domingo, 1 de junho de 2014

Amigos do doleiro-- Por dentro do sindicato do crime


Rodrigo Rangel, Veja

 
 
INDIFERENÇA – João Graça, do Ministério do Trabalho, pediu demissão após a descoberta de que ele visitava o doleiro. Outros envolvidos, nada. Um deles, o deputado Mário Negromonte, foi até promovido para o TCM da Bahia Sindicato do crime



Na semana passada, VEJA revelou que sete deputados federais foram flagrados pelas câmeras de segurança do prédio onde funcionava o escritório do doleiro Alberto Youssef – preso há dois meses por operar um gigantesco esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo empresas estatais e funcionários públicos de alto escalão. O que uma parte da nobreza do Parlamento fazia num lugar conhecido como centro de captação e distribuição de propina? É fácil deduzir. O problema é que ninguém parece querer saber ao certo. 


Os parlamentares fotografados permaneceram em um conveniente silêncio. Seus colegas, inclusive os mais aguerridos, também ficaram à espreita. Não houve uma única manifestação de inconformismo, protesto ou um pedido de investigação. Afinal, nada aparentemente mais natural que deputados visitando em São Paulo o escritório de um conhecido criminoso, em horário de expediente, quando deveriam estar trabalhando em Brasília. A tolerância com malfeitos beira a indiferença e não se limita ao Congresso Nacional.


Na terça-feira, a deputada Aline Corrêa, uma das mais assíduas visitantes de Youssef, participou tranquilamente de um almoço com a presidente Dilma Rousseff, organizado para oficializar o apoio do PP à reeleição da petista. 


Dos seis parlamentares flagrados pelas câmeras, cinco são do PP. Sobre as visitas frequentes ao doleiro, Aline Corrêa tinha a resposta na ponta da língua caso algum curioso perguntasse. “Eu conheço o Youssef há tempos. Para mim, ele era só um empresário”, dizia a deputada, filha do mensaleiro Pedro Corrêa, outro que costumava frequentar o bunker até ser recolhido à prisão por ordem do Supremo Tribunal Federal. 


Há exemplos de descaso ético ainda piores. Na quart­a-feira, o ex-ministro Mário Negromonte (PP), outro freguês do doleiro, foi escolhido como conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) da Bahia. Por indicação do governador Jaques Wagner, do PT, Negromonte, acredite, será a partir de agora fiscal da boa aplicação do dinheiro público nas cidades baianas. Nada mais apropriado para um político enredado no maior caso de corrupção do momento.


Outros deputados que mantinham laços com o doleiro – como os paranaenses André Vargas (ex-PT, hoje sem partido) e Nelson Meurer (PP), o baiano Luiz Argôlo (ex-PP, hoje no Solidariedade), o alagoano Arthur Lira (PP) e o catarinense João Pizzolatti (PP) – simplesmente se fingiram de mortos. 


A estratégia deles é ficar em silêncio e não chamar atenção até que algum escândalo novo apareça – tática diferente da adotada pelo senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL), destinatário de depósitos bancários de 50 000 reais cujos comprovantes foram encontrados pela polícia sobre a mesa de Youssef. Em discurso na tribuna do Senado, Collor chegou a ponto de se apresentar como uma vítima. A lista de partidos na rede de Youssef tem mais um representante famoso. Assessor especial do Ministério do Trabalho, o advogado João Graça era outra presença constante no escritório do doleiro, de acordo com os registros da portaria.


Homem de confiança do ministro Manoel Dias e do presidente do partido, o notório Carlos Lupi, João Graça já teve o nome envolvido em outras histórias desabonadoras. Numa delas, foi acusado de intermediar um pagamento de propina feito dentro do Ministério do Trabalho, nas mãos do PDT desde o governo Lula. A exemplo dos deputados, Graça se absteve de dar explicações sobre sua relação com Youssef. 


Procurado, o ministério limitou-se a informar que ele estava de férias e se eximiu de providências adicionais. Na sexta-feira, porém, depois de instado pela reportagem de VEJA a se manifestar, o assessor pediu demissão, mas sem explicar os motivos. A lista de visitantes de Youssef inclui ainda dois denunciados no processo do mensalão: o ex-deputado José Borba e João Cláudio Genu, ex-assessor do PP.


A movimentação no escritório de Youssef era intensa. Pela mesma porta por onde passavam as autoridades de Brasília transitavam outros investigados da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Compareciam de entregadores de dinheiro que serviam ao doleiro a representantes de empresas que aparecem abastecendo o caixa do esquema operado por ele, sustentado por negócios em diferentes áreas do governo – do Ministério da Saúde a estatais como a Petrobras. 


O bunker era o lugar onde se encontravam os diferentes interesses envolvidos: o das empresas que desejavam contratos e o dos políticos que viabilizavam esses contratos. Ao doleiro cabia a tarefa de equilibrar essa equação.


Com reportagem de Adriano Ceolin

Lula canta vitória antes da eleição. ‘É nós de novo’, diz, com Dilma






Publicado em por Redação -NOTIBRÁS

lulalancadilmamgney
Embora faltem quatro meses para as eleições e desrespeitando o início oficial da campanha eleitoral, o ex-presidente Lula já cantou vitória ao discursar nesta sexta-feira, em Belo Horizonte, e aproveitou para lançar a campanha Dilminha Paz e Amor, chamando para si a responsabilidade de atacar a oposição e assim preservar a presidente Dilma Rousseff.


Lula e Dilma participaram do encontro estadual do PT que confirmou o ex-ministro Fernando Pimentel como candidato do partido ao governo de MG. Pimentel terá como principal adversário o também ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB).
“Eles estão raivosos e agressivos, embora apareçam na televisão com rosto angelical. Eu nunca vi tanta agressão e tanto desrespeito a alguém como eles estão fazendo à nossa presidente da República e nós não podemos perder a tranquilidade. Nós não podemos ficar raivosos. Nós vamos ter que instituir agora a campanha chamada Dilminha Paz e Amor porque eles passaram quatro anos dizendo que a Dilma era muito brava, que a Dilma não atendia ninguém, que a Dilma não gostava disso, não gostava daquilo e nós ficamos aguentando isso 4 anos. E nós agora estamos na disputa com a certeza de 99,9% de possibilidade de reeleger a nossa companheira Dilma presidenta,” afirmou.


Lula chegou a dizer que a presidente Dilma não pode, por estar no cargo, revidar os ataques dos rivais e da imprensa, mas ele, como não tem cargo público, pode.



Para o ex-presidente Lula, a oposição, simbolizada na figura do senador Aécio Neves, principal e mais ferrenho adversário de Dilma, tem medo das comparações entre os governos: “o que mais incomoda eles é a possibilidade de comparações que nós fazemos entre os nossos 12 anos de governo, que ainda não estão completos, porque só vai ser completo em 31 dezembro de 2014, e o século que eles governaram esse País”, disse. 


“Mesmo aonde nós erramos e mesmo aonde nós não fizemos tudo que imaginávamos que podíamos fazer, ainda assim nós fizemos muito mais do que eles,” concluiu.


Lula disse que a oposição age com preconceito quando trata do crescimento da renda da população brasileira nos últimos 12 anos: “vai ficando tudo insuportável. Nós saímos de 35 milhões de passageiros que voavam nesse País para 111 milhões de passageiros. 


Por isso eles chegam nos aeroportos e fazem o seguinte – isso aqui está parecendo uma rodoviária. Se eles não gostam de rodoviária, nós não temos nada contra rodoviária. Acontece que nós temos o direito de andar de avião nesse País. O que eles não suportam, na verdade, é que nós, humildemente, ensinamos eles a governar esse País”, atacou.
“Pobre nesse País sempre foi tratado como se fosse cidadão de segunda classe ou categoria. A nós estava reservado apenas o direito de tirar o diploma de primário, quando muito fazer o segundo grau e ir para o mercado de trabalho e ser pedreiro ou empregada doméstico, e nós pensamos – queremos ser médicos, engenheiros”, disse. “Incomoda para eles ver muitos carros nas ruas de Belo Horizonte. O que na verdade eles gostavam é de ver poucos andando de carro e muitos pendurados no ônibus. Porque pobre era tratado como estatísticas para ser utilizado em época de campanha. Se a gente pudesse transformar pobre em ações da bolsa de valores, pobre seria a coisa mais rica todo ano de eleição”, avaliou Lula.


Confiante, Lula elegeu a imprensa como maior rival na disputa eleitoral: porque o maior partido político de oposição nesse País é a imprensa, dona Dilma, é a imprensa,” avaliou, dizendo que vai aproveitar a campanha eleitoral para se vingar das supostas surras que ele e Dilma levaram: “você (Dilma) pelo cargo que exerce não pode falar metade das coisas que eu estou falando para eles, mas como eu não recebo dinheiro público, não exerço cargo público, eu vou falar mesmo e quando eu ataco eles, eles falam que eu ataco, quando eles me atacam, falam que me criticam. 


Eu vou devolver em pílulas para eles, todo dia, o que eles fizeram comigo em quatro, oito anos.


O que mais incomoda eles é que quando eles passaram oito anos nos batendo, oito anos nos massacrando, quando vem a pesquisa no final de ano, o governo que eles pensaram que tinham matado tinha 87% de bom ou ótimo. 


O que mais incomoda eles é que a Dilma nunca tinha sido vereadora, nunca tinha disputado um cargo público. Na cabeça deles a Dilma era um poste, e como tínhamos criado o programa Luz para Todos, nós elegemos este poste para iluminar esse País,” reiterou, aproveitando para ironizar o governo de Minas Gerais, que o PT acusa de se apropriar mudar o nome do programa do governo federal na área de energia.



O ex-presidente terminou o discurso atacando diretamente o senador Aécio Neves (PSDB), que além de ser o principal adversário de Dilma Rousseff, foi quem resgatou o ex-ministro Pimenta da Veiga para concorrer ao governo de Minas Gerais: “se fala muito em liberdade, mas se exerce pouca liberdade pelos governantes que estão governando esse estado. O Pimentel é um gentleman, educado, não vai fazer crítica, pode ser Pimentelzinho paz e amor, mas não é porque a gente quer paz e amor que a gente vai levar desaforo pra casa. Eu acho que está na hora dos mineiros começarem a discutir algumas coisas. 


Por exemplo, o nosso adversário, adversário da Dilma, agora está numa combatividade, querendo CPI no congresso nacional, mas desde 2003 que os nossos partidos tentam um CPI em MG porque é praticamente impossível fazer e os tucanos não permitem que se faça CPI nem aqui, nem em SP, nem em outros Estados”.
Sem deixar cair o tom, o ex-presidente continuou: “o que é mais importante é que eu fico perguntando qual a grande obra de infra-estrutura que o nosso adversário fez no Estado. 


Eu fico imaginando qual a grande obra. A grande obra dele foi a cidade administrativa, quase que uma coisa feita para ele próprio,” ironizou, elegendo em seguida Minas, berço político de Aécio e natal de Dilma, como Estado mais importante para a disputa presidencial. “MG será o Estado prioritário na campanha. E os tucanos vão ter que ir pro beleléu, porque Minas Gerais vai votar no Pimentel,” provocou.





PT, na versão tucana. Epíteto de mentiras que teme perda do poder

Notibrás

Publicado em por Redação
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Depois de ter sido atacado pelo ex-presidente Lula, pela presidente Dilma e por dirigentes do PT em evento do partido que confirmou o ex-ministro Fernando Pimentel como candidato ao governo de Minas Gerais, na noite de sexta-feira, o PSDB-MG divulgou nota neste sábado na qual afirma que os petistas repetem “o desrespeito e o desconhecimento” sobre os assuntos do Estado e que o partido “de novo recorre a mentiras e foge das explicações que deve aos mineiros”. 


Confirmado como candidato, Pimentel enfrentará o tucano Pimenta da Veiga na disputa pelo governo do Estado.


Lula disse que a chance de a presidente Dilma ser reeleita é de 99,9% e mandou recados aos adversários, a quem chamou de raivosos. Ele atacou o partido rival, na figura do senador Aécio Neves, principal opositor da presidente Dilma. O ex-presidente chegou a afirmar que a única obra de infraestrutura que Aécio fez desde que assumiu o comando do Estado em 2003 foi a Cidade Administrativa, sede do governo de MG.


Na nota divulgada à imprensa, o PSDB rebate dizendo que a construção da Cidade Administrativa foi responsável pelo desenvolvimento de todo o Vetor Norte da Região Metropolitana. “Obra feita no prazo e no custo previsto, façanha que, em 12 anos o governo federal petista não conseguiu realizar com nenhuma das promessas que fez para o Estado, como a expansão do metrô de Belo Horizonte e a duplicação da rodovia BR 381″.
Os tucanos enumeram ainda as obras e ações do governo mineiro e questionam o ex-presidente sobre obras que ele e Dilma Rousseff prometeram e não foram concluídas. Para Lula, Dilma e Pimentel, o motivo das obras não terem sido realizadas é a falta dos projetos técnicos, que são de responsabilidade do governo estadual: “eles ignoram que, nas sucessivas gestões do PSDB, entre 2003 e 2014, foram realizadas obras e transformações que chamam a atenção de todo o País. Para ficar em apenas alguns poucos exemplos, foram asfaltados os acessos a mais de 200 municípios que não tinham esse benefício, e o telefone celular chegou à sede de mais de 400 cidades onde não havia o serviço. O próprio governo federal reconhece que Minas tem a melhor educação fundamental do País e o melhor sistema de saúde púbica da região Sudeste. O IDH de Minas passou de médio para alto”, responderam.
“A comitiva presidencial poderia ter conhecido um pouco do trabalho do PSDB no Estado, como a MG 050 duplicada, a nova avenida Antônio Carlos ou o maior conjunto cultural do País instalado na praça da Liberdade. No mais, os petistas fogem do acerto de contas com os mineiros. Poderiam ter aproveitado para responder a três simples questões. 1. Presidente Lula, o senhor declarou em 2003 que o metrô de BH, que é de responsabilidade federal, seria prioridade. 


Doze anos depois, nenhum metro foi feito. Para ajudar o governo federal, o governo do Estado fez os projetos. Com os projetos prontos, o governo federal encontra outra desculpa pra não fazer as obras. Presidente, por que o senhor não cumpriu a sua palavra? 2. 


Presidente Dilma, quando o presidente Lula editou a Medida Provisória que tirou a nova fábrica da Fiat de Minas, levando-a para Pernambuco, deixando o Estado sem milhares de empregos de qualidade, a senhora ficou calada. 


Quando o Congresso Nacional aprovou Projeto de Lei dando os mesmos benefícios oferecidos a Pernambuco aos municípios mineiros da Sudene, a senhora pessoalmente vetou. O PAC das cidades históricas, que a senhora lançou pela quarta vez no ano passado e que foi inclusive motivo de piada por todo o País, mais uma vez não saiu do papel. 


As promessas feitas em 2010 aos mineiros não foram cumpridas. Por que a senhora governa o País de costas para Minas? 3. Ex-ministro Pimentel, o senhor estava no ministério e nenhum assunto relevante de Minas foi resolvido. O senhor escandalizou o Brasil ao decretar sigilo sobre os incentivos concedidos pelo Brasil a Cuba. Por quê?” questionaram.


Para o PSDB, a presidente Dilma “mais uma vez, zomba da inteligência e da memória dos mineiros”, quando afirma que voltou a Minas Gerais como presidente e “não de mãos vazias”, 45 anos após ter deixado o Estado perseguida pela Ditadura Militar.



Corredor no Rio terá apenas 2 das 7 linhas em funcionamento

Mais Brasil


01/06/2014 10h19



Até o início da Copa do Mundo, no dia 12 de junho, o BRT Transcarioca, corredor exclusivo para ônibus que ligará o Aeroporto Internacional do Galeão (na Ilha do Governador, zona norte) a Barra da Tijuca (na zona oeste), terá apenas duas das sete linhas previstas em funcionamento. 
Neste domingo, a presidente Dilma Rousseff inaugura o sistema ao lado do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e do prefeito Eduardo Paes (PMDB). Nesta segunda-feira (2), começarão a funcionar 20 estações, da Barra da Tijuca a Jacarepaguá. Dois dias depois, na quarta-feira (4), a linha semidireta Barra-Galeão começará a funcionar.

Os turistas que chegarem ao Rio pelo Aeroporto Internacional e desejarem ir ao estádio do Maracanã, deverão embarcar na linha semidireta Barra-Galeão (R$ 3) e fazer a integração com o metrô na estação Vicente de Carvalho (mais R$ 3,50) até a estação Maracanã. 

O tempo médio de viagem é de 1 hora, com saídas a cada 20 minutos. Durante a Copa, o Rio deve receber 850 mil turistas brasileiros e estrangeiros. 


Ao todo, o BRT terá 47 estações, distribuídas em 39 quilômetros, que cortarão 27 bairros (incluindo os complexos de favelas da Cidade de Deus, Penha, Alemão e Maré). Também foram construídos dez viadutos, três mergulhões e cinco terminais rodoviários que se integrarão ao sistema. 


A abertura das estações será gradual para diminuir os impactos das mudanças viárias para a população. A previsão da secretaria de Transportes é de que, em três meses, o sistema funcione plenamente.


Com 147 ônibus articulados, cada um com capacidade para transportar 200 pessoas, o BRT deverá transportar 320 mil pessoas. 


Integrado aos demais modais da cidade (trem, metrô e ônibus), além da Transoeste, Transolímpica e Transbrasil (corredores de ônibus que estarão completos até 2016), a expectativa é de que o sistema atenda 450 mil pessoas por dia e retire 478 ônibus das ruas. Cálculos da prefeitura apontam para uma redução de 60% no tempo de deslocamento.


Segurança. As 47 estações e os 147 veículos serão monitorados 24 horas pelo Centro de Controle Operacional, que já controla a Transoeste (que conecta a Barra da Tijuca e Santa Cruz, bairros da zona oeste). Além disso, a segurança será feita por policiais militares em dias de folga, como parte do Programa Estadual de Integração na Segurança (PROEIS). Policiais à paisana e desarmados circularão dentro dos ônibus e outros agentes armados e uniformizados ficarão nas estações.


Para monitorar todo o trajeto (que tem 120 cruzamentos), a Prefeitura implantou 39 radares ao longo do BRT (um por quilômetro) e aumentou a quantidade de placas sinalizadoras para reduzir a quantidade de acidentes e atropelamentos.
AE

Até o início da Copa do Mundo, no dia 12 de junho, o BRT Transcarioca, corredor exclusivo para ônibus que ligará o Aeroporto Internacional do Galeão (na Ilha do Governador, zona norte) a Barra da Tijuca (na zona oeste), terá apenas duas das sete linhas previstas em funcionamento. 


Neste domingo, a presidente Dilma Rousseff inaugura o sistema ao lado do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e do prefeito Eduardo Paes (PMDB). Nesta segunda-feira (2), começarão a funcionar 20 estações, da Barra da Tijuca a Jacarepaguá. Dois dias depois, na quarta-feira (4), a linha semidireta Barra-Galeão começará a funcionar.

 Os turistas que chegarem ao Rio pelo Aeroporto Internacional e desejarem ir ao estádio do Maracanã, deverão embarcar na linha semidireta Barra-Galeão (R$ 3) e fazer a integração com o metrô na estação Vicente de Carvalho (mais R$ 3,50) até a estação Maracanã. O tempo médio de viagem é de 1 hora, com saídas a cada 20 minutos. Durante a Copa, o Rio deve receber 850 mil turistas brasileiros e estrangeiros.


Ao todo, o BRT terá 47 estações, distribuídas em 39 quilômetros, que cortarão 27 bairros (incluindo os complexos de favelas da Cidade de Deus, Penha, Alemão e Maré). 


Também foram construídos dez viadutos, três mergulhões e cinco terminais rodoviários que se integrarão ao sistema. A abertura das estações será gradual para diminuir os impactos das mudanças viárias para a população. A previsão da secretaria de Transportes é de que, em três meses, o sistema funcione plenamente.

Com 147 ônibus articulados, cada um com capacidade para transportar 200 pessoas, o BRT deverá transportar 320 mil pessoas. 


Integrado aos demais modais da cidade (trem, metrô e ônibus), além da Transoeste, Transolímpica e Transbrasil (corredores de ônibus que estarão completos até 2016), a expectativa é de que o sistema atenda 450 mil pessoas por dia e retire 478 ônibus das ruas. Cálculos da prefeitura apontam para uma redução de 60% no tempo de deslocamento.

Segurança. As 47 estações e os 147 veículos serão monitorados 24 horas pelo Centro de Controle Operacional, que já controla a Transoeste (que conecta a Barra da Tijuca e Santa Cruz, bairros da zona oeste). Além disso, a segurança será feita por policiais militares em dias de folga, como parte do Programa Estadual de Integração na Segurança (PROEIS). Policiais à paisana e desarmados circularão dentro dos ônibus e outros agentes armados e uniformizados ficarão nas estações.

Para monitorar todo o trajeto (que tem 120 cruzamentos), a Prefeitura implantou 39 radares ao longo do BRT (um por quilômetro) e aumentou a quantidade de placas sinalizadoras para reduzir a quantidade de acidentes e atropelamentos.

AE

Brasil: forças que estimularam expansão começam a arrefecer

Mais Brasil


01/06/2014 15h00

O Brasil fez grandes avanços no desenvolvimento econômico e conseguiu reduzir a pobreza pela metade, mas as forças que deram impulso à expansão, principalmente o crédito abundante e o mercado de trabalho aquecido, começaram a arrefecer. 
O alerta é do relatório "Conexão Brasil: um caminho para o crescimento inclusivo", elaborado pela consultoria McKinsey Global Institute (MGI). De acordo com o estudo, ao longo das próximas duas décadas o Brasil precisa de um crescimento médio anual de 4,2% do Produto Interno Bruto (PIB) para manter, de forma sustentável, a parcela da população que ascendeu socialmente à classe média.

O estudo aponta que, apesar de o Brasil ter alcançado o posto de sétima economia do mundo, ainda há uma fraqueza em relação ao crescimento da renda, tanto é que o País ocupa o 95º posto em PIB per capita. "A maioria das famílias tem experimentado apenas um crescimento modesto da renda, enquanto ineficiências e excesso de impostos empurram os preços de muitos bens de consumo para além do alcance", diz o relatório.


Para aumentar os rendimentos e condições de vida, de acordo com a consultoria, o País deve acelerar seu crescimento de produtividade e da construção de ligações com a economia global. O relatório cita o desempenho do Brasil no agronegócio como um bem-sucedido modelo de abertura comercial e ainda destaca o desempenho da Embraer, como exemplo de empresa competitiva que sabe "aproveitar cadeias globais de concorrência e da oferta".

"Uma integração mais profunda com os mercados globais pode oferecer grandes recompensas e as nações que não participam dessas redes ampliam o risco de ficarem defasadas", destaca o texto.

O estudo do MGI afirma ainda que o Brasil tem a oportunidade de alavancar as exportações de produtos de valor agregado, mas precisa "repensar sua abordagem tradicional para proteger as indústrias locais".

 "Na indústria automotiva, que é fortemente protegida, por exemplo, as altas tarifas têm incentivado montadoras estrangeiras a produzirem no Brasil e gerar emprego, mas isso não tem ajudado o País a se integrar em cadeias globais de valor", aponta o texto.

A produtividade nacional no setor automotivo ainda é baixa, destaca o documento. "Fábricas de automóveis mexicanos produzem o dobro de veículos por trabalhador em relação às fábricas brasileiras."

O relatório diz ainda que a mais importante oportunidade para melhorar a competitividade global do Brasil e aumentar o comércio encontra-se em redes de transporte e de comunicação. "Subsídios a todas as indústrias já somam quase 6% do PIB. Já o investimento do Brasil em infraestrutura foi, em média, entre 2000 e 2012, de 2,2%, bem abaixo da média global."

O texto cita a falta de ferrovias no Brasil e gargalos logísticos como entraves ao crescimento e diz que, apesar do "desafio de sua vasta extensão", o Brasil pode aproveitar melhor suas riquezas naturais para investir em infraestrutura.

AE

Usinas dos EUA terão de reduzir emissões em 30%


Mais Brasil

01/06/2014 17h33
AE

A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) divulgará amanhã uma proposta preliminar que busca reduzir em 30% as emissões de dióxido de carbono até 2030. A redução diz respeito às usinas existentes e tem como base os níveis de emissão de 2005, de acordo com duas pessoas que foram informadas sobre a regra. O corte em emissões é a peça principal na agenda de mudança climática do presidente Barack Obama.
 A nova legislação deverá ser concluída daqui a um ano e dará flexibilidade aos Estados, que devem implementar as regras até junho de 2016. Os Estados poderão decidir como atingir as metas de redução: poderão criar ou fazer parte de programas de negociação de permissões, implantar mais energia renovável ou aumentar o uso de tecnologias com maior eficiência energética. 


Cada Estado terá padrões distintos de redução. A média nacional terá de atingir 25% até 2020 e 30% até 2030, disseram as fontes. A regra proposta se aplica a centenas de usinas de combustível fóssil nos EUA, incluindo cerca de 600 usinas de carvão, que serão as mais afetadas pela norma.

"A EPA vai divulgar sua proposta de redução da poluição por carbono na segunda-feira", disse o porta-voz da agência, Tom Reynolds. "Até lá, a agência não vai comentar sobre qualquer informação que possa ou não estar na proposta". Fonte: Dow Jones Newswires.
AE

Incertezas para 2015 instigam fortunas ao exterior

» Mais Brasil

01/06/2014 16h00

As incertezas quanto à condução da economia no próximo governo têm deixado os detentores de grandes fortunas preocupados e elevado o interesse por estratégias de investimento no exterior. 
 
 
Essa busca, que alguns administradores e gestores de fortunas garantem ser uma alternativa de diversificação, está sendo canalizada basicamente para o mercado de ações norte-americano e o setor imobiliário. Gestores lembram que esse investidor que diversifica lá fora tem perfil mais agressivo e assimila a ideia de que parte de seu patrimônio possa estar em outra moeda. 
 
 Embora não existam números oficiais sobre os volumes que são direcionados ao exterior, especialistas afirmam que esse movimento foi mais intenso no ano passado, impulsionado pela deterioração econômica, depreciação do real frente ao dólar e pela consolidação das regras que permitem a aplicação de recursos no exterior por fundos constituídos localmente. Mas este ano, esta alternativa ganhou contorno político por conta dos desafios que o próximo presidente terá de enfrentar.


"Existe um receio no mercado sobre como será conduzida a política monetária e fiscal no próximo governo, independente de quem saia vitorioso do pleito", justifica o diretor de Private Banking do Itaú, Luiz Severiano. 


 "Em todos os nossos cenários (para o resultado das eleições presidenciais) achamos que o próximo presidente tem desafios enormes, como combater a inflação alta diante a um reajuste esperado dos combustíveis e da energia de elétrica, por exemplo. Estamos frente à uma equação difícil, são dilemas que o próximo governo vai ter de endereçar e que causam insegurança", acrescenta ele. 


Severiano lembra ainda de fatores adversos à administração local que afetam diretamente a preservação dos patrimônios, como a política monetária norte-americana, que altera os fluxos para mercados emergentes com consequências diretas no valor de suas respectivas moedas em relação ao dólar. 


"Em 2013, a quantidade de recursos investidos no exterior foi duas vezes maior do que o investido em 2012 e este ano, deve ficar parecido com 2013", afirma o executivo, sem citar os números. "


O cliente é emocional e quanto maior é a valorização do dólar, maior é a procura por investimento lá fora", acrescenta. A área de private banking do Itaú tem mais de R$ 200 milhões sob sua administração e trabalha com investimentos a partir de R$ 3 milhões.


O sócio de uma butique de investimento acrescenta que a baixa credibilidade do atual governo prejudica as expectativas em relação à capacidade de defesa da economia em um próximo mandato do atual governo, que se mantém na liderança das pesquisas eleitorais. 


Para ele, esse é o principal motivo do interesse das grandes fortunas em investir no exterior. "A lição de casa não foi feita, enquanto a mensagem era de que estava sendo feita. Por isso, não deixa de passar pela cabeça do brasileiro que poderá haver deterioração maior da economia", diz. 


"O público de alta renda está buscando defender seu patrimônio, porque 2013 foi terrível para quem tinha renda fixa e na renda variável, o mercado foi uma tristeza. Foi um consumo de capital absurdo", acrescentou. 

Facilidade
O responsável de Private Wealth Management do Goldman Sachs no Brasil, Fernando Vallada, diz que, embora haja cautela com o cenário macroecômico, não existe êxodo, tampouco histeria e a busca por investir no exterior está relacionada à diversificação e à facilidade criada com a instrução CVM 465, que permite a aplicação de recursos de fundos no exterior. 


Segundo Vallada, os investidores estão de fato cautelosos "com as assimetrias dentro do mercado financeiro" e, "de forma lógica" buscam proteger seu patrimônio capturando oportunidades em outros mercados. "Quanto maior o patrimônio, maior atenção se dá à diversificação", afirma. 


O executivo explica que a oscilação do dólar em contrapartida ao alto rendimento oferecido pelo título público, com a Selic a 11%, deixa o custo de carregamento muito alto. 

"A não ser que haja um nível de desconforto muito grande, não faz sentido migrar o recurso para o exterior por um prazo curto. Não vejo nenhum tipo de fluxo desse tipo, vejo apenas em função de uma preocupação com diversificação", explica. 


De acordo com Vallada, os detentores de grandes fortunas direcionam entre 15% a 20% de seus recursos para o exterior, por meio de fundos. 


A diversificação em ações é o que mais chama a atenção e tem criado oportunidades, diz o executivo do Goldman. Mas ele diz que a casa tem recomendado alguns setores dentro da bolsa norte-americana onde vê melhor oportunidade de retorno como tecnologia, pelo dinamismo, e financeiro, um segmento que ainda se recupera da crise de 2008. 


O Goldman Sachs administra recursos a partir de R$ 20 milhões e não informa quanto tem sob administração na área de Private Wealth.


Responsável pela gestão dos Fundos Restritos e Estruturados do Private Banking da CSHG, Sylvio Castro, concorda que há uma preocupação natural com o andamento da economia local, mas que os movimentos atuais nos portfolios estão relacionados à necessidade de diversificação. 


O executivo diz que mundialmente os detentores de grandes fortunas aplicam a maior parte de seus recursos no próprio país e que aqui não é diferente, mas que isso concentra excessivamente os riscos para estes investidores. 


Castro explica ainda que normalmente a maior parte do patrimônio é gerido com a ideia de preservar valor e que paralelamente são oferecidas ao investidor estratégias táticas, ou seja, com maior potencial de retorno.


"Taticamente, temos recomendado aos clientes capturar oportunidades relacionadas a uma possível queda do real frente ao dólar, na qual acreditamos, investindo lá fora", disse Castro. 


Ele considera que o investimento em bolsas internacionais atende a estratégia de preservação do patrimônio, que ele chama de estrutural, mas especificamente o mercado acionário europeu, japonês e de alguns países asiáticos que são compradores de commodities oferecem oportunidades do ponto de vista tático. A CSHG possui R$ 65 bilhões em recursos administrados em sua base local de clientes private, que possuem investimento mínimo de R$ 5 milhões na instituição.


O mercado imobiliário norte-americano é bastante procurado pelos detentores de fortunas, de acordo com o executivo da butique de investimento. 


Segundo ele, esse público conhece o mercado imobiliário brasileiro, considera que os ativos estão caros e não veem porque investir nos imóveis comerciais, devido à atual elevada vacância nesse segmento. "Nos Estados Unidos, em contrapartida, o setor imobiliário vive um momento de recuperação interessante. 


Em Miami, está em andamento um projeto de revitalização de US$ 10 bilhões a ser concluído em 2020, envolvendo vários empreendimentos imobiliários e de logística que tem atraído que já estão em uma segunda fase de seus investimentos lá fora", conclui o especialista.
AE

Será que a agua dura até outubro? DF está indo pelo mesmo caminho.Parabens GDF!Cantareira recua 0,2 ponto para 24,8% da capacidade


» Mais Brasil

01/06/2014 18h02

O nível de água armazenado no Sistema Cantareira, incluindo a utilização do chamado "volume morto", recuou 0,2 ponto porcentual desde a última sexta-feira, atingindo 24,8% da sua capacidade neste domingo, 01. Os dados estão no site da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
 
 Isso significa que, desde o último dia 16, quando a empresa começou a contabilizar o volume morto", houve recuo de 1,9 ponto porcentual no nível do Sistema Cantareira. Até o dia 15, véspera do início do uso dessa "reserva técnica", o volume útil do Sistema Cantareira era de 8,2%.


De acordo com a Sabesp, o reservatório com 400 milhões de metros cúbicos de água situado abaixo das comportas das represas do sistema acrescentou 18,5 pontos porcentuais ao volume útil.
AE

Governo rebate críticas à criação de conselhos

Poder & Poder

01/06/2014 19h15

Em linha com a tática eleitoral do "bateu, levou", o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, classificou de "hipócrita", "ignorância" e "má fé" a tentativa dos partidos de oposição de derrubar um decreto assinado há uma semana pela presidente Dilma Rousseff que determina consultas populares sobre temas importantes antes da adoção de políticas públicas.
 
 Em entrevista ao jornal "O Estado de S.Paulo", o ministro disse que as queixas da oposição são "hipócritas" porque os conselhos permitem que a sociedade fiscalize o governo. Afirmou ainda que acusações de que o governo quer "usurpar o poder" são feitas por "ignorância" ou "má fé". Para o ministro, "num tempo de debate eleitoral, de grande debate ideológico, tudo que se faz é lido de que se trata de chavismo". 

Gilberto Carvalho fez questão de destacar que já existem milhares de conselhos em funcionamento e que o governo "não está inventado nada". Em seguida, lembrou que o primeiro conselho, de educação, nasceu em 1936 e que até os militares, durante a ditadura, criaram conselhos. Em 1966, por exemplo, foi o caso do conselho deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).


"Só ignorância, só má fé ou desconhecimento histórico e a falta de uma atenção à leitura ao primeiro parágrafo da Constituição pode levar uma pessoa a fazer acusações absurdas como essas de que estamos usurpando do poder ou que estamos fazendo tentativas bolivarianistas", desabafou o ministro, avisando que o decreto "não é uma afronta à democracia, ao contrário, é o governo que, deliberadamente, se abre à consulta à sociedade". E ironizou: "Nem a ditadura foi contra a existência desses conselhos nos termos como as pessoas estão se colocando agora".

Ditadura

O ministro rebateu cada uma das críticas da oposição ao decreto e acusou-os de hipocrisia. Questionado se a ampliação dos "mecanismos de controle social" previsto pelo decreto não era uma prática ditatorial, respondeu. "Como se pode falar em ditadura quando se fala em ampliar o controle da sociedade sobre o governo?", indagou ele, citando que, os conselhos e conferências aumentam a transparência e "contribuem exatamente para combater a corrupção" porque eles são "instrumentos de fiscalização da sociedade e de acompanhamento da sociedade justamente porque eles têm acesso aos dados do governo, às política de governo".


E emendou estocando a oposição: "Então, me parece muito hipócrita que pessoas que se dizem favoráveis ao combate à corrupção, que denunciam corrupção, na hora que você propõe um instrumento para aumentar o controle da sociedade sobre o governo, e não vice versa, que eles venham com este tipo de acusação".

Poder

Sobre o governo estar criando uma forma de democracia direta, tirando poder do Congresso, o ministro citou o primeiro artigo da Constituição que diz que "todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente". 

"Ou seja, essa história de dizer que estamos inventando democracia direta é uma bobagem. A própria Constituição prevê a forma de participação direta", observou ele, explicando que o decreto "simplesmente normatiza o funcionamento de instâncias que já existem e já funcionam, ele não inventa nada, ele sugere que esta prática de governar de um modo participativo, não determina, ele sugere".


Segundo a Secretaria Geral, de acordo com dados do IBGE, dos 5.570 municípios brasileiros, 5.553 deles possuem Conselhos de Saúde. Ou seja, somente 17 municípios brasileiros não têm esse Conselho. No caso de conselhos de meio ambiente, por exemplo,existem 3.784.


Em relação às afirmações da oposição de que os conselhos ampliarão a burocratização do governo, atacou. "Falar em aumento de burocracia, em golpe de autoritarismo, é uma bobagem de quem ou não leu o decreto, ou não entendeu a Constituição, ou quer fazer luta política", alfinetou. "É fazer um escarcéu, em cima de um decreto que simplesmente regulariza o que já existia." 

Agilizar

Gilberto reiterou que "nenhuma conferência, nenhum conselho atrapalhará (a administração) porque eles são consultivos, eles propõem política de longo prazo, política de estratégia, não ficam decidindo o dia a dia". Reconheceu, no entanto, que "o que atrapalha o andamento das obras é a atual burocracia do Estado brasileiro" e justificou que foi por isso que o governo propôs uma reforma política, "para torná-lo (o Estado) mais transparente, mais ágil".


Depois de enfatizar que o Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado a partir das conferências nacionais de saúde e que, desde 1982, existe a prática de orçamento participativo das cidades e que "isso nunca foi motivo de conflito das Câmaras Municipais porque são sugestões dos conselhos e que o Prefeito acolhe ou não", Gilberto insistiu que "não há conflito nenhum e não há usurpação nenhuma de poder".


Ele explicou ainda que os conselhos "têm apenas função consultiva e não deliberativa, como é o caso do Congresso" e que "o que se preconiza é uma prática do Executivo de ouvir a sociedade quando ela toma decisões estratégicas que, de alguma forma, empolguem a sociedade".


Sobre o aparelhamento do Estado, via conselhos, como forma de impedir que o próximo governo, caso não seja do PT, enfrente dificuldades e não consiga governar, Gilberto afirmou que "esta hipótese é absurda". Questionado se o governo pretende implantar o bolivarianismo no País, Gilberto, rebateu.


"As pessoas que afirmam isso desconhecem a história do País porque desde 1936 existem conselhos. Não se pode acusar este governo porque nós não inventamos conferências, nem conselhos. O que os governos Lula e Dilma fizeram foi acentuar o número deles", afirmou.


Segundo Carvalho, das 140 conferências feitas até hoje, 97 delas ocorreram durante os governos Lula e Dilma e acrescentando que existem mais de três mil conselhos de educação e número semelhante de saúde. 


"Não estamos inventando nada, São estruturas pré-existentes aos nossos governos e apenas estamos fazendo algumas regulamentações e estimulando ampliações dos conselhos nos Estados e municípios."

#ET


Comentário

Os Conselhos que eu conheço, sobretudo os de Meio Ambiente, são totalmente vendidos para a SEDHAB e para a TERRACAP. 

Mais Conselhos= mais corrupção.Simples assim.

Anônimo

LAZER Zoológico abriga primeiro camping com motorhomes



Objetivo é promover a interação dos participantes com a natureza e criar uma nova opção cultural para a cidade

01/06/2014 08h37

Jornal Alô Brasilia

Em parceria com o Zoológico, o grupo de campismo Gaviões do Planalto e a Abracamping realizam neste fim de semana o 1º Zoocamping com veículos de recreação de Brasília. Campistas da capital federal participarão de extensa programação no parque do Zoológico, onde estarão com seus motorhomes- veículo adaptado com as funcionalidades e confortos de uma casa.


Haverá, também, passeio e a oportunidade de observar os hábitos dos animais de vida noturna.

"Esse projeto era, inicialmente, para atender os escoteiros. Como a repercussão foi muito boa, estendemos o serviço para outros setores. Esse grupo de campismo, por exemplo, tem tradição e virá bem equipado. Por isso, a expectativa é que eles gostem do local e das orientações. Logo, esperamos que outras instituições possam visitar o zoológico futuramente," avaliou o superintendente de Educação e Lazer do zoológico de Brasília, Marco Antônio de Castro.

 Ele explicou que esta é a primeira vez que se celebra parceria desta natureza, permitindo uma interação e aproveitamento diferenciado, com respeito à natureza. Em contrapartida, o grupo doou ao Zoológico material para uso interno como itens de papelaria e baterias, entre outros.


 "O Zoológico montou uma programação muito boa. Nesta integração do grupo com a natureza participarão cerca de 18 motorhomes e 80 pessoas. Foi uma iniciativa nossa de procurar o zoológico que aprovou a ideia. Haverá um pernoite de sábado pra domingo, com palestras, visitas orientadas e ensinamentos sobre cuidados com animais", explicou Luis Tostes, diretor do Abracamping.

 Para o Gaviões do Planalto, o acampamento no Zoológico abre uma nova opção de atividade próxima à natureza, servindo de exemplo para outros parques no país disponibilizarem seus espaços, possibilitando, inclusive, novas alternativas para manutenção dos mesmos.

 "O ponto positivo desta iniciativa é a abertura da opção de se trabalhar e ocupar um ambiente público com atividades de lazer e, ao mesmo tempo, ajudar na sua gestão, por meio de doações. Será um evento bonito e fraterno", destacou Nilva Rios, diretora do Gaviões do Planalto, que existe há oito anos.

Mais Brasil--- Cardozo reage à ameaça de black blocs de ações na Copa






O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reagiu às declarações de black blocs, publicadas pelo jornal "O Estado de S. Paulo" neste domingo, 1, que prometeram transformar a Copa "num caos" e que anunciaram associação de esforços para as manifestações com o Primeiro Comando da Capital (PCC). 
 
 
"É inadmissível a união pelo crime", desabafou, em entrevista ao jornal. "É inadmissível que pessoas queiram se associar ao crime para fazer reivindicações", declarou o ministro. E avisou: "Não toleraremos abuso de qualquer natureza e as pessoas que praticarem ilícitos responderão nos termos da lei penal".
 
 Cardozo assegurou que o governo está monitorando todos os setores considerados estratégicos, que poderão criar algum tipo de problema, e salientou que "existe uma cooperação entre os serviços de inteligência dos governos federal e estadual para acompanhar as mais diversas situações".


Apesar de os jovens que deram entrevista ao jornal dizerem que não são monitorados pela polícia, o ministro informou que o governo monitora diversos segmentos e que não pode detalhar onde por se tratar de informação de inteligência. Salientou ainda que todos os setores das instâncias governamentais estão integradas e "preparadas para todas as situações".


Em sua fala, o ministro Cardozo destacou que as autoridades policiais "estão prontas para qualquer situação" e todas as medidas de segurança foram tomadas. "Estamos muito seguros que teremos bom padrão de segurança na Copa e estamos preparados para enfrentar situações desta natureza."

Equívoco


O ministro José Eduardo Cardozo criticou ainda a motivação dos jovens para fazerem as manifestações, que alegaram que esta era uma forma de exigir que o Estado prestasse os serviços direito para a população. "Se alguém acha que vai melhorar o mundo com este tipo de método, incorre em um equívoco reprovável por toda a sociedade brasileira", afirmou ele acentuando que "a lei existe e será cumprida". 


Após lembrar que a Copa das Confederações no ano passado serviu de excelente preparação para Copa do Mundo, o ministro Cardozo citou que há um bom número de pessoas envolvidas preparadas e a postos para evitar danos às pessoas e ao patrimônio. Ele lembrou que as manifestações são permitidas e fazem parte da democracia, mas que o governo não irá tolerar abusos. 

"O que temos de fazer sempre é evitar o abuso, o abuso de qualquer natureza. Por isso, temos dialogado muito com as polícias dos Estados e isso me leva a crer que teremos uma intervenção pronta e eficiente das autoridades policiais", avisou.
AE

O STF foi 100% com Lula


Foi bom ele ter deixado claro: o mensalão foi 80% político. Com número não se brinca mesmo

GUILHERME FIUZA

Lula disse que o julgamento do mensalão foi 80% político. É bom mesmo deixar esses percentuais bem claros. Com número não se brinca. É por isso que o governo popular está numa fase especialmente zelosa com as estatísticas. O IBGE está levando um banho de loja do PT. Logo antes da Copa, divulgará um novo cálculo do PIB, esse índice neoliberal de direita que vive contrariando os companheiros. 


O novo PIB se juntará aos novos indicadores de emprego e renda – após a intervenção do governo nas pesquisas nacionais contínuas, que revoltou e paralisou os técnicos do IBGE. São uns burgueses alienados. Não percebem que, de roupa nova (e estrelinha no peito), o IBGE ficará 80% mais bonito.

É importante o esclarecimento de Lula aos brasileiros sobre o que se passou no Supremo Tribunal Federal (STF), com os percentuais exatos. Até então, só se sabia que os ministros Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli eram 100% petistas. E que o ministro Luís Roberto Barroso tinha usado 110% de seus poderes mágicos para fazer sumir a quadrilha que roubou o Brasil.

O esquema conduzido pela santíssima trindade Dirceu-Delúbio-Valério, alinhando de dentro do Palácio do Planalto os cofres de estatais e bancos privados à bocarra do partido do presidente da República, não foi obra de uma quadrilha. 

Os manifestantes da Primavera Brasileira que engoliram essa decisão sentadinhos no sofá de casa são cerca de 98% trouxas (com margem de erro de 2 pontos para mais ou para menos, dependendo de quantos deles tenham sido gratificados pelo comitê central).


O guru brasileiro do socialismo privado fala do mensalão na hora certa. As eleições estão chegando, e ainda por cima com o crescimento – agora explícito – do “volta, Lula”. É importante lembrar que, depois do mensalão, o PT ganhou duas eleições presidenciais nas barbas do STF, que passou sete anos sentado em cima do processo – mantendo o escândalo 80% abafado e 20% inofensivo. 


É o momento de desdentar a corte suprema de novo, até porque Lula disse a Dirceu “estamos juntos”, no instante em que o parceiro foi preso. O eleitor precisa sublimar essa prisão. Do contrário, em vez de mandar Lula para o Planalto, pode querer mandá-lo para a Papuda.


A elite golpista está chateando com essa história de investigar telefonemas da Papuda para o Planalto. Por que isso? Para que investigar se há uma linha direta entre o presídio e o Palácio? Lula não disse que está junto com o prisioneiro Dirceu? A companheira presidenta não cerrou o punho para o alto num congresso do PT, em desagravo aos heróis encarcerados? 


O governador petista do Distrito Federal não virou frequentador da Papuda para despachar com Dirceu, dando beijinho no ombro para os privilégios dos mensaleiros? Se alguém ainda tem dúvida de quem manda em quem, e quem obedece a quem nessa história, não haverá grampo da Polícia Federal que resolva. Os companheiros dirão que as escutas foram 80% políticas, e tudo bem.


O interessante nessas horas é admirar a coesão do time. E entender para que serve um ministro da Justiça. Você pode achar que José Eduardo Cardozo é uma figura meio sumida na paisagem do faroeste brasileiro, mas é engano seu. Nas horas cruciais, ele sempre aparece. Quando foram proferidas as penas dos mensaleiros, declarou que preferia morrer a ficar preso no Brasil. De bate-pronto, foi citado no STF por Dias Toffoli, numa incrível jogada ensaiada para tentar atenuar as penas da quadrilha (depois extinta pelo Tribunal).

Agora, com a farra da Papuda, Cardozo emergiu novamente. Afirmou que não acha legítimo investigar as possíveis ligações telefônicas entre o Planalto e o gabinete de Dirceu na Papuda. Cardozo acha que os indícios não são suficientes para abrir uma investigação. A pergunta é: por que o ministro da Justiça tem de achar alguma coisa sobre esse assunto, se considera a matéria sem consistência? Como diria o rei Juan Carlos: por que não te calas?

Cardozo não se cala porque, como todo petista que ocupa um cargo público, tem de prestar 80% de serviço ao partido. Os outros 20%, é só pedir com jeitinho ao novo IBGE, que ele libera.

O anticlimax ---Merval Pereira---0.5.2014

 
 A antecipação da aposentadoria do ministro Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal (STF) de notícia bombástica foi transformada em anticlimax por decisão do próprio, o que fala bem dele. Não caiu na tentação de entrar para a política e anunciou sua saída de cena em momento em que ela não tem a menor importância para o jogo de interesses que está em plena ebulição nos bastidores partidários.

Se houvesse decidido concorrer, e poderia fazê-lo até mesmo à Presidência da República, teria sido mais criticado do que normalmente é, e todo seu trabalho como relator do processo do mensalão estaria colocado sob suspeição. Se permanecesse no STF até depois da eleição de outubro, talvez pudesse ser nomeado por um candidato oposicionista que eventualmente vença para um cargo qualquer, desde ministro até embaixador, dando o troco no Itamaraty que o reprovou, ele está convencido disso, por racismo.

Escolhido por Lula para representar a diversidade racial no Supremo, Joaquim Barbosa recusou-se a atuar como um preposto do presidente que o nomeara, e marcou sua presença no plenário do STF pela independência de posições e o desassombro verbal, e entrará para a história do tribunal pela condução polêmica, mas eficiente do processo do mensalão.

Poliglota, com formação nas melhores universidades dos Estados Unidos e Europa, lamentava que as pessoas não olhassem seu currículo, mas a cor de sua pele. Ele sempre considerou inaceitável a interpretação que resultasse em penas mais leves nos casos em julgamento do mensalão, pela gravidade que via neles, e teve que enfrentar críticas de advogados, inclusive da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e de seus próprios pares, como o ministro Luis Roberto Baroso que, entrando no julgamento em sua segunda fase, a dos embargos infringentes, acusou o plenário anterior do STF de exacerbar seletivamente as penas no caso de formação de quadrilha para deixar os condenados mais tempo em regime fechado, especialmente José Dirceu.

Já como presidente do Supremo, o ministro Joaquim Barbosa, rebelou-se contra essa acusação, dizendo que Barroso fazia um discurso meramente político sob uma capa de tecnicalidade. Aproveitando que Barroso, ao explicar sua expressão “ponto fora da curva”, disse que ela significava também – além da exacerbação das penas - “o rompimento com uma tradição de leniência e impunidade em relação a certo tipo de criminalidade política e financeira”, Joaquim Barbosa aparteou-o dizendo que na prática, defendendo a prescrição do crime de quadrilha, Barroso estava sendo leniente com os crimes que parecia condenar em seu discurso político.

Barbosa encarnou para o cidadão comum a indignação contra a histórica impunidade das classes dirigentes no Brasil, o herói vingador em busca de Justiça, com a capa preta tradicional que lhe dava a aparência de um Batman tupiniquim.

As críticas de Barbosa ao sistema penal brasileiro, explicitadas em diversas ocasiões em entrevistas ou mesmo em declarações em meio aos julgamentos de que participava, explicam seu empenho em dar penas mais pesadas aos réus. Em sua opinião, o sistema penal brasileiro, é “risível”. A preocupação com a prescrição de algumas penas, como a de lavagem de dinheiro, era realmente um dos objetivos da aplicação de pena maior por parte do relator Joaquim Barbosa, e ele chegou a admitir isso na discussão com Barroso.

Por isso, também, ele errou a mão ao tratar de certos assuntos como a permissão para que o ex-todo poderoso José Dirceu trabalhasse fora no regime semi-aberto. Embora a legislação diga que somente depois de cumprir 1/6 da pena é que o condenado tem esse direito, a jurisprudência tem superado essa exigência há muitos anos, até mesmo pela impossibilidade de manter em cadeias apropriadas todos os condenados.

Todo o processo do julgamento do mensalão correspondeu a um avanço da cidadania, inclusive os bate-bocas ocorridos no plenário do STF transmitidos ao vivo e a cores pela TV Justiça. Até mesmo o grau de endeusamento a que foi levado o relator do processo, o ministro Joaquim Barbosa, faz parte desse aperfeiçoamento de nossa democracia, que chegará um dia a não precisar de heróis.