quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Filhote de baleia encalha no rio Sergipe.Acompanhe o salvamento.

http://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/2016/09/filhote-de-baleia-encalha-no-rio-sergipe.html


27/09/2016 11h18

Local fica próximo ao encontro do rio com o mar.
Equipe de veterinários do Projeto Mamíferos Aquáticos está no local.

Do G1 SE
Na manhã desta terça-feira (27), um filhote de baleia foi encontrado encalhado no rio Sergipe, próximo a um local chamado de praia Formosa, no Bairro 13 de Julho, em Aracaju.
Equipe de veterinários trabalha para desencalhar baleia (Foto: Priscila Bitencourt/TV Sergipe)Equipe de veterinários trabalha para desencalhar  baleia (Foto: Priscila Bitencourt/TV Sergipe)

Equipes do Projeto Mamíferos Aquáticos e dos Bombeiros trabalharam para desencalhar o filhote, que ao que tudo indica se perdeu no encontro do rio Sergipe com o mar.
O animal foi devolvido ao mar depois de quatro horas, a operação contou com ajuda de um helicóptero .


De acordo com os veterinários, o filhote é recém-nascido e da espécie Jubarte.

Resgate chamou atenção de quem passava pelo local (Foto: Priscila Bitencourt/TV Sergipe)Resgate chamou atenção de quem passava pelo local (Foto: Priscila Bitencourt/TV Sergipe)

Tecnologia armazena energia solar para noite inteira


Tecnologia armazena energia solar para noite inteira
O professor Wenhua Yu realizando testes com o protótipo de armazenamento termal de energia renovável, que é 20 vezes mais eficiente do que os projetos realizados até agora.[Imagem: ANL]
Armazenamento de energia limpa
Um novo sistema de armazenamento térmico de energia consegue converter a energia solar coletada durante o dia e armazená-la com uma eficiência que garante o abastecimento contínuo por um período de 8 a 12 horas.
Ainda que muito progresso venha sendo feito recentemente no armazenamento das fontes limpas de energia - para lidar com os problemas de intermitência das fontes eólica e solar, principalmente - esta nova tecnologia é nada menos do que 20 vezes melhor do que os sistemas termais apresentados até agora.



O sistema é baseado em uma bateria de fluxo, que usa a energia solar para fundir um material de mudança de fase, armazenando a energia, que é liberada quando necessário mediante a re-solidificação do material.



Sal com grafite
A chave para a melhoria foi mesclar um material de mudança de fase de baixo custo - o cloreto de sódio, ou sal de cozinha - com espumas de grafite de alta porosidade e elevada condução elétrica.


A espuma de grafite aprisiona o sal em seus poros, facilitando e tornando mais rápida a fusão e a solidificação. A equipe demonstrou que esta alteração de fase se dá de forma sustentável ao longo do tempo.


Esta combinação reduziu a quantidade total de material necessário para construir o sistema e, por decorrência, seu custo. Ao mesmo tempo, a transferência de energia térmica tornou-se significativamente mais eficiente, proporcionando de 8 a 12 horas de armazenamento de energia - uma noite típica de armazenamento para uma usina de energia termossolar, por exemplo.


Usina modular
O próximo passo do projeto será construir uma planta-piloto 50 vezes maior do que o protótipo em escala de laboratório testado agora.


"Nós estamos planejando desenvolver uma usina em escala industrial na forma de um sistema modular, de forma que o sistema em escala piloto que estamos construindo poderá de fato ser usado como um módulo para um sistema em escala total, que será formado por muitos módulos empilhados ou dispostos em conjunto," disse o professor Wenhua Yu, do Laboratório Nacional Argonne, nos EUA.

App diz quanto a pessoa emite de CO2 e como compensar em mudas

RB AMBIENTAL




Posted: 24 Sep 2016 05:47 AM PDT
Um engenheiro ambiental e empresário paulistano lançou um aplicativo que calcula o número de árvores que as pessoas e os responsáveis por indústrias e eventos devem plantar para compensar a quantidade de gás carbônico eliminado no meio ambiente. Os usuários do “CarbonZ” podem utilizar os índices para consulta ou pagar para que o pesquisador e sua equipe plantem as mudas.

Após baixar o aplicativo de celular (app), que está disponível para Android e IOS desde o dia 21 de setembro, Dia da Árvore, o usuário preenche um formulário com dados sobre sua rotina, como tipo de veículo utilizado para chegar ao trabalho e a quantidade de água e energia elétrica consumidas por mês.

Com a informação gerada pela ferramenta, o usuário tem a opção de realizar o plantio, caso queira, ou pagar online para que a "CarbonZ" faça o serviço. Em caso de adesão, o usuário recebe no prazo de uma semana as coordenadas geográficas de onde as mudas estão plantadas, de quais espécies são e uma foto do local.

Além disso, cada muda recebe um chip e o usuário tem a possibilidade de ir ao local e identificar a planta com a câmera do celular, de modo similar àquele realizado na caça de Pokémons.

Empresário
Gabriel Estevam Domingos, de 28 anos, o empreendedor que concebeu o projeto, explica que a ideia surgiu da tendência seguida pelos grandes eventos de neutralizar o carbono gerado nas construções por meio do plantio.

“É uma ação voluntária de responsabilidade socioambiental baseada no Protocolo de Kyoto. Isso foi feito pelos organizadores do Rock in Rio e da Olimpíada do Rio, por exemplo”, explica.

Após realizar um trabalho para um evento que seguia esta tendência neste ano, Gabriel tinha material suficiente para desenvolver o app, que foi criado em três dias. “Para este evento trabalhei de maneira arcaica, usando planilhas de Excel. O "CarbonZ" veio da necessidade de uma ferramenta prática para a realização do cálculo”, conta.



Trajetória
Gabriel é o homem que concebeu o projeto com a ajuda da equipe de sua empresa, a GED – Inovação, Engenharia e Tecnologia. Quando criança, ele queria ser cientista e criar tudo que consumisse. “Eu fiz pasta de dente, desinfetante, captação de água da chuva e tratamento de esgoto, por exemplo”, conta.

Concentrou seus esforços na questão ambiental e sustentável inspirado no município onde cresceu, Cubatão, na Baixada Santista, que já carregou o título de cidade mais poluída do mundo. “Me chamava atenção que 60% da cidade estivesse sob área de preservação ambiental, apresentasse um dos maiores PIBs do Brasil, mas fosse uma cidade poluída e desigual”, afirma.

Consequentemente, Gabriel encontrou na engenharia ambiental sua área de trabalho. “É uma área que trabalha justamente com o tripé social, ambiental e econômico, que sempre me interessou”, explica.

Hoje, Gabriel trabalha em sua empresa, integra o Centro de Capacitação e Pesquisa em Meio Ambiente (CEPEMA) da Poli/USP, carrega no currículo 25 prêmios por pesquisas e o título de Jovem Embaixador Ambiental do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Fonte: G1 São Paulo / Globo

Espécies que são salvas graças à interferencia da iniciativa privada.

Old Blue, um macho e um neozelandês intrometido

Por Giuliana Ferrari
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Don Merton e Old Blue



Há três possibilidades quando alguém ouve o nome “Nova Zelândia”. Se você for um aficionado por esportes radicais, aparecem na mente imagens de paraquedismo e pontes altíssimas para bungee jumping.



Se você for um fã inveterado de Senhor dos Anéis, como a autora desta crônica, Nova Zelândia é o cantinho da Terra Média que sobreviveu ao rápido desenvolvimento urbano do restante do mundo, conservada em algum lugar da Ilha Sul, perdida entre as montanhas de gelo, lagos estonteantes e colinas verdes repletas de ovelhas. Mas se você for um ecólogo conservacionista, a Nova Zelândia é um dos exemplos máximos de como conhecimento científico pode salvar uma espécie.



Quando se discute reintroduções, neozelandeses literalmente escreveram o livro sobre esse assunto, lançado pela primeira vez com o título “Reintroduction Biology” por Doug Armstrong, Kevin Parker e John Ewen. Apesar do primeiro ser canadense e o terceiro, britânico, os três se tornaram conhecidos trabalhando com espécies reintroduzidas nas pequenas ilhas costeiras do território neozelandês.




Os três homens, com os quais tive a sorte de trabalhar, só tinham boas palavras para falar de Don Merton. Entre outros feitos, Merton foi a pessoa que descobriu o comportamento de lekking no kakapo, um psitacídeo (aves que se parecem com papagaios) e uma das espécies mais emblemáticas da Nova Zelândia (para mais informações sobre esses pássaros não-voadores incríveis, leia “As duas vidas de Richard Henry e a salvação do Kakapo”, de Bernardo Araujo).



Merton nasceu no dia 22 de fevereiro de 1939 em Devonport, uma pequena cidade anexa Auckland, a maior cidade neozelandesa. Ainda criança, Don e seus dois irmãos mais velhos foram bem-sucedidos em cuidar de um tentilhão-dourado selvagem que havia ficado órfão nas redondezas da casa de sua avó. Trinta e cinco anos depois, Merton usaria essa experiência para salvar o Chatham Island Black Robin, à época a ave mais ameaçada do mundo.



O black robin (de nome científico Petroica traversi) é um pequeno passarinho do tamanho de um pardal, assim chamado devido a sua homogênea penugem preta. O bico, também preto, é curto e serve para se alimentar exclusivamente de insetos no chão da floresta, apoiado em galhos baixos ou dando pulinhos curtos por entre as folhas caídas.



Ao contrário do seu primo NI robin Petroica longipes, o , o robin preto tem capacidade de voo reduzida, o que o deixou ainda mais vulnerável aos predadores que invadiram seu território (principalmente arminhos, doninhas e ratos). O North Island robin é um passarinho com uma extensa distribuição na Ilha Norte da Nova Zelândia, enquanto o  black robin estava presente apenas em poucas ilhas do Chatham Islands, um pequeno arquipélago a 800km da costa leste neozelandesa.


Black-Robin
Um exemplar juvenil de black robin, descendo um dos declives da ilha Little Mangere, 
Chattam Islands. Foto: Don Merton




Os fatores que deixaram o black robin em tão precária situação, infelizmente, são comuns: perda de habitat por degradação antrópica e predação por mamíferos exóticos introduzidos pelo homem. Antes uma terra pristina que continha apenas duas espécies de mamíferos nativos (morcegos pequenos que se alimentavam principalmente de frutas), com a chegada dos colonizadores, primeiro os polinésios, e, depois, os europeus, a Nova Zelândia tornou-se um terreno perigoso para seus pássaros, que evoluíram durante milhares de anos na ausência de predadores terrestres. Eles passaram rapidamente a ser mortos por ratos, gatos, arminhos, doninhas e até cachorros, no caso de espécies maiores como os kiwis.




É importante lembrar que em ilhas isoladas como Havaí e Nova Zelândia, as espécies locais, em sua maioria aves, não têm defesas adequadas contra mamíferos predadores simplesmente porque não evoluíram em conjunto com eles, um fenômeno conhecido em ecologia como "ingenuidade insular". Se você pensa que um passarinho é bobo por ficar cantando despreocupadamente enquanto um gato o observa, pronto para dar o bote, pense que você não fugiria de um leão se não soubesse que ele é um poderoso predador. Talvez ficasse parado, observando aquele curioso animal se aproximando, sem se dar conta que o plano de almoço seria você.




Missão quase impossível
"Don havia visto a destruição de biodiversidade no Grande Cabo do Sul, e garantiu que aquilo não se repetiria em Mangere. Juntos, Old Blue e Don Merton iriam mandar uma mensagem ao mundo: a situação pode ser terrível, mas esperança e determinação podem revertê-la."
Vinte anos antes, Don Merton havia chegado na Ilha Grande Cabo do Sul, alguns quilômetros ao oeste da Ilha Sul neozelandesa. Ele estava encarregado de trabalhar com os saddlebacks, passariformes de penugem escura com uma “sela” marrom-alaranjada nas costas. Além dessa espécie, mais duas estavam confinadas à Ilha (eram únicas no mundo). Rattus rattus, o rato comum, conseguiu invadir a Ilha nadando até terra firme e as extinguiu; se não fosse pelo time de Don Merton, teria dizimado a espécie de saddlebacks também. Don ficou marcado pela dolorosa experiência de presenciar duas extinções globais.




Arminhos e roedores são pestes na Nova Zelândia, e ao serem introduzidos (intencionalmente ou por acidente) nas Ilhas Chatham, esses predadores encontraram nos despreocupados black robins um banquete. Em 1980, a situação da espécie era crítica. Quando Merton chegou à ilha, a estimativa era de restarem apenas 30 indivíduos.  Enquanto tentavam bolar um plano de resgate, uma contagem na Ilha Pequena Mangere, a única onde estes pássaros também existiam, revelou míseros 5 indivíduos. Parecia a vez do robin preto de desaparecer da face da Terra.



A missão de Don parecia impossível: salvar uma espécie cuja única fêmea reprodutora recebera o nome de Old Blue (por ser marcada com uma única anilha azul na perna), pois sua avançada fazia duvidar de que ela pudesse gerar filhotes saudáveis. Mas Don havia visto a destruição de biodiversidade no Grande Cabo do Sul, e garantiu que aquilo não se repetiria em Mangere. Juntos, Old Blue e Don Merton, este já com cabelos brancos, iriam mandar uma mensagem ao mundo: a situação pode ser terrível, mas esperança e determinação podem revertê-la.




Primeiro, Merton resgatou a pequena população de robins pretos confinados em um trecho íngreme da Ilha. Isso significou escalar rochedos com caixas e demais equipamentos pesados nas costas. Após capturarem os animais, as caixas tornavam-se carga preciosíssima. Os pesquisadores desciam um alto paredão com os únicos indivíduos de uma espécie. Eles jamais devem ter esquecido aquela tarde.
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Caixa de ninho dedicada a Old Blue, em Mangere Islands. Foto: Alan Tennyson


As ondas castigavam o paredão e o vento parecia soprar de todas as direções. O Sol brilhava nas pernas descobertas dos pesquisadores, que vestiam casacos de lã ou linho por cima das blusas, uma tentativa de manter o corpo aquecido sob o frio ensolarado neozelandês. Don ainda teve tempo de sacar sua câmera e tirar uma foto do rapaz encarregado de transportar metade da população do black robin nas costas.



Esta foto até hoje é utilizada em cursos sobre ecologia e conservação nas universidades neozelandesas. Ao levar os indivíduos para a Ilha Mangere, cujo habitat era maior e mais adequado à espécie, Merton percebeu que havia um único casal reprodutivo viável: Old Blue e Old Yellow. Fotos mostram Merton “conversando” com sua Blue, que não deve ter entendido aquela intensa atenção, alheia ao fato de ser a última esperança de sua espécie.



A aposta funcionou e as primeiras ninhadas de Old Blue vingaram, mas um novo problema surgiu: se ela fosse cuidar de seus filhotes, nem todos sobreviveriam. Aves geralmente colocam mais ovos do que o número de indivíduos que irão sobreviver às condições naturais. Mesmo que a maioria de seus filhotes sobrevivessem, Old Blue só poderia ter outras ninhadas na próxima estação reprodutiva, o que para passariformes é em geral entre primavera e verão de cada ano. E havia urgência da população crescer.



Merton estabeleceu uma nova tática: os filhotes do casal seriam criados por adultos de uma espécie similar, o Petroica macrocephala, ou tomtit. Tomtits ajudaram a elevar rapidamente o número de black robins, já que Old Blue e, posteriormente, suas filhas, netas e bisnetas que chegavam à idade adulta eram estimuladas a colocar mais ovos quando estes eram levados para serem cuidados por “pais adotivos”.



Em Mangere, notou-se a permanência de alelos deletérios na população de black robins. No processo, a espécie sofreu um intenso gargalo populacional, pois todos os indivíduos existentes hoje são originários do primeiro casal, Old Blue e Old Yellow. Essa situação é conhecida em ecologia como “bottleneck” (gargalo). O maior dos problemas foi a fixação de um gene mal adaptativo, o qual impelia as fêmeas a empurrarem seus ovos para a borda do ninho.



No início do programa, pesquisadores iam até os ninhos e empurravam os ovos de volta, pois o objetivo claro era aumentar a população o mais rápido possível e tirá-la da situação extremamente vulnerável em que se encontrava. De uns tempos para cá, no entanto, a intervenção humana nos ninhos foi interrompida para que este gene fosse extirpado na população, já que fêmeas com este comportamento não conseguiriam ter filhotes.



Merton trabalhou até uma idade avançada, sempre com a “animação e energia de ecólogos com metade de sua idade”, como descreveria Carl Jones em 2011. Hoje, sobrevivem cerca de 250 indivíduos de black robins na natureza em Chattam Islands: nas ilhas Mangere e Cabo Sul.


Old Blue faleceu depois de incríveis 14 anos, cercada de seus descendentes. A fêmea daquele primeiro casal produziu centenas de passarinhos. A média de expectativa de vida destes pássaros é de apenas quatro anos, embora alguns sobrevivam de 6 a 13 anos. Merton tornou seu trabalho de recuperação da espécie especialmente eficiente com o uso de técnicas de manejo intensivo. A extensa documentação do projeto permitiu replicar em outros projetos idéias que tiraram os robins da beira da extinção. Foi o caso dos pássaros kakapo e o takahe.


Em 11 de abril de 2011, aos 72 anos, foi a vez do mundo se despedir de Don Merton, após longa batalha contra um câncer. Com quase 50 anos de carreira, Don semeou as raízes do que é hoje o trabalho intensivo em recuperar espécies ameaçadas de extinção na Nova Zelândia, e seu conhecimento foi usado em situações semelhantes nas Seychelles, Ilhas Maurício e no leste da Austrália.


Com o avanço das ações antrópicas e perdas irreparáveis de habitat, muitas outras espécies estarão ameaçadas de extinção no futuro. Se conseguiremos salvá-las ou não, é uma incógnita. Mas se hoje sabemos como manejar essas espécies, definitivamente podemos agradecer à incrível história de Don Merton e a pequena Old Blue.

Participe do 2º Concurso Fotográfico WikiParques 2016

"Mandacaru". Foto: Guilherme Haruo
“Mandacaru”. Foto: Guilherme Haruo


Fotógrafos, mais uma vez convocamos vocês a participar do Concurso Fotográfico WikiParques! Se você não participou da edição anterior, não perca esta chance. Se já participou, bem-vindo novamente. Mostrem para o mundo as suas imagens mais marcantes, registradas nos parques e áreas protegidas Brasil afora.


A foto vencedora será revelada pela Escolha do Júri: as equipes do WikiParques, do site ((o))Eco e fotógrafos convidados vão se reunir para escolher qual a melhor foto.  A nossa galeria traz os cliques dos vencedores passados e das muitas contribuições à Wiki. Visite e se inspire.


Assim como nos concursos anteriores, não é preciso uma inscrição formal, basta abrir uma conta no WikiParques e enviar suas fotos. Todas as fotos enviadas para o concurso serão incorporadas ao acervo do WikiParques, ficando disponível no site através da licença Atribuição-Partilha nos Mesmos Termos 3.0 não Adaptada (CC BY-SA 3.0). Não deixe de participar!

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Veja abaixo a foto vencedora da última edição do concurso e, logo depois, o regulamento completo.
Vencedora da última edição: Nádia de Campos Velho  (confira aqui uma rápida entrevista)
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Na beira da lagoa, no Parque Nacional da Lagoa do Peixe, uma revoada de dezenas de trinta-réis-boreal (Sterna hirundo), uma ave costeira, pequena, ágil e graciosa, que no inverno boreal migra para o Hemisfério Sul, sendo comum nas costas do Brasil. 

Você já participou na construção de um plano de educação ambiental?

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Nos ajude a produzir o “Plano Distrital de Educação Ambiental do Distrito Federal (PDEA)”. 


As Secretarias do Meio Ambiente e Educação, CIEA-DF e a CODEPLAN contam com a participação de todas as instituições que atuam com Educação Ambiental no DF. Assim, teremos um diagnóstico das ações de educação ambiental e como podemos melhorá-las. 

É rapidinho e seus dados não serão divulgados. 

Toda participação é importante e estamos felizes em poder construir juntos este plano para o DF!

Acesse a pesquisa pelo link e participe:

Impactos causados pela Coca Cola nos aquiferos brasileiros.

 No dia 13 de março de 2016, domingo, foi realizado na comunidade de Suzana, em Brumadinho (MG), o Encontro Popular “Onde está nossa água?”, que discutiu a repentina queda na vazão das nascentes que abastecem as comunidades de Suzana e Campinho, após o início das operações dos poços tubulares que abastecem a fábrica da Coca-Cola, localizada em Itabirito (MG).


Os poços de água que abastecem a fábrica estão a menos de mil metros das nascentes localizadas dentro do Monumento Natural Municipal da Mãe d’Água que servem de abastecimento de milhares de famílias de Brumadinho.

Conforme demonstrado na reunião, há uma grande coincidência entre a queda na vazão das águas dessas nascentes e o início da operação desses poços. Análises técnicas indicam que é bastante provável que a operação desses poços esteja impactando diretamente o abastecimento de água da população de Brumadinho-MG.

Com a participação de aproximadamente 150 pessoas, o encontro contou com a exposição do geólogo colaborador da ONG Abrace a Serra da Moeda, Ronald Fleisher, que apresentou os aspectos técnicos que envolve a questão.

Prefeitura de Brumadinho-MG
O encontro popular contou com a participação do Secretário de Meio Ambiente de Brumadinho, Hernane Abdon, que se apresentou surpreendido com os impactos da Coca Cola e disse que a Prefeitura de Brumadinho não foi comunicada sobre a instalação da Fábrica. 


Contudo, representantes da ONG Abrace a Serra da Moeda detinham documento datado de 2011, extraído do licenciamento ambiental, que comprovava exatamente o contrário. Vale lembrar que, na ocasião, o próprio Hernane Abdon era o Secretário de Meio ambiente, embora o Prefeito fosse Avimar Barcelos, o Nenen da Asa, opositor à atual gestão.


O Secretário também se comprometeu a obter do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Brumadinho (CODEMA) uma moção de repúdio ao empreendimento da Coca-Cola e solicitando a paralisação imediata das operações dos poços questionados.


As comunidades cobraram do Secretário ações mais enérgicas na defesa das comunidades. Isto porque a Prefeitura de Brumadinho tem se omitido da responsabilidade de proteção do patrimônio ambiental e hídrico do município. 

Exemplo disso é o não reconhecimento por parte dos órgãos municipais do Monumento Natural Municipal da Mãe d’Água que ocasionou a ausência de participação do CODEMA, órgão gestor da Unidade de Conservação, sobre o licenciamento da Fábrica da Coca-Cola. 

A Prefeitura de Brumadinho tenta, judicialmente e em grau de recurso, reduzir a área de proteção do Monumento Natural Mãe d’Água. Isso porque o Ministério Público de Minas Gerais ajuizou ação civil pública após a revogação ilegal do Decreto que criou o Monumento.


Prefeitura de Itabirito
Não obstante a proximidade da Fábrica da Coca Cola FEMSA com o Monumento Natural da Mãe d’Água – Unidade de Proteção Integral localizada em Brumadinho – não foram realizados estudos de impacto da exploração do aquífero em vazões tão grandes e tampouco há previsão de monitorar esse impacto. 


A Coca Cola FEMSA foi dispensada do Estudo de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) para instalação de sua fábrica, haja vista a sua localização no Distrito Industrial de Itabirito. O EIA/RIMA do Distrito Industria, no entanto, não faz menção sobre o impacto das indústrias sobre o aquífero. A empresa realizou um estudo ambiental simples, se comparado ao EIA/RIMA, o Plano de Controle Ambiental e Relatório de Controle Ambienta (PCA/RCA). No seu PCA/RCA a CocaCola-Femsa não abordou o impacto sobre o aquífero, pois sua água será fornecida pelo SAAE de Itabirito.


Com o objetivo de incentivar a instalação da Fábrica, a prefeitura de Itabirito doou grande parte da área da fábrica e também concedeu uma série de benefícios fiscais, além da garantia de fornecimento de água através do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Itabirito-MG. Embora o SAAE Itabirito se comprometa a atender um consumo médio mensal de 172.253m3 para a Coca Cola, não realizou qualquer estudo técnico ambiental que avalie o impacto da exploração do aquífero em vazões tão grandes. Com o consumo mensal da empresa Coca Cola seria possível abastecer 28.875 habitantes, o que corresponde a quase toda a população de Brumadinho. 

 
Também não houve audiência pública antes da instalação da Fábrica, o que impossibilitou a defesa das comunidades antes do início das operações do empreendimento.


Deliberações das Comunidades
As comunidades reunidas no encontro popular realizado domingo (13) deliberaram as seguintes ações: 

a) Representação ao Ministério Público comunicando a diminuição da vazão das nascentes após o início das operações da fábrica da Coca-Cola FEMSA.
b) Ação Civil Púbica visando a paralisação imediata da operação dos poços que abastecem a Fábrica até que se julgue o mérito da causa da diminuição da oferta de água na encosta da Serra da Moeda;

c) Manifestação no dia 21 de abril no evento “Abrace a Serra da Moeda” e em seguida em frente à fábrica da Coca-Cola FEMSA.