domingo, 15 de maio de 2016

A ONU recomenda: coma insetos


Gafanhoto fotografado no estado americano de North Carolina por Samantha Henneke/Flickr
Gafanhoto fotografado no estado americano de North Carolina por Samantha Henneke/Flickr
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) lançou ontem uma campanha para estimular o consumo e a criação industrial de insetos com fins alimentares, dado seu alto teor nutricional, onipresença e baixo custo. Cerca de 1.900 insetos já integram a dieta tradicional de um terço da população mundial.


Pense na farofa de içá, feita com o abdômen da formiga tanajura, prato caipira típico do interior de São Paulo. Ou nos besouros vendidos vivos, voando dentro de sacos de plástico, em mercados mexicanos. Deu água na boca? Um terço da população mundial responderia que sim. Gabril Tchango, ministro de Florestas do Gabão, lembrou durante o evento, na sede da FAO, em Roma, que os insetos são responsáveis por 10% da proteína animal consumida naquele país da costa oeste da África.


Estudo recém-concluído pela FAO, em parceria com a Universidade de Wageningen, nos Países Baixos, um dos maiores centros de pesquisa do assunto, indica que os insetos mais requisitados para fins alimentares são os besouros (31%), seguidos por lagartas (18%), abelhas, vespas e formigas (14%) e gafanhotos ou grilos (13%). Uma versão em inglês do documento, “Edible insects, Future prospects for food and feed security“, que mapeia o grande potencial de mercado da entomofagia, pode ser baixada no site da organização.
As possibilidades são, de fato, quase ilimitadas.


Segundo a FAO, os insetos representam mais da metade do milhão de espécies já descritas no planeta. Um das poucas classes de animais que podem se beneficiar num cenário de aquecimento global, eles se reproduzem rapidamente, são ricos em proteínas, gordura e minerais e podem ser consumidos inteiros ou convertidos em complemento alimentar em pó.


As várias espécies de grilos têm entre 8 e 20 miligramas de ferro por 100 gramas de peso seco, mais do que os 6 miligramas encontrados num peso equivalente de carne bovina. E criar insetos é bem mais barato. A produção de um quilo de besouros ou gafanhotos demanda dois quilos de restos de alimentos e outros resíduos orgânicos, enquanto o quilo de carne bovina requer 8 kg de ração. Eles também consomem menos água e produzem um volume menor de gases-estufa que a pecuária tradicional. Como têm sangue frio, eles não precisam do alimento para manter estável a temperatura do corpo.


Mas as barreiras à adoção de um cardápio à base de almôndegas de gafanhoto e confeitos de ovas de mosca não são meramente culturais. A Europa, por exemplo, proibe a comercialização de produtos alimentares à base de insetos. O diário francês Libération contou recentemente como um visitante de Burkina Faso teve apreendidos 94 quilos de cochonilha – segundo ele para consumo pessoal – ao chegar ao aeroporto em Londres. Essas dificuldades são discutidas por Arnold van Huis, uma das maiores autoridades no assunto e um dos autores do estudo publicado pela FAO, numa conferência TED, que você pode ver no vídeo ao lado, em inglês.


O que você acha dessa iniciativa? É uma boa estratégia para valorizar uma fonte de nutrientes negligenciada, que pode inclusive valorizar a manutenção de florestas? Ou seria uma medida desesperada de uma organização que não faz a menor ideia de como alimentar um planeta cada vez mais populoso?

Costura de retalhos

06/04/2016 


Imagem: Flávia Sakai
Imagem: Flávia Sakai
A visão que separa a natureza da agricultura apresentou sua conta. Para não retroceder, a produção convencional aos poucos se aproxima de técnicas mais amigáveis ao ambiente
Por Janice Kiss, da Página 22 –


Desde que o homem interveio na natureza e inventou a agricultura, essa atividade somou importantes conquistas em sua trajetória milenar, com plantas mais produtivas, colheitas fartas e sofisticadas tecnologias. Mas qual o preço do sucesso?


No Brasil, esse custo ficou mais claro em 2006, segundo o sociólogo Ricardo Abramovay, professor sênior do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE, na sigla em inglês). “Foi quando a sociedade se deu conta do avanço das lavouras de soja na Amazônia”, comenta.


O professor se refere à moratória da soja, acordo entre o setor produtivo e ambientalistas para barrar os embarques internacionais da oleaginosa cultivada na região. Dois anos antes do pacto, a Amazônia havia atingido seu recorde de desmatamento em razão da expansão desses plantios.


A partir daí, os agricultores passaram a lidar com o surgimento de várias “pontes” criadas para aproximar e compatibilizar agricultura e conservação ambiental. “Até porque não existe atividade humana mais inserida no meio ambiente que a agricultura”, lembra José Eli da Veiga, professor sênior do IEE-USP.


A mais recente delas é o Cadastro Ambiental Rural (CAR), instituído no âmbito do novo Código Florestal e que prevê o mapeamento georreferenciado de todas as propriedades rurais brasileiras, independentemente do tamanho. O prazo para a inscrição dos imóveis termina em maio. A ferramenta é considerada um avanço na gestão territorial do País, porque associa o cadastro à regularização ambiental da propriedade.


“É uma segurança para o produtor, que tem sua área reconhecida e chances de se programar em casos de passivo ambiental, o que não pode ser feito do dia para a noite”, comenta Gustavo Junqueira, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB).


Até o momento, cerca de 2,25 milhões de imóveis rurais do País (65% das propriedades) inscreveram-se no CAR, que conta com menor adesão das propriedades do Sul e do Nordeste. “Avalio esse dado mais como dificuldade de preenchimento do que resistência ao cadastramento”, afirma Junqueira.


Novos tempos, novas cobranças
O presidente da SRB faz parte da nova geração de produtores rurais que soube entender as influências de temas socioambientais no campo e procurou conciliar-se com eles. “A velha narrativa de ocupação de território não cabe mais nesse modelo”, afirma.


Outra dessas “pontes” aconteceu há seis anos, com a criação do Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono), do governo federal. O plano permite que o produtor tenha acesso a tecnologias agrícolas que interferem de forma benéfica no clima – a atividade é considerada uma das principais emissoras de gases de efeito estufa –, como a recuperação de pastagens degradadas, integração entre lavoura, pecuária e floresta em oposição às monoculturas, tratamento de dejetos animais etc.


Mesmo com percalços, como as taxas de juro que subiram de 5% para 8%, e as dificuldades em extensão rural para uma melhor orientação do produtor sobre essas tecnologias, o programa atingiu R$ 3,65 bilhões (8 mil contratos) no ciclo 2014/2015: 35,67% maior em relação à safra 2013/2014. “O ABC é de longe o mais bem-sucedido modelo de agricultura tropical do mundo, mas falta avançar”, reconhece Roberto Rodrigues. O ex-ministro da Agricultura está à frente do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (GVAgro), que coordena o Observatório ABC.


Ainda não foi possível averiguar o impacto dos recursos contratados na redução das emissões de gases-estufa por falta de monitoramento. Porém, o Observatório estima que, de 2012 até 2023, o potencial de mitigação da agropecuária brasileira pode chegar a 1,8 bilhão de toneladas de CO2 equivalente. O número é dez vezes maior do que a meta de redução de emissões estipulada pelo Plano ABC e inclui apenas a adoção de três tecnologias de todo o plano – recuperação de pastagens; integração lavoura-pecuária; e lavoura-pecuária-floresta.


Do seu escritório em Cingapura, Marcos Jank, especialista global em agronegócio, avalia essas evoluções como um caminho natural da atividade. “Uma agricultura de alta tecnologia, sem deixar de lado a conservação, é a saída para produzir alimentos para um mundo cada vez mais populoso”, diz.


Ele cita como exemplo a fazenda da família, produtora de leite tipo A, em Descalvado (SP). Na propriedade, o esterco do gado é tratado de forma adequada para adubar áreas de pastagens e grãos. Os cultivos de milho, soja e laranja são irrigados apenas quando os termômetros acusam a necessidade de água. “Usamos a tecnologia para o melhor uso da terra”, comenta.


Na sua opinião, há tempos o agronegócio tem dado sinais de que se utiliza de “pontes” com o meio ambiente para conseguir resolver a equação de escala de produção sem ampliação de área. “O país investiu muito em melhoramento genético de grãos e animais para alcançar eficiência”, diz Jank.


O diretor do GVAgro Roberto Rodrigues corrobora o argumento do executivo ao exemplificar que, nos últimos 25 anos, a área de grãos no País cresceu 53% e a produção 250%. O mesmo aconteceu com a produção de carnes – a bovina, por exemplo, aumentou em 100%, enquanto a área de pastagem diminuiu 20%.


Embora esses índices sejam caros ao agronegócio, o professor José Eli da Veiga atenta que o alcance da maior produtividade tem alicerces em uma agricultura baseada no uso excessivo de agrotóxicos (o Brasil é o maior consumidor global desses produtos) e de fertilizantes nitrogenados (principal nutriente das plantas) nas lavouras. “A presença excessiva de nitrogênio no solo já se tornou um problema ambiental em muitos países, inclusive com a poluição de lençóis freáticos”, informa.


A pecuária também é um assunto delicado para o setor, pois é apontada como uma das principais razões para a intensificação do desmatamento ilegal. A atividade ocupa hoje 200 milhões de hectares do território nacional, e destes 70 milhões de hectares estão localizadas na Região Amazônica. Na avaliação de Abramovay, do IEE, “são traços de um velho Brasil que nem de longe despareceu”, afirma.


Esse país arcaico, que restringe a ligação entre produzir e conservar, mostrou-se presente no novo Código Florestal, segundo o engenheiro agrônomo José Carlos Pedreira de Freitas, diretor da Hecta Desenvolvimento Empresarial nos Agronegócios. “O Código Florestal, ao diferenciar áreas de exploração de áreas de conservação, aprofundou a atual cisão que erroneamente existe entre produzir e conservar. Deveria ter construído pontes entre as duas e não individualizar os dois territórios”, diz.


O clima no meio do caminho
Enquanto o Plano ABC procura alcançar mais espaço no campo, o programa recebe reforços de outras frentes. Criada há quase um ano e meio, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura tem por objetivo tornar a agropecuária de baixo carbono majoritária em todo o País. “Vivemos o momento da segunda onda da agricultura, voltada para a sustentabilidade e a integração das atividades”, diz Luiz Cornacchioni, diretor-executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e membro da Coalizão.


Na avaliação de Juliana Cibim, professora de MBA de Meio Ambiente e Agronegócio na Fundação Getulio Vargas (FGV), os produtores rurais de hoje enfrentam muito mais cobranças e situações complexas que as gerações anteriores. “Eles fazem uma agricultura inserida em um cenário de mudança climática”, diz ela, que também é coordenadora-executiva do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS).


Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa, trata desse tema desde 2008, quando coordenou o primeiro relatório da empresa sobre os efeitos do clima na agricultura. Ele contribuiu também com o documento que avaliou os reveses das mudanças nas temperaturas: Brasil 2040 – Alternativas de Adaptação às Mudanças Climáticas, feito em parceria por diversos grupos de pesquisa e encomendado pela Secretaria de Estudos Estratégicos da Presidência da República (SAE).


A meta do trabalho é entender como o clima pode afetar o Brasil no futuro e servir como ferramenta para embasar políticas públicas de adaptação nas áreas da saúde, recursos hídricos, energia, agricultura e infraestrutura.


Publicado no fim de 2015, o estudo revela que importantes cultivos como soja, milho, arroz e feijão tendem a sofrer mais que outras plantações por causa do aquecimento do clima daqui a 25 anos, quando as altas temperaturas podem não poupar as fases de floração e enchimento dos grãos, primordiais para boas colheitas. “Os impactos recairão sobre produtores e consumidores”, comenta Assad, um dos principais especialistas em mudança climática no País e também envolvido com o Plano ABC.


Mas não é apenas isso. As terras no Mapitoba correm o risco de desvalorização em decorrência da possibilidade de os cultivos migrarem de altas temperaturas, já típicas da região, para lugares mais frios. As perdas nacionais no campo decorrentes da reviravolta no clima já foram calculadas em US$ 4 bilhões em 2050, conforme outro levantamento, Impactos das Mudanças Climáticas na Produção Agrícola Brasileira, coordenado por Assad.


O setor de soja arcará com cerca de 50% delas. Por sinal, a oleaginosa apresenta sinais de não aguentar tanta secura. O Mato Grosso – principal produtor do grão – perdeu 1 milhão de toneladas na safra 2015/16 por causa da estiagem. “O levantamento se baseia no cenário atuatual, caso nada seja feito para alterá-lo”, diz Assad.


Tudo junto e misturado
O diretor da Hecta entende que os temas que dominam a agricultura têm mudado não apenas porque os tempos são outros. “Há uma pressão do consumidor sobre a origem dos produtos”, afirma Pedreira. O consultor cita como exemplo o turismo rural, como os da Fazenda da Toca, em Corumbataí (SP), e da Fazenda Santa Adelaide, em Morungaba (SP), que abrem suas porteiras para mostrar a rotina no campo para quem vive distante dele.


Segundo Pedreira, a evolução da agricultura orgânica, vista com certo descrédito décadas atrás, tem a ver com esse comportamento. “Por trás do produto sem agrotóxico há uma relação bem-sucedida entre cultivo de alimentos e meio ambiente. Conforme dados do Organics Brasil, esse mercado cresceu 25% no ano passado, em comparação a 2014, movimentando R$ 2,5 bilhões. “Ainda é um nicho por uma questão de falta de renda no País”, diz o diretor.


E uma coisa puxa a outra. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABC Bio), a indústria de defensivos agrícolas biológicos cresce entre 15% e 20% ao ano.


A entidade aponta como principal razão uma nova mentalidade dos produtores, que buscam uma agricultura mais sustentável e valorizam o manejo integrado de pragas.
Há 25 anos, quando começou a trabalhar com agrofloresta, o pesquisador Marcelo Arco-Verde, da Embrapa Florestas, sabia que resistência era o principal obstáculo a ser enfrentado ao apresentar essa forma de cultivo para o agricultor. “Plantar em meio a árvores era coisa de maluco na época”, relembra.


Arco-Verde entende que a agrofloresta tem ainda outra vantagem: a de poder ser instalada em áreas de Reserva Legal. “É um modelo perfeito para entrar na recomposição de 57 milhões de hectares exigida pelo Código Florestal”, diz.


Embora não existam estatísticas que possam dimensionar a extensão desse cultivo, o pesquisador explica que esse modelo agrícola está espalhado por todo o País, de forma mais acentuada na Amazônia. “Nunca vai concorrer com a agricultura de escala. Mas a diversificação faz bem a todo mundo, à terra e ao produtor”, afirma. (Página 22/ #Envolverde)


* Publicado originalmente no site da Página 22.

Água: Brasil perde 6,5 Cantareiras em vazamentos na distribuição

Envolverde Portal de Sustentabilidade do Brasil01/12/2015 

Logo MovimentoAs perdas nos sistemas de distribuição de água poderiam abastecer 50 milhões de pessoas todos os anos no Brasil.
Por Dal Marcondes, da Envolverde – 


As perdas de água já tratada nos sistemas de distribuição das cidades brasileiras são o principal manancial a ser explorado pelos serviços de abastecimento. Os vazamentos representam uma perda de 6,5 vezes o Sistema Cantareira por ano, o que daria para abastecer com água de qualidade mais de 50 milhões de pessoas.



Esses vazamentos são um problema antigo e não eram combatidos de forma sistemática e efetiva por conta de uma aritmética simplista: É mais barato tratar a água do que combater os vazamentos.


Essa conta estranha poderia fazer algum sentido enquanto havia água em abundância nos mananciais e tirar 30 ou 40% a mais do que o necessário não impactava o serviço a longo prazo.


Atualmente, com grande parte do Brasil vivendo uma crise hídrica, essa é uma conta que não fecha. A média de 40% de perdas nos sistemas de distribuição não é mais aceitável diante da possibilidade real de restrições no consumo em áreas densamente povoadas. Essa é a ótica adotada pelo Movimento Pela Redução das Perdas de Água na Distribuição, lançado em 25 de novembro em evento em Brasília, durante o Congresso da Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABHP), com a presença de representantes de empresas que apoiam, de autoridades e especialistas no tema água.


O Movimento, que adotou o slogam“– Perda + Água”, é uma iniciativa da Rede Brasileira do Pacto Global das Nações Unidas, e tem como organizações líderes a Sanasa, empresa de distribuição de águas de Campinas, no interior paulista, e a Braskem.


Elas, no entanto, não estão sozinhas nessa cruzada, mais de 150 empresas, organizações sociais e órgãos de governo já se alinharam às metas do Movimento, que pretende alinhar o Brasil com as metas definidas nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).



Entre os ODS há um em especial, o de número 6, que prevê: “Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos”, e em seu item 6.4 diz: “Até 2030, aumentar substancialmente a eficiência do uso da água em todos os setores e assegurar retiradas sustentáveis e o abastecimento de água doce para enfrentar a escassez de água, e reduzir substancialmente o número de pessoas que sofrem com a escassez de água”.


O desafio do Movimento “- Perda + Agua” é criar uma consciência social e política da necessidade de ação em relação às perdas. Para isso está se organizando para atuar junto aos candidatos a prefeito em todo o Brasil, e em todos os partidos que participarão das eleições de 2016. Para Sonia Chapman, executiva da Braskem e uma das porta-vozes do movimento, “essa é uma Missão de longo prazo e o horizonte vai até 2030, tempo estipulado pelas metas dos ODS”, explica.


Participaram do evento de lançamento o presidente da Agência Nacional de Água (ANA), Vicente AndreuGuillo, que colocou a ANA como apoiadora e fornecedora de dados e informações para balizar o Movimento, Paulo Ferreira, Secretário Nacional de Saneamento Básico, ligado ao Ministério das Cidades, o consultor independente e ex-presidente da Sabesp, Gesner Oliveira, o prefeito de Piracicaba (SP), Gabriel Ferrato, e o atual vereador por São Paulo, Ricardo Young, que fez a palestra de inspiração do lançamento.



Para Ricardo Young é importante a mudança do olhar dos gestores públicos, “tendo como valor não apenas os recursos financeiros, mas principalmente a preservação dos mananciais para a garantia do abastecimento às pessoas”, disse.


O consultor Gesner de Oliveira, que realizou um recente estudo sobre o tema para a organização Trata Brasil, além da decisão política das prefeituras e empresas que atuam na captação, tratamento e distribuição de água, é necessário que haja fontes de recursos para as ações. “O problema é antigo e a maior parte das empresas sabe que existe, no entanto, o custo de uma grande operação de redução de perdas não é pequeno”, alerta. Para ele é necessário que as prefeituras e empresas tenham apoio na elaboração de projetos e no financiamento às ações.


Para  Arly de Lara Romêo, Presidente Sanasa,nomeado Embaixador do Movimento, a redução de perdas é possível, mas será necessário um intenso trabalho de informação e transferência de tecnologias entre empresas do setor. “Temos os melhores técnicos e precisamos articular ações efetivas que resultem em ganhos para a sociedade”, explicou.


O movimento tem quatro linhas de atuação:
Políticas públicas: pressão política para que o plano de saneamento adote meta ousada para redução de perdas hídricas, além de definição do papel dos órgãos públicos na execução, monitoramento e fiscalização dos sistemas de distribuição e abastecimento de água;


Consciência e Engajamento: campanhas disseminadas amplamente por mídias sociais, veículos de comunicação, participação e organização de eventos sobre o assunto;


Indicadores: elaboração de indicadores confiáveis e consistentes, que permitam o monitoramento ao longo de um período e cujos resultados possam ser comparados com outros países;


Soluções: capacitação de gestores e mão de obra – abrangendo prefeitos, assessores e quadros técnicos das prefeituras e empresas de saneamento para gestão dos recursos hídricos –, elaboração de projetos, mapeamento de linhas de financiamento e operação de equipamentos. Além disso, uso da tecnologia para acesso às melhores soluções e equipamentos para redução de perdas hídricas. (#Envolverde)


* Dal Marcondes é jornalista, diretor da Envolverde e especialista em meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

5ª Mostra Ecofalante tem nova data

28/04/2016 


ecofalanteA 5ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental será realizada entre 15 e 29 de junho. A nova data foi definida em função de questões logísticas.


Por Redação da Envolverde – 
“A Mostra cresceu, e este ano vamos exibir mais de 100 filmes de países diversos. O processo logístico para trazer esses filmes para serem exibidos aqui é bastante complexo, e esse novo prazo vai nos dar fôlego, ao mesmo tempo em que facilita a vinda de diretores estrangeiros para participar da Mostra”, define o diretor Chico Guariba.



Dentre os filmes que serão exibidos este ano incluem-se desde produções contemporâneas de diversos países até clássicos do cinema francês de diferentes épocas, sempre abordando temáticas socioambientais. São produções do Canadá, Alemanha, Turquia, EUA, China, França, Grécia, Itália, Israel, Índia, Reino Unido, Noruega, Bélgica, Luxemburgo, África do Sul, Quirguistão, Brasil, Argentina, Colômbia, Peru, Uruguai, Paraguai, Chile, entre outros países.

As sessões são gratuitas e acontecem em salas de cinema da cidade de São Paulo, como Reserva Cultural, Cinemateca, Caixa Belas Artes, Olido, Centro Cultural São Paulo e Matilha Cultural.


Desde março acontecem sessões e debates da 5ª Mostra em Escolas Técnicas Estaduais (ETECs), instituições de ensino superior, escolas particulares e Fábricas de Cultura. Já participaram das atividades cerca de dez mil pessoas.

A 5ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental é uma realização da ONG
Ecofalante e do Programa de Apoio à Cultura (ProAC) do Governo do Estado de São Paulo, com patrocínio da White Martins e da Reciclo Pepsico e correalização da Secretaria de Cultura da Prefeitura de São Paulo e pela Spcine.

A Mostra tem apoio institucional do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Embaixada da França no Brasil, Institut Français, La Cinémathéque Française, Le Monde Diplomatique Brasil, Escola do Parlamento da Câmara Municipal de São Paulo, São Paulo Turismo (SPTuris), Observatório do Clima, SOS Mata Atlântica, Greenpeace, Instituto Socioambiental (ISA), Grupo de Institutos Fundações e Empresas (GIFE), Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), Instituto Akatu, Instituto de Energia e Ambiente (IEE)/USP, Fábricas de Cultura (Poiesis e Catavento), Videocamp, Rede Nossa São Paulo, Instituto Envolverde, Revista Piauí, Catraca Livre, Rádio Eldorado, Conexão Planeta e Horizonte Educação e Comunicação.

Acompanhe a programação nas redes da Mostra:

ecofalante.org.br/mostra
mostraecofalante.wordpress.com
facebook.com/mostraecofalante
@MostraEco
(#Envolverde)

COCA-COLA ‘VERDE’ CHEGA AO BRASIL EM VERSÃO COM STEVIA E 50% MENOS AÇÚCARES


abril 28, 2016

coca-cola-verde-stevia Uma nova versão de Coca-Cola chega ao Brasil.  O produto faz parte da estratégia global de oferecer mais opções que se adaptem aos diferentes estilos de vida do consumidor.


Nos próximos dias, chega ao mercado uma nova Coca-Cola para o portfólio da marca, em versão com Stevia e 50% menos açúcares. O produto é parte do compromisso mundial da companhia de oferecer opções para quem quer reduzir o consumo de açúcar, sem precisar abrir mão do prazer de beber o refrigerante.


A versão de rótulo verde que mistura açúcar e Stevia, um adoçante de origem natural, já está presente em 25 países, e no Brasil, o produto será lançado com uma fórmula recém-desenvolvida.


“Na Coca-Cola Brasil, trabalhamos constantemente com inovação no nosso portfólio, para que o consumidor tenha mais opções de bebidas para seus diferentes estilos de vida e momentos do dia. A Coca-Cola com Stevia e 50% menos açúcares faz parte desse esforço. Sabemos que a indústria tem que fazer sua parte para incentivar o consumo de produtos com menos açúcares”, afirma o vice-presidente de Marketing da Coca-Cola Brasil, Javier Rodriguez. “O lançamento também está em linha com a estratégia global de marca única, que unifica a comunicação de todas as versões de CocaCola para aproveitar a força da marca”.
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A campanha de lançamento vai ao ar em junho. Inicialmente, a Coca-Cola ‘verde’ estará disponível nas embalagens PET de 1,5 litro, PET de 1 litro e lata de 350 ml, e terá o mesmo preço da Coca-Cola original. Nos próximos meses, haverá também outras embalagens.
A meta da marca é ter a minilata e a mini PET (250ml) disponíveis em 70% dos pontos de venda de todo o país até o fim dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
E aí, será que é boa?
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Fotos: Divulgação/Coca-Cola.


Via FTC por Carol T. Moré

O filtro mais eficiente do planeta é brasileiro



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Os mais jovens podem nem se lembrar de como é beber um copo de água de um “filtro de barro”, muito menos de como é enchê-lo novamente e aguardar a sua lenta filtragem. Mas com a crescente preocupação com saúde e meio ambiente, esse velho objeto pode retornar a muitas casas.


Segundo estudos divulgados no livro The Drinks Water Book, os filtros cerâmicos brasileiros alcançam índices de eficiência de 95% quanto à retenção de cloro, pesticidas, ferro, chumbo e alumínio, além de Criptosporidiose, parasita transmissor de doenças ao ser humano. 


Isso se deve a filtragem por gravidade, na qual a água é colocada no compartimento superior, passa pelo filtro e pinga no compartimento inferior pronta para o consumo. Por conta da baixa pressão exercida pelo fluxo de água e o tempo de filtragem maior, ele garante que sedimentos e micro-organismos não cheguem ao compartimento de consumo ao contrário dos equipamentos de forte pressão que recebem água diretamente da torneira ou da tubulação.


Por conta do estilo de vida mais prático e a estética e tecnologias dos novos equipamentos, os filtros cerâmicos acabaram perdendo espaço e praticamente não são vistos nos ambientes urbanos. Contudo, o produto tipicamente brasileiro ainda está disponível no mercado.


Uma dica importante: caso você se interesse pela utilização de um filtro de barro em sua casa fique atento ao modelo e verifique se o produto realmente cumpre o que promete.


Plantas podem pensar, falar e ler pensamentos, afirma novo estudo



maio 13, 2016

plantas-podem-pensar Pesquisas científicas evidenciam que plantas possuem memória de longo prazo e até sentimentos.


Uma nova pesquisa feita por uma equipe científica da Universidade do Oeste da Austrália (UWA) mostra que as plantas possuem memória de longo prazo. Isso dá embasamento ao estudo que evidencia que as plantas têm processos mentais de alto nível, incluindo a capacidade de sentir medo e felicidade, de se comunicar e de ler mentes.


O Príncipe Charles disse uma vez que ele falou com plantas e elas responderam. Como apontou um [ artigo da Revista Economist ] sobre a nova pesquisa de memória das plantas, o Príncipe Charles foi um pouco ridicularizado por sua declaração, mas talvez em breve ele seja justificado.


Listamos abaixo um resumo das características mentais das plantas:


1. Plantas possuem memória de longe prazo


A Dra. Monica Gagliano liderou o estuda da UWA, que foi publicado na revista Oecologia.
Ela e sua equipe fizeram com que um vazo de plantas caísse em uma espuma de uma altura que chocasse as plantas, mas que não fosse machucá-las. Eles também queriam ver se as plantas poderiam se lembrar desse fato durante um período de tempo prolongado.


As plantas pararam de reagir após algumas quedas, mostrando que tinham aprendido que a ação não era perigosa. Os pesquisadores faziam os testes tendo a certeza de que as plantas não estavam cansadas e que pudessem reagir, eles aplicavam diferentes estímulos aos quais as plantas reagiam instantaneamente.


Os testes foram realizados em várias plantas durante diversos períodos de tempo.
Algumas plantas foram deixadas em repouso durante 28 dias após o teste das quedas. Mesmo depois desse tempo, as plantas ainda se lembravam da lição que aprenderam e não reagiram a queda, embora tenham reagido a outros estímulos.


Como as plantas podem pensar sem cérebro?


Embora as plantas não tenham cérebros e sistemas neurais que estão presentes em outros seres com faculdades mentais superiores, os pesquisadores estão começando a criar hipóteses de sistemas alternativos. Por exemplo, a revista Economist explica que as plantas possuem percursos bem formados, através dos quais podem transmitir a informação na forma de sinais elétricos.


2. As plantas têm sentimentos


Cleve Backster começou seus experimentos com a planta Draceana (Cortesia de Cleve Backster)
Cleve Backster começou seus experimentos com a planta Draceana
(Cortesia de Cleve Backster)



O falecido Cleve Backster fez uma descoberta surpreendente em 1966, que começou com a onda de pessoas falarem com suas plantas em casa.


Backster era um ex especialista de detector de mentiras da CIA. Ele desenvolveu técnicas de polígrafo que são utilizadas até hoje pelas agências do governos e exército dos EUA. Ele realizou um experimento em Plantas do Dragão (Dracena), que é detalhado em seu livro “A vida secreta das plantas”.


Ele pegou duas Dracenas e conectou uma delas a um detector de mentiras. Ele chamou uma pessoa para pisotear a outra planta. Quando isso aconteceu, o polígrafo mostrou que a planta conectada ao detector de mentiras ficou com medo.


Backster foi ainda mais além. A planta que mostrou medo foi testada novamente. Várias pessoas entraram na sala onde a planta estava, incluindo a pessoa que havia pisoteado a planta. O polígrafo não mostrou nenhuma reação para com as outras pessoas, mas quando a pessoa que havia pisoteado a planta entrou na sala, ela mostrou medo novamente. Ela pareceu reconhecer a pessoa.


Backster também descobriu que as plantas ficam felizes quando recebem água, e elas possuem até a habilidade do ler pensamentos.


3. Plantas podem ler mentes


Uma vez, quando Beckster estava pensando em qual experimento iria fazer, ele pensou em queimar as folhas da planta e ver a reação delas. Assim que ele teve esse pensamento, o polígrafo mostrou que a planta estava com medo.


O Epoch Times realizou uma entrevista com Backster antes de sua morte. Leia a série de dois capítulos: [ Percepção Primária: a vida secreta das plantas ].



4. Plantas podem falar


A comunicação entre plantas é um campo crescente de estudos. A Dra. Gagliano conduziu uma pesquisa recente sobre o tema. Em um [ estudo publicado no Jornal de Oxford ] em 2012, Gagliano explicou que há muito tempo já se sabe que as plantas produzem ondas sonoras.

Muitos pensaram que essas ondas sonoras eram subprodutos da reação de desidratação das plantas, ao invés de comunicações intencionais. Mas Gagliano não pensa assim.
Ela olhou para as formas que as plantas se comunicam. O processo amplamente conhecido que cria as ondas sonoras se chama cavitação. Isso acontece quando as plantas são desidratadas e a coluna de água é forçada. Gagliano disse, no entanto, “Os sons que as plantas emitem são tão diversos e numerosos que sempre pareceu muito estranho cada som ser relacionado à cavitação, e na verdade, novas evidências mostram que as plantas geram sons independentemente de desidratação ou cavitação”.

Ela citou uma pesquisa que mostra que algumas sondas sonoras poderiam ser criadas por um sistema de espuma das condutas do xilema.

“Embora os mecanismos utilizados por animais para sentir o ambiente e se comunicar uns com os outros tenham sido objeto de intenso interesse científico, o estudo sobre a comunicação das plantas existe, mas ainda não está avançado e reconhecido”, escreveu Gagliano. “Isto é particularmente o caso de bioacústica das plantas; e é surpreendente, quando nós consideramos que a habilidade de sentir sons e vibrações é uma antiga modalidade sensorial filogenética que existe por trás da organização comportamental de todos os organismos vivos e suas relações com o ambiente”.


Via Tudo Sobre Plantas  /  Epoch  por Tara MacIsaac
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Carta dos ambientalistas ao Michel Temer



Excelentíssimo Senhor

MICHEL TEMER

Presidente da República Federativa do Brasil

                                                                                Em 11 de maio de 2016.

Senhor Presidente,

            Cumprimentando-o respeitosamente, ante ao chamado histórico dos fatos políticos nacionais que levam Vossa Excelência à condição de Primeiro Mandatário da República, os cidadãos brasileiros que subscrevem a presente, líderes do segmento de meio ambiente e sustentabilidade de larga atuação na sociedade civil, desejam expressar sua satisfação com a consideração dada à possibilidade da nomeação do Deputado Federal José Sarney Filho como titular do Ministério do Meio Ambiente, e sua esperança de que, uma vez concretizada a mudança de governo, esta nomeação possa ser efetivada.


            Senhor Presidente, a estagnação experimentada pela agenda de gestão ambiental federal em anos recentes arrisca fazer com que o Brasil perca de vez oportunidades de desenvolvimento econômico e social que o século XXI coloca às nossas portas, mas não temos logrado aproveitar. 


A reconstrução de uma política ambiental federal afirmativa e moderna, que contemple inter alia um diálogo eficaz com as lideranças do agronegócio para o incentivo à conservação das florestas e recursos hídricos; um apoio às tecnologias de ponta para a transição energética com fontes limpas e inovadoras, bem como à maior eficiência dos processos produtivos, aproveitando a cooperação e os recursos internacionais disponíveis a partir da vigência do Acordo de Paris sobre o Clima; e a ativa estruturação de nosso Ecoturismo de imenso potencial de geração de emprego e renda, com a criação e implementação de Parques Nacionais e gestão com apoio do setor privado de áreas protegidas, como podem ser os casos do Parque Nacional Marinho de Abrolhos, o Arquipélago de Alcatrazes - este uma antiga reivindicação para efetiva proteção natural por parte dos meios empresarial, científico e sociedade civil do litoral norte de São Paulo- e tantos outros, é algo de imenso significado para nossa retomada do crescimento e que se poderia lograr mesmo num momento econômico sabidamente difícil, sem exigir grandes aportes de recursos públicos. 

Para gerir tais processos que aliem desenvolvimento econômico e social à conservação de nossa inestimável biodiversidade, acreditamos que a credibilidade junto à sociedade civil organizada, e a capacidade de interlocução esclarecida e construção de diálogos com o setor produtivo, que caracterizam o Sr. Sarney Filho, serão essenciais a esse salto de qualidade na gestão ambiental que pode e deve fazer parte da Ponte para o Futuro que todos desejamos ver prosperar.

Agradecemos a atenção de Vossa Excelência e, nesse momento tão difícil da vida nacional, desejamos sucesso em suas gestões para a construção de um Brasil melhor, socialmente justo e no qual a conservação do meio ambiente seja aliada do desenvolvimento.

Atenciosas Saudações,

Brasileira de 17 anos cria “isopor” biodegradável a partir da cana-de-açúcar

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Tudo começou em uma das tarefas mais cotidianas: compras no supermercado.
A estudante do ensino médio em Curitiba, Sayuri Miyamoto Magnabosco, de 17 anos, observou que diversas embalagens eram de isopor, material que leva de 100 a 300 anos para se decompor, ou seja, nada bom para o ambiente.

Foi quando ela teve uma grande sacada: por que não produzir bandejas a partir do bagaço da cana-de-açúcar?

Junto com sua mãe e professores, ela desenvolveu uma bandeja biodegradável que já acumula muitos prêmios e até um pedido de patente.

São medalhaspelas feiras de ciências da Usina de Itaipu, da Universidade de São Paulo (USP), a maior do país, e da chamada Olimpíada dos Gênios, realizada em Nova York.
Com orientação do professor Cornélio Schwambach, Sayuri arranjou cana com um vendedor de caldo, a bateu em um liquidificador, misturou com cola branca caseira (farinha de trigo e água fervidos) e deixou a fórmula secar ao Sol.

Mas ainda faltava algo, uma “solução básica” para misturar ao bagaço para impedir a fermentação. “Pesquisei nos produtos de limpeza, vi o que era utilizado, e encontrei uma substância que não teria nenhum efeito tóxico sobre o bagaço”, explica ao jornal Gazeta do Povo.


Essa é uma etapa fundamental pois a bandeja não podia estragar antes do alimentom ela tinha que durar tanto quanto ele no mínimo.

Com ajuda da mãe farmacêutica achou o produto ideal.

Sayuri é da segunda geração de orientados do programa de Iniciação Científica (IC) para o ensino médio do Colégio Bom Jesus.


“O que nós fazemos é formatá-los para o trabalho científico, colocar objeto de pesquisa, justificativa, essas coisas”, conta o professor Schwambach, coordenador da IC na unidade Centro, do colégio.
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Fonte: eco4planet

Fluminense e SOS Mata Atlântica firmam parceria para implementar projeto ambiental

Por (o))eco
Os jogadores Marlon Santos, Daniel e Nogueira apresentam a camisa com a marca da SOS Mata Atlântica. Foto: Mailson Santana/Fluminense FC.
Os jogadores Marlon, Daniel e Nogueira apresentam a camisa com a marca da SOS
 Mata Atlântica. Foto: Mailson Santana/Fluminense FC.


O Fluminense Football Club firmou uma inédita parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica nesta sexta-feira (13) para ações de preservação ambiental. Em evento realizado no Salão Nobre da sede das Laranjeiras, Zona Sul carioca, a cúpula do clube comemorou a iniciativa.


“É uma ajuda, uma contribuição importante. A visibilidade do futebol brasileiro no território nacional é muito grande. Tenho certeza que vamos poder contribuir um pouco com a exibição da marca", disse o presidente do Fluminense, Peter Siemsen.


A SOS Mata Atântica foi representada por Mario Mantovani, diretor de políticas públicas: “Estamos felizes com essa parceria. Além de ter a marca estampada na camisa deste grande clube e estimular a entrada do tema ambiental na agenda dos times, a parceria vai muito além, com iniciativas de educação ambiental e restauração florestal".


Os jogadores Marlon, Daniel e Nogueira, do elenco profissional, oriundos das categorias de base do Flu, apresentaram a logomarca da Fundação na manga do uniforme oficial do clube, que será usado a partir do jogo de domingo (15), contra o América mineiro, na estreia do time no campeonato brasileiro. A nova camisa será usada até o fim do ano.


“Além da marca na camisa para mostrar a importância do nosso acordo com a SOS, eles estarão conosco para um trabalho de reflorestamento e darão aulas em 5 escolas municipais em Xerém e para a nossa garotada da base, para mostrar a importância do bioma da Mata Atlântica", disse Luiz Carlos Rodrigues, diretor de desenvolvimento sustentável do clube. "vamos tentar transformar nossa mata [na sede do clube, que tem por volta de 20.000 m²] em uma reserva particular de patrimônio natural”.
Coletiva de anúncio de parceria. Da esquerda para a direita: Marlon Santos, Leonardo Lemos, Luiz Caralos Rodrigues, Pedter Simsen, Mario Mantovani, dietor da fundação, Daniel e Nogueira.
Coletiva de anúncio de parceria. Da esquerda para a direita: Marlon, Leonardo Lemos, 
Luiz Carlos Rodrigues, Peter Simsen, Mario Mantovani, Daniel e Nogueira. 
Foto: Mailson Santana/Fluminense FC.


As ações do tricolor na área ambiental não são recentes. Segundo Rodrigues, o clube realizou o primeiro inventário de emissão de gases de efeito estufa de um time de futebol brasileiro em 2012, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente da Itália, além de adotar coleta seletiva e transformar 100% dos seus resíduos orgânicos em adubo.


Outro projeto do Fluminense foi o reflorestamento do Centro de Treinamento Vale das Laranjeiras, em Xerém, em parceria com a CEDAE e a Fundação Santa Cabrini, que também auxiliou no processo de ressocialização de presos do Estado do Rio de Janeiro em regime semi-aberto, que ajudaram na preparação do terreno e plantio de mudas das árvores de Mata Atlântica.

SEMINÁRIO “QUALIDADE DA ÁGUA DO LAGO PARANOÁ – PASSADO, PRESENTE E FUTURO”




O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranoá – CBH Paranoá realizará no próximo dia 18 de maio (quarta-feira) o Seminário “Qualidade da Água do Lago Paranoá – Passado, Presente e Futuro”. 


Com o objetivo de reunir pesquisadores, representantes do governo e da sociedade para discutirem a qualidade atual da água do Lago Paranoá, o Seminário visa também a proposição de ações integradas de difusão das informações sobre balneabilidade do Lago Paranoá vinculadas aos seus usos múltiplos.

O evento contará com palestrantes da Universidade de Brasília – UnB, da Universidade Católica de Brasília – UCB, e de órgãos do governo. Haverá, ainda, mesa redonda de governança do Lago Paranoá, com representantes de diversas instituições que compõem o Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Distrito Federal.

O CBH Paranoá tem atuado frente às questões que envolvem o Lago Paranoá desde o início de sua atuação, em 2010. Já foram realizados outros eventos com temas como assoreamento do Lago Paranoá e uso e ocupação do solo na bacia do Rio Paranoá. Dando prosseguimento a esses debates, surgiu a proposta de aprofundarmos um pouco mais em relação à qualidade da água do Lago Paranoá. Assim, este evento foi moldado com base no trabalho realizado não só pelo Comitê, mas pelos demais entes do Gerenciamento de Recursos Hídricos do Distrito Federal.

Destacamos as entidades e instituições que compõem o CBH Paranoá: EMATER, SETUR, IBRAM, ADASA, SEGETH, ICMBio, UnB, UCB, ISSA, Unipaz, Instituto Oca do Sol, Funatura, Aconurco, FPJ, Mar de Brasília, Movimento Cidadania pelas Águas, CAESB, SEARA Alimentos, ADESTUR, Embrapa Cerrados, BSBTOUR, ECOLIVRE e CEB Geração.

O Seminário será realizado no Auditório da Universidade Católica de Brasília – Campus Avançado Asa Norte (SGAN 916 Módulo B Avenida W5), das 08h30 às 17h30. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo e-mail: cbhparanoa@gmail.com. Outras informações pelos telefones: (61) 3214-5605 ou 3214-5652.

Atenciosamente,

CBH Paranoá

(61) 3214-5605 ou 3214-5652

Ilhas artificiais purificam a água de rios e córregos urbanos.

Biomatrix
Já pensou se pudéssemos despoluir nossos rios e córregos utilizando plantas? Pois é, isto já é uma realidade em alguns lugares do mundo.


Varias cidades dos Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, China e Filipinas já estão utilizando a técnica das ilhas flutuantes artificiais, que são construídas para melhorar a qualidade de água. Além de purificar a água estas ilhas são capazes de abrigar fauna e flora locais.
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Os idealizadores da proposta são os escoceses Galen Fulford, Michael Shaw e Lisa Shaw, que fundaram em 2008 a companhia Biomatrix Water alguns anos após desenvolverem o projeto Ecovillage International que tinha como objetivo garantir o acesso à água potável em países do hemisfério sul.
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As ilhas flutuantes desencadeiam um processo biológico de restauração do ecossistema aquático e consistem em  estruturas modulares feitas de um plástico reciclável, resistente à radiação UV e com vida útil de 50 anos. As ilhas são “povoadas” por uma série de plantas nativas escolhidas para criar um habitat para a fauna selvagem e enriquecer a biodiversidade aquática.
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À medida em que a vegetação cresce, as raízes submersas oferecem uma atraente “matriz biológica” que “depura a água através da decomposição, absorção e transformação metabólica de nutrientes e outros contaminantes”.


O impacto destas ilhas artificiais foi medido através de uma série de estudos realizados desde 2009. Como explicado no Citylab em 2014, a instalação destas estruturas em uma lagoa de águas residuais do estado de Montana, EUA, resultou em uma remoção de nitrogênio 52% mais eficaz.
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Via Somos Verdes   archdaily, noctulachannel
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MMA: Ambientalistas apoiam nomeação de Sarney Filho contra ruralista

ECO

Por Daniele Bragança
Dep. Sarney Filho (PV-MA) concede entrevista antes de se ausentar do cargo de deputado federal. Foto: Lucio Bernardo Junior / Câmara dos Deputados.
Dep. Sarney Filho (PV-MA) concede entrevista antes de se ausentar do cargo de deputado
 federal. Foto: Lucio Bernardo Junior / Câmara dos Deputados.

Pela segunda vez, José Sarney Filho (PV-MA) comandará o Ministério do Meio Ambiente. A confirmação do nome do líder do PV na Câmara ocorreu às 11h20 desta quinta-feira (12), logo após Michel Temer assumir a presidência do país.


Antes, o agora presidente em exercício Michel Temer recebeu em mãos uma carta de um grupo de ambientalistas apoiando a nomeação do deputado para o cargo. A ideia do grupo era demonstrar que Sarney Filho seria mais indicado  que o  deputado Evair de Mello (PV/Espírito Santo),  também cotado para assumir o Ministério e apoiado pela bancada ruralista.


“O apoio ao Sarney Filho se dá em função de seus excelentes antecedentes, tanto como ex-ministro do MMA como Deputado Federal, e seu posicionamento coerente e contundente na área ambiental. Provavelmente o grupo que coordenou a elaboração do documento, bem como seus assinantes, não o fariam em outra circunstâncias. Ter um apoio dessa natureza dado a um Ministro de Meio Ambiente é um voto de credibilidade do setor ambiental, que representa a esperança de um salto de qualidade na área, absolutamente negligenciada nos últimos anos”, explica, por e-mail, Angela Kuczach, diretora da ONG Rede Nacional Pró-Unidades de Conservação.


Ao todo, 33 ambientalistas assinaram a carta. Entre eles, Angela Kuczach (Rede Pró UCs), José Truda (Divers for Sharks) e Júlio Cardoso.


Leia a carta na íntegra: Carta ao Presidente Michel Temer.


Sobre Sarney Filho:

José Sarney Filho, também conhecido como Zequinha Sarney, iniciou sua carreira política na Arena, em 1978. Eleito nove vezes consecutiva para a Câmara dos Deputados, o parlamentar já passou pelo Partido Democrático Social (PDS), quando se elegeu pela primeira vez como deputado federal, em 1982. Foi também do Partido da Frente Liberal (PFL) — hoje Democratas (DEM) —, e filiou-se ao Partido Verde em 2005.


Ocupou o cargo de ministro do MMA entre 1999 a 2002 e lá conquistou o respeito dos ambientalistas. Durante seu ministério, foram criadas 40 unidades de conservação no pais, sendo 11 de proteção integral e 29 de uso sustentável.

Ferramentas para a sustentabilidade

Envolverde Portal de Sustentabilidade do Brasil02/05/2016 

Estudo mostra que as universidades não devem ser isoladas. Foto: Foto: Maicom Brandão
Estudo mostra que as universidades não devem ser isoladas. Foto: Foto: Maicom Brandão


As universidades não devem ser isoladas, e suas ações devem transpor os limites da academia na proposta de influenciar a sociedade na discussão de sustentabilidade.


Por Keite Marques, para Agência USP –
No sentido de estimular a comunidade universitária a integrar ações sustentáveis, a fim de que seus membros tornem-se agentes multiplicadores de práticas de sustentabilidade, levando-as para comunidade externa da universidade, o professor do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, Tadeu Malheiros, consolidou uma pesquisa com a Universidade de Michigan (UMICH), nos Estados Unidos — considerada uma instituição modelo na área —, visando a formulação de ferramentas de avaliação e monitoramento de cultura de sustentabilidade.


As ações humanas decorrentes da ocupação urbana desordenada e de processos industriais têm alto potencial de degradação da saúde pública e do meio ambiente. Mas, felizmente, é possível alterar esse quadro por meio da incorporação de ações sustentáveis e de educação em sustentabilidade nos diversos âmbitos da sociedade.


Nesse contexto, as universidades não devem ser isoladas, e suas ações devem transpor os limites da academia na proposta de influenciar a sociedade na discussão de sustentabilidade, carregando a responsabilidade de contribuir com a sensibilização cultural e conhecimento das pessoas, bem como propor inovações tecnológicas e ferramentas a fim de direcioná-la para um desenvolvimento sustentável. O campus universitário deve, então, comprometer-se e atuar na educação e na pesquisa, apoiar a elaboração de políticas, a disseminação de informações e integrar-se à comunidade externa a fim de criar um futuro igualitário e sustentável.


As prefeituras e as diretorias das unidades dos campi da USP devem ser entendidas como modelo de sistemas de diagnósticos e monitoramento do consumo de recursos naturais, aspectos socioeconômicos e melhores práticas em sustentabilidade, por meio de seus processos de compras — prezando por produtos certificados em responsabilidade social e optando por produtos orgânicos e de produção local —, redução de consumo de papel e de produtos descartáveis, controle do desperdício de água e energia elétrica, entre outras ações de grande importância e em concordância com os conceitos da educação ambiental e de sustentabilidade.


Para alcançar esse patamar do modelo é necessário conceber ferramentas de avaliação e indicadores para diagnóstico e monitoramento da cultura de sustentabilidade. “A meta é propor um sistema integrado de indicadores para monitoramento de sustentabilidade em um campus universitário, com estudo de caso aplicado no contexto ao campus da USP em São Carlos, a fim de acompanhar a implementação da Política Ambiental da USP”, comentou o professor.


Ao final, o resultado será um Sistema de Indicadores de Sustentabilidade para Universidades dirigido aos tomadores de decisão nas instituições universitárias e outros segmentos da sociedade que desejem tomá-las como exemplo.


Participa ativamente dos trabalhos o Núcleo de Pesquisa e Extensão em Sustentabilidade (NUPS) do campus da USP em São Carlos, que desde 2012 desenvolve atividades voltadas ao tema de campus sustentável em parceria com o Instituto de Sustentabilidade Graham da Universidade de Michigan. Essa parceria vem sendo consolidada por diversas atividades conjuntas, envolvendo professores, pesquisadores e alunos de graduação e pós-graduação de ambas as universidades. (Agência USP/ #Envolverde) 

* Com informações do doutorando do NUPS Rodrigo Martins Moreira.


** Publicado originalmente no site Agência USP.

ONU abre indicações para o prêmio Campeões da Terra 2016

Envolverde Portal de Sustentabilidade do Brasil

Meio ambiente tem um papel crucial para se atingir os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Foto: CIAT/Neil Palmer
Meio ambiente tem um papel crucial para se atingir os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Foto: CIAT/Neil Palmer

As inscrições podem ser realizadas até 31 de maio nas categorias: Política e Liderança; Ciência e Inovação; Visão Empreendedora; e Inspiração e Ação. 


Por Redação da ONU Brasil – 
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) recebe, até 31 de maio, indicações para a edição 2016 dos “Campeões da Terra”. O prêmio, principal reconhecimento da ONU na área de meio ambiente, homenageia anualmente visionários da sustentabilidade que inspiram ações transformadoras.


O prêmio é distribuído em quatro categorias: Política e Liderança; Ciência e Inovação; Visão Empreendedora; e Inspiração e Ação, e tem como foco defensores do desenvolvimento sustentável, do combate às mudanças climáticas e da dignidade humana nos níveis nacional, regional e global.


O meio ambiente tem um papel crucial para se atingir os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, estabelecidos no ano passado. Cerca de metade das metas estão diretamente relacionadas ao meio ambiente ou endereçam a sustentabilidade das fontes naturais, assim como medidas de combate à pobreza, investimentos em saúde, alimentação e agricultura, água e saneamento, habitação, energia, combate a mudanças climáticas e defesa do consumo sustentável.


No ano passado, a maior multinacional brasileira de cosméticos, a Natura, foi uma das vencedoras do prêmio Campeões da Terra 2015, na categoria ‘Visão Empresarial’. Entre as personalidades que já venceram o prêmio anteriormente estão o ex-presidente mexicano Felipe Calderón e o político e ativista ambiental norte-americano Al Gore.


Para fazer a sua indicação de um Campeão da Terra, preencha os dados, em inglês, na página do Programa. Para saber mais sobre a iniciativa, clique aqui. (ONU Brasil/ #Envolverde)

* Publicado originalmente no site ONU Brasil.