Não
adianta o chefão Lula da Silva vociferar que "o Brasil vive um momento
delicado, de irracionalidade emocional", enquanto finge que "o PT precisa admitir
seus erros", como fez ontem, em São Bernardo do Campo, no lançamento do site
"Memorial da Democracia". Abalado psicologicamente pelo "efeito
Pixuleco" (tanto o boneco presidiário inflável 13-171 quanto à ação da
Polícia Federal que indicia seus companheiros José Dirceu, João Vaccari Neto e
mais 12), Lula sabe e teme que possa ser enrolado nos crimes de corrupção em
algum processo da Lava Jato.
Quem
está com a barba mais de molho que o chefão $talinácio é Almir Guilherme
Barbassa, ex-diretor financeiro da Petrobras na gestão de José Sérgio Gabrielli
e de Graça Foster - ambos apavorados com as ações movidas por investidores nos
Estados Unidos, onde a impunidade tem menos chances de vigorar que aqui em
Bruzundanga.
Membros da Força Tarefa da Lava Jato aguardam que o lobista Júlio
Camargo faça um aditivo à sua "colaboração premiada" revelando
negócios entre a empresa japonesa Mitsui (que representava) e a área comandada
por Barbassa - personagem com uma blindagem tão ou mais poderosa que o
"Barba" (um dos apelidos pelos quais o falecido delegado e senador
Romeu Tuma tratava Lula, desde os tempos de sindicalismo na tal dita-dura).
Ontem,
o pressionado Lula novamente tentou manter o moral da petelândia, se fingindo
de autocrítico: "A única coisa é que temos que medir as consequências.
(Ver) se nós estamos fazendo aquilo que nós propusemos a fazer. Se a gente está
certo e se está fazendo tudo ou se tem alguma coisa para fazer. E a gente tem
que medir a pressão para saber também porque eles estão se manifestando. Nós
precisamos voltar a ter orgulho e coragem de andar com nossas camisas
vermelhas.
Porque obviamente que um partido como o PT, uma família grande como
essa tem o risco de cometer erros.
Na vida, quando a gente comete erro a gente
paga pelo erro. Nós temos que ter em conta que nós cometemos erros. Temos que
ter em conta de que não fizemos tudo, que tem muita coisa para fazer. Mas temos
que ter a certeza de que temos defeitos, mas ninguém fez mais do que fizemos
pela democracia neste País".
As
palavras de Lula não comoveram um dos fundadores do PT. Tanto que o jurista
Helio Bicudo, ao entrar com um contundente pedido de impeachment da Presidenta
Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, fez questão de jogar a maior parte da
culpa do desgoverno em Luiz Inácio Lula da Silva. Bicudo foi na essência
objetiva e verdadeira dos acontecimentos das quatro gestões presidenciais
petistas:
"Os contornos de crime de responsabilidade ficam mais salientes,
quando se verifica que Lula é muito mais do que um ex- Presidente, mas alguém
que, segundo a própria denunciada, lhe é indissociável e NUNCA SAIU DO PODER".
Bicudo
ferrou com $talinácio: “Não há mais como negar que o ex-Presidente se
transformou em verdadeiro operador da empreiteira, intermediando seus negócios
junto a órgãos públicos, em troca de pagamentos milionários por supostas palestras,
dentre outras vantagens econômicas. (...)
De fato, antes de o candidato do PT
para a eleição de 2014 estar definido, quando perguntada acerca da
possibilidade de o ex- Presidente voltar, a atual Presidente respondeu que ele
(Lula) não iria voltar porque nunca havia saído, frisando que ambos seriam
indissociáveis. Ora, se a Presidente era (e é) indissociável de Lula, muito
provavelmente, sabia que ele estava viajando o mundo por conta da Construtora
Odebrecht, que coincidentemente sagrou-se vencedora para realizar muitas obras
públicas, no Brasil e no exterior!".
Hélio
Bicudo também responsabilizou Lula pelos problemas na Petrobras, relacionando
com negócios feitos pelo Presidentro petista: “Para a infelicidade do país, os
prejuízos havidos com Pasadena ficaram pequenos diante do quadro de descalabro
que se descortinou. Reforça-se, a cada dia, a convicção de que algumas empresas
foram escolhidas para serem promovidas internacionalmente e, a partir de então,
participando de irreais licitações, drenar a estatal, devolvendo grande parte
dos valores por meio de propinas, ou de doações aparentemente lícitas.”
Bicudo
insiste na tese de que Lula está no meio de tudo: "De todo modo, não resta
excessivo lembrar que, muito embora a grande maioria dos atos criminosos tenha
ocorrido no primeiro mandato, já no curso do segundo mandato, houve desrespeito
para com a Lei de Responsabilidade Fiscal, mediante a prática das chamadas
pedaladas fiscais; sendo certo que, por um bom tempo, a denunciada insistiu em
defender e manter a diretoria da Petrobras, apegando-se à tese, sempre
revisitada, de perseguição."
Além
de atingir Lula, o ex-petista demonstrou responsabilidade de Dilma: “A
Presidente da República, novamente, feriu a honorabilidade do cargo e, pode-se,
sem exagero, dizer: assassinou a Lei de Responsabilidade Fiscal, a duras penas
conquistada. Como consequência, cometeu crime de responsabilidade (...)Os
atentados ao orçamento e à probidade administrativa são tantos que resta
impossível, em uma única denúncia, narrar todos (...)
O expediente conhecido
por pedaladas seria mais do que suficiente para ensejar o impedimento da
Presidente da República. No entanto, a sucessão de escândalos e o comportamento
por ela reiteradamente adotado revelam dolo, consubstanciado na adoção, no
mínimo, da chamada cegueira deliberada.”
Hélio
Bicudo deixou claro os crimes cometidos: "Os ora denunciantes, por óbvio,
prefeririam que a Presidente da República tivesse condições de levar seu
mandato a termo. No entanto, a situação se revela tão drástica e o
comportamento da Chefe da nação se revela tão inadmissível, que alternativa não
resta além de pedir a esta Câmara dos Deputados que autorize seja ela
processada pelos crimes de responsabilidade previstos no artigo 85, incisos V,
VI e VII, da Constituição Federal; nos artigos 4º., incisos V e VI; 9º. números
3 e 7; 10 números 6, 7, 8 e 9; e 11, número 3, da Lei 1.079/1950."
Em
sua magistral pela de pedido de impedimento da Dilma, Bicudo nega qualquer
intenção golpista - sempre invocada por Lula, Dilma e companhia: "O caso é
grave e, por isso, lança-se mão de medida drástica, extrema, porém,
CONSTITUCIONAL. Apresentar esta denúncia constitui verdadeiro dever de quem
estudou minimamente o Direito, sobretudo em seus ramos Constitucional, Administrativo
e Penal. Golpe será permitir que o estado de coisas vigente se perpetue."
Bicudo
criticou a lentidão ou inação do Ministério Público Federal: “Parte dos fatos
objeto do presente feito pode constituir, além de crimes de responsabilidade,
crimes comuns. A Procuradoria Geral da República já está de posse de
representação pelos crimes comuns contrários à fé pública e às finanças
públicas. Por razões desconhecidas dos ora subscritores, a representação ainda
não foi avaliada pelo Procurador Geral da República, Dr. Rodrigo Janot, recém-reconduzido
ao cargo".
Em
um dos pontos altos e seus argumentos, Bicudo descreve a culpa e dolo presentes
nas quatro gestões petistas: "A esta altura, portanto, parece superada a
exegese de que a reeleição constituiria verdadeira anistia aos crimes
perpetrados no primeiro mandato, muitos dos quais, há que se dizer, intentados
com o fim de garantir a reeleição. Importante deixar bem claro que esta
convicção não se deve apenas a uma vontade política, decorrendo da análise sistemática
da ordem jurídica."
Infantil
e pueril
O
ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
classificou como "ridículo" o despacho em que o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, arquivou um pedido de investigação sobre a campanha
que reelegeu a presidente Dilma Rousseff.
Gilmar
Mendes reclamou que a fundamentação para o arquivamento "vai de infantil a
pueril".
Só
faltou Gilmar Mendes declarar que a atitude de Janot, em plena semana da
Pátria, se negando a investigar as contas do PT, representou uma ofensa à
cidadania e um desrespeito a todas as regras elementares do direito, a partir
do preceito do " in dubio pro societat".
Gilmar
Mendes bem poderia pedir que o Conselho Superior do Ministério Público exigisse
de Janot as providências a serem tomadas.
Crime
antecipado e continuado
O
procurador do Ministério Público no TCU (Tribunal de Contas da União), Julio
Marcelo de Oliveira, afirmou que a presidente Dilma Rousseff se beneficiou
eleitoralmente das irregularidades nos gastos públicos identificadas pelo órgão
no ano passado.
Na
Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, ontem, Oliveira detonou:
"O
governo deixou livre para execução despesas não obrigatórias, que teria que
cortar [devido à queda na arrecadação]. O que ocorre em 2014 é que o governo
federal aumenta programas não obrigatórios que têm forte impacto
eleitoral".
O
Procurador citou que os gastos do Fies, programa de bolsas para universitários,
aumentaram de R$ 5 bilhões para R$ 12 bilhões, lembrando que isso só foi
possível por causa das irregularidades apontadas, que ficaram conhecidas como
"pedaladas fiscais".
Sabiam
de tudo
Dirceu
ferrado
A Polícia
Federal indiciou o condenado no Mensalão, José Dirceu, pelos crimes de
corrupção passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e falsidade
ideológica.
Agora é o
Ministério Público Federal é quem vai decidir se oferece denúncia contra o "capitão
do time de Lula".
Dirceu está
preso na carceragem da PF em Curitiba desde 3 de agosto.
Mais 13
Além
de Dirceu, foram indiciados seu irmão, Luiz Eduardo de Oliveira e
Silva, um ex-assessor, Roberto Marques, o Bob, um sócio, Julio Cesar dos
Santos e sua filha, Camila Ramos de Oliveira e Silva.
Em outro
procedimento concluído pela PF foram indiciados os delatores Milton e José
Adolfo Pascowitch, além dos operadores Fernando Horneaux de Moura, Olavo
Horneaux de Moura.
Na mesma ação,
a PF Renato Duque, João Vaccari Neto, Gerson Almada, Cristiano Kok, e José
Antunes Sobrinho.
Se
arrependimento matasse...
Um
ministro de Dilma Rousseff confidenciou a Josias de Souza:
“Quando
aceitei participar do elenco do segundo mandato da presidenta Dilma, sabia que
não seria o protagonista. Mas não imaginei que viraria figurante de um filme
sem roteiro, mal dirigido e com orçamento deficitário. E que ninguém sabe se
chegará ao final. Pensei em pedir para sair. Fui aconselhado a ficar. Isso foi
há um mês. Desde então, meus dias são feitos de arrependimento".
Pensamento do Clube Militar
Jesus é nosso amigo
Maurício de Sousa, que é o grande homenageado da edição
deste ano da Bienal do Livro no Riocentro, estará no dia 7 de setembro, no estande
de 020 do Pavilhão Verde, autografando seu lançamento "Minhas orações
Turma da Mônica", com a presença dos personagens Mônica e Cebolinha.
O livro sai pela editora Ave Maria - a mesma em que
Maurício começou 40 anos atrás e que, nos anos 70, publicou "Jesus é nosso
amigo".
Esse foi o livro mais vendido da história da Turma da
Mônica até hoje: mais de um milhão de exemplares.
Frase inesquecível da Atena
"Eu sou que nem aquele primeiro ministro inglês,
sabe? Eu me satisfaço facilmente com o melhor".
Repito: A vilã Atena, da novela Regra do Jogo, tem potencial para roubar a
Presidência da Dilma, tirar toda a fortuna do Lula e cinismo de sobra para imitar
o José Dirceu nas CPIs"...
Independência ou morte?
O economista Arminio
Fraga confirmou que está comprando a participação do JP Morgan na Gávea
Investimentos:
"Estamos
recomprando. Falta assinar o contrato. Foi uma decisão pessoal. Foi uma
parceria boa. Eu gosto de trabalhar. Eu quero uma coisa mais focada e queria
ser totalmente independente".
Arminio
revelou ontem, em um seminário, que 90% de sua poupança estão aplicados nos
fundos de sua gestora.
Morte da
economia brasileira
O economista
Arminio Fraga lamentou ontem que a relação entre a dívida e o PIB esteja em 70%.
O
ex-presidente do Banco Central na gestão FHC criticou que o Brasil esteja
operando, irresponsavelmente:
"Sem investimento não consegue crescer. Tenho medo que o Brasil demore a
dar uma resposta para isso. Hoje, estamos vivendo o pior dos mundos. Há uma
carência em infraestrutura. Falta convicção. E a parte do ajuste não está
acontecendo, apesar de sua tentativa. O governo está no cheque especial. Hoje,
o juro real do país é de 7%. Estou extremamente preocupado. Não desisti, mas
estamos caminhando para uma situação dolorosa. O Brasil precisa arrumar as
coisas, Temos o juro real mais alto do mundo e uma economia que não vai
crescer. E não temos superavit primário para compensar. Assim, a relação entre
a dívida e o PIB tem tendência de crescimento. Isso não vai se curar e com o
tempo vai piorar se nada for feito".
Trabalho escravo
A 2ª Vara da
Justiça do Trabalho em Araraquara, no interior paulista, condenou o Grupo
Odebrecht ao pagamento de R$ 50 milhões a título de indenização por danos
morais coletivos por reduzir trabalhadores a condição análoga à escravidão,
mediante aliciamento e tráfico internacional de pessoas, nas obras da
construção de uma usina de açúcar em Angola, na África.
O inquérito
contra o grupo Odebrecht - formado pela Construtora Norberto Odebrecht S.A.,
pela Odebrecht Serviços de Exportação S.A. (antes denominada Olex Importação e
Exportação S.A.) e pela Odebrecht Agroindustrial S.A. (antes denominada ETH
Bioenergia) - foi instaurado pelo procurador Rafael de Araújo Gomes a partir da
publicação de uma série de reportagens pela BBC Brasil sobre a existência de
inúmeras condenações proferidas pela Justiça do Trabalho no Brasil em favor de
trabalhadores brasileiros contratados pela empreiteira na cidade de Américo
Brasiliense, também em São Paulo, submetidos a condições degradantes de
trabalho em Angola.
A indenização
será revertida para projetos e iniciativas indicados pelo MPT e à publicidade
da decisão em dois grandes veículos de comunicação após o trânsito em julgado.
Vai recorrer
A sentença,
proferida pelo juiz Carlos Alberto Frigieri, determina que o Grupo Odebrecht
deixe de “realizar, promover, estimular ou contribuir à submissão de
trabalhadores à condição análoga a de escravo”, sob pena de multa diária de R$
200 mil.
O Magistrado
também exige que a Odebrecht "não utilize em seus empreendimentos no
exterior mão de obra contratada no Brasil enviada ao país estrangeiro sem o
visto de trabalho já concedido pelo governo local”.
O juiz impôs
uma pena de multa diária de R$ 120 mil, e que não realize intermediação de mão
de obra com o envolvimento de aliciadores, com multa de R$ 100 mil diariamente.
A Odebrecht
vai recorrer da condenação - a maior por trabalho escravo na história do
judiciário brasileiro.
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