públicas é uma fraude intelectual de muito baixo nível.
É lógico que a defesa desses executivos presos vão entrar novamente com habeas corpus, vários deles serão soltos, mas o susto e o passo à frente está dado. Daqui não se volta atrás como país.
E este passo à frente deve-se única e exclusivamente a PF e as denúncias de jornalistas independentes. E, sim, daqui é possível voltar atrás como país, se o PT conseguir nos transformar em uma Venezuela, onde a corrupção beira os níveis épicos.
A turma global que monitora a corrupção estima que 0,8% do PIB brasileiro é roubado. Esse número já foi de 3,1%, e estimam ter sido na casa de 5% há poucas décadas. O roubo está caindo, mas como a represa da Cantareira, em São Paulo, está a desnudar o volume barrento.
Não sei onde ele achou essa “turma global”, pois aqui temos um número bem diferente. Quem é a “turma global”, Semler? Isso realmente está divertido.
E ele ignora que na época de FHC 65 empresas estatais foram privatizadas, eliminando-se aí muitas oportunidades de corrupção. Mas daí temos um problema pior: se há menos empresas estatais a serem saqueadas, então como se rouba tanto hoje em dia? Isto é, sobrando menos empresas, é claro que os roubos tendem a ser mais descarados. Ficou feio, Semler, muito feio…
Mas que tal obtermos os dados do CPI (Corruption Perception Index)? Veja a posição do Brasil desde 1999:
  • 1999 – 45º
  • 2000 – 49º
  • 2001 – 46º
  • 2002 – 45º
  • 2003 – 54º
  • 2004 – 59º
  • 2005 – 62º
  • 2006 – 70º
  • 2007 – 62º
  • 2008 – 80º
  • 2009 – 75º
  • 2010 – 69º
  • 2011 – 73º
  • 2012 – 69º
  • 2013 – 72º
E isso que ainda não temos os dados de 2014, depois do Petrolão!
Boa parte sempre foi gasta com os partidos que se alugam por dinheiro vivo, e votos que são comprados no Congresso há décadas. E são os grandes partidos que os brasileiros reconduzem desde sempre.
Mais uma coisa que não está batendo nesse discurso. Ele tenta nos dizer que a corrupção caiu, mas o problema estaria nos “grandes partidos”. Mas o PT não é um “grande partido”? Aliás, é o de maior número de deputados na Câmara…
Cada um de nós tem um dedão na lama. Afinal, quem de nós não aceitou um pagamento sem recibo para médico, deu uma cervejinha para um guarda ou passou escritura de casa por um valor menor?
Isso é de uma cara de pau monstruosa. Anote aí: o Sr. Ricardo Semler acabou de dizer que todo cidadão que algum dia aceitou um pagamento sem recibo para um médico é tão culpado quanto um sujeito que saqueia uma estatal em prol de um projeto de poder totalitário. É o mesmo que dizer que qualquer cidadão que tenha praticado bullying na infância não tem moral para criticar genocídios de gente como Stalin e Hitler. É uma mentalidade doentia, realmente.  Estamos evidentemente diante de uma declaração psicopática.

Deixemos de cinismo. O antídoto contra esse veneno sistêmico é homeopático. Deixemos instalar o processo de cura, que é do país, e não de um partido.

Antídoto homeopático?
Ou seja, ao invés de tratarmos a corrupção com ações reais ele sugere “homeopatia”. Bem que eu notei estar diante de embustes que não passariam no crivo cético. A declaração de Semler combina bem com homeopatia mesmo.
Só falta agora ele propor meditação para “curar a alma do brasileiro”. Esse é um bloco verdadeiramente surreal.

O lodo desse veneno pode ser diluído, sim, com muita determinação e serenidade, e sem arroubos de vergonha ou repugnância cínicas. Não sejamos o volume morto, não permitamos que o barro triunfe novamente. Ninguém precisa ser alertado, cada de nós sabe o que precisa fazer em vez de resmungar.

E “determinação” para este sujeito significa usar relativismo moral e evidências anedóticas em quantidades tão assombrosas que fariam as narrativas de mula sem cabeça de tiozinhos de sítio parecerem relatos científicos.



Enfim, Semler faz alegações dizendo existir muito mais corrupção antes do PT. Agora ele tem uma obrigação moral de trazer caminhões e caminhões de provas. Ou então estamos diante de um prevaricador. Ou de um cínico. Ou ambos.


Mas agora sim estamos prontos a mudar o país! Desde que Ricardo Semler traga das provas de tudo que alegou. Infelizmente, pessoas que agem assim não costumam trazer provas.


Aliás, Semler diz que nunca pagou propina. Ótimo. Parabéns para ele! O problema é que ele poderia também inventar histórias sobre outros empresários para vender sua imagem. Temos mais um motivo para que ele traga evidências.
Sendo assim, Semler faz parte do movimento querendo nos levar de novo a um mundo onde basta contar histórias da carochinhas para se esconder os crimes comprovados da atualidade.


O que também é uma forma de corrupção moral.


Com certeza, este texto de Semler concorre ao título de mais desonesto do ano.
Em tempo: Racionalmente podemos até supor que existia muita corrupção no passado, ao mesmo tempo em que existe um volume torrencial de escândalos de corrupção no governo do PT.


Ninguém está dizendo que no passado todos eram santinhos. Mas uma alegação como aquela apresentada por Semler deveria ter sido respaldada por evidências ao invés de histórias do boitatá. Infelizmente, por não trazer essas evidências, coube a mim apenas usar um checklist de falácias para derrubá-lo.

Mais escândalo petista: Operação “Curinga” investiga crime eleitoral em benefício do PT em Minas Gerais

Cinco homens foram presos na operação
Mais um escândalo de corrupção em larga escala daquele partido de costume. Durante as investigações de fraude na Previdência Social do Norte de Minas, a PF achou muito mais coisas, conforme a matéria Polícia diz que PT trocou até Bolsa Família por votos, do Hoje em Dia:
A Polícia Federal (PF) deflagrou nessa terça-feira (18) a operação “Curinga” com o intuito de coibir fraude nos cofres da Previdência Social no Norte de Minas. No curso das investigações, a PF deparou-se com fortes indícios de crime eleitoral em benefício de candidatos da coligação do PT. Dessa forma, a operação policial será desmembrada.
Isso porque os nomes dos deputados petistas Reginaldo Lopes, reeleito para a Câmara dos Deputados e cotado para assumir o Ministério da Educação, e do deputado estadual Paulo Guedes foram citados no relatório parcial da PF. O envolvimento dos parlamentares com a quadrilha do INSS foi descartado, mas eles podem ter sido beneficiados eleitoralmente.


O esquema de fraude na Previdência foi montado dentro da prefeitura e da Câmara Municipal de Monte Azul. O escritório do INSS em Espinosa, cidade localizada a 40 Km de Monte Azul, foi utilizado pelo bando. Os principais políticos de Monte Azul estão diretamente envolvidos com o rombo nos cofres da Previdência, estimado em R$ 200 mil, e com os crimes eleitorais. Entre eles, o vice-prefeito, três vereadores, três secretários da prefeitura, além do sindicato de trabalhadores rurais da cidade, todos eles ligados ao PT. A partir de documentação forjada, o grupo conseguia aposentadoria para pessoas que nunca foram trabalhadores rurais.


O Hoje em Dia teve acesso aos documentos e aos grampos telefônicos da investigação. De acordo com o inquérito, benefícios previdenciários, materiais de construção, combustível, além de cadastros do Bolsa Família, auxílio-doença, Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e até dentaduras foram oferecidos em troca de voto.


Além da Zona da Mata, o Norte de Minas foi a região na qual a presidente reeleita, Dilma Rousseff (PT) obteve maior vantagem perante o tucano Aécio Neves, seu principal oponente. Em Monte Azul, por exemplo, Dilma obteve 76% dos votos da cidade, enquanto Aécio ficou com 14%. Guedes e Lopes conquistaram 30% dos votos válidos do município. Lopes foi o mais votado, e Guedes, o segundo.


Em um dos grampos telefônicos, o vereador Geraldo Moreira dos Anjos, o Ladim (PT), foi flagrado orientando o eleitor Flávio Custódio Teixeira a votar nos candidatos do PT. O vereador petista, segundo o inquérito, intermediou a inclusão da mulher de Teixeira na lista do Bolsa Família. A inclusão dela no cadastro será investigada, já que a maioria das benesses, especialmente os programas de transferência de renda e as aposentadorias, foram destinadas a pessoas que não poderiam ser contempladas.


Em outro diálogo, o vice-prefeito de Monte Azul, Antônio Idalino, o Toninho da Barraca (PT), foi pego autorizando o caminhão-pipa da cidade a fornecer água para uma piscina na casa de um eleitor. Numa outra conversa, o petista determina que a dentista da prefeitura faça dentaduras para eleitores.


Vice, vereadores e secretários envolvidos
Contra o vice-prefeito de Monte Azul, Antônio Idalino Teixeira, o Toninho da Barraca (PT), a Justiça Federal em Montes Claros, no Norte de Minas, decretou mandado de condução coercitiva e busca e apreensão na casa do político e na prefeitura. Ele é considerado uma das principais peças do esquema.

O servidor do INSS de Espinosa Ronaldo de Medeiros Boeira e os vereadores Geraldo Moreira dos Anjos, Geraldo Ladim (PT), e Marineide Freitas da Silva, a Marineide do Sindicato (PT), foram presos temporariamente.

O mesmo ocorreu com o presidente do sindicato dos trabalhadores rurais de Monte Azul, Antônio Tolintino, e seu secretário, Nilton Rodrigues Nunes. Conforme as investigações, os dois são suspeitos de fraudar os processos de aposentadorias rurais por tempo de serviço. Os benefícios eram concedidos a pessoas que não preenchiam os requisitos legais.

Já o vereador Francisco de Assis Gonçalves Dias, o Diassis (PP), foi conduzido para prestar depoimento e teve a casa vasculhada pelos federais. Depois do interrogatório foi liberado.

Três secretárias de Monte Azul também estão entre os investigados. São elas: Aurélia de Paula Santos (Educação), Vanessa dos Anjos Dias (Saúde) e Cássia Michele Gomes (Finanças). Para as três, foram expedidos mandados de condução coercitiva, além de busca e apreensão em suas residências e na prefeitura.

Durante todo o dia, a reportagem fez contatos com a prefeitura e com a Câmara Municipal de Monte Azul, mas até o fechamento desta edição ninguém foi encontrado para comentar a ação da PF.

Em entrevista ao Hoje em Dia, o deputado Paulo Guedes classificou a operação de “factoide eleitoral”, mas comprometeu-se a averiguar o assunto. “Se houve alguma irregularidade, não tenho nada a ver com isso. Obtive 165 mil votos em todo o Estado. É impossível policiar todos os aliados”, declarou.

Mais votado do PT em Minas, o deputado federal Reginaldo Lopes foi procurado no celular e em seu gabinete, em Brasília. A assessora de imprensa do parlamentar em BH chegou a atender os telefonemas do Hoje em Dia. Alegou que o parlamentar estava com a agenda cheia de compromissos. Depois, informou que o parlamentar não iria se manifestar nessa terça.

Operação ‘Curinga’ tem 19 alvos
Ao todo, 19 pessoas são alvo da operação “Curinga”, sendo que 17 foram levadas para a sede da Polícia Federal (PF) em Montes Claros, no Norte de Minas, e outras duas são procuradas. A polícia informou ainda que 39 mandados judiciais de busca e apreensão, condução coercitiva e sequestro de bens estão sendo cumpridos.

Uma segunda fase da operação “Curinga” será deflagrada para reprimir possíveis crimes eleitorais. Os investigados responderão, neste primeiro momento, por crimes contra a administração pública, estelionato, formação de quadrilha e falsidade ideológica, dentre outros. Uma vez condenados, as penas máximas aplicadas aos crimes podem ultrapassar 20 anos.
Enquanto isso, o PSDB se disse perplexo com esses achados. Veja, conforme o Terra:
O PSBD de Minas Gerais divulgou um comunicado, nesta quarta-feira, em que se diz “perplexo” com  indícios da prática de crimes na disputa eleitoral deste ano. De acordo com a nota, informações reveladas pela Polícia Federal durante a Operação Curinga apontam que autoridades e candidatos do PT teriam comprado votos no Estado.

“É degradante assistirmos, em pleno século 21, prefeitos, vereadores e deputados do PT sob suspeita de envolvimento no uso abusivo de programas sociais, como o Bolsa Família, o Pronaf e o auxílio doença, e até mesmo na distribuição de dentaduras”, diz o texto.

De acordo com o diretório estadual do partido, comandado por Marcus Pestana, se confirmados, os crimes merecem “o repúdio de todos os mineiros e brasileiros”.

“Enquanto assistimos estarrecidos no Brasil ao maior escândalo de corrupção já ocorrido no mundo, arquitetado e mantido durante os anos do governo do PT e nas gestões de seus indicados na Petrobras, revelam-se em Minas as mais antigas e ultrapassadas práticas de manipulação e de abuso da boa fé da população mais pobre e dependente das políticas sociais do governo federal (…). A ausência de limites e o emprego de quaisquer meios parecem ser o caminho de petistas para alcançar seus objetivos de manutenção no poder”, afirma, lembrando, em seguida, dos “51 milhões de brasileiros que manifestaram voto em Aécio Neves” contra “a corrupção, os desvios e os malfeitos”.
Se foi uma declaração política como aquelas que Dilma fazia dizendo-se “estarrecida” com o outro lado, tudo bem. Mas se foi uma declaração sincera, temos um problema, pois nesta altura do campeonato não existe mais o direito moral de alguém experiente em política se surpreender com coisas desse tipo.


Alguns petistas dizem: “Você acha que o PT inventou a corrupção, é?”. No que eu respondo: “Não. Projetos de saqueamento de poder neste nível quem inventou foi Stalin. Depois tivemos Mao, Fidel, Chavez e Kirchner. Mas neste nível de saqueamento de estados, o PT está no caminho. Não há outro partido no Brasil que tenha chegado nesse nível stalinista de corrupção”. E lá se vai a propaganda de relativismo moral do espertinho.



Enfim, em relação aos ocorridos, só tenho a dizer o seguinte: por que não estou surpreso?


São Luiz repete polêmica de Belo Monte


André Borges - O Estado de S. Paulo
21 Novembro 2014 | 21h 23

Informações e laudos técnicos sobre o projeto de usina no Rio Tapajós no Ibama já acumulam mais páginas do que o da hidrelétrica do Xingu

Ed Ferreira/Estadão
Indígenas protestam contra Belo Monte: manifestações vão se repetir contra usina São Luiz do Tapajós


Está longe o dia em que a hidrelétrica de São Luiz do Tapajós começará a produzir seus primeiros megawatts, como deseja o governo, mas seu projeto já foi suficiente para gerar um amontoado de 15 mil páginas de informações e laudos técnicos empilhados em dezenas de blocos, na sede do Ibama.




A papelada que trata do licenciamento ambiental da hidrelétrica é recorde nas prateleiras do órgão ambiental e supera até mesmo o volume enciclopédico acumulado no conturbado processo de Belo Monte, que somou 12 mil páginas.
Uma força-tarefa foi montada pelo Ibama para cuidar do caso.



Nove analistas ambientais foram deslocados para analisar exclusivamente a viabilidade socioambiental daquela que tem a ambição de ser última grande hidrelétrica erguida no País. Com 8.040 megawatts, seria a primeira barragem no Rio Tapajós, no Pará, um dos principais afluentes do Rio Amazonas.



Apesar da mobilização em torno do projeto, o Estado apurou que os levantamentos de dados encaminhadas pelo Grupo de Estudo Tapajós, formado por gigantes do setor elétrico e empreiteiras, não têm atendido a todas exigências do Ibama. Demandas de informações complementares e mais aprofundadas serão entregues pelo órgão ambiental aos responsáveis pelos estudos.



A avaliação do relatório de impacto ambiental de São Luiz do Tapajós teve início em maio. No dia 17 de setembro, o governo chegou a anunciar que o leilão da usina seria feito ainda neste fim de ano. No dia seguinte, porém, o Ministério de Minas e Energia voltou atrás e cancelou oficialmente o plano.



Cronograma. Para que o projeto da usina possa ser leiloado, é preciso que o governo obtenha a licença prévia ambiental. Trata-se de regra do setor elétrico, para dar mais segurança ao investidor que vencer o leilão. Hoje, porém, São Luiz é um empreendimento sem cronograma definido, apesar do desejo do Ministério de Minas e Energia de ver a hidrelétrica contratada em 2015.
Na prática, porém, não há previsão no Ibama sobre quando a licença prévia será emitida, ou nem mesmo se ela é, de fato, viável. As audiências públicas, que devem ser realizadas em povoados e municípios da região para discutir o assunto, ainda não têm data nem local definidos.


Paralelamente à complexidade socioambiental de São Luiz, corre ainda o processo que trata dos impactos a terras e comunidades indígenas, um capítulo à parte na história da usina e que ainda deve render muita discussão. A Fundação Nacional do Índio (Funai), que no início de outubro já havia concluído pela inviabilidade do empreendimento, por causa das interferências em terras e aldeias, ainda não enviou seu parecer ao Ibama, a quem cabe dar um posicionamento final sobre a obra.


Protesto. No próximo dia 27, está prevista uma manifestação na comunidade de São Luiz, próxima ao município de Itaituba, cerca de 70 km abaixo do local do rio previsto para a barragem. A manifestação é liderada pelo padre Edilberto Sena, ligado ao Movimento Tapajós Vivo.



Envolta em polêmicas, a hidrelétrica acumula mais de quatro anos de atraso em relação ao cronograma original. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que chegou a programar o início de operação da usina para janeiro de 2016, agora estima que isso só vá ocorrer em agosto de 2020. Dos 18 novos projetos hidrelétricos previstos para entrar em operação entre 2019 a 2023 - um conjunto de usinas que soma 14.679 MW -, a São Luiz representa sozinha 55% de toda essa energia. O investimento previsto é de R$ 30 bilhões.

Marina critica primeiras medidas econômicas de Dilma



EDUARDO RODRIGUES - Estadão Conteúdo
23 Novembro 2014 | 17h 52 



A ex-ministra Marina Silva criticou duramente as primeiras medidas tomadas pela presidente Dilma Rousseff na economia após o segundo turno das eleições. Marina, que disputou a sucessão presidencial pelo PSB, não quis fazer comentários sobre os nomes cogitados para os ministérios do novo governo, mas acusou a presidente de tomar o rumo conservador, que na campanha tanto criticou.



A Executiva da Rede Sustentabilidade, partido que Marina não conseguiu ainda legalizar, realizou dois dias de reunião, em Brasília. A ex-ministra informou que os integrantes da agremiação, que se filiaram ao PSB para a disputa eleitoral deste ano, continuarão até que se consiga as cerca de 32 mil assinaturas, que ainda faltam para viabilizar o partido.



Marina acusou de "marketing selvagem" o que o PT teria feito durante a campanha e que agora se mostraria incoerente. "Uma coisa foi o marketing selvagem para se ganhar a eleição e outra coisa agora é a realidade. A nossa atitude de oposição independente é coerente com aquilo que falamos durante a campanha. Seremos contrários ao que julgarmos que seja ruim e favoráveis ao que for bom", disse a ex-candidata.



Entre os pontos criticados por Marina está o aumento da taxa de juros e o anúncio da redução do superávit primário em 2014 logo após o fim das eleições. O Banco Central elevou a Selic de 11% para 11,25% ao ano em outubro, surpreendendo o mercado financeiro. "Uma outra coisa que antes era tratada como um tabu durante a campanha eram os preços administrados. E já vimos ações tomadas logo após a eleição. Esta é a diferença entre a realidade e o mundo colorido do marketing selvagem do PT", completou.



Perguntada os nomes cogitados para o Ministério da Fazenda - primeiro Luiz Carlos Trabuco e, depois, Joaquim Levy, ambos do Bradesco - logo após o PT ter cunhado a expressão "candidata dos banqueiros" para classificar Marina durante a campanha, a ex-ministra afirmou preferir não comentar nomes antes de um anúncio oficial do governo.


Ainda assim, Marina lembrou que Levy foi braço direito do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e classificou o economista como "competente". Ela lembrou que Palocci foi o responsável pelo superávit fiscal que superou a meta de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2005 e chegou a 4,84%. "E a presidente Dilma criticou muito isso (a elevação do superávit) durante a campanha."



Marina também não quis comentar a hipótese de a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) vir a assumir o Ministério da Agricultura. "Vivemos um momento delicado, de uma visão desenvolvimentista, que não respeita o meio ambiente. O código ambiental representou um retrocesso no Congresso e o desmatamento volta a crescer", avaliou.



Já o porta-voz da Rede Sustentabilidade, Walter Feldman, complementou dizendo que as medidas de ajustes ficais que já vêm sendo tomadas pela presidente Dilma mostram que a economia, de fato, está em uma situação mais dramática do que a que era mostrada na campanha do PT. "Aquela história de pobres contra ricos, trabalhadores contra banqueiros, não se mostrou uma verdade como era dita na campanha da Dilma." 



Embora o PSB só deva anunciar sua posição em relação ao governo federal até 27 de novembro, próxima quinta-feira, a Rede Sustentabilidade já se declara "oposição" à gestão Dilma Rousseff. Antes da legalização do partido, a Rede evita fazer um balanço de parlamentares eleitos, mas, sem citar nomes de aliados, a estimativa é de que o novo partido tenha seis deputados estaduais, dois deputados federais e um senador na próxima legislatura.



Sobre as alianças estaduais, Feldman afirmou que a Rede participará dos governos apoiados pelo grupo nas eleições deste ano desde que a formação dessas gestões tenha afinidade programática com os ideais da Rede. "Vamos dar uma contribuição real a esses governos, e não apenas ocupar espaço. Indicaremos pessoas por critérios de capacidade técnica e administrativa. Queremos ter uma participação qualificada", concluiu.



As deliberações da Executiva Nacional tomadas neste fim de semana serão levadas à reunião do diretório nacional da Rede Sustentabilidade, que ocorrerá no próximo mês. Somente em dezembro, portanto, a plataforma de oposição do grupo será concluída.

11 executivos integram 1º pedido de condenação na Operação Lava Jato


RICARDO BRANDT e FAUSTO MACEDO - O Estado de S.Paulo
23 Novembro 2014 | 13h 00

 

 

Denúncias serão fatiadas; na peça inicial a ser apresentada à Justiça, MP mira em esquema do PP envolvendo 6 empresas



CURITIBA - A força-tarefa da Operação Lava Jato considera ter provas para pedir a condenação de 11 executivos das empreiteiras Camargo Corrêa, OAS, Mendes Júnior, Galvão Engenharia, UTC Engenharia e Engevix, como parte do esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa envolvendo o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef.


A acusação trata do braço do PP no esquema de propina de 1% em grandes contratos da estatal, via diretoria de Abastecimento, entre 2009 e 2014. Será a primeira denúncia envolvendo empreiteiros, nesta fase da Operação Lava Jato batizada de Juízo Final - o esquema já rendeu, sem incluir empreiteiros, dez ações anteriores, que tinham como alvo Costa, Youssef e outros doleiros.
O plano da força-tarefa é entrar com outras denúncias contra empreiteiros, usando indícios que envolvem os demais partidos citados no escândalo, como PT e PMDB, e suas relações com os fornecedores da Petrobrás.
André Dusek/Estadão
Paulo Roberto Costa atuava, segundo a PF, com facilitador do doleiro Alberto Youssef na Petrobrás, tanto no período em que ocupava o cargo, entre 2004 e 2012, quanto depois, como consultor do setor petroquímico
 
 
Obras. Essa primeira peça de acusação trará ainda elementos fundamentados principalmente no esquema que teria atuado em duas grandes obras da Petrobrás: a refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).


A denúncia será apresentada pelo Ministério Público Federal à Justiça Federal de Curitiba até a segunda semana de dezembro. O juiz federal Sérgio Moro tem até 20 de dezembro, quando começa o recesso do Poder Judiciário, para decidir se aceita e torna réus os acusados ou se rejeita a peça.


Os onze executivos presos cautelarmente na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, desde o dia 14, o ex-diretor de Abastecimento e Youssef - esses dois presos desde março, no início da Lava Jato - serão acusados formalmente por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção (veja a lista de acusados no quadro ao lado).


Argumentos. Os procuradores sustentarão que as empresas do "clube" agiam por ato de ofício ao se organizarem para discutir os contratos e pagamentos que lhe rendiam vantagens. Para os investigadores, não houve prática de extorsão, mas um crime cometido de maneira organizada, com divisão de funções, continuadamente e com fins comuns.


A acusação vai contra a estratégia jurídica da defesa das empreiteiras, colocada em curso neste mês, para apontar suposta "extorsão" por parte de Youssef e Costa. A argumentação visa desqualificar os depoimentos de delatores da Lava Jato.



A denúncia apontará que os executivos usaram conscientemente a lavanderia criada por Youssef que enviava valores ao exterior. Outros dois depoimentos de delatores que serão levados em conta são os dos executivos do grupo Toyo Setal, Julio Gerin Camargo e Augusto Mendonça Ribeiro Filho, que admitiram ter pago propina, apontaram contas no exterior dos acusados e confirmaram a existência do "clube" de empreiteiras e a combinação de contratos.


Empreiteiros negam corrupção e alegam extorsão. Os executivos presos na Lava Jato negaram até agora envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobrás. Alguns alegam extorsão por parte do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor Paulo Roberto Costa para justificar as movimentações financeiras com empresas de fachada. 
 
 
Na sexta-feira, em pedido de liberdade apresentado pelo executivo Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia, a defesa fala em “coação”. Advogados de Gerson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix, foram ao STF argumentando que as ordens de buscas e de prisão “caracterizam manifesta usurpação da competência privativa do STF” - de investigar políticos, com direito a foro privilegiado.