sábado, 13 de maio de 2023

150 caminhões a hidrogênio prontos para rodar nas estradas europeias

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150 caminhões a hidrogênio prontos para rodar nas estradas europeias

Redação do Site Inovação Tecnológica - 10/05/2023

150 caminhões a hidrogênio prontos para rodar nas estradas europeias
Os maiores fabricantes europeus de caminhões participam do projeto.
[Imagem: H2Accelerate]

Caminhões movidos a hidrogênio

Ao contrário do que aconteceu nos EUA, onde bilhões de dólares gastos em programas governamentais de incentivo à economia do hidrogênio não surtiram efeitos práticos no final da cadeia produtiva, a Europa se prepara para colocar o hidrogênio nas estradas.

O primeiro de um total de 150 caminhões pesados movidos a hidrogênio começará a rodar nas estradas europeias no próximo ano.

Alguns dos maiores fabricantes de caminhões do mundo, incluindo Daimler, Volvo e Iveco, se uniram para apoiar um projeto de pesquisa chamado H2Accelerate Trucks, liderado pelo instituto de pesquisas Sintef, da Noruega.

O projeto envolve colocar para rodar essa primeira frota de caminhões livres de emissões, todos movidos a células de combustível.

Para abastecê-los, um total de oito postos de abastecimento de hidrogênio estão sendo construídos ao longo das rotas onde os primeiros caminhões irão rodar.

"Este projeto nos oferece a oportunidade de coordenar o desenvolvimento da tecnologia de caminhões ultramodernos com a necessária infraestrutura," disse Steffen Moller-Holst, líder do projeto. "Isso nos permitirá ir ao encontro das ambições de mitigação das alterações climáticas de inúmeras empresas europeias que procuram conseguir um transporte das suas mercadorias sem emissões."

150 caminhões a hidrogênio prontos para rodar nas estradas europeias
Os caminhões são elétricos, com o hidrogênio sendo usado para produzir a eletricidade.
[Imagem: Volvo]

Caminhões elétricos a hidrogênio

O projeto H2Accelerate Trucks apostou alto, e foi direto para a tecnologia mais futurista para o uso do hidrogênio nos transportes, ainda que ela não fosse considerada aquela com maior nível de prontidão tecnológica.

O hidrogênio é armazenado em tanques, o que tem-se mostrado tecnicamente problemático, e alimenta células a combustível, que geram eletricidade diretamente, produzindo apenas água como subproduto - não há qualquer emissão de carbono ou outro poluente.

Essa eletricidade é usada para alimentar os motores elétricos do caminhão, o que parece uma opção interessante porque a indústria pode se concentrar na produção do sistema de propulsão dos caminhões elétricos sem se preocupar se a eletricidade será suprida por células a combustível ou por baterias.

Os caminhões a hidrogênio também têm um banco de baterias de reserva, para suprir energia nos momentos de maior demanda, como nas subidas. Quando a demanda dos motores é estável, o excesso de energia gerada pelas células a combustível é usada para recarregar as baterias. Elas também recebem um suprimento do sistema regenerativo do sistema de freios do caminhão.

Até o final do projeto, o objetivo é criar uma plataforma para aumentar a capacidade de produção para milhares de caminhões a hidrogênio por ano.

Os caminhões colocados em operação nesta primeira fase terão capacidade de carga de até 44 toneladas e autonomias entre 600 e 1.000 quilômetros.


Rodrigo Pacheco retira ‘PL do Veneno’ do plenário do Senado e envia para a Comissão de Meio Ambiente








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Rodrigo Pacheco retira ‘PL do Veneno’ do plenário do Senado e envia para a Comissão de Meio Ambiente

Desde que o Projeto de Lei nº 1.459/ 2022 – também conhecido como PL do Veneno – foi encaminhado em fevereiro do ano passado, diferentes organizações e movimentos têm se manifestado para solicitar ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, que ele tire o texto da pauta do plenário.

Uma das mobilizações mais contundentes (realizada contra um pacote de 7 projetos de destruição) – foi o Ato pela Terra, liderado em 9 de março de 2022 por Caetano Veloso, acompanhado por 40 artistas, chefs de cozinha e outras personalidades, além de mais de 230 organizações e movimentos socioambientais, que reuniu mais de 15 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios.

Antes do show, o grupo visitou o Supremo Tribunal Federal (STF) e esteve com Rodrigo Pacheco e Randolfe Rodrigues no Salão Negro do Senado (abaixo) para fazer reivindicações, entre elas, não deixar o PL ser pautado no plenário. Em junho, Pacheco descumpriu a promessa.

Caetano Veloso com os senadores Rodrigo Pacheco e Randolfe Rodrigues lê manifesto / Foto: Mídia Ninja

Demorou, Pacheco permitiu a tramitação no plenário do Senado, mas, finalmente, em 8 de maio, determinou que o texto seja debatido na Comissão de Meio Ambiente (CMA), presidida pela senadora Leila Barros. 

Hoje, de acordo com tramitação descrita na página do PL, ele está em poder do senador Fabiano Contarato para elaboração de relatório.

O envio do PL do Veneno para a referida comissão é um avanço para o aprofundamento do debate em torno da proposta, Mas o que as organizações socioambientais, entre elas a Campanha contra os Agrotóxicos, defendem é que o texto também passe por outras comissões como as de Assuntos Sociais (CAS) e Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

Em março de 2022, o senador Humberto Costa, apresentou dois requerimentos fazendo essa solicitação e destacou que, “ao flexibilizar e acelerar a liberação de componentes e novas moléculas, o PL 1459/2022, abre brechas e aumenta ainda mais as pressões pelo registro de agrotóxicos, com consequências extremamente danosas para a saúde”.

Em tese, a Câmara dos Deputados foi a casa revisora do PL, portanto, não é atribuição dos senadores e das senadoras alterar a redação. No entanto, segundo nota da Campanha contra os Agrotóxicos, o PL 1459/2022 é completamente divergente do projeto original (PL 526/1999), que tinha a proposta de alteração de apenas um artigo da lei vigente de agrotóxicos. 

“O que está sendo discutido agora é a revogação da legislação em 16 artigos, que não apontam nenhum avanço para a sociedade brasileira, mas, sim, atende aos interesses da indústria agroquímica, contando com apoio de setores do agronegócio”, salienta.

“Por defendermos a vida, seguiremos cobrando que o Pacote do Veneno seja amplamente debatido no Senado Federal e com a sociedade que já não aguenta mais esse modo de produzir que gera adoecimento, insegurança alimentar e tantas outras violências. Cobramos também que o governo federal adote medidas para a urgente redução de agrotóxicos”, finaliza o movimento.

O que propõe o PL do Veneno 

O texto do relator Senador Acir Gurgacz, que agora é apreciado pela Comissão de Meio Ambiente:

– prevê alterações importantes na legislação, inclusive com a revogação da lei atual de agrotóxicos. Ele transfere o poder de decisão de aprovação de um novo agrotóxico para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, tornando praticamente consultivas partes fundamentais do processo de avaliação e aprovação, como Ministério do Meio Ambiente e Anvisa; 
– facilita a liberação de substancias cancerígenas ao considerar que qualquer ingrediente pode ser liberados desde que não apresentem “risco inaceitável”, sem se quer definir o que seria aceitável ou inaceitável, nem quem determinaria isso; 
– muda o termo “agrotóxico” para “pesticida” mascarando a nocividade dessas substâncias; e 
– confere registro temporário sem avaliação para os pesticidas que não forem analisados no prazo estabelecido pela nova Lei.

Resquícios marcantes do tempo do governo Bolsonaro….

A tramitação desde 1999

De autoria do senador Blairo Maggi (PLS 526/99), o projeto tinha, inicialmente, apenas dois artigos e havia sido aprovado na CAS (Comissão de Assuntos Sociais) de forma terminativa em 2002. 

Ficou anos sem movimentação, até que, em 2015, sofreu profundas modificações e foi aprovado na Comissão Especial em 2018, presidida pela então deputada Tereza Cristina (hoje, senadora, integrante da Comissão de Meio Ambiente, entre outras) e sob relatoria do então deputado Luiz Nishimori (que é dono de empresas de agrotóxicos, veja só).

Em 2021, enquanto o projeto estava parado no Congresso, Bolsonaro acelerou o processo de liberação de agrotóxicos via decreto, em um texto que permitia a liberação dos pesticidas caso exista um “limite seguro de exposição” e que criava um rito de “tramitação prioritária” para aprovação de novos produtos. 

Em fevereiro de 2022 foi votado e aprovado no plenário da Câmara dos Deputados e retornou ao Senado Federal. Tramitou a partir de junho e foi despachado por Rodrigo Pacheco exclusivamente para a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA). Lá foi aprovado sem passar por um debate ampliado e voltou para o plenário, onde foi rejeitado em dezembro de 2022

Foto: 342Artes e 342Amazônia

Desafio da Natureza Urbana recebe mais de 1,8 milhão de imagens incríveis, que revelam a vida selvagem nas cidades

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Desafio da Natureza Urbana recebe mais de 1,8 milhão de imagens incríveis, que revelam a vida selvagem nas cidades

Desafio da Natureza Urbana recebe mais de 1,8 milhão de imagens incríveis que revelam a vida selvagem nas cidades

Em apenas quatro dias, mais de 1,8 milhão de fotos, de 57.200 espécies de animais e plantas foram enviadas para o City Nature Challenge, o Desafio da Natureza Urbana, iniciativa internacional realizada há quase duas semanas. São imagens incríveis e inusitadas, como este flagrante acima, de uma doninha com sua presa ainda na boca, enviada por Adam Olsen.

Criado em 2016 como um desafio entre as cidades norte-americanas de São Francisco e Los Angeles, como contei nesta outra reportagem, o projeto se tornou global e a cada ano envolve mais pessoas e países. Nesta edição de 2023, foram cerca de 65 mil participantes, em 450 cidades, incluindo algumas brasileiras.

Este ano a grande campeã do desafio foi La Paz, na Bolívia, com mais de 126 mil observações de fauna e flora.

A “competição”, que visa estimular uma melhor interação entre seres humanos e natureza nos centros urbanos, bem como promover a chamada ciência cidadã, em que cidadãos comuns ajudam pesquisadores no trabalho de proteção e identificação da fauna e da flora do planeta, é promovida pela Academia de Ciências da Califórnia e o Museu de História Natural de Los Angeles.

“Fico sempre muito feliz de ver novas cidades participando do City Nature Challenge”, diz Alison Young, codiretora de Ciência Comunitária da Academia e cofundadora do Desafio. “Este ano, ficamos entusiasmados em receber participantes de Baku, no Azerbaijão, Maputo, em Moçambique, Nairóbi, no Quênia, bem como várias cidades da Índia, Ruanda e Tailândia”.

Dos 1,8 milhão de registros feitos, 2.500 eram de espécies raras, em risco ou ameaçadas de extinção.

Entre os destaques do Desafio da Natureza Urbana 2023 estão uma raia elétrica gigante com albinismo ou leucismo perto da Ilha Socorro, no México, um golfinho jubarte do Indo-Pacífico na costa de Hong Kong, uma espécie criticamente ameaçada de extinção, o buchu, na África do Sul, e um corpulento sapo-com-chifres-do-Pacífico, no Equador.

“Desacelerar e realmente ver quantas espécies diferentes estão ao seu redor, não importa onde você esteja – talvez até mesmo encontrar algo que você não fazia ideia que vivia ao seu redor – ajuda a construir uma apreciação mais profunda do mundo natural”, acredita Alyson.

Abaixo algumas dessas images que foram consideradas como destaque:

Desafio da Natureza Urbana recebe mais de 1,8 milhão de imagens incríveis que revelam a vida selvagem nas cidades

Uma garça-real-de-coroa-amarela
(Foto: Joe Manthey)

Desafio da Natureza Urbana recebe mais de 1,8 milhão de imagens incríveis que revelam a vida selvagem nas cidades

Bolor limoso cor-de-rosa, que mais faz lembrar um algodão doce
(Foto: Ryan Person)

Desafio da Natureza Urbana recebe mais de 1,8 milhão de imagens incríveis que revelam a vida selvagem nas cidades

A raia elétrica branca fotografada no México
(Foto: Hector Hernandez)

O sapo-de-chifres-do-Pacífico
(Foto: Mario Muñoz)

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