Progressistas estão tremendo diante da
"moda reaça" - mas nada está mais na moda do que ser anti-reaça. Só há
um problema: nenhum progressista sabe o que ser "reacionário" significa.
Gregório Duvivier escreveu nesta semana
um artigo na Folha chamado “Moda Reaça”, explicando como deve ser o
vestuário dos “reacionários”. Segundo Duvivier, o vestuário reaça é
farda verde-oliva do vovô com manchas de sangue, e é preciso ser branco,
heterossexual, católico e rico para ser “reaça”.
Por sorte, a Folha explica que Gregório
Duvivier merece nos brindar com suas imprescindíveis opiniões por criar o
canal de “humor” Porta dos Fundos.
Eu sou especialista em cultura trash,
vi todas as temporadas de Beavis & Butt-Head, fiz minha formação
moral com Chiclete com Banana, estudo e anoto todos os palavrões que
possa aprender com Californication, Angry Video Game Nerd e Olavo Pascucci.
Mas eu nunca sei o que são essas coisas como “Porta dos Fundos”,
“Malhação”, revista “Contigo” ou artigo do Vladimir Safatle. Isso não é
cultura junkie, é o rebotalho da decadência, é platitude para
as massas abobalhadas, é palpitaria de shopping, é revolta a favor, é
Danoninho pra marmanjo com síndrome de Peter Pan no DCE.
Felizmente a Folha ao menos nos explica
por que estamos enfrentando a opinião de alguém tão nitidamente inábil
para lidar com o objeto de seu texto. Basta criar um portal de “humor”, o
Zorra Total do Youtube, os Teletubbies para gente crescida e voilà, eis a sua coluna semanal na Folha.
De acordo com Gregório Duvivier, a moda
“reaça” que descreve é “o último grito do outono fascistão”. O “reaça” é
um cara que “se algum viado der em cima dele, ele atira na testa”, mas
“transa com travesti” e depois “enche a bicha (sic) de
porrada”. É alguém que freqüenta igreja de padre “homofóbico e racista”.
A mulher reaça é a que critica periguetes, e quer proibir gorda de sair
na rua.
Todos são saudosistas da ditadura e
fazem encontro no DOI-Codi – aquele lugar que hoje abriga um memorial da
ditadura, por onde Yoani Sánchez passou logo após ser achincalhada por
saudosistas da ditadura totalitária cubana, dessa vez sem ser agredida
por nenhum jovem “revoluça”, já que ficaria ridículo tentar associar a
blogueira dissidente cubana ao mal, quando ela critica todas as ditaduras – e não apenas a menos pior delas. Segundo Gregório Duvivier, o “reaça” anda sempre com soco inglês por aí.
Chegaria a ser engraçado (pela primeira
vez na vida de Gregório Duvivier, que nunca conseguiu fazer gente muito
inteligente rir) imaginar que ele sabe do que está falando, ao invés de
misturar uma carrada de clichês que, ironicamente, estão mais em moda
agora do que em 68 – falta pouco pra ele e sua turma se considerarem
“proletários”, já que o “sindicato” está cada vez mais sendo trocado
pelo poder direto do Estado, com seus Marcos Civis e leis criando
privilégios específicos a uns nomeados às custas dos outros.
A moda, na verdade, é chamar tudo o que não atenda à sua exigência de pensamento único de “reaça”.
Nada é mais modinha do que isso – sobretudo, na falta de encontrar um
“ismo” pra chamar de seu, simplesmente se consideram “progressistas”, já
que o Grande Ismo, a ideologia do comunismo – que chamava tudo o que
não fosse comunista, justamente, de “ideologia” – saiu de moda, mesmo
entre aqueles que não sabem o horror supremo que é Stalin, Holodomor, kolkhoz ou o Gulag. Basta agora ser “de esquerda”.
Na prática, defendendo o mesmo que Mao
Zedong em sua Revolução Cultural ou Nicolae Ceaușescu e Kim Il-sung com o
“socialismo Juche”, ou Walter Ulbricht com o Muro de Berlim (o “muro
antifascista”).
A técnica é simples, qualquer
adolescente pereba com preguiça de ler livros de mil páginas sobre esses
países distantes consegue aprender: basta chamar aquilo que não for
“progressista” e aderente ao pensamento único do Partido no poder de
“reaça”, e com toda a sorte de contradições, associar tudo aquilo que
for ruim ao “reacionário”: fascismo, racismo, ditadura, homofobia, soco
inglês (como se sabe, só comprado por senhoras católicas na Galeria do
Rock, nunca por punks black blocs ou invasores de reitoria da USP).
Reacionários, para quem estuda e
pesquisa antes de vomitar achismos e opiniões inventadas de estro
próprio por aí, são o exato oposto de tudo isso. Os reacionários são
aqueles que, ao ver um problema social, desconfiam da solução
“revolucionária” de plantão (aumentar o poder do Estado para que ele
corrija/proíba/financie) e, imaginando como as coisas reagem,
se posicionam contra a concentração de poder nas mãos de uns poucos
bem-iluminados que, supostamente, podem “corrigir” o problema.
Reacionários são os caras que desconfiam de políticos.
Por
isso, os reacionários eram considerados os inimigos das “revoluções” –
esta palavra que soa tão agradável a ouvidos desacostumados com a
História, que não percebem que toda “Revolução” contra tudo o que está
aí resultou no poder absoluto nas mãos de um tirano que simbolizava o
pensamento único: a Revolução Francesa decai em Napoleão Bonaparte
depois do Terror, a Revolução Russa faz o poder do tsar parecer
minúsculo perto de Lenin, Stalin, Kruschev, Andropov e afins, a
Revolução Chinesa põe no poder Mao Zedong, que mata sozinho, por métodos
que vão do fuzilamento à fome, mais de 70 milhões de pessoas, a
Revolução Iraniana, idolatrada por Michel Foucault (que era gay),
transforma o ocidentalizado Irã no totalitarismo fechadíssimo de
Rūḥollāh Khomeini que enforca gays em praça pública. Todos estes tiranos
odiavam os “reacionários” que avisaram: “não faça revolução, vai dar
merda…”
Não é engraçado como grandes “pensadores” comunistas, como Idelber Avelar, odeiam que
se chame o golpe militar brasileiro de 1964 de “Revolução”? Deveriam
era SÓ chamar o golpe de Revolução – também gerou uma concentração de
poder e perseguição estatal aos inimigos, não? Revolução de 64, that’s what it is.
Não por outra razão, os “reacionários”
eram cantados como alvo de ódio pelos hinos dos dois maiores
totalitarismos da história mundial, a Internacional Socialista e o hino
nazista, a Canção de Horst-Wessel („Kameraden, die Rotfront und Reaktion erschossen”).
“Reacionário” era o epíteto dado aos inimigos dos revolucionários, que
queriam o poder total (a marca da era moderna) para “corrigir” a
sociedade. Reacionário foi quem se opôs a Lenin, a Mao, a Hitler, a
Mussolini, a Khomeini, a Fidel, a Milošević, a Saddam, a Kadafi, a
Mugabe, a Kim Il-sung – foram os refratários ao reformismo social pela
tirania estatal.
Tem como se ofender com alguém nos
chamando de “reacionários” por isso? Tem como não notar a contradição
brutal em chamar alguém de reacionário e fascista ao mesmo tempo, quando um era inimigo mortal do outro a ponto de ser cantado como alvo de ódio até no hino nacional e internacional?
Reacionários são os caras que desconfiam
dos corações bem intencionados, das cabeças com pouca leitura e dos
ânimos exaltadíssimos dos revolucionários por saberem que essas coisas
não têm bom resultado. São os chatos que dizem que “protesto” sem foco
termina invariavelmente em black bloc matando inocente na rua. Não
descobre isso por “preconceito”, e sim por conhecer a história: são os
caras que chamam a Revolução Russa de “Revolução”, e também o golpe
militar de “Revolução” sem apoiar nenhum dos dois pelo mesmo motivo:
terminam em concentração de poder, tirania e repressão aos
“anti-revolucionários”. Você já ouviu falar em repressão
“anti-reacionária”? Nem eu.
Já o revolucionário acha que os expurgos
stalinistas e as mortes de fome em fazendas coletivizadas foram apenas
uma festinha que fugiu do controle – ou, caso seja na coletivização de
fazendas do Zimbábue pelo socialista Robert Mugabe, amigo de Hugo
Chávez, ainda posta foto de africanos morrendo de fome dizendo que é
isso que o capitalismo, o livre mercado e a propriedade privada fazem.
O reacionário descobre como as coisas reagem porque pensa como um dos homens mais inteligentes da humanidade, G. K. Chesterton: em seu ensaio The Superstition of School,
Chesterton explica que não é esperado que os homens “velhos” sejam
reacionários, mas que, com a experiência, saibam que as coisas reajam e
como reagem - ao contrário do furor revolucionário, que crê
religiosamente que o mundo será moldado passivamente com as suas boas
intenções. Se um homem atira num coelho, num velho ou num rei, deve
esperar reações dessa ação. É a experiência que faz com que o
homem tenha expectativa pelo tranco do revólver antes mesmo de puxar o
gatilho em cada um desses de novo para saber o que acontece.
É por isso que David Hume, o cético que é maior expoente do empirismo, lembra que as doutrinas e tradições são conhecimento,
e não precisamos atirar nós mesmos em um coelho, um velho ou um rei
para descobrir as conseqüências. É por isso que conservadores olham para
o passado: para não precisar seguir caminhos que os antigos já sabiam
que dariam errado no futuro. É por isso que os conservadores conservam
tradições e lêem livros antigos, de Platão a Montaigne, de Shakespeare a
Solzhenitsyn – o revolucionário, por outro lado, acredita que suas boas
intenções bastam para “consertar” o mundo, sem esperar nenhuma reação
da dura realidade.
G. K. Chesterton nos ensina que o homem que acumula a sabedoria das reações não perde ideais, como os jovens costumam crer que os velhos perderam seus sonhos. Pelo contrário: o socialismo ideal, o capitalismo ideal ou qualquer Utopia, mantida pura no mundo das idéias, hagiograficamente virginal ao contato com a realidade, continua sendo sempre ideal. O problema é o real: como é um regime de “reforma agrária” com fazendas e fábricas coletivas na realidade,
como é a vida livre da “burguesia” em um mundo real em que cada
“burguês” desaparecido é mais um cadáver em uma pilha monstruosa.
Ser reacionário é saber como as coisas
reagem. É ter um saber que prevê reações antes mesmo de elas ocorrerem. É
o homem que vê conseqüências imprevistas onde o afobado vê motivo para
exaltação e ânimo em marcha acelerada. É o homem que, como Prometeu no
mito, o primeiro reacionário, vê o mal antes mesmo de ele ocorrer. É,
enfim, o homem que não nasceu ontem, que não é seduzido por discursos
maviosos de quem quer melhorar o mundo sob mandos da concentração de
poder e da proibição do que não gostam e do subsídio ao que gostam. Como
se ofender em ser reacionário?
Como setencia Nicolás Gómez Dávila, “El reaccionario auténtico no parte de ideas políticas reaccionarias. A veces llega a ellas.” Quantos,
após estudar o que pensam os “reacionários” (e não os lugares-comuns
inventados pela própria esquerda), chegaram à conclusão de que o melhor é
ser de esquerda?
Você pode reunir toda a esquerda brasileira – Marilena Chaui,
Emir Sader, Luiz Flávio Gomes, Leonardo Sakamoto, Cynara Menezes,
Brizola Neto, Antônio Cândido, Chico Buarque, Antônio Abujamra, Lola
Aronovich, Paulo Henrique Amorim, Luiz Carlos Azenha, Paulo Arantes, PC
Siqueira, Alex Castro, Tico Santa Cruz, Luís Nassif, Túlio Vianna, Mino
Carta, José Dirceu, Antônio Palocci ou os assassinos de Celso Daniel e
Toninho do PT e perguntar o que já estudaram das obras dos maiores
intelectuais da direita “reaça” que povoaram o século: Edmund Burke,
Russell Kirk, Thomas Sowell, Eric Voegelin, Bernard Lonergan, Roger
Scruton, Ludwig von Mises, Erik von Kuehnelt-Leddihn, Ortega y Gasset,
Alain Peyrefitte, Anne Applebaum, Roger Kimball, Alain Besançon, Lionel
Trilling, Paul Johnson, David Pryce-Jones, Vicente Ferreira da Silva,
Theodor Dalrymple, T. S. Eliot, Rosenstock-Huessy, Michael
Oakeshott, Irving Babbitt, Ellis Sandoz, Vladimir Bukovsky, Vladimir
Tismăneanu, Matei Visniec. A chance de todos eles somados terem estudado
5% das obras mais básicas sobre teoria política “reacionária” é menor
do que 1%.
Gregório Duvivier, tentando bancar o
cientista político como se fosse Hannah Arendt rediviva, acredita na
modinha irrefletida de que reacionários são “saudosistas da ditadura” só
porque fazem marcha comemorando a deposição de um dos piores
presidentes que o país teve, João Goulart – sem conhecer história e sem
saber que o que a Marcha da Família com Deus pela Liberdade original
queria eleição no ano seguinte, e os militares, após tomarem o poder sob
aplausos populares, traíram essa população, que queria o monumental
Carlos Lacerda no poder, e só houve eleição livre dali a 21 anos (erro
em que muitos jovens “reaças” também caem).
Basta ver os países admirados pelos
“reaças” pra ver se algum deles é uma ditadura militar: a Alemanha de
Konrad Adenauer, a Polônia de Lech Wałęsa, a República Checa de Václav
Havel, a Inglaterra de Margaret Thatcher, a América de Ronald Reagan.
Qual destes países-modelos para os reacionários é uma ditadura, ainda
mais uma ditadura militar?
Que
tal comparar com o que a esquerda bondosa defende? Cuba, Coréia do
Norte, União Soviética, China, Camboja (aquele país em que Noam Chomsky,
no New York Times, afirmava que Pol-Pot só tinha matado “um milhar ou
outro” de “traidores”, totalizando 24% da população), Irã, os infernais
totalitarismos islâmicos que são “coitadinhos” contra Israel (o Egito, a
Líbia e a Síria ficam em posição estranha, já que são “vítimas” de
Israel, ao mesmo tempo em que a esquerda comemora quando o povo derruba
seus líderes na Primavera Árabe), Venezuela, Iraque, Peru… qual desses, stricto sensu, NÃO É uma ditadura militar?
Vários dos grandes reacionários
brasileiros, como o brilhantíssimo filósofo Mário Ferreira dos Santos ou
o crítico literário Otto Maria Carpeaux, autor da maior História da
Literatura do mundo, morreram vociferando contra o golpe de 64 e seu
obscurantismo.
Todavia, Gregório Duvivier, que da
história só sabe que “a direita reacionária apoiou o golpe” contra
Jango, crê que por isso o que reacionários querem é abolir a república e
instaurar uma ditadura que fez de tudo e mais um pouco contrários ao
que os reacionários pregam. Crê religiosamente que preferir que os
militares derrubassem Goulart a transformar o Brasil em Cuba é ter
“farda suja de sangue” – graças à ditadura militar brasileira legar 424
mortos em 21 anos. E que tal dizer que aqueles que queriam instaurar o
comunismo cubano nestas paragens têm “roupas sujas de sangue”? Vários
pegaram em armas – e mataram! – em nome de uma ditadura que matou 73 mil
pessoas em 48 anos, com um único “presidente” depois trocado pelo seu
IRMÃO sem consulta popular.
Por que os “não-reacionários”, os
ex-guerrilheiros que juram que lutavam pela “democracia” da ditadura do
proletariado, não têm as roupas “sujas de sangue”? Por que a esquerda
agora sempre apela para o discurso de “não apóio nenhuma ditadura”, mas
entre uma ditadura que matou 424 pessoas (a maioria absoluta de armas em
punho para instaurar uma ditadura pior) e outra que matou 73 mil e
continua matando, critica quem “preferiu”, na falta de opção melhor, a
menos assassina?
Por que não diz, afinal, que graças aos militares, apesar de todas as mortes e o estrago, ao menos ainda não somos Cuba? O motivo é óbvio: a esquerda é comunista, e não existe esquerdista que não é comunista. Ele só tem vergonha de admitir que é essa coisa antiquada: comunista.
Se é para ver as mãos “sujas de sangue”,
que tal comparar os escritos dos reacionários e daqueles que tratam
reacionários como inimigos? Vejamos algumas frases de Che Guevara, líder
revolucionário que odiava negros, gays, judeus, proibiu o rock e
cabelos compridos, queimou livros, instituiu o trabalho escravo (fora o
próprio paredón, matando em um ano, sozinho, mais do que toda a ditadura militar brasileira em duas décadas):
Enlouquecido com fúria irei manchar meu
rifle de vermelho ao abater qualquer inimigo que caia em minhas mãos!
Minhas narinas se dilatam ao saborear o odor acre de pólvora e sangue.
Com as mortes de meus inimigos eu preparo meu ser para a luta sagrada e
me junto ao proletariado triunfante com um uivo bestial.
“Não posso ser amigo de quem não compartilha das mesmas idéias que eu”.
“Adoro o ódio eficaz que faz do homem uma violenta, seletiva e fria máquina de matar”.
Ou seu discurso ovacionado na ONU:
Agora as palavras de um reacionário, o
nobre Erik von Kuehnelt-Leddihn, homem de conhecimento enciclopédico
capaz de ler em mais de 20 línguas e, como bom reacionário austríaco, um
fugitivo do nazismo, em seu O Credo do Reacionário:
Como um reacionário honesto, eu
naturalmente rejeito o Nazismo, Comunismo, Fascismo e todas as
ideologias relacionadas que são, de fato, um reductio ad absurdum
da chamada democracia e do “povo no poder”. Eu rejeito os pressupostos
absurdos do governo da maioria, do parlamento hocus-pocus, o falso
liberalismo materialista da Escola de Manchester e o falso
conservadorismo dos grandes banqueiros e industrialistas. Eu abomino o
centralismo e a uniformidade da vida em rebanho, o espírito estúpido
racista, o capitalismo privado, bem como o capitalismo de estado
(socialismo) que contribuíram para a ruína gradual da nossa civilização
nos últimos dois séculos. O verdadeiro reacionário desses dias é um
rebelde contra os pressupostos prevalecentes e um “radical” que vai até
as raízes.
Tem como se ofender em ser chamado de “reacionário”?
Os “formadores de opinião” brasileiros,
que desconhecem do séc. XX até mesmo a vida de Stalin ou o mundo além da
Cortina de Ferro, acreditando que lá era um reino encantado para onde
as pessoas boas vão depois que morrem, usam a própria ignorância como
régua para definir o mundo e a moral. Gregório Duvivier não é causa, mas
conseqüência da ditadura de pensamento único que se implanta no país.
E, claro, perceber essa platificação de pensamento é ser um
“extremista”, já que a ditadura de pensamento único não permite, por
definição, pensamentos discordantes.
Trata-se de uma estratégia para definir limites do que é permitido pensar.
Estar um pouquinho à direita da extrema-esquerda já te torna um “reaça”
– basta ler como a feminista ultra-radical Lola Aronovich chama tudo o
que não seja planificação totalitária, socialismo acachapante e
concentração total de poder no Estado de “reaça”. De conservadores
liberais a feministas libertárias, tudo é “reaça”. Integralmente incapaz
de estudar obras de ciência política conservadora, basta rotular o alvo
de “reaça” e todo o enxame de abelhas assassinas de su@s (como fazer
isso com @? s@us? su@s?) leitor@s voa em cima do alvo sem precisar
entender o que ele pensa.
A isso se chama hoje “pensamento
crítico”, “livre pensar” ou “pensar com a própria cabeça”. É a
uniformidade da vida em rebanho, o coletivismo bovinóide, o cult of the sameness tão combatido pelo reacionário Kuehnelt-Leddihn.
Assim como apóiam ditaduras militares e
acusam os reacionários de serem saudosistas da ditadura, serem modistas e
afirmarem que estão denunciando uma moda, serem sedizentes “críticos” e
abraçarem irrefletidamente qualquer -ismo do momento, imputam
pensamentos nojentos a seus adversários e admiram quem os leva a cabo, o
anti-reaça da última moda também adora defender a “diversidade”, ao
mesmo tempo em que odeia toda forma de “desigualdade”, nunca percebendo a
contradição brutal no núcleo de sua crença fanática.
Os reacionários não seguem um bloco de
pensamento fechado, como crêem e evangalizadoramente querem fazer crer
Gregório Duvivier e outros seguidores do pensamento único hegemônico
sendo instaurado no Brasil. Kuehnelt-Leddihn, Chesterton, Xavier Zubiri,
Miriam Joseph, Mário Ferreira dos Santos, Olavo de Carvalho são
pensadores católicos. O grosso dos “reaças” americanos, por óbvio, são
protestantes. Alguns, judeus (essa turma que foi vítima do nazismo e que
a esquerda odeia pelo mesmo motivo, mas jura que o nacional-socialismo
nada tem a ver com socialismo): Dennis Prager, Ben Shapiro, Mark Levin,
Michael Medved. Outros são muçulmanos, como René Guénon, Frithjof Schuon
ou Hossein Nasr. Alguns são ateus, como S. E. Cupp, P. J. O’Rourke, H.
L. Mencken, Jillian Becker.
Foi
assim durante toda a história, para quem conhece os fatos antes de
engolir o supositório de idéias e disparar a metralhadora da cagação de
regra: Eric Voegelin, que não parecia acreditar na transcendência, a
defendeu por ser a origem da ordem política e da moral social. René
Girard já via no mito bíblico, de Caim a Jesus Cristo, o cerne da
sociedade que não precisa mais de “sacrifícios” para se purgar, vendo a
realidade do cristianismo tão fortemente quanto teólogos como Bernard
Lonergan. Mircea Eliade via na esquerda não mais do que tentativas de
reviver Cião através de mentiras, sendo o mais importante mitólogo do
mundo. Já Emil Cioran, que viu o socialismo juche na sua própria pele,
odiava a Deus e o mundo (literalmente para ambos), tal como se vê no
reacionarismo furioso de Arthur Schopenhauer ou no materialismo total de
Ayn Rand.
Ser “reaça” é defender o individualismo e
a responsabilidade individual perante o coletivo – por óbvio, portanto,
que eles discordem bastante entre si. Ronald Reagan era a favor de
anistia para imigrantes ilegais. William F. Buclkey Jr. era a favor da
legalização das drogas (como o são todos os “libertários”). Barry
Goldwater era a favor da descriminalização do aborto. Ser “reaça” é
defender a liberdade de pensamento individual – por exemplo, alguém não
defender o casamento gay porque acredita que o casamento é instituição
de formação da sociedade, e acredita que não se deve tratar como
“casamento” uma união que não é formação de família.
Já ser de esquerda, sim, é pensar em
bloco: se você é de esquerda, obrigatoriamente tem de ter as mesmas
opiniões do coletivo sobre aborto, casamento gay, drogas etc da
patotinha. Discordar em um ponto é “preconceito obscurantista”. Sempre
que alguém apresenta argumentos contra o pensamento único dos
“anti-reaças”, os rebanhistas imediatamente dizem que são pessoas
poderosas e malévolas querendo defender os seus “privilégios”: o reaça,
seja no artigo “Moda Reaça” de Gregório Duvivier, seja em “A Vida dos
reaças” de Murilo Silva, no site Fora de Foco, seja em “Como se vestir
como um direitista”, na revista Vice, é sempre retratado como branco,
rico, heterossexual e católico.
Para não encarar a profundidade
absolutíssima das filosofias de Eric Voegelin, Louis Lavelle ou Bernard
Lonergan, dizem que o reaça é o “Almeidinha” ou o “Ricardinho” – o que
trai a verdade latente, já que “reaças” costumam é vir das classes
baixas (tão defendidos por G. K. Chesterton), enquanto é raríssimo ver
um esquerdista sem um sobrenome como “Salvatti” ou “Hoffmann”.
Herman Cain, E.W. Jackson são negros (tal como
Martin Luther King pai, que era um devoto cristão odiador do Partido
Comunista). Russell Kirk, ostentador de 12 doutorados honoris causa,
veio da pobreza – tal como Eric Voegelin, que foi aprender os
hieróglifos egípcios para entender a ordem política grega e sua
correlação de crise alexandrina com a crise medieval e o gnosticismo
político de Marx a Hitler, chegou a passar fome para poder estudar.
Thomas Sowell vivia tão enfurnado na comunidade negra que até anos
avançados de sua infância não sabia que amarelo poderia ser uma cor de
cabelo. Andrew Sullivan é gay, tal como Robert Bauman, Michael
Huffington ou nosso Guy Franco (e como não lembrar daquele propaganda da campanha eleitoral de Marta Suplicy perguntando se Kassab é casado e tem filhos?).
Quer ver um direitista pobre? Fale
com Marco Mattei, gari italiano que vivia com a família num subúrbio e
teve o apartamento no terceiro andar incendiado por Achille Lollo, da
organização terrorista de extrema-esquerda Potere Operaio (dá
pra ver como gostam das classes baixas). No incêndio, um dos seis filhos
de Mattei ficou preso no quarto, enquanto duas filhas pulavam pelo
balcão. Um filho resolveu voltar para tentar salvar o irmão menor e
ambos morreram abraçados e carbonizados.
O caso ficou conhecido como “Rogo di Primavalle”
(incêndio de Primavelle) na Itália. Achille Lollo fugiu para a Argélia e
depois para o Brasil, onde foi um dos fundadores do PSOL, junto com
Heloísa Helena. Outro terrorista italiano fugitivo, o mais conhecido
Cesare Battisti, também fugiu após assassinar quatro pessoas, entre elas
um carcereiro (que não deve ganhar muito).
Quem são os “ricos brancos
heterossexuais católicos” Almeidinhas, se não os ricaços da esquerda
caviar como Gregório Duvivier? Quem é que usa “soco inglês” e “enche de
porrada” quem discorda deles por aí?
Quem é preconceituoso e vive de senso
comum? Quem segue modinhas e quem é crítico? Quem é paranóico e quem vê a
realidade do pensamento único? Quem defende planificação e ditadura e
quem luta contra isso em prol da diversidade?
No desespero, além de falar em “soco
inglês”, também pode-se apelar para “direitistas” extremistas –
sobretudo o ultra-nacionalista norueguês Anders Breivik, que assassinou
77 pessoas em um único dia, sobretudo atirando em um acampamento para
jovens do Partido Trabalhista norueguês. Breivik foi repudiado pelos
nazistas noruegueses, como Vark Vikernes (“não é matando a juventude com
o nosso sangue que vamos fazer algo!”) e, claro, por TODOS os
reacionários NO MUNDO.
Você já viu algum “reaça” por aí usando
Breivik como exemplo, herói, norte moral ou ideal de ação política?
Agora você já viu algum esquerdista com camiseta de Che Guevara, alguém
se dizendo “socialista morena”, alguém achando bonito fazer “bloco
soviético”, ou dizendo que o problema é o socialismo “real” (não diga!)?
O que querem é associar todos os
não-comunistas com o único extremista sem amigos que encontram – assim,
não aderir ao pensamento único hegemônico da esquerda tão bondosa é ser
um extremista com “manchas de sangue” na roupa do armário.
É
o moralismo capenga do progressismo: define-se limites para o que pode
ser pensado, através de conceitos pedestres: associa-se fascismo à
“extrema-direita” (termo que os fascistas nunca usaram para se
auto-definirem), diz-se que então os progressistas são opositores do
fascismo e da direita, ao mesmo tempo em que também odeiam judeus e Israel (bar mitzvah é
considerado “reaça” demais em um dos textos), e detestam o liberalismo e
o capitalismo, dizendo que quanto mais liberal, mais é “reaça” e de
direita, crendo que extrema-direita é a hiper-privatização, ao mesmo tempo em que a vida dissociada do Estado é associada com o fascismo Tutto nello Stato, niente al di fuori dello Stato, nulla contro lo Stato - e
se você aponta qualquer contradição nisso, você é que não sabe brincar
com esses conceitos chulé, você que é fanático obscurantista, você que
não conhece a complexa realidade da mentalidade esquerdista – tão bem
descrita por Lionel Trilling em seu clássico The LIberal Imagination.
Assim se cria a conceitofobia, o
medo primevo e brutal de conceitos mais sólidos do que o lugar-comum da
linguagem banal do dia-a-dia, conceitos que vão além dos limites do que
é permitido pensar e do que é anátema, pecaminoso, sujo, proibido.
É a “fé metástica” de que nos fala Eric Voegelin: a fé que odeia a realidade, tendo mais amor pela opinião (filodoxia) do que amor ao saber (filosofia)
e que quer reformar toda a estrutura da realidade – para tal, não pode
senão repudiar a realidade com medo dela, achando-se por isso “crítico”
do que é simplesmente verdadeiro.
Cria-se a resposta fácil para tudo: “sou
crítico porque não leio revista Veja, não leio Reinaldo Azevedo, não
leio Rodrigo Constantino e não leio Olavo de Carvalho”, já que ler algo
do qual se discorda certamente causará câncer radioativo, e não se deve
se misturar com essas coisas horrendas da direita reacionária nem por
brincadeira – vai que alguém se torne minimamente mais reaça ao inventar
de ler a Teoria dos Quatro Discursos aristotélicos do Olavo, os
horrores e malversações públicas denunciados n’O País dos Petralhas de
Reinaldo ou a ridicularização da Esquerda Caviar por Constantino? Não, é
preciso passar longe e associá-los sempre ao pior, ter medo de encostar
na capa dos livros e virar pó (o que nenhum reaça faz com livros de
esquerda) – uma velhinha fanática religiosa queimando os discos do AC/DC
do filho não conseguiria fanatismo maior.
Hello-o, companheirada! Nós já
conhecemos essa logorréia repetitiva da esquerda! Nós já cansamos de
Chomsky, Foucault, Sartre, Deleuze, Dworkin, Adorno, Gramsci, Alinsky,
Habermas, Rorty e Butler! Nós não somos de esquerda porque estamos mal
informados da realidade: vocês é que têm ódio dos reaças por só lerem
preconceito contra eles – e nunca eles próprios!
Conclusão intempestiva
Como se vê, ser reacionário exige
experiência, conhecimento de causalidade, a “prudência” na política que
nos pedem de Aristóteles a Russell Kirk – aquele cara que tentou elencar
Dez livros conservadores pra serem lidos, já que ser conservador exige uma vida de leituras, e não apenas macaquear um Das Kapital ou
algum livrinho com pretensão de reunir todo o conhecimento da
humanidade, do Céu e da Terra em alguns princípios gerais a serem
repetidos bovinamente pelos rebanhistas de plantão (total destes livros
lidos por formadores de opinião, professores universitários, jornalistas
que falam de política 25 horas por dia e boçais da palpitaria política
nas colunas sociais do Brasil: zero).
Ser “reaça” é apenas saber das coisas, e
não querer moldar os outros conforme a sua imagem e semelhança – o que
fazem de Lenin com suas fazendas coletivas a Kim Jong-un exigindo o
mesmo corte de cabelo para toda a Coréia do Norte (ou Pol-Pot, mandando
ser morto por crocodilos quem fosse alfabetizado ou usasse óculos). Ser
reaça é ser contra aqueles regimes onde você pode sair fuzilando quem
discorda de você.
Mas eu não me incomodaria se Gregório
Duvivier me xingasse de alguma coisa séria. Me chamar de idiota, bobo,
cara de melão – ou, como o modismo do pensamento único agora exige, de
coxinha, de fascista, de extremista, de olavete. Isso, partindo de um
cara cuja obra intelectual mais profunda é o Zorra Total do Youtube só
pode significar que estou incomodando as pessoas certas.
Quando Marilena Chaui chama a classe média de “fascista”, de “reacionária”, de “terrorista” (sic), ela só recai naquilo que Ben Shapiro afirma sobre os valentões, os bullies da
esquerda americana: não faz sentido chamar um membro da KKK
(esquerdista, ao contrário do que dizem) de “racista”, nem um figurão da
Waffen SS de “nazista” tentando ofendê-los. Isso é o que eles são.
A esquerda chama todo mundo de quem
discorda de “racista”, de “homofóbico”, de “fascista” justamente porque
sabe que os xingados odeiam racismo, homofobia,
fascismo – e se calarão quando tiverem sua opinião associada a estas
coisas das quais têm nojo mortal (vide Kuehnelt-Leddihn acima). Se
fossem de fato racistas, homofóbicos ou fascistas as pessoas
simplesmente diriam “Sim” e continuariam na mesma. Não é o que a
esquerda planeja.
O problema mesmo é Gregório Duvivier
querer me ofender me chamando de “reacionário”, devido à sua própria
ignorância em relação ao termo. Aí não dá. Porque eu tomo como o elogio
que é. O que há de tão ofensivo em saber como as coisas reagem? Em ser
inimigo mortal de nazistas, comunistas e totalitarismos islâmicos
homofóbicos e misóginos? Em ser contrário à concentração de poder, ao
reformismo rebanhista, à planificação econômica, à mesmice cultural?
Eu tenho uma reputação a zelar. Como
poderei sair na rua, se as pessoas resolverem apontar pra mim e dizer:
“Olha lá, é o cara que o Gregório Duvivier elogiou!” PUTA MADRE! Precisarei
fugir do país, de uma plástica como a do Dirceu, trocar de nome,
sobrenome, tentar apagar minhas memórias com elevadas sessões de
psiquiatria pesada. Os danos morais não podem ser cobertos por nenhuma
indenização.
Pelamor, revoluças que não vêem nada
demais em alguém admirar um facínora como Che Guevara (um idealista! um
crítico social! um mundomelhorista!) e querem associar tudo o que é ruim
a quem discorda de vocês de “saudosistas da ditadura”, numa maçaroca
homogênea e platiforme como vocês próprios pensam: xinguem de outras
coisas, mas não tratem “reacionário” como ofensa.
Ser reaça é mó legal – basta parar de
querer ter auto-estima apenas através do grupinho, jurando que com isso é
“crítico” e auto-pensante. É saber que o mundo não tem soluções fáceis e
prontas, e que há muito mais livros a serem estudados demoradamente
antes de tirar conclusões apressadas do que jamais sonharam nossos
progressistas.
Basta apenas se acostumar a ser xingado
de fascista, de saudosista da ditadura, de branco, de rico, de
homofóbico, de católico, de racista, de nazista e de usar soco inglês
por gente como Gergório Duvivier – e, claro, ser xingado de “fascista”
por gente que quer tudo dentro do Estado, tudo para o Estado, bem ao
contrário de você.
Mas, acredite: nada dói mais do que ser
“xingado” de “reacionário” por pessoas que querem nos ofender, mas nos
elogiam sem perceber.
Uma coisa que eu noto é que pela densidade e conteúdo desse tipo de texto ele talvez combinasse ainda mais com o conteúdo de um livro impresso do que propriamente um artigo da web.
De qualquer forma, parabéns pelos textos fodaços, Flávio.
Apenas um reparo: que história é essa de “a chance de todos eles somados terem estudado 5% das obras mais básicas sobre teoria política “reacionária” É MENOR DO QUE 1%”?!!! Não, pelamor, Flávio, menor do que 1%, não! É igual a zero! Nem um milésimo a mais. E falo sério. A possibilidade de que no meio de toda a esquerdopataiada mais histriônica mencionada por você haja UM, ao menos, que tenha lido, digamos, UMA das obras que você referiu aqui é nenhuma. Aquele misto de arrogância com ignorância deles os afasta até da orelha dessas obras. Convivi e convivo com dezenas deles, em diversos ambientes, e te asseguro que é assim.
“After the Russian Army invaded the nation of Georgia, Senator Obama’s reaction was one of indecision and moral equivalence, the kind of response that would only encourage Russia’s Putin to invade Ukraine next.” (tradução: “Após o Exército russo ter invadido a nação da Georgia, a reação do senador Obama é uma da indecisão e equivalência moral, o tipo de resposta que serve apenas para encorajar a Rússia de Putin a invadir seguidamente Ucrânia.”).
Por estes comentários, Sarah Palin foi ridicularizada pela imprensa americana e internacional, considerando essa declaração como “piada”, “estranha” e “extremamente improvável de acontecer”, já que nessa altura Vladimir Putin não era presidente e sim primeiro-ministro, pois quem era na época era Dmitri Medvedev, que em 2012,
Enquanto isso, “o tempo é senhor da razão” provou que ela estava certa: foram precisos quase 6 anos de espera: Putin voltou ser presidente na Rússia (2012), Viktor Yanukovitch foi destituído da presidência após violenta revolução que trouxe no poder, políticos radicais nacionalistas e anti-russo (alguns deles tem ligação com extrema direita e outros inspirados aos ideais da época da Ucrânia foi invadida pelos nazistas) que querem expulsar russos.
Pelo Facebook (para os mais íntimos do site de relacionamento, agora chamam de “face” e tiraram “book”) dela (http://zip.net/bgm5Lx), depois que a imprensa americana e internacional voltaram a reabrir a declaração dela devido aos eventos de Ucrânia, na qual ela mesma pronunciou:
“Yes, I could see this one from Alaska. I’m usually not one to Told-Ya-So, but I did, despite my accurate prediction being derided as ‘an extremely far-fetched scenario’ by the ‘high-brow’ Foreign Policy magazine, (…). Here’s what this ‘stupid’ ‘insipid woman’ predicted back in 2008.” (tradução: “Sim, eu poderia ver isto única do Alasca. Eu geralmente não sou de Eu-Disse-Assim [ou "eu já sabia"], mas eu fiz, apesar de minha previsão precisa ser ridicularizado como ‘um cenário extremamente rebuscado’ pela revista ‘testa alta’ Foreign Policy, (…). Aqui está a ‘estúpida’, ‘insípida mulher’ previsto já em 2008.”).
1. http://zip.net/bbm5CL
2. http://zip.net/bwmFRd
3. http://zip.net/brm5Rw
4. http://zip.net/bvm52K
5. http://zip.net/bxm6nF
6. http://zip.net/bhm5N3
7. http://zip.net/bbm5C2
8. http://zip.net/bjm5rt
E mais: depois disso, voltou a dizer que Rússia era ameaça e que os Estados Unidos (EUA) poderia até talvez declare guerra.
Antes de mais nada, quero deixar claro que seu um fã do seu trabalho. Poucos textos atualmente me fazem me sentir mais seguros de minhas convicções do que o teu.
Porém, gostaria que você me tirasse uma dúvida quanto ao texto acima: como rechaçar o argumento progressista de que todas as revoluções no fim das contas geram concentração de poder, sendo que as revoluções convenientemente apoiadas por eles (esquerdistas) geram concentração de poder “‘”pró-operário””” e as nossas (por assim dizer) geram sim concentração de poder nas mãos da minoria dominante, como no caso da revolução dos cravos em Portugal.
Desculpe pela pergunta que pode parecer simplória, mas fui colocado na parece por um amigo comunista que gosto de conversar (entendendo assim o lado negro da força), mas minha falta de musculatura intelectual ainda não me permite dar vôos mais altos e coloca-lo sempre no lugar dele.
Forte abraço!
No inicio do texto tu menciona o David Hume. O problema é que ele foi empirista e cético em momentos diferentes da vida dele. Ele mesmo desenvolve o problema da indução, que mostra que não existem relações necessária entre a causa e o efeito. “Não é necessário que o sol nascendo todos os dias podemos ter certeza de que ele nascerá no dia seguinte”. Este problema da indução deu muito problema para os empiristas da época de Hume, pois ele basicamente negou o empirismo. É por isso que Hume acaba um verdadeiro cético no final de sua vida.
Este problema ainda é uma sombra na teoria da ciência dos dias de hoje. E pode criar uma discussão que a níveis teóricos eu chamaria de interessante. Não me lembro de ter estudado no meu curso de filosofia se Hume trabalhou a questão da tradução como tu se referiu no texto. Foi Kant, que confrontado pelo problema da indução de Hume, tentou dar novas bases para o conhecimento. E é justamente ele que em sua “Resposta a pergunta: O que é esclarecimento?” e se não me engano na “fundamentação da metafísica dos costumes”. Que demonstra o conhecimento contido na tradição. Que tu escreve no texto.
Eu falei isto mais por questão de curiosidade. Não acredito que este problema conceitual possa afetar tudo contido no texto. Apesar de que o problema da indução pode aparecer em alguma crítica esquerdista ao modo de ser reacionário. O que acho improvável. Por diversos motivos que não pretendo escrever aqui.
Eu também tenho uma pergunta. Eu ainda não tive o tempo necessário para ler os textos sobre conservadorismo. Mas uma pergunta me surgiu ao ler os comentários. O conservadorismo possui uma relação com a manutenção do statu quo (ao menos o que surgiu na época de Comte). Mas que na minha percepção não se refere à totalidade da sociedade e sim as suas instituições. Ou seja, manter as instituições como estão, e modificá-las quando necessário, e não simplesmente aboli-las de vez como pretende a esquerda.
A sociedade evoluiu e se desenvolveu a ponto de ter criado estar instituições que dão certo na manutenção da nossa vida em sociedade, porque destruí-las em um prol de uma insanidade que alguém possuiu? O Conservador seria aquele que quer manter as instituições funcionando, mas ao mesmo tempo, não necessariamente precisa manter as que estão provocando algum mal. Como em questões de poder de governo, ou até financeiras. Estou muito errado nesta minha interpretação?
Outra coisa, podemos dizer que em uma ditadura após o poder político estar estabelecido, esta ditadura procurará a manutenção deste poder e do statu quo dele, poderia se dizer que neste sentido estes governos se tornam “”conservadores””?
Obrigado pela atenção.
Essa questão do statu quo é balela. É tentar extrair da palavra “conservadorismo” o sentido de “conservadorismo” – seria o mesmo erro de acreditar que defender casas de concreto, e não de taipas para os pobres seja “concretismo”. Conservadorismo nada tem a ver com manutenção do statu quo – tal como comunismo nada tem a ver com “o bem comum” ou “a vontade comum”. Foi o nome que inventaram (sobretudo Edmund Burke) num período específico e ficou. Agora, como o pessoal não conhece nada sobre conservadorismo, usam desse expediente bobo de “conservador quer conservar”, e aí inventam essas bobagens como você lê por aqui (que um monstro do conservadorismo como Václav Havel não seria conservador, porque viveu no totalitarismo comunista e não queria, dãã, conservar aquilo). Isso é forçar sentido das palavras sem estudar o seu conteúdo. Se ao invés de escolherem “conservadorismo” tivessem chamado essa filosofia de “moralizantismo” ou “descrença política”, teria gente também inventando que X, Y ou Z não são da mesma patota porque têm outros conceitos morais ou não são completamente céticos (caso de Kolakowski). É só ignorância mesmo. Não se tente extrair sentido do significante, já dizia Saussure. A palavra “mesa” não tem nada a ver com o objeto “mesa”. Para mais sobre isso, veja (também será um tema que explorarei em próximas publicações):
http://ordemlivre.org/posts/gramatica-politica
Eu li seu outro texto. Os conceitos estão ficando mais claros para mim agora. E de fato, eu desconhecia essa parte de Hume.
Sinto que fui enganado na minha cadeira de ciência política.
Mas s acostumar com esses comentários não seria aceitar que vc é isso? Como os caras do KKK dizerem sim ao ser chamados de racistas? O melhor não seria argumentar e explicar pq não se é essas coisas? Ou ser reacionário é aceitar que se é todas essas coisas?
Quem dera a massa de eleitores brasileiros tivesse condições mínimas e interesse máximo em entender o que se coloca aqui.
Quanto ao bobalhão e incompetente comediante Duvivier, ele nada mas é do que fruto de um incesto entre uma educação familiar deficiente e uma preguiça em evoluir no campo moral.
De se ressaltar que o tal Porta dos Fundos tem como patrono oculto o Luciano Huck, talvez um ícone dos “reaças” que ele tanto odeia amar…
“Aliás já percebi que mania de reacionário é citar outros autores nos seus textos”.
Reaça, um cara com a mania insolente de citar outros pensadores nos seus próprios artigos.
Sim, a declaração do Alexandre foi brilhante…..mente rechaçada pelo Flavio e mais meio mundo…
Já que ele não para de soltar pérolas como essa por aqui!
Mas essa das que eu já li foi a melhor de todas!
http://www.implicante.org/artigos/a-cruzada-contra-rachel-sheherazade/
Isso sem falar em Kuehnelt-Leddihn, Benedetto Croce, Winston Churchill, Kołakowski… nenhum desses citados escreveu História, né? Nem o Arquipélago Gulag pode ser chamado de livro de História, imagine… e que tal ninguém menos do que PAUL JOHNSON, maior historiador vivo, citadíssimo aí… mas você não conhece, então acha que todo mundo é uma anta como você. ;)
Caso queira, deixe aqui seu e-mail. Posso acrescentar alguns livro a esta lista e te ajudar de alguma forma.
Valeu!
Existem textos seus antológicos, como “Ser de Esquerda é ser imbecil.. Live with that”, o texto sobre a perseguição ao Danilo Gentilli, a Rachel Sehrezade, o texto sobre a ocupação da reitoria da USP (por causa da prisão de maconheiros).
Enfim, todos estes textos sensacionais tem a mesma característica: partem de um assunto específico para uma crítica mordaz e muito bem feita ao statu quo do pensamento, do poder político, e da falácia esquerdista.
Estes textos são… fuderosos. Eles tem a capacidade de fazer leitores como eu, esquerdistas por osmose cultural, mas não irremediavelmente doutrinados, mudar de posição, ler novos autores, enfim… ficar “reaça” bagaraí.
Se esquerdismo fosse gripe, você seria o chá e o olavão, o limão.
Não sei se o livro que você prepara é de conteúdo novo ou é justamente um compilado destes textos fodas produzidos ao longo dos anos. Caso seja lançado conteúdo novo, fica a sugestão de publicar também este compilado.
O título poderia ser: “O mínimo (…) segundo Flávio Morgenstern”.
Agora, minha queixa. Sabe como é. Primeiramente, afago. Depois, bato. Vocês precisam habilitar a inscrição no blogue por e-mail, de tal modo que o inscrito seja avisado a cada novo texto que vocês acrescentam ao patrimônio. Como o VESPEIRO ou o Ceticismo Político já fizeram. Facilitem a vida de um reacionário como eu!
Um grande abraço,
andrea
Lavou minha alma!
Prezado Flávio,
Sinceramente, acho que você gastou um tempo preciso com quem não vale a pena. O tal Duvivier, faz parte do grupo Porta dos Fundos, que gosta de satirizar os cristãos, mas não tem coragem de fazer o mesmo com os muçulmanos. Eles mesmos confessaram tal covardia na imprensa. Responder a tal pessoa as bobagens que o mesmo escreveu no Pravda de São Paulo, jornal famoso por seu viés de esquerda, é, como dizia minha finada avo: “Jogar pérolas aos porcos!” O sujeito joga para a galera. A galera dele, que empesteia as Universidades com esse “progressismo bocó e doidivanas” . Quem respondeu a esse tonto cinquenta anos atrás foi Nélson Rodrigues, quando clamou aos jovens para envelhecerem o mais rápido possível.
Ao contrário dos cristãos que seguem Jesus Cristo, os muçulmanos que seguem Maomé, defendem esse fundador dessa religião mais violenta do mundo apesar de muitos pecados que ele cometeu (adultério, sedução com menores, assassinatos, perseguição contra judeus e cristão), pois não temos “defesa de honra”, pois Jesus nunca pecou.
Tem vagabundos do PSOL-PT-PSTU-PCdoB-PCB, entre outros PCCs têm caras de paus de falarem que uma simples opinião da jornalista sobre menor marginal provoca ódio. isso é para dar risada, pois esses integrantes desses partidos deviam serem presos e postos em ilegalidade por atentarem contra liberdade de expressão.
Incitar ódio e guerra de classes é expediente da esquerda, nunca da direita. Para a esquerda, existem classes. Para a direita, indivíduos.
….
“Aliás já percebi que mania de reacionário é citar outros autores nos seus textos”.
…..
Mas não se preocupe: Caso vc tenha mais idade física (maior que os 11 anos mentais demonstrados), seja paciente e espere que, as vezes, com a chegada da adolescência ocorre um descompasso entre o desenvolvimento físico e mental, mas este normalmente ajusta-se sozinho com o fim da puberdade. Só procure o médico se continuar a pensar assim depois dos 20 anos.
Costumo ler seus textos,mas esta é a primeira vez que comento. Em relação à Lola Aronovich,concordo plenamente com o que foi mencionado sobre ela. Eu mesma fui alvo dos ataques dela ao discordar de que o funk seja feminista. Argumentei que uma música cuja letra rebaixe a mulher a lixo não pode ser libertadora e tal,ao que fui chamada de “fascista”,”nazista”,”reaça” e “mascu”(esse último,um termo que ela adora proferir!).Ela é sempre assim:discordou de uma vírgula que seja dela,já é logo xingado e banido. Mas muita gente já está acordando pra vida e vendo que tipo de pessoa que ela é. O que mais me envergonha é que ela é acadêmica com doutorado. Uma pessoa desse naipe deveria saber debater,mas…
Abraços!
Ao contrario do que foi dito num comentário, não se trata de ter sido dada super importância ao que disse o “humorista de meia tigela”, mas de uma avaliação profunda e comparativa do lugar comum usado pela espécie comuna para passar a impressão aos incautos de “superioridade moral” sobre os que não rezam a sua cartilha e não pregam sua ladainha comuna.
No mais, gostaria apenas de dizer (acho que já disse isso em outros textos, mas foda-se) que sou seu fã e que aguardo ansiosamente o lançamento do seu livro. Rola evento de lançamento no Nordeste?
-Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Não poderia sentir-me mais lisonjeado com tal comparação. A esquerda peca horrivelmente no senso das proporções. Dilma disse que se dessem ouvidos ao velho o Brasil não teria sido descoberto. Eu nunca vi um direitista procurar bodes expiatórios, mas com uma doutrina que matou mais de 100 milhões de pessoas e segue perpetrando males, tal como nunca se viu, e como disse o professor que sentiu a perfídia esquerdista, desde o tempo dos faraós, economizando nas hipérboles; maldito seja Marx. Mas não. E a esquerda, derrotista histórica (e anistórica), vive culpando, olha só, os antepassados por massacres aos índios, o modo de como os portugueses colonizaram o Brasil, povoado por degredados criminosos. Nesse derrotismo histórico logo são calados quando … Austrália.
E essa de dívida histórica … Eu costumo dizer que eu encontrei a libertação no conservadorismo. Quando Mujica diz que se ocorrer algo errado com a legalização da maconha – quando não faltam exemplos (diz o provérbio, o sábio aprende com o erro dos outros, (…) os idiotas nunca aprendem) – voltará atrás, como se fosse simples reparar os danos. Isso é tão temeroso quanto vazamento nuclear. E para ele tudo bem. Mas, Oh! ”Prudência”!
Uma vez li isso de Roosevelt: “Um radical é um homem que tem os dois pés firmemente plantados… no ar. Um conservador é um homem com duas pernas perfeitamente boas que nunca aprendeu a caminhar.” Discordo um tanto da parte dos conservadores, que verdadeiramente deveriam ser chamados de progressistas. Mas bem, se me chamam de reacionário me lembro logo daquela de Nelson Rodrigues. E se Gregório de Matos visse o Brasil de hoje. Foi exibida há pouco tempo uma propaganda eleitoral (não achei o vídeo), reacionária, com uma senhora negra na favela falando das promessas não cumpridas do PT, da falta de saneamento. A coisa não está colando nem para os mais pobres. E tem coisa mais reacionária do que a pobreza, da qual eu (um qualquer) e tantos outros reacionários célebres vieram? É inspirador para mim.
Como cantam os Acadêmicos de Milton Friedmam em ”Seu Rouanet”, esses artistas gostam é duvivier às custas dos outros. Do mais, nada como uma boa leitura. Excelente texto, parabéns.
PREGUIÇA
(latim pigritia, -ae, lentidão, vagar, preguiça)
substantivo feminino
1. Propensão para não trabalhar. = MANDRIICE, ÓCIO, VADIAGEM
2. Demora ou lentidão em agir. = VAGAR
3. Gosto de estar na cama, de se levantar tarde.
4. Pau grosso em que estão pregadas as cangalhas da moega da atafona.
5. Corda que dirige o peso que se vai guindando para este não tocar na parede ou não se prender em alguma escabrosidade.
6. [Zoologia] .Gênero de mamíferos, desdentados, bradípodes da América do Sul.
7. [Serralharia] Aparelho para descansar ou encostar uma barra de ferro em que se trabalha.
8. [Brasil] Lomba, lombeira.
http://socialistamorena.cartacapital.com.br/comunistas-transam-melhor/
“parte da premissa, comprovada estatisticamente, de que no lado comunista do muro de Berlim as pessoas faziam mais e melhor sexo que do lado capitalista”
Como diria Benjamin Disraeli, há três tipos de mentiras: mentiras, mentiras terríveis e estatísticas.
Curioso esse pessoal afirmar que do lado oriental se fazia mais sexo, omitindo que isso ocorria simplesmente pelo motivo de que outras opções de lazer simplesmente não existiam (você, como estudioso do socialismo sabe muito bem disso).
Mas não deixa de ser algo cômico.Para tentar aliviar o fracasso do socialismo esse pessoal se agarra até em sexo.
Além disso, do surgimento da AIDS, até fim dos regimes comunistas europeus, foram mais de 10 anos pra que os mesmos países admitisse que existiam essa “doença capitalista”.
E mais: Na Romênia, o ditador Nicolae Ceausescu obrigou em 1967 que a população aumentasse, que ironicamente, quem nasceu na época até mais ou menos em 1974, foram uns dos responsáveis pela queda e morte do tirano opressor em 1989.
http://celebridades.uol.com.br/ooops/ultimas-noticias/2014/04/05/sbt-cede-a-pressao-e-afasta-rachel-sheherazade-do-ar.htm
Será que foi “vitória da democracia” Paulo Martins e Raquel Sheherazade serem afastados por emitir opinião direitista e “contra fatos não há argumentos”? Só esquerda caviar e idiota como você diz isso.
Martins e Sheherazade foram corajosos ao criticar esse desgoverno contestado nas ruas desde junho passado numa emissora (SBT) que é DECLARADAMENTE PRÓ-GOVERNO, esqueceu o caso PanAmericano ou a visita suspeita do Silvio Santos ao Lula menos de 2 semanas antes pra tratar desse caso? Te informa, analfabeto! (http://www.libertar.in/2014/03/censura-petista-criticos-do-governo.html)
Mas uma que você pode gostar — redundância: Reacionário Mito!
SQN, é somente mais um safado puxando a brasa para o seu assado, quer saber qual o assado dele? É só verificar quais as desgraceiras que ele omite e não das quais se serve para escrever um texto com verdades sim mas tendencioso… Ou seja, mais do mesmo lixo geral…
Desculpem o termo, mas o Flávio cagou na boca do Gregório e sua turminha do mundo melhor.
Não aguento mais ouvir a galera regurgitando esses textos batidos… como pedagoga visto a carapuça e aceito a crítica de tmb não ampliar minha lista de boa e esclarecedora literatura mas, a carreira me tem enquadrado nos textos do fazer pedagógico diário… (fazer o quê se o dia só tem 24 horas?!)
Obrigada… principalmente, no que diz respeito ao mal fadado videoblog defecante, esse sim, verdadeiro promotor de desserviço…
Duvivier é um lesado sociológico, parte daquela geração de brasileiros que foi alfabetizada pela Xuxa, doutrinada pela dupla Cazuza / Renato Russo e diplomado em multiculturalismo no ambiente artístico ultra-esquerdista da PUC-RJ. Resumindo: ele acha que conhece o país em que vive. E, como a maioria dos artistas, é um mal-agradecido, pois foi exatamente o viés “reacionário” de nosso país que lhe permitiu chegar onde chegou. Fossemos uma sociedade revolucionária como Cuba ou Venezuela, ele provavelmente estaria agora cortando cana, ou plantando coca.
Simplesmente falo: “Nunca vou poder ter liberdade religiosa num país que abole toda religião em nome de uma ideologia, muito menos num meio em que você é tido como inferior por ter uma faceta de espiritualidade na sua vida pessoal”. Ainda assim tem a audácia de falar: “Você é louco! vai virar um judeu-nazista”.
Se fosse nos EUA eu estaria rico por uma declaração dessa e o tanto de processo que esse pessoal iria receber. Brasiliero não sabe o quanto é privilegiado por muita gente deixar passar tanta ofensa nesse nível.
Na verdade isso tambem faz parte. Quem realmente se dedica anos a fio estudando literatura esquerdista, e de depara com todas as contradicoes, tem grande chance de abandonar a ideologia. É uma tarefa ingrata ser teorico esquerdista e ter de lidar com tanta contradicao, sendo que esteja de boa vontade – ie, nao seja mais um interessado no totalitarismo. Por isso as atuais geracoes esquerdistas estao sendo poupadas ate mesmo do pensamento esquerdista classico.
Na verdade, a grande massa que segue o curso nao é nem mesmo esquerdista, é so um bando de pau mandados, manada a servico de uns poucos.
É muito bem argumentado etc., mas só vai ser lido por quem já concorda com ele, com poucas exceções. Dentre as exceções, menos ainda terão paciência de ler tudo. Destes que leram tudo ou uma parte, menos ainda entenderão sequer metade.
A esquerda tem um discurso muito mais popular e eficaz. A esquerda dá, infelizmente, um show de comunicação e doutrinação. A esquerda encontrou a fórmula certa e fala a língua que o povo entende. A esquerda não para de crescer no Brasil.
Inclusive, aposto que o Duvivier está cagando e andando para as reais questões políticas. Mesmo sendo péssimo humorista, ele não deixa de ser um redator e artista popular. O que interessa a ele é construir fama e solidificar a carreira. Muita gente hoje sabe quem é Gregório Duvivier. Quase ninguém sabe quem é Flávio Morgenstern; na melhor das hipóteses, é “aquele cara chato que fala difícil e escreve textos intermináveis.” Acho ingênuo você acusá-lo de não saber do que está falando. Ele sabe, sim, só que vocês dois estão falando de coisas diferentes. Enquanto você leva a sério todo esse teatro da política, ele é oportunista e está… ora, quem diria… GANHANDO DINHEIRO com a farsa. Sim, é um capitalistazinho safado como todos nós. Mesma coisa com Marilena Chauí: a sujeita é paga para dar palestras. Ao gritar que odeia a classe média, ela soube identificar e explorar um sentimento popular muito forte e alçou sua carreira ao status de pop star de um dia para o outro. Ela agora recebe muito mais convites para palestrar do que antes dessa habilidosa manobra de marketing. Sim, marketing descarado e exemplar.
A esquerda vai muito bem, obrigado. A direita é que se debate e luta para se manter acima d’água e respirar. A direita precisa rever seus métodos.
You have been trolled, have a nice day. The zueira never ends.
Esta parte do comentário é tão boa quanto a postagem propriamente dita. Você descreveu bem o que realmente move estes “humoristas” e seus vídeos de contestação. Serve como luva para o Gregório, Porchat, Felipe Neto e acompanhantes. Parabéns.
Perspicaz. Mas acho que o nosso querido Morga, no mínimo, além de demonstrar mais uma vez , que sabe do que está falando, oferece aos reaças ótimos subsídios para aquelas discussões em sala de aula, por exemplo, onde há professores envolvidos em uma aura de saber e santidade esquerdista que teriam suas asas cortadas em público. Isso não tem preço. É informação, ferramenta indispensável hoje. Para ser bem breve.
“Quase ninguém sabe quem é Flávio Morgenstern”
Por isso que ele foi contratado pra escrever um livro pela Record, que só tem lançado best-sellers: porque ele escreve coisas chatas e longas que ninguém lê.
A carreira de “popstar” da Marilena Chauí vem de longos anos de doutrinação de jovens, não de uma simples “manobra de marketing”. Se a coisa fosse simplesmente quem tem o melhor marketing, virar esse jogo ia ser muito mais fácil.
Te garanto que o Flávio sabe que o Gregório é um capitalista e faz isso porque dá lucro. Por isso que ele não escreve para o Gregório, mas sobre o Gregório: porque tem pessoas que acreditam nas besteiras que ele fala, independente de ele acreditar ou não. Além de tudo, as funções que o Flávio e o Duvivier têm são muito diferentes. O Flávio, junto com pessoas como Olavo, Luciano Ayan, etc., estão empenhados em um esforço que beira mais pro lado educacional, de conscientização e propagação. Cabe a eles explicar métodos, desvendar estratégias, indicar autores e por aí vai. O Duvivier é a parte de propagação cultural. Sem uma base sólida, nem adianta a direita querer fazer só comédia, só inserção cultural.
Bom, já falei demais para defender um cara que nem precisa que os outros defendam ele. Se você acha que ele foi trollado, você precisa rever seus conceitos.
Vamos aos fatos:
1. “Eu acho que o texto é um belo tiro n’água. É muito bem argumentado etc., mas só vai ser lido por quem já concorda com ele, com poucas exceções. Dentre as exceções, menos ainda terão paciência de ler tudo. Destes que leram tudo ou uma parte, menos ainda entenderão sequer metade.”, aonde ele errou, afinal? Argumento de esquerda vagabunda que não gosta de trabalhar e nem estudar, imagina ler e comparar. Quando é pego, sai a falar asneiras como “fascista”, que aliás os ideais “fascista” e “comunista” são tudo a mesma merda.
2. “A esquerda tem um discurso muito mais popular e eficaz. A esquerda dá, infelizmente, um show de comunicação e doutrinação. A esquerda encontrou a fórmula certa e fala a língua que o povo entende. A esquerda não para de crescer no Brasil.”, “a esquerda… a esquerda… a esquerda… a esquerda…” uma ova! eles se aproveitam da desinformação dos brasileiros mais burros, incultos, pobres, dependente de esmolas, favelados, por que são fáceis de manipular do que quem não está nessa situação.Eu pergunto: por que esse governo que defende dá pra nós, educação, saúde, transporte, impostos, política, os piores do mundo até em países que entram/saem das guerras? Deve gostar mais “estado corruPTo” do que “Estado Legítimo”.
3. “(…) Muita gente hoje sabe quem é Gregório Duvivier. Quase ninguém sabe quem é Flávio Morgenstern; na melhor das hipóteses, é “aquele cara chato que fala difícil e escreve textos intermináveis.” Acho ingênuo você acusá-lo de não saber do que está falando. Ele sabe, sim, só que vocês dois estão falando de coisas diferentes.”, eu não conheço Gregório Duvivier, mas com certeza é mais outro “da esquerda” com argumentos de século passado que já foram sepultados com queda de Muro de Berlim e fim da União Soviética, mas só na América Latrina insiste que depois de 1989 não aconteceu nada.
4. “Enquanto você leva a sério todo esse teatro da política, ele é oportunista e está… ora, quem diria… GANHANDO DINHEIRO com a farsa. Sim, é um capitalistazinho safado como todos nós.”, você prefere viver no Brasil (capitalista) ou em Cúba (socialista)? Se defende Cúba é por que prefere “ricos menos ricos e pobres mais pobres” (Margareth Tacher) ou por que não quer morar, sabendo das coisa como são? Desafio que compre apartamento em Cuba, pois esse governo não deixa!
5. “Mesma coisa com Marilena Chauí: a sujeita é paga para dar palestras. Ao gritar que odeia a classe média, ela soube identificar e explorar um sentimento popular muito forte e alçou sua carreira ao status de pop star de um dia para o outro. Ela agora recebe muito mais convites para palestrar do que antes dessa habilidosa manobra de marketing. Sim, marketing descarado e exemplar.”, sabe quanto é que essa auto-intitulada “classe média é minha anta” ganha “pra não ser classe média”? é R$ 15 mil. É a mesma que aparece em vídeos em 2010, na qual faz declara votos pra Dillma e contra Serra, se não acreditem, vão pro YouTube e escrevam sem aspas, “marilena chaui serra”. É a mesma que declarou votos ao Haddad em 2012, que por sinal, é pior prefeito da cidade de São Paulo, do que Celso Pitta, mas quem votou no Haddad fiquem até 2017, trouxas!
6. “A esquerda vai muito bem, obrigado. A direita é que se debate e luta para se manter acima d’água e respirar. A direita precisa rever seus métodos.”, quer dizer que hoje “esquerda vai muito bem, mas a direita vai mal”, mas quem apóia esse nefasto governo? Sarney, Barbalho, calheiros, collor, Maia, Suplicy, Hoffman, Garotinho, Gomes, etc; Sabia que PSOL, PSTU, PCB, PSB e outros PCCs dos partidos da esquerda, apesar não apoiar Governo Lulla-Dillma, ficam em silêncio quanto assunto é relações exteriores (Foro São Paulo)? É preciso desenhar pra quem entender? vá enganar outro, otário!
7. “You have been trolled, have a nice day. The zueira never ends.” (Você já foi controlado, tenha um bom dia. A zueira não termina nunca.). é brincadeira ou ofensa? Mando seguinte recado: http://www.youtube.com/watch?v=8cHFOITyM1Y.
Eu não sou esquerdista, estou apontando que a esquerda está fazendo um trabalho muito melhor – e não gosto disso! Quero ver discursos que funcionem. Um povo que não lê nem rótulo de cachaça não vai ler nem um parágrafo deste longo tratado.
O alvo está completamente errado. Um texto longo e relativamente complexo como este só vai ser lido e entendido por pouca gente capaz e disposta. Quem é inteligente e estudado já concorda com tudo que o Flávio diz. O Flávio está rezando missa para padres. O público alvo deveria ser outro, deveria ser a massa burra e ignorante que ainda se encanta com as ideias da esquerda, e que também vota!
Mas seu texto é realmente brilhante e eu acho que daria pra resumir e passar por um “marketing” pra ser mais popular e tentar atingir um maior número de pessoas….!
Pena que o tal Gregorio não vai entender nenhum parágrafo.
Aliás, outro dia descobri que ele é casado com aquela sonsa sem graça que faz uma propaganda horrenda do Pão de Açúcar. Um casal mais sem graça não seria criado nem na pior ficção trash imaginável…
Matou a pau!!!!!!!!!!!!!
Também vindo de um passado esquerdista, na última década passei por quase todos esses livros ‘reaça’ mencionados no texto (e recomendo que todo leitor aqui dê uma atenção especial a cada um deles).
Meu único incômodo em assinar como reaça é quem estar lendo for um idiota do porte do Gregório Duvivier que nunca ouviu falar de Kuenehth-Leddhin, Kirk, Burke e Chesterton, e jura que “reaça” tem algo a ver com ditadura militar ou espancamento de ‘minorias’ na rua.
Perto de qualquer um que tenha estudado minimamente os incríveis filósofos, cientistas políticos, economistas e tudo mais da Direita, eu teria vergonha que me confundissem com um progressista, esse eterno adolescente bundão sofrendo de perigosa megalomania e senso de que o mundo começou quando ele nasceu.
O Duvivier é outro exemplo de bobo da corte convidado a defecar por aí suas opiniões sobre assuntos que deve entender tão bem quanto entende de geometria simplética.
Os novos formadores de opinião da esquerda estão cada vez mais escatológicos, de Lola e Sakamoto a Duvivier e PC Siqueira.
Por outro lado, está aparecendo uma galera da direita de enorme conhecimento, cultura e inteligência com quem sempre podemos aprender muito, da qual você, Flávio, obviamente faz parte.
Enquanto a esquerda segue arrebanhando seus bolos de massa mais preparados para gritar na rua do que ler ou pensar, a reação desse país finalmente começa a se fortalecer aos poucos.
Parabéns!
Esse texto deveria ser distribuído em todas as faculdades do país para os alunos terem um contra ponto a doutrinação esquerdista que recebem de grande maioria dos professores