sexta-feira, 11 de abril de 2014

Vá trabalhar, deputado! – quando os palácios deixarem

RENATO RIELLA

O jornal diário precisa se reinventar. Caso contrário, vai minguar, minguar, até acabar. Hoje, lendo o Facebook ou o Uol, por exemplo, o leitor encontra todo o noticiário da imprensa escrita do dia seguinte.

Por isso, aplaudo diariamente o Correio Braziliense na luta para se salvar. É uma luta inteligente, encabeçada pela editora Ana Dubeux.

É preciso sair do “disse ontem”, que era comum nos jornais das décadas passadas. Um caminho para marcar presença útil é a fixação de campanhas como esta do Correio, que manda os deputados trabalharem.

Vá trabalhar, deputado – é um mote importante no período pré-eleitoral, embora saibamos que os parlamentares são vítimas dos seres poderosos instalados nos palácios.

A presidente Dilma Rousseff, com aquela cara de boba emburrada, é maquiavélica. Valendo-se de medidas provisórias e de outros atos administrativos, ela deu um nó no Congresso Nacional desde o ano passado.

A jogada mais inteligente foi o envio, com toda a pompa, do projeto do Marco Civil da Internet, aproveitando-se da histeria artificial criada pela possível espionagem de Barack Obama.

Este projeto da Internet foi enviado no ano passado à Câmara Federal em regime de urgência. O leitor comum pensa que, com isso, o governo quer votar logo o projeto. Coitados dos brasileiros desinformados!

Na verdade, o projeto em regime de urgência trava a pauta da Câmara e, como consequência, a do Senado. Em relação a este, da Internet, o Planalto não tem pressa nenhuma.

Vimos que os aliados da Dilma causaram a maior polêmica na apreciação desse projeto, que parou a Câmara durante mais de seis meses, até ser votado e já enviado ao Senado, onde vai parar esta Casa também.

Na Câmara Legislativa do DF ocorre coisa semelhante. Esta Casa tem 19 a 20 deputados totalmente ligados ao Palácio do Buriti. Se não votam é porque o governador Agnelo Queiroz não se empenha de forma suficiente para ver projetos aprovados.

Em ano eleitoral, interessa ao Planalto e ao Buriti ver um Poder Legislativo sem aprovar nada até maio, quando teremos Copa do Mundo, seguida de momento eleitoral.

Assim, a campanha do Correio mandando os deputados trabalharem é interessante e faz o jornal marcar posição junto aos leitores. Mas podia via acrescentada da frase: “Dilma e Agnelo, mandem os deputados trabalharem”.

Agripino Maia cobra explicações sobre 'rebelião' do IBGE


Publicação: Sexta-feira, 11/04/2014 às 15:16:00
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O presidente do Democratas, senador Agripino Maia (RN), cobrou explicações públicas da direção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o principio de "rebelião" no órgão por conta da suspensão este ano das divulgações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua por causa da revisão da metodologia. 
 
Estavam previstas apresentações da pesquisa em junho e setembro, com a disputa eleitoral. O anúncio da suspensão motivou o pedido de exoneração da diretora de Pesquisas do IBGE, Márcia Quintslr. 
 
Além disso, coordenadores de pesquisas fundamentais para o instituto divulgaram uma carta em que ameaçam deixar os postos em desagravo a Márcia. O IBGE adiou a divulgação dos dados após questionamentos feitos pelos senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Armando Monteiro (PTB-PE).

A presidente do IBGE, Wasmália Bivar, explicou nesta quinta-feira, 10, que a suspensão da Pnad Domiciliar ocorreu porque o instituto terá de adequar à nova fórmula de cálculo da renda per capital familiar. Isso se deu em razão de uma lei aprovada ano passado que alterou os critérios de distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE).

O novo FPE entra em vigor em 2016, mas já a partir de 2015 os dados terão de ser coletados por uma nova metodologia. Para o presidente do DEM, é um fato "gravíssimo" a tentativa de retardar a divulgação de dados. "Isso é a argentinização do IBGE, que foi um órgão que eu acredito. O grande problema do Brasil é credibilidade", criticou. "O instituto é o último baluarte do Brasil em matéria de estatísticas numa economia do tamanho da nossa", completou.


Segundo Agripino Maia, se as explicações da direção do instituto não forem convincentes, será necessário chamar a presidente do órgão para falar ao Congresso. "O fundamental é que, se ela não falar, ela tem que ser chamada a dar explicações", disse. Para ele, ocorrer uma ação que possa resultar numa demissão em massa é algo "anormal".


Ao falar ontem ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a senadora Gleisi Hoffmann disse que o IBGE ainda não tinha definido o cálculo da renda domiciliar, indicador necessário para o novo FPE.

Na sua avaliação, se o instituto continuasse a fazer o levantamento da forma atual, tal medida iria "dar problema". "Não dá para a Pnad continuar a não ter uma única metodologia", ponderou.

Fonte: Agencia Estado

Delúbio pede para passar Páscoa em GO, mas juiz nega



O juiz Mario José de Assis Pegado, da Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal, rejeitou um pedido do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares para que ele fosse autorizado a viajar para Buriti Alegre (GO) no feriado de Páscoa. A família de Delúbio vive em Goiás.

No despacho contrário ao pedido do ex-tesoureiro, o juiz afirma que uma portaria publicada em março deste ano regulamentou a saída especial do feriado de Páscoa. Na portaria, a VEP ressalta que a saída dos apenados, especialmente para o convívio familiar, é forma de ressocialização e a comemoração da Páscoa é apropriada para o convívio da família.

Pela portaria, têm direito a essa saída especial os presos que trabalham fora da penitenciária e que são autorizados a visitar a família a cada 15 dias. Os réus beneficiados pela portaria deixarão o estabelecimento penitenciário no dia 17, às 10 da manhã, e terão de voltar no dia 22 até as 10 horas. "Uma das condições para o gozo do benefício referente à Saída Especial é a proibição de que o beneficiário se ausente do Distrito Federal, com exceção àqueles que residem nas cidades do entorno do DF", afirmou o magistrado.

Pegado observou que Delúbio não se enquadra na exceção uma vez que o endereço fornecido não corresponde ao seu domicílio. "Ademais, considerando que o município de Buriti Alegre/GO se encontra a mais de 350 quilômetros de distância desta Capital, tal localidade não pode ser considerada como parte do entorno do Distrito Federal", disse.

Pela portaria, não terão direito a esse benefício os presos que estejam sob investigação e aqueles que respondem a inquérito disciplinar. Durante a Páscoa, os réus que forem visitar suas famílias terão de seguir algumas regras. Não poderão ingerir bebidas alcoólicas, usar drogas e ir a prostíbulos. Eles poderão transitar pelo Distrito Federal, mas terão de voltar para casa até as 18 horas.

Fonte: Agencia Estado

Barbosa diz que é cobrado 'nas ruas' para ser candidato

Publicação: Sexta-feira, 11/04/2014 às 16:53:00


Recebido como celebridade em Salvador, onde participou da inauguração da 13ª Vara da Fazenda Pública, a primeira na Justiça comum da Bahia a funcionar com o Processo Judicial Eletrônico (PJE), o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, disse que ainda é "cobrado pelas pessoas nas ruas" para ser candidato ainda este ano. "Não estava fascinado pela possibilidade de deixar o Supremo para ser candidato", contou. Apesar disso, ele não descartou a chance de uma futura candidatura. "Deus dirá", disse. O prazo para saída de cargos públicos para quem quer disputar as eleições este ano já venceu.

Entre aplausos e pedidos de fotos por parte dos servidores do Judiciário baiano, Barbosa demonstrou também ter se cansado de falar sobre o fim do julgamento do caso do mensalão - quando perguntado sobre o tema, limitou-se a pedir, ainda que educadamente, para "mudar a fita". Preferiu tecer, por outro lado, elogios ao PJE.

Para ele, é um instrumento para tirar a Justiça "da idade da pedra". Ele também elogiou algumas iniciativas da nova administração do Tribunal de Justiça da Bahia, como a criação de uma Câmara Especial de Justiça no extremo oeste do Estado, sancionada na semana passada pelo governador Jaques Wagner (PT), que cria a segunda instância do Judiciário na região.


Fonte: Agencia Estado

Recado aos alunos da Unicamp

1/04/2014 às 13:41 





Comentei aqui uma entrevista esdrúxula do professor Wilson Cano no Valor, em que ele demonstrava habitar um mundo diferente do meu, onde os males de nossa economia não seriam fruto do excesso de intervenção estatal, mas sim do “neoliberalismo” e da “retirada do estado” de cena. O título que dei foi “A Unicamp é de qual planeta?”

Isso gerou muita revolta, por conta da generalização. Confesso: forcei a barra. Claro que a declaração estapafúrdia de um professor não compromete uma universidade inteira. Mas tenho minhas justificativas, meus atenuantes. Não peguei um caso totalmente isolado para manchar a reputação de uma universidade; peguei um ícone, talvez mais caricato que a média, da mentalidade predominante no campo de economia da Unicamp.

Discordam? Então é bom lembrar que Aloizio Mercadante é mestre por lá, e defendeu sua tese de doutorado justamente no Instituto de Economia da Unicamp. É pouco? Tudo bem: Márcio Pochmann tem seu doutorado em Ciência Econômica pela Unicamp. Não basta? Maria de Conceição Tavares é professora-titular da Unicamp. Ainda querem mais? Luiz Gonzaga Belluzzo doutorou-se em Campinas e virou professor-titular dela em 1986.

Eu poderia continuar, mas o leitor já entendeu meu ponto: a Unicamp é conhecida, na área econômica, por sua linha “desenvolvimentista“, justamente esse modelo ultrapassado adotado pela presidente Dilma, cujos fracassos os seus defensores tentam, agora, jogar no colo do “neoliberalismo” (que piada!).


Portanto, fiz uma generalização sim, mas não foi nada absurda, tampouco foi com base em um caso isolado. Pelo visto, a carapuça serviu. Muitos doutrinados pelo “desenvolvimentismo” ficaram revoltados e partiram para ofensas pessoais. Entendo: é o que sabem fazer, já que lhes falta capacidade para argumentar e debater. 

Que caso de sucesso um desenvolvimentista tem para mostrar, afinal?
Nem todos ficaram revoltados. Alguns alunos reconheceram meu ponto e até o reforçaram, confirmando que sua universidade é tomada pelos “vermelhos”. Um deles escreveu:

Como ex-aluno da Unicamp, é com muito pesar que escrevo para te informar que “a Unicamp é vermelha”. Fui diretor do Centro Acadêmico Bernardo Sayão, o CABS, da Faculdade de Engenharia Elétrica e aquela frase é praticamente um mantra para todos os alunos que queiram se engajar nas atividades extra-curriculares. 

O DCE da Unicamp é completamente aparelhado pelo PSOL e pelo PT (eles andam de mãozinha dada lá) e nenhuma chapa de oposição ganha eleições por ali. 

Os Centros Acadêmicos se submetem à vontade política do DCE e só se envolvem em movimentações patrocinadas pela ideologia socialista, como greves e invasões de reitoria à revelia da vontade da maioria dos alunos, que é de estudar.

Outros, sem ter como contestar meu ponto, tentaram ao menos alegar que há pluralidade. Como exemplo, citaram a presença de José Serra na Unicamp! Isso mesmo, Serra, o mais esquerdista dos tucanos, o mais “desenvolvimentista” do PSDB. Será que pensam que Serra é um “neoliberal” também? Por Deus! Que país é esse?

Outras reações demonstram a pobreza intelectual do país e, principalmente, da própria Unicamp. Alguns, vítimas do que os psicanalistas chamam de “projeção”, afirmaram que critiquei a universidade porque sou frustrado, por ter tentado entrar em universidade pública sem sucesso. Quem tem apenas martelo acha que tudo é prego. Essa gente, que vive só para concursos públicos, acha que todos querem a mesma coisa na vida.

Não, meus caros doutrinados da Unicamp. Eu jamais fiz vestibular para universidade pública e nunca, em minha vida, prestei um só concurso para o estado. Fiz vestibular apenas para a PUC, seguro de que entraria, e desejava trabalhar no ambiente super-competitivo do mercado financeiro desde sempre. 

A PUC, caso não saibam, é aquela responsável em boa parte pelo Plano Real, que os “desenvolvimentistas” da Unicamp condenavam. Maria de Conceição Tavares, por outro lado, chorou de emoção na TV ao falar do Plano Cruzado…
Por fim, o maior retrato da falência intelectual da nossa Academia: o foco no currículo Lattes, nada mais. 

A cultura do diploma, que ataquei em meu ensaio sobre a educação. Um crítico veio, cheio de marra como se tivesse acabado de vez comigo, dizer que o currículo Lattes de Wilson Cano é muito extenso, e que procurou o meu, mas não encontrou nada. Uau! Santa humilhação, Batman!

Certa vez debati com um “desenvolvimentista” aqui do Rio, de uma universidade pública também, sobre cenário econômico. 

O homem era só elogios ao governo Dilma, e eu só críticas. Minha palestra pode ser vista aqui. Esse mesmo economista, que aplaudia a gestão de Dilma quando os problemas ainda não tinham aparecido, depois usou o mesmo Valor para acusar o “neoliberalismo” pelo fracasso do governo. É como agem.


Para piorar, soube que ele se recusou a participar de outro debate comigo depois, alegando que eu não tinha doutorado! Ou seja, pro inferno com os argumentos, pois o que vale é o maldito currículo! Nenhum “desenvolvimentista” da Unicamp, porém, por mais extenso que seja seu currículo Lattes, tem um vídeo desses para mostrar (veja acima)

Essa minha palestra foi proferida em 2010, no auge da euforia com o Brasil. Mas eu apontava para os pilares de areia, e alertava que em 3 ou 5 anos o país poderia cair em uma estagflação. A palestra foi vista mais de 240 mil vezes, mas arriscaria dizer que nenhuma delas foi pelos “desenvolvimentistas” que preferem ignorar os fatos para preservar a ideologia.

Concluindo, sei que até na Unicamp deve haver um ou outro professor bom de economia. Mas minha generalização não foi absurda. Trata-se de uma escola, em linhas gerais, muito equivocada e ultrapassada.

Aos alunos de economia que lá estudam, fica meu recado: leiam bons livros fora das aulas, do currículo oficial, e aprendam a contestar as falácias de seus professores (doutrinadores) com sólidos argumentos e fatos. 

Caso contrário, não restará muita opção no mercado de trabalho, e vocês terão de se contentar com algum cargo no governo, se o Brasil for atrasado o suficiente a ponto de manter no poder essa turma que vem destruindo nossa economia.

Rodrigo Constantino

Quem vai segurar a gastança irresponsável do estado?

Rodrigo Constantino
10/04/2014
às 15:19 \ 


Leviatã faminto: o retrato do estado brasileiro.

Deu na Folha: Projeto que alivia Estados avança no Senado

Duas comissões do Senado aprovaram ontem o projeto de renegociação de dívidas de Estados e municípios que abate parte dos débitos com a União e abre a possibilidade de tomar novos empréstimos.

Já aprovado na Câmara, o projeto segue agora para votação no plenário do Senado, sem data definida. Depois, tem que ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff para entrar em vigor.

O Palácio do Planalto tentará adiar a votação para depois das eleições de outubro.

O governo havia se posicionado contra a medida nos últimos meses por temer que ela sinalizasse um afrouxamento das contas públicas e contribuísse para o rebaixamento da nota do país pelas agências de classificação de risco -o que acabou sendo feito no mês passado pela agência Standard & Poor’s.
O texto foi aprovado em sessão conjunta da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) e da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

Governadores e prefeitos são os principais defensores das medidas, entre eles estão os petistas Tarso Genro, governador do Rio Grande do Sul, e Fernando Haddad, prefeito de São Paulo.

Traduzindo, altera-se o indicador das dívidas estaduais de forma retroativa e, com isso, permite-se a expansão do nível de endividamento dos Estados, principalmente São Paulo. Tudo pela gastança irresponsável do estado.

E por falar em gasto público irracional, esse foi exatamente o tema de um artigo de José Agripino publicado hoje na mesma Folha. Segundo recomendação do Planalto, o Senado deixou de aprovar uma PEC que iria limitar os gastos públicos, dificultando a criação de estatais e ministérios.

O senador do DEM começa seu texto colocando o dedo na ferida: “O governo federal acaba de rejeitar oportunidade única de sinalizar aos mercados e à sociedade de que está de fato comprometido com a diminuição dos gastos públicos”. Ele continua:

O que poderíamos evitar com a PEC? Que se repetissem os abusos que ocorreram nos últimos 12 anos: fundaram-se 43 empresas ou autarquias novas, além de 18 ministérios, que ainda não disseram a que vieram além da barganha política com a distribuição de cargos. São estruturas que servem para gastar dinheiro público e levar o Brasil a perder pontos nas avaliações de risco.
A inépcia de gestão tem ameaçado vários pilares da economia brasileira. Entre as diversas razões que a S&P apontou para rebaixar a nota do país de BBB para BBB- estão o medíocre crescimento do PIB, com média inferior à da América Latina e dos países emergentes; a baixa taxa de investimento; a vulnerabilidade externa; e a fragilidade fiscal.

Quem vigia o vigia? Como vamos controlar os gastos públicos se os próprios políticos são os mais interessados em seu aumento descontrolado? Falta senso cívico, responsabilidade, convicção ideológica liberal, visão de longo prazo, postura de estadista, que olha para as próximas gerações e não só para as próximas eleições. Agripino conclui com um alerta firme:

Exatamente para conter o deficit público era fundamental aprovar a PEC. Pelo menos criaríamos expectativa e o governo do Brasil poderia sinalizar um caminho de austeridade e progresso.

Mas a proposta foi derrubada. Uma prova de que o Planalto, mesmo com a nota rebaixada, insiste em não racionalizar a qualidade do gasto público. Ou seja, erra e insiste no erro. Daqui a pouco estaremos fora do grau de investimento. Aí a vaca vai pro brejo.

Rodrigo Constantino
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O farmacêutico do ar FERNANDO GABEIRA - O Estado de S.Paulo


11 de abril de 2014 | 2h 06


As coisas andam esquisitas. Ou sempre estiveram, não sei. Dia agradável de trabalho na Serra da Canastra, revisitei a nascente do São Francisco e vi uma loba-guará se movendo com liberdade em seu território. De noite sonhei com o PT. Logo com o PT.

Sentei-me na cama para entender como os pesadelos do Planalto invadiam meus sonhos na montanha. Lembrei-me de que no início da noite vira a história de André Vargas e do doleiro Alberto Youssef na TV, os farmacêuticos do ar que vendiam remédios dos outros ao Ministério da Saúde. 

Pensei: esse Vargas é vice, no ano que vem seria presidente da Câmara dos Deputados. Como foi possível a escalada de um quadro tão medíocre? A resposta é a obediência, o atributo mais valorizado pelos dirigentes, antítese de inquietação e criatividade, sempre punidas com o isolamento.

Vargas fazia tudo o que o partido queria: pedia controle da imprensa e fazia até o que o partido aprova, mas não ousa fazer, como o gesto de erguer o punho na visita do ministro Joaquim Barbosa, do STF, ao Congresso. 

Em nossa era, esse deputado rechonchudo, que poderia passar por um burguês tropical, simboliza o resultado catastrófico da política autoritária de obediência, imposta de cima.

Num falso laboratório, com o nome fantasia de Labogen (gen é para dar um ar moderno), Vargas e Youssef tramavam ganhar dinheiro vendendo remédios ao ministério. O deputado, que ocupava o mais alto cargo do PT na Câmara, trabalhava para desviar dinheiro da saúde! É um tipo de corrupção que merece tratamento especial, pois suga recursos e equipamentos destinados a salvar as pessoas. A corrupção na saúde ajuda a matá-las.

A catástrofe dessa política autoritária se revela também na escolha de Dilma Rousseff para suceder a Lula. Sob o argumento de que os quadros políticos poderiam abrir uma luta fratricida, escolheu-se uma técnica com capacidade de entender claramente que Lula e o PT fariam sua eleição. 

A suposição de que o debate entre candidatos de um mesmo partido seria ameaçador para o governo é uma tese autoritária. Nos EUA, vários candidatos de um mesmo partido disputam as primárias. E daí?

Lula sabia que um quadro político nascido do choque de ideias seria um sucessor com potencial maior que Dilma para ganhar luz própria. E a visão autoritária de Lula - sair plantando postes nas eleições, em vez de aceitar que novas pessoas iluminassem o caminho - contribuiu para a ruína do próprio PT.
Tive um pesadelo com o PT porque jamais poderia imaginar que chegasse a isso. Os petistas, aliás, carnavalizaram uma tradição de esquerda. 

Figuras como André Vargas erguem os punhos com a maior facilidade, como se estivessem partindo para a Guerra Civil Espanhola na Disneylândia. E os erguem nos lugares e circunstâncias mais inadequados, como num momento institucional. 

Um vice-presidente não pode comportar-se na Mesa como um militante partidário. O correto é que tivesse sido destituído do cargo depois daquele punho erguido. Mas o PT e seus aliados não deixariam o processo correr. Ele são fortes, organizados, bloqueiam tudo. Será que essa força toda dará conta do que vem por aí? 

Estamos em ano eleitoral e Dilma, nesse cai-cai. É compreensível que as esperanças se voltem para Lula como salvador de um projeto em ruínas. Mas como salvar o que ele mesmo arruinou? O esgotamento do projeto do PT é também o de Lula, em que pese sua força eleitoral. Ele terá de conduzir o barco num ano de tempestades.

Para começar, essa da Petrobrás, Pasadena e outras saidinhas. O vínculo entre Youssef, Vargas e a Petrobrás também está sendo investigado pela Polícia Federal. Mas a relação do doleiro com o governo não deveria passar em branco. Num dos documentos surgidos na imprensa, fala-se que Youssef estava numa delegação oficial brasileira discutindo negócios em Cuba. Por que um doleiro numa delegação oficial? Por que Cuba?

Muitas novidades estão aparecendo. Mas essa do André Vargas, homem influente no partido, um farmacêutico do ar que neste momento deve estar erguendo os punhos no espelho, ensaiando para ser preso, interrompeu meu sono em São Roque de Minas com uma clara mensagem: o PT é um pesadelo.
Tenho amigos que ainda votam no PT porque acham ser preciso impedir a vitória da direita. 

Não vejo assim o espectro eleitoral. Há candidatos do centro e da esquerda. Que importância tem a demarcação rígida de terrenos, se estamos diante de fatos morais inaceitáveis, como a corrupção na Saúde, o abalo profundo na Petrobrás, a devastação da nossa vida política?


Cai, cai, balão, não vou te segurar. Estivemos juntos quando os petistas eram barbudos e tinham uma bolsa de couro a tiracolo. Mudou o estilo. Agora têm bochechas e um doleiro a tiracolo. 

Naquela época já pressentia que não ia dar certo. Mas não imaginava essa terra arrasada, um descaminho tão triste.


É um consolo estar nas nascentes do São Francisco, ver as águas descendo para a Cachoeira Casca Danta: o lindo movimento das águas rolando para sentir a mudança permanente. Sei que essa é uma ideia antiga, de muitos séculos. Mas para mim sempre foi verdadeira. É o que importa.


Uma das grandes ilusões da ditadura militar foi interromper a democracia supondo que adiante as pessoas votariam com maturidade. A virtude do processo democrático é precisamente estimular as pessoas a que aprendam por si próprias e evoluam.


As águas de 2014 apenas começaram a rolar. Tanto se falava na Copa do Mundo como o grande teste e surge a crise da Petrobrás. Poucos se deram conta de que, com os sete mortos nas obras dos estádios brasileiros, batemos um recorde de acidentes em todas as Copas. 

De certa forma, são vítimas da megalomania, do ufanismo, de todas essas bobagens de gente enrolada na Bandeira Nacional comprando refinarias no Texas, deixando uma fortuna nas mãos de um barão belga que nem acreditou direito naquela generosidade. Ergam os punhos cerrados para o barão e ele responderá com uma merecida banana. Gestualmente, é um bom fim de história.

JORNALISTA

Programa “Esquenta!” quer atacar conceito de família tradicional ENQUETE MANIPULADA!Até nisso o PT rouba!


O programa “Esquenta!”, com a apresentadora Regina Casé, costuma glamourizar a vida na periferia e nas favelas, como se fosse uma maravilha morar nesses lugares, além de apelar para forte sensacionalismo. Certa vez um “pobre” rapaz, ex-traficante arrependido, contava que tinha entrado no crime porque o vizinho tinha a geladeira repleta de iogurtes, e ele não (tadinho). Vitimização e relativismo moral? Você encontra por lá certamente.

Agora o programa vai entrar em sua quarta temporada. Qual o tema de abertura? Um ataque ao conceito de família tradicional, essa coisa de burgueses reacionários que ainda acreditam em papai e mamãe com seus filhinhos. Quem diz é o próprio criador, Hermano Vianna, em sua coluna de hoje no GLOBO.

O antropólogo cita a enquete feita pela Câmara dos Deputados com a seguinte pergunta: “Você concorda com a definição de família como núcleo formado a partir da união entre homem e mulher, prevista no projeto que cria o Estatuto da Família?” Em seguida, menciona que foram mais de 700 mil votos, o que demonstra o claro interesse da população no assunto. Só não diz qual o resultado até agora. Vejam:
Enquete Familia
Ou seja, até agora, quase 60% dos que votaram concordam que família é formada pela união entre homem e mulher. Mas se depender do antropólogo, isso será coisa do passado, defendida apenas por reacionários incapazes de enxergar a luz da vanguarda:

O projeto do Estatuto não inova: essa definição já está na Constituição, inclusive com sua extensão para “comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes”. São apenas esses os tipos de família que temos no Brasil? O “Esquenta!” oferece seu auditório para ajudar o país na busca pelas melhores respostas.

Sabemos quais são as “melhores respostas” pela ótica do programa. Família é qualquer coisa que os “progressistas” digam que é família. Família é tudo, ou seja, nada. E viva o “poliamor”, ao som do funk da periferia, porque num mundo em que Valesca Popozuda já virou uma importante filósofa contemporânea, realmente vale tudo!

Rodrigo Constantino

A ENQUETE ACIMA FOI MANIPULADA!!!!LEIAM:
Definição de Família
Polêmica enquete da Câmara não registrou parte dos votos
Problemas aconteceram por pelo menos dois dias
Publicado: 2 de abril de 2014 às 0:14 - Atualizado às 18:38

Problema Enquete da Câmara
Internautas tiveram problemas para registrar o voto na opção “sim”


A polêmica enquete sobre a definição de família, disponibilizada no site da Câmara dos Deputados, ganhou novos ingredientes. Internautas acusaram a Casa de manipular o resultado após constatarem que uma das opções de resposta não registrava o voto por problemas técnicos, enquanto a outra opção funcionava perfeitamente.

Twitter Silas Malafaia
Campanha do pastor Silas Malafaia teria ajudado a sobrecarregar o sistema de votos

A enquete propõe a seguinte pergunta, “Você concorda com a definição de família como núcleo formado a partir da união entre homem e mulher, prevista no projeto que cria o Estatuto da Família?” e oferece três opções de resposta: Sim, Não e Não tenho opinião formada. Participantes que responderam positivamente a enquete foram surpreendidos por uma mensagem de “problemas técnicos” e não conseguiram votar, as outras opções não apresentaram problema. A inconstância do sistema foi percebida por pelo menos dois dias seguidos.

A assessoria da Câmara afirmou que o problema foi por apenas alguns minutos e ocorreu em decorrência do grande demanda de acessos a opção e afirma que o erro  já foi solucionado. Na justificativa, sobrou até para o pastor Silas Malafaia, o religioso está em forte campanha para que seus seguidores votem na opção “sim”, o que, de acordo com a Câmara, ajudou na sobrecarga.

38 Comentários




  • Flavia Ribeiro da Luz
    -
    11/04/2014 às 17:51
    Eu me lembro que o botão do SIM no que se refere a essa enquete estava “com defeito” e que porisso milhares de votos dos a favor da familia tradicional não foram computados.Eles usam todos os truques para mascarar a realidade.



  • PAULO LIMA
    -
    11/04/2014 às 15:59
    Será que aqueles que criticam o texto do Constantino não entendem que o que ele critica não é a “diversidade”, mas sim o ato de impingir aos “conservadores” o rótulo de involuídos? Será que há mesmo tão grande retardo em desejar constituir uma família tradicional?
    Vide a novela das 8: A personagem de Giovana Antoneli, casada com a personagem do Gianequini, está apaixonada por outra mulher. Não acho que deve haver discriminação contra o iminente relacionamento homossexual. Mas é nítida a tendência da trama em caracterizar a reação do marido traído como algo absurdo e preconceituoso e qualquer comportamento da esposa como absolutamente normal, aceitável , quase beirando o sagrado. Traição é traição, mas o fato de ser uma relação extraconjugal homossexual sacraliza e justifica o comportamento.



  • Dayane Dias Mota
    -
    11/04/2014 às 15:48
    lixo. E a revolução gramsciniana tomando conta



  • Rodrigo
    -
    11/04/2014 às 15:02
    Família é um homem e uma mulher. O resto é gambiarra.



  • fernando
    -
    11/04/2014 às 14:45
    Se fizerem uma pesquisa com toda a população brasileira incluindo os mais humildades é bem “provável” que esses números aumentem ainda mais a favor da família tradicional… a verdade é que a população brasileira é conservadora, o que temos é uma minoria revolucionaria lutando para mudar a mentalidade do brasileiro, isso com muito dinheiro publico e com uma indústria cultural bem atuante. A massa de manobra oprimida(povão) que a esquerda diz defender é a maior barreira ideológica aos seus planos de sociedade perfeita e controlada.



  • sem noção
    -
    11/04/2014 às 14:45
    Caro “Fábio – 11/04/2014 às 12:27″ – Li sua indicação e, tirando a parte em que o Roger fala da maconha, que eu considerei uma grande bobagem, talvez por desconhecimento, sei lá, de resto é muito boa a entrevista… Recomendo a todos…abraços…



  • Francisco Neto
    -
    11/04/2014 às 14:37
    Parabéns Rodrigo excelente texto.É uma pena que este país tenha se transformado em um grande LIXÃO em todos os sentidos.



  • Tata
    -
    11/04/2014 às 14:20
    DEUS NÃO CRIOU ADÃO E ADAUTO! E sim Adão e Eva. Família é formada por um homem e uma mulher o resto é resto. Respeito a opção, as diferenças mas que não venham destruir a família, a Regina Casé é uma farsa ganha bem para fazer aquele programa ridículo, porque ela não passa as férias dela em uma favela, não ela passa em Paris e sempre nos melhores hotéis. A família brasileira precisa reagir, basta!Limpeza geral nesse país, do Petê a globo!



  • Gustavo
    -
    11/04/2014 às 14:10
    Rodrigo, o dia que eu precisar da sua opinião para definir como vai ser A MINHA FAMILIA, o mundo acaba. Cuide dos seus e pare de se meter na vida dos outros.
    R: Gustavo, vc pode chamar urubu de meu loiro, mas continuará sendo um urubu, entende?



  • Thiago Mori
    -
    11/04/2014 às 14:10
    E ainda complementaria dizendo que o objetivo de destruir a familia eh justamente destruir a moral, os valores e os bonscostumes, para que o governo asduma tb essa area da vida privada, estabelecendo a moral q querem: NENHUMA!



  • Gilberto de Moura Lima Filho
    -
    11/04/2014 às 14:00
    errata: onde se ler extra-esquerda, eu quis dizer de extrema-direita. Se puder corrigir, agradeço.



  • Carlos
    -
    11/04/2014 às 14:00
    Concordo que o programa Esquenta é uma porcaria, mas esse texto é tão medíocre quanto. O que tem de útil em um parágrafo como esse
    “Sabemos quais são as “melhores respostas” pela ótica do programa. Família é qualquer coisa que os “progressistas” digam que é família. Família é tudo, ou seja, nada. E viva o “poliamor”, ao som do funk da periferia, porque num mundo em que Valesca Popozuda já virou uma importante filósofa contemporânea, realmente vale tudo!”
    Quando você diz poliamor, você quer dizer que um casal de homosexuais é incapaz de construir uma família? Ou você, só gosta de cuspir besteiras atacando programas de TVs lixo sem realmente contribuir para a discussão?

    R: Procure saber o que é poliamor antes de falar besteira e me atacar…



  • Gilberto de Moura Lima Filho
    -
    11/04/2014 às 13:58
    Rodrigo Constantino, vitimização e relativismo moral. Você foi no cerne. Tem uma Senadora do PT, eleita pelo Espírito Santo, que quer propor um projeto de lei que quer acabar com a figura do furto. A explicação da lei é a seguinte: as pessoas cometem furtos por que são forçadas pelas propagandas que incentivam o consumo. Ou seja, as pessoas não cometem crimes, mas sim, fazem uma distribuição de renda forçada! São vítimas de uma sociedade de consumo e a culpa de tudo são as propagandas. Aí, um cara vira traficante, mata, faz o diabo a quatro e a explicação é que entrou no mundo do crime por que a geladeira do vizinho tinha mais iogurte. Brincadeira! Esse é o mundo que os progressistas querem nos empurrar goela abaixo e somos obrigados a aceitar, caso contrário, somos reacionários e de extrema-esquerda. Um mundo bizarro, onde família tradicional é coisa de reacionário. Lindo mesmo é a família formada por uma mulher, 7 filhos, todos de país diferentes. A mídia até aplaude isso, dizendo que as mulheres são chefes famílias, se sustentando com bolsa-família.



  • Epaminondas
    -
    11/04/2014 às 13:57
    Eu nunca entendi conservadores sacarem a Constituição para justificar sua preferência pessoal. Até então, eu apostaria que liberalmente, o Estado não deveria sequer fazer referência ao que o indivíduo determina ser uma família. Se é um núcleo hetero, homo, múltiplo, solitário, formado por diversos graus de associação que não necessariamente seja relacionamento amoroso (avó e neto, digamos), não é da conta da Constituição. É da conta dos indivíduos.
    Se o indivído tem liberdade, deve ter liberdade inclusive de se associar com quem quiser. Amorosamente ou não. Formar disto uma família ou não.
    Sempre pensei que o problema fosse a intervenção do Estado na vida do cidadão, e não o problema de aceitar a intenvenção se fosse num valor pessoal no qual conservadores concordem.



  • kassia vanessa
    -
    11/04/2014 às 13:48
    Para um amante da liberdade individual e contra a intervenção estatal, nao aprovar a expansao dos tipos de formação familiar parece hipócrita e contraditorio. Da mesma forma que uma pessoa é livre para fazer o que quiser nos limites legais, a pessoa deveria ser livre para formar a familia que lhe bem entender, com as responsabilidades que isso inclui.parece que liberdade so seria positivo quando lhe convém. Nao achei o comentario do antropologo nem um pouco absurdo. O que os defensores da familia tradicional precisam entender é que esse tipo de familia sempre vai ser maioria e apoiada. O que as minorias familiares buscam da sociedade é esse mesmo apoio. Apoiar a diversidade nao vai destruir a instituição familiar, mas sim fortalece-la. Quanto mais as pessoas cuidam uma das outras, menos elas necessitam do Estado.



  • Renato
    -
    11/04/2014 às 13:37
    Esse programa é um lixo! A apresentadora em vez de passar as férias em paris deveria passar no complexo do alemão (e sem UPP é claro!).



  • RUI BARBSA está vivinho e mais atual do nunca....
    -
    11/04/2014 às 13:34
    -
    -
    “ A vida parlamentar, a administração e o jornalismo têm sido, em toda parte, os mais poderosos corruptores da língua e do bom gosto. ” Rui Barbosa
    -
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    “ Sem o senso moral, a audácia é a alavanca das grandes aventuras. “ Rui Barbosa
    -
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    “ É preciso ser forte e conseqüente no bem, para não o ver degenerar em males inesperados. ” Rui Barbosa
    -
    “ Quanto maior o bem, maior o mal que da sua inversão procede. ” Rui Barbosa
    -
    -
    “A verdadeira igualdade consiste em aquinhoar desigualmente seres desiguais.” Rui Barbosa
    -



  • Marcos Aurelio C Trobogi
    -
    11/04/2014 às 13:14
    Esta mentalidade da Glomerda é doentia e degenerada felizmente temos a internet e jornalistas sensatos



  • Paola
    -
    11/04/2014 às 13:09
    Por eu ser mãe solteira não posso definir eu e meu filho como família?
    Fale-me mais sobre isso, Rodrigo.



  • Marco Antonio (Curitiba - PR)
    -
    11/04/2014 às 13:08
    A Globo poderia poupar um tempo estratégico contratando logo o cartunista Marcatti para dirigir seu núcleo de dramaturgia e similares…



  • PAULO LIMA
    -
    11/04/2014 às 13:06
    Para os “progressistas” talvez só haverá alguma evolução quando a poligamia, a pedofilia e a zoofilia forem integradas ao conceito de família. E o cúmulo a meu ver não é a ideologia relativista extremada do tudo-vale. A meu ver, o cúmulo está em ter que achar tudo lindo, o cúmulo está em não poder discordar. O cúmulo está em ter que aceitar o relativismo como verdade absoluta. Interessante é que, para eles- relativistas- tudo pode, menos a tradição. Tudo é certo, exceto tudo aquilo que a civilização vem elaborando e filtrando durante os últimos 5 mil anos.



  • Pedro Nolasco
    -
    11/04/2014 às 12:58
    Perfeito Roberto Germanos. Viva a liberdade individual. Rodrigo está cada vez mais conservador.



  • Enrique
    -
    11/04/2014 às 12:57
    Programa ousado, quer mudar a Constituição. Daqui a pouco vai propor uma Emenda Constitucional. Ou, quiçá, tomar o lugar do STF para interpretá-la.



  • roberto quintas
    -
    11/04/2014 às 12:47
    Rodrigo, não é o caso de ser “progressista” mas sim realista. a realidade brasileira das famílias simplesmente é maior e mais complexa do que essa dicotomia rasa e arbitrária. e eu que achava que o sr era realmente liberal.



  • gabriel gustavson
    -
    11/04/2014 às 12:35
    a família no brasil JÁ ESTÁ destruída, e me refiro à família que nós conhecemos, pai, mãe e filho, a questão é que esta instituição JÁ ESTÁ falida, trabalho com educação e é nítido a desestruturação, mais de 60% dos pais são divorciados, 80% das mães tem menos de 30 anos, uma boa parte delas teve o primeiro filho entre os 18 e 20 anos, ambos pais e mães são ausentes na educação dos filhos, as crianças são submetidas a mídias como novela das 9, músicas tipo funk e outras do gênero, onde executam todas as coreografias perfeitamente (meninas entre 2 e 5 anos ok), a escola tem que implorar para as mães não mandarem as meninas pintadas com batom e maquiagem, sapatinho de salto, mini saias e etc… (ainda meninas entre 2 e 5 anos, os pais estão mais preocupados com seus facebooks que com a criação dos seus próprios filhos, crianças são ferramentas de barganha em separações, enfim, O NÚCLEO FAMILIAR TRADICIONAL COMO CONHECEMOS JÁ ESTÁ MUITO MAL, não acredito que outros modelos familiares estejam livres dos males que atingem o modelo de pai e mãe, já que as demandas das pessoas atualmente não incluem filhos, incluem baladas, viagens, produtos de consumo, profissão, o filho está vindo acho que por uma exigência cultural, e obviamente estão pagando o pato, o mesmo vai acontecer sejam os “pais”, ou “mães”, lésbicas ou gays, ou ainda, um grupo de pessoas. e só para constar, as crianças e jovens que temos no brasil estão muito carentes, qualquer um leva, estão carentes de afeto, atenção e EDUCAÇÃO, daqui a 10 anos será toda uma nova geração de muito fácil manipulação, se tirarmos o pai e a mãe então, a criança não terá sequer a única coisa que lhe resta, sua identidade, seu gênero, seu sexo: sou um menino. gosto de futebol. ninguém vai tirar isso de mim. sou uma menina. gosto de boneca. ninguém vai tirar isso de mim. será… sou qualquer coisa, o que for melhor por hoje.



  • Sideshow Bob
    -
    11/04/2014 às 12:31
    Não chega a ser surpresa o Esquenta se propor a isto, afinal é um programa progressista “do Bem”, do “bom jeitinho brasileiro”.
    Entretanto, alguém deveria instruir a doméstica da Regina Casé a exigir o pagamento do FGTS retroativo, bem como creche, INSS retroativo, férias, adicional de trabalho noturno, horas extra-ordinárias, adicional por atraso no pagamento e etc…etc…etc…
    Mas como dizia Cazuza a Regina Casé é artista, então não pode ser tocada pela fúria revolucionária.



  • Fábio
    -
    11/04/2014 às 12:27
    Roger em uma matéria da Folha expõe os falsos “democratas”.
    http://blogdomorris.blogfolha.uol.com.br/2014/04/10/roger-do-ultraje-a-gente-nao-saiu-da-ditadura/



  • Elias
    -
    11/04/2014 às 12:20
    É o programa mais ridículo da TV brasileira, em vez da cultura brasileira tentar melhorar o estereótipo da periferia se incentiva ainda mais essa diferenciação, é o programa mais racista da TV, apenas uma educação de alto nível para nos livrarmos desse tipo de programa a longo prazo.



  • Danilo
    -
    11/04/2014 às 12:18
    Muito, bom, Rodrigo. Fico muito feliz em ver um artigo como esse num revista tão popular. Obrigado.



  • Odilon Rocha
    -
    11/04/2014 às 12:17
    Rodrigo
    Deves ter lido o meu cometário sobre o FHC.
    Então é isso: faz parte do projeto lento e silencioso do gramscismo mundial(sei que sabes disso). Poste mais sobre as ideias gramscistas de mudanças de hábitos e condicionamento via gerações. Tem gente que ainda pensa ser este um assunto ligado a uma conspiração. Não é conspiração, é administração global!



  • Lucília
    -
    11/04/2014 às 12:16
    Essa esquerda caviar quer reformar a natureza… Daqui a pouco vão querer encontrar marido para a Ilha Solteira. Ou “marida”.



  • Neda
    -
    11/04/2014 às 12:16
    Partindo da Rede lobo, não se poderia esperar um programa nada animador para os bons costumes !



  • Raul
    -
    11/04/2014 às 12:14
    Costumo ler a coluna porque eram um dos poucos lugares em que se falava de liberalismo econômico sem ter que comprar junto o “pacote TFP”. Pelo visto isso está mudando. Talvez Rodrigo esteja conversando muito com Olavo. Uma pena, mas aqui não volto mais…



  • sem noção
    -
    11/04/2014 às 12:14
    Caro Rodrigo… Fui ler a tal “coluna”, mas confesso, não tive estômago e, admito minha ignorância, desconheço aquelo dialeto… Sinto muito, mas meu cerébro não é penico…Ainda bem que não assisto TV aberta… Abraços…



  • Si
    -
    11/04/2014 às 12:12
    “Você concorda com a definição de familia como núcleo formado a partir da união entre homem e mulher…?”. Sim, é claro!!! Homem e mulher se casam e tem seus filhos (sejam biológicos ou adotados), ninguém pode falar que isso não é uma família. Mas a pergunta traz muitas discussões. Só uma união entre homem e mulher pode ser vista como família? Pra mim não. Onde existe um lar, amor e respeito pra mim existe uma família (deve ser o que vc chama de “Família é tudo, ou seja, nada.”). Eu tenho um colega de trabalho que vive com o companheiro há 20 anos, eles construiram muitas coisas juntas. Eu vou olhar para o lar que eles construiram e dizer que ali não existe uma família porque o casal é formado por 2 homens? Essa questão é MUITO complicada, nós temos que olhar realmente para o outro acima de nossas ideologias e convicções pra tentar responder.



  • Luiz Jardim
    -
    11/04/2014 às 12:10
    Certíssimo Rodrigo.



  • edaz
    -
    11/04/2014 às 12:00
    Parabéns Rodrigo por denunciar as aberrações desse programa. Deveria chamar esfria, não Esquenta.



  • Roberto Germanos
    -
    11/04/2014 às 11:57
    Viva a liberdade individual. Bom mesmo seria o estado FORA de qualquer tipo de arranjo individual. Não precisamos de babás nos dizendo como e quando nos casar, como viver ou como dispor de nossas propriedades privadas. Respeitando a liberdade e a propriedade alheia, tá tudo certo.



  • Bruno Linhares
    -
    11/04/2014 às 11:49
    Eu de imediato avisei ao deputado que a expressão “comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes” dava brecha pra exploração dos mal intencionados.
  • Comunista apresenta projeto de lei para criar fundo de desenvolvimento da “mídia independente”

    11/04/2014
    às 17:03 


    Deputada Luciana Santos, do PCdoB/PE

    Alguns gostam de repetir, com ar de superioridade, que a Guerra Fria acabou, tentando, com isso, pintar anticomunistas como ultrapassados, gente parada no tempo. Há só um detalhe: tem que avisar aos próprios comunistas que a Guerra Fria não só acabou, como foi com a derrota dos comunistas!

    Porque a turma ainda não sabe disso. Basta ver a própria Venezuela. Mas não é só lá. Aqui tem o pessoal bolivariano doido para transformar o Brasil em Cuba logo de uma vez, o sonho (pesadelo) perdido na década de 1960.

    Vejam o projeto de lei que a deputada Luciana Santos, do PCdoB (não entendo porque partido nazista é vetado, mas comunista não), encaminhou ao Congresso. Seu objetivo: Cria o Fundo de Desenvolvimento da Mídia Independente, e dá outras providências. Eis parte do teor do monstro:


    FDMI


    Como justificação para o projeto, consta o seguinte:


    Os trabalhos realizados pela subcomissão para analisar formas de financiamento da mídia alternativa, criada no âmbito da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, apontaram a necessidade da inovação legislativa no aspecto do fomento à mídia independente, o que se reflete na necessidade de instituir um Fundo destinado a garantir a viabilidade dos veículos de mídia independente dentro de um mercado de comunicação especialmente. 

    Traduzindo: o governo tornaria o financiamento da imprensa chapa-branca mais transparente e oficial, com nossos impostos de forma direta. É que deve estar pesando no orçamento da Caixa, do Banco do Brasil e da Petrobras bancar tanta propaganda para fazer financiamento indireto dos soldados da causa, e acaba chamando a atenção a desproporção entre quanto vai para tais veículos e quanto representam da audiência da mídia.

    O objetivo é claro: ter uma imprensa subserviente ao governo, bancada pelo estado, obediente. O eufemismo é o de sempre: democratizar a comunicação no país. A deputada disse: “Nossa intenção é promover o equilíbrio da balança da comunicação no Brasil e garantir que os veículos de comunicação independentes tenham condições para desenvolver bem o seu trabalho, que é fundamental para a democratização da comunicação no nosso país”.

    Sei… é fundamental para a sovietização do Brasil, isso sim! É fundamental para ter militância fazendo proselitismo com nossos impostos, isso sim! É fundamental para transformar o Brasil em uma nova Cuba ou Venezuela, isso sim!

    Alguém precisa avisar à esquerda radical que a Guerra Fria acabou e que eles perderam…


    Rodrigo Constantino

    Manifesto pela ruptura revolucionária

    9 de abril de 2014 BLOG O Vespeiro
    a2


    Melar a CPI da Petrobras sera um novo marco do “golpe com anestesia” que o Brasil vem sofrendo sem se dar conta do quanto está perto de não poder mais virar para traz ou alterar a direção em que está sendo empurrado dentro do tunel cada vez mais estreito em que se está deixando meter.

    Renan Calheiros, Romero Jucá e cia. ltda. são os jagunços que o PT põe em campo quando chega o momento de assassinar mais uma de nossas instituições; mais um dos nossos direitos.

    Desta vez trata-se de despachar para o passado imemorial o direito da minoria no Congresso Nacional investigar os crimes da maioria, ainda que sejam crimes tão indiscutíveis quanto o abismo que separa 42 milhões de dólares de 360 milhões de dólares no espaço de um ano, ou as gargalhadas dos “lavadores-em-jatos” gravados a comemorar um entre os seus golpes que vão a pelo menos 10 bilhões de reais.

    Será, como disse com precisão o candidato Aécio Neves, o tiro de misericórdia em um dos dois poderes da República que estertoram no chão, feridos de morte.

    a1


    O outro é esse Poder Judiciário do STF dos eunucos; do STF “infringentemente embargado” na sentença que emitiu pelos próprios sicários dos sentenciados plantados dentro da instituição por ninguém menos que a Presidência da República depois da negociação aberta da morte a cada um encomendada e por cada um solenemente jurada antes da investidura no cargo, ainda que não a tempo de evitar a prisão “especial” de toda a cúpula do partido que vai tomando para si o poder inteiro, sem “checks” nem “balances”.

    Ja vai longe a lista dos cadáveres.

    Junto com a infiltração do STF, cassaram-se os poderes do Ministério Público Federal para ordenar a investigação de crimes eleitorais. Doravante só os potenciais alvos de investigações do gênero podem ordená-las.

    Pelo outro flanco, erigiu-se o ex-advogado do prisioneiro José Dirceu, José Antônio Dias Tóffoli, enfiado goela abaixo do STF depois de ter “bombado” em meros exames para juiz de primeira instância, como juiz máximo da próxima eleição.

    a1


    E para que não restem dúvidas em pé, proibiram-se as doações privadas para campanhas eleitorais depois desta no mesmo dia em que o PT anunciava que o financiamento do rombo aberto pelo segundo maior golpe eleitoreiro entre os muitos que vem dando – a “redução” na marra das contas de luz – será repassado aos contribuintes naquele estilo tradicional: o governo escolhe a seu bel prazer, sem necessidade de maiores justificativas, que setores da produção e que cortes dos consumidores serão chamados a pagar por esse lote de votos com seus impostos aumentados.

    E o pior é que até gente séria no país comemorou essa proibição, que tem o claro objetivo de deixar o PT sozinho na raia do uso desenfreado da máquina e dos dinheiros públicos em sua campanha eleitoral permanente com a conta formalmente repassada aos próprios alvos da empulhação – como um avanço para a democracia brasileira!

    A platéia aplaude delirante, enfim, a retirada do sofá da sala enquanto a mulher infiel engalfinha-se com o amante pelo chão na cara do marido traído…

    a1


    Isso para não mencionarmos A Falcatrua Nº 1; o verdadeiro, o realmente “mega fucking power” Mensalão de que ninguém diz nada, que consiste em se enviar, um por um, mais de 70 milhões de cheques todos os meses para brasileiros dispensados de trabalhar para ganhar “o seu” e transformados, com todos os seus dependentes, numa reserva estratégica de eleitores, esquema que tem o potencial de fazer de nós uma espécie de Europa do welfare antes do enriquecimento, com uma metade do país explorando a outra e permanecendo ambas eternamente estagnadas, só que aqui uma um dedo acima e a outra um dedo abaixo da linha da miséria.

    Nos bastidores mais técnicos em que a imprensa já pouco cuida de meter o nariz por falta de temas que falem às emoções de um publico apático, prossegue desenfreado, portaria por portaria, o trabalho para concentrar nas mãos de “El Rei” toda a arrecadação de impostos do país, desacompanhada de qualquer nova atribuição cobrável, de modo a transformar em pedintes rastejantes e bodes expiatórios sempre ao alcance da mão os representantes eleitos para gerir os outros entes da federação.


    Para coroar tudo, o Palácio do Planalto empenha-se oficialmente, agora, em plantar dentro do Tribunal de Contas da União, apadrinhado pela “presidenta faxineira” em pessoa, um conhecido salafrário, alvo de uma dúzia de processos por peculato, apropriação indébita, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e ocultação de bens que, tendo começado a vida como corretor de imóveis em Brasília fez-se senador pela porta dos fundos da suplência do nefando Joaquim Roriz e, já em 2009, ficou famoso por ter sido surpreendido jactando-se com o colega Renan Calheiros de ter amealhado “o seu primeiro bilhão”.


    a1

    E pur, nulla si muove! Nada acontece. Nenhuma reação.

    Não é de admirar que tenham perdido a vergonha! Sentem-se tão seguros que, diante do incômodo de novos flagrantes indesmentíveis, o nosso fuhrer com o seu goebels de plantão – o ex sequestrador Franklin Martins – convoca oficialmente uma bancada de “blogueiros do PT” para instá-los, em ordem unida, a atirar as brigadas especiais de proteção do grande líder para uma “solução final” contra o inimigo que ousa apontar o dedo para a roubalheira a céu aberto que rola na Petrobras e onde mais quer que se olhe.

    Alguém ainda não sabia o que é o “controle social da mídia”?

    É exatamente isso aí.

    Entrevistas? Fotografias? Só as oficiais. A imprensa que não se assume chapa-branca que publique essas se quiser. Sem perguntas. Só “declarações“…
    Nada daquelas armações satânicas dos americanos, por exemplo, em que o presidente da Republica se obriga a um interrogatório semanal feito por jornalistas nacionais e estrangeiros na sala especialmente construida para esse fim em todos os palácios do país, que caracterizam esse mal que o PT quer eliminar, para o bem da “democracia brasileira”, que é o “contrIole social” do governo pelo povo através do instrumento da imprensa.

    a1
    Não ha, portanto, mais o que salvar do “Sistema” que chegou a esse grau de apodrecimento e perversão.

    É preciso uma “ruptura revolucionária”.

    Existe uma forma de “ruptura revolucionaria” que é garantida e radicalmente democrática, que é o voto distrital com recall.

    Esse instrumento arma a mão do eleitor comum e torna-o capaz de derrubar com um tiro certeiro cada politico que nos tratar como os nossos nos tratam, sem grandes comoções nacionais.

    É tão certo que isto poria a maioria deles jogando a nosso favor ou pelo menos não jogando contra quanto é certo que se os assaltantes que andam pelas ruas barbarizando a população só porque deixam — só porque isso não lhes custa nada — ficariam reduzidos apenas aos loucos de verdade, que são sempre muito poucos depois de eliminada a horda dos apenas covardes, se eles tivessem a certeza de que todas as vítimas que pretendem atacar, assim como os ciscunstantes em volta, estivessem carregando amas.

    Aprenda tudo que é preciso saber sobre a arma do voto distrital com recall nos links que indico abaixo. E tenha a certeza de que tudo que é necessário para que consigamos conquistá-la é que um número suficiente de nós QUEIRA TER ESSA ARMA.


    Trate, portanto, de fazer a sua parte para ajudar isso a acontecer.