sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Operação Volta às Aulas emprega 500 policiais além do reforço de outros batalhoes da PMDF.

Polícia Militar realiza Operação Volta às Aulas

Serão empregados cerca de 500 policiais da unidade, além do reforço de outros batalhões da PMDF
 
Com o início das aulas escolares o movimento aumenta nas vias próximas às escolas, nas faixas de pedestre e a vulnerabilidade de crianças e jovens permite o crescimento de possíveis roubos e furtos.

Com o objetivo de orientar pais, alunos e professores o Batalhão de Policiamento Escolar (BPEsc) executa até o dia 16 de fevereiro a Operação Volta às Aulas. Serão empregados cerca de 500 policiais da unidade, além do reforço de outros batalhões da PMDF.

Durante este ano letivo, o BPEsc dará continuidade ao programa Escola Polo de Policiamento que conta hoje com 16 polos que abrangem todas as escolas do DF.

Segundo o major Valtenio, comandante em exercício do BPEsc, a Operação Volta às Aulas marca o início das atividades da unidade junto à comunidade escolar.

“Basicamente a operação consiste em recepcionar os alunos e toda a comunidade escolar, levando dicas de segurança por meio da distribuição de cartilhas, fiscalizando o transporte escolar, organizar o trânsito garantindo fluidez e segurança em todo o perímetro escolar”.

Descentralização
O comandante em exercício do BPEsc também explicou o projeto Escola Polo de Policiamento.
“As 16 escolas espalhadas por todo o Distrito Federal foram escolhidas através de critérios estabelecidos junto a Secretaria de Educação com base principalmente em dados estatísticos de ocorrências no âmbito escolar”.

Cada um desses polos possui diversas escolas sob sua área de abrangência e funcionará durante todo o período de atividade escolar. Uma viatura, duas motos e oito policiais serão responsáveis por manter contato e atuar sempre que houver alguma necessidade em cada unidade de ensino abrangida pelo polo.

As atividades do BPEsc ocorrem durante todo o período do ano letivo e para acionar o policiamento escolar basta ligar para o 190. As solicitações também podem ser feitas nas Escolas Polo de Policiamento, ou entrando em contado por meio do telefone 3910-1669.

Dicas de Segurança para o período de volta às aulas:

Dicas de trânsito
- Atravesse sempre na faixa de pedestre. Faça o “sinal da vida” com o braço.
- Olhe para todos os lados antes de atravessar a via, principalmente se não houver faixa de pedestres.
- Aguarde a parada de todos os veículos antes de iniciar a travessia na faixa de pedestres.
- Saia de casa mais cedo para evitar congestionamentos.

Dicas para os pais
- Participe sempre dos eventos da escola, da rotina escolar e da vida social de seu filho. Conheça suas companhias e amizades, além dos ambientes que ele frequenta.
- Sempre que possível, acompanhe as crianças até a entrada da escola.
- Antes de escolher um transporte escolar, informe-se sobre o registro do veículo, suas condições de segurança e o credenciamento do condutor.

Dicas para os alunos
- Procure usar o uniforme da escola. Ele o identificará em casos de acidentes ou abordagens policiais.
- Não aceite convites de estranhos para passeios de carro ou para entrar em casas, terrenos ou garagens, independentemente das promessas que forem feitas. Esse é um recurso muito utilizado por pessoas mal intencionadas.
- Em caso de assalto, não reaja. Sua vida é mais importante.
- Ao observar alguma situação estranha, acione um policial militar ou ligue para o 190.

Jornal de Brasilia

Área equivalente à do Brasil pode estar degradada até 2050



Área equivalente à do Brasil pode estar degradada até 2050, alerta Pnuma

Segundo o estudo, a necessidade de produzir alimentos para uma população global em crescimento levou a agricultura a ocupar 30% das terras do mundo
 
Relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) alerta que o mundo pode ter 849 milhões de hectares, uma área equivalente ao território do Brasil, degradados até 2050 se os padrões atuais de uso da terra forem mantidos.

Segundo o estudo, a necessidade de produzir alimentos para uma população global em crescimento levou a agricultura a ocupar 30% das terras do mundo, o que resultou em degradação e perda de biodiversidade em 23% dos solos. Entre 1961 e 2007, as terras cultiváveis tiveram expansão de 11%, e o percentual continua a crescer, diz o documento.
O relatório Avaliação do Uso Global da Terra: Equilibrando o Consumo com a Oferta Sustentável (em tradução livre), produzido pelo Painel Internacional de Recursos com a participação de 27 cientistas e 33 representantes de governos, foi divulgado hoje (24) no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

De acordo com o subsecretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner, as conclusões do relatório mostram “declínio acentuado nos ecossistemas terrestres nas últimas décadas”. Florestas e outros biomas foram convertidos em terras para cultivo a um custo que não é sustentável, acrescentou.

“Como a terra é um recurso limitado, precisamos nos tornar mais eficientes na forma de produzir e consumir. As recomendações do relatório devem alertar líderes e contribuir para as discussões sobre o uso sustentável de recursos, incluindo novas metas para o desenvolvimento sustentável pós-2015”, disse Steiner.

Segundo o Pnuma, o crescimento da renda e da urbanização está alterando a maneira de as pessoas consumirem alimentos, com dietas mais ricas em carne, o que exige mais terra para a pecuária.

A crescente demanda por biocombustíveis também aumenta a necessidade de mais áreas cultiváveis. O estudo informa que a população em expansão e em migração para cidades leva a uma projeção de que, em 2050, 5% das terras do mundo – cerca de 15 bilhões de hectares – serão ocupados por áreas urbanas.

O relatório reforça a necessidade de equilibrar o consumo com a produção sustentável. Segundo o Pnuma, será possível preservar 319 milhões de hectares até 2050 se houver investimento na recuperação de solos degradados, melhoria nas técnicas de manejo e planejamento do uso da terra e redução do desperdício de alimentos e de subsídios para plantações para produção de combustíveis.
Fonte: Agência Brasil

Mais uma vez o poder de mobilização das redes sociais surpreende os brasileiros.

Rolezinho: manifestação ou baderna?

Autor(es): GILDÁSIO PEDROSA DE LIMA
Correio Braziliense - 21/01/2014
 
Advogado especialista em direito civil, é vice-presidente da OAB/DF seccional Gama

Mais uma vez o poder de mobilização das redes sociais surpreende os brasileiros. Encontros em shoppings centers, marcados por adolescentes em redes sociais, aparentemente despretensiosos, tomaram proporção inimaginável e tornaram-se o tema do atual debate da sociedade.

Para alguns, não passa de baderna organizada em grandes proporções, da qual muitos se aproveitam para furtar e causar danos. Outros acreditam que os encontros se tornaram verdadeiro movimento social e que a tentativa de evitar o acesso dos jovens aos centros comerciais é a mais pura representação de uma sociedade desigual e elitista, na qual a classe dominante discrimina a maioria desfavorecida, tolhendo dessa o acesso ao lazer e aos bens de consumo.

A minha impressão é de que a ideia inicial não tinha qualquer pretensão ideológica ou reivindicatória e que os próprios idealizadores se surpreenderam com a proporção tomada pelo encontro. Como tudo que chama muita atenção, os encontros atraíram os mais diferentes seguidores e críticos, os quais querem classificar o fenômeno conforme suas próprias ideologias, rotulando os jovens conforme o próprio entendimento. 

A forte lembrança dos protestos recentes e das discussões que se seguiram sobre os limites do direito de reivindicar fomenta o debate atual sobre os rolezinhos. Também não podemos esquecer que estamos em ano eleitoral, no qual qualquer assunto tem potencial para plataforma política.

Há incômoda e reconhecida apatia dos brasileiros em relação à política e aos políticos. Por isso, alguns defendem os protestos mais enérgicos e justificam a quebradeira lembrando que ela ocorre em qualquer lugar do mundo. Sem entrar no mérito acerca da eficiência ou necessidade de tais atitudes, destaco que todos os prejuízos ocasionados em manifestações são necessariamente suportados por alguém, que não necessariamente é o Estado.

Nos denominados rolezinhos, a maior preocupação dos centros comerciais é justamente os prejuízos que poderão suportar no caso de furtos, danos e até mesmo queda nas vendas. Nesse sentido, a preocupação é legítima, já que o shopping terá que indenizar qualquer lojista ou consumidor que sofra prejuízos durante os encontros, eventualmente até os próprios participantes do movimento, tendo em vista a sua responsabilidade objetiva.

Por seu lado, a razão de ser do shopping é a obtenção de lucro com a oferta de segurança, conveniência e conforto para lojistas e frequentadores. Obviamente, os encontros promovidos por esses jovens se confrontam com os interesses dos centros comerciais, pois não é possível exigir desses adolescentes, reunidos em grupos, que se comportem sem desafiar limites e sem querer chamar a atenção dos demais, comportamento típico da idade.

A questão é que, legalmente, nenhum tipo de discriminação pode ser adotado pelos centros comerciais para evitar o acesso dos jovens ao interior do estabelecimento. Assim, ainda que seja legítimo o interesse de evitar prejuízos, não podem classificar frequentadores, impedindo o acesso por critérios como raça, cor, origem, idade ou orientação sexual. Se o shopping proceder dessa forma, estará cometendo ilícito sujeito a sanções criminais e cíveis. 

Por seu lado, o shopping não é obrigado a ser tolerante e conivente com comportamentos que violem diretos de outras pessoas e pode utilizar-se dos meios legais para coibir qualquer conduta ilegal de frequentadores, reportando sempre o caso às autoridades competentes. 

A limitação do número de pessoas é permitida. Porém, deve ser feita de forma generalizada. Ou seja, sem discriminar qualquer pessoa. A limitação da quantidade de frequentadores deve servir para garantir a segurança dos clientes e das lojas do shopping, não como forma de selecionar quem pode ou não acessar esse tipo de estabelecimento.

As administradoras de shoppings, ao tentarem evitar os encontros de forma preventiva, acabaram dando notoriedade aos movimentos e instigaram ainda mais a participação de outros jovens. Talvez, uma conduta mais flexível e tolerante pudesse esfriar o movimento; porém, é difícil agir dessa forma quando pressionado por lojistas e clientes que pagam caro pelos serviços.











































.O que se quer, na verdade, é maquiar a democracia com pincéis eivados de tirania

Decisão do TSE traz mais incertezas às eleições de 2014

Ari Cunha - Visto, Lido e Ouvido
Correio Braziliense - 21/01/2014

Nas zonas eleitorais, durante as eleições, é possível verificar várias formas de corrupção. 

Candidatos com dinheiro pagando grupos dentro das salas vazias, juízes fazendo vista grossa para boca de urna, eleitores tirando foto do voto, a mesma criança nos braços de várias “mães” que usavam o menor para furar fila.

É perfeitamente previsível que vários candidatos terão o nome estampado na urna, mas não cumprirão o mandato. Ou porque aceitarão outros cargos ou porque serão afastados pelo código eleitoral. A desordem e a falta de regras começam antes do pleito. Nos crimes eleitorais, a agilidade na configuração e punição dos delitos é condição fundamental para a lisura do processo. Claramente, os resultados das eleições de 2014 estarão comprometidos se for mantida a última decisão do TSE de retirar o poder dos promotores e dos procuradores de investigar os candidatos. 

Abrir mão dos serviços de centenas de servidores da Justiça é ação tendenciosa que o povo brasileiro não deve permitir. A implicância com o Ministério Público pelos defensores da manutenção no poder do Partido dos Trabalhadores deixou de ser velada. O que se quer, na verdade, é maquiar a democracia com pincéis eivados de tirania. 

Enquanto o Ministério Público estiver desautorizado pelo TSE para agir, a lisura do processo eleitoral vai estar comprometida. 

O conjunto da ação da Justiça, impulsionada pelas novas tecnologias de apuração, num país de dimensões continentais e que realiza eleições múltiplas e simultâneas, é de fundamental importância para a jovem democracia brasilera e não deveria sofrer desvios burocráticos ou de qualquer ordem normativa que impeça aos servidores da Justiça de cumprir suas atribuições legais. 

Ao justificar seu parecer favorável sobre a matéria, o ministro Dias Toffoli, do TSE, afirmou: “O que não pode haver é uma investigação de gaveta, que ninguém sabe se existe ou não”. 

Com essa justificativa, o relator deixa escapar, nas entrelinhas, o temor da politização, por parte do MP, da própria Justiça em tempos eleitorais. O TSE ficar de um lado, e o Ministério Público, de outro, não é boa estratégia para a democracia. (Circe Cunha)

A frase que não pronunciada

“O conhecimento serve 
para encantar as pessoas. Não para humilhá-las.”

Mário Sérgio Cortella

Urgente
» Em julho de 2014, os aprovados no concurso do Senado em 2012 poderão perder a vaga se não forem contratados. Os senadores que batalham pela contratação dos profissionais são: Paulo Paim, Rodrigo Rollemberg e Mozarildo Cavalcante.

Sem novidade
» A ANS determina que os planos de saúde devolvam em dobro o que cobrarem indevidamente dos usuários. Na verdade, esse direito já está previsto no Código do Consumidor. 

Perigo
» Como não há prevenção contra acidentes, o povo é quem anuncia o perigo. Foi assim no caso da ferrovia em São josé do Rio Preto. A população temia o pior, até que houve o descarrilamento e casas foram atingidas pelo trem carregado de milho. Já são várias ações no Ministério Público sobre a ferrovia, mas, até agora, nenhuma solução.

Planejar
» O escoamento da produção agrícola continua sendo um problema não resolvido no Brasil. Ferrovias sucateadas e estradas sem manutenção deixam a dúvida. Tanto investimento no setor para que a produção seja perdida 
em até 30%.  Não dá para entender.

Produção
» A Anater não é agência reguladora. Trata-se da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural. Agora os pequenos agricultores terão acesso a métodos inovadores de plantio.

Tranquilidade
» Empresas com pelo menos 100 funcionários podem ser obrigadas a manter creche e berçário para os filhos de funcionários. Algumas já pagam o auxílio-creche, o que permite que o trabalhador fique mais tranquilo com a prole.

Inversão de valores
» Na prisão em flagrante,  o preso deverá ser apresentado ao juiz em 24 horas, para que sejam preservados todos os direitos do contraventor. Enquanto isso, nenhuma organização dos direitos humanos se manifesta  para proteger as vítimas.

Consulta
» Dados como gastos, arrecadação e legislação dos estados já podem ser acessados no Portal de Dados Federativos alimentado pelo Senado. Com tempo, o internauta pode navegar por diversos assuntos, sempre acompanhado de um guia, para entender melhor os números.

História de Brasília

É comum a gente ouvir referências ao Executivo, como se tivesse o propósito de desprestigiar o Legislativo. Muito embora o assunto seja de extrema seriedade, queremos ressaltar uma particularidade recíproca: as garagens do Planalto e do Congresso têm comunicações. Pois bem. Os motoristas do palácio utilizavam a passagem do Congresso para economizar tempo; agora, os funcionários da garagem puseram cavaletes de madeira, impedindo o tráfego, pela Câmara, de motoristas do Planalto. (Publicado em 8/7/1961)









































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De ferraduras e pisoteando com ferocidade todas as formas de vida inteligente.

0/12/2013 às 9:00 \ Direto ao Ponto

As caneladas de Dilma em Nelson Rodrigues são um insulto ao Brasil que pensa

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Múltiplo e genial, Nelson Rodrigues foi e fez tantas coisas admiráveis que sobreviveu à morte física: seu último dia de vida foi também o primeiro na eternidade.

O Nelson dramaturgo inventou o teatro com diálogos em português-do-Brasil. O ficcionista devassou o universo habitado por aquela que muitos anos depois seria batizada de “nova classe média”. O cronista que via a vida como ela é criou metáforas luminosas, frases imortais, imagens sublimes, personagens que resumem não o que os nativos gostariam de ser, mas o que efetivamente são.

E o apaixonado por futebol descobriu, por exemplo, que “a mais sórdida pelada é de uma complexidade shakespeariana”. Fora o resto.

Quem usa a cabeça para pensar sabe que alguém assim não cabe mesmo em livros mais espessos que a Bíblia. O cérebro baldio de Dilma Rousseff acha possível espremer Nelson Rodrigues num páragrafo que irrompe, sempre caindo de bêbado, no meio da discurseira sem pé nem cabeça. Desde setembro de 2012 ela deu de exumar, para tratar invariavelmente a pauladas, o escritor que nem teve o desprazer de conhecer a doutora em nada. Já disse o suficiente para constatar-se que nunca leu Nelson Rodrigues ─ ou leu e não entendeu.

Em março, por exemplo, Dilma decidiu tranformar em slogan da Copa de 2014 uma das imagens rodrigueanas mais conhecidas: “O escrete é a pátria em chuteiras”, escreveu o cronista centenas de vezes. Na versão da presidente, a pátria em chuteiras, título de uma coletânea de crônicas sobre futebol, virou “a pátria de chuteiras”. Em 29 de abril, em Campo Grande, Dilma fundiu a expressão mutilada com outra expressão celebrizada por Nelson Rodrigues para colocá-lo a serviço da seita lulopetista. Confira o palavrório publicado pelo Portal do Planalto:

“Uma outra coisa importantíssima surgiu no Brasil, importantíssima. E eu vou falar o que é. Ela está ligada, de uma certa forma, a uma crônica feita por um senhor que se tivesse nascido em qualquer lugar de língua inglesa seria considerada gênio lá. (…) Ele fez uma crônica ─ ele chamava Nelson Rodrigues, ele era muito engraçado ─ ele fez uma crônica que chamava “Complexo de Vira-lata”. Ele dizia que ─ isso foi na época, se eu não me engano, do jogo com a Suécia, final com a Suécia, não tenho certeza, mas foi na final, um pouco antes da final com a Suécia ─ ele fez uma crônica que ele dizia o seguinte: que o Brasil tinha complexo de vira-lata e que ele não podia ter complexo de vira-lata, e que a equipe era boa, tanto que a equipe era boa que ela era boa tecnicamente, taticamente, fisicamente, artisticamente. Tanto é que nós dessa vez ganhamos a Copa. Mas ele sempre falava desse complexo de vira-lata que pode… a gente pode traduzir como um pessimismo, aquela pessoa que sempre acha que tudo vai dar errado, que ela é menor que os outros. E ele dizia uma coisa, e eu queria dizer isso para vocês. Ele dizia que se uma equipe entra… eu não vou citar literalmente, não, mas se uma equipe entra para jogar com o nome Brasil, se ela entra para jogar com o fundo musical do Hino Nacional, então ela é a pátria de chuteiras”.


Neste sábado, para festejar a reabertura do estádio Mané Garrincha, Dilma resolveu surpreender a arquibancada da arena inaugurada antes de ficar pronta com uma espantosa triangulação entre a oradora, o grande cronista e o maior driblador da história do futebol. Deu no seguinte: “O Garrincha, na sua simplicidade, era um jogador que demonstrou que o Brasil não era de maneira alguma, nem tinha por que, era um vencedor, e não tinha porque ter esse arraigado complexo de vira-lata que o nosso cronista esportivo Nelson Rodrigues, um dos maiores teatrólogos do nosso país, nas vésperas da Copa do Mundo, da Copa da Suécia, denunciou a existência pela quantidade de gente que previa um fracasso”.

Mais uma cretina fundamental!, exclamaria Nelson Rodrigues se confrontado com a deformação delirante do que escreveu em 1958 (antes do início da Copa da Suécia, não às vésperas da final). O complexo de vira-lata se limitou ao País do Futebol. Surgido em 1950, quando a derrota na final contra o Uruguai transformou o brasileiro no último dos torcedores, o fenômeno sumiu dez anos depois, com o triunfo na Copa da Suécia.

O que hoje assola os trêfegos trópicos é o oposto do complexo de vira-lata. É a síndrome do Brasil Maravilha, uma disfunção criada por ilusionistas de picadeiro que induz os muito malandros e os crédulos demais a enxergarem uma potência emergente num pobretão que se faz de rico trajando um fraque puído nos fundilhos.

Há um sistema de saneamento básico que só cobre metade das moradias, cicatrizes apavorantes no sistema de saúde, um sistema de ensino em frangalhos, mais de 10 milhões de analfabetos, a economia sem rumo, a inflação regurgitando, morros sem lei, zonas de exclusão que encolheram o mapa oficial em milhões de quilômetros quadrados, a violência epidêmica, a corrupção endêmica, a incompetência dos governantes, a inépcia dos oposicionistas ─ há uma demasia de horrores a combater e tumores a extrair. Mas o grande coro dos farsantes segue berrando que, se melhorar, estraga. O padrinho de Dilma fez de conta que todos os pobres ficaram ricos. A afilhada de Lula erradicou a miséria e agora repete que só quem tem complexo de vira-lata não enxerga a Pasárgada parida pelo chefe.

Daqui a 500 anos, como a maior parte de Shakespeare, não estarão grisalhos os melhores momentos de Nelson Rodrigues, extraídos de 17 peças, 9 romances, 7 livros de contos e crônicas e milhares de artigos em jornais. Um gênio não merece ser insultado pela ignorância no poder. São uma afronta ao Brasil que pensa as caneladas desferidas por uma presidente que não sabe juntar sujeito e predicado ─ e que em poucos anos estará enterrada, ao lado do criador, na vala comum das velhacarias históricas.

Para Nelson Rodrigues, a seleção era a pátria em chuteiras, a dar botinadas em todas as direções.

Dilma é a pátria de ferraduras, constatou o comentarista F Tavares. De ferraduras e pisoteando com ferocidade todas as formas de vida inteligente.


Por que Haddad não se muda para a Cracolândia?

24/01/2014

A Haddadolândia e o Bolsa Crack — São Paulo, a cidade que está sendo fumada

Homem acende cachimbo de crack (Foto: Silva Júnior/FolhaPress)
Homem acende cachimbo de crack (Foto: Silva Júnior/FolhaPress)

O que aconteceu nesta quinta-feira no Centro de São Paulo, na Haddadolândia, ex-Cracolândia, é muito grave. E não me refiro, é evidente, à ação do Denarc, que prendeu um traficante. 

Refiro-me é à rapidez com que os petistas, setores da imprensa, ONGs e a Al Qaeda eletrônica petralha nas redes sociais se uniram para criar uma farsa, para inventar uma história que não existiu, a exemplo do que fizeram há dias com o jovem Kaíque, que, infelizmente, suicidou-se pulando de um viaduto. Tentaram criar uma vítima da homofobia. A ministra Maria do Rosário, com irresponsabilidade peculiar, emitiu uma nota acusando o crime que não aconteceu. E não se desculpou depois.

No caso da Haddadolândia, como se sabe, os policiais foram atacados por dependentes — três se feriram. 

Veículos da polícia foram depredados. Foi chamado o reforço — e é o que tem de ser feito —, e houve confronto. Em nenhum momento, Fernando Haddad ou seu secretário de Segurança, um queridinho de setores da imprensa chamado Roberto Porto, lamentaram o ataque aos policiais.

Ao contrário: a Polícia Civil foi tratada como uma força invasora; como se tivesse pisado território sagrado; como se tivesse cruzado a linha que separa o resto da cidade de uma zona livre para o consumo e o tráfico de drogas.

De maneira ridícula, patética, assombrosa, Haddad reclamou que a Prefeitura não fora previamente avisada da operação, reclamação que Roberto Porto repetiu em entrevista ao Jornal da Globo. 

E por que ele deveria? 

Que se saiba, a repressão ao tráfico não é tarefa do município. Na prática, a atual gestão faz exatamente o contrário: põe mais dinheiro nas mãos de dependentes

Em vez de a petezada se mobilizar para vir aqui me ofender, deveria tentar provar que falo mentira; deveria tentar demonstrar que distorço os fatos quando digo que Haddad está dando aos consumidores — que são os clientes dos traficantes — mais dinheiro do que tinham antes. 

 O Denarc, já deixei claro, não tem de avisar a Prefeitura de coisa nenhuma. A ex-Cracolândia, atual Haddadolândia, não é um país independente; não é uma região autônoma, embora Haddad queira fazer parecer que sim.

A versão só prosperou porque, quando o assunto é descriminação das drogas e congêneres — e a Haddadolância é hoje uma cidade em que as drogas foram descriminadas, e os viciados, estatizados — não há objetividade possível em amplos setores da imprensa. Aí vários comandos de redação —  incluindo TVs — permitem a mais desabrida militância.

Já está evidente, leiam os posts abaixo, que o Denarc nada mais fez do que cumprir a sua função. Reportagem da Folha de hoje informa que há a suspeita de que policiais do órgão estariam ligados ao tráfico na região. É? Que a polícia se mobilize para prendê-los. Não há evidência de que a operação desta quinta tenha relação com isso.

As visitas
 
Já vivi o bastante para desconfiar de algumas coincidências. Como deixou claro a delegada Elaine Biasoli, a prisão de traficantes na região é frequente — e nem poderia ser diferente: ali estão os consumidores e o dinheiro. 

Segundo ela, houve 65 detenções por ali de novembro até 20 de janeiro. Nesta quinta, no entanto, haviam passado por lá três capas-pretas do PT: o ministro Alexandre Padilha e os secretários municipais José de Fillipi Jr. (Saúde) e o já citado Roberto Porto.

Não pensem que os dependentes estão desconectados do mundo a ponto de não saber o que se passa. É claro que eles já perceberam que podem contar, sim, com a Prefeitura — e da pior maneira possível. Haddad resolveu lhes conceder aquele pedaço da cidade.  

Ele está pouco se lixando para quem mora ou trabalha por ali. Nesta sexta, a Juventude do PT (petista e jovem ao mesmo tempo??? Que coisa velha!!!) decidiu fazer uma manifestação na Haddadolândia contra a ação da polícia.

Ora, vocês já sabem qual é o desdobramento prático disso: os traficantes, que são, de fato, os que mandam no pedaço vão se sentir ainda mais livres para enfrentar a polícia. Haddad, ele sim, está criando um gueto; Haddad, ele sim, está criando uma política de apartheid.

Braços Abertos?

Ridiculamente, setores da imprensa (ver post) endossam a conversa mole de que a ação do Denarc atrapalha o programa De Braços Abertos (o tal que dá salário, comida e casa). Atrapalha em quê? 

Os traficantes, então, devem ficar soltos? Haddad, já firmei aqui, está querendo encontrar uma desculpa para o que é um fracasso por definição.

Estamos diante de um caso escancarado de degradação do estado de direito. É claro que se decidiu, ainda que informalmente, que a Haddadolândica fica num outro país — num outro mundo, quem sabe… Fico cá a imaginar o que sentirão os proprietários de imóveis da região quando receberem o carnê de IPTU, por exemplo. Estarão pagando um imposto à Prefeitura para viver em meio ao lixo, enquanto o seu patrimônio vai sendo fumado pelos intocáveis de Fernando Haddad.  

Não é só isso: o prefeito está destruindo um patrimônio material e cultural que é de todos os paulistanos. Na região e seu entorno — que também vai se degradando —, está a melhor infraestrutura da cidade. Também ela está virando fumaça, junto com um pedaço da história da cidade.

É preciso que se tenha muito claro que, enquanto durar essa política, não há recuperação possível para aquela área da cidade. Ainda que Haddad perca a eleição em 2016 — como está longe! —, seu sucessor ou sucessora terá dificuldades imensas para pôr fim a esse programa irresponsável, pautado pela má consciência dos oportunistas e pela boa consciência dos ingênuos.

Por que Haddad não se muda para a Cracolândia? Se acha que pais e mães, que moram no Centro da cidade, devem submeter seus filhos àquela rotina, por que não dá ele próprio o exemplo e leva pra lá a sua família? Demagogia? Ora, ele já não andou até de ônibus? Mas atenção! Tem de ficar lá sem escolta armada, como acontece com os demais moradores.

Não deixa de ser eloquente que, nesta quinta-feira, o primeiro figurão petista a visitar a Haddadolândia tenha sido justamente Alexandre Padilha, que é o novo Haddad que Lula tirou do bolso do colete, agora para concorrer ao governo de São Paulo. Quem sabe venha por aí uma Haddadolândia de dimensões estaduais, não é? 
Por Reinaldo Azevedo

Orçamento da Olimpíada sobe a R$ 7 bilhões, diz comitê Rio 2016

23/01/2014
às 17:56

Por Daniel Haidar, na VEJA.com:

O orçamento da Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, foi reajustado em 1,4 bilhão de reais. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, o Comitê Organizador Rio 2016 declarou que a previsão de despesas subiu para 7 bilhões de reais – quando a candidatura foi lançada, em 2008, a estimativa inicial era de 5,6 bilhões de reais. Segundo Sidney Levy, diretor-geral do Rio 2016, o valor aumentou por causa da evolução dos salários acima da inflação e por despesas maiores do que o esperado com tecnologia e segurança. Ele também mencionou a inclusão de quatro novos esportes: golfe e rugby nos Jogos Olimpícos, paracanoagem e paratriatlo nos Paraolímpicos.

Além dessa despesa, que garante os gastos diretos do Comitê Organizador, há ainda o orçamento não olímpico, com obras de infraestrutura bancadas pelo poder público. Na época da candidatura, há seis anos, esse valor foi calculado em 22,6 bilhões de reais. Uma previsão mais atualizada deve ser divulgada na próxima semana. ”Em comum acordo com o governo, não vamos receber aporte dos cofres públicos. Todas as despesas que o governo for executar estarão incluídas na matriz das responsabilidades”, afirmou Levy.

Por Reinaldo Azevedo

O “bando de negros e morenos”


24/01/2014                                      Blog do Reinaldo Azevedo

Segue trecho da minha coluna na Folha de hoje:
*
O pânico voltou a bater às portas do Palácio do Planalto, que dá como inevitáveis novos protestos durante a Copa. O PT já convocou o seu braço junto às massas, uma tal Central de Movimentos Populares (CMP), para monitorar o povaréu.

Os pelegos do CMP integram a Ancop, ou “Comitês Populares da Copa”. Estão lá para amansar a brasileirada. As designações têm um ranço entre o jacobinismo e o sovietismo: “central”, “comitês”, “coletivos”… O “comissariado” fica na Secretaria-Geral da Presidência, do camarada Gilberto Carvalho. 

Uma nova onda de protestos poderia pôr em risco a reeleição de Dilma. Uma estrepitosa vaia durante o discurso da presidente na abertura daria o tom do resto do torneio. O Planalto, o que é uma tolice, viu nos “rolezinhos” o sinal de advertência. O PT começa a ser também vítima, não apenas beneficiário, de sua natureza. Explico.

(…)
Já sabemos o que eram os “rolezinhos” e no que tentam transformá-los as esquerdas, inclusive os petistas. De novo, confessam, a aposta era que se limitassem a São Paulo. Carvalho mandou ver no pensamento tarja-preta: “Da mesma forma que os aeroportos lotados incomodam a classe média. Da mesma forma que, para eles, é estranho certos ambientes serem frequentados agora por essa ‘gentalha’ (…). O que não dá para entender muito é a carga do preconceito que veio forte. (…) As pessoas veem aquele bando de meninos negros e morenos e ficam meio assustadas. É o nosso preconceito”.

“Nosso preconceito” uma ova! Esse é o preconceito de Carvalho, que chama “negros” e “morenos” de “bando”. Então só a classe média reage à incompetência do governo na gestão aeroportuária? Pobre gosta de humilhação? Nota: a pesquisa Datafolha sobre os “rolezinhos”, especialmente a opinião de “negros e morenos”, desmoraliza Carvalho, seu partido, as esquerdas, a vigarice sociológica, a tolice jornalística e o colunismo fácil.
(…)

Ínegra aqui

O programa aloprado do Prefeito de São Paulo!Viva a Haddadolândia!

Haddadolândia: Prefeito de SP diz que seguirá com seu programa aloprado nem que seja “na marra”. Faz sentido! Na essência, ele é ilegal

Postado:Fri, 24 Jan 2014 18:25:33 +0000   Blog do Reinaldo Azevedo.
Bacana o estilo “faço e aconteço” do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Boa parte da população da cidade já percebeu qual é a dele. 

A avaliação de sua gestão é um bom espelho do seu desempenho até aqui. E olhem que conta com um apoio na imprensa como raramente vi. 

O programa do governo do Estado que trata dependentes químicos é tratado a tapas e pontapés. O de Haddad, que dá dinheiro, moradia e comida para viciados é considerado uma flor do humanismo. 

Boa parte dos jornalistas acha que as drogas têm de ser descriminadas porque seria uma questão “de direitos individuais”. Quando o sujeito se estrepa, esses mesmos consideram que o problema é do Estado. 

Sendo do estado, vão mais longe: o dependente se submete a tratamento se quiser. Se não quiser, o Poder Público tem de financiar o seu vício e lhe oferecer condições de uma vida digna. (!) 

No Brasil, ter tuberculose, uma doença da pobreza, é que é uma merda. Ninguém dá bola para um tuberculoso dos cafundós do Judas. Nem um cubano tem o que fazer com ele porque não é uma doença que se resolve, como disse Dilma, num rasgo poético, com “apalpadas”.

Nesta sexta, Haddad diz que o seu programa seguirá nem que seja “na marra”. Não sei por que tanta testosterona verbal. 

Quem está impedindo o alcaide de seguir com seu programa aloprado? 

Outro em seu lugar já estaria enfrentando o Ministério Público, que o chamaria às falas por ter decidido entregar um pedaço da cidade para uma comunidade com, digamos, hábitos muito particulares.  

É evidente que isso agride os direitos das pessoas que moram e trabalham na região e estão sitiadas. É evidente, é uma questão de funcionamento da economia, que, ao se perenizar na área um público com hábitos tão particulares, virá junto uma cadeia de “serviços” para atender às suas demandas.  

O resultado é degradação. Os pagadores de IPTU da região estarão dando uma parte dos seus rendimentos para financiar a degradação do seu patrimônio. Chego a ficar constrangido só de escrever a respeito. Nenhum dos bananas que apoiam esse programa gostaria de estar na pele dos moradores do Centro. É uma canalhice moral defender um troço como esse dando um “graças a Deus” por não estar lá.

Mas Haddad diz que vai nem que “seja na marra”. É mesmo? Entendi.
Os viciados terão de aceitar um salário nem que seja na marra.
Os viciados terão de morar de graça nem que seja na marra.
Os viciados terão comida de graça nem que seja na marra.
Os viciados não estão obrigado a contrapartidas, nem que seja na marra.

Impedir o trabalho da Polícia

A ousadia do prefeito e seus amigos chegou a tal ponto que eles querem agora impedir o trabalho da Polícia. É muito impressionante que a imprensa não submeta a fala de Roberto Porto — secretário de Segurança da cidade e homem bom de embargos auriculares com alguns de seus amigos jornalistas — à lógica elementar.

Leio na Folha a seguinte declaração sua: “A prisão de traficantes, ninguém pode ser contra e isso vem sendo feito. Nós temos em média três prisões por dia de traficantes no local, sem qualquer problema.” É mesmo? Ele repete, então, o que disse nesta quinta a chefe do Denarc, Elaine Biasoli. Também a Polícia Civil faz prisões por ali. O que aconteceu de diferente ontem? Simples: os frequentadores da Cracolândia cercaram os policiais, agrediram-nos e depredaram viaturas. Porto queria o quê? A POLÍCIA FOI ATACADA, NÃO ATACOU.

E isso aconteceu no dia em que capas-pretas do petismo passaram por lá: Alexandre Padilha, ainda ministro da Doença e futuro candidato ao governo de São Paulo; José de Fillipi Jr., secretário da Doença da cidade e autor intelectual do “Bolsa Crack”, além do próprio Porto, presente quando o confronto aconteceu. Estou sugerindo que os petistas insuflaram as agressões contra a Polícia? Eu nunca sugiro nada. Ou digo ou não digo. E eu estou dizendo que os políticos, ao fazer proselitismo na Haddadolândia, reforçam a percepção dos frequentadores de aquela é, de fato, uma área em que vale tudo — não-submetida, portanto, às leis que vigoram no resto da cidade e do país.

E a coisa vai piorar depois do escarcéu feito ontem. Os próprios policiais, civis e militares, tenderão a se perguntar: “Por que vou me meter nessa roubada? Para que a imprensa caia de pau? Para que a Corregedoria caia de pau? Para apanhar das autoridades da Prefeitura? Para ser visto como espancador de pobre?” E se tem, então, a espiral de irresponsabilidades. É claro que a perspectiva será de crescimento da Cracolândia, que acabará atraindo viciados de outras cidades e de outros estados.

Alckmin

O governador Geraldo Alckmin também falou sobre o episódio. Afirmou que é preciso parar com picuinhas políticas e que o Denarc estava lá para prender traficantes. Como os policiais foram agredidos, houve reação. E foi o que aconteceu. Nada além disso.

O problema é enfrentar a máquina de produzir factoides. À Folha, Porto, o dos embargos auriculares, afirmou: “Nós tivemos pessoas atendidas no ‘Braços Abertos’ relatando que foram atingidas por balas de borracha. Eu pude presenciar, na ocasião, policiais civis com a arma disparadora da bala de borracha. Agora se era para somente intimidar ou não eu não posso dizer”. Este senhor é o secretário de Segurança do município. Ainda que os relatos tenham acontecido e ainda que ele tenha visto a tal arma, é visível que ele não a viu sendo disparada. Sem ter em mãos as evidências inquestionáveis, a única postura responsável, para alguém que ocupa o seu cargo, seria se calar a respeito até que não surgisse a prova.

A Polícia Civil pode, sim, usar balas de borracha. Mas, segundo o Denarc, não foram empregadas nesta quinta. Ainda que tivessem ou tenham sido, se há uma turba que parte pra cima de policiais para impedi-los de fazer o seu trabalho, é preciso reagir — se for o caso, com balas de borracha. É, diga-se, o que fazem as polícias em estados governados pelo PT. E aí a Al Qaeda eletrônica se cala. Coragem, Haddad! Siga com o seu programa “na marra”, já que, segundo qualquer critério que se queira, ele está mesmo fora da lei.

País se prepara para mais um dia de protestos contra a Copa amanhã, dia 25.


Rio de Janeiro, 24 jan (EFE).- O Brasil se prepara para um novo dia de protestos convocado para amanhã em várias capitais através do Facebook contra a organização da Copa do Mundo deste ano.

Até hoje mais de 4 mil pessoas haviam confirmado pelo Facebook a presença na manifestação prevista para o Rio de Janeiro e, mais de 22 mil, na de São Paulo, enquanto em cidades como Brasília, Vitória e Belo Horizonte o número chega a 10 mil.
A nova onda de manifestações é promovida por várias organizações sociais e amplamente divulgada nas páginas do grupo Anonymous no Brasil.

O texto na página dos eventos lembra que os gastos da organização do torneio aumentaram 285% em relação ao primeiro orçamento previsto e que a quantidade investida supera o que foi gasto pelos dois últimos anfitriões da Copa: Alemanha e África do Sul, juntos.
Além disso, os organizadores das páginas afirmam que o superfaturamento nas despesas previstas se deve à corrupção nas instituições responsáveis da construção dos novos estádios que estão sendo construídos para a Copa.
Os manifestantes pedem que o orçamento nacional se reorganize para aumentar a despesa que o governo dedica à saúde e à educação, que atualmente correspondem a 4% e 3% do Produto Interno Bruto (PIB) respectivamente.

Na opinião dos organizadores, a "precariedade da saúde pública" pode ser observada pelo "tamanho das filas e a quantidade de mortes por falta de atendimento em hospitais".
O comunicado acrescenta que "percebe-se que a necessidade de cuidar do povo brasileiro como principal tesouro do país não tem sido considerada".

Os organizadores também pedem uma reorganização das prioridades nacionais para combater a violência já que, alegam, entre 1980 e 2010 cerca de "800 mil cidadãos morreram por disparos de algum tipo de arma de fogo".

Além disso, sustentam que o Brasil também deve se concentrar em combater o turismo sexual infantil, já que, segundo lembram, a Unicef afirmou "em dados de 2010, cerca de 250 mil crianças estavam se prostituindo".
O manifesto termina pedindo aos turistas estrangeiros que não vão ao país "para não se decepcionarem" e sustenta que enquanto os brasileiros não tiverem "direitos", "não vai ter Copa".
No dia 8, a presidente Dilma Rousseff aprovou um decreto pelo qual a Secretaria-Geral da Presidência da República será reforçada com dois altos funcionários para reforçar o diálogo com grupos contrários à Copa.